Veículo: MSN
Editoria: Cidade
Data: 16/04/2020
Título: “Decreto vai exigir uso de máscaras em Juiz de Fora”
O prefeito de Juiz de Fora, Antônio Almas (PSDB), presidiu a reunião de formação do “Comitê Municipal de Enfrentamento e Prevenção à COVID-19, nesta quarta-feira (15) e anunciou que assinará decreto obrigando o uso de máscaras na cidade da Zona da Mata mineira.
De acordo com o prefeito, o comitê contará com integrantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), das Forças Armadas, das polícias Civil e Militar e dos Bombeiros. Também foram convocados representantes da rede hospitalar, da sociedade civil organizada, de entidades da indústria, comércio e serviços.
Após a reunião, em coletiva de imprensa, o prefeito, ao lado do reitor da UFJF, Marcus David, ressaltou que o objetivo é unificar as ações e traçar um plano de acordo com o resultado das ações. “Após encontros com vários ‘atores’ da cidade desde o início da pandemia, sentimos a necessidade de unir essas relações informais e criar esse comitê”, explica o prefeito.
Antonio Almas anunciou que o uso de máscaras faz parte de novo decreto a ser redigido nesta quinta-feira, 15. Ele salientou os benefícios do isolamento social, além de esclarecer que as ações estão sendo baseadas na ciência.
Leitos
Conforme dados divulgados na coletiva, a taxa de ocupação de UTI nos hospitais públicos e privados na cidade está em 70% – incluindo pacientes com COVID-19 e outras doenças. Dos 37 leitos para tratamento de coronavírus, 16 estão ocupados.
Questionado sobre a quantidade de leitos disponíveis, o chefe do Executivo, que também é médico, quis ressaltar que o próprio isolamento levou a uma redução de pacientes hospitalizados. ”O que temos hoje é resultado do que foi feito 15 dias atrás. Hoje, teríamos o dobro de casos confirmados se não fosse o decreto de isolamento social. Os acidentes de trânsito reduziram, as cirurgias eletivas estão suspensas, só aí você tem uma diminuição na demanda por internação”, explica.
Boletim
A assessoria da prefeitura divulgou novo boletim epidemiológico na noite desta quarta-feira. Juiz de Fora contabiliza 1.321 casos suspeitos, 93 casos confirmados, quatro mortes em investigação e dois óbitos.
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Veículo: Estado de Minas
Editoria: Cidade
Data: 16/04/2020
Título: “Decreto vai exigir uso de máscaras em Juiz de Fora”
A publicação poderá ocorrer nesta quinta-feira. Comitê de enfrentamento à pandemia será criado na cidade
O prefeito de Juiz de Fora, Antônio Almas (PSDB), presidiu a reunião de formação do “Comitê Municipal de Enfrentamento e Prevenção à COVID-19, nesta quarta-feira (15) e anunciou que assinará decreto obrigando o uso de máscaras na cidade da Zona da Mata mineira.
De acordo com o prefeito, o comitê contará com integrantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), das Forças Armadas, das polícias Civil e Militar e dos Bombeiros. Também foram convocados representantes da rede hospitalar, da sociedade civil organizada, de entidades da indústria, comércio e serviços.
Após a reunião, em coletiva de imprensa, o prefeito, ao lado do reitor da UFJF, Marcus David, ressaltou que o objetivo é unificar as ações e traçar um plano de acordo com o resultado das ações. “Após encontros com vários ‘atores’ da cidade desde o início da pandemia, sentimos a necessidade de unir essas relações informais e criar esse comitê”, explica o prefeito.
Antonio Almas anunciou que o uso de máscaras faz parte de novo decreto a ser redigido nesta quinta-feira, 15. Ele salientou os benefícios do isolamento social, além de esclarecer que as ações estão sendo baseadas na ciência.
Leitos
Conforme dados divulgados na coletiva, a taxa de ocupação de UTI nos hospitais públicos e privados na cidade está em 70% – incluindo pacientes com COVID-19 e outras doenças. Dos 37 leitos para tratamento de coronavírus, 16 estão ocupados.
Questionado sobre a quantidade de leitos disponíveis, o chefe do Executivo, que também é médico, quis ressaltar que o próprio isolamento levou a uma redução de pacientes hospitalizados. ”O que temos hoje é resultado do que foi feito 15 dias atrás. Hoje, teríamos o dobro de casos confirmados se não fosse o decreto de isolamento social. Os acidentes de trânsito reduziram, as cirurgias eletivas estão suspensas, só aí você tem uma diminuição na demanda por internação”, explica.
Boletim
A assessoria da prefeitura divulgou novo boletim epidemiológico na noite desta quarta-feira. Juiz de Fora contabiliza 1.321 casos suspeitos, 93 casos confirmados, quatro mortes em investigação e dois óbitos.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Saúde
Data: 16/04/2020
Título: “Casos prováveis de coronavírus seriam o dobro sem isolamento, aponta especialista”
Estudo de professor da UFJF aponta que, sem medidas de restrição, já seriam mais de 2.600 pacientes em suspeita
As medidas de isolamento domiciliar, as quais foram adotadas em Juiz de Fora a partir de 19 de março, diminuíram pela metade as transmissões do novo coronavírus no município. É o que afirma a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), tendo em vista estudo do professor Fernando Antônio Basile Colugnati, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Conforme análise feita pelo pesquisador, sem as restrições, os casos prováveis no município estariam em cerca de 2.600.
Os dados são da “Modelagem Epidemiológica da Covid-19 em Juiz de Fora”, trabalho realizado pelo docente do programa de pós-graduação em Saúde da UFJF. A pesquisa consiste em um acompanhamento semanal do combate à epidemia no município, utilizando modelo matemático que traça cenários possíveis da proliferação do novo coronavírus na cidade, de modo a auxiliar a tomada de decisões estratégicas do poder público e das unidades de atendimento.
O monitoramento do pesquisador acontece desde o princípio do isolamento domiciliar em Juiz de Fora e é baseado em relatório do Imperial College de Londres, o qual teve a participação de cientistas ligados à Organização Mundial da Saúde (OMS). “Simulamos diferentes cenários de intervenção a partir de 19 de março, data do primeiro decreto. Usamos quatro cenários, onde havia reduções em torno de 40%, 70% e 80%” explica Colugnati, em nota divulgada pela Secretaria de Saúde da PJF. Atualmente, a taxa de progressão do vírus está batendo com o cenário de 80% de redução da transmissão, ou seja, o mais otimista projetado inicialmente pela pesquisa.
O resultado positivo, entretanto, está condicionado à manutenção do isolamento domiciliar, conforme o professor. O relaxamento das medidas pelo poder público ou o desleixo da população, ainda segundo o pesquisador, pode rapidamente mudar o cenário e sobrecarregar o sistema de saúde. “Tem surtido efeito e temos que manter um pouco mais (o isolamento). Por quanto tempo? Não temos como prever. As coisas são observadas de acordo com que a epidemia vai mostrando os números. Mas, certamente, precisamos de mais isolamento”, orienta Colugnati, ainda em nota da PJF.
Nesta quinta-feira (16), reportagem da Tribuna apontou aumento gradual no fluxo de pessoas pelas ruas de Juiz de Fora, tendo como base o crescimento na demanda do transporte urbano coletivo do município. “Os resultados aqui apresentados devem ser revistos periodicamente, ao menos uma vez por semana, ou sempre que ocorra algum fato relevante em termos de informações sobre intervenções populacionais, gargalos nos serviços ou eventos correlatos. Epidemias com este tipo de vírus possui propriedades exponenciais”, completa o professor da UFJF.
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Veículo: Correio Braziliense
Editoria: Cidade
Data: 16/04/2020
Título: “Prefeitura e UFJF fazem convênio para combate ao coronavírus”
Na reunião, o prefeito Antônio Almas formalizou a criação do Comitê Municipal de Enfrentamento e Prevenção à Covid-19
Diante da preocupação com a pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2), a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e a prefeitura da cidade anunciaram, na quarta-feira (15), o acordo de colaboração entre as partes no combate a propagação do vírus. Na reunião, o prefeito Antônio Almas formalizou a criação do Comitê Municipal de Enfrentamento e Prevenção à COVID-19. Além dos órgãos já citados, outras nove entidades fazem parte do projeto, são elas as polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, Defensoria Pública, Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Conselho Municipal da Saúde, hospitais particulares, 4ª Brigada de Infantaria Leve do Exército, Ministério Público e Câmara Municipal.
