O Grupo de Robótica Inteligente (GRIn) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em parceria com a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, desenvolveu o protótipo de uma viseira de proteção contra o novo coronavírus que utiliza máquinas de corte a laser na sua produção.
O modelo, segundo o orientador do grupo e professor da Faculdade de Engenharia da UFJF, Leonardo Honório, agiliza o processo de produção quando comparado com a fabricação por impressoras 3D. “A partir do primeiro protótipo utilizando impressoras 3D vimos a inviabilidade da produção em larga escala, pois levava de duas a três horas para produzir uma peça. Então, mudamos o projeto para utilizar a máquina de corte a laser que é muito mais rápida”. A previsão é de que sejam produzidas cerca de 300 unidades do equipamento de proteção individual por dia.
Os protótipos estão sendo enviados para o Hospital Universitário da UFJF, onde são certificadas quanto à segurança. “Aprimoramos o primeiro modelo, já certificado. Agora utilizamos grampos para prender a faixa de trás da cabeça ao visor de acetato – o que agiliza ainda mais o processo. A certificação de segurança garante que o profissional possa utilizar esse equipamento em qualquer ambiente hospitalar”, explica.
As viseiras estão sendo produzidas com polietileno de alto impacto e folha de acetato de 0.5mm. De acordo com Honório, ela pode ser produzida, até mesmo, em casa. “Quem não tiver acesso ao equipamento de corte a laser e quiser produzir máscaras, pode adaptar o modelo para fabricação com processo manual, utilizando uma tesoura e um grampeador. De dez a quinze minutos a pessoa consegue produzir a própria viseira”.
Os modelos já produzidos foram encaminhados para utilização no HU-UFJF. Produções futuras, embaladas e esterilizadas, serão repassadas também para a Secretaria de Saúde da Prefeitura Municipal de Juiz de Fora (PJF). Serviços de saúde e prefeituras interessadas pelo equipamento devem realizar o pedido pelo e-mail alice.oliveira@engenharia.ufjf.br. As solicitações serão analisadas pela PJF, priorizadas e colocadas para produção.