Veículo: Extra

Editoria: Economia

Data: 11/01/2020

Link: https://extra.globo.com/noticias/economia/como-economizar/economizar-ate-na-hora-de-investir-veja-dicas-para-escolher-aplicacoes-financeiras-24209877.html

Título: “Economizar até na hora de investir: veja dicas para escolher aplicações financeiras”

Colocar dinheiro em aplicações financeiras não é só ganhar, já que a operação tem um custo, representado pela cobrança de taxas ao investidor. Por isso, até na hora de investir, é preciso ficar atento para economizar. De acordo com a administradora Fernanda Finotti Cordeiro, professora de Finanças da Faculdade de Economia e da pós-graduação em Economia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), ao considerar algum investimento, deve-se observar o que ele oferece de rentabilidade líquida, percentual que mostra o ganho real, já com o desconto das taxas de administração.

Em geral, fundos mais agressivos, que oferecem rendimentos maiores, implicam o pagamento de taxas de administração mais altas. Em alguns casos, ainda é cobrada a taxa de performance. Funciona da seguinte maneira: o fundo tem uma meta de rentabilidade e, toda vez que ela é ultrapassada, é feita uma cobrança adicional sobre os ganhos excedentes. Já os fundos com rendimentos menores tendem a ter taxas de administração mais baixas.

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— Vamos supor que um fundo tenha taxa de administração de 0,5% e rendimento de 4,5%. Outro rendeu 8%, com taxa de 2%. Quando olhamos a rentabilidade líquida, a primeira é de 4%, e a segunda, de 6% — diz Fernanda, ressaltando a importância de se analisar o todo antes de decidir por uma ou outra aplicação.

Segundo a professora da UFJF, para garantir ganhos maiores, o investidor deve pesquisar bastante sobre o universo financeiro e não se restringir aos grandes bancos.

— Se a pessoa quer achar bons produtos, com taxas de rentabilidade líquida maiores, ela precisa procurar corretoras, distribuidoras, assessorias de investimento e agentes autônomos. O risco é igual ao das operações realizadas por intermédio dos grandes bancos, porque tudo é fiscalizado pelo Banco Central do Brasil (Bacen) e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Além disso, o dinheiro só passa pela instituição. Ele não fica ali, ele vai imediatamente para o produto financeiro, que é o mesmo no qual os bancos investem — afirma.

Leia ainda: Qual Oferta faz parceria com o site Pelando para compartilhamento de promoções

Com fundos de previdência privada, é necessário ter atenção redobrada, pois alguns apresentam taxa de administração alta e rendimento não tão alto. Às vezes, ainda é cobrada a taxa de carregamento — uma espécie de adicional pela prestação do serviço —, o que reduz ainda mais a rentabilidade líquida. De acordo com Fernanda Finotti Cordeiro, fundos de previdência com ganhos reais de 5% a 6% ao ano são opções ruins, que devem ser descartadas. Já aqueles com rentabilidade líquida anual de 14% podem ser considerados.

A economia nos investimentos também passa pelo pagamento do Imposto de Renda. Com algumas exceções — a exemplo da Letra de Crédito Imobiliário (LCI), da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) e determinadas debêntures —, há incidência de IR sobre as aplicações financeiras, com alíquota mínima de 15%. A taxa de rentabilidade líquida não leva em conta essa despesa, frisa a professora da UFJF. Nos planos de previdência do tipo PGBL, é possível abater até 12% dos rendimentos tributáveis na declaração do imposto.

— Um investidor qualificado é aquele que tem mais acesso à informação. É importante fazer um planejamento e não concentrar os investimentos em uma aplicação só — recomenda a administradora.

E mais: Encartes de lojas ajudam a encontrar o caminho para os descontos e a economia

A jornalista Silvania Liberman, de 56 anos, começou investindo apenas no Tesouro Direto. Com muito estudo, ela foi se familiarizando com o universo financeiro aos poucos e, hoje, conseguiu ampliar seus ganhos com uma carteira variada: além de dinheiro aplicado no Tesouro, ela investe em CDB e CDI.

— Não existe fórmula secreta: a pessoa precisa se dedicar para entender como é a performance do fundo. Uma vez por semana, eu faço o acompanhamento, anotando em uma planilha qual foi o rendimento de cada aplicação. Ainda estou em processo de aprendizado, mas fico atenta. E quero diversificar mais meus investimentos. Afinal, é meu dinheiro que está em jogo — conta Silvania

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Veículo: O Globo

Editoria: Economia

Data: 29/01/2020

Link: https://oglobo.globo.com/economia/como-economizar/economizar-ate-na-hora-de-investir-veja-dicas-para-escolher-aplicacoes-financeiras-1-24215727

Título: “Economizar até na hora de investir: veja dicas para escolher aplicações financeiras”

Taxas de administração podem corroer o ganho

Colocar dinheiro em aplicações financeiras não é só ganhar, já que a operação tem um custo, representado pela cobrança de taxas ao investidor. Por isso, até na hora de investir, é preciso ficar atento para economizar. De acordo com a administradora Fernanda Finotti Cordeiro, professora de Finanças da Faculdade de Economia e da pós-graduação em Economia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), ao considerar algum investimento, deve-se observar o que ele oferece de rentabilidade líquida, percentual que mostra o ganho real, já com o desconto das taxas de administração.

Em geral, fundos mais agressivos, que oferecem rendimentos maiores, implicam o pagamento de taxas de administração mais altas. Em alguns casos, ainda é cobrada a taxa de performance. Funciona da seguinte maneira: o fundo tem uma meta de rentabilidade e, toda vez que ela é ultrapassada, é feita uma cobrança adicional sobre os ganhos excedentes. Já os fundos com rendimentos menores tendem a ter taxas de administração mais baixas.

Veja também:Plataforma ‘Qual oferta’ leva a leitores seleção das melhores promoções

— Vamos supor que um fundo tenha taxa de administração de 0,5% e rendimento de 4,5%. Outro rendeu 8%, com taxa de 2%. Quando olhamos a rentabilidade líquida, a primeira é de 4%, e a segunda, de 6% — diz Fernanda, ressaltando a importância de se analisar o todo antes de decidir por uma ou outra aplicação.

Segundo a professora da UFJF, para garantir ganhos maiores, o investidor deve pesquisar bastante sobre o universo financeiro e não se restringir aos grandes bancos.

— Se a pessoa quer achar bons produtos, com taxas de rentabilidade líquida maiores, ela precisa procurar corretoras, distribuidoras, assessorias de investimento e agentes autônomos. O risco é igual ao das operações realizadas por intermédio dos grandes bancos, porque tudo é fiscalizado pelo Banco Central do Brasil (Bacen) e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Além disso, o dinheiro só passa pela instituição. Ele não fica ali, ele vai imediatamente para o produto financeiro, que é o mesmo no qual os bancos investem — afirma.

Leia ainda:Qual Oferta faz parceria com o site Pelando para compartilhamento de promoções

Com fundos de previdência privada, é necessário ter atenção redobrada, pois alguns apresentam taxa de administração alta e rendimento não tão alto. Às vezes, ainda é cobrada a taxa de carregamento — uma espécie de adicional pela prestação do serviço —, o que reduz ainda mais a rentabilidade líquida. De acordo com Fernanda Finotti Cordeiro, fundos de previdência com ganhos reais de 5% a 6% ao ano são opções ruins, que devem ser descartadas. Já aqueles com rentabilidade líquida anual de 14% podem ser considerados.

A economia nos investimentos também passa pelo pagamento do Imposto de Renda. Com algumas exceções — a exemplo da Letra de Crédito Imobiliário (LCI), da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) e determinadas debêntures —, há incidência de IR  sobre as aplicações financeiras, com alíquota mínima de 15%. A taxa de rentabilidade líquida não leva em conta essa despesa, frisa a professora da UFJF. Nos planos de previdência do tipo PGBL, é possível abater até 12% dos rendimentos tributáveis na declaração do imposto.

— Um investidor qualificado é aquele que tem mais acesso à informação. É importante fazer um planejamento e não concentrar os investimentos em uma aplicação só — recomenda a administradora.

E mais:Encartes de lojas ajudam a encontrar o caminho para os descontos e a economia

A jornalista Silvania Liberman, de 56 anos, começou investindo apenas no Tesouro Direto. Com muito estudo, ela foi se familiarizando com o universo financeiro aos poucos e, hoje, conseguiu ampliar seus ganhos com uma carteira variada: além de dinheiro aplicado no Tesouro, ela investe em CDB e CDI.

— Não existe fórmula secreta: a pessoa precisa se dedicar para entender como é a performance do fundo. Uma vez por semana, eu faço o acompanhamento, anotando em uma planilha qual foi o rendimento de cada aplicação. Ainda estou em processo de aprendizado, mas fico atenta. E quero diversificar mais meus investimentos. Afinal, é meu dinheiro que está em jogo — conta Silvania.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Educação

Data: 28/01/2020

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/01/28/ufjf-abre-editais-de-contratacao-para-professor-substituto.ghtml

Título: “UFJF abre editais de contratação para professor substituto”

Vagas são para os campi de Juiz de Fora e Governador Valadares, com regime de trabalho de 40 horas semanais. Saiba como se inscrever.

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) publicou, nesta segunda-feira (27), sete editais para preenchimento de vagas para professores substitutos nos dois campi da instituição, Juiz de Fora e Governador Valadares.

As oportunidades têm regime de trabalho de 40 horas semanais com atuações nas áreas de administração, medicina, odontologia, engenharia civl, direito, entre outras.

Juiz de Fora

Para o campus de Juiz de Fora estão disponíveis duas vagas. Os interessados têm até a sexta-feira (31) para se inscrever.

Uma das vagas é para atuação no Departamento de Ciências Administrativas da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis (FACC), na área de concentração Estudos Organizacionais e Administração Geral.

A vaga obedece ao Edital nº 4/2020. Os candidatos devem se inscrever na Secretaria da FACC, entre 8h e 18h30.

O Departamento de Construção Civil da Faculdade de Engenharia também oferece uma oportunidade na área de concentração em Tecnologia I (Materiais) e Tecnologia II (Técnicas Construtivas).

As inscrições devem ser feitas na Secretaria da Faculdade de Engenharia, das 9h às 12h e das 13h às 18h.

Governador Valadares

Para a unidade de Governador Valadares, estão disponíveis cinco vagas. Os interessados têm até a próxima terça-feira (4) para se inscreverem.

No Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA), a vaga é para o Departamento de Ciências Contábeis, com área de concentração em Contabilidade Avançada, Contabilidade Geral e Contabilidade Tributária.

Os interessados devem fazer a inscrição presencialmente na Secretaria da Graduação do ICSA, na Avenida Dr. Raimundo Monteiro Rezende, 330, prédio da Faculdade Pitágoras, sala 300, Centro, das 7h às 19h.

Uma outra oportunidade é no Departamento de Direito e com área de concentração em Direito Empresarial. A inscrição deve ser realizada na secretaria do Instituto, das 8h às 18h.

Três vagas são oferecidas no Instituto de Ciências da Vida (ICV). A primeira é para o Departamento de Odontologia do ICV, na área de concentração Prótese Dentária e Oclusão. As inscrições devem ser feitas na secretaria do Departamento de Odontologia da UFJF, que funciona na Avenida Dr. Raimundo Monteiro Rezende, 330, sala 301, Centro, das 9h às 12h e das 13h às 18h.

As outras duas vagas para o ICV são para o Departamento de Medicina, nas áreas de concentração Doenças Infecto-parasitárias e Reumatologia. As inscrições para estes cargos devem ser feitas na secretaria do Departamento de Medicina da UFJF (Rua Jair Rodrigues Coelho, 211, Bairro Vila Bretas, das 7h às 19h.

Todos os editais estão disponíveis no site da UFJF.

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Veículo: Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

Editoria: Educação

Data: 28/01/2020

Link: https://mst.org.br/2020/01/28/enff-15-anos-plantando-o-sonho-de-justica-social-trabalho-mistica-e-valores-humanistas-para-a-classe-trabalhadora/

Título: “ENFF: 15 anos plantando o sonho de justiça social, trabalho, mística e valores humanistas para a classe trabalhadora” 

Inaugurada em 23 de janeiro de 2005, a ENFF foi construída pela classe trabalhadora para possibilitar a formação política de organizações populares de todo o mundo

Por Iris Pacheco

Uma escola em construção, este é o lema da Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), construída há 15 anos pelo MST. Uma escola de terra e gente, uma espécie de casa comum da classe trabalhadora para cultivar conhecimentos, valores, ideias e sementes, que germinarão no campo e na cidade, assim os frutos hão de matar a fome de justiça social dos povos do mundo.

Localizada em Guararema, no interior do estado de São Paulo, e inaugurada no dia 23 de janeiro de 2005, a Escola que se tornou referência internacional por unir a prática com a teoria política, homenageia o sociólogo e político brasileiro Florestan Fernandes.

Rosana Fernandes, coordenadora político-pedagógica da ENFF, explica que esse referencial da Escola por organizações populares latino-americanas e de outros continentes, mantém a necessidade de continuidade da formação política para a classe trabalhadora não só no Brasil, mas também no mundo.

“Como parte integrante das comemorações dos 15 anos, vamos realizar o segundo seminário internacional de formação política, onde teremos a presença das várias escolas e centros de formação que a Escola faz interlocução na América Latina e no mundo. Todas são resultados dos processos das organizações que passaram pela ENFF. O seminário vai significar esse momento de reflexão sobre a continuidade da formação política, mas também sobre a própria dinâmica metodológica que a Escola possibilita construir com essas organizações, no sentido de fortalecê-las para que o povo siga refletindo e elaborando sobre sua realidade e assim transformá-la.”

De acordo, Divina Lopes, da coordenação nacional do MST, “a ENFF materializa a proposta de formação política ideologia do MST, além de ser um lugar de articulação da classe trabalhadora do Brasil e todo o mundo. Portanto, é um espaço estratégico de formação dos/as lutadores/as do povo, mas sobretudo, um lugar de fortalecimento do pensamento crítico revolucionário.”

Formação coletiva

“Não importa que doa: é tempo de avançar de mão dada com quem vai no mesmo rumo, mesmo que longe ainda esteja de aprender a conjugar o verbo amar.” É tempo de estudo, de arte, de plantar e colher. É tempo de celebração, de valorizar todas e todos que colocam um pouco de si nos processos coletivos, a base, a militância, o grande bem maior do Movimento Sem Terra. Essa mesma que fez com que a ENFF chegasse aos seus 15 anos e, portanto, merece celebração durante todo o ano de 2020.

Nesse sentido, haverá momentos de interlocução com os/as educadores/as que dispõe do seu trabalho voluntário para estar nas atividades formativas e na construção de cursos com edições especiais. É o caso do curso de militantes do MST, onde a proposta é trazer os companheiros e as companheiras que estiveram nas brigadas de construção da Escola de 2000 a 2005.

“Há uma turma de militantes que não retornou à ENFF depois de inaugurada, nós queremos que essa militância passe uns 30 dias estudando na Escola que ajudaram a construir”, afirma Rosana.

E assim, a ENFF segue em construção permanente, do ponto de vista metodológico e pedagógico, mas também da infraestrutura, tais como a sala de aula, os alojamentos, as moradias, entre outras. Na medida em que as demandas crescem, junto com elas a construção de novos espaços, como a conclusão da reforma nos prédios pedagógicos, na Biblioteca Antonio Candido, onde há um acervo doado por intelectuais e amigos, com cerca de 40 mil obras, que necessita ser organizada de forma adequada e útil, para que de fato possa contribuir no processo formativo.

Segundo Divina, neste ano de celebração, a Escola afirma seu caráter de “seguir cumprindo com o papel de vincular os seus processos de formação político ideológica à um projeto popular de transformação da sociedade. Além de possibilitar o debate e a reflexão sobre os níveis de barbárie presentes no mundo atualmente e também estimular formas coletivas de enfrentar essa barbárie, mobilizando a esperança de que é possível construir um mundo que supere o caos capitalista”.