No documento de cooperação técnica assinado pelo mandatário da cidade, Antônio Almas, e pelo reitor da UFSJ, Marcos Vinicius David, está estipulado que a universidade fará o desenvolvimento de pesquisas, produção de insumos e a realização de 100 testes diários para diagnóstico da doença. A projeção é de que os resultados devem ser repassados à administração municipal com um prazo máximo de 24 horas após o recolhimento dos dados. As amostras serão colhidas pela própria prefeitura e enviadas à UFSJ.
O reitor da universidade declarou a entrada em funcionamento de dois laboratórios para a conclusão dos testes diários, 50 deles em cada um desses espaços, além de reiterar o esforço da unidade de ensino em conseguir mais insumos materiais e kits de testagem. Ele também destacou a importância do fechamento dessa parceria para a cidade de Juiz de Fora, na Zona da Mata.
“A Universidade está colocando seu contingente de pesquisadores e pesquisadoras para contribuir nessa crise. A comunidade acadêmica se envolveu e só faria sentido atuar em sintonia com o município. Já havíamos colocado nossa estrutura à disposição da prefeitura, como o estudo técnico para fazer a gestão do avanço da epidemia no município e a produção de álcool em gel na Farmácia Universitária”, informou.
O diretor enfatizou que a UFJF não poderia ficar parada diante da crise vivida no país e que todos os esforços estão sendo feitos pela instituição para contribuir com a comunidade. “A partir desta quinta-feira (16), passamos a realizar os testes da COVID-19 em nossos laboratórios”.
De acordo com o administrador da instituição, a decisão da prefeitura em decretar o isolamento social na cidade foi acertada.
“A única forma de combatermos a perda de vidas é manter o isolamento social. Precisamos que as pessoas continuem em casa para podermos dar um passo adiante. Estamos pesquisando o momento correto de dar esse passo. É uma decisão que precisa ser embasada cientificamente”, concluiu.
Comitê de enfrentamento
O prefeito Antônio Almas explicou que, em 17 de março, a prefeitura de Juiz de Fora já havia criado um comitê de combate ao novo coronavírus, com o objetivo de organizar as demandas internas da administração municipal e entender os desafios que se apresentavam a partir da constatação do vírus no município. Após a execução das primeiras ações, a municipalidade reconheceu a necessidade de formar novas parcerias junto a outras instituições.
“Há um mês estamos conversando com diversas entidades da cidade, com o objetivo de unir forças no combate ao coronavírus em Juiz de Fora. Agora, resolvemos formalizar esta parceria, visando avançar nas ações necessárias, para que possamos dar respostas mais efetivas e concretas no enfrentamento ao coronavírus. Agradeço a todos que atenderam a este chamamento e vão estar presentes”, afirmou Almas.
Boletim
Segundo o informe epidemiológico divulgado nessa quarta-feira (15), pela prefeitura de Juiz de Fora, o número de pacientes suspeitos com coronavírus chegou a 1.321. Foram 93 casos confirmados e dois óbitos. De acordo com o boletim, quatro mortes ainda estão sob investigação das autoridades de saúde.
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Veículo: MSN
Editoria: Cidade
Data: 16/04/2020
Título: “Prefeitura e UFJF fazem convênio para combate ao coronavírus”
Diante da preocupação com a pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2), a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e a prefeitura da cidade anunciaram, na quarta-feira (15), o acordo de colaboração entre as partes no combate a propagação do vírus. Na reunião, o prefeito Antônio Almas formalizou a criação do Comitê Municipal de Enfrentamento e Prevenção à COVID-19. Além dos órgãos já citados, outras nove entidades fazem parte do projeto, são elas as polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, Defensoria Pública, Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Conselho Municipal da Saúde, hospitais particulares, 4ª Brigada de Infantaria Leve do Exército, Ministério Público e Câmara Municipal. No documento de cooperação técnica assinado pelo mandatário da cidade, Antônio Almas, e pelo reitor da UFSJ, Marcos Vinicius David, está estipulado que a universidade fará o desenvolvimento de pesquisas, produção de insumos e a realização de 100 testes diários para diagnóstico da doença. A projeção é de que os resultados devem ser repassados à administração municipal com um prazo máximo de 24 horas após o recolhimento dos dados. As amostras serão colhidas pela própria prefeitura e enviadas à UFSJ.
O reitor da universidade declarou a entrada em funcionamento de dois laboratórios para a conclusão dos testes diários, 50 deles em cada um desses espaços, além de reiterar o esforço da unidade de ensino em conseguir mais insumos materiais e kits de testagem. Ele também destacou a importância do fechamento dessa parceria para a cidade de Juiz de Fora, na Zona da Mata.
“A Universidade está colocando seu contingente de pesquisadores e pesquisadoras para contribuir nessa crise. A comunidade acadêmica se envolveu e só faria sentido atuar em sintonia com o município. Já havíamos colocado nossa estrutura à disposição da prefeitura, como o estudo técnico para fazer a gestão do avanço da epidemia no município e a produção de álcool em gel na Farmácia Universitária”, informou. O diretor enfatizou que a UFJF não poderia ficar parada diante da crise vivida no país e que todos os esforços estão sendo feitos pela instituição para contribuir com a comunidade. “A partir desta quinta-feira (16), passamos a realizar os testes da COVID-19 em nossos laboratórios”. De acordo com o administrador da instituição, a decisão da prefeitura em decretar o isolamento social na cidade foi acertada. “A única forma de combatermos a perda de vidas é manter o isolamento social. Precisamos que as pessoas continuem em casa para podermos dar um passo adiante. Estamos pesquisando o momento correto de dar esse passo. É uma decisão que precisa ser embasada cientificamente”, concluiu.
Comitê de enfrentamento
O prefeito Antônio Almas explicou que, em 17 de março, a prefeitura de Juiz de Fora já havia criado um comitê de combate ao novo coronavírus, com o objetivo de organizar as demandas internas da administração municipal e entender os desafios que se apresentavam a partir da constatação do vírus no município. Após a execução das primeiras ações, a municipalidade reconheceu a necessidade de formar novas parcerias junto a outras instituições. “Há um mês estamos conversando com diversas entidades da cidade, com o objetivo de unir forças no combate ao coronavírus em Juiz de Fora. Agora, resolvemos formalizar esta parceria, visando avançar nas ações necessárias, para que possamos dar respostas mais efetivas e concretas no enfrentamento ao coronavírus. Agradeço a todos que atenderam a este chamamento e vão estar presentes”, afirmou Almas.
Boletim
Segundo o informe epidemiológico divulgado nessa quarta-feira (15), pela prefeitura de Juiz de Fora, o número de pacientes suspeitos com coronavírus chegou a 1.321. Foram 93 casos confirmados e dois óbitos. De acordo com o boletim, quatro mortes ainda estão sob investigação das autoridades de saúde. *Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa
O que é o coronavírus?
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o coronavírus é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.
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Veículo: Estado de Minas
Editoria: Cidade
Data: 16/04/2020
Título: “Prefeitura e UFJF fazem convênio para combate ao coronavírus”
Reunião que aconteceu na quarta-feira (15) decretou a criação do Comitê Municipal de Enfrentamento e Prevenção à COVID-19
Diante da preocupação com a pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2), a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e a prefeitura da cidade anunciaram, na quarta-feira (15), o acordo de colaboração entre as partes no combate a propagação do vírus. Na reunião, o prefeito Antônio Almas formalizou a criação do Comitê Municipal de Enfrentamento e Prevenção à COVID-19. Além dos órgãos já citados, outras nove entidades fazem parte do projeto, são elas as polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, Defensoria Pública, Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Conselho Municipal da Saúde, hospitais particulares, 4ª Brigada de Infantaria Leve do Exército, Ministério Público e Câmara Municipal.
No documento de cooperação técnica assinado pelo mandatário da cidade, Antônio Almas, e pelo reitor da UFSJ, Marcos Vinicius David, está estipulado que a universidade fará o desenvolvimento de pesquisas, produção de insumos e a realização de 100 testes diários para diagnóstico da doença. A projeção é de que os resultados devem ser repassados à administração municipal com um prazo máximo de 24 horas após o recolhimento dos dados. As amostras serão colhidas pela própria prefeitura e enviadas à UFSJ.
O reitor da universidade declarou a entrada em funcionamento de dois laboratórios para a conclusão dos testes diários, 50 deles em cada um desses espaços, além de reiterar o esforço da unidade de ensino em conseguir mais insumos materiais e kits de testagem. Ele também destacou a importância do fechamento dessa parceria para a cidade de Juiz de Fora, na Zona da Mata.
“A Universidade está colocando seu contingente de pesquisadores e pesquisadoras para contribuir nessa crise. A comunidade acadêmica se envolveu e só faria sentido atuar em sintonia com o município. Já havíamos colocado nossa estrutura à disposição da prefeitura, como o estudo técnico para fazer a gestão do avanço da epidemia no município e a produção de álcool em gel na Farmácia Universitária”, informou.
