Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 13/04/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/painel/13-04-2020/camara-faz-transmissao-ao-vivo-sobre-a-pandemia.html

Título: “Câmara faz transmissão ao vivo sobre a pandemia”

Em tempos de isolamento, as transmissões ao vivo têm sido a saída para disseminação de informações. A TV Câmara inicia, nesta terça-feira, às 17h, o programa Câmara discute, com participação de especialistas que irão abordar a pandemia do coronavírus, medidas de proteção e números atualizados da doença. O programa terá uma segunda apresentação às quintas-feiras, no mesmo horário, ambas com apresentação dos jornalistas Maurício Oliveira e Maressa Souza.

Na UFJF, pandemia e violência estão na agenda

Na Universidade Federal de Juiz de Fora, também nesta terça-feira, o Núcleo de Estudos de Violência e Direitos Humanos estreia o projeto NEVIDH em pauta. Na primeira edição, a professora do Departamento de Ciência Sociais e pesquisadora do Núcleo, Rogéria Martins, conversa com o coordenador do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP), Marcos César Alvarez. O tema será “Punição, prisão e pandemia”. A transmissão, a partir das 15h, será na página do Instagram do Núcleo da UFJF.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Saúde

Data: 13/04/2020

Link: http://tribunademinas.com.br/empregos/13-04-2020/ebserh-convoca-candidatos-de-selecao-de-emergencial.html

Título: “Ebserh convoca candidatos de seleção emergencial”

Os convocados deverão se apresentar na terça-feira, conforme horário agendado por e-mail

A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) divulgou 14 editais de convocação referentes ao processo seletivo de caráter emergencial para contratação temporária de profissionais que irão atuar no enfrentamento à Covid-19 nos 40 hospitais universitários que integram a rede, incluindo o Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF). Os documentos foram divulgados no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (13).

Os convocados deverão se apresentar na terça-feira (14), conforme horário agendado por e-mail. É necessário levar currículo, documentação comprobatória de títulos e experiência profissional, além dos documentos necessários para contratação, conforme listado no edital, disponível no site da Ebserh (https://www.ebserh.gov.br).

Na quarta-feira (15) serão realizados os exames admissionais, também conforme agendamento feito por e-mail. A ausência nas datas mencionadas implica em exclusão do candidato do processo seletivo.

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Veículo: MSN

Editoria: Educação

Data: 13/04/2020

Link: https://www.msn.com/pt-br/noticias/educacao/quarentena-as-melhores-lives-para-voc%C3%AA-estudar-na-semana-13-a-17-4/ar-BB12zJxc?srcref=rss

Título: “Quarentena: as melhores lives para você estudar na semana (13 a 17/4)”

Não é só de live de sertanejo que vive o YouTube nessa quarentena, não, viu? Tem muito conteúdo de estudo disponível para quem quer manter o ritmo para o vestibular. É uma maneira interativa e dinâmica de se preparar, protegido, sem sair de casa. Então, separamos por dia e horários desta semana aulas ao vivo de diferentes matérias que são cobradas nas provas.

Deixamos os links de acesso de cada live. Você pode acessar no horário da aula direto da nossa matéria e, para não esquecer das próximas aulas, pode também criar um lembrete no próprio YouTube. Aproveite!

Segunda (13/4)

18h, Me Salva – Aula de Matemática: porcentagem 

Durante a aula online, o professor Corleta vai explicar sobre porcentagem e escala no canal Me Salva!

Assista aqui

19h, Descomplica -10 fórmulas de Física para arrasar no Enem 

Confira no canal do curso pré-vestibular Descomplica uma aula ao vivo sobre as fórmulas mais importantes de Física que vão te ajudar no Enem.

Assista aqui

20h, História Online – Aula sobre o Islã

O canal História Online disponibiliza conteúdo de graça para quem quer estudar atualidades, filosofia, sociologia, história do brasil, história geral, história da arte e redação. O tema da aula ao vivo desta semana é o Islã.

Assista aqui

Terça (14/4)

14h, Ferretto Matemática – Aulão Enem- Logaritmos 

O professor Ferretto vai te dar aquela força na hora de estudar Matemática. Nesta terça, o tema é logaritmos.

Assista aqui

17h, Me Salva – Zoologia de Vertebrados

Dica para te ajudar a estudar Biologia com esta aula no Me Salva!

Assista aqui

19h, Descomplica – Como se preparar para estudar redação

A live do Descomplica vai falar sobre melhores maneiras para treinar para tirar a nota máxima na prova de redação.

Assista aqui 

Quarta (15/4)

11h, Jardim Botânico da UFJF – O Covid-19 e o meio ambiente: não há o que comemorar

A abertura oficial do Jardim Botânico da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) completou um ano no dia 12 de abril e para comemorar a data serão realizadas lives com conteúdos interessantes sobre saúde e meio ambiente. Nesta quarta, a conversa será sobre a relação da pandemia com o meio ambiente, no perfil do Instagram @jardimbotanicoufjf.

17h e 19h, Me Salva – Elaboração de uma redação / Competência IV 

O professor Henrique Araújo, do Me Salva!, dará dicas e explicações para os alunos produzirem uma boa redação. Em seguida, falará especificamente da competência 4 da avaliação usada no Enem, sobre recursos coesivos.

Aula 1: acesse pelo link

Aula 2: acesse pelo link

Sexta (17/4)

11h, Jardim Botânico da UFJF – Ecologia das doenças e importância da preservação de áreas naturais para a saúde humana

A professora do Departamento de Botânica do ICB da UFJF Ana Paula Gelli de Faria será a responsável por trazer a discussão sobre o ambiente e o combate a enfermidades durante a live no no perfil do Instagram @jardimbotanicoufjf.

19h, Descomplica – Aula de Biologia Celular

Citoplasma? Procarionte? Organelas? A live do Descomplica desta sexta será uma espécie de glossário para a prova de biologia do Enem.

Assista aqui

Voltamos na próxima semana com mais sugestões de lives. Bons estudos!

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 13/04/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/painel/13-04-2020/almas-lanca-comite-de-enfrentamento-e-prevencao-a-covid-19.html

Título: “Almas lança comitê de Enfrentamento e Prevenção à Covid-19”

O prefeito Antônio Almas vai presidir, na próxima quarta-feira, às 15h, na Escola de Governo, a reunião de formação do Comitê Municipal de Enfrentamento e Prevenção à Covid-19 com a participação de integrantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, da Universidade Federal de Juiz de Fora, das Forças Armadas, das polícias Civil, Militar e dos Bombeiros, além de representantes da rede hospitalar, da sociedade civil organizada, de entidades da indústria, comércio e serviços.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 13/04/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/13-04-2020/policia-civil-recebe-doacao-de-15-mil-mascaras-para-servidores.html

Título: “Polícia Civil recebe doação de 1,5 mil máscaras para servidores”

Essa é a segunda doação realizada pela Arcelor à instituição. Em meados de março, foram entregues 50 litros de álcool em gel

Mil e quinhentas máscaras de proteção individual para distribuição aos servidores que atuam na 1ª Delegacia Regional de Juiz de Fora foram doadas pela ArcelorMittal, por meio de parceria. A iniciativa contou com a colaboração da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Baldi Embalagens e L’essence Clínica Médica. A intenção é ajudar os policiais civis, que continuam atuando e precisam adotar cuidados no enfrentamento da Covid-19.

De acordo com o diretor da ArcelorMittal de Juiz de Fora, João Henrique Palmer Caldeira, a parceria ocorreu em prol do bem-estar de todos. “Somos uma empresa com tradição no trabalho em parceria com a comunidade, desta forma, sensível às dificuldades do país, buscamos apoiar ações importantes em prol do bem-estar social, como esta da Polícia Civil em Juiz de Fora”, destacou, por meio da assessoria de comunicação da Polícia Civil.

Conforme o delegado regional Armando Avolio Neto, “diante de um cenário de pandemia, onde a escassez de materiais de segurança levou seus preços a valores impraticáveis, buscamos alternativas para melhorar a segurança de nossos policiais e permitir que a população continue com um atendimento de excelência, contando com mais essa importante parceria”. Ainda segundo ele, essa é a segunda doação realizada pela empresa à instituição.

Em meados de março, foram recebidos 50 litros de álcool em gel, possibilitando que a Polícia Civil mantenha a qualidade no atendimento ao público, atendendo todas as diretrizes de um estado de calamidade pública.

Durante a entrega dos materiais, na 1ª Delegacia Regional, foi realizada uma homenagem à empresa, reforçando a importância da parceria público-privada na busca pela melhor prestação de serviços à sociedade mineira. “Os Equipamentos de Proteção Individual serão fundamentais para a proteção adequada dos policiais civis e, por conseguinte, no atendimento de nossas demandas sociais, assim como no enfrentamento da pandemia por Covid-19”, ressaltou o chefe do Posto de Medicina Legal de Juiz de Fora, Glower Braga.

Para o chefe do 4º Departamento, Gustavo Adélio Lara Ferreira, essa interação da instituição com empresas privadas é de extrema relevância. “Parabenizamos o delegado regional de Juiz de Fora, Armando Avolio Neto, o médico legista Glower Braga e todos que se empenharam nessa iniciativa proativa que busca proteger e dar condições de segurança e saúde aos abnegados e dedicados servidores da Polícia Civil”, finalizou.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 13/04/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/13-04-2020/juiz-de-fora-ja-soma-84-casos-confirmados-de-covid-19.html

Título: “Juiz de Fora já soma 84 casos confirmados de Covid-19”

Dez novos casos foram confirmados pela Secretaria de Saúde de JF entre o boletim de domingo e segunda

O número de casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19) em Juiz de Fora saltou de 74 para 84 entre este domingo e esta segunda-feira (13) conforme o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). A evolução diária é a maior ao menos desde 27 de março, quando a Secretaria de Saúde passou a divulgar os dados contabilizados pelo próprio Município. Até o momento, duas mortes por Covid-19 foram confirmadas em Juiz de Fora e outras três seguem em investigação. O número de casos suspeitos é de 1.184.

As mortes registradas até esta segunda são do ex-vice-reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) José Luiz Rezende Pereira, 70 anos, na última quarta (8), e de um idoso, 71 anos, morto em 29 de março, cuja confirmação positiva para a infecção ocorreu neste domingo. A segunda morte, notificada já no informe deste domingo, é de um idoso, 71, que fora a óbito ainda em 29 de março, no Hospital Monte Sinai. Conforme a PJF, a vítima já sofria de doença cardiovascular crônica, hipertensão arterial e diabetes.

A evolução epidemiológica registrada pelo Estado e pelo Município segue discrepante. Conforme o boletim epidemiológico do Governo estadual, divulgado nesta segunda (13), Juiz de Fora registra 59 casos confirmados e 518 suspeitos. O número de casos suspeitos do Município é mais do que o dobro do que aquele notificado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG).

Hospitais da rede privada

No Hospital Monte Sinai, conforme informado em nota nesta segunda, há cinco pacientes internados em apartamentos, sendo dois com resultado positivo para Covid-19, e três, em investigação. “Durante as últimas 72 horas, houve movimentação de altas da unidade de terapia intensiva e também da unidade de internação, tendo sido admitidos para internação dois pacientes entre os atendidos no pronto atendimento. Foram coletadas seis novas amostras de pacientes.”

O Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus, por sua vez, soma, até o momento, 14 notificações de casos suspeitos, sendo oito deles testados conforme a orientação da Secretaria de Saúde da PJF, sendo todos com resultado negativos, exceto um, ainda em investigação. “Hoje, apenas um paciente permanece internado (cujo exame está em investigação) em enfermaria isolada para Covid-19. Os pacientes que receberam orientação para isolamento domiciliar são oito, sendo que todos, exceto um, já tiveram alta.”

Por fim, na Santa Casa de Misericórdia, há apenas um paciente, 34 anos, internado com suspeita de Covid-19. Ele ainda aguarda o resultado do exame para a confirmação da doença. No último sábado, outro paciente, 53 anos, que havia testado para o novo coronavírus, teve alta do hospital e segue a sua recuperação em casa

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Social

Data: 13/04/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/13-04-2020/professor-da-ufjf-conta-sua-batalha-contra-a-covid-19.html

Título: “Professor da UFJF conta sua batalha contra a Covid-19”

Daniel Pimenta foi infectado pelo novo coronavírus quando visitava filha na França e ficou mais de 20 dias internado; ele teve alta no último sábado

“Foi uma luta”, resumiu o professor do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Daniel Sales Pimenta, 57 anos, primeiro paciente grave positivo para Covid-19 do Hospital Monte Sinai considerado recuperado. Infectado pelo novo coronavírus durante viagem à França, ele teve alta médica no último sábado (11), após ficar três semanas internado, duas delas na UTI, alternando entre estados de lucidez e inconsciência, com sedação e ventilação mecânica. Daniel continua se recuperando cercado por dois de seus quatro filhos em Chácara, município vizinho a Juiz de Fora. Em entrevista à Tribuna nesta segunda-feira (13), o professor relembrou a viagem à Europa, que terminou três dias depois de ser decretada a pandemia, falou dos cuidados que tomou quando retornou ao Brasil e descreveu os momentos de angústia enquanto combatia o vírus. O carinho que ele recebeu dentro e fora do hospital ficou registrado nas fotos postadas nas redes sociais pelo Monte Sinai no sábado. Em apenas dois dias, as publicações ao lado da equipe de saúde alcançaram mais de 110 mil pessoas no Facebook e tiveram mais de seis mil curtidas no Instagram.

Daniel havia viajado de férias para a França e ficou entre os dias 2 e 14 de março na casa de uma filha, 30, que mora em Estrasburgo. Ela também chegou a apresentar os sintomas da Covid-19, mas de forma mais branda. “Ficamos zaranzando para todo lado, o transporte público estava liberado ainda e havia pessoas andando. A gente ficava sem máscara, e lá estava pegando mais (a doença) do que aqui. Quando voltei, de 14 para 15 (de março), estava com essa consciência de que poderia contaminar alguém no Brasil, caso eu tivesse sido contaminado na França. Quando pousou o avião, passei álcool na mão, coloquei máscara e saí.”

Após deixar o aeroporto no Rio de Janeiro, onde apenas havia retirado a proteção na hora da leitura eletrônica do passaporte, o professor seguiu para a rodoviária.

“Quando cheguei parecia que eu era um E.T, porque só eu estava de máscara. Falei com o cara no guichê: ‘Estou de máscara não é preocupado com a sua doença não, é que eu possa estar trazendo, porque estou vindo da França.”

Ele me deu a passagem, esperei o ônibus, vim para Juiz de Fora e peguei um táxi, de janela aberta e máscara. Aqui estava mais quentinho do que na França, lá estava ainda no fim de inverno, início de primavera.”

Daniel mora sozinho e, chegando em casa, permaneceu em isolamento voluntário. “Fiquei quieto de quarentena, não deixei meus outros filhos irem me ver. No dia seguinte ainda estava muito cansado da viagem. Já no outro dia eu estava espirrando, tossindo, com dor de cabeça e febre. Comecei a acompanhar e estava com 38, 38,5. Fui nessa até no sábado (21). Mas na quinta ou na sexta (anteriores), minha cabeça já começou a ficar embaralhada. Todos esses dias com febre. A dor de cabeça parou na terça-feira, dor de fundo de olho e tal. Espirros pararam também. Eu não estava com dificuldade respiratória não. Mas era uma febre que não parava, e meu apetite acabou. Não tive vontade de comer.” Logo, o professor pensou: “Onde eu vou parar? Com essa febre intermitente, parando de comer, a imunidade vai embora. E eu sozinho.” A partir daí, Daniel decidiu seguir os conselhos de uma amiga médica, de procurar atendimento hospitalar, porque se a situação se agravasse, ele poderia não ter como pedir socorro a tempo.

‘Foi uma pancada’

No dia 21, Daniel foi internado no Hospital Monte Sinai. “Cheguei com a mala já dentro do carro, e o médico me disse que eu ficaria mesmo internado. Já entrei dentro do controle de infecção deles, com todos protegidos no quarto. Dois ou três dias depois me levaram para a UTI, fui o primeiro leito ocupado lá no Monte Sinai. No segundo dia de UTI já me entubaram, me sedaram, e eu não vi mais nada. Aí meus filhos começaram a fazer síntese do que o médico informava para eles, um infectologista muito atencioso, que todo dia dava notícias. Nessa hora que foi a luta: vai, não vai, consciência vai embora, passa dois dias, volta. Tentaram um medicamento que não deu certo, tentaram outro. E foi uma luta. Mas, graças a Deus, passaram-se alguns dias… acho que fiquei duas semanas na UTI.”

As postagens assinadas pelos quatro filhos de Daniel em redes sociais eram sempre positivas, apesar da situação difícil pela qual estavam passando. Em uma delas, finalizaram: “Pedimos a todos que se cuidem e cuidem das pessoas ao seu redor. Boas energias e orações são bem vindas.” O pai só teve ideia do que se passava “do lado de fora” quando recebeu alta da UTI.

“Foi uma pancada. Depois que fiquei sabendo como eles tiveram força para passar por isso. Os quatro todos os dias faziam a síntese. E eles mesmos na expectativa.”

Após recobrar a consciência e apresentar evolução satisfatória de acordo com os requisitos médicos, o professor da UFJF continuou seus dias de internação em um quarto. Tarefas de higiene comuns no dia a dia passaram a ter outro valor para ele: “Tomei banho sozinho, escovei os dentes. Isso faz uma diferença danada, tem gente que não tem noção do que é isso. Fui liberado e vim para a casa da minha filha, que está morando em Chácara.” Enquanto Maria, 26, e João Francisco, 34, cuidam do pai com todo amor e carinho, ele também recebe a atenção de uma filha adolescente, 16, e daquela de 30 anos que mora na França. “Ela teve os sintomas do caramelo na boca e da dor de cabeça, uns três, quatro dias. Mas administrou com a calma dela e, graças a Deus, não teve nem febre.”

Enquanto o professor do Departamento de Botânica do ICB estava internado, a UFJF ressaltou que o docente havia viajado por iniciativa pessoal e não acadêmica. “Ao retornar a Juiz de Fora, ele se manteve em regime de quarentena, portanto, não voltou a frequentar a UFJF. Lembrando que as atividades da instituição também já haviam sido suspensas”, disse a UFJF, em nota.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Social

Data: 14/04/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/14-04-2020/379151.html

Título: “Coluna Cesar Romero”

‘Plá’ do leitor

O empresário Ronnie Girardi é o convidado para inaugurar, hoje, um espaço do leitor na coluna, com foco nos impactos da pandemia do novo coronavírus.

O que esperar do que não conhecemos?

Algo deveria estar retornando neste momento!

Há mais de três semanas o presidente do BNDES fez uma ‘live’ para os empresários, propondo um contingenciamento para mitigar os impactos da Covid-19 nas empresas, logo afetando diretamente a saúde e a vida dos trabalhadores. Se nos permitirmos ir ao cerne da questão.

Os quase 50% de impostos, tributos, taxas e contribuições que pagamos, deveriam ser o ‘start’ do plano de ajuda às empresas. No momento que escrevo este texto atingimos o marco de R$ 582 bilhões arrecadados pela União, uma fatia importante que deveria estar sendo destinada emergencialmente ao salvamento das empresas, principalmente da micro e pequena empresa que promovem 75% do emprego no Brasil. E não estou sequer apresentando dados de lucros das instituições financeiras públicas nem levando em consideração ao altíssimo ‘spread’ praticado no Brasil onde, diga-se de passagem, somos o segundo maior do mundo.

É preciso levar em conta que a “ajuda” oferecida pelo governo às empresas será devidamente reposta com uma taxa de juros significativa. Ainda assim, 85% do risco de crédito das operações abarcadas pelo Tesouro, com os 15% restantes cabendo aos bancos, diminuindo expressivamente o risco de calote às instituições. A estimativa hoje é que são mais de nove milhões de desempregados desde o início da crise.

Muito além da doença precisamos, urgentemente, de políticas públicas eficientes para conter este aumento, e mais, precisamos que bancos públicos e privados hajam, urgentemente, atendendo o apelo dos empresários, viabilizando de forma eficaz as medidas para conter o problema, antes que seja tarde demais!

A recessão é inevitável a perda de vidas não!

Ronnie Girardi – empresário

Papo empresarial

Hoje, às 15h, no Instagram do Senac Minas, a analista comportamental Camila Alves bate um papo sobre “Inteligência emocional aplicada aos negócios”. Na quarta, é a vez do CEO do Instituto de Neurolinguística Empresarial, Marco Túlio Costa.

Ação beneficente

O delegado regional de Polícia, Armando Avolio Neto comemora a parceria de sucesso com a ArcellorMittal, que doou 1.500 máscaras de proteção para os servidores da 1ª Delegacia Regional. A iniciativa teve apoio da L’essence, UFJF e Baldi Embalagens.

Saúde em debate

A JFTV Câmara (canal 35) estreia hoje, às 17h, o seu primeiro programa ao vivo. Com apresentação dos jornalistas Maurício Oliveira e Maressa Souza, o “Câmara Discute” recebe a bioquímica Ana Beatriz Cotta para falar sobre o coronavírus.

Antenado

A leitora Ana Almeida está indignada com a falta de policiamento na Rua Espírito Santo, próximo ao Instituto Estadual de Educação (Escola Normal).  Apesar do momento de quarentena, muitos profissionais que continuam trabalhando nas imediações, estão sofrendo ameaças de bandidos, logo ao amanhecer.

Trabalho científico

Artigo publicado por ex-alunos e professores do programa de pós-graduação em Saúde da UFJF foi citado por um documento oficial da Direção Europeia da Qualidade dos Medicamentos e Cuidados de Saúde (EDQM).  A publicação reúne trabalhos científicos e informações sobre possíveis medicamentos com potencial para o tratamento da Covid-19, inclusive o que usa a cloroquina.  A autoria é do pesquisador Anderson Ferreira, com participação da professora Nádia Raposo e Hudson Polonini.

Registro

“Moraes Moreira e os Novos Baianos injetaram sangue novo na MPB… num momento de mesmice, lançaram um feixe de luz, irreverência e alegria”, a frase do jornalista e pesquisador Jorge Sanglard traduz a importância do cantor e compositor baiano que morreu, ontem, aos 72 anos.

Baianada em JF

Em 1971, Moraes Moreira e os Novos Baianos estiveram em Juiz de Fora pela primeira vez. Acompanhada do empresário Jucélio Dutra Gonçalves, a ‘trupe’ baiana veio curtir alguns dias na cidade, circulando pelo Posto Chalé – o ‘point’ da época – e na Fazenda da Floresta, onde todos foram recebidos pelo fotógrafo Márcio Assis.  O próprio Márcio lembrava ontem que “abri a casa grande da fazenda para hospedar a baianada, provocando um reboliço na família. Na primeira noite, junto com o Guaçuí (Cláudio Márcio de Aguiar Pinto), eles fizeram uma ‘violada’ no açude. Na segunda, a sonzeira rolou no antigo cinema da fazenda, que já não funcionava e abrimos na marra…”.