E a luta continua…

Todos os anos, a ENFF realiza cursos que duram de uma semana a três meses, lecionados por professores e intelectuais voluntários, também oferece formações com foco em diversos temas como questão agrária, marxismo, feminismo e diversidade sexual. Além dos cursos de formação política que trazem os clássicos da teoria política nacional e internacional, a Escola também realiza convênios com instituições formais de ensino superior, entre elas, a Universidade Estadual Paulista (Unesp), a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Construída pelas mãos de mais de mil Sem Terra, entre homens e mulheres, organizados em 25 brigadas de trabalhadores voluntários de 112 assentamentos e 230 acampamentos de diversos estados brasileiros, a ENFF é mantida pelo MST com apoio de outros movimentos e apoiadores que acreditam na necessidade da formação política. Até mesmo sua construção, há 15 anos, contou com uma campanha para arrecadação de recursos que teve a participação de Chico Buarque, José Saramago e Sebastião Salgado.

Desde 2009, a Associação dos Amigos da Escola Nacional Florestan Fernandes reúne doações financeiras e organiza todo tipo de ajuda à Escola. Para fazer parte da associação, clique aqui.

*Editado por Yuri Simeon

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esporte

Data: 28/01/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/esportes/28-01-2020/projeto-de-basquete-da-ufjf-faz-seletiva-nesta-quinta.html

Título: “Projeto de basquete da UFJF faz seletiva nesta quinta”

Treino é aberto a participantes da comunidade, para equipes femininas e masculinas em três faixas etárias

Nesta quinta-feira (30), a Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid) da UFJF irá realizar um treino aberto para selecionar novos atletas para o terceiro ano do projeto de basquete chamado “Da base para a ponta”, coordenado pelo professor Dilson Borges Ribeiro Junior. A partir das 14h, o ginásio da Faefid, no campus, irá receber candidatos de toda a comunidade, em horários divididos segundo a faixa etária. Os interessados devem se apresentar nos respectivos horários com roupa adequada para treino e documento original com foto, para cadastramento e registro. “Estamos indo para o terceiro ano do projeto e em 2020 com uma equipe a mais. Temos uma expectativa positiva para os novos alunos, não só em quantidade, mas também na qualidade”, diz o coordenador por meio de assessoria.

Confira a programação:

14h – treino masculino, para nascidos até 2007, e feminino, para nascidas até 2006.

15h – treino masculino, para nascidos até 2005, e feminino, para nascidas até 2003.

16h – treino masculino, para nascidos até 2003, e feminino, para nascidas até 2001.

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Veículo: Torcedores

Editoria: Esporte

Data: 28/01/2020

Link: https://www.torcedores.com/noticias/2020/01/fechado-flamengo-contrata-destaque-da-copinha-2020

Título: “Fechado! Flamengo contrata destaque da Copinha 2020”

Em busca de revelações para reforçar suas categorias de base, o Flamengo segue monitorando algumas revelações pelo Brasil. O clube acertou nesta terça-feira (28) a contratação do meia ofensivo Max, de 17 anos, destaque do Tupi (MG) na última Copa São Paulo de Futebol Júnior. O Torcedores.com apurou que o jovem assinou contrato com o rubro-negro até o dia 31 de janeiro de 2021. Dessa forma, o jogador fica no clube para disputa a Copinha do próximo ano.

De acordo com o contrato, o Flamengo tem a opção de comprar uma parte dos direitos econômicos de Max. Com isso, o clube poderá ficar em definitivo com o jogador ao final do período de empréstimo. Segundo informações obtidas pela reportagem, o acordo prevê um investimento de R$ 800 mil por 40% do passe do atleta. O restante dos direitos do atleta, inclusive, estão vinculados a um grupo de empresários mineiros.

Pelo Galo Carijó, o camisa 10 e capitão do time chegou até a terceira fase da Copinha. Apesar do vínculo durante o torneio, a ligação do jogador com o Tupi foi encerrada imediatamente após o tradicional torneio. Com isso, o clube mineiro não vai receber nenhuma compensação financeira pela transação.

Max vinha treinando com o elenco Sub-20 no Centro de Treinamentos George Helal desde o final da Copinha. Nesse ínterim, ele fez exames médicos e testes físicos enquanto seus representantes alinhavam os detalhes contratuais com o Flamengo. O jogador foi regularizado nesta terça-feira (28) na Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ). Com isso, o nome do atleta já foi publicado no Boletim Informativo de Registro de Atletas (BIRA) da entidade.

Dessa forma, Max está a disposição da comissão técnica visando a preparação para Copa Libertadores da América Sub-20. O torneio continental será disputado em fevereiro no Paraguai. Nesse ínterim, o mineiro terá condições de mostrar sua qualidade em campo para brigar por uma vaga no grupo que busca o título inédito do torneio.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Educação

Data: 29/01/2020

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/01/29/matriculas-para-aprovados-no-pism-2020-comecam-nesta-quinta-feira-em-juiz-de-fora.ghtml

Título: “Matrículas para aprovados no Pism 2020 começam nesta quinta-feira em Juiz de Fora”

Estudantes devem realizar inscrição presencialmente no anfiteatro do Instituto de Ciências Humanas (ICH).

Começa nesta quinta-feira (30) o período de matrículas presenciais em Juiz de Fora para candidatos aprovados pelo Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) edição 2020 da UFJF.

Os horários e datas das matrículas são definidos conforme o curso escolhido pelo candidato.

As matrículas ocorrem no anfiteatro do Instituto de Ciências Humanas (ICH).

As informações estão disponíveis no página da Coordenadoria de Assuntos e Registros Acadêmicos (Cdara) dentro do site da UFJF.

Lá também podem ser visualizados os modelos de declaração que devem ser impressos, preenchidos e entregues junto com a lista de documentos exigidos no ato da matrícula.

Os candidatos aprovados para o campus da UFJF em Governador Valadares devem se inscrever a partir da segunda-feira (3) no prédio da Faculdade Pitágoras, na Avenida Dr. Raimundo Monteiro Rezende, nº 330, no município de Governador Valadares.

A UFJF recomenda que os candidatos que ainda não foram convocados fiquem atentos aos editais de reclassificação publicados no site da instituição, sempre que há abertura de novas oportunidades.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Educação

Data: 28/01/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/28-01-2020/matricula-presencial-dos-aprovados-no-pism-comeca-nesta-quinta.html

Título: “Matrícula presencial dos aprovados no Pism começa nesta quinta”

No campus de Governador Valadares , a matrícula presencial acontece nos dias 3 e 4 de fevereiro

Começam, nesta quinta-feira (30), as matrículas presenciais dos candidatos aprovados no módulo III do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). As matrículas se estendem até a próxima sexta-feira (31), no campus de Juiz de Fora. Em Governador Valadares, as datas são 3 e 4 de fevereiro. O cronograma com os horários para matrícula de cada curso está disponível na página da Coordenadoria de Assuntos e Registros Acadêmicos (Cdara), onde também está a lista da documentação necessária para a matrícula. Os documentos exigidos variam de acordo com o grupo de vagas do candidato

As matrículas começam às 8h e vão até as 16h, divididas por cursos. Em Juiz de Fora, o procedimento é realizado no Instituto de Ciências Humanas (ICH). Os primeiros candidatos que precisarão ir até o local, nesta quinta, são os aprovados em bacharelado interdisciplinar em Administração, Arquitetura, Bacharelado.

Interdisciplinar em Ciências Humanas, Psicologia, Rádio, TV e Internet e Serviço Social. Em Governador Valadares, os candidatos devem comparecer ao prédio da Faculdade Pitágoras, na Avenida Dr. Raimundo Monteiro Rezende 330. Das 8h às 11h, é a vez dos alunos dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Educação Física. A lista completa dos cursos e seus respectivos horários estão disponíveis na página do Cdara.

Documentos obrigatórios

O aluno deve ficar atento à listagem de documentos exigidos para que a matrícula seja deferida, como o Formulário de Informações Socioeconômicas; declaração de pensão alimentícia; declarações financeiras, entre outros. A documentação varia de acordo com a escolha do grupo de acesso em que o estudante realizou a inscrição. A UFJF orienta que os candidatos são orientados a conferir todos os documentos para evitar que a matrícula não seja efetivada.

Possibilidade de ingresso

Aqueles que não estão inclusos na lista de aprovados devem ainda ficar atentos aos editais de reclassificação, que são disponibilizados de acordo com a desistência das vagas, em virtude das respostas da aprovação. Tais vagas são ofertadas a outros alunos por meio dos editais. O primeiro edital de reclassificação será publicado ao meio-dia do dia 12 de fevereiro.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Social

Data: 29/01/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/29-01-2020/igor-peixoto-assad-eugenio-e-cristiane-martins-clicados-em-noite-social.html

Título: “Igor Peixoto Assad, Eugênio e Cristiane Martins clicados em noite social”

Toque

“Só são verdadeiramente felizes aqueles que procuram ser úteis aos outros”

Albert Schweitzer

Voo Livre

O cantor Natan Santos vai homenagear Milton Nascimento, com show amanhã, na Arteria.

Fernanda Lima Guerson de Medeiros, Luís Mauro Milhomens, Raquell Guimarães, Lelei Faini, Roberta Chang, Maura Cruz, Ingrid Og Duayer, Mônica Campolina, Roberta Schincariol, Marcelo de Sousa Magalhães, Carolina Infante e o promotor Cleverson Sbarzi Guedes comemoram ‘niver’ hoje.

Sexta e sábado, no Teatro Paschoal Carlos Magno, Marcelo Bonfante apresenta a comédia “Um parafuso a menos”.

O professor Jorge Perrout coordena o 1º Festival de Atletismo da UFJF, agendado para 8 de fevereiro em parceria com a Federação Mineira de Atletismo.

Wagno Gaudio vai assinar a programação visual do Espaço Folia, que começa, sábado, no estacionamento do Independência Shopping.

O músico Marcio Guelber coordena oficina de sanfona, hoje, no Espaço Contemporão.

Luciane Ribeiro vai levar um numeroso grupo da Butterfly para o super ensaio da Mangueira, dia 8 de fevereiro.

A foto de Victor Souza Gomes e Paula Fermo, publicada ontem, foi feita no Beer Garden e não na Bravo Beer.

Ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci faz palestra sobre o tema “Juiz de Fora, que o povo quer”. Logo mais, no Hotel Serrano.

Dar esmola na rua é auxiliar a vadiagem. Ajude e visite a Obra Social Santa Edwiges (3225-8988).

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Veículo: G1 Blog da Amélia Gonzalez

Editoria: Opinião

Data: 29/01/2020

Link: https://g1.globo.com/natureza/blog/amelia-gonzalez/post/2020/01/29/indigenas-podem-ajudar-a-construir-as-mudancas-necessarias-na-civilizacao.ghtml

Título: “Indígenas podem ajudar a construir as mudanças necessárias na civilização”

Hoje de manhã pensei duas vezes antes de fazer o café com a água do filtro. Será que já dá para não ficar doente? Continuo bebendo água mineral, embora os seis dias de tratamento com carvão ativado tenham melhorado a coloração do líquido lá em Guandu, como mostra a reportagem do G1. De qualquer maneira, é um desconforto, um gasto de dinheiro que ninguém contava e, para as classes que vivem com um salário mínimo, um medo diário de contrair virose ou coisa mais séria que impeça, inclusive, de trabalhar.

Não está mesmo fácil viver como “civilizados”. E assim, como não podia deixar de ser, a declaração do presidente Jair Bolsonaro de que os índios, cada vez mais, são “seres humanos como nós” soa, no mínimo, anacrônico. Será mesmo que pessoas que têm à disposição, na floresta, água pura e alimentos sem agrotóxicos, anseiam pela vida urbana?

Parte desta resposta está na entrevista concedida ao jornal britânico “The Guardian” por Tuntiak Katan, indígena do povo equador Shuar, que é vice-presidente da Coordenador das Organizações Indígenas da Bacia do Rio Amazonas (Coica) e foi o primeiro indígena a ser convidado para uma reunião de cúpula da ONU que trata de questões climáticas no ano passado. A fala de Katan contradiz claramente o que é dito por Bolsonaro. Diferentemente do que pensa o presidente da República, os indígenas podem ser, isto sim, conselheiros para lidar com a necessidade de preservar solos, rios e florestas.

“Somos os defensores da natureza, da vida das florestas, de nossos territórios. O mundo está investindo muito dinheiro para implementar políticas públicas de combate às mudanças climáticas, ajudar na conservação e restauração. Mas essas políticas são feitas nos escritórios por especialistas técnicos com pouco ou nenhum conhecimento da Terra”, disse ele.

Katan disse ainda que gostaria de ter ido ao Fórum Econômico Mundial, que aconteceu de 21 a 23 de janeiro na cidade suíça de Davos. Comenta que está em contato com os povos da floresta da Indonésia, país que tem dado pouca importância também aos conselhos dos indígenas. E faz um alerta:

“Se as propostas, conhecimentos e práticas de gestão dos povos indígenas não forem ouvidos, haverá mais grandes catástrofes. A questão dos incêndios na Amazônia continuará, a degradação das florestas e da água continuará, o desmatamento continuará”.

Apesar do tom catastrófico, não é difícil concordar com o que diz Katan. Há muito que especialistas têm se debruçado e pesquisado sobre novas perspectivas que permitam endereçar as mudanças de paradigma necessárias para dar à humanidade mais qualidade de vida. Enquanto isso, os indígenas vêm mostrando seu protagonismo na preservação das florestas, solos e rios, como se vê, por exemplo, no novo estudo divulgado pelo Centro de Pesquisa Woods Hole, em Falmouth, Massachusetts. Pesquisadores descobriram que entre 2003 e 2016, 90% das emissões de carbono na Amazônia vieram de terras não indígenas.

“Evidências crescentes apontam para povos indígenas e comunidades locais como amortecedores contra as emissões de carbono em larga escala em uma rede de nove países de territórios indígenas e áreas naturais protegidas. Usando dados publicados sobre mudanças na densidade de carbono acima do solo e cobertura florestal, rastreamos ganhos e perdas na densidade de carbono da conversão e degradação / perturbação da floresta. Descobrimos que as terras indígenas e as áreas naturais protegidas armazenaram mais da metade (58%) do carbono da região em 2016, mas foram responsáveis por apenas 10% da variação líquida”, diz o texto do estudo.

Não é difícil entender porque, para os povos do Xingu, uma região brasileira significativa – são vinte terras indígenas, dez unidades de conservação contínuas distribuídas em 27 milhões de hectares e que corresponde a 50% da Bacia do Xingu como um todo – o termo “Parque do Xingu” já não faz mais sentido. Na publicação “Xingu, Histórias dos Produtos da Floresta”, editada pelo Instituto Socioambiental (ISA), André Villas-Bôas conta que este foi um projeto geopolítico do qual os povos indígenas pouco participaram da sua criação, em 1961.

“Para os xinguanos atuais, o termo ‘Parque’ já não faz mais sentido. Entendem como algo que se refere a um espaço de visitação exótico e não a um território étnico. Querem que seu território seja denominado Terra Indígena Xingu – TIX. Enxergam-se e posicionam-se como protagonistas principais das decisões que regerão seu futuro”, escreve o secretário-executivo do ISA.

Como se vê, há povos indígenas que estão muito distantes da ideia preconizada pelo presidente Bolsonaro, de que estariam melhor se fossem “civilizados”. Penso nisto sempre quando caminho pelas ruas do Centro da cidade do Rio de Janeiro, segundo maior PIB do país, e vejo filas de colchões que acolhem famílias inteiras sem teto espalhadas pelas ruas. São pessoas excluídas pelo mercado. Será razoável imaginar que este mesmo mercado vai incluir os indígenas “civilizados?”