O diretor enfatizou que a UFJF não poderia ficar parada diante da crise vivida no país e que todos os esforços estão sendo feitos pela instituição para contribuir com a comunidade. “A partir desta quinta-feira (16), passamos a realizar os testes da COVID-19 em nossos laboratórios”.
De acordo com o administrador da instituição, a decisão da prefeitura em decretar o isolamento social na cidade foi acertada.
“A única forma de combatermos a perda de vidas é manter o isolamento social. Precisamos que as pessoas continuem em casa para podermos dar um passo adiante. Estamos pesquisando o momento correto de dar esse passo. É uma decisão que precisa ser embasada cientificamente”, concluiu.
Comitê de enfrentamento
O prefeito Antônio Almas explicou que, em 17 de março, a prefeitura de Juiz de Fora já havia criado um comitê de combate ao novo coronavírus, com o objetivo de organizar as demandas internas da administração municipal e entender os desafios que se apresentavam a partir da constatação do vírus no município. Após a execução das primeiras ações, a municipalidade reconheceu a necessidade de formar novas parcerias junto a outras instituições.
“Há um mês estamos conversando com diversas entidades da cidade, com o objetivo de unir forças no combate ao coronavírus em Juiz de Fora. Agora, resolvemos formalizar esta parceria, visando avançar nas ações necessárias, para que possamos dar respostas mais efetivas e concretas no enfrentamento ao coronavírus. Agradeço a todos que atenderam a este chamamento e vão estar presentes”, afirmou Almas.
Boletim
Segundo o informe epidemiológico divulgado nessa quarta-feira (15), pela prefeitura de Juiz de Fora, o número de pacientes suspeitos com coronavírus chegou a 1.321. Foram 93 casos confirmados e dois óbitos. De acordo com o boletim, quatro mortes ainda estão sob investigação das autoridades de saúde.
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Veículo: Le Gran Capital News
Editoria: Cidade
Data: 16/04/2020
Link: https://portalgc.com.br/noticia/prefeitura-e-ufjf-fazem-convenio-para-combate-ao-coronavirus/
Título: “Prefeitura e UFJF fazem convênio para combate ao coronavírus”
Diante da preocupação com a pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2), a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e a prefeitura da cidade anunciaram, na quarta-feira (15), o acordo de colaboração entre as partes no combate a propagação do vírus. Na reunião, o prefeito Antônio Almas formalizou a criação do Comitê Municipal de Enfrentamento e Prevenção à COVID-19. Além dos órgãos já citados, outras nove entidades fazem parte do projeto, são elas as polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, Defensoria Pública, Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Conselho Municipal da Saúde, hospitais particulares, 4ª Brigada de Infantaria Leve do Exército, Ministério Público e Câmara Municipal.
No documento de cooperação técnica assinado pelo mandatário da cidade, Antônio Almas, e pelo reitor da UFSJ, Marcos Vinicius David, está estipulado que a universidade fará o desenvolvimento de pesquisas, produção de insumos e a realização de 100 testes diários para diagnóstico da doença. A projeção é de que os resultados devem ser repassados à administração municipal com um prazo máximo de 24 horas após o recolhimento dos dados. As amostras serão colhidas pela própria prefeitura e enviadas à UFSJ.
O reitor da universidade declarou a entrada em funcionamento de dois laboratórios para a conclusão dos testes diários, 50 deles em cada um desses espaços, além de reiterar o esforço da unidade de ensino em conseguir mais insumos materiais e kits de testagem. Ele também destacou a importância do fechamento dessa parceria para a cidade de Juiz de Fora, na Zona da Mata.
“A Universidade está colocando seu contingente de pesquisadores e pesquisadoras para contribuir nessa crise. A comunidade acadêmica se envolveu e só faria sentido atuar em sintonia com o município. Já havíamos colocado nossa estrutura à disposição da prefeitura, como o estudo técnico para fazer a gestão do avanço da epidemia no município e a produção de álcool em gel na Farmácia Universitária”, informou.
O diretor enfatizou que a UFJF não poderia ficar parada diante da crise vivida no país e que todos os esforços estão sendo feitos pela instituição para contribuir com a comunidade. “A partir desta quinta-feira (16), passamos a realizar os testes da COVID-19 em nossos laboratórios”.
De acordo com o administrador da instituição, a decisão da prefeitura em decretar o isolamento social na cidade foi acertada.
“A única forma de combatermos a perda de vidas é manter o isolamento social. Precisamos que as pessoas continuem em casa para podermos dar um passo adiante. Estamos pesquisando o momento correto de dar esse passo. É uma decisão que precisa ser embasada cientificamente”, concluiu.
Comitê de enfrentamento
O prefeito Antônio Almas explicou que, em 17 de março, a prefeitura de Juiz de Fora já havia criado um comitê de combate ao novo coronavírus, com o objetivo de organizar as demandas internas da administração municipal e entender os desafios que se apresentavam a partir da constatação do vírus no município. Após a execução das primeiras ações, a municipalidade reconheceu a necessidade de formar novas parcerias junto a outras instituições.
“Há um mês estamos conversando com diversas entidades da cidade, com o objetivo de unir forças no combate ao coronavírus em Juiz de Fora. Agora, resolvemos formalizar esta parceria, visando avançar nas ações necessárias, para que possamos dar respostas mais efetivas e concretas no enfrentamento ao coronavírus. Agradeço a todos que atenderam a este chamamento e vão estar presentes”, afirmou Almas.
Boletim
Segundo o informe epidemiológico divulgado nessa quarta-feira (15), pela prefeitura de Juiz de Fora, o número de pacientes suspeitos com coronavírus chegou a 1.321. Foram 93 casos confirmados e dois óbitos. De acordo com o boletim, quatro mortes ainda estão sob investigação das autoridades de saúde.
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Veículo: Notícias ao Minuto
Editoria: Social
Data: 16/04/2020
Título: “Estudo revela a razão para o ‘mau comportamento’ do seu gato”
O animal sente a sua falta.
Se o seu gato não para de rasgar o papel higiénico e urinar no sofá, isso pode ser resultado da ansiedade de separação, sugere um novo estudo.
Muitos estudos observaram problemas de separação entre donos e cães, mas a mesma pesquisa não foi feita para gatos. Estudos recentes descobriram, no entanto, que os gatos domésticos são sociais e também desenvolvem laços com os seus donos.
Para avaliar questões relacionadas à separação nos nossos companheiros felinos, os investigadores deram a 130 donos de gatos adultos no Brasil um questionário sobre os comportamentos, interações e estilo de vida dos seus gatos. Dos 223 gatos, 13,5% tiveram pelo menos um problema relacionado com a ansiedade de separação – como comportamentos destrutivos ou estados mentais angustiados – desafiando a ideia comum de que os gatos são felizes sozinhos.
“Algumas pessoas acreditam que os gatos domésticos são incapazes de desenvolver um apego pelos seus cuidadores, mas essa ideia não foi confirmada por estudos recentes, mostrando que esses animais podem estabelecer laços com os seus donos”, disse a autora do estudo, Aline Cristina Sant’Anna, professora de zoologia na Universidade Federal de Juiz de Fora, no Brasil.
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Veículo: O Tempo
Editoria: Saúde
Data: 16/04/2020
Título: “Pesquisa mostra que sem isolamento Juiz de Fora teria 2.600 casos de Covid-19”
Seriam 2.600 casos prováveis da doença na cidade, mas com isolamento, houve um achatamento da curva
Se Juiz de Fora, na Zona da Mata, não tivesse adotado medidas de isolamento social, a cidade teria agora muitos mais casos prováveis do novo coronavírus (Covid-19). Segundo uma pesquisa da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), a estimativa é que sem isolamento a cidade teria 2.600 casos prováveis. Até este dia 15 de abril, o município registrou 1.321 casos suspeitas da doença e 93 confirmados.
No entanto existe uma diferença entre casos prováveis e suspeitos, os prováveis, base de estudo da pesquisa, incluem pessoas com a doença já confirmadas, suspeitas e pessoas que possuem a doença, mas estão assintomáticas. Então não é possível fazer uma comparação precisa entre esses dados.
Mas a pesquisa mostra que houve um achatamento da curva de casos prováveis em 12 dias, após a medida de isolamento social ser adotada na cidade. Ficando atrás apenas de Belo Horizonte, Juiz de Fora, na Zona da Mata é a cidade com mais casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19) em Minas.