Sucesso no Tocantins

Com passagem marcante pelo rádio mineiro, com destaque para os vários anos que atuou na Solar FM (hoje Mix) e na Itatiaia, Douglas Polato comemora a nova fase na Hits FM 93,5, de Palma (TO).  Há seis meses, ele assumiu a direção artística da rádio, que hoje já está em segundo lugar em audiência no Tocantins.

Toque

“Eu quero a felicidade, mas a tristeza anda pegando no meu pé”

Moraes Moreira

Voo Livre

Entre os aniversariantes desta terça-feira, Stela Guerra, Wanderley Estiguer, Luciane Ribeiro, Soraya Caputo, Paulão Lopes e Raquel Von Randow Portes.

Presidente da Ascomcer, Alessandra Sampaio lançou campanha para arrecadação de fraldas geriátricas (tamanhos M, G e XG).

Emocionante a apresentação do tenor italiano Andrea Bocelli, transmitida pelo Youtube, direto da Duomo, a catedral de Milão.

Nesta terça, às 17h, no Instagram do Circuito de Leilões (@circuitodeleiloes) tem ‘live’ sobre o mercado de veículos antigos e leilões, com José Paulo Parra entrevistando o colecionador Marcelo Berek.

Dar esmola na rua é auxiliar a vadiagem. Ajude e visite a Fundação Amor (3218-4001).

Coronarvírus – Cuide-se. Previna-se.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Educação

Data: 14/04/2020

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/04/14/obras-de-recapeamento-no-anel-viario-da-ufjf-estao-em-fase-final.ghtml

Título: “Obras de recapeamento no anel viário da UFJF estão em fase final”

Segunda a Universidade, os trabalhos devem ser totalmente finalizados até o fim do mês de abril.

As obras de recapeamento do anel viário do campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) estão em fase final.

Segundo a UFJF, os trabalhos terminaram no final do mês de março, quando o tráfego de veículos foi totalmente liberado.

Além disso, a pintura da sinalização horizontal nas vias também já foi concluída.

Para a conclusão total das obras, resta apenas a instalação dos tachões (olhos de gato) no asfalto.

Segundo a UFJF, algumas interrupções pontuais devem ser feitas para a colocação dos tachões, mas nada que prejudique o trânsito.

As obras foram aceleradas por conta do período de isolamento social, que diminuiu o fluxo de carros nos pontos de trabalho. Além disso, choveu poucas vezes na região.

O recapeamento deve ser totalmente finalizado até o fim do mês de abril.

Recapeamento

As obras começaram no dia 17 de fevereiro e tinham previsão de duração entre 45 e 90 dias. Acessos alternativos haviam sido criados durante o período de obras, para garantir a fluidez do trânsito.

Realizadas pela Empresa Municipal de Pavimentação e Urbanização (Empav) da Prefeitura de Juiz de Fora, com acompanhamento da Faculdade de Engenharia da UFJF, o recapeamento teve como objetivo recuperar o asfalto trincado no trecho, além de proteger a base, construída há mais de 50 anos.

Por cima da pavimentação já existente, foi inserida uma camada de asfalto, com espessura que varia entre 5 cm e 6 cm.

Os trabalhos devem aumentar a vida útil do pavimento em pelo menos 10 anos.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Ciência

Data: 14/04/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/14-04-2020/ufjf-faz-estudo-sobre-analogos-de-cloroquina.html

Título: “UFJF faz estudo sobre análogos de cloroquina”

Projeto está em fase inicial na universidade e conta com a parceria da Fiocruz

Pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) se uniram aos esforços contra a Covid-19, investindo na síntese de análogos à cloroquina. A substância é normalmente utilizada no tratamento de parasitoses e doenças autoimunes e apresentou efeitos positivos quando testadas contra o coronavírus (Sars-CoV). No entanto, ainda não é possível afirmar a eficácia dessas substâncias no tratamento da doença e sua utilização não é aconselhada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O grupo de pesquisa, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Química, é liderado pelo professor Adilson David da Silva.

“Nosso grupo possui larga experiência na pesquisa da síntese de análogos de cloroquina para o tratamento da malária, com resultados promissores na obtenção de compostos menos tóxicos”, esclarece professor, por meio de assessoria. Para desenvolver a análise, os pesquisadores contam ainda com o apoio de parceiros, como o Grupo de Modelagem Computacional Aplicada da UFJF, que trabalha com a análise computacional de derivados de cloroquina para o tratamento de doenças parasitárias e está estudando proteínas alvo do SARS-CoV-2, o novo coronavírus.

Outro parceiro é o Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), que contribui com o desenvolvimento dos ensaios experimentais. Segundo a UFJF, algumas amostras dos principais compostos identificados pela instituição como compostos que apresentaram baixa citoxicidade e promissora atividade em SARS-CoV-2 já foram enviados para o instituto para análise. Dependendo dos resultados, será possível fazer testes in vivo, em modelos celulares.

O projeto foi intitulado “Síntese de análogos de Cloroquina/Hidroxicloroquina, estudos in silico com proteínas alvo do SARS-CoV-2 e avaliação dos efeitos sobre a modulação da replicação do vírus SARS-CoV-2”. Os grupos integram o Programa Emergencial de Apoio a Ações de Enfrentamento da Pandemia Causada pelo Novo Coronavírus, ligado à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

Fase inicial

Apesar da cloroquina já ser um medicamento com propriedades antivirais reconhecidas, são necessários diversos testes para assegurar a eficácia do medicamento no combate à Covid-19 e os efeitos que a substância causa no corpo humano, o que leva tempo. A pesquisa realizada na UFJF em parceria com a Fiocruz está na primeira etapa, a fase pré-clínica. Nesta fase, os compostos são testados em ambiente controlado (in vitro), em organismo vivo (in vivo) e depois através de computadores (in silico). Só então passa-se à fase clínica, testando em humanos ao longo de três etapas, que demoram cerca de três anos cada.

Apesar de já haver resultados do uso desse medicamento contra o coronavírus, cerca de 65 estudos ainda estão em andamento pelo mundo. Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda não recomenda a utilização da cloroquina e seu análogo sem saber seus efeitos colaterais. No Brasil, o uso medicamento foi liberado pelo Ministério da Saúde em casos graves e moderados, ou sob prescrição médica.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Ciência

Data: 14/04/2020

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/04/14/pesquisadores-da-ufjf-desenvolvem-estudos-sobre-analogos-da-cloroquina.ghtml

Título: “Pesquisadores da UFJF desenvolvem estudos sobre análogos da cloroquina”

Pesquisa conta com o apoio da Fiocruz e busca analisar, por meio de computador, os efeitos do medicamento com sequências de proteínas alvo do coronavírus.

Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) está realizando estudos sobre a síntese de análogos da cloroquina, como a hidroxicloroquina, e a relação com o novo coronavírus.

A pesquisa, é liderada pelo professor Adilson David da Silva, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Química. A equipe já tem experiência na pesquisa da síntese de análogos da cloroquina para tratamento da malária, com resultados promissores na obtenção de compostos menos tóxicos.

Dentro da universidade, o Grupo de Modelagem Computacional Aplicada já trabalhava com a análise computacional de derivados de cloroquina para o tratamento de doenças parasitárias, principalmente a malária.

Devido ao contexto e a busca por um remédio para o enfrentamento à Covid-19, os pesquisadores estão realizando um estudo computacional com sequências de proteínas alvo do coronavírus.

Para desenvolver a análise, os grupos da UFJF contam com apoio do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Os grupos integram o Programa Emergencial de Apoio a Ações de Enfrentamento da Pandemia Causada pelo Novo Coronavírus, ligado à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

“Para comparar as diferenças nas sequências do SARS-CoV-2 de pacientes contaminados pelo coronavírus aqui no Brasil, estamos trabalhando com sequências de proteínas que pegamos de bancos de dados públicos e aquelas depositadas pelo consórcio montado entre o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Faremos a avaliação desses compostos como possíveis fármacos para o tratamento da Covid-19″, explicou a coordenadora do Grupo de Modelagem Computacional Aplicada, Priscila Capriles.

O grupo do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo da Fiocruz já realiza testes anti-SARS-CoV-2 e, no projeto, contribui com o desenvolvimento dos ensaios experimentais.

Algumas amostras dos principais compostos identificados pelos grupos da UFJF como compostos que apresentaram baixa citotoxicidade e promissora atividade em SARS-CoV-2 já foram enviados para o Instituto para análise.

“Neste momento, estamos aguardando os resultados das primeiras triagens do grupo da Fiocruz e em seguida poderemos enviar para os testes in vivo, em modelos celulares”, reforçou Priscila.

Fases do estudo

A pesquisa realizada na UFJF em parceria com a Fiocruz está na primeira etapa, a fase pré-clínica. Nesta fase inicial, os compostos são testados em in vitro, in vivo e in silico.

As duas primeiras expressões vêm do latim e referem-se, respectivamente, à técnica de executar um procedimento fora de um organismo, em um ambiente controlado; e à experimentação em um organismo vivo. Já a última expressão, in silico, caracteriza experimentos biológicos realizados inteiramente em um computador.

O próximo passo é a pesquisa clínica, quando serão realizados testes em seres humanos. Esta etapa possui três fases e, cada uma demora cerca de três anos para ser finalizada.

De acordo com revisão da literatura científica realizada por um grupo de cientistas brasileiros, vinculados a instituições como os hospitais Sírio-Libanês e Oswaldo Cruz, existem 65 estudos sendo realizados no mundo que avaliam o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina.

Desses 65, três já foram concluídos e apresentam resultados controversos. Muitos dos problemas encontrados são consequência do uso de “atalhos” na pesquisa, negligenciando testes indispensáveis como o ensaio clínico randomizado, no qual os voluntários são divididos em dois grupos: um recebe o medicamento e, o outro, placebo.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disponibiliza o roteiro com todas as disposições e fases necessárias para a aprovação de um medicamento.

Efeitos colaterais

Em um cenário de urgência demandada pelo contexto pandêmico, a OMS demonstra preocupação com a automedicação e afirma que ainda não existem evidências empíricas para o uso da cloroquina no tratamento da COVID-19.

A ingestão de um medicamento cuja eficácia ainda não foi comprovada pode trazer risco para a saúde daqueles que o administram. Hospitais suecos interromperam o uso da substância na última sexta-feira (10), devido aos graves efeitos colaterais observados.

Foram relatados câimbra, perda da visão periférica e forte dor de cabeça. Além disso, em 1% das pessoas, a cloroquina pode causar arritmia cardíaca, que pode levar a um infarto fulminante.

