O semestre da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) vai começar com uma novidade: a chegada do robô Sanbot Nano, o mais novo membro da comunidade acadêmica. A máquina foi uma doação recebida por parte de um ex-aluno da UFJF, André Fazolato, para a Faculdade de Engenharia Elétrica. A doação foi intermediada pelo professor André Marcato, amigo de Fazolato dos tempos de Colégio Técnico Universitário (CTU).
Marcato conta que tanto ele quanto Fazolato sempre tiveram interesse pelo mundo da robótica – porém, enquanto ele seguiu pela área da Engenharia, o amigo decidiu-se pela carreira médica. Contudo, mesmo de longe, Fazolato ainda nutre o interesse por robôs em seu tempo livre, colecionando determinados exemplares. Um desses robôs era o Sanbot que, atualmente, deixa mais animada as salas de aula do mestrado e doutorado da Faculdade de Engenharia Elétrica, no Galpão 3.
O potencial do robô
Na Universidade, o robô será utilizado em pesquisas, colaborando com projetos de mestrados e doutorados do programa de pós-graduação em Engenharia Elétrica. Outra meta almejada é a inserção de um software próprio na máquina. Além de desenvolvê-lo, estudos também serão feitos para que a assimilação total do funcionamento do Sanbot Nano seja conhecida pelos pesquisadores.
Entre as potencialidades do robô, Marcato destaca que, futuramente, a máquina pode ser aplicada em campos além da própria Engenharia. Um exemplo é o uso do robô para auxiliar no desenvolvimento da sociabilidade de crianças com autismo, atuando como um facilitador entre elas e os profissionais de saúde. Há, ainda, registros bem sucedidos da utilização de robôs para potencializar o processo de ensino e aprendizado de competências musicais, de pensamento computacional e alfabetização.
O professor André Marcato ressalta que a máquina também pode vir a ser útil em parcerias com demais setores da Universidade, como o Centro de Ciências. Para que essa colaboração aconteça, contudo, são necessárias reprogramações do Sanbot, uma vez que o robô é fabricado para o mercado chinês. Atualmente, Marcato e sua equipe trabalham para que a máquina trabalhe com outras linguagens – o inglês já foi assimilado, agora o foco é o português. Por fim, o pesquisador salienta o valor em incentivar as doações para universidades e demais institutos de pesquisa. “É importante receber doações dessa qualidade”, explica. “É uma cultura vista em demais países, como os Estados Unidos, que também podemos difundir aqui.”