Veja a curva:
Para realizar a pesquisa é utilizado um modelo matemático que permite traçar diferentes cenários da pandemia, conhecido como SEIR – que modela casos Suscetíveis, Expostos, Infectados e Recuperados
“Nós simulamos diferentes cenários de intervenção a partir do dia 19 de março, data do primeiro decreto. Fizemos cenários baseados no relatório do Imperial College de Londres, que foi assinado por 50 cientistas, incluindo um grupo relacionado a Organização Mundial da Saúde (OMS). Usamos quatro cenários onde havia reduções em torno de 40%, 70% e 80%. A curva de Juiz de Fora, agora, está batendo como se a nossa intervenção tivesse reduzido a taxa de 80% de transmissão”, explica o professor do programa de pós-graduação em Saúde da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Fernando Antônio Basile Colugnati.
O professor explicou que para continuar a manter o achatamento da curva, manter o isolamento social é extremamente importante.
“É mais que importante manter o isolamento. Inclusive a gente mostra ai que em Juiz de Fora, que houve decreto dia 19 de março, e que durante as duas primeiras semanas ele foi muito bem aceito pela população e a cidade deu uma boa parada. E depois de duas semanas isso deu uma afrouxado. Agora não é hora de voltar. A doença não se propagou como poderia porque fizemos isolamento”, conclui.
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Veículo: G1 Vales de Minas Gerais
Editoria: Educação
Data: 17/04/2020
Título: “UFOP oferece 100 vagas em cursos de graduação a distância em Ipatinga”
Prazo para inscrição foi prorrogado até 30 de abril, interessados devem preencher formulário online no site da universidade; seleção será por meio da nota do Enem.
A Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) prorrogou para o dia 30 de abril o prazo de inscrições para os cursos superiores oferecidos a distância no polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB) em Ipatinga.
Ao todo, são 100 vagas distribuídas nos cursos de Geografia (30 vagas), Matemática (40 vagas) e Pedagogia (30 vagas). As aulas começam no segundo semestre de 2020.
As inscrições devem ser feitas por formulário on-line no site da UFOP.
A seleção é feita exclusivamente pela nota do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Os candidatos devem ter, no mínimo, 300 pontos na redação e em cada uma das provas. Podem ser utilizadas as notas do ENEM de 2013 a 2019.
Universidade Aberta do Brasil
A Universidade Aberta do Brasil (UAB) é uma parceria entre o Ministério da Educação, as universidades federais e os municípios para ofertarem cursos de nível superior e de pós-graduação por meio da modalidade de Educação a Distância.
Em Ipatinga, o polo UAB está no prédio anexo à Escola Padre Cícero de Castro, no bairro Bom Retiro, desde 2007, onde acontecem as atividades presenciais. Por meio dele, a Prefeitura traz para a cidade cursos das universidades federais de Ouro Preto (UFOP), Brasília (UnB), Juiz de Fora (UFJF) e Uberlândia (UFU).
Até 31 municípios, localizados em um raio de 100 km de distância, podem ser beneficiados. As aulas terão início assim que o Ministério da Educação (MEC) liberar os recursos financeiros necessários.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 17/04/2020
Título: “Reitor Marcus David mostra metas para UFJF”
Por causa da pandemia do coronavírus, o reitor da UFJF, Marcus Vinícius David, pediu a todos os colaboradores da gestão anterior que continuem nos seus postos, mas admitiu que, superada essa fase, haverá mudanças de estratégias e de postos, muitos delas a pedido de assessores que desejam tomar novos rumos. Em entrevista ao Pequeno Expediente, da Rádio CBN, ele reafirmou o papel da universidade em políticas de enfrentamento ao vírus e projetos como os de testagem iniciados nesta quinta-feira. Destacou, porém, que a coleta dos exames continuará sendo feita nas unidades de saúde, e não no Campus da UFJF.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Saúde
Data: 17/04/2020
Título: “Médicas são demitidas após cobrança de EPIs na UPA Norte”
Pelo menos cinco profissionais de saúde da mesma unidade estariam afastados com sintomas da Covid-19. Direção diz que uso de EPI sempre foi prioridade
Domingo, 15 de março de 2020. Dois dias após a confirmação preliminar do primeiro caso suspeito de infecção pelo novo coronavírus em Juiz de Fora, a médica Sanny Alves Henriques, 43 anos, assumiu o plantão na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte com a máscara N95 que ela já possuía por sempre se prevenir diante de casos infecciosos, como tuberculose ou meningite, já que atua no setor vermelho (casos graves). Mesmo com as notas técnicas emitidas pela Anvisa e pelo Ministério da Saúde recomendando a paramentação diante da pandemia, o comportamento dela foi estranhado por alguns profissionais de saúde. Porém, instruídos por ela, que estava ligada nas notícias ao redor do mundo, trataram logo de também garantirem suas máscaras, além de outros EPIs disponíveis na farmácia da unidade e dispensados conforme necessidade. A grande demanda, no entanto, teria resultado em algumas regras restritivas para a retirada dos materiais e, conforme Sanny, muitos dos cerca dos 180 funcionários da unidade acabaram ficando expostos naqueles primeiros dias de trabalho atípico.
Segundo a médica, a triagem de pacientes com sintomas gripais também não seguiu os protocolos de isolamento naquela primeira semana na UPA Norte. “Na segunda-feira (16 de março), fui fazer outro plantão, porque estava devendo horas, e outra médica ficou desesperada porque foi atender paciente com sintomas gripais característico de Covid, que não foi recebido com prioridade, nem isolado, e ainda entrou sem máscara.” A soma dos fatores de risco às equipes de saúde e à própria população diante de um vírus extremamente contagioso a levou a tomar providências. Além de fazer uma denúncia ao Conselho Regional de Medicina (CRM) pela falta de disponibilização dos EPIs, no dia 19 do mês passado, ela criou um grupo no WhatsApp para reunir quem trabalhava ali e também queria se proteger. Com outras voluntárias, a médica conseguiu contribuições que resultaram na doação de centenas de kits de EPIs não só para a UPA Norte, mas também para outras unidades de pronto atendimento, Regional Leste, Hospital Regional Doutor João Penido e equipes de transporte inter-hospitalar.
Técnico estaria em estado grave
Quinta-feira, 26 de março de 2020. Após sua atitude ter sido classificada como “motim” pela administração da UPA, como contou Sanny, ela nem levou seu uniforme para assumir o plantão naquele dia. Já sabia o que a esperava, porque uma colega médica, também à frente da iniciativa, já havia sido demitida na véspera. No entanto, para maior surpresa dela, a carta de demissão era por justa causa, apontando as razões de ato de improbidade; incontinência de conduta ou mau procedimento; desídia no desempenho das respectivas funções; ato de indisciplina ou de insubordinação. “Sem advertência, sem nada que me desabone nos seis anos que estava na unidade. Estou em contato com advogada e vou entrar na Justiça. Como vou concordar com justa causa?”
Outras duas médicas que eram contratadas como pessoa jurídica (PJ) também foram desligadas, sendo que uma delas optou por sair devido à insegurança encontrada. Os casos também são acompanhados pelo Sindicato dos Médicos, que em 21 de março havia expedido nota falando que a falta de álcool gel e máscaras cirúrgicas em algumas unidades de saúde, incluindo a UPA Norte, estava se tornando um problema a mais para os profissionais da saúde em Juiz de Fora. “Esta situação acendeu o alerta vermelho, pois há aumento do número de casos confirmados e suspeitos de pessoas infectadas com coronavírus, destacou o presidente Gilson Salomão na época, que também encaminhou relato ao CRM e fez denúncia junto ao Conselho Municipal de Saúde. “Como os profissionais estão na linha de frente, acabam se contaminando”, disse Salomão naquela oportunidade, sem saber que estava prevendo o quadro atual: conforme relatos das médicas ouvidas pela Tribuna entre quarta e esta quinta-feira (16), pelo menos cinco profissionais de saúde da UPA Norte teriam sido afastados por sintomas da Covid-19. O caso mais grave é de uma técnico em enfermagem que estaria entubado no CTI do HPS.
Sintomas da doença
Outra técnica em enfermagem que também apresentou sinais de infecção pelo novo coronavírus, de 52 anos, conversou com a Tribuna. “Os sintomas começaram dia 7, fui ao hospital (particular) dia 8, fiz raio X da face e do pulmão, e medicada como se fosse sinusite. Não tendo melhoras, sem paladar e mal-estar, retornei ao hospital na segunda. Foi realizada uma tomografia que deu turva e outros exames. Agora estou sendo medicada para Covid-19. Fiz o teste, mas ainda não saiu o resultado.” Afastada do trabalho desde o dia 8, ela segue seu isolamento em casa, onde tenta manter distância do marido, 60, dos três filhos, de 23, 27 e 29 anos, e da neta, 6.
“Sei também de outras duas técnicas em enfermagem, de uma médica e do técnico que está grave no HPS. Todos trabalham na UPA Norte. Sou do setor vermelho e acho sim que faltaram EPIs para nós. Chegamos ao plantão à noite e só tinha máscara transparente. Aí toda equipe cruzou os braços junto com alguns médicos, que nos apoiaram e foram mandados embora. Fomos coagidos, pegaram todos os nomes para demitirem, só que agora não vão fazer mais isto, porque estão com medo, já que muitos funcionários estão afastados.” A profissional de saúde acrescentou que chegaram a ser feitas fiscalizações por denúncias de falta de EPIs na UPA Norte, mas sempre acompanhadas da direção. “Vão atrás perguntando se acontece algo, e lógico que (os funcionários) vão falar que não, porque têm medo de serem mandados embora.”
Modelo ideal teria sido adotado após reivindicação
Apesar de os problemas apontados pelas profissionais de saúde, a médica que acabou sendo demitida por justa causa da UPA Norte, Sanny Alves Henriques, ponderou que a situação atual de EPIs e de triagem na unidade melhorou: “O modelo ideal de atendimento começou a ser implantado após nossas reivindicações.” No entanto, ela lembra que, desde final de janeiro, a Anvisa emitiu nota técnica sobre a pandemia e já falava sobre os uso de EPIs por profissionais de saúde. Em fevereiro, outra nota confirmou. E, em março, o Ministério da Saúde também orientou. “E não basta ter todos os EPIs, como máscara, face shield (protetores faciais), óculos, capote com touca e luvas. O profissional tem que ser treinado para ser paramentado e para desparamentar. Na Itália, por exemplo, a maior contaminação era nesse momento. Os cuidados diante dessa pandemia virulenta, de contágio fácil, são maiores e diferentes do que já estávamos acostumados com outras doenças contagiosas, como tuberculose. Outro agravante é que, a partir do momento em que o profissional se contamina, se torna um vetor, inclusive para outros pacientes”, avaliou a médica, acrescentando que apenas as máscaras cirúrgicas distribuídas naqueles primeiros dias não eram suficientes. “UPA não é hospital, não tem os mesmos equipamentos e nem lavanderia para esterilização. Mas é porta de entrada para paciente SUS. Até a técnica de trabalho estranhou que eu estava usando máscara.” O problema foi maior, segundo Sanny, porque a UPA estaria sem diretor técnico, a quem poderiam recorrer, desde agosto do ano passado, quando o profissional precisou se afastar por problemas de saúde. “Nosso medo era a doença estourar e explodir na UPA, porque a Zona Norte tem praticamente a metade da população de Juiz de Fora.”
Outra médica que trabalhava há cinco anos na UPA Norte, e que foi demitida no fim de março, chegou a atuar como diretora clínica, mas deixou o cargo pouco antes de ser desligada, no dia 25 de março. “A UPA tem vários problemas como qualquer outra unidade, sabemos como é o serviço público. Mas é uma sobrecarga muito grande, e a administração interfere muito na conduta médica. Também vou fazer uma denúncia ao CRM”, disse a profissional de 34 anos, que preferiu ter a identidade preservada. “Os EPIs são imprescindíveis para o atendimento dos pacientes com Covid, porque, se você se infectar, vai contaminar a equipe inteira. E não podemos colocar em risco os outros pacientes também. Mas começamos a ter que brigar para conseguir uma máscara para fazer atendimento dos pacientes, porque não estavam fornecendo para a gente, nem para a enfermagem, no setor vermelho, que estava em contato direto com pacientes graves, nem para a equipe da triagem e nem para o médico que estava atendendo na porta.” Ainda conforme ela, a máscara disponibilizada não era cirúrgica, mas de TNT. “Cheguei a falar que se não trocassem minha máscara eu não atenderia mais, sem equipamento de proteção. Acabou que a enfermagem também se rebelou contra a direção e falou que só iria para o setor com equipamento adequado. Por conta do questionamento da equipe inteira, foi disponibilizado. Só desse jeito que conseguimos os EPIs.”
Treinamento
Ela também reclamou da falta de treinamento para lidar com a pandemia. “Sempre apoiei muito a Sanny, e entramos nesse movimento, que se tornou muito grande, para conseguir os equipamentos, pedindo doações, não só para a gente. E para minha surpresa, começamos a ser demitidas. No caso da Sanny, ainda tentaram colocar justa causa, o que eu, como diretora clínica, falo que nunca existiram. Faço questão de testemunhar a favor dela. Ficou muito claro que a demissão foi por conta desse movimento. Porque em tempos de contratações, demitir médicas como nós, de tempo de casa e com experiência, prontas para serem linha de frente? Foi muita coincidência ser justamente aquelas que estavam brigando pelos EPIs e que fizeram a denúncia. Claro que nunca vão admitir isso, mas ficou muito nítido para a gente.” Segundo ela, justamente parte da equipe que lutou, é que está contaminada. “Fiquei muito triste. Inclusive tem um deles que está no HPS com suspeita de Covid e, pelo que fiquei sabendo, está muito grave. Chorei por pensar que poderia ser evitado. Sabemos que existe o risco da contaminação, por erro de uso de EPI ou qualquer outro motivo, mas não por não ter ali direito o que usar. A equipe estava muito exposta. Para mim também estão sendo coagidos de cobrar pelo medo de serem demitidos. A primeira recomendação é a nossa proteção. Mas como fazer isso se a gente cobra e é mandado embora?”
Uma terceira médica à frente da mobilização na UPA Norte optou por se desligar do trabalho no dia 22 de março, antes de ser demitida. “A situação lá ficou crítica já desde o início pelo não fornecimento de EPIs. Pedi para sair. Eu e a Sanny fizemos o que estava ao nosso alcance, mas em vão”, desabafou a profissional, de 47 anos, preocupada também com o despreparo por precisar cuidar de sua mãe, do grupo de risco, e de três filhos. “Alguns profissionais estão contaminados por lá. Um grave no HPS. Não tivemos diálogo com a direção em momento algum, que recusou qualquer tipo de reunião”, lamentou.
A quarta médica prejudicada após a mobilização, 35, corroborou que a escassez de EPIs na UPA Norte as levou a buscar outras formas de paramentação. “Não nos deram nenhum retorno sobre a compra ou busca para adquirir esses equipamentos. Então fizemos pesquisas e publicamos nas redes sociais manifestação sobre essa falta. Nos incluímos em outros movimentos para conseguirmos os capotes e máscaras. Montamos grupo no WhatsApp com os profissionais para não fazerem atendimentos sem EPIs, explicando a necessidade de falarmos sobre isso. Começamos o movimento numa semana e, na outra, fomos demitidas.”
Direção de UPA Norte diz que uso de EPI sempre foi prioridade
Em nota enviada pela assessoria, a direção da UPA Norte, ligada ao grupo do Hospital São Vicente de Paulo, informou que o uso correto do EPI entre seus colaboradores sempre foi uma das prioridades, atendendo as determinações da Organização Mundial de Saúde (OMS). “Quando se instalou o risco de pandemia, houve o empenho, tanto dos gestores da UPA Norte, como dos órgãos públicos no sentido de se adequar ao novo momento, seguindo as orientações dos serviços públicos de saúde contidos na nota técnica da Anvisa, n° 04/2020, de 30 de janeiro de 2020, e suas atualizações. No que tange à alegada falta de qualidade dos EPIs, temos a salientar que a UPA Norte sempre usou equipamentos registrados pela Anvisa, órgão responsável por tal controle.”
Quanto aos questionamentos à administração pela ausência de EPIs, a diretoria garantiu que sempre disponibilizou tais equipamentos aos funcionários, contudo, de acordo com as normativas do Ministério da Saúde, houve adequação de seu uso conforme a necessidade. “Prova dessa afirmativa é materializada através das fichas de controle de distribuição de equipamentos de proteção individual, devidamente assinada por cada profissional.”
A administração da UPA Norte também garantiu ter se adequado quanto à triagem e isolamento dos pacientes, instalando uma tenda em espaço externo da unidade para maior segurança dos usuários e funcionários. A medida foi tomada com base na orientação das normativas do Grupo Brasileiro de Classificação de Risco, responsáveis pela implantação do Protocolo de Classificação de Manchester, publicado em 24 de março, diante da Covid-19. “A unidade é a única de pronto atendimento no município de que possui leito de isolamento, segundo as normativas da OMS”, ressaltou.
Sobre o grupo de WhatsApp criado pelas médicas, a diretoria da UPA Norte declarou não ter ingerência sobre os assuntos nele tratados, por não fazer parte do mesmo e não fez qualquer ligação do movimento de arrecadação de EPIs com as demissões. “Toda dispensa de profissionais da unidade são realizadas pela filosofia de trabalho da empresa, respeitando as leis trabalhistas.” A UPA Norte reforçou que “a assertiva das médicas no que tange à falta de explicações quanto aos EPIs é deveras contraditória, visto que diariamente as orientações técnicas eram repassadas pela segurança do trabalho, segundo as normativas da Anvisa, não havendo, em momento algum, falta de EPIs.”
Administração nega casos confirmados
Já em relação à contaminação de profissionais da saúde pelo coronavírus, a administração da unidade disse que, conforme dados epidemiológicos da Vigilância Sanitária de Juiz de Fora, não houve até o momento nenhum caso confirmado de paciente com Covid-19 atendido na UPA Norte, “não tendo como vincular o contágio dos funcionários aludidos com a unidade, visto que o vírus é de disseminação comunitária, além de que vários funcionários prestam serviço em outros estabelecimentos de saúde”. “É importante frisar que a UPA Norte está sendo periodicamente fiscalizada pelas autoridades, tanto do Executivo, quanto do Legislativo municipal, não havendo qualquer reclamação de falta de equipamento de proteção, de sua qualidade, nem tampouco da assistência prestada no tocante aos usuários suspeitos de Covid-19.”
CRM apura denúncias
O delegado do Conselho Regional de Medicina (CRM), José Nalon, confirmou ter sido contatado pela médica Sanny Alves Henriques em março. “Ela mencionou que faria a denúncia (sobre a falta de EPIs na UPA Norte) e que a protocolou lá na delegacia. Mas pelo fato da quarentena, não tive acesso. Como não depende de despacho, a denúncia já deve estar na Corregedoria em Belo Horizonte para instauração de sindincância e averiguação.”
Sobre as demissões das médicas da UPA Norte que lideraram um movimento para aquisição de EPIs, incluindo a de Sanny por justa causa, Nalon disse ter sido informado da situação pela reportagem. “Questão administrativa trabalhista é de responsabilidade da empresa contratante. Mas considerar justa causa é meio complicado. Se a decisão unilateral não tiver algo muito flagrante de desrespeito às normas ou de prejuízo às instruções cabe um procedimento administrativo prévio. O patrão tem direito de mandar embora indenizando o empregado, mas acho que toda demissão por justa causa deve ter procedimento prévio. Sugiro que ela constitua advogado, e vamos acompanhar essa sindicância também.”
Presidente da Comissão de Saúde Pública e Bem-Estar Social da Câmara Municipal, o vereador Adriano Miranda (PRTB) não tinha conhecimento das demissões de médicas ocorridas na UPA Norte, mas disse que a contaminação de profissionais de saúde já era esperada com a evolução da Covid-19 em Juiz de Fora. “Por mais que os profissionais usem os EPIs, estão mais expostos, e o risco de contaminação é maior, mesmo que tomem todos os cuidados. Por isso, a disponibilização dos EPIs é fundamental e inquestionável. A falta desses equipamentos não pode acontecer em hipótese alguma, e a Prefeitura deve fiscalizar isso.” Segundo ele, a comissão tem procurado estar mais próxima da Secretaria de Saúde para saber as medidas efetivas no enfrentamento ao novo coronavírus.
Questionado sobre a falta de EPIs nas UPAs durante audiência pública na tarde desta quinta-feira (16), o secretário interino de Saúde, Rodrigo Almeida, destacou que a administração das unidades é terceirizada e que a falta dos equipamentos é um descumprimento contratual. “As UPAs têm que fornecer, está nos contratos.”
Campanha consegue 500 kits em fim de semana
Parceira do Rotary Club Passaporte Estrela Sul, a empresária Andréa Creston foi uma das idealizadoras da campanha para arrecadação de materiais e confecção de EPIs, após ser procurada por duas das médicas desligadas da UPA Norte. “Falaram do problema que estavam enfrentando e que estavam muito preocupadas pela falta de equipamentos de segurança para trabalharem junto à rede de hospitais e UPAs da cidade. A Sanny disse que, inclusive na véspera, tinha feito denúncia no CRM.”
Com a experiência adquirida em campanha voluntária de vacinação contra febre amarela em 2018, quando seu marido foi gravemente acometido pela doença, Andréa decidiu abraçar a ideia. “Liguei para o Guilherme (Côrtes) para saber a demanda, como infectologista. A esposa dele também já havia iniciado campanha. Fomos atrás de todos os insumos necessários para a fabricação dos capotes. A Faculdade de Engenharia da UFJF ajudou com a produção em larga escala dos protetores faciais. Fui atrás de mais costureiras e confecções que pudessem abrir suas portas e entrar com trabalho voluntário no fechamento dos kits. Consegui, em um final de semana, que uma confecção produzisse 500 kits de EPIs, com capotes e toucas, e isso deu uma alavancada muito grande. Foi tomando proporção e assumimos a responsabilidade da distribuição também.”
A doação foi estendida a profissionais da segurança pública. “Mas o principal foco sempre foi o pessoal que estava na linha de frente para atender a demanda da Covid-19. Tivemos apoio de várias empresas e queremos agregar outras, porque é um material que vamos precisar muito ainda. A Covid-19 não entrou no ápice aqui. Como são materiais descartáveis, quanto mais é melhor.”
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Saúde
Data: 17/04/2020
Título: “UFV e UFJF dão início a testagem para diagnóstico da Covid-19”
Universidades federais têm quatro laboratórios que, juntos, terão capacidade de realização de 300 testes diários na região da Zona da Mata.
As Universidades Federais de Viçosa (UFV) e de Juiz de Fora (UFJF) iniciaram a realização de testes para detecção do novo coronavírus.
Com a utilização destes laboratórios nas instituições, a região da Zona da Mata terá capacidade de realizar até 300 testes diários de Covid-19.
UFV
Os laboratórios da Universidade Federal de Viçosa (UFV) são credenciados pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) e iniciaram os trabalhos na quarta-feira (15).
Segundo o assessor de Saúde da UFV, professor Bruno David Henriques, foram analisadas duas amostras para delineamento das condutas que serão tomadas pelos laboratórios e para a articulação necessária com o serviço de Vigilância Epidemiológica da rede de saúde para processamento das amostras e liberação dos resultados.
A capacidade de realização dos testes nos laboratórios no campus de Viçosa e Rio Paranaíba é de 200 por dia.
Entretanto, os insumos prometidos pela Funed, vinculada à Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), ainda não foram repassados para a UFV.
Isso significa que, inicialmente, a quantidade de testes será menor. A Universidade informou que a testagem que está sendo realizada nesta semana utiliza cerca de mil kits importados pela própria UFV.
Universidade já providenciou a importação de mais kits para a realização de nove mil testes. A previsão é de que o material chegue nos próximos 30 dias.
UFJF
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) começou a receber nesta sexta-feira (17) as amostras para a realização dos testes de diagnóstico de Covid-19.
São dois laboratórios localizados no campus qualificados para efetuar os exames, um no Instituto de Ciências Biológicas e outro na Faculdade de Farmácia. Somada, a capacidade de ambos é de 100 testes diários, com o resultado disponível em até 48 horas após o recebimento das amostras dos pacientes.
O processo será realizado em parceria com a Prefeitura de Juiz de Fora, atendendo à demanda do sistema público de saúde.
“Usaremos uma técnica de alta sensibilidade, a PCR em tempo real. O protocolo utilizado nos laboratórios da UFJF será o mesmo validado pelo Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), instituição renomada dos Estados Unidos”, destacou o Diretor do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), Lyderson Viccini.
“É importante ressaltar que estamos trabalhando com a possibilidade técnica de realizar 100 amostras por dia. Mas, de forma prudente, devemos mensurar a real capacidade de trabalho nas próximas semanas de acordo com o fluxo de amostras, a disponibilidade de insumos e de mão de obra capacitada”, reforçou.
Em inglês, a sigla PCR traduz-se para o português como Reação em Cadeia da Polimerase.
O diretor da Faculdade de Farmácia da UFJF, Marcelo Silvério, explica que tratam-se de exames moleculares, feitos a partir de amostras coletadas da nasofaringe e da orofaringe dos pacientes, ou seja, do nariz e da garganta, respectivamente, por meio de um cotonete estéril.
O reitor Marcus David informou que a instituição realizou a compra de insumos com recursos próprios para o início das atividades e já autorizou a compra de mais material para a continuidade dos trabalhos. Devido à pandemia, há grande dificuldade em encontrar fornecedores para a aquisição dos insumos.
“O problema, que não é somente nosso, mas também dos governos estadual e federal, é a dificuldade de aquisição dos kits de análises. Recebemos a sinalização de determinado fornecedor e, quando vamos atrás, imediatamente já tem variação de preços, já muda o prazo de entrega. O nosso desafio agora é conseguir fazer a compra de novos reagentes para garantir que esse fluxo não seja interrompido”, explicou o reitor.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Saúde
Data: 17/04/2020
Título: “UFJF inicia realização de testes para diagnósticos da Covid-19”
Expectativa é testar até cem amostras por dia, auxiliando o sistema público de saúde na identificação do novo coronavírus
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) começa, nesta sexta-feira (17), a receber amostras para realizar testes para o diagnóstico da Covid-19. São dois laboratórios localizados, no campus, qualificados para efetuar os exames, um no Instituto de Ciências Biológicas e outro na Faculdade de Farmácia. Somada, a capacidade de ambos é de cem testes diários, com o resultado disponível em até 48 horas após o recebimento das amostras dos pacientes. De acordo com a UFJF, o processo será realizado em parceria com a Prefeitura de Juiz de Fora, atendendo à demanda do sistema público de saúde.
“Usaremos uma técnica de alta sensibilidade, a PCR em tempo real. O protocolo utilizado nos laboratórios da UFJF será o mesmo validado pelo Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), instituição renomada dos Estados Unidos”, destaca o Diretor do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), Lyderson Viccini, por meio da Diretoria de Imagem da UFJF. “É importante ressaltar que estamos trabalhando com a possibilidade técnica de realizar cem amostras por dia. Mas, de forma prudente, devemos mensurar a real capacidade de trabalho nas próximas semanas de acordo com o fluxo de amostras, a disponibilidade de insumos e de mão de obra capacitada.”
Em inglês, a sigla PCR traduz-se para o português como Reação em Cadeia da Polimerase. O diretor da Faculdade de Farmácia da UFJF, Marcelo Silvério, explica que se tratam de exames moleculares, feitos a partir de amostras coletadas da nasofaringe e da orofaringe dos pacientes (ou seja, do nariz e da garganta, respectivamente) por meio de um cotonete estéril.
As amostras
Os laboratórios da UFJF recebem as amostras direcionadas do Sistema Único de Saúde (SUS) pela Secretaria Municipal de Saúde de Juiz de Fora, seguindo um fluxo preestabelecido pelo órgão. De acordo com a professora da Faculdade de Medicina da UFJF, Sandra Tibiriçá, o material para testes encaminhado para a UFJF será coletado de pacientes sintomáticos internados nos hospitais da Rede de Atenção do SUS, incluindo o Hospital Universitário, e dos profissionais de saúde da urgência e emergência e da atenção primária que estão sintomáticos.
Os laboratórios
De acordo com a UFJF, ambos os laboratórios localizados no campus sede da instituição passaram por uma inspeção da Vigilância Sanitária e foram devidamente credenciados, recebendo alvará para o funcionamento e efetuação dos testes. Marcelo Silvério explica que a equipe responsável pela idealização e pela preparação dos laboratórios é a mesma, e todos os envolvidos receberam treinamento especializado. A conformação dos laboratórios e a capacitação dos profissionais está em desenvolvimento há cerca de três semanas, de acordo com Lyderson Viccini. “O que a sociedade pode esperar de nós é muita dedicação e esforço. Não é uma tarefa fácil.”
De acordo com o reitor da UFJF, Marcus David, é importante destacar que o início das atividades dos laboratórios de diagnóstico só foi possível porque a UFJF está investindo recursos próprios na aquisição dos insumos necessários para a realização dos testes. A reitoria realizou a compra de insumos para o início das atividades e já autorizou a compra de mais material para a continuidade dos trabalhos. Devido à pandemia, há grande dificuldade em encontrar fornecedores para a aquisição dos insumos. “O problema, que não é somente nosso, mas também dos governos estadual e federal, é a dificuldade de aquisição dos kits de análises. Recebemos a sinalização de determinado fornecedor e, quando vamos atrás, imediatamente já tem variação de preços, já muda o prazo de entrega. O nosso desafio agora é conseguir fazer a compra de novos reagentes para garantir que esse fluxo não seja interrompido”, ressalta o reitor por meio da Diretoria de Imagem.
Universidade no combate à Covid-19
Com o aumento de testes realizados no município e por meio dos resultados obtidos nos laboratórios da UFJF, será possível uma compreensão melhor da dimensão da Covid-19 em Juiz de Fora e, consequentemente, a execução de estratégias mais precisas e eficazes no controle da doença. “Estamos orgulhosos de fazer parte de uma equipe que possibilita esse tipo de serviço para a cidade e felizes em ver a universidade pública brasileira cumprindo seu papel, auxiliando na proteção de pessoas e auxílio no direcionamento de políticas públicas de maior eficiência”, declara Viccini.
Conforme o reitor, “a UFJF entendeu que deveria disponibilizar toda a sua estrutura física, toda a capacidade do seu quadro de pesquisadores e técnicos para o enfrentamento dessa crise. Começamos a trabalhar em várias frentes como produção de álcool em gel, de máscaras, protetor facial, sabonete líquido, além de diversas pesquisas para a compreensão e enfrentamento do vírus”.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Cidade
Data: 17/04/2020
Título: “Projeto na UFJF fabrica e doa sabão e sabonete líquido para pessoas em situação de vulnerabilidade em Juiz de Fora”
Sociedade pode fazer doações de óleo de cozinha usado e óleo de soja virgem; matéria prima para produção. Saiba como ajudar.
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) iniciou um projeto para fabricação de sabão e sabonete líquido. A ação do departamento de Química do Instituto de Ciências Exatas (ICE) tem o objetivo de doar os materiais para pessoas em situação de vulnerabilidade em Juiz de Fora.
De acordo com a UFJF, a iniciativa faz parte de uma série de ações desenvolvidas pela instituição para o combate à pandemia do coronavírus.
Para a produção dos sabões e sabonetes líquidos são utilizados óleos de cozinha usados e óleos de soja virgem. A matéria prima é conseguida através de doações e toda a sociedade civil pode contribuir. Além dos óleos, também são aceitas doações de garrafas plásticas vazias.
Os interessados em realizar doações devem levar os materiais e deixá-los ao lado direito da escada do Reuni, perto da sala 401, localizada no ICE.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 17/04/2020
Título: “UFJF entrega 250 kg de álcool gel para Prefeitura de Juiz de Fora”
Fabricação foi possibilitada pela doação de insumos, feita por uma rede de empresários da cidade
Cerca de 250 quilos de álcool gel foram entregues para a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), nesta sexta-feira (17), pela Universidade Federal de Juiz de Fora. A fabricação em maior escala dos produtos foi possibilitada pela doação de insumos à PJF, feita por uma rede colaborativa formada por empresários da cidade. A produção do álcool gel, por sua vez, é realizada por profissionais ligados à Farmácia Universitária, à Faculdade de Farmácia e ao Instituto de Ciências Exatas (ICE) da Instituição.
De acordo com o diretor da Faculdade de Farmácia, Marcelo Silvério, em função das doações realizadas à Prefeitura, que serão entregues gradualmente à UFJF, há insumos suficientes para que esse fluxo maior de produção ocorra por mais seis ou oito semanas. A previsão é de entregar, semanalmente, cerca de 250 quilos, mesma quantidade já disponibilizada nesta sexta.
A vice-reitora da UFJF, Girlene Alves, ressaltou a importância do apoio que a universidade tem dado ao Município desde o início da pandemia e destaca o aumento da fabricação de álcool gel possibilitado pela doação de uma rede de empresários. “Essa produção mais intensa, possibilitada por parcerias com o Poder Público local, permite que a UFJF auxilie diretamente, com os profissionais e as tecnologias que possuímos, no enfrentamento responsável da pandemia. É fundamental a disponibilidade de insumos necessários, especialmente para trabalhadores que estão na linha de frente do combate à Covid-19”, afirmou por meio da Diretoria de Imagem Institucional.
Sobre a fabricação
De acordo com a professora e coordenadora da Farmácia Universitária, Alessandra Esther, a produção de álcool gel 70%, ideal para higienização da pele e de superfícies para evitar a contaminação pelo novo coronavírus, continuará a ser feita durante as próximas semanas. A fabricação consiste em três etapas e é feita sob verificação de parâmetros químicos e farmacêuticos, de acordo com as boas práticas de manipulação.
A primeira fase da fabricação acontece a partir da diluição de um álcool absoluto (100%) ou com uma alcoolatura pouco menor (96.3% ou 96.8%, por exemplo). Em todos os casos, a temperatura e a alcoolatura são conferidas para que o álcool atenda aos valores eficazes de atividade contra micro-organismos, como vírus e bactérias.
Na segunda etapa, é feita a pesagem e o preparo dos insumos para a obtenção do gel, efetuado por meio do polímero, um agente gelificante. Já na terceira etapa, esse agente é colocado em contato com o álcool 70%. “Esse contato é feito sob agitação e, portanto, precisamos imprimir um ritmo correto para que possamos obter uma consistência e uma viscosidade adequadas. Dessa forma, o gel ficará em contato com peles e superfícies durante o tempo necessário para agir de forma eficaz em sua propriedade antisséptica.”
Alessandra Esther ressalta que, desde a matéria-prima ao produto final, são realizadas as conferências de parâmetros, principalmente de viscosidade e de pH (o chamado “potencial hidrogeniônico”, uma escala capaz de medir a acidez, a neutralidade ou a alcalinidade de uma determinada solução).
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Veículo: Acessa
Editoria: Saúde
Data: 17/04/2020
Título: “UFJF inicia realização de testes para diagnóstico de Covid-19”
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) começa nesta sexta-feira, 17 de abril, a receber amostras para realizar testes para o diagnóstico de Covid-19. Segundo a assessoria da instituição, “são dois laboratórios localizados no campus qualificados para efetuar os exames, um no Instituto de Ciências Biológicas e outro na Faculdade de Farmácia”. Somada, a capacidade de ambos é de cem testes diários, com o resultado disponível em até 48 horas após o recebimento das amostras dos pacientes. O processo será realizado em parceria com a Prefeitura de Juiz de Fora, atendendo à demanda do sistema público de saúde.
“Usaremos uma técnica de alta sensibilidade, a PCR em tempo real. O protocolo utilizado nos laboratórios da UFJF será o mesmo validado pelo Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), instituição renomada dos Estados Unidos”, destaca o Diretor do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), Lyderson Viccini. “É importante ressaltar que estamos trabalhando com a possibilidade técnica de realizar 100 amostras por dia. Mas, de forma prudente, devemos mensurar a real capacidade de trabalho nas próximas semanas de acordo com o fluxo de amostras, a disponibilidade de insumos e de mão de obra capacitada.”
Em inglês, a sigla PCR traduz-se para o português como Reação em Cadeia da Polimerase. O diretor da Faculdade de Farmácia da UFJF, Marcelo Silvério, explica que tratam-se de exames moleculares, feitos a partir de amostras coletadas da nasofaringe e da orofaringe dos pacientes (ou seja, do nariz e da garganta, respectivamente) por meio de um cotonete estéril.
As amostras
Os laboratórios da UFJF recebem as amostras direcionadas do Sistema Único de Saúde (SUS) pela Secretaria Municipal de Saúde de Juiz de Fora, seguindo um fluxo pré-estabelecido pelo órgão. De acordo com a professora da Faculdade de Medicina da UFJF, Sandra Tibiriçá, o material para testes encaminhado para a UFJF será coletado de pacientes sintomáticos internados nos hospitais da Rede de Atenção do SUS, incluindo o Hospital Universitário, e dos profissionais de saúde da urgência e emergência e da atenção primária que estão sintomáticos.
Os laboratórios
Ambos os laboratórios localizados no campus sede da Universidade passaram por uma inspeção da Vigilância Sanitária e foram devidamente credenciados, recebendo alvará para o funcionamento e efetuação dos testes. Marcelo Silvério explica que a equipe responsável pela idealização e pela preparação dos laboratórios é a mesma, e todos os envolvidos receberam treinamento especializado. A conformação dos laboratórios e a capacitação dos profissionais está em desenvolvimento há cerca de três semanas, de acordo com Lyderson Viccini. “O que a sociedade pode esperar de nós é muita dedicação e esforço. Não é uma tarefa fácil.”
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Cidade
Data: 18/04/2020
Título: “UFJF entrega 250 quilos de álcool em gel para Prefeitura de Juiz de Fora”
A fabricação, em maior escala dos produtos, foi possível ser doada à Prefeitura, graças a uma rede colaborativa formada por empresários da cidade.
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) entregou nesta sexta-feira (17) cerca de 250 quilos de álcool em gel para a Prefeitura de Juiz de Fora.
A fabricação, em maior escala dos produtos, foi possível ser doada à Prefeitura, graças a uma rede colaborativa formada por empresários da cidade.
A produção do álcool gel, por sua vez, foi realizada por profissionais ligados à Farmácia Universitária, à Faculdade de Farmácia e ao Departamento de Química do Instituto de Ciências Exatas (ICE) da UFJF.
De acordo com o diretor da Faculdade de Farmácia, Marcelo Silvério, em função das doações feitas ao Executivo, que serão entregues gradualmente à UFJF, há insumos suficientes para que esse fluxo maior de produção ocorra por mais seis a oito semanas.
A previsão é de entregar, semanalmente, cerca de 250 quilos, mesma quantidade já disponibilizada nesta sexta-feira.
Produção
A professora e coordenadora da Farmácia Universitária, Alessandra Esther, explica que a produção de álcool gel 70%, o ideal para higienização da pele e de superfícies para evitar a contaminação pelo novo coronavírus, continuará a ser feita durante as próximas semanas.
A fabricação consiste em três etapas e é feita sob verificação de parâmetros químicos e farmacêuticos, de acordo com as boas práticas de manipulação.
A primeira fase da fabricação acontece a partir da diluição de um álcool absoluto (100%) ou com uma alcoolatura pouco menor (96.3% ou 96.8%, por exemplo).
Em todos os casos, a temperatura e alcoolatura são conferidos para que o álcool atenda aos valores eficazes de atividade contra microorganismos, como vírus e bactérias.
Na segunda etapa, é feita a pesagem e o preparo dos insumos para a obtenção do gel, efetuado por meio do polímero, um agente gelificante. Já na terceira etapa, esse agente é colocado em contato com o álcool 70%.
“Esse contato é feito sob agitação e, portanto, precisamos imprimir um ritmo correto para que possamos obter uma consistência e uma viscosidade adequadas. Dessa forma, o gel ficará em contato com peles e superfícies durante o tempo necessário para agir de forma eficaz em sua propriedade antisséptica.”
Alessandra Esther ressaltou que, desde a matéria prima ao produto final, são realizadas as conferências de parâmetros, principalmente de viscosidade e de pH (o chamado “potencial hidrogeniônico“, uma escala capaz de medir a acidez, a neutralidade ou a alcalinidade de uma determinada solução).
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Veículo: ACidadeOn
Editoria: Educação
Data: 16/04/2020
Título: “UFSCar recebe inscrições em projeto de ensino em Libras”
Iniciativa visa à produção de materiais bilíngues, tradução de contos, histórias e narrativas sobre a história africana
Estão abertas as inscrições para participação no projeto de extensão da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) intitulado “Ensino da História da África e da Cultura Africana e Afro-Brasileira em Língua Brasileira de Sinais”, vinculado ao Núcleo de Estudos e Pesquisas em Tradução, Interpretação e Educação para o Antirracismo em contextos sociolinguísticos de línguas de sinais, criado por Diléia Aparecida Martins, docente do Departamento de Psicologia (DPsi) da Universidade.
A iniciativa realiza a produção de materiais bilíngues, tradução de contos, histórias e narrativas que revelam a filosofia africana pelo cultivo da natureza, da vida e, sobretudo, pela disseminação de valores que favoreçam a empatia e o respeito.
O projeto, que une profissionais da UFSCar, além das universidades federais de Lavras (Ufla) e Juiz de Fora (UFJF) e da Prefeitura Municipal de Juiz de Fora, visa ampliar o conhecimento sobre estudos da tradução, interpretação e educação antirracista em contextos bilíngues de línguas de sinais; promover a formação continuada de professores, tradutores e intérpretes de Libras; articular teoria e prática no ensino da História da África e da Cultura Africana e Afro-brasileira em Libras; divulgar a pesquisa desenvolvida no DPsi nas áreas de Libras e Ensino e Tradução e Interpretação de Libras; e consolidar trabalhos desenvolvidos no curso de Bacharelado em Tradução e Interpretação em Libras/Língua Portuguesa (TILSP) da UFSCar.
A atividade, de inscrição contínua, é aberta às pessoas interessadas, que podem optar por participar como colaboradoras externas – com auxílio na tradução de materiais ou na criação de vídeos em Libras -, como pesquisadoras do grupo ou apenas para receber informações. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas por meio de preenchimento deste formulário online (https://bit.ly/2K1lQk6), momento em que será preciso escolher em qual modalidade prefere participar.
O projeto se enquadra na linha temática “Ensino da História da África e da Cultura Africana e Afro-Brasileira” e conta com a coordenação de Martins e de Érica Alves Barbosa Tavares, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da UFSCar e docente do Departamento de Educação da Ufla. Mais informações estão disponíveis em https://bit.ly/2K1lQk6.
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