No Brasil, o uso medicamento foi liberado pelo Ministério da Saúde em casos graves, internados nos Centros de Tratamento Intensivo (CTI) dos hospitais e também em casos moderados. Além disso, o Ministério também autorizou a prescrição do remédio por médicos que julguem necessário o uso.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Ciência

Data: 14/04/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/14-04-2020/pesquisa-da-ufjf-e-citada-por-orgao-europeu-para-combate-a-covid-19.html

Título: “Pesquisa da UFJF é citada por órgão europeu para combate à Covid-19”

Documento apontou possíveis tratamentos para a doença, dentre eles o uso da cloroquina, conforme apresentado em estudo da instituição

A Direção Europeia da Qualidade dos Medicamentos e Cuidados de Saúde (EDQM) citou, em documento oficial, um artigo publicado por ex-alunos e professores do Programa de Pós-graduação em Saúde da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A publicação reúne trabalhos científicos com informações sobre possíveis medicamentos com potencial para o tratamento da Covid-19, inclusive em crianças. No documento, o órgão europeu aborda três possíveis alternativas, dentre elas o uso da cloroquina, conforme apresentado no artigo desenvolvido pela UFJF.

O estudo, realizado em 2016, avalia a estabilidade da mistura de diversas substâncias, de forma isolada e individual, na suspensão oral SyrSpend®. Dentre elas, a cloroquina, indicada, até então, para o tratamento de malária, lúpus e artrites reumatoides.

O resultado mostrou que a solução pode ser usada com segurança e eficácia. “A conclusão do estudo foi de que essa suspensão oral misturada com a cloroquina tem uma qualidade aceitável para ser utilizada pela população, inclusive pediátrica”, evidência o doutor em Saúde pela UFJF e um dos pesquisadores do estudo, Hudson Polonini.

A listagem realizada pela EDQM serve para nortear o médico no momento de decidir qual tratamento dar ao paciente. De acordo com o doutor em Saúde pela UFJF e autor principal da pesquisa, Anderson Ferreira, a opção de manipulação do medicamento líquido é importante para o tratamento de pacientes com necessidades especiais. “Imagine um paciente muito idoso ou com algum problema de disfagia (dificuldade de deglutição de comprimidos ou cápsulas) ou um paciente com um estado de severidade mais alto que está internado na UTI, entubado, e com necessidade de ingestão do medicamento pela sonda nasogástrica”, exemplifica. “Para esses casos, possuir estudos que comprovem a estabilidade da forma líquida desses medicamentos é de grande importância para que a administração seja realizada de forma mais fácil.”

Os pesquisadores salientam que esses medicamentos devem ser usados somente com indicação médica, independente de qual seja o tratamento. “Essa é uma medicação que deve ser usada sob prescrição, a depender da necessidade do paciente que o médico avalie. As pessoas não devem ir às farmácias pedirem para manipulá-lo, independente de ser para o tratamento da Covid-19, da lúpus ou qualquer outra patologia”, ressalta a professora da Faculdade de Farmácia da UFJF e coautora do trabalho, Nádia Raposo.

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Veículo: Portal do Holanda

Editoria: Social

Data: 14/04/2020

Link: https://www.portaldoholanda.com.br/variedades/professor-de-engenharia-de-juiz-de-fora-morre-vitima-de-coronavi

Título: “Professor de engenharia de Juiz de Fora morre vítima de coronavírus”

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Qualidade rara na academia, José Luiz Rezende Pereira era apaixonado não só por pesquisar, mas também por ensinar.

Descobriu-se professor ainda jovem, quando começou a dar aulas em um cursinho em Juiz de Fora enquanto estudava engenharia elétrica na federal da cidade.

Na pós-graduação, não foi diferente: mesmo fazendo mestrado no Rio, continuou ajudando vestibulandos na cidade mineira.

Foi em meio a essa rotina intensa que Zé Luiz conheceu Dayse, aluna do cursinho que mais tarde se tornaria a sua mulher.

No começo dos anos 1980, o casal partiu para Manchester, na Inglaterra, onde Zé Luiz fez seu doutorado –feito raro na época.

Dayse se recorda como um período muito importante para o marido, mas ao mesmo tempo difícil financeiramente. Foram quatro anos dedicados completamente ao trabalho, sem direito a um respiro no Brasil por causa do preço das passagens.

Desde então, a jornada de Zé Luiz foi de retorno ao lar, de Manchester para o Rio, onde foi professor na UFRJ, e do Rio de volta para Juiz de Fora, onde escolheu criar seus filhos.

Zé Luiz tornou-se professor na mesma faculdade em que se formara quase 20 anos antes.

Ali adotou como missão fortalecer a área de pesquisa não só institucionalmente, contribuindo para a consolidação do programa de pós-graduação em engenharia elétrica –o primeiro da faculdade de engenharia–, mas também em sua faceta humana, orientando pesquisas de estudantes em todos os estágios de formação.

Hoje muitos desses alunos fazem parte do quadro da UFJF –é o caso de André Marcato, primeiro orientando de iniciação científica de Zé Luiz, em 1993, hoje também professor na unidade.

Outro caso emblemático é o de João Passos, autor da primeira dissertação de mestrado defendida no programa e orientada por Zé Luiz. Quem coordena o programa, hoje, é Passos.

“Ele vibrava ao ver seus alunos crescendo, se formando e se inserindo no meio científico”, afirma Marcato.

Reflexo do empenho do engenheiro, o meio científico abraçou-o de volta. Foi vice-reitor na UFJF entre 2006 e 2014 e coordenador do Instituto Nacional de Energia Elétrica, além de ser uma liderança reconhecida em órgãos de pesquisa como a Capes, o CNPq e no Cepel (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica).

Era um professor com quem se podia contar em caso de necessidade, sempre pronto para apoiar quem se esforçasse.

Essa era a fórmula de ensino e cuidado do engenheiro. Não à toa, é assim que a filha Marina o descreve como pai: nunca dando as coisas de forma fácil, sempre ensinando, afetuoso mesmo nos momentos de bronca.

Zé Luiz trabalhava muito, mas no pouco tempo livre que tinha, gostava de cultivar uma horta em casa. “Ele vivia fazendo carinho nas plantas dele”, conta Marina.

O prazer era também, de certa forma, um retorno. O engenheiro passou a infância na roça, na zona rural de Leopoldina, onde cresceu com os sete irmãos.

A casa cheia era outro gosto cultivado pelo professor, que gostava muito de receber gente, de amigos a alunos, sem ver diferença entre as duas categorias.

Nesses momentos de descontração, Zé Luiz fazia churrasco e compartilhava a produção de sua hortinha.

O apego ao lar não significa que o professor não gostasse de viajar, seja a trabalho, nos muitos congressos que frequentava, seja a lazer.

A última viagem que fez foi para Maragogi (AL) em companhia da mulher –o casal completou 40 anos de casados no final do ano passado. “Tiramos uma semana passeando. Ele estava muito feliz”, diz Dayse.

Logo depois da viagem, o professor começou a apresentar os primeiros sintomas da Covid-19. Ele passou duas semanas internado, mas não resistiu.

José Luiz Rezende Pereira morreu na quarta-feira (8), aos 70 anos. Além da mulher, Dayse, deixa os filhos Marina, Fernando e Isabela.

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Veículo: Folha de S. Paulo

Editoria: Social

Data: 14/04/2020

Link: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2020/04/professor-de-engenharia-de-juiz-de-fora-morre-vitima-de-coronavirus.shtml

Título: “Professor de engenharia de Juiz de Fora morre vítima de coronavírus”

José Luiz Rezende Pereira ajudou a consolidar programa de pós-graduação da UFJF

Qualidade rara na academia, José Luiz Rezende Pereira era apaixonado não só por pesquisar, mas também por ensinar.

Descobriu-se professor ainda jovem, quando começou a dar aulas em um cursinho em Juiz de Fora enquanto estudava engenharia elétrica na federal da cidade.

Na pós-graduação, não foi diferente: mesmo fazendo mestrado no Rio, continuou ajudando vestibulandos na cidade mineira.

Foi em meio a essa rotina intensa que Zé Luiz conheceu Dayse, aluna do cursinho que mais tarde se tornaria a sua mulher.

No começo dos anos 1980, o casal partiu para Manchester, na Inglaterra, onde Zé Luiz fez seu doutorado –feito raro na época.

Dayse se recorda como um período muito importante para o marido, mas ao mesmo tempo difícil financeiramente. Foram quatro anos dedicados completamente ao trabalho, sem direito a um respiro no Brasil por causa do preço das passagens.

Desde então, a jornada de Zé Luiz foi de retorno ao lar, de Manchester para o Rio, onde foi professor na UFRJ, e do Rio de volta para Juiz de Fora, onde escolheu criar seus filhos.

Zé Luiz tornou-se professor na mesma faculdade em que se formara quase 20 anos antes.

Ali adotou como missão fortalecer a área de pesquisa não só institucionalmente, contribuindo para a consolidação do programa de pós-graduação em engenharia elétrica –o primeiro da faculdade de engenharia–, mas também em sua faceta humana, orientando pesquisas de estudantes em todos os estágios de formação.

Hoje muitos desses alunos fazem parte do quadro da UFJF –é o caso de André Marcato, primeiro orientando de iniciação científica de Zé Luiz, em 1993, hoje também professor na unidade.

Outro caso emblemático é o de João Passos, autor da primeira dissertação de mestrado defendida no programa e orientada por Zé Luiz. Quem coordena o programa, hoje, é Passos.

“Ele vibrava ao ver seus alunos crescendo, se formando e se inserindo no meio científico”, afirma Marcato.

Reflexo do empenho do engenheiro, o meio científico abraçou-o de volta. Foi vice-reitor na UFJF entre 2006 e 2014 e coordenador do Instituto Nacional de Energia Elétrica, além de ser uma liderança reconhecida em órgãos de pesquisa como a Capes, o CNPq e no Cepel (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica).

Era um professor com quem se podia contar em caso de necessidade, sempre pronto para apoiar quem se esforçasse.

Essa era a fórmula de ensino e cuidado do engenheiro. Não à toa, é assim que a filha Marina o descreve como pai: nunca dando as coisas de forma fácil, sempre ensinando, afetuoso mesmo nos momentos de bronca.

Zé Luiz trabalhava muito, mas no pouco tempo livre que tinha, gostava de cultivar uma horta em casa. “Ele vivia fazendo carinho nas plantas dele”, conta Marina.

O prazer era também, de certa forma, um retorno. O engenheiro passou a infância na roça, na zona rural de Leopoldina, onde cresceu com os sete irmãos.

A casa cheia era outro gosto cultivado pelo professor, que gostava muito de receber gente, de amigos a alunos, sem ver diferença entre as duas categorias.

Nesses momentos de descontração, Zé Luiz fazia churrasco e compartilhava a produção de sua hortinha.

O apego ao lar não significa que o professor não gostasse de viajar, seja a trabalho, nos muitos congressos que frequentava, seja a lazer.

A última viagem que fez foi para Maragogi (AL) em companhia da mulher –o casal completou 40 anos de casados no final do ano passado. “Tiramos uma semana passeando. Ele estava muito feliz”, diz Dayse.

Logo depois da viagem, o professor começou a apresentar os primeiros sintomas da Covid-19. Ele passou duas semanas internado, mas não resistiu.

José Luiz Rezende Pereira morreu na quarta-feira (8), aos 70 anos. Além da mulher, Dayse, deixa os filhos Marina, Fernando e Isabela.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Cidade

Data: 15/04/2020

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/04/15/prefeitura-formaliza-comite-municipal-de-enfrentamento-e-prevencao-a-covid-19-em-juiz-de-fora.ghtml

Título: “Prefeitura de Juiz de Fora formaliza Comitê de Combate à Covid-19 e anuncia parceria com a UFJF para testes diários”

Informação foi divulgada durante uma reunião, na tarde desta quinta-feira (15) em que o Município assinou termo de cooperação. Uso de máscaras também deve ser obrigatório na cidade.