Neste fim de semana que passou, fiz contato com o livro “Ideias para adiar o fim do mundo”, escrito pelo indígena Aylton Krenak (Ed. Companhia das Letras). Ele é uma das lideranças indígenas da tribo dos Krenak e vive com mais 130 famílias às margens do Rio Doce, em Minas Gerais. Em entrevista ao jornal baiano ‘Correio”, Krenak fala sobre a questão da água no Rio de Janeiro – “Se uma cidade do tamanho do Rio chegou a ponto de colapsar a distribuição de água para consumo doméstico, imagine outros lugares que não são tão vitrine como o Rio de Janeiro”? – e comenta sobre a civilização moderna.

“A modernidade é fascinante, ela é como um veneno. Muitos valores que temos, que achamos fundamentais para a humanidade foram criados e foram incutidos na nossa cultura, na nossa mentalidade. Não no sentido individual, mas no sentido de massa, de grandes contingentes. Uma delas é que todos nós temos o direito de consumir. Isso é uma mentira”, disse Krenak à repórter Fernanda Santana.

Como sugere o título de seu livro, Krenak, que é professor e Doutor Honoris Causa da Universidade Federal de Juiz de Fora, consegue enxergar saídas. Fomos convertidos a uma ideia de humanidade, diz ele, mas é preciso revê-la:

“Até no começo do século 20, o mundo do trabalho e da produção era feito com ferramentas e meios que não tinham a potência de exaurir recurso da terra como temos hoje. Desse tempo para cá, sobraram poucas humanidades espalhadas pelo planeta nessas condições de quase humanos. Eles não estão engajados no consumo planetário, não se tornaram consumidores no sentido clientela, eventualmente eles consomem alguma coisa desse mundo industrial, mas não são dependentes disso para continuar existindo. Essa gente é o remédio da Terra”.

É apenas um entendimento de que as coisas se alternam, diz Krenak. E, já que já um desconforto “atravessando as rotinas das pessoas”, está na hora de mexer, provocar mudanças na civilização. E de ouvir aqueles que podem ajudar a construir essas mudanças de forma a garantir saúde para todos.

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Veículo: Green Me

Editoria: Social

Data: 29/01/2020

Link: https://www.greenme.com.br/viver/costume-e-sociedade/40983-29-de-janeiro-dia-nacional-da-visibilidade-trans-todos-nos-somos-singulares/

Título: “29 de janeiro: Dia Nacional da Visibilidade Trans. Todos nós somos singulares”

29 de janeiro é uma data que marca a luta por direitos e cidadania: é o Dia Nacional da Visibilidade de Travestis e Transexuais (conhecido como Dia da Visibilidade Trans).

É fundamental celebrar o Dia da Visibilidade Trans, uma vez que o Brasil é um dos países onde as pessoas trans mais são vítimas de violência, incluindo assassinatos.

Transfobia

De 2008 a 2016, o Brasil liderou o número de assassinatos relacionadas à transfobia no mundo, de acordo com um relatório publicado pela ONG Transgender Europe (TGEu), em novembro de 2016, conforme informado pelo Correio Braziliense.

Dados divulgados pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) mostraram que os assassinatos de trans e travestis caíram 24,5% no ano de 2019 em relação a 2018, de acordo com informações do portal Guia Gay São Paulo. Mas o Brasil ainda lidera o ranking mundial de assassinatos contra pessoas trans. De acordo com um dossiê da Antra feito em parceria com o Instituto Brasileiro Trans de Educação (IBTE), 124 transexuais foram assassinados, em 2019, no Brasil, informa o UOL.

Apesar dessa queda, o Movimento LGBTQI+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transgêneros,Transexuais, Queers e Intersexuais) e toda a sociedade brasileira precisam lutar para garantir o respeito às diferenças e às vidas das pessoas trans, visto que, no rol das identidades LGBTQI+, são elas que carregam mais estigma e preconceito, o que tem relação direta com a violência e discriminação de que são vítimas.

Considerando a importância da data, é preciso debater a situação das pessoas trans no Brasil, visto ser uma parcela da população que ainda precisa reivindicar uma série de direitos fundamentais, como o direito à vida, dentre outros, como: segurança, educação, trabalho e igualdade.

As pessoas trans vivem em situação de extrema vulnerabilidade no país, o que fica evidente quando se mapeia a ausência de políticas públicas destinadas para elas nos municípios brasileiros.

Uma das principais demandas de saúde atuais da população trans diz respeito ao acesso ao processo transexualizador no Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, é preciso esclarecer que nem todas as pessoas trans desejam passar por cirurgias ou procedimentos hormonais para a transformação do corpo.

Identidade de Gênero

Um ponto a se comemorar é o reconhecimento do nome social das pessoas trans, embora haja muita resistência da sociedade em aceitá-lo, inclusive, por parte de agentes públicos, o que demonstra uma atitude preconceituosa pela via da deslegitimação. O projeto de lei João W. Nery, conhecido como a Lei de Identidade de Gênero (PL 5002/2013), foi proposto pelo então deputado federal Jean Wyllys e estabelece a mudança do prenome e do gênero a pedido de qualquer pessoa que se identifica como trans, sem necessitar de cirurgia, uso de hormônios, advogado ou laudo psiquiátrico. Todavia, hoje esse PL encontra-se arquivado pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.

Dentro da luta LGBTQI+ é preciso destacar a maior vulnerabilidade das trans negras e periféricas, que vivem em uma situação de marginalidade diferente de uma trans branca de classe média, como ressalta o professor da Faculdade de Serviço Social da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Marco José de Oliveira Duarte. Ele destaca que:

“Isso também é pouco discutido dentro dos campos da militância e da academia. Do mesmo modo, essa diferenciação não é debatida no campo da política pública e da cidadania. Quando falamos de interseccionalidade, estamos tocando numa ferida, cria-se um mal-estar. Não é que eu esteja hierarquizando as opressões, mas o corpo é um corpo marcado por vários marcadores. Então, isso entra em questão também quando estamos falando de transexualidade”.

O ativismo LGBTQI+ é constante, porque a luta principal das pessoas trans está relacionada ao direito básico à vida. De acordo com o grupo carioca Transrevolução, a expectativa média de vida de uma travesti ou transexual, no Brasil, é de 30 anos – enquanto a expectativa de vida da população média é 74,6 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além dessa questão fundamental, elas têm que encarar a dificuldade de encontrar um trabalho formal: cerca de 90% das travestis e transexuais vivem na informalidade e sem acesso a direitos trabalhistas e à seguridade social. Muitas acabam recorrendo à prostituição, por lhes serem negadas oportunidades de trabalho, informa o site da Anistia Internacional.

Todos nós somos singulares

Muitas pessoas se assustam com o diferente. Entretanto, todos nós somos singulares. Além de ser fundamental o respeito às pessoas trans, é preciso que reforcemos a luta delas aos diretos fundamentais que nós já alcançamos.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Educação

Data: 29/01/2020

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/01/29/ufjf-ufv-e-ufsj-confirmam-inicio-de-matriculas-apos-stj-liberar-resultados-do-sisu-2020.ghtml

Título: “UFJF, UFV e UFSJ confirmam início de matrículas após o STJ liberar resultados do Sisu 2020”

Universidades federais da Zona da Mata e Campo das Vertentes permanecem com o calendário inalterado.

Após a liberação dos resultados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2020 pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), as universidades federais de Viçosa, Juiz de Fora e São João del Rei (UFV, UFJF e UFSJ) confirmaram que as datas das matrículas presenciais começam a partir desta sexta-feira (31). Segundo as instituições não haverá alterações nos calendários acadêmicos.

Na última semana, uma decisão judicial determinou a suspensão do Sisu por conta de erros gráficos, o que impediu que os resultados fossem divulgados.

Veja abaixo as datas e calendários das três instituições federais e relembre o impasse envolvendo o Enem 2019.

UFJF

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) afirmou, nesta quarta-feira (29), que o calendário acadêmico está mantido, conforme orientação do Ministério da Educação (MEC).

O resultado dos candidatos selecionados na chamada regular do Sisu foi divulgado nesta terça-feira (28) e a matrícula presencial ocorre entre os dias 13 e 14 de fevereiro.

Entretanto, é necessário fazer a pré-matrícula online, que inicia nesta sexta-feira (31) e encerra na terça-feira (4). O link ainda será disponibilizado pela instituição.

O prazo para participar da lista de espera da UFJF começa nesta quarta-feira (29) e vai até terça (4). A convocação dos candidatos em lista de espera ocorre no período de 7 de fevereiro até 30 de abril.

As informações sobre os cursos e sobre a universidade podem ser encontradas no site da instituição.

UFSJ

A Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ) também iniciou o período de pré-matrícula online nesta quarta-feira (29) e segue até terça-feira (4). A entrega ou envio das documentações dos candidatos aprovados na chamada regular do Sisu deve ser feita até a próxima quarta-feira (5).

O período de inscrição para a lista de espera também segue até terça-feira e a divulgação desta lista ocorre no dia 7 de fevereiro. As chamadas serão a partir do dia 10 de fevereiro.

Os locais para entrega da documentação são nos Setores de Atendimento da Divisão de Controle Acadêmico (Dicon) dos campi fora de sede, conforme local de funcionamento do curso. Em São João del Rei, o local é no Campus Santo Antônio, sala 2.02.

Em caso de dúvidas sobre matrículas, os candidatos devem contatar a Dicon pelo e-mail dicon@ufsj.edu.br ou pelo telefone (32) 3379-5459, das 8h às 14h.

Para mais informações sobre o processo seletivo do Sisu, o setor responsável é a Comissão Permanente de Vestibular (Copeve): copeve@ufsj.edu.br e (32) 3379-5467/5468, também de 8h às 14h.

No site da UFSJ, há uma lista de documentos necessários para matricula, datas das chamadas regulares e informações sobre os cursos.

UFV

Na Universidade Federal de Viçosa, a matrícula dos aprovados em primeira chamada do Sisu começa nesta sexta-feira (31) para os campi Viçosa e Florestal. No campus Rio Paranaíba, ocorre de segunda (3) a terça-feira (4).

O candidato deve efetuar a matrícula no campus da UFV que escolheu – Viçosa, Florestal e Rio Paranaíba – nos dias e horários programados para cada grupo de cursos.

A Pró-Reitoria de Ensino informou que, devido às questões judiciais para liberação do resultado do Sisu, como também eventuais transtornos decorrentes das fortes chuvas que acometeram a região Sudeste e, particularmente a microrregião de Viçosa, excepcionalmente, os ingressantes que comprovarem dificuldades de deslocamento poderão ter o prazo para realização de matrícula estendido até terça-feira (4).

O prazo para participar da lista de espera inicia nesta quarta-feira (29) e vai até terça (4). Só poderá participar desta lista quem não foi selecionado em nenhuma das duas opções na chamada regular. Na lista de espera, o candidato poderá escolher apenas uma das opções de vagas definidas na fase de inscrição.

A UFV começará a convocar os candidatos que compõem a lista no dia 7 de fevereiro, na segunda chamada para matrícula. Os nomes serão publicados no site e, junto com a divulgação dessa chamada, os candidatos que constam na lista de espera e que ainda não tiverem sido convocados deverão manifestar interesse em permanecer nela.

Enem 2019

No dia 18 de janeiro, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que foram encontradas “inconsistências na contabilização e correção da segunda prova do Enem do ano passado”, referindo-se ao Enem 2019. Segundo Weintraub, o erro atingiu “alguma coisa como 0,1%” dos candidatos que prestaram o exame.

A gráfica responsável pela impressão das provas, segundo o ministério, descasou, em alguns casos, o cartão de respostas com o tipo da prova a que o documento deveria corresponder. O MEC informou que os alunos afetados já tiveram as provas corrigidas corretamente.

Por causa da falha, a Justiça mandou suspender a divulgação do resultado do Sisu, sistema em que o estudante concorre a vagas em universidades públicas com a nota do Enem.

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Veículo: Brasil 247

Editoria: Meio ambiente

Data: 29/01/2020

Link: https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/com-chuvas-rejeitos-da-vale-vao-em-direcao-ao-sao-francisco

Título: “Com chuvas, rejeitos da Vale vão em direção ao São Francisco”

Passado um ano do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, o cenário é de caos em Minas Gerais. Com as fortes chuvas de 250 milímetros que atingiram a região central do estado nos últimos dias, o nível do Rio Paraopeba subiu mais de oito metros

Do Brasil de Fato – Passado um ano do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, o cenário é de caos em Minas Gerais. Com as fortes chuvas de 250 milímetros que atingiram a região central do estado nos últimos dias, o nível do Rio Paraopeba subiu mais de oito metros.

Após um ano, os rejeitos da barragem da Vale ainda permanecem no leito do rio. O resultado do alto volume de chuvas e do assoreamento do leito foi o transbordamento do Paraopeba.

Enchentes obrigam o contato com rejeitos

Diversas comunidades ao longo da bacia do Paraopeba estão enfrentando inundações. É o caso de Colônia Santa Izabel, em Betim, na Região Metropolitana da capital. Às vésperas do aniversário do crime da Vale em Brumadinho, centenas de moradores tiveram que ser retirados de suas casas pelo risco de enchente. À época, seu Sebastião Adão, de 76 anos, relatou a nossa reportagem a situação. “É um grande absurdo o que eles fizeram com a gente. Porque se a gente pegar uma contaminação ela vai vir cuidar da gente? Não vai, né. Nós estamos com medo é de doenças de pele aparecerem mais tarde”, questionou.

Por causa da situação, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) afirmou que está acionando o Ministério Público e o Judiciário para que a Vale garanta ações emergenciais, como o fornecimento de água para a população, a retirada das comunidades que estão em contato com a água contaminada e novas indenizações para as famílias que agora estão sendo atingidas. Para Joceli Andreoli, da coordenação do MAB, é preciso ressaltar que a situação não é apenas um fenômeno da natureza. “Não é uma enchente. É metal pesado, é lixo tóxico sendo jogado nas laterais do rio, entrando nas casas”. “A empresa teve um ano para resolver a questão e não resolveu. Esse momento de chuvas, inundações e transbordamento pode ser o mais crítico de contaminação, tanto no Paraopeba quanto no Rio Doce”, critica.

Cabe ressaltar que todos que puderem devem evitar o contato com a água de rejeitos, já que estudos realizados pela Universidade de São Paulo comprovaram que o contato com este material causa intoxicação. As comunidades são orientadas, ainda, a fotografarem a situação de seus imóveis para comprovar o impacto causado.

Rio São Francisco agora abriga rejeitos

No dia que o crime da Vale em Brumadinho completou um ano, 25 de janeiro de 2020, a Usina Hidrelétrica de Retiro Baixo, que fica entre os municípios de Curvelo e Pompeu, abriu suas comportas para evitar um transbordamento. O local retinha, desde o ano passado, os rejeitos do rompimento. Com isso, o material foi para a Usina de Três Marias, onde o Paraopeba encontra o São Francisco.

Para se ter dimensão do impacto que o deslocamento destes rejeitos podem causar, o lago da represa conhecido como “Mar de Minas”, comporta 21 bilhões de metros cúbicos de água e tem uma extensão de 1.040 quilômetros quadrados de superfície.

á a bacia do Rio São Francisco possui uma extensão de quase 640 mil quilômetros quadrados, entre Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. De acordo com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) a bacia abrange 505 municípios, onde vivem 18 milhões de brasileiros.

Anivaldo Miranda, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco afirma que ainda não há como saber qual foi o impacto causado ao rio, mas a entidade pretende começar um levantamento para avaliar essas consequências. “Não há dúvida  que isso suscita preocupação pelo teor das substâncias que essa água carrega. Por isso nós vamos fazer um levantamento próprio para saber como isso impactou o Rio São Francisco”, esclarece.

Lençol freático contaminado

Apesar da contaminação do rio Paraopeba, o lençol freático da região permanecia intacto à contaminação. No entanto, com o transbordamento do leito, a situação pode ter sido alterada. O impacto para o abastecimento na região e também para o consumo e venda de peixes pode ser imensurável. Como denuncia Winston Caetano de Souza, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Paraopeba. “Vários poços artesianos, inclusive que a Vale tinha construído aqui da região, foram entupidos com a inundação. A gente não sabe ainda o grau de contaminação dessas águas agora”. “Pode ter contaminado todo o lençol freático de toda região do baixo Paraopebas; Pompéu, Papagaios…”, alerta.

Ele denuncia ainda que o Comitê sequer foi informado sobre a abertura das comportas da UHE de Retiro Baixo.

“Fica todo mundo refém da Vale, o poder político e financeiro dela cala todo mundo, inclusive o próprio Estado.” critica. Nossa reportagem entrou em contato com a empresa Retiro Baixo Energético S/A, que é responsável pela usina, para saber como foi realizado o procedimento de abertura das comportas e se as comunidades foram previamente alertadas sobre o ocorrido. No entanto, até o fechamento desta reportagem não obtivemos nenhum retorno da empresa.

Na bacia do Rio Doce situação também é grave

Desde o último domingo (26) dezenas de municípios da região leste do estado – abrangida pela Bacia do Rio Doce, estão em situação de emergência por causa das enchentes. Em Governador Valadares, até esta terça-feira (28) 15 mil pessoas estavam desalojadas e 292 desabrigadas. Por causa da situação o prefeito de Governador Valadares André Merlo (PSDB), abriu uma investigação para apurar a relação entre o rompimento da barragem da Vale em 2015 e as inundações enfrentadas pelo município.

O Professor do Departamento de Geociências da Universidade Federal de Juiz de Fora, Miguel Fernandes Felippe explica que de fato os acontecimentos podem ter relação. “Os rejeitos fazem uma espécie de tapete na calha do rio, por isso a mesma quantidade de chuvas de outras épocas numa calha diminuída faz com que a água suba mais e gere transbordamento e inundações”.

Por causa do volume de água no Rio Doce a Usina Hidrelétrica de Aimorés também teve que abrir suas comportas. Na terça-feira o município se preparava para enfrentar uma inundação causada pelo procedimento. Novamente outras famílias foram obrigadas a entrar em contato com a água de rejeitos.

2Passado um ano do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, o cenário é de caos em Minas Gerais. Com as fortes chuvas de 250 milímetros que atingiram a região central do estado nos últimos dias, o nível do Rio Paraopeba subiu mais de oito metros.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Social

Data: 30/01/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/30-01-2020/367988.html

Título: “Cristina e Ronaldo Brandão em um concorrido almoço na região do Aeroporto”

A estrela sobe

Aniversariante desta quinta-feira, o jogador da Seleção Brasileira de Basquete Sub-16, Vítor Rocha Ibiapina, embarca, amanhã, para a Espanha, onde vai atuar no Estudiantes. Considerado um dos mais habilidosos da base, ele jogava pelo Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte. Vítor é filho de Valéria e Cássio Ibiapina e neto do médico e ex-professor da UFJF, José Dias Ibiapina, que jogou basquete no Sport Club, nos anos 1960.

Alimentação em foco

O documentário “Não contém glúten”, produzido pela estudante de rádio TV e internet da UFJF, Kethleen Formigon, estreia, sábado, no evento Rio sem Glúten.  Após a exibição, tem roda de conversa com as especialistas Suzane Boyadjian e Noadia Lobão.

Assessoria na CNBB

O padre Leonardo José de Souza Pinheiro assumiu a assessoria da Comissão Especial para a Causa dos Santos.  A designação é do presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo.

Dia de festa

Quem comemora ‘niver’ nesta quinta é Gustavo Mendes, o festejado humorista de Guarani.  Em fevereiro, ele estreia o show “Salve meu casamento”, no Teatro Miguel Falabella, no Rio.

Filho de peixe…

Recém-formado pela Suprema, Flávio Vieira Marques Filho (23 anos) foi aprovado em quarto lugar entre 210 candidatos que disputaram oito vagas para residência médica de neurologia, no Hospital Santa Marcelina, em São Paulo.

Para alegria dos pais, Márcia Cristina e Flávio Vieira Marques, também médico.

Antenado

Um observador detalhista do cotidiano anotou nove buracos no piso de pedras portuguesas do Calçadão da Halfeld, entre Batista de Oliveira e Rio Branco. Além de um poste, derrubado há tempos e ainda aguardando reposição.

Sucesso em Lisboa

Mais um artista juiz-forano faz sucesso em terras lusas.  Rafael Titonelly, que mescla mágica e humor, ganhou elogios de todos os jurados do programa “Got Talent Portugal”, uma das maiores atrações da RTP.

Em memória

Diretor da Biblioteca Hebraica de Juiz de Fora, Washington Londres coordena encontro, hoje, para recordar a data do Memorial das Vítimas do Holocausto. A atividade, sugerida pela ONU, celebra a memória de eslavos, ciganos, judeus, testemunhas de Jeová, presos políticos e homossexuais entre os milhares de mortos nos campos de concentração ao longo do regime nazista na Europa.

Pintinho de Ouro

Começa hoje (e vai se repetir nas próximas quintas-feiras até o carnaval), na Toca da Raposa, o “esquenta” do bloco Pintinho de Ouro.  Edmar Augusto e Ney Gerald embalam a noite.

Calendário 2020

Com fotos de Kempton Vianna e textos de Renato Lopes, será lançado hoje, no Spazio Design, o calendário 2020 do Jequitibá Rosa. Ministrado pela professora Luciana Lopes, o projeto promove cursos de artes para mulheres da Penitenciária José Edson Cavalieri, com apoio do Grupo Mulheres do Brasil.

Só irresponsáveis

Chega ao absurdo o volume de ‘fake news’ que são postadas sobre os mais diversos e delicados temas. Agora notícias falsas dão conta de que Bill Gates, co-fundador da Microsoft, é dono da patente do coronavirus, que já matou mais de cem pessoas na China e apavora o mundo inteiro.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Educação

Data: 30/01/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/30-01-2020/curso-popular-da-pjf-garante-22-aprovados-na-ufjf.html

Título: “Curso popular da PJF garante 22 aprovados na UFJF”

Jheniffer de Oliveira, uma das aprovadas, tirou 960 na redação do Enem

Mesmo com o foco no Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), a estudante Jheniffer de Oliveira, 17 anos, fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e alcançou 960 pontos na redação. Ela é um dos 22 alunos do Curso Preparatório para Concursos (CPC), da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), que já obtiveram aprovação em diferentes cursos da UFJF.

Apesar de ter se dedicado aos estudos desde o primeiro ano do ensino médio, Jheniffer acredita que o CPC fez diferença em sua preparação. “O que eu fiz foi aplicar os conhecimentos que eu tinha do estudo do Pism na redação. Estudar para todas as outras matérias me ajudou muito, além de participar das aulas de redação e das oficinas extras que o CPC oferecia”, conta a estudante. Foi com um dos conteúdos trabalhados nas disciplinas de História e Geografia que ela fundamentou seus argumentos para escrever a dissertação sobre a democratização do acesso ao cinema. “Estudamos sobre o acesso e a democratização de outros aspectos sociais. Eu apliquei o conhecimento sobre o processo de urbanização desordenada, como a falta de acesso à mobilidade afeta a democratização do cinema e usei uma citação do filósofo Hegel.”

Na avaliação de Jheniffer, o tema tem muita pertinência dentro do momento que vivemos. “Sempre deixamos a cultura de lado. Mas as artes, no geral, como o cinema, a música e as artes plásticas afetam diretamente a nossa construção. Os nossos preconceitos, as nossas vivências, tocam diretamente nessas manifestações.” Como proposta de intervenção, a jovem sugeriu a melhoria da mobilidade urbana, de modo a tornar o cinema mais acessível a toda a população. “Todos os cinemas da cidade ficam dentro de shoppings. Chegar lá ainda é um problema para muita gente. Então eu sugeri facilitar a chegada pelo transporte e também investir em eventos sociais, porque, muitas vezes, garantir a meia entrada não é suficiente.”

Ter a arte presente no tempo livre também foi importante para a discente, que participava de um projeto da Escola Estadual Francisco Bernardino, na qual estudou durante o ensino médio. “Fazia parte da oficina de artes, o Atelier aberto, onde eu esfriava a cabeça, especialmente no terceiro ano, que acumulava mais responsabilidades. A arte me deu espaço para respirar, para entender o que eu gosto e me conhecer melhor.” Entre as formas de arte, a que ela mais praticou foi o desenho, em especial, o grafite.

Jheniffer se prepara para começar a cursar Arquitetura e Urbanismo na UFJF no segundo semestre. Segundo a caloura, é a primeira pessoa da família dela a chegar a uma universidade federal. “Muita gente ainda não se reconhece na universidade. É importante mostrar que as pessoas, assim como eu, podem chegar lá, porque esse lugar também é nosso. Eu aconselho a todos a aproveitarem todas as oportunidades que surgirem e a procurarem cursos populares como o CPC e o Garra da UFJF, usando todos os recursos que eles disponibilizarem.”

Aprovações

Além de Jheniffer, os últimos resultados do CPC incluem as aprovações de Elisiele Eduarda da Silva, 18 anos, primeira colocada no curso de Rádio, TV e Internet; Laura Lamego Santos, primeiro lugar no curso de Serviço Social; e de Meir de Jesus Gomes, 17 anos. Outros 18 estudantes do CPC conseguiram aprovação na UFJF. Ao todo, são 27, e alguns deles ainda aguardam os resultados. “Estamos muito felizes, porque esses meninos mudam a vida deles e o entorno. Temos cinco primeiros lugares até agora. É importante marcar que mesmo sendo popular, o curso tem qualidade e eles podem competir igualmente com os outros. Esse resultado é excelente”, avalia a coordenadora do CPC, Jaqueline Trovato.

As inscrições para os cursos do CPC em 2020 serão realizadas entre 3 e 7 de fevereiro, das 8h às 11h30 ou das 14h às 17h30, na sede do curso, na Rua Marechal Deodoro 230, terceiro andar. Quem é cadastrado no Bolsa Família ou no Benefício de Prestação Continuada (BPC) tem direito à isenção da taxa. Não há mensalidade.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esporte

Data: 30/01/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/tonojogo/30-01-2020/jf-na-gavea.html

Título: “JF na Gávea”

Entre segunda e terça-feira, uma das matérias mais lidas no site da Tribuna foi a confirmação da contratação do jovem Max, meia juiz-forano que foi destaque no bom time do Tupi na Copinha, pelo Flamengo. Garoto de 18 anos, cria do projeto de futebol da UFJF e morador do Bairro Dom Bosco, um dos mais carentes da cidade.

Pela tragédia causada no Ninho do Urubu, que completa um ano no dia 8 de fevereiro, mesmo eu, rubro-negra assumida, ainda sinto uma enorme dívida do clube carioca com as famílias – que dinheiro nenhum paga -, pela irresponsabilidade de deixar que dez meninos fossem vitimados da forma tão estúpida como foram. Por mais que a instituição viva em “outro patamar”, principalmente com sua equipe principal, essa imagem será difícil de reverter.

Mas a contratação do jovem Max é uma notícia muito agradável, principalmente para nós juiz-foranos. Não por estar no Flamengo – podia ser Vasco, Botafogo, Fluminense, Cruzeiro e tantos outros -, mas por sua nova fase profissional oferecer-lhe perspectivas. Não só visando as cifras que um dia possa acumular, pela fama que talvez conquiste, mas por um conjunto de fatores que o futebol pode ofertar a um menino que, às vezes, sem o esporte, poderia transitar por outros meios.

Se o meia vai vingar, só o tempo dirá – incluindo trabalho forte da parte dele, disciplina e foco. Mas saber que um projeto de base pode mudar a vida de um menino é inspirador, para ele, para nós e para outros garotinhos que correm atrás de uma bola, com os pés descalços, esfolados, nos altos e baixos de bairros como o Dom Bosco.

Quem sabe um dia, se tudo der certo, Max não possa seguir caminho parecido com o de Wesley Moraes, hoje no inglês Aston Villa – já até convocado para a seleção de Tite, de Danilo, também seleção, atualmente na Juventus da Itália, e de outros boleiros da região.

Como escrevi acima, só dando tempo ao tempo para saber como será o futuro do talento juiz-forano, agora integrante do time da Gávea. Mas a minha torcida, independentemente de clube, é para que o garoto arrebente. E que sua perspectiva profissional e pessoal seja a melhor possível.

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Veículo: Diário do Centro do Mundo

Editoria: Meio ambiente

Data: 29/01/2020

Link: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/com-chuvas-rio-sao-francisco-e-lencol-freatico-do-paraopeba-podem-estar-contaminados-por-amelia-gomes/

Título: “Com chuvas, Rio São Francisco e lençol freático do Paraopeba podem estar contaminados. Por Amélia Gomes”

Passado um ano do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, o cenário é de caos em Minas Gerais. Com as fortes chuvas de 250 milímetros que atingiram a região central do estado nos últimos dias, o nível do Rio Paraopeba subiu mais de oito metros.

Após um ano, os rejeitos da barragem da Vale ainda permanecem no leito do rio. O resultado do alto volume de chuvas e do assoreamento do leito foi o transbordamento do Paraopeba.

Enchentes obrigam o contato com rejeitos

Diversas comunidades ao longo da bacia do Paraopeba estão enfrentando inundações. É o caso de Colônia Santa Izabel, em Betim, na Região Metropolitana da capital. Às vésperas do aniversário do crime da Vale em Brumadinho, centenas de moradores tiveram que ser retirados de suas casas pelo risco de enchente. À época, seu Sebastião Adão, de 76 anos, relatou a nossa reportagem a situação. “É um grande absurdo o que eles fizeram com a gente. Porque se a gente pegar uma contaminação ela vai vir cuidar da gente? Não vai, né. Nós estamos com medo é de doenças de pele aparecerem mais tarde”, questionou.

Por causa da situação, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) afirmou que está acionando o Ministério Público e o Judiciário para que a Vale garanta ações emergenciais, como o fornecimento de água para a população, a retirada das comunidades que estão em contato com a água contaminada e novas indenizações para as famílias que agora estão sendo atingidas. Para Joceli Andreoli, da coordenação do MAB, é preciso ressaltar que a situação não é apenas um fenômeno da natureza. “Não é uma enchente. É metal pesado, é lixo tóxico sendo jogado nas laterais do rio, entrando nas casas”. “A empresa teve um ano para resolver a questão e não resolveu. Esse momento de chuvas, inundações e transbordamento pode ser o mais crítico de contaminação, tanto no Paraopeba quanto no Rio Doce”, critica.

Cabe ressaltar que todos que puderem devem evitar o contato com a água de rejeitos, já que estudos realizados pela Universidade de São Paulo comprovaram que o contato com este material causa intoxicação. As comunidades são orientadas, ainda, a fotografarem a situação de seus imóveis para comprovar o impacto causado.

Rio São Francisco agora abriga rejeitos

No dia que o crime da Vale em Brumadinho completou um ano, 25 de janeiro de 2020, a Usina Hidrelétrica de Retiro Baixo, que fica entre os municípios de Curvelo e Pompeu, abriu suas comportas para evitar um transbordamento. O local retinha, desde o ano passado, os rejeitos do rompimento. Com isso, o material foi para a Usina de Três Marias, onde o Paraopeba encontra o São Francisco.

Para se ter dimensão do impacto que o deslocamento destes rejeitos podem causar, o lago da represa conhecido como “Mar de Minas”, comporta 21 bilhões de metros cúbicos de água e tem uma extensão de 1.040 quilômetros quadrados de superfície.

Já a bacia do Rio São Francisco possui uma extensão de quase 640 mil quilômetros quadrados, entre Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. De acordo com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) a bacia abrange 505 municípios, onde vivem 18 milhões de brasileiros.

Anivaldo Miranda, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco afirma que ainda não há como saber qual foi o impacto causado ao rio, mas a entidade pretende começar um levantamento para avaliar essas consequências. “Não há dúvida  que isso suscita preocupação pelo teor das substâncias que essa água carrega. Por isso nós vamos fazer um levantamento próprio para saber como isso impactou o Rio São Francisco”, esclarece.

Lençol freático contaminado

Apesar da contaminação do rio Paraopeba, o lençol freático da região permanecia intacto à contaminação. No entanto, com o transbordamento do leito, a situação pode ter sido alterada. O impacto para o abastecimento na região e também para o consumo e venda de peixes pode ser imensurável. Como denuncia Winston Caetano de Souza, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Paraopeba. “Vários poços artesianos, inclusive que a Vale tinha construído aqui da região, foram entupidos com a inundação. A gente não sabe ainda o grau de contaminação dessas águas agora”. “Pode ter contaminado todo o lençol freático de toda região do baixo Paraopebas; Pompéu, Papagaios…”, alerta.

Ele denuncia ainda que o Comitê sequer foi informado sobre a abertura das comportas da UHE de Retiro Baixo.

“Fica todo mundo refém da Vale, o poder político e financeiro dela cala todo mundo, inclusive o próprio Estado.” critica. Nossa reportagem entrou em contato com a empresa Retiro Baixo Energético S/A, que é responsável pela usina, para saber como foi realizado o procedimento de abertura das comportas e se as comunidades foram previamente alertadas sobre o ocorrido. No entanto, até o fechamento desta reportagem não obtivemos nenhum retorno da empresa.

Na bacia do Rio Doce situação também é grave

Desde o último domingo (26) dezenas de municípios da região leste do estado – abrangida pela Bacia do Rio Doce, estão em situação de emergência por causa das enchentes. Em Governador Valadares, até esta terça-feira (28) 15 mil pessoas estavam desalojadas e 292 desabrigadas. Por causa da situação o prefeito de Governador Valadares André Merlo (PSDB), abriu uma investigação para apurar a relação entre o rompimento da barragem da Vale em 2015 e as inundações enfrentadas pelo município.

O Professor do Departamento de Geociências da Universidade Federal de Juiz de Fora, Miguel Fernandes Felippe explica que de fato os acontecimentos podem ter relação. “Os rejeitos fazem uma espécie de tapete na calha do rio, por isso a mesma quantidade de chuvas de outras épocas numa calha diminuída faz com que a água suba mais e gere transbordamento e inundações”.

Por causa do volume de água no Rio Doce a Usina Hidrelétrica de Aimorés também teve que abrir suas comportas. Na terça-feira o município se preparava para enfrentar uma inundação causada pelo procedimento. Novamente outras famílias foram obrigadas a entrar em contato com a água de rejeitos.

O mesmo procedimento também aconteceu na Usina de Candonga, na Zona da Mata. O empreendimento retinha parte dos rejeitos da lama da barragem de Fundão. Com isso, mais materiais foram novamente despejados no Rio Doce.

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Veículo: Portal Tratamento de Água

Editoria: Meio ambiente

Data: 30/01/2020

Link: https://www.tratamentodeagua.com.br/chuvas-rio-sao-francisco-paraopeba-contaminados/

Título: “Com chuvas, Rio São Francisco e lençol freático do Paraopeba podem estar contaminados”

Transbordamento do Paraopeba leva rejeitos da Vale para outros rios e cidades

Passado um ano do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, o cenário é de caos em Minas Gerais. Com as fortes chuvas de 250 milímetros que atingiram a região central do estado nos últimos dias, o nível do Rio Paraopeba subiu mais de oito metros.

Após um ano, os rejeitos da barragem da Vale ainda permanecem no leito do rio. O resultado do alto volume de chuvas e do assoreamento do leito foi o transbordamento do Paraopeba.

Enchentes obrigam o contato com rejeitos

Diversas comunidades ao longo da bacia do Paraopeba estão enfrentando inundações. É o caso de Colônia Santa Izabel, em Betim, na Região Metropolitana da capital. Às vésperas do aniversário do crime da Vale em Brumadinho, centenas de moradores tiveram que ser retirados de suas casas pelo risco de enchente. À época, seu Sebastião Adão, de 76 anos, relatou a nossa reportagem a situação. “É um grande absurdo o que eles fizeram com a gente. Porque se a gente pegar uma contaminação ela vai vir cuidar da gente? Não vai, né. Nós estamos com medo é de doenças de pele aparecerem mais tarde”, questionou.

Por causa da situação, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) afirmou que está acionando o Ministério Público e o Judiciário para que a Vale garanta ações emergenciais, como o fornecimento de água para a população, a retirada das comunidades que estão em contato com a água contaminada e novas indenizações para as famílias que agora estão sendo atingidas. Para Joceli Andreoli, da coordenação do MAB, é preciso ressaltar que a situação não é apenas um fenômeno da natureza. “Não é uma enchente. É metal pesado, é lixo tóxico sendo jogado nas laterais do rio, entrando nas casas”. “A empresa teve um ano para resolver a questão e não resolveu. Esse momento de chuvas, inundações e transbordamento pode ser o mais crítico de contaminação, tanto no Paraopeba quanto no Rio Doce”, critica.

Cabe ressaltar que todos que puderem devem evitar o contato com a água de rejeitos, já que estudos realizados pela Universidade de São Paulo comprovaram que o contato com este material causa intoxicação. As comunidades são orientadas, ainda, a fotografarem a situação de seus imóveis para comprovar o impacto causado.

Rio São Francisco agora abriga rejeitos

No dia que o crime da Vale em Brumadinho completou um ano, 25 de janeiro de 2020, a Usina Hidrelétrica de Retiro Baixo, que fica entre os municípios de Curvelo e Pompeu, abriu suas comportas para evitar um transbordamento. O local retinha, desde o ano passado, os rejeitos do rompimento. Com isso, o material foi para a Usina de Três Marias, onde o Paraopeba encontra o São Francisco.

Para se ter dimensão do impacto que o deslocamento destes rejeitos podem causar, o lago da represa conhecido como “Mar de Minas“, comporta 21 bilhões de metros cúbicos de água e tem uma extensão de 1.040 quilômetros quadrados de superfície.

Já a bacia do Rio São Francisco possui uma extensão de quase 640 mil quilômetros quadrados, entre Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. De acordo com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) a bacia abrange 505 municípios, onde vivem 18 milhões de brasileiros.

Anivaldo Miranda, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco afirma que ainda não há como saber qual foi o impacto causado ao rio, mas a entidade pretende começar um levantamento para avaliar essas consequências. “Não há dúvida  que isso suscita preocupação pelo teor das substâncias que essa água carrega. Por isso nós vamos fazer um levantamento próprio para saber como isso impactou o Rio São Francisco”, esclarece.

Lençol freático contaminado

Apesar da contaminação do rio Paraopeba, o lençol freático da região permanecia intacto à contaminação. No entanto, com o transbordamento do leito, a situação pode ter sido alterada. O impacto para o abastecimento na região e também para o consumo e venda de peixes pode ser imensurável. Como denuncia Winston Caetano de Souza, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Paraopeba. “Vários poços artesianos, inclusive que a Vale tinha construído aqui da região, foram entupidos com a inundação. A gente não sabe ainda o grau de contaminação dessas águas agora”. “Pode ter contaminado todo o lençol freático de toda região do baixo Paraopebas; Pompéu, Papagaios…”, alerta.

Ele denuncia ainda que o Comitê sequer foi informado sobre a abertura das comportas da UHE de Retiro Baixo.

“Fica todo mundo refém da Vale, o poder político e financeiro dela cala todo mundo, inclusive o próprio Estado.” critica. Nossa reportagem entrou em contato com a empresa Retiro Baixo Energético S/A, que é responsável pela usina, para saber como foi realizado o procedimento de abertura das comportas e se as comunidades foram previamente alertadas sobre o ocorrido. No entanto, até o fechamento desta reportagem não obtivemos nenhum retorno da empresa.

Na bacia do Rio Doce situação também é grave

Desde o último domingo (26) dezenas de municípios da região leste do estado – abrangida pela Bacia do Rio Doce, estão em situação de emergência por causa das enchentes. Em Governador Valadares, até esta terça-feira (28) 15 mil pessoas estavam desalojadas e 292 desabrigadas. Por causa da situação o prefeito de Governador Valadares André Merlo (PSDB), abriu uma investigação para apurar a relação entre o rompimento da barragem da Vale em 2015 e as inundações enfrentadas pelo município.

O Professor do Departamento de Geociências da Universidade Federal de Juiz de Fora, Miguel Fernandes Felippe explica que de fato os acontecimentos podem ter relação. “Os rejeitos fazem uma espécie de tapete na calha do rio, por isso a mesma quantidade de chuvas de outras épocas numa calha diminuída faz com que a água suba mais e gere transbordamento e inundações”.

Por causa do volume de água no Rio Doce a Usina Hidrelétrica de Aimorés também teve que abrir suas comportas. Na terça-feira o município se preparava para enfrentar uma inundação causada pelo procedimento. Novamente outras famílias foram obrigadas a entrar em contato com a água de rejeitos.

O mesmo procedimento também aconteceu na Usina de Candonga, na Zona da Mata. O empreendimento retinha parte dos rejeitos da lama da barragem de Fundão. Com isso, mais materiais foram novamente despejados no Rio Doce.

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Veículo: Mídia Ninja

Editoria: Opinião

Data: 30/01/2020

Link: https://midianinja.org/margaridasalomao/fora-weintraub/

Título: “Fora Weintraub!”

Respeito. Esse deve ser um dos nortes da gestão pública. Governantes devem ter o senso de responsabilidade e saber que sua atividade e suas decisões impactam profundamente a vida das pessoas.

Dou testemunho de meu período como reitora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Minha equipe e eu sempre compreendemos que a organização do vestibular deveria ser vista como uma operação de guerra. Compreensão que derivava não do fato de sabermos dos inúmeros processos envolvidos e do longo tempo de preparação necessário. Nossa certeza era a de que aquela seleção influenciaria a vida de milhares de jovens, de diversas partes de Minas Gerais, jovens que dedicaram anos de sua vida para alcançar aquele momento. Organizar um excelente vestibular era, portanto, uma questão de respeito.

Se organizar o vestibular de uma única universidade demanda tanta responsabilidade, a tarefa de empreender o Enem requer muito mais.

Sendo assim, é inadmissível o que presenciamos nos últimos meses, com a “nau Enem” sendo capitaneada por um delirante feito Abraham Weintraub. Em um curtíssimo intervalo de tempo, presenciamos: 1) o vazamento do tema da redação; 2) erros grotescos na correção das provas; 3) questionamento do método de ponderação das notas; 4) quebra do princípio constitucional da impessoalidade, com o ministro atendendo pessoalmente apoiadores do governo na correção das notas; 5) rede SiSU não comportando a demanda; 6) divulgação fora de hora das notas, desrespeitando decisão judicial.

Em meio a esse caos, que fazia Weintraub? Elegia o referido exame como “o melhor de todos os tempos”. Entrementes, difamava pessoas nas redes sociais, postava vídeo tocando gaita. Para todo Titanic que afunda sempre haverá um músico para imortalizar o momento.

O Enem deve ser encarado como um patrimônio da Educação brasileira. Após anos de esforços, transformamos um teste da qualidade do ensino médio num dos maiores processos de seleção para o ensino superior do mundo, compreendendo a ampla maioria das universidades públicas brasileiras. Para os estudantes, grande ganho: com uma única avaliação, possibilitou-se a chance de estudar em diversos pontos do país, sem a necessidade de prestar inúmeros vestibulares e encarar tudo aquilo que isso implicaria.

Por isso mesmo, o Enem ascendeu à posição de ferramenta de inclusão social, assumindo-se como o meio necessário para que a ampliação do acesso à Educação Superior fosse realizada no país. A cada ano, cerca de quatro milhões de jovens alcançam uma universidade pública. O nome disso é revolução.

Tudo isso posto a perder com a gestão Weintraub. Quando de sua posse, desacreditávamos que um novo ministro pudesse fazer pior que seu antecessor, Vélez Rodríguez. Não poderíamos estar mais enganados. Sob sua batuta, o MEC torna-se a própria trincheira de luta contra a educação pública.

Tudo começa com a difamação das universidades com base em notórias fake news (taxadas pelo ministro como centros de balbúrdia), o que justificaria o corte de recursos orçamentários garantidos às mesmas. Daí deriva para a interferência no processo de seleção dos reitores, a proibição da contratação de novos professores e de viagens de cunho de divulgação científica. Para completar, a inquestionável ideologização de instituições como o Inep e a Capes – esta última, agora gerida por um criacionista.

A série sucessiva e, aparentemente, interminável de erros envolvendo o Enem é apenas a gota d’água que faltava numa gestão desqualificada e profundamente danosa para a educação brasileira. Weintraub nunca possuiu qualquer qualificação técnica para assumir o posto – o contrário, portanto, do que Bolsonaro propagandeia. Por outro lado, faltam-lhe, agora, quaisquer condições morais para permanecer no cargo.

As pinceladas finais desse show de horrores foram dadas por Jair Bolsonaro, na mais recente terça-feira, 28 de janeiro. Num inesperado lance de “lucidez”, o presidente afirmou que tantos erros no Enem só poderiam ser “sabotagem”. Correto, ainda que necessitando de uma especificação. Não se trata só de sabotagem, mas de autossabotagem. Pois não há maior autossabotagem que ter Weintraub como ministro.

Por isso mesmo, fora Weintraub!

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Educação

Data: 30/01/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/30-01-2020/estudantes-aprovados-no-pism-fazem-matricula-na-ufjf.html

Título: “Estudantes aprovados no Pism fazem matrícula na UFJF”

Etapa presencial do processo para alunos do campus de Juiz de Fora vai até sexta-feira; mais de mil alunos são esperados

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) já começou a receber novos rostos que vão integrar a comunidade acadêmica a partir do próximo período letivo, que tem início no dia 3 de março. As matrículas presenciais de alunos aprovados pelo Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) começaram na manhã desta quinta (30) e vão até sexta-feira (31). O processo ocorre no Instituto de Ciências Humanas (ICH) da UFJF. Em Governador Valadares, os alunos devem se matricular presencialmente nos dias 3 e 4 de fevereiro.

No primeiro dia de matrículas, aprovados em 22 cursos do campus sede realizaram o procedimento, restando os alunos de outros 22 cursos, que farão a matrícula na sexta, como previsto em programação divulgada no portal da Coordenadoria de Assuntos e Registros Acadêmicos (Cdara) da UFJF. Cerca de 1.100 alunos são esperados no ICH durante os dois dias para apresentar toda a documentação necessária. No caso dos candidatos inscritos nas reservas de vagas, ainda cabe análise posterior pelas comissões de cada grupo de cota. 

Neste ano, este processo conta com uma mudança. Ao contrário de como era realizado anteriormente, as matrículas de alunos aprovados para ingresso no segundo semestre vão acontecer posteriormente ao procedimento dos universitários que iniciam as aulas já em março, especificidade destacada pela gerente de matrícula do Cdara, Anna Carolina Assis. “Os candidatos do segundo semestre têm que ficar atentos à página da universidade porque ainda iremos convocar para a matrícula”, explica. 

Alegria compartilhada

Após anos de estudos, a nova caloura da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Laura Bêto, de 18 anos, compareceu à UFJF para efetivar a matrícula com a sensação de vitória. “É uma mistura de muita emoção, depois de três anos de preparo no ensino médio. É muita alegria, porque a gente pensa que este dia nunca vai chegar e, quando chega, é uma emoção muito grande”, comemora a estudante. Antes de celebrar a nova etapa, no entanto, veio a preocupação com o cumprimento de toda a documentação prevista em edital para garantir a vaga. “Eu fiquei com muito medo de esquecer alguma coisa, porque são muitos documentos. Mas deu tudo certo”, afirma.

Enquanto as documentações eram apresentadas pelos futuros universitários, alguns pais esperavam nas imediações do estacionamento do ICH pelo retorno dos filhos. Giselle Ignácio teve uma dupla surpresa com as aprovações dos filhos gêmeos na UFJF: Isadora foi aprovada no Pism para o curso de Rádio, TV e Internet, enquanto o irmão Caio foi aprovado no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para o curso de Bacharelado Interdisciplinar em Ciências Humanas. “É uma alegria em dobro. Eu fiquei um pouco apreensiva porque a Isadora foi aprovada antes, e só agora (com a indefinição do Sisu) tivemos a notícia do Caio aprovado pelo Enem. Foi um alívio muito grande”, comemora a mãe, que, em fevereiro, volta à UFJF para a matrícula do filho pelo Sisu, que está prevista para o dia 13 de fevereiro.

O momento de matrícula foi comemorado também pelo pró-reitor adjunto de graduação da UFJF, Cassiano Amorim. Ele destaca que instituição está preparada para receber os calouros. “A UFJF está feliz com a chegada desses novos estudantes e os acolhe com muita alegria. É importante que eles aproveitem o tempo aqui para formar-se como cidadãos e profissionais, contando com os docentes, os servidores técnico-administrativos, com os terceirizados e todos os profissionais da universidade para atendê-los em qualquer problemas que possam enfrentar”.

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Veículo: Acessa

Editoria: Concurso

Data: 28/01/2020

Link: https://www.acessa.com/educacao/arquivo/oportunidade/2020/01/28-inscricoes-para-cursos-mba-ufjf-terminam-nesta-sexta-feira/

Título: “Inscrições para cursos de MBA da UFJF terminam nesta sexta-feira”

Termina na sexta-feira, 31 de janeiro, as inscrições para os cursos de MBA, oferecidos pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (PROPP) e a Faculdade de Administração e Ciências Contábeis (FACC) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

São ofertadas 320 vagas divididas entre os cursos de MBA em Contabilidade Financeira e Gerencial, Finanças Corporativas, Finanças Quantitativas, Gestão Comercial e Vendas, Gestão de Pessoas, Inovação e Empreendedorismo, Logística Empresarial e Supply Chain e Marketing Estratégico.

As inscrições são feitas online pelo sistema do CEAD do Cead/UFJF. Poderão fazer as inscrições portadores de diploma (ou atestado de conclusão) de curso superior reconhecido pelo MEC em qualquer área do conhecimento (ou atestado de conclusão de curso com comprovante de que o diploma está em elaboração com data inferior a um ano da data do ato da matrícula).

Os cursos terão aulas presenciais sempre aos sábados, das 8h às 17h30, com intervalo de 1h30 para almoço. Além de atividades ou disciplinas online disponibilizadas na Plataforma Moodle, administrada pelo Centro de Educação a Distância (Cead) da UFJF, nos dias posteriores às aulas presenciais, visando complementar a carga horária de 360h exigida.

São ofertadas 40 vagas para cada curso. A distribuição das vagas seguirá a Resolução 26/2018 do Conselho Superior, em seu Art. 20:

Interessados em participar dos cursos de MBA, oferecidos pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (PROPP) e a Faculdade de Administração e Ciências Contábeis (FACC) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), devem ficar atentos, pois as inscrições vão até o dia 31 deste mês.

São ofertadas 320 vagas divididas entre os cursos de MBA em Contabilidade Financeira e Gerencial, Finanças Corporativas, Finanças Quantitativas, Gestão Comercial e Vendas, Gestão de Pessoas, Inovação e Empreendedorismo, Logística Empresarial e Supply Chain e Marketing Estratégico.

As inscrições são feitas online pelo sistema do CEAD do Cead/UFJF. Poderão fazer as inscrições portadores de diploma (ou atestado de conclusão) de curso superior reconhecido pelo MEC em qualquer área do conhecimento (ou atestado de conclusão de curso com comprovante de que o diploma está em elaboração com data inferior a um ano da data do ato da matrícula).

Os cursos terão aulas presenciais sempre aos sábados, das 8h às 17h30, com intervalo de 1h30 para almoço. Além de atividades ou disciplinas online disponibilizadas na Plataforma Moodle, administrada pelo Centro de Educação a Distância (Cead) da UFJF, nos dias posteriores às aulas presenciais, visando complementar a carga horária de 360h exigida.

São ofertadas 40 vagas para cada curso. A distribuição das vagas seguirá a Resolução 26/2018 do Conselho Superior, em seu Art. 20: “Deverão ser oferecidas à demanda social 20% adicional ao número de alunos pagantes. Os critérios para o preenchimento dessas vagas são: 10% para candidato servidor público do quadro efetivo da UFJF e 10% para candidato de comprovada carência financeira”.

Ainda de acordo com a resolução, caberá à Fundação de Apoio (Fadepe) realizar a avaliação de carência financeira observando critérios estabelecidos por regulação vigente. Para cursos com até onze alunos pagantes será disponibilizada uma única vaga para não pagante, priorizando os candidatos de comprovada carência financeira.

Documentos necessários para a inscrição

Os documentos exigidos para a inscrição são: uma cópia simples do documento de identidade; uma cópia simples do CPF; uma cópia simples, frente e verso, do diploma de graduação em curso reconhecido pelo MEC, ou declaração de que o curso já foi concluído, caso ainda não tenha o diploma, ou atestado de que a conclusão da graduação se dará até março/2020; uma cópia simples do Currículo Lattes (Plataforma Lattes CNPq) ou Curriculum Vitae simples que relate experiência profissional e uma cópia simples do histórico escolar do curso de graduação.

De acordo com o edital, devem ser apresentados junto à secretaria do curso, no ato da matrícula e entrega dos documentos, os originais do diploma de graduação e certidão de nascimento ou casamento.

Processo seletivo

Serão avaliados a experiência profissional relacionada à área do curso pretendido, sendo 10 pontos para cada ano de experiência comprovada, num total máximo de 70 pontos; histórico escolar da graduação, com avaliação máxima de 30 pontos (índice de rendimento acadêmico ou equivalente na base 100 x 0,3). Em caso de empate, será priorizado o candidato com idade mais avançada. O processo seletivo para candidatos pagantes será realizado entre os dias 04 e 05 de fevereiro de 2020.

Valor da matrícula e mensalidades

16 parcelas de R$ 555,00 (7% de desconto para pagamento à vista).

Duração dos cursos

As aulas presenciais tem início no dia 14 de março de 2020 com término previsto para o dia 19 de dezembro de 2020. Já o trabalho de conclusão de curso deverá ser entregue e defendido no dia 22 de maio de 2021.

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Veículo: Carta Capital

Editoria: Economia

Data: 31/01/2020

Link: https://www.cartacapital.com.br/economia/trabalho-informal-bate-maior-nivel-em-3-anos-e-atinge-384-milhoes-de-pessoas/

Título: “Trabalho informal bate maior nível em 3 anos e atinge 38,4 milhões de pessoas”

Mais da metade das novas ocupações em 2019 foi informal, levando a novo recuo na contribuição para a Previdência

A desocupação no Brasil caiu em 2019 na comparação com o ano anterior, passando de 12,3% para 11,9% da população ativa, a segunda queda anual consecutiva, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira 31 pelo IBGE.

No entanto os dados mostram um novo aumento na taxa de informalidade, que alcançou seu maior nível em três anos, abarcando 41,1% da força de trabalho ocupada, o equivalente a 38,4 milhões de pessoas. Em 2016, essa proporção era de 39,1%. Do acréscimo de 1,8 milhão no número de ocupações em 2018, 1 milhão (55% do total) foi de ocupações informais – um ritmo de crescimento da informalidade que tem se mantido nos últimos anos, segundo a analista da PNAD Adriana Beriguy.

A pesquisa considera como informais os trabalhadores sem carteira, por conta própria sem CNPJ ou familiares auxiliares, assim como empregadores sem CNPJ.

Esses dados mostram que, a despeito de alguma melhora no número de trabalhadores com carteira assinada, com a expansão de 1,1% pela criação de 356 mil vagas em 2018 – interrompendo a trajetória de queda entre 2015 e 2018 –, ela não foi acompanhada pelos indicadores de informalidade.

Para Daniel Duque, pesquisador da área de Economia Aplicada do IBRE-FGV, a tendência é que, a partir deste ano, os ritmos se invertam, e as vagas formais avancem mais que as informais. Ele diz ser possível ver melhora no mercado como um todo, e que os dados do último trimestre, com incremento de 2,2% das vagas formais, são um dado importante no contexto da recuperação da economia e do mercado de trabalho.

A previsão da FGV é que 2020 seja mais um ano de queda da desocupação, encerrando em 11,3%.

No entanto, segundo a analista da PNAD, uma reversão do quadro é algo mais complexo: “O que a gente percebeu é que no segundo semestre de 2019 houve um pouco mais de reação na carteira de trabalho, mas ainda muito pequena frente ao quantitativo de carteira que já tivemos em 2014. Para reverter esse contingente grande de informalidade, a gente teria que ter uma mudança estrutural muito acentuada no mercado, e tivemos uma pequena mudança, muito concentrada no final do ano.”

Previdência

Com o aumento da informalidade, caiu o percentual da população ocupada que contribui para a Previdência. Em 2019, 62,9% dos trabalhadores contribuíam para a aposentadoria, o menor número desde 2013. O único ano na série histórica em que esse dado foi menor foi em 2012, com 61,9%.

“Em 2014, a população ocupada crescia 1,5%, e a população ocupada contribuinte crescia a uma taxa de 4,2%. Em 2019, a população ocupada cresceu 2%, e a população contribuinte aumentou a uma taxa de 1,1%. Tem todo esse desdobramento da informalidade”, explica Bariguy.

Para o professor do Insper Sergio Firpo, uma outra problemática da ocupação informal é a implicação sobre a produtividade. “A perpetuação do emprego informal contribui para que a gente permaneça com produtividade muito pequena na economia, e a produtividade é um elemento fundamental para que a gente consiga crescer, e a longo prazo.”

“Uberização”

Segundo Bariguy, o maior incremento das vagas informais ocorre no setor de transportes. “O que a gente tem notado é que tem crescido muito esse perfil dentro da atividade de transporte, muito relacionado ao crescimento de condutores no transporte terrestre de passageiros, que pode ter aí a questão do Uber.”

Um levantamento das pesquisadoras Ana Claudia Moreira Cardoso, docente do Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e Karen Artur, professora de Direito da UFJF, com base em dados da PNAD, mostrou que entre 2017 e 2018 houve aumento de 29,2% no número de brasileiros ocupados como motoristas de aplicativos, taxistas ou cobradores de ônibus – como é definida a subcategoria pelo IBGE. “A gente sabe que o aumento não veio de taxistas e cobradores de ônibus, mas dos motoristas de aplicativo”, frisa Cardoso.

Segundo Duque, o fator conjuntural, ou seja, o mercado fragilizado fazendo com que trabalhadores migrem para trabalhos informais, potencializa essa “uberização” e, com a melhora da atividade econômica, o quadro pode se reverter um pouco a partir de 2020: “Dificilmente vamos deixar de ver empregos desse tipo, mas acho que não vai ver uma expansão tão grande nos próximos anos, tanto pelo freio da expansão dos aplicativos, quanto do lado da oferta, porque as pessoas vão ser mais atraídas pelo mercado de trabalho formal.”

A pesquisa divulgada nesta sexta-feira também revelou um contingente alto de cidadãos que consideram que trabalham horas insuficientes. A população subutilizada na força de trabalho – que inclui desocupados, subocupados por insuficiência de horas trabalhadas ou na força de trabalho potencial – que chegou a 27,6 milhões em 2019, o maior valor da série, e 79,3% acima do menor patamar, registrado em 2014.

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Veículo: O Vigilante Online

Editoria: Ciência

Data: 28/01/2020

Link: https://www.ovigilanteonline.com/noticia/detalhe/45986/estudo-feito-em-leopoldina-analisa-empoderamento-de-mulheres-em-manifestacoes-religiosas

Título: “Estudo feito em Leopoldina analisa empoderamento das mulheres em manifestações religiosas”

Tese de doutorado realizada na UFJF investigou a trajetória de empoderamento de seis mulheres na manifestação artística e cultural da Folia de Reis.

Uma tese de doutorado realizada na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) investigou a trajetória de empoderamento de seis mulheres na manifestação artística e cultural da Folia de Reis, no município de Leopoldina. A pesquisa foi desenvolvida por Andiara Barbosa Nade, no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião.

Segundo Andiara, ficou constatado que existe historicamente uma relação entre a autonomia feminina e a chegada de religiões de matriz africana no Brasil, assim como no silenciamento histórico de mulheres no ambiente de Igreja Católica. Neste contexto, ela evidencia o número menor de manifestações catolicistas com lideranças feminina, enquanto nas folias umbandistas já é crescente o quantitativo de mulheres à frente das ações.

A pesquisadora explica que as mulheres antes eram renegadas no cenário ritual. Hoje, atuam como líderes responsáveis por diversos grupos em Leopoldina e como folionas, sendo indispensáveis na continuidade da tradição. “É importante mostrar essas mulheres como líderes religiosas, sua capacidade como administradoras, tesoureiras, costureiras, cozinheiras e devotas, pois, propõe reflexões sobre o empoderamento feminino, que se faz urgente em um momento político onde a misoginia é legitimada” salienta Andiara.

O professor e orientador da pesquisa, Volney José Berkenbrock, reafirma a importância da tese. Ele destaca que o estudo se insere na grande temática da relação entre mulher, religião e sociedade. Na opinião do professor, a junção entre estes três elementos dá forma a um tema muito importante para as ciências humanas em geral, por mostrar dinâmicas sociais e religiosas que ocorrem ao longo do tempo.

Fonte: Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião-UFJF

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Veículo: Universidade Federal de Minas Gerais

Editoria: Ciência

Data: 30/01/2020

Link: https://ufmg.br/comunicacao/noticias/pesquisa-mapeia-depressao-e-ansiedade-em-estudantes-da-saude-em-minas

Título: “Pesquisa em Minas mapeia depressão e ansiedade em estudantes da área de saúde”

UFMG e outras cinco universidades participam do levantamento

Estudantes de cursos da saúde de seis universidades mineiras participam, ao longo de fevereiro, do Projeto sobre Ansiedade e Depressão em Universitários (PADu). Além da UFMG, as universidades federais de Lavras (Ufla), São João del-Rei (UFSJ), Triângulo Mineiro (UFTM), Ouro Preto (Ufop) e Juiz de Fora (UFJF) estão envolvidos no projeto, cujo objetivo é conhecer as especificidades e subsidiar as universidades de dados para a formulação de políticas específicas de acolhimento, prevenção e promoção de saúde.

A pesquisa será feita por meio da análise de respostas ao questionário do PADu, enviado por e-mail aos discentes dos cursos de Medicina, Fonoaudiologia, Tecnologia em Radiologia, Psicologia, Fisioterapia, Farmácia, Nutrição, Enfermagem e Odontologia, Gestão de Serviços, Terapia Ocupacional e Biomedicina. O questionário on-line conta com sete módulos que levantarão, entre outras questões, informações sobre a vida acadêmica, condições socioeconômicas e qualidade de vida, assim como sintomas de depressão, ansiedade e estresse. As informações obtidas serão mantidas em sigilo, e sua divulgação científica ocorrerá de forma coletiva, nunca individualmente. 

Cuidar de quem cuida

Na UFMG, a pesquisa é conduzida pelos professores Helian Nunes de Oliveira, Elaine Machado e Aline Dayrell. “Os cursos da área da saúde geralmente têm sobrecarga de horários e outras questões específicas que influenciam o bem-estar dos estudantes. Devemos cuidar de quem está aprendendo a cuidar”, afirma Helian Nunes. 

As atividades e resultados do PADu nas seis universidades podem ser acompanhados por meio do Facebook e do Instagram. Os estudantes participantes também podem usar as redes sociais do projeto para tirar dúvidas sobre o tema. 

(Com Assessoria de Comunicação da Faculdade de Medicina)

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Veículo: UOL

Editoria: Educação

Data: 31/01/2020

Link: https://educacao.uol.com.br/noticias/bbc/2020/01/31/em-4-pontos-os-erros-que-transformaram-o-enem-2019-em-crise.htm

Título: “Em 4 pontos, os erros que transformam o Enem 2019 em crise”

No começo desta semana, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) apresentou à Justiça explicações sobre os problemas na correção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019. 

Um erro mecânico em pouco menos de 6 mil exemplares da prova acabou afetando, indiretamente, a correção dos testes feitos por 3,9 milhões de estudantes.

Em nota técnica, o Inep disse que o efeito foi estatisticamente desprezível — ou seja, não seria suficiente para prejudicar qualquer candidato, nem mesmo quem almeja uma vaga num curso muito concorrido.

Apesar das explicações do Inep, a desconfiança em relação a possíveis erros na correção das provas provocou uma enxurrada de ações judiciais da parte de alunos que se sentiram prejudicados — nada menos que 172 mil reclamações foram feitas ao Ministério da Educação (MEC), em um endereço de e-mail indicado pelo ministro Abraham Weintraub.

Além disso, até a quarta-feira da semana passada (22) pelo menos 250 estudantes já haviam apresentado reclamações ao Ministério Público Federal (MPF) a respeito de suas notas. 

Os erros na correção da prova levaram a Justiça Federal em São Paulo a suspender a divulgação dos resultados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que seleciona alunos para vagas em universidades com base nas notas do Enem — o processo só foi liberado na tarde de terça-feira (28) por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Mas as dificuldades não terminaram com a decisão do STJ. Alguns estudantes relataram problemas para utilizar o site do Sisu — aparentemente a opção de lista de espera para cursos não funcionou adequadamente, e a hashtag #erronalistadeespera foi um dos assuntos mais comentados no Twitter na tarde de ontem. 

Além disso, o MPF disse ter encontrado irregularidades na destinação de vagas a candidatos com deficiência no Sisu. A Procuradoria da República no Distrito Federal (PRDF) deu prazo de cinco dias para que o Ministério da Educação preste informações sobre o assunto.

O processo de elaboração do exame também foi marcado por problemas ao longo deste ano: o Inep, responsável por realizar as provas, trocou de presidente quatro vezes desde o início da gestão de Jair Bolsonaro — um dos presidentes do instituto permaneceu apenas 18 dias no cargo.

Em abril, a gráfica que imprimiria as provas, a RR Donneley, encerrou suas atividades no Brasil, alegando dificuldades financeiras. Dias depois, o governo contratou uma outra empresa para a tarefa, sem realizar processo licitatório, por R$ 151,7 milhões.

No primeiro dia de provas, 3 de novembro, novo sobressalto: uma foto da prova de redação circulou nas redes sociais enquanto o exame estava ocorrendo. 

João Marcelo Borges é diretor de Estratégia Política do Todos pela Educação, uma organização da sociedade civil. Para a organização, os problemas começaram bem antes da realização da prova, quando o MEC montou uma comissão para expugar itens “ideológicos” do banco de questões usado no Enem.

“A nossa avaliação é de que o MEC e o Inep conduziram muito mal o Enem. Tanto na preparação para a prova, com essa comissão para avaliar o Banco Nacional de Itens, quanto depois, na correção. Muito embora a quantidade de alunos afetados possa parecer pequena, menos de 1%, a dimensão qualitativa desse problema é grave”, diz Borges. 

“Tanto o MEC quanto o Inep têm sido apenas reativos desde que os problemas começaram a aparecer. Não foi o Inep que identificou os erros na correção. Foram os alunos que identificaram os problemas e começaram a reclamar nas redes sociais, e isso fez com que o Inep identificasse o erro, depois de divulgados os resultados. Isso jamais poderia ter acontecido. O Inep deveria ter feito todos os testes de segurança para garantir os resultados”, completa Borges.

No começo da semana, Jair Bolsonaro admitiu que a situação do Enem era “complicada”, e disse que conversaria com Weintraub para entender o que estava acontecendo. “Tenho que conversar com ele (…). (Para ver) se realmente foi uma falha nossa, se tem alguma falha humana, sabotagem, seja lá o que for”, disse o presidente na terça (28), reforçando que todas as hipóteses estavam sendo consideradas, inclusive sabotagem.

Já o ministro da Educação disse que não se tratou “uma coisa de má fé”. “Foi um acidente, coisa que acontece”, disse. Após a fala de Bolsonaro, ele ligou para o presidente para reafirmar que não foi detectada qualquer sabotagem na prova. 

A crise no Enem também acirrou os ânimos do outro lado da Esplanada, no Congresso: o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chegou a dizer que Weintraub era “um desastre”.

“O ministro da Educação atrapalha o Brasil, atrapalha o futuro das nossas crianças, está comprometendo o futuro de muitas gerações. Cada ano que se perde com a ineficiência, com um discurso ideológico de péssima qualidade na administração, acaba prejudicando o0s anos seguintes”, disse Maia nesta quinta (30). 

Mas, no fim das contas, o que deu errado com a correção do Enem? O erro impactou todos os 3,9 milhões de candidatos que fizeram o teste ou apenas os 5.974 que tiveram seus cadernos de provas trocados? O resultado apresentado pelo Inep e pelo MEC é confiável?

A reportagem da BBC News Brasil conversou com técnicos que conhecem a realização da prova e com especialistas na Teoria da Resposta ao Item (TRI) para entender o que aconteceu. Abaixo, conheça as respostas para quatro perguntas sobre o tema. 

  1. Como foi feita a correção das provas do Enem? 

O Enem é feito com questões (itens) elaborados de antemão por professores que recebem treinamento do Inep.

Os itens passam, então, por um pré-teste, no qual são aplicados a um conjunto de estudantes — escolhidos a dedo para ser uma amostra representativa do universo de pessoas que vai fazer a prova, depois.

A partir deste pré-teste, o Inep calcula a dificuldade de cada item. As questões, depois de prontas, passam a integrar o Banco Nacional de Itens (BNI), a partir do qual são elaboradas as provas.

“O Inep tem esse banco de itens, devidamente estruturado, que indica, para cada habilidade (a ser avaliada), um item com as suas estatísticas. Ou seja: se ele discrimina bem o aluno bom do aluno ruim; (qual o grau) de dificuldade ele apresenta”, explica um técnico consultado pela reportagem. 

Num vestibular tradicional, a nota é calculada com base no número de acertos: se você acerta 6 questões das 10 possíveis, a sua nota vai ser 6. 

Nas provas baseadas na TRI, não é assim: o aluno vai galgando “degraus” dentro de uma escala, conforme o nível de dificuldade das questões que ele acerta.

“Para você estimar a proficiência (a nota) do aluno, o principal elemento é justamente esse parâmetro de dificuldade do item. Como é que eu sei que um aluno é (digno da nota) 700? Simples. Eu ordeno os itens pela dificuldade, e vou verificando como ele responde. Então, se ele para de acertar ali por volta de 700, posso dizer que a proficiência dele está em torno de 700”, explica o professor Ocimar Alavarse.

“Esse aluno vinha acertando, de forma consistente, até os itens 700. A partir daí ele começa a errar. Se ele acertou lá na frente (um item de dificuldade) 900, você diz, bom, o padrão dele é consistente até 700”, disse ele à BBC News Brasil. 

É por isso que acertar questões difíceis “no chute” não vai necessariamente melhorar a sua nota no Enem: para atingir uma nota maior, é preciso que o candidato acerte as mais fáceis e também as mais difíceis, de forma consistente. 

  1. O que aconteceu em 2019?

Em nota técnica enviada à Justiça, o Inep admitiu que um erro mecânico afetou diretamente a correção das provas de 5.974 participantes — os gabaritos utilizados para aferir esses exames estavam trocados, fruto de um “erro mecânico”. Depois de identificadas, essas provas foram devidamente corrigidas. 

Além disso, em 2019 o Inep não seguiu totalmente o roteiro descrito na pergunta acima: uma parte dos itens teve o seu grau de dificuldade calculado depois da aplicação da prova, a partir de uma amostra aleatória de 100 mil candidatos.

Técnico consultado pela reportagem da BBC News Brasil explica que não é a primeira vez que isso acontece — na verdade, é até comum que parte dos itens tenha seu grau de dificuldade calculado depois. 

“Muitas vezes, ao recorrer a este banco (o BNI), você não tem o item daquela habilidade X. Então você coloca um item novo, elaborado com todo o cuidado, mas que não passou pelo pré-teste. Então o que acontece? Ele calibra-se na realização da prova. A rigor, isso não tem problema. Desde que você mantenha, na prova, um número suficiente de itens pré-calibrados para garantir a isonomia de todos os participantes”, diz, sob condição de anonimato.

 Tufi Machado Soares é professor do Departamento de Estatística da UFJF, e especialista na Teoria da Resposta ao Item. 

Segundo ele, a grande vantagem da TRI sobre as provas de somatório simples é permitir comparações entre provas diferentes — o que permite a aplicação de diferentes cadernos de provas, ou de um em dias diferentes por razões religiosas, por exemplo. 

Além disso, a TRI também é mais precisa que o sistema de pontuação bruto, usado nas provas tradicionais.

  1. Os erros atingiram toda a prova?

Uma parte das 5.974 provas erradas acabou sendo incluída na amostra aleatória de 100 mil estudantes, usada para calcular a dificuldade de alguns dos itens — o Inep não esclareceu ainda quantos deles tiveram o grau de dificuldade calculado depois. 

Por causa disso, o “erro mecânico” em menos de 6 mil provas acabou afetando a correção das provas de todos os 3,9 milhões de estudantes.

O que o Inep alega — e o argumento foi aceito pelo Superior Tribunal de Justiça — é que a influência foi diminuta, incapaz de prejudicar o exame como um todo. 

Nas provas do primeiro dia, de Linguagens e de Ciências Humanas, nenhuma prova “errada” integrou a amostra de 100 mil alunos, segundo o Inep. 

No segundo dia, a “contaminação” foi de 83 provas erradas na amostra usada para calibrar os itens do teste de Ciências da Natureza; e de 105 na prova de Matemática.

  1. O resultado é confiável? 

Uma auditoria é necessária? No entendimento do Inep, seria inútil recalcular os resultados da prova — a “contaminação” da amostra não afetou a confiança do teste, e os resultados de cada participante ficaram “dentro do intervalo de confiança esperado”.

Desta forma, a proposta de selecionar nova amostra, recalibrar os itens e recalcular as proficiências (as notas de cada aluno), se apresentaria como medida inócua, já que conforme apresentado (…), as proficiências dos participantes continuam sendo estimadas com a mesma precisão e mantendo a escala construída a partir de 2009, utilizada em todas as edições do Enem desde então”, disse o instituto, na nota apresentada à Justiça.

 Os especialistas consultados pela BBC News Brasil divergem sobre a necessidade de refazer o teste.

“Você pode falar ‘não, Ocimar, mas esse erro aí vai dar pouquinho’. Mas acontece que as disputas, para alguns cursos, se dão em pequenos valores de diferença. Portanto, essas diferenças muito pequenas dos candidatos podem estar escondendo um problema de onde elas partiram, que é a tal parametrização dos itens”, diz Ocimar Alaversa, da USP.

“Como que a gente pode ter certeza? Só tem um jeito, que é abrir a base de dados. Tem que fazer uma auditoria. No caso do Enem, como tem muita coisa em jogo, é preciso fazer isso com a máxima transparência. Traz alguns estatísticos, da área de psicometria; especialistas em bases de dados, o Ministério Público, e verifique-se.”

 Já para o ex-presidente do Inep e professor do Departamento de Economia da USP Reynaldo Fernandes, a diferença obtida com o recálculo das notas seria ínfima — a diferença viria apenas várias casas decimais após a vírgula.

“(A inclusão das provas ‘erradas’ na amostra) pode aumentar o erro, aumenta o grau de incerteza da prova. Agora, isso depende da quantidade. 200 provas numa amostra de 100 mil é nada, é um erro negligenciável.” 

“Afeta não sei quantas casas depois (da vírgula). É mais que pequeno, é negligenciável”, diz ele. Ele faz a ressalva de que este raciocínio só é válido se as explicações do Inep à Justiça estiverem corretas, e de que apenas isso aconteceu.

“Se for só isso (conforme explicado pelo Inep), corrige-se os problemas e pronto. O impacto sobre a calibração é muito pequeno. Erros em provas, ruídos, sempre tem. Se os mesmos alunos fizessem a mesma prova em outro dia, os resultados seriam ligeiramente diferentes também. Se você antecipasse uma semana, também. O último candidato que entrou, e o primeiro que ficou de fora, eles são indistinguíveis. Um deu mais sorte, e o outro deu mais azar”, pondera ele. 

Para Tufi Machado Soares, da UFJF, os resultados são seguros — desde que os problemas sejam apenas os que o Inep já admitiu. Mesmo assim, o ideal seria fazer uma reanálise mais ampla.

Em 2017, Soares colaborou com o Ministério Público na auditoria independente de uma outra edição do Enem.

 “Se você teve 200 provas com o gabarito trocado numa amostra de calibração de 100 mil, provavelmente a influência dessas provas é praticamente zero. Se for só isso. Estou falando por hipótese”, diz ele.

 “Agora, é preciso verificar o seguinte: sempre que você encontra um conjunto de problemas no teste, é possível que haja outros. O problema, a meu ver, é que está faltando um pouco de transparência, de divulgação maior do que está acontecendo. Até para a gente poder fazer uma análise melhor do que está acontecendo”, diz ele.

“Acho que isso (auditorias) deveriam ser uma prática adotada pelo próprio Inep constantemente, em todas as avaliações. Com especialistas externos, empresas contratadas para isso. O próprio Inep deveria realizar esse tipo de procedimento, até para garantir a segurança das pessoas”, diz ele.

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Veículo: Revista Opera

Editoria: Entrevista

Data: 29/01/2020

Link: https://revistaopera.com.br/2020/01/29/brumadinho-nessa-corrida-de-manter-os-lucros-a-todo-custo-ha-uma-nitida-reducao-nos-gastos-das-empresas-com-seguranca/

Título: “Brumadinho: ‘Nessa corrida de manter os lucros a todo custo há uma nítida redução nos gastos das empresas com segurança’”

No início da tarde do dia 25 de janeiro de 2019 rompeu-se a Barragem I em Brumadinho/MG, um represamento de rejeitos de aproximadamente 250 mil m2, 87 metros de altura e capacidade de armazenamento de 12,7 milhões de m3. Era utilizada para a contenção de substratos descartados do minério de ferro extraído na Mina Córrego do Feijão, no complexo Paraopeba, explorado pela empresa Vale. Há um ano do acontecimento, a tragédia reúne descaso, estimativa de 258 pessoas mortas e 11 desaparecidos e poucas soluções para evitar desastres semelhantes. Este caso, embora trágico, não é novo. Outro semelhante ocorreu há quase cinco anos em Mariana, explorado pelo consórcio das empresas Samarco, Vale e BHP Billiton no mesmo estado. Nesta entrevista, Miguel Fernandes Felippe, professor do Departamento de Geociências da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e coordenador do relatório Minas de Lama, feito durante uma expedição pelo vale do rio Paraopeba, avalia como está a situação da exploração minerária no país, reflete sobre os dois casos emblemáticos e alerta para riscos futuros.

Como é a estrutura de exploração de mineração do Brasil atualmente? Como as leis e a forma de exploração se organizam?

Para existir, a mineração tem que passar por dois trâmites. O primeiro é uma avaliação técnica feita pela Agência Nacional de Mineração, que inclui o registro de intenção das mineradoras em fazer exploração, passa pelo registro de pesquisa e de lavra que garante autorizações parciais até, por fim, levar à autorização para a exploração mineral. Isso é definido por critérios técnicos, geológicos e políticos. O segundo trâmite é o licenciamento ambiental das atividades minerárias, feito por órgãos de licenciamento estaduais ou federais. Nesse percurso, se exige o EIA, sigla para estudo de impacto ambiental, e o Rima, que é o relatório de impacto ao meio ambiente  feito por uma segunda empresa, que é contratada pela mineradora e vai certificar a viabilidade ambiental do empreendimento e as medidas mitigadoras e compensatórias para que aqueles impactos sejam minimizados. Paralelamente a isso, existem as exigências associadas ao processo minerário em relação aos planos como o de fechamento de mina, de abertura da cava, aos projetos do empreendimento e o plano de emergência.

E como encontramos esse aparato hoje?

Há um sucateamento do aparato governamental para a fiscalização, emissão de contra laudos e verificação da veracidade das informações que são colocadas nesses documentos. Ou seja, as mineradoras produzem esses documentos ou contratam outras empresas para fazê-lo para solicitar autorizações e licenças, mas o governo não tem  recursos humanos ou estrutura física para fazer uma espécie de contra laudo e, muitas vezes, simplesmente aceita o que está escrito pela empresa contratada pela mineradora. Isso é um problema muito sério. É importante lembrar também que existem os marcos regulatórios estaduais e o nacional. Então esse processo burocrático sofre diferenças entre estados. Mas a maioria acaba seguindo a legislação nacional sem grandes mudanças.

O novo marco regulatório foi um dos pontos polêmicos dessa trajetória, com denúncias de  políticos defendiam o interesse de empresas. Como você avalia a relação entre o novo marco e esses crimes ambientais?

Há um discurso por parte das empresas de que os procedimentos burocráticos no Brasil são excessivamente lentos e custosos. Argumentam que o intervalo entre descobrir uma jazida, fazer a pesquisa, conseguir autorização, fazer o licenciamento ambiental e conseguir a permissão para explorar leva um tempo demasiadamente grande. Mas estudos mostraram que esse tempo é gasto nas próprias empresas. E isso se deve à execução de documentos de péssima qualidade – o que leva o governo a negar ou pedir modificações nos documentos. A verdade é que a maior parte das vezes o governo não nega, só pede alterações ou complementações.

O Código tem que ser analisado como parte dessa lógica que se instaurou no país, que é de flexibilização das leis, de uma política neoliberal que diminui cada vez mais a participação do Estado na economia e, sobretudo, no controle das ações dessas empresas. E esse discurso vai para o Congresso. A grande questão é que quando rompe a barragem da Samarco há uma mudança na forma como isso é discutido. Depois do ocorrido, não havia mais espaço para um discurso muito explícito de liberação da mineração no Brasil porque a opinião pública começou a colocar a mineração em xeque. E, hoje, depois do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, isso ficou ainda mais forte, de modo que há uma nítida tentativa de mudar a roupagem do novo marco regulatório. Hoje ele é colocado na forma de cumprimento de uma demanda de segurança e técnica. Quem o defende está se apropriando do discurso que, de certa forma, veio dos grupos ambientalistas a partir da necessidade de aumento das exigências de segurança e ambientais. Mas, no texto do marco regulatório não aumenta a segurança ou a defesa do meio ambiente.

Existe alguma relação entre a queda do preço das commodities, como o minério de ferro, e a frequência maior de acidentes?

Isso está muito bem documentado em artigos científicos nacionais e internacionais.  Ao longo dos anos de 2000 – e  na primeira metade da década de 2010 – o  lucro líquido da Samarco não foi alterado. Tampouco houve alteração na divisão de lucros da empresa, mesmo com a queda no preço do minério de ferro. Num cenário de desvalorização da commodity,  a empresa tem opções. Uma delas é aumentar a quantidade explorada. E isso é uma iniciativa muito arriscada. A outra opção é reduzir ao máximo os custos de produção. E, nessa seara, os custos com segurança são cortados. Então nessa corrida de manter os lucros a todo custo há uma nítida redução nos gastos das empresas com segurança, monitoramento, avaliação e acompanhamento das operações. E isso acontece não só em barragem rejeitos, mas no complexo mineral de uma forma geral. Não podemos esquecer que temos uma política ambiental e minerária que beneficia essas empresas, fazendo com que seja mais fácil acontecer tragédias como essas.

Existem denúncias de diversos movimentos sociais como o Movimento de Atingidos por Barragem, Movimento de Atingidos por Mineração e a Articulação Internacional dos Atingidos e Atingidas pela Vale sobre a chamada ‘política de guerra de laudos’, a partir da qual empresas fazem contra laudos de instituições que atestam a qualidade da água, condições de moradia e contaminação dos solos, por exemplo. Como isso funciona?

Essa questão é extremamente interessante. Na verdade, quando eu me inseri nessa discussão, dez dias depois do rompimento da barragem da Samarco em Mariana, fizemos uma expedição para coleta de sedimentos e água em diversos pontos do rio Doce, desde a foz, em Regência (ES), até o alto curso, em Gualaxo do Norte (MG).Em campo, encontrávamos pesquisadores da empresa e de órgãos do governo. A gente tem, inclusive, uma coleta feita exatamente no mesmo horário e no mesmo local que uma coleta feita por agência do governo – e o resultado foi diferente. No caso de Brumadinho, isso ficou mais difícil porque os monitoramentos governamentais foram mais céleres,   melhor organizados. Então a Vale tem uma batelada de informações que ela monitorou. Eu fui a campo, encontrei o pessoal da Vale monitorando a água de hora em hora ou de 30 em 30 minutos, dependendo da situação. Eles têm uma quantidade de informação gigantesca que não divulgam. Divulgam, na maior parte das vezes, são resultado melhores do que aqueles encontrados por órgãos do governo e órgãos de pesquisa. Mas por que essa diferença acontece? Primeiro, tem uma questão metodológica. Vamos supor que todo mundo é honesto, idôneo e está fazendo um trabalho sério. Tem uma questão metodológica, sobretudo sobre dados envolvendo as águas. Se você faz a coleta no mesmo ponto em dois dias diferentes, com a diferença de temperatura, a diferença de chuva, diferença de descarga de esgotos ou diferença de trânsito de pessoas, animais, barcos – seja o que for –, isso pode dar resultados diferentes para alguns elementos. Alguns são mais sensíveis a mudanças do que o outros. E isso acontece mesmo entre  grupos de pesquisa que são isentos, que são autônomos. Outra questão, também ligada à metodologia, tem a ver com as técnicas de análise. E aí entra, inclusive, a questão de armazenamento. Então eu  coleto duas amostras idênticas no mesmo local, no mesmo momento, e faço a análise com dois equipamentos diferentes – e isso pode dar respostas diferentes.  Esse é um outro problema. Não é infrequente que haja erros dentro de laboratórios. Você tem um equipamento que é mais confiável do que o outro. Além da água, também os rejeitos passam pelos mesmos problemas em relação às análises laboratoriais. Há outra diferença  algo que vimos claramente no rio Doce e no rio Paraopeba. Há uma seleção– a gente chama de seleção granulométrica, de acordo com o ambiente fluvial – que faz com que os rejeitos sejam carreados e isso vai fazendo com que haja diferença nos resultados das análises. E uma terceira questão que a gente não pode descartar é justamente a idoneidade desses laudos. Até que ponto esses laudos são verdadeiros? Eu vejo em campo.

Os técnicos das empresas contratadas pela Vale fazem análise da qualidade da água de hora em hora, mas esses relatórios não são divulgados. De repente, passam semanas e a empresa solta um relatório com os resultados da qualidade da água com uma data específica, não detalhando satisfatoriamente a metodologia, etc. Ou seja, ela não está necessariamente mentindo, mas talvez tenha escolhido o melhor momento para divulgar aquele relatório. E isso se dá também com a análise dos rejeitos. Eu não posso afirmar que eles estão falsificando, usando de má fé. Só estou dizendo que eles coletam dados com uma periodicidade absurdamente grande, maior do que a do próprio governo, mas não divulgam por completo. Quando a gente vai trabalhar com risco ambiental e contaminantes não importa se você pegou cem amostras e 99 estavam livres de determinado contaminantes: se uma estava contaminada e isso não foi um erro, é um fato. O ambiente tem que ser considerado contaminado. Podemos ter contaminantes que aparecem, por exemplo, só em determinado pH, em determinadas temperaturas. As reações químicas na água fazem com que os contaminantes se manifestem nessas condições ambientais, então a gente tem que ter essa clareza. Não é porque um laudo atestou que a água está boa e outros tantos que ela estava ruim que vamos considerá-la boa. Precisamos observar o princípio da precaução e da parcimônia.

Qual é o papel da Renova, como ela atua e quais interesses defende?

Na minha opinião o papel da Renova é bem claro. É garantir ou manter uma boa imagem da Samarco e das mineradoras perante os investidores e a população de uma forma geral. E isso fica muito claro a partir da forma como ela foi constituída: num acordo que não é reconhecido pelos próprios atingidos. Então se trata de uma fundação que está sob a égide de recuperação ambiental e reparação de danos, mas os próprios atingidos pelos danos não a reconhecem. Muitos deles demonstram um sentimento de desprezo e até revolta com as ações que a Renova vem executando. Na verdade, é um conjunto de iniciativas que têm como objetivo garantir a manutenção de lucro dos acionistas e garantir que a mineração da forma como é praticada no Brasil não fique com a imagem suja a partir do rompimento. Pesquisas feitas por cientistas contratados pela fundação seguem resultados que vão na contramão de todo o restante da comunidade científica. Mas a Renova usa esses trabalhos para dar respaldo às ações de recuperação. Um exemplo disso é sua opção por manter os rejeitos e estabilizá-los, absolutamente questionável. Toda a comunidade científica vem questionando isso de forma bastante severa ao longo desses últimos anos. E as decisões sobre a reparação de danos são questionáveis da mesma forma. A fundação acaba trabalhando de uma maneira muito antidemocrática, sem participação popular. Ela nasce de um conflito e promove uma série de outros conflitos. Atua de uma forma truculenta, vertical de cima para baixo, impositiva diante dos atingidos. A Renova funciona como uma grande interlocutora entre a empresa e os órgãos governamentais – que cumpre, justamente, os anseios da empresa. Não tem qualquer tipo de representatividade social.

Saúde, trabalho e renda, modos de vida foram alguns aspectos que impactaram as vítimas de ambos os rompimentos.  Estes impactos são mensurados? Como estão as questões relacionadas às reparações?

Poderia ficar o dia inteiro listando os danos ambientais e problematizar em cima deles. Vou até inverter um pouco a resposta. As reparações acabam sendo realizadas a partir de uma desestruturação da mobilização social e de uma tentativa de individualização dos danos para, justamente, fazer com que a força da coletividade não atrapalhe os anseios da Renova, no final das contas da Samarco. Então a gente tem um atraso absurdo, por exemplo, na entrega das casas em Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo [distritos de Mariana atingidos]. Em Bento essas decisões foram absurdamente antidemocráticas. Já em Paracatu de Baixo havia uma estrutura um pouco melhor montada em termos de assessoria técnica do Ministério Público, a sociedade conseguiu colocar alguns anseios, embora estejam sem casa para morar até agora. Então a maior parte dos danos está muito longe de ser reparada. Tanto no rio Doce, quanto em Brumadinho. As discussões ainda estão muito focadas em encontrar e reconhecer as vítimas. Óbvio que isso tem uma importância inegável, mas acaba desviando o foco em relação às pessoas que estão vivas, que perderam os parentes, mas também modos de vida, casa… Isso é bastante problemático. No caso do rio Doce, os impactos à saúde e à dimensão do trabalho, sobretudo na zona rural, ainda estão muito longe até de serem compreendidos. Chama atenção os relato em Barra Longa [município vizinho à Mariana atingido], por exemplo. Seis meses depois do rompimento da barragem eram muitos problemas de saúde por causa da poluição atmosférica. Esses particulados no ar foram registrados, mas negligenciados tanto pela empresa, quanto pelos órgãos que deveriam dar assistência à população. A mídia também falou pouco sobre isso, focada que estava na contaminação da água e do solo. Engoliu goela abaixo os relatórios que mostravam que a água não estava contaminada ou estava melhorando. Mas esse rejeito não estava na água. No final das contas ninguém falava sobre o ar. Ninguém falava da saúde mental das pessoas que tiveram seus modos de vida afetados, que perderam suas rotinas ou dos moradores que agora tinham que tirar a poeira dos móveis sete, oito, nove vezes por dia. Isso é muito relatado por eles como algo bastante complicado, mas é colocado em segundo plano. Hoje, há relatos de diversos tipos de problemas de saúde mental, depressão, estresse, crises de ansiedade na população que conviveu constantemente com esses rejeitos. Além disso há estudos da área médica, inclusive com crianças, que relatam a incidência de determinados componentes químicos no sangue dessas pessoas e relacionam isso com maior risco de algumas doenças no futuro.

E Brumadinho especificamente? Tem diferença?

Ainda tem muita coisa acontecendo um ano após o rompimento.  A comunidade do Parque da Cachoeira está convivendo com a poeira dos rejeitos e das obras de emergência da Vale de forma constante. Tem um relato de uma moradora que estava profundamente preocupada com a água que sua filha bebê consome, colhemos amostras e trouxemos para o laboratório. Verificamos que a água, como era subterrânea, estava potável, mas e a poeira? A mulher relatou que tinha que limpar a casa toda hora, e com seu relato veio o sinal de alerta em relação ao bebê inalando aquele material particulado  diariamente. Os trabalhadores dessa obra também não usam máscaras para se protegerem. É uma poeira gigantesca. A última vez que levei meus alunos lá parei na ponte que dá uma melhor visibilidade do local para dar uma aula e eles pediram para sair porque os olhos estavam ardendo e o nariz coçando. Em março, vamos começar um projeto na UFJF que vai tentar calcular essa quantidade de particulados, acompanhar isso ao longo do tempo para ver como a situação em Brumadinho.

Há monitoramento de novos casos possíveis? Há tragédias anunciadas?

Sobre os novos episódios, o que a gente pode dizer é que houve um avanço muito pequeno em relação aos marcos legais e normativos nesse período. Então, sim, estamos preocupados que novos episódios aconteçam. Claro que, depois de rompimentos como esses, há uma maior atenção tanto por parte das empresas quanto do governo . Mas isso também tem sido usado na forma de um terrorismo institucional por parte das empresas, que começam a gerar alarmes exagerados para convencer a população a sair dos locais no entorno de barragens. É mais fácil causar essa sensação e comprar as terras ou fazer a pessoas se acostumarem com aquela rotina de insegurança e risco. Então assim as empresas têm feito um grande alarde com relação a isso, com o discurso de que  estão fazendo tudo certinho, dando alarme, sendo que, na verdade, a gente sabe que não é isso. É uma inversão de responsabilidades e uma estratégia nefasta de cansar a população para conseguir, por maneiras escusas, aquilo que elas querem.

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Veículo: Diário Piauí

Editoria: Educação

Data: 31/01/2020

Link: https://www.diariopiaui.com/especialista-em-avaliacao-educacional-vai-apresentar-resultados-de-teresina-para-o-prefeito/

Título: “Especialista em avaliação educacional vai apresentar resultados de Teresina para o Prefeito”

Capital com o melhor Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) entre todas do país, Teresina tem buscado alcançar resultados cada vez melhores. E tudo indica que as boas notícias da Educação chegarão durante todo o ano de 2020. Na próxima terça-feira (4), o Prefeito Firmino Filho vai receber um representante do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF) que vem pessoalmente anunciar os resultados alcançados em 2019, pela capital piauiense. O encontro será às 12h, no Palácio da Cidade.

Os números são referentes ao Sistema de Avaliação Educacional de Teresina (Saethe), com testes aplicados a alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental na Rede Municipal. A parceria com o CAEd já dura seis anos e avalia o desempenho dos alunos em língua portuguesa e matemática, mensurando as habilidades dos estudantes em diferentes anos escolares.

A coordenadora de Avaliação da Secretaria Municipal de Educação (Semec), Giovanna Saraiva, adianta que os novos dados são surpreendentes. “O melhor resultado desde 2014”, anuncia. Com os dados em mãos, a Semec pretende aprimorar as políticas que garantem o avanço no desempenho.

A expectativa para a divulgação dos resultados é também para analisar os níveