Está finalizada a construção do Laboratório de Propulsão Híbrido-Elétrica (Laphe), fruto da parceria entre a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), a Embraer S/A e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). Trata-se de uma estrutura pioneira no Brasil, voltada para a ampliação e a consolidação de estudos e desenvolvimento de sistemas de propulsão para o setor aeronáutico, capazes de aperfeiçoar tecnologias e colaborar diretamente para a diminuição do impacto climático.
“A Universidade compreendeu a importância de estabelecer uma parceria duradoura com uma grande empresa brasileira que será, ao mesmo tempo, essencial para o desenvolvimento tecnológico do Brasil, e visa a formação acadêmica e profissional de estudantes e pesquisadores”, afirma o pesquisador Manuel Rendón. A iniciativa do laboratório nasceu da cooperação entre pesquisadores de vários cursos de Engenharia da UFJF, membros Grupo de Conversão Eletromecânica de Energia (GCEME), coordenado por Rendón.
O motor aeronáutico híbrido-elétrico diminui tanto a emissão de gases de efeito estufa, quanto o ruído mecânico das aeronaves, além de consumir menos combustível e aumentar a aceleração da aeronave na fase de decolagem
De acordo com o pesquisador, um dos principais projetos é desenvolver um motor aeronáutico híbrido-elétrico. Esse sistema de propulsão específico diminui tanto a emissão de gases de efeito estufa, quanto o ruído mecânico das aeronaves, além de consumir menos combustível e aumentar a aceleração da aeronave na fase de decolagem. O Diretor de Inovação da UFJF, Ignácio Delgado, reforça que o laboratório, além de fomentar a produção científica e tecnológica da Universidade, também está alinhado com Plataforma de Bioquerosene e Renováveis da Zona da Mata, projeto do qual a UFJF é parceira.
Em um evento sobre a plataforma ocorrido na última sexta-feira, 5, o reitor da UFJF, Marcus David, citou o Laboratório de Propulsão Híbrido-Elétrica como um dos exemplos do compromisso da Universidade em promover uma cadeia altamente integrada entre pesquisadores e a indústria, mantendo o foco, também, em desenvolvimentos e cuidados ambientais. “É através de projetos estruturantes, que articulem diversos atores da região e produzam efeitos dinâmicos sobre diferentes setores de atividade, que a cooperação da academia com o setor produtivo pode alcançar sua plenitude e gerar os impactos dinamizadores que dela se espera.”
Sediado na Faculdade de Engenharia Elétrica, o laboratório foi construído com um aporte financeiro de aproximadamente R$ 400 mil, oriundo de recurso próprio da Universidade. A integrante da Pró-Reitoria de Infraestrutura e Gestão (Proinfra), Regina de Araújo, é uma das responsáveis pela execução e fiscalização do projeto do laboratório. Ela destaca a importância da UFJF investir em um espaço como esse: “é de relevância não apenas para a Universidade, mas para a produção da região e do país.”