A Prefeitura de Juiz de Fora formalizou na tarde desta quarta-feira (15) o Comitê Municipal de Enfrentamento e Prevenção à Covid-19 no município. Município e Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) também firmaram termo de cooperação.

De acordo com o prefeito Antônio Almas (PSDB), 11 órgãos fazem parte do comitê, como a Polícia Militar (PM), Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Defensoria Pública, Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Conselho Municipal da Saúde, UFJF, hospitais da cidade, Ministério Público e Câmara Municipal.

“O grande objetivo dessa reunião foi criar um comitê com a participação de mais apoio da comunidade. A gente já tinha um formado internamente de crise, que foi constituído lá trás, no dia 17 de março, que era muito mais para organização interna da Prefeitura para criar facilitações e poder entender internamente os desafios que se apresentavam a partir da introdução de casos na cidade”, destacou o prefeito.

Conforme o Executivo, a equipe formada por vários órgãos vai constituir um núcleo central. “Terão várias ações de forma de logística, planejamento e assistência”, explicou.

Durante a entrevista coletiva, Antônio Almas, e o reitor da UFJF, Marcus Vinícius David, firmaram um termo de cooperação entre os órgãos

Testes

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) informou que, a partir desta sexta-feira (17), irá realizar 100 testes diários da Covid-19.

De acordo com o reitor Marcus David, a universidade irá disponibilizar dois laboratórios, que irão produzir 50 testes cada. Os resultados devem ficar prontos em 48 horas.

David destacou também que a instituição está se esforçando para conseguir mais insumos e kits para testagem.

Reedição do decreto

Durante entrevista coletiva, Antônio Almas divulgou que o decreto em vigor será reeditado. “Vamos estimular ações, como a utilização de máscaras, tornando obrigatório”.

No dia 19 de março, o G1 mostrou que o decreto de emergência nº 13.897 havia ampliado a proibição de funcionamento para galerias, lojas, salões de beleza, barbearias e clínicas de estética por tempo indeterminado na cidade.

Leitos

Também durante pronunciamento, o chefe do Executivo informou que Juiz de Fora tem cerca de 43% dos leitos de enfermarias ocupados para Covid-19 e outras enfermidades. Já de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 16 permanecem com pacientes, sendo que o município conta com 37.

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Veículo: Info Escola

Editoria: Esporte

Data: 15/04/2020

Link: https://www.infoescola.com/noticias/ufjf-projeto-disponibiliza-aulas-de-ginastica-on-line/

Título: “UFJF: projeto disponibiliza aulas de ginástica on-line”

O projeto de extensão “De Pernas pro Ar” da Universidade Federal de Juíz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está disponibilizando aulas de ginástica on-line durante esse período de suspensão das aulas presenciais e afastamento social.

Os vídeos são elaborados semanalmente e oferecem uma série de exercícios físicos, tendo como foco diversão, lazer e experiências das movimentações corporais. As aulas podem ser acessadas por pessoas de todo país no Canal Projeto de Pernas  pro Ar – no YouTube.

Cada produção possui duração média de 10 e 20 minutos e envolvem atividades de ioga, funcionais e aeróbica. Elas podem ser realizadas em casa, utilizando materiais simples como colchonetes, tapetes, cadeiras e outras peças de apoio.

“Como lidamos com um público diverso, de ambos os gêneros, pessoas com deficiências, e de classes sociais e econômicas distintas, sempre pensamos em temas diversificados, pois, como nosso projeto é fundamentado na ginástica para todos, o objetivo é trabalhar com várias expressões da cultura corporal de movimento, como dança, jogos, esportes e ginástica. Criamos aulas acessíveis, que possam ser praticadas por pessoas simples, sem a necessidade de um contato prévio com as modalidades”, declarou o coordenador do projeto e professor da Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid), Neil Franco.

O objetivo é promover o bem-estar e qualidade a física por meio orientações e recomendações, como exemplo, a dosagem ou a repetição das atividades para os variados condicionamentos físicos.

Para mais informações acesse o portal da UFJF.

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Veículo: Acessa

Editoria: Esporte

Data: 15/05/2020

Link: https://www.acessa.com/esporte/arquivo/noticias/2020/04/15-projeto-extensao-ufjf-oferece-aulas-ginastica-line/

Título: “Projeto de extensão da UFJF oferece aulas de ginástica online”

O projeto de extensão De Pernas para o Ar está disponibilizando em plataforma on-line aulas de ginástica, arte e movimento para a comunidade no período da suspensão das atividades presenciais da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A proposta é oferecer exercícios físicos, tendo como foco diversão, lazer e experiências das movimentações corporais. As lições, desenvolvidas para alcançar aos mais diversos públicos, podem ser conferidas no canal Projeto De Pernas pro Ar no Youtube.

Com uma duração média entre 10 e 20 minutos, os vídeos, disponibilizados semanalmente, trazem movimentos de Ioga, funcionais e aeróbica. Os exercícios são planejados para ser realizados no conforto de casa, ocupando pequenos espaços, e com objetos simples, como colchonetes, tapetes, cadeiras ou simplesmente contando com o apoio de uma mesa firme. De acordo com o coordenador do projeto e professor da Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid), Neil Franco, inicialmente a proposta foi moldada para atender aos 35 participantes da iniciativa, mas passou a ser disponibilizada para a comunidade, cumprindo o papel social da UFJF.

Para todos os públicos

Todas as aulas são desenvolvidas remotamente. Os bolsistas apresentam a proposta, o grupo se reúne virtualmente para discutir o vídeo e o coordenador sugere as alterações para o aprimoramento das técnicas dos estudantes e dos participantes que fazem as atividades em casa. “Como lidamos com um público diverso, de ambos os gêneros, pessoas com deficiências, e de classes sociais e econômicas distintas, sempre pensamos em temas diversificados, pois, como nosso projeto é fundamentado na ginástica para todos, o objetivo é trabalhar com várias expressões da cultura corporal de movimento, como dança, jogos, esportes e ginástica. Criamos aulas acessíveis, que possam ser praticadas por pessoas simples, sem a necessidade de um contato prévio com as modalidades”, explica Franco.

A função das aulas é incentivar a promoção do bem-estar e da qualidade física. Dessa maneira, os vídeos apresentam orientações e recomendações, como, por exemplo, a dosagem ou a repetição das atividades para os variados condicionamentos físicos. De acordo com o coordenador, os resultados têm sido positivos. “Nossa contribuição é proporcionar para os participantes o bem-estar físico e emocional porque a prática dessas atividades melhoram a produção de hormônios, como a serotonina, que acalmam e dão prazer ao organismo, tirando um pouco da tensão em tempos de distanciamento social”, finaliza.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Saúde

Data: 15/04/2020

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/04/15/hu-ufjf-cria-espaco-para-tratamento-de-pacientes-com-covid-19.ghtml

Título: “HU-UFJF cria espaço para tratamento de pacientes com Covid-19 em Juiz de Fora”

Com investimento de mais de R$ 300 mil, área tem oito leitos de UTI e 16 de enfermaria. Profissionais receberam capacitação especial para atender pacientes do local.

Pacientes diagnosticados com coronavírus no Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF) serão tratados em espaço desenvolvido especialmente para eles. A conclusão das obras foi anunciada nesta quarta-feira (15) pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que é responsável pela unidade.

De acordo com a administradora, foram investidos cerca de R$ 325 mil na ampliação do número de quartos de isolamento, passando de dois para cinco. Os espaços têm antecâmaras para evitar contaminação; um ponto para realização de hemodiálise também foi instalado.

“Nas últimas três semanas, nós fizemos um planejamento e conseguimos disponibilizar até 24 leitos. Estamos conseguindo fazer também um fluxo de exames com resultado até 24 horas. Os pacientes positivos para Covid-19 vão para esta área”, explicou o superintendente do HU-UFJF, Dimas Araújo.

Ainda segundo a direção do hospital, todos os quartos estão equipados com monitores multiparâmetros e respiradores. São oito leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e mais 16 de enfermaria; um gerador de energia também foi adquirido para garantir o fornecimento elétrico.

Profissionais

Conforme a Ebserh, o espaço para tratamento da Covid-19 também foi pensado para os profissionais que atuarão no local. Há espaço para descanso, sala com armários e copa.

Além disso, a equipe que atuará no local recebeu capacitação para o manuseio de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) ao receber o paciente até os cuidados com o fluxo de entrada até a enfermaria. A equipe de limpeza também recebeu treinamento para evitar contaminação.

“Preparou-se uma equipe especializada, privativa, para atender essas pessoas. São técnicos de enfermagem, enfermeiros, fisioterapeutas e médicos, uma equipe completa, que está bem integrada, bem disposta a fazer o melhor pelos pacientes”, afirmou a coordenadora do espaço, Dayse Cristina Dias.

O HU afirmou também, que os residentes da UFJF também terão papel fundamental na equipe de tratamento.

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Veículo: Guia do Estudante

Editoria: Educação

Data: 13/03/2020

Link: https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/quarentena-as-melhores-lives-para-voce-estudar-na-semana-13-a-17-4/

Título: “Quarentena: as melhores lives para você estudar na semana (13 a 17/4)”

Separamos aulas ao vivo de matérias que caem nos vestibulares para você estudar de casa. Confira datas e horários

Não é só de live de sertanejo que vive o YouTube nessa quarentena, não, viu? Tem muito conteúdo de estudo disponível para quem quer manter o ritmo para o vestibular. É uma maneira interativa e dinâmica de se preparar, protegido, sem sair de casa. Então, separamos por dia e horários desta semana aulas ao vivo de diferentes matérias que são cobradas nas provas.

Deixamos os links de acesso de cada live. Você pode acessar no horário da aula direto da nossa matéria e, para não esquecer das próximas aulas, pode também criar um lembrete no próprio YouTube. Aproveite!

Segunda (13/4)

18h, Me Salva – Aula de Matemática: porcentagem 

Durante a aula online, o professor Corleta vai explicar sobre porcentagem e escala no canal Me Salva!

Assista aqui

19h, Descomplica -10 fórmulas de Física para arrasar no Enem 

Confira no canal do curso pré-vestibular Descomplica uma aula ao vivo sobre as fórmulas mais importantes de Física que vão te ajudar no Enem.

Assista aqui

20h, História Online – Aula sobre o Islã

O canal História Online disponibiliza conteúdo de graça para quem quer estudar atualidades, filosofia, sociologia, história do brasil, história geral, história da arte e redação. O tema da aula ao vivo desta semana é o Islã.

Assista aqui

Terça (14/4)

14h, Ferretto Matemática – Aulão Enem- Logaritmos 

O professor Ferretto vai te dar aquela força na hora de estudar Matemática. Nesta terça, o tema é logaritmos.

Assista aqui

17h, Me Salva – Zoologia de Vertebrados

Dica para te ajudar a estudar Biologia com esta aula no Me Salva!

Assista aqui

19h, Descomplica – Como se preparar para estudar redação

A live do Descomplica vai falar sobre melhores maneiras para treinar para tirar a nota máxima na prova de redação.

Assista aqui 

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Veículo: Acessa

Editoria: Saúde

Data: 13/04/2020

Link: https://www.acessa.com/saude/arquivo/noticias/2020/04/13-especialista-explica-como-higienizar-alimentos-durante-pandemia/

Título: “Especialista explica como higienizar alimentos durante epidemia”

Diante da pandemia da COVID-19, é preciso repensar a maneira como consumimos, manuseamos e armazenamos alimentos. O médico infectologista do Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Rodrigo Souza, esclarece que, embora não existam evidências sobre a transmissão de coronavírus por meio da ingestão ou da manipulação de comidas, existem os chamados fômites, ou seja, “superfícies e objetos inanimados nos quais, dependendo do material, o vírus pode ficar vivo e infectante durante horas”.

“A aquisição do coronavírus depende do contato das mucosas com a secreção vinda de uma pessoa já infectada: ela pode vir diretamente, quando alguém tosse, espirra diretamente nos seus olhos, nariz e boca; através do contato com as mãos, que depois entram em contato com nossas mucosas; ou pelo toque de objetos contaminados, os fômites”, esclarece Souza. Um estudo publicado pelo New England Journal of Medicine aponta que o novo coronavírus pode sobreviver por horas em superfícies como papelão e plástico (até 24 e 72 horas, respectivamente). O pesquisador do Departamento de Nutrição da UFJF, Renato Nunes, explica que, embora o risco de contaminação ao tocar embalagens de comidas seja baixo, há razão para adotar cuidados. Confira abaixo quais são as formas de higienização e conservação de frutas, verduras, alimentos industrializados e comidas entregues em casa.

Frutas e verduras

Nunes explica que, no caso de frutas e verduras, existem cuidados para guardá-las e, depois, de consumi-las. Antes de armazená-las em sua casa, lave as frutas e verduras com um sabão líquido neutro, enxaguando-as e secando-as bem. Já antes preparar esses alimentos, é importante a higienização com uma solução para sanitização que, segundo o professor, é encontrada nos mercados. Caso não seja possível, ele ensina como fazer a solução de forma caseira: “basta diluir, em um litro de água filtrada, uma colher de sopa de água sanitária sem cheiro ou cor”.

Após deixar as frutas e verduras nesta solução por dez minutos, é necessário lavá-las com água filtrada e só então cortá-las. “Isso evita que outras contaminações que estão na casca passem para o interior do alimento”, aponta o pesquisador.

Nunes também explica formas de armazenamento para que frutas e verduras durem por mais tempo, evitando, assim, gastos desnecessários ou a necessidade de idas às feiras ou aos supermercados para repô-las. “Algumas frutas emitem um gás chamado etileno, que acelera o amadurecimento (banana, maçã, melão, tomate, mamão, abacate, manga, pimentão, abacaxi, pêra, uvas, figos). Elas devem ficar afastadas dos alimentos que estragam com facilidade, como batatas, folhas, cenouras, aspargos, brócolis e pepino.”

“É importante deixar maçãs e pêras separadas das bananas; já o alho, as cebolas e as batatas devem ficar longe da luz direta, evitando a aceleração dos seus amadurecimentos e o surgimento de brotos”, explica Nunes. “Ervas frescas podem ser conservadas em um pote com água, desde que ela seja trocada todos os dias. Folhas de hortaliças podem ser embaladas em um saco plástico umedecido e armazenado na parte de baixo da geladeira; isso faz com que algumas dessas folhas durem até 15 dias.”

Alimentos industrializados

O pesquisador chama atenção para o fato de que as embalagens de produtos industrializados são manipuladas desde a fábrica até a sua disposição nas prateleiras e gôndolas de estabelecimentos comerciais. “Além disso, podem ser manuseadas por outras pessoas durante essa exposição”, pontua. “Recomendo higienizar os alimentos embalados com água e sabão, ou passar um pano limpo ou guardanapo com álcool gel. Se possível, isso deve ser feito do lado de fora de casa ou na área de lavagem de roupas, antes de guardá-los nos armários e na geladeira.”

Além do coronavírus, Nunes chama a atenção para outros tipos de riscos que podem ficar acentuados caso não ocorra uma higienização. “Essas embalagens podem conter urina e fezes de insetos e outros animais, como roedores e aves. Essas práticas de higiene são recomendações universais, mesmo para períodos quando não ocorrem pandemias. Neste momento em particular, não podemos nos contaminar com outros organismos e contrair doenças que podem fragilizar nosso sistema imunológico e, por isso, devemos ter os cuidados básicos de higiene em todos os momentos.”

Comidas entregues em casa

Sobre as recomendações em relação aos alimentos pedidos por delivery, o pesquisador ressalta que, se o estabelecimento tomar todas as medidas necessárias de combate e controle dos possíveis agentes causadores de doenças infectocontagiosas, a entrega pode ser considerada geralmente segura. Existem, no entanto, algumas condições para isso: “você precisa escolher um estabelecimento de sua confiança que garanta que os alimentos perecíveis (como a carne, leite e ovos) sejam de boa procedência e estejam frescos. O processo de produção deve ser limpo e de qualidade”, justifica.

Nunes reforça que sua recomendação é voltada para estabelecimentos que possuem um responsável técnico para assegurar a qualidade e a higiene correta dos alimentos. “Caso o estabelecimento não possua um nutricionista, é preferível que sejam solicitados apenas alimentos cozidos, tendo em vista que as temperaturas acima de 52 graus eliminam o vírus da COVID-19.” No caso das compras de saladas e alimentos crus, a recomendação é ainda mais restrita: Nunes sugere evitar pedir esses tipos de comida em locais que não sejam de confiança do cliente ou não estão acompanhados por um profissional de nutrição.

Outro momento de preocupação é o da entrega. “Caso as pessoas estejam preocupadas com o risco de contato e transmissão de gotículas durante a interação com os entregadores do alimento comprado, peça para que a comida seja colocada na porta, em uma caixa ou um local onde você possa pegar em seguida. Assim que pegar, retire as embalagens da sacola e faça a higiene delas da mesma forma que se faz com as compras do supermercado. É importante lembrar que estas recomendações são para o bem de todos nós e, apesar de parecerem extremas, são necessárias para diminuir a curva de contaminação.”

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Veículo: Acessa

Editoria: Cidade

Data: 13/04/2020

Link: https://www.acessa.com/saude/arquivo/noticias/2020/04/13-secretaria-saude-confirma-segunda-morte-por-coronavirus-juiz-fora/

Título: “Secretaria de Saúde confirma segunda morte por coronavírus em Juiz de Fora”

A segunda morte por coronavírus foi confirmada em Juiz de Fora neste domingo, 12 de abril. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a vítima é um idoso de 71 anos. Ele morreu no dia 29 de março, mas o resultado do exame só ficou pronto neste domingo e testou positivo para Covid-19. O registro foi contabilizado pela Secretaria de Estado de Saúde nesta segunda-feira, 13.

A primeira morte foi confirmada por Covid-19 na cidade foi confirmada no dia 8 de abril. A vítima foi o professor de engenharia José Luiz Rezende Pereira, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Conforme o boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, no final da tarde de segunda, 13, a cidade tem 84 casos confirmados de coronavírus e 1.187 estão em investigação. Além de outros três óbitos também em investigação.

Em Minas Gerais já são 815 casos confirmados, 64 óbitos em investigação, 207 óbitos descartados e 23 confirmados.

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Veículo: O Globo

Editoria: Cultura

Data: 15/04/2020

Link: https://oglobo.globo.com/cultura/rubem-fonseca-morreu-sendo-imortal-diz-nelida-pinon-leia-outros-depoimentos-24373436

Título: “‘Rubem Fonseca morreu sendo imortal’, diz Nélida Piñon; leia outros depoimentos”

RIO – Por telefone, de sua casa na Lagoa, a escritora Nélida Piñon lamentou a morte do escritor Rubem Fonseca, seu grande amigo. Um dos maiores contistas do país, ele passou mal em sua casa, no Leblon, Zona Sul da cidade. Levado às pressas para o Hospital Samaritano, em Botafogo, não resistiu.

– Estava aqui fazendo carinho na minha cachorra e pedindo ‘não me deixe’. Meu Deus, quantas gente maravilhosa já perdi. Rubem Fonseca morreu sendo imortal – disse Nélida, aos 82 anos, e primeira mulher a presidir a Academia Brasileira de Letras (de 1996 a 1997).

A amiga afirma que Rubem Fonseca tinha o mistério da criação como seu pão diário. Na visão de Nélida, ele “traduzia o mundo que desmoronava em torno e se emocionava”.

– Em sua obra escasseava a piedade, de que tinha nostalgia, para protagonizar às imperfeições humanas. Em seus termos, era um moralista latino, de molde clássico, e padecia, portanto, com o ser que éramos e que não quisera que fôssemos. Sua obra admirável é um brado à natureza secreto do humano. Sempre o amei e ele dizia amar-me também, como um pacto de amizade – conta a escritora.

Rubem Fonseca, gigante por seus livros, não por seu marketing: mania de reclusão do autor gerou histórias engraçadas com fãs pelas ruas

Outra grande amiga de Rubem, a ensaísta e crítica literária Heloisa Buarque de Hollanda o considerava também um ídolo. Ela pesca nas memórias o lado nerd do autor, pois “dava um banho de tecnologia, conhecia todos os programas novos”. Também cita com carinho o cotidiano de Fonseca pelo Leblon, observado carinhosamente por ela.

– Ele era um personagem. Andava pelas ruas do bairro de boné achando que passava incógnito, mas todo mundo sabia. Qualquer boné à distância falavam ‘Olha lá o Zé Rubem’. Ele tinha uma coleção de bonés pendurados num pau em sua casa, escolhia um para cada dia. A gente fazia ginástica juntos, e quando eu falava ‘Zé’, ele dizia ‘Shh, pelo amor de Deus’. Não podia falar ‘Zé'” – diverte-se Heloisa.

Jô Soares relembra incentivo à carreira de romancista

Interrompendo sua sessão semanal de fisioterapia para falar sobre o grande amigo, Jô Soares relembra o incentivo que recebeu de Rubem para sentar e escrever um romance. Jô sugeriu uma trama a Fonseca, para que o amigo escrevesse. Como resposta, recebeu: “Tá pronto, Jô, senta a escreve”. Nasceu, assim, “O xangô de Baker Street”.

– Esse é o grande legado que ele deixa aos mais jovens. Escreva todo dia. Se estiver com preguiça, senta e escreve qualquer coisa, nem que seja uma vírgula. Muita, mas muita saudade do meu amigo – desabafa Jô, emocionado, por telefone.

Já a escritora Patrícia Melo relembra com suavidade uma passagem que teve ao lado de Rubem Fonseca, nos anos 1990, quando ambos foram jurados do prêmio Casa de las Américas. Ao conversarem sobre uma cena chave da história de “O matador”, romance Patrícia estava escrevendo à época, a autora notou certo incômodo por parte do escritor.

– ‘Tem alguma coisa que não está bem’, ele me disse. ‘Você está julgando seu personagem’, complementou. Tratava-se de um matador profissional, e sim, eu estava julgando.  Então ele me disse: ‘Se existe uma regra de ouro para nós, escritores, é que temos que amar nossos personagens. Se você não ama esse cara, nenhum leitor vai amá-lo’ – relembra Patrícia.

Para ela, aquele foi o maior ensinamento que uma jovem autora poderia receber. E considera um grande privilégio ter conseguido a chance de conviver com Ruberm Fonseca.

– Foi meu melhor amigo e meu maior mestre. Leu todos os meus romances, antes mesmo dos meus editores. É uma perda enorme para a literatura do Brasil – diz.

Quem também teve o caminho marcado pela presença de Rubem Fonseca foi o ator Marcos Palmeira. Ele fez “Stelinha” (1990), primeiro longa-metragem com roteiro assinado pelo escritor. Palmeira também estrelou “Mandrake” (2005), primeira série produzida pela HBO no Brasil e dirigida por José Henrique Fonseca, filho do escritor.

Grande amigo de José, Marcos Palmeira confessa já ter lido todos os livros de Rubem, sendo “O cobrador” seu favorito.

– Muito difícil e muito triste esse momento, mais difícil ainda é pensar na impossibilidade de consolar e de abraçar a família, de poderem fazer um enterro como o Rubem Fonseca merece. A literatura perde; e nós perdemos mais uma força cultural, um dos maiores escritores brasileiros – diz Palmeira.

Também amigo de José Henrique Fonseca, o titã Tony Bellotto relembra com carinho o momento em que conheceu Rubem, de quem era fã inveterado. Foi, em 2005, quando convidado para escrever o roteiro de “Mandrake”.

– Aprendia muito com ele, era um homem muito espirituoso, muito interessante, curioso e inquieto. É engraçado que a postura de reclusão dele, à moda de grandes escritores como Thomas Pynchon e J. D. Salinger, de não falar com a imprensa e não se deixar fotografar, podia dar a impressão que ele fosse um homem sorumbático, mas não, era um cara alegre, com uma presença de espírito incrível, que gostava de falar de vários assuntos. Era um sujeito erudito e simples também, gostava de falar sobre tudo, entendia de rock e conversava comigo sobre as bandas – comenta Bellotto, autor da série de romances policiais estrelada pelo investigador Bellini, como “Bellini e a esfinge”, de 1995.

Autores contemporâneos celebram legado

Considerado um dos expoentes da literatura policial contemporânea, Raphael Montes conta que seu primeiro contato com a obra de Rubem se deu na juventude, lendo o conto “O anjo das marquises”. Para Raphael, ali estavam todos os elementos que tornavam Fonseca o maior autor da literatura brasileira.

– Com Rubem, aprendi que escrever é cortar, deixar justo, seco e potente. Com Rubem, aprendi que brutalidade e poesia caminham lado a lado, e que escrever sobre violência é escrever sobre o ser humano. Com Rubem, aprendi que alta literatura e entretenimento são a mesma coisa se você for um escritor de verdade. Um mestre que me ensinou a ser escritor – agradece Raphael.

Influenciado de forma confessa por Rubem desde seus 9 anos, o escritor João Paulo Cuenca classificava seu ídolo como o mais importante autor brasileiro vivo.

– A literatura dele teve em mim o mesmo efeito que em tantos leitores: conseguir olhar o que há por detrás das paredes, dentro dos corações, nas entranhas de cimento, metal e carne das grandes cidades do Brasil. Uma perda gigantesca – lamenta Cuenca.

E quem vem revisitando a obra de Rubem Fonseca é Paulo Scott. Enquanto pesquisa para escrever seu próprio romance policial, “Rondonópolis”, que se passa nas fronteiras do Centro-Oeste, o escritor gaúcho Paulo Scott acaba de reler “O caso Morel”, a estreia de Fonseca no romance, de 1973.

– Nesse livro, ele tenta mostrar uma erudição meio mané, mas que não impede que o livro seja maravilhoso – diz.

Scott descreve a aparição de Fonseca na literatura brasileira como um “tapa na cara da elite leitora brasileira” por tematizar a violência e a desigualdade.

– A literatura mainstream brasileira não incorpora o cenário de injustiça e violência que marca o Brasil, cenário esse que nós negamos patologicamente. Precisou vir Rubem Fonseca para falar que somos maus, que somos violentos, e que estamos perdidos – afirma.

Tony Bellotto: ‘Todos os escritores da minha geração foram influenciados por Rubem Fonseca’

Para o escritor e jornalista Marçal Aquino, a partir do começo dos anos 1960, quando Rubem Fonseca publicou seus primeiros volumes de contos, o Brasil descobriu um intérprete original, que sintetizava em sua prosa as contradições de um país à beira de uma violenta explosão urbana.

– Com armas como a escrita de gume preciso, o gosto pelo detalhe, o flerte sutil com o grotesco e um humor inusitado, ele soube, como poucos, observar e traduzir a realidade em ebulição ao seu redor. Suas narrativas são verdadeiros boletins de ocorrência literários, e flagram o exato momento em que a brutalidade se converteu em moeda de troca. Difícil pensar em algum autor, que tenha começado a escrever a partir da década seguinte, que não deva algo ao maestro Fonseca

Herança que o escritor mineiro Sérgio Rodrigues não nega. Segundo ele, Rubem foi uma presença imensa, tão grande que quase atrapalhava, porque muita gente não conseguiu se libertar de sua influência.

Crítico voraz das obras de Fonseca nas últimas duas décadas, ele diz não se arrepender das palavras duras proferidas neste tempo recente. Para ele, tais trabalhos de Rubem “não acrescentaram nada à obra dele”.

– Não parti para esculhambar o Rubem, mas para reconhecer seu tamanho, e que os livros não estavam à altura dele. Mas isso não o diminui em nada, de jeito nenhum. Se ele tivesse editores melhores no fim de vida, talvez tivesse publicado menos e melhor. Mas a obra que ele deixa é sensacional – amacia Rodrigues.

Editor exalta ‘generosidade inigualável’ do autor

Fundador da Companhia das Letras, Luiz Schwarz viu sua editora ser responsável pelos livros de Rubem Fonseca por quase 20 anos, começando com “Vastas emoções e pensamentos imperfeitos”. Ao GLOBO, Schwarz relembra o convívio com o autor.

– Rubem foi o autor mais receptivo ao trabalho editorial que conheci. Aceitava facilmente as sugestões, não tinha vaidade nesta área e agradecia. Discuti intensamente conto a conto com ele, e no caso dos romances também. Tinha uma generosidade inigualável – celebra Schwarz, que na estante guarda com carinho exemplares de “O cobrador”, “Feliz ano novo” e “Buraco na parede’, seus livros preferidos de Fonseca.

Daniele Cajueiro, diretora editorial da Nova Fronteira, trabalhou com o autor em seus últimos sete livros. Ela conta que a relação com ele sempre foi muito “amistosa”.

– Ele sempre foi muito gentil, tanto comigo como com a Janaína Senna, a editora da minha equipe que cuida de ficção brasileira. Trabalhar com ele e participar da construção desses livros foi um presente – diz. – Era um trabalho muito próximo, de construção conjunta desde que os manuscritos iam chegando. Esse processo tão criativo tão próximo e respeitoso vai deixar saudades.

Daniele recorda que Fonseca cuidava muito da saúde e se exercitava regularmente.

– Ele sempre foi muito saudável e brincava comigo: “E aí, Cajueiro, ta puxando ferro? Quem que arrumar um tempo para malhar, hein?” – relembra.

Ainda não se sabe se Fonseca deixou inéditos a ser publicados, mas Daniele conta que é bem possível, pois ele escrevia todos os dias, gostava de ler poesia e de literatura portuguesa. Por ora, a Nova Fronteira vai continuar a reeditar toda a obra de escritor, com um novo projeto gráfico, que traz a assinatura do autor, em letra cursiva, na capa.

Os primeiros a voltarem às livrarias são os romances “Agosto”, com um prefácio de Patrícia Melo, e “Bufo & Spallanzani”, com um texto introdutório de Raphael Montes – os dois escritores são discípulos confessos de Fonseca.

– Rubem Fonseca revolucionou a literatura brasileira ao criar um estilo próprio, cinematográfico e pungente, que fez escola e influenciou muita gente. Ele deixa um legado gigante e revolucionário – diz Daniele.

O colunista de O GLOBO e editor Carlos Andreazza relembra a influência “avassaladora” que Rubem Fonseca exercia sobre os jovens amantes da leitura na década de 1990. Segundo Andreazza, uma influência quase “assassina’, porque parecia um estilo fácil de copiar, o que era uma armadilha. Uma literatura urbana, suja, com elementos policiais. E a busca por essa fórmula matou muita gente, diz o editor.

– Ele foi prejudicado por rótulos como literatura policial, pornográfica, mas não era nada disso. Era uma literatura de voz única. Nunca deixei de ler, sem dúvida foi o autor que mais li na vida toda. Depois, curiosamente, me tornei amigo dos netos dele por motivo de futebol. E enchi o saco até que eles me levassem a conhecer o avô. Eu tinha uns 19 anos, foi uma emoção, uma revelação revolucionária. Era o escritor mais importante para mim, mas só falei de futebol. Ele era vascaíno, e eu, Flamengo. Sempre falamos sobre isso. É uma perda incrível, ainda mais nesse momento em que não podemos nos unir para nos despedir – lamenta Andreazza.

Uma situação também mencionada pela experiente agente literária Lúcia Riff, que conheceu Rubem em 2009. Em meio a uma pandemia, ela afirma ter recebido a notícia como mais um choque.

– Quando ele me procurou e começamos a trabalhar juntos, descobri que, além de um magnífico escritor, era também um homem elegantíssimo, amável e bem humorado. Era sempre um imenso prazer estar com ele em sua casa, conversando sobre um novo projeto, o mercado editorial, o que fosse – diz Riff.

Pesquisadora desvenda os vários ‘Josés’ na obra de Rubem Fonseca

Para seu mestrado, defendido em 2013, a professora de literatura e pesquisadora Andressa Marques Pinto realizou um mapeamento de personagens de Rubem Fonseca que tinham como nome José, que é o primeiro nome do autor, mas pouco conhecido do público.

– Pelos íntimos, ele costumava ser chamado de Zé Rubem. Com o mapeamento, pude perceber que a personagem José, do conto “A matéria do sonho”, do livro Lúcia McCartney (1967), é protagonista também de outros contos, como em “A força humana”, do livro “A coleira do cão” (1965), mesmo que não nomeado. Busquei demonstrar que a personagem passou, ao longo da obra, por processos de subjetivação diversos, até culminar numa espécie de autobiografia do autor, intitulada “José”, livro publicado em 2011, como “desenvolvimento” de uma crônica, “José – uma história em cinco capítulos”, publicada no livro “O romance morreu”, de 2007 – conta Andressa, autora da dissertação “José, autor de Rubem Fonseca: os processos de subjetivação através da escrita e da memória”, disponível na biblioteca digital de teses e dissertações da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), no link AQUI

Rubem Fonseca saiu de sua cidade natal, Juiz de Fora (MG), ainda na infância, segundo a pesquisadora, que também publicou artigos sobre o autor.

– Em Juiz de Fora, ele morou provavelmente na Rua Floriano Peixoto 607, lugar onde nasceu, os partos eram em casa. É provável que não more nenhum familiar dele na cidade, a família toda se mudou para o Rio – diz.

Andressa está cursando o doutorado em Estudos Literários, no Programa de pós-graduação em Letras: Estudos Literários, na UFJF. A tese está em fase de finalização, o título provisório é “(Con)figurações da inocência na literatura brasileira”. Nela há um capítulo sobre Rubem Fonseca, em que ela faz uma leitura do conto-poema “Os inocentes”, de Lúcia McCartney.

Também especialista da obra de Fonseca, o professor de literatura Alexandre Faria acredita que o autor é o grande nome da prosa brasileira, depois de Guimarães Rosa e Clarice Lispector.

– Foi de todos o mais preciso, no estilo e no recorte temático, a dar conta da realidade brasileira urbana num momento em que nossas cidades explodiam na desigualdade social que culminaria nas cenas de violência que até hoje presenciamos. Não há como fazer uma cartografia do nosso crescimento urbano sem passar pelos mapas que Rubem Fonseca desenhou. Destaco dois fatos decisivos para que ele tenha se tornado o escritor que é (e sempre será): ter sido um leitor voraz de tudo, principalmente poesia, e ter trabalhado como comissário de polícia. Houve ali uma educação sui generis do olhar e do estilo, que tornou Rubem Fonseca este patrimônio – acredita Alexandre.

Para o professor, foi interessante perceber como Rubem Fonseca, tido como um autor avesso a aparições públicas e cuidadoso de sua intimidade, sempre se contou, se expôs em sua obra, e como a literatura do autor, fruto de um consciente projeto literário, foi um espaço no qual ele buscou apreender a condição humana na sua dimensão mais profunda.

– Por isso, Rubem Fonseca está entre os grandes da literatura ocidental – conclui.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 15/04/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/15-04-2020/uso-de-mascaras-sera-obrigatorio-em-juiz-de-fora.html

Título: “Uso de máscaras será obrigatório em Juiz de Fora”

Decreto 13.897/2020 será reeditado com novas determinações para enfrentamento da Covid-19 até a próxima sexta-feira, inclusive a adoção compulsória do equipamento de proteção

A exemplo da capital Belo Horizonte, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) determinará que é obrigatória a utilização de máscaras de proteção a juiz-foranos que frequentem espaços públicos na cidade. A adoção compulsória do equipamento de proteção pela população será incluída em reedição do Decreto 13.897/2020, prevista para ser publicada, conforme o prefeito Antônio Almas (PSDB), entre quinta (16) e sexta-feira (17). A medida foi anunciada nesta quarta (15), em coletiva de imprensa na Escola de Governo, ocasião em que Almas também comunicou a instalação do Comitê Municipal de Enfrentamento e Prevenção à Covid-19 em Juiz de Fora. O colegiado unirá esforços de diversas instituições contra a evolução epidemiológica da pandemia a nível local e regional. Conforme boletim epidemiológico publicado nesta quinta, Juiz de Fora tem 93 casos confirmados do novo coronavírus, além de duas mortes e outras três sob investigação. Por sua vez, o número de suspeitas da doença na cidade é de 1.321.

Em meio à pressão do setor produtivo para a retomada de atividades industriais, comerciais e de serviços, Almas garantiu a manutenção das restrições em vigor no município desde março. “O Decreto 13.897/2020 continua em vigor da mesma forma que está. Devemos reeditar algumas medidas nos próximos dias, mas muito mais no sentido de orientar e estimular ações que aprofundem medidas não farmacológicas, como a própria utilização das máscaras, tornando o uso obrigatório para que as pessoas possam ter acesso a espaços públicos. Na verdade, não é o momento de relaxar nenhuma decisão do decreto. Nós sabemos e entendemos as dificuldades e as consequências futuras na economia, mas, hoje, o objetivo maior é a preservação de vidas.” Paralelamente à coletiva, cerca de 20 manifestantes alinhados ao movimento Reabre JF pleiteavam, às portas da Escola de Governo, a reabertura gradual e imediata do comércio.

Questionado pela Tribuna sobre as recentes reuniões com representantes do setor produtivo local para estudar a retomada das atividades econômicas, Almas ponderou que o retorno gradual está sempre sob o radar da Prefeitura.

“Não temos uma data mágica, em que tal dia tudo volta. O mundo, inclusive, não tem esta data mágica. Vamos ver de acordo com aquilo que for acontecendo do ponto de vista da evolução epidemiológica. Então, vamos poder fazer abrandamentos ou não. E, na nossa análise, com os dados que temos diariamente, não temos condições ainda de fazer o retorno.”

Conforme o prefeito, a curva epidemiológica de Juiz de Fora está apenas no início da evolução. “O que estamos buscando e até aqui estamos conseguindo – o que as pessoas não estão valorando – é o achatamento da curva. Todos nós vamos nos contaminar em uma hora ou outra. O vírus não vai desaparecer. Tem alguns que acham que deveríamos deixar todos se contaminarem e pagar pra ver no que dá. Agora, pagar pra ver significa explodir o sistema de saúde.”

Almas ressaltou ainda que as medidas de isolamento social adotadas pelo Executivo há, aproximadamente, 25 dias reduziram o número de pacientes de Covid-19 internados em leitos de enfermaria e terapia intensiva em Juiz de Fora. “Temos dois óbitos confirmados e três óbitos em investigação. Se nenhuma medida dessa tivesse sido tomada, nós estaríamos discutindo números pelo menos duas vezes maiores.” De acordo com o chefe do Executivo, a aprovação do estado de calamidade pública do Município, apreciada, nesta quarta, pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais, permitirá à Prefeitura maior flexibilidade orçamentária. “Houve uma mudança, por exemplo, no mercado. Onde comprávamos uma caixa com 50 unidades de luvas por R$ 4,50, hoje estamos pagando, em média, R$ 4,50 ou até mais por unidade. Isso cria muitas dificuldades dentro do ordenamento jurídico existente em situação de normalidade. O decreto de calamidade nos favorece neste aspecto.”

Comitê

Em 17 de março, a Prefeitura já instalara um comitê interno para enfrentamento à Covid-19. Entretanto, conforme Almas, após a implementação das primeiras ações em Juiz de Fora, a Prefeitura reconheceu a necessidade de formatar novas parcerias junto a outras instituições. “Temos conversado com diversos atores para que a gente possa conduzir este processo, que está sendo muito difícil para todos nós. E a perspectiva é que ele ainda se aprofunde muito. Mas, hoje, resolvemos tornar essas relações, que estavam, de alguma forma, informais, sem uma estruturação maior, chamar esses atores, dentro de alguns critérios, e constituímos aqui um comitê.” Além de integrantes do Executivo, o Comitê Municipal de Enfrentamento e Prevenção à Covid-19 será integrado por Polícia Militar, Polícia Civil, Defensoria Pública da União, Comarca de Juiz de Fora, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), 4ª Brigada de Infantaria Leve do Exército, Câmara Municipal, Ministério Público, Corpo de Bombeiros Militar e, por fim, pela rede hospitalar privada local.

Endurecimento do isolamento social

Em entrevista, na última segunda (13), à Rádio Super de Belo Horizonte, Almas revelou que o Executivo estuda a adoção de novas medidas, como o incremento da fiscalização e a aplicação de multas aos juiz-foranos, para enrijecer a política de isolamento social em vigência. Durante a coletiva, quando questionado, Almas reiterou a possibilidade. “A possibilidade (de aplicar multas) sempre vai estar sempre presente. Se as pessoas não assumem a responsabilidade de se respeitar e respeitar os outros, só tem uma situação: a Prefeitura impor mecanismos mais coercitivos sobre a ação. A fiscalização sempre existe. O que temos grandes dificuldades é, às vezes, quanto à quantidade de pessoas disponíveis para fazer a fiscalização. A cidade é bastante grande, com várias áreas de concentração comercial. E não é em todos os lugares as pessoas estão respeitando o decreto.”

Em reportagem publicada pela Tribuna nesta quarta, os fiscais de postura de Juiz de Fora relataram dificuldades encontradas durante a execução das medidas de isolamento social implementadas pelo Executivo. Dentre as reivindicações apresentadas estão uma nova reedição do Decreto 13.897/2020 para esclarecer determinadas regras e suas aplicações e a criação de uma força-tarefa articulada pelo primeiro escalão municipal para atuar nas ruas. Contestado, Almas respondeu que, se os fiscais de postura fazem estes pleitos para fora, deveriam, também, fazer para dentro da Prefeitura. “Nunca faltou por parte do prefeito, em momento nenhum, recebê-los. Sempre os recebi. E não seria em meio a todas as dificuldades que estamos enfrentando que eu não falaria com eles se tivessem alguma coisa que eles poderiam nos ofertar para melhorar a capacidade de trabalho da Prefeitura.”

70% dos leitos de terapia intensiva ocupados

Até esta quinta, Juiz de Fora tinha 70% dos leitos de terapia intensiva e 48% de enfermaria das redes pública e privada de saúde ocupados, conforme detalhou Almas. Entretanto, os percentuais não correspondem apenas a pacientes infectados pela Covid-19. De acordo com o prefeito, dos 37 leitos de terapia intensiva disponibilizados pela rede de saúde para pacientes com Covid-19, 16 estão ocupados.

“O sistema de saúde pública, do ponto de vista de unidades de terapia intensiva, já vivia próximo do colapso. Agora, agregue isso à possibilidade de o município, onde há 600 mil pessoas, ter uma taxa de transmissão de 1%. Com isso, teria 6 mil contaminados e, destes, cerca de 1.200 que vão precisar de enfermaria. E em torno de 60 pessoas vão ter que ir para a terapia intensiva. Estamos trabalhando com essas possibilidades, então preciso ter leitos que não tinha antes. Eu tenho que agregar leitos.”

Almas projetou que, caso as medidas de isolamento social em vigência não tivessem sido adotadas, Juiz de Fora já somaria, aproximadamente, 2.500 casos suspeitos, por exemplo, quase o dobro dos 1.321 atualmente registrados. O número de contaminados, 186, também seria dobrado. “Essas projeções são demonstráveis pelos estudos e pelos modelos criados. Obviamente que precisamos mais do que nunca em acreditar em ciência. Se a gente não acreditar em ciência e falar em achismos, aí é outra história.” O prefeito apontou duas providências fundamentais para o esvaziamento dos leitos. “Primeiro, o fato de a gente ter determinado que não seriam realizadas cirurgias eletivas em Juiz de Fora neste período reduziu a necessidade de uso de leitos nas enfermarias. Por outro lado, isso também agrega uma diminuição no número de leitos de terapia intensiva”, explica. “A outra coisa é que com o isolamento social nós diminuímos o fluxo de carros na cidade, e, com isso, o número de acidentes com politraumas. O número de acidentes em que o paciente precisaria ir para as UTIs diminuiu muito.”

UFJF e PJF firmam parceria

O prefeito Antônio Almas e o reitor da UFJF, Marcus Vinicius David, firmaram, durante a coletiva, um termo de cooperação entre as instituições para cessão de capital acadêmico, técnico e estrutural da universidade à Prefeitura. Dentre as colaborações elencadas pelo reitor, a UFJF realizará, a partir desta quinta (16), cem testes diários PCR para a Covid-19, sendo 50 para cada um dos dois laboratórios colocados à disposição do Executivo. A estimativa é de que os resultados devem ser repassados à Administração municipal em até 24 horas após o recolhimento. As amostras serão coletadas pelo próprio Município e, posteriormente, encaminhadas à UFJF para a realização dos testes. De acordo com David, em um primeiro momento, os testes serão feitos com insumos próprios da universidade, cuja reserva é de 700 kits.

“Já fizemos o credenciamento destes laboratórios junto à Vigilância Sanitária. Estamos tentando (também) a aquisição de novos reagentes, com tecnologia diferente, que pode até dobrar a nossa capacidade”, detalhou David. Conforme o reitor, o problema da produção dos testes não é a tecnologia, mas, sim, a etapa de preparação. “O problema não é a máquina que roda o teste, é a sua preparação, onde, através de um trabalho manual, é feita a separação do RNA. Trabalhamos com vírus ativos nesses laboratórios, então é preciso ser feito com todo o cuidado, com toda a proteção. Por isso, o volume de amostras não pode ser muito grande. O nosso problema não é tecnológico; temos duas máquinas com capacidade de rodar os testes. Cada máquina pode rodar 50 testes em até duas horas. O problema é preparar uma placa dessas, o que é muito demorado.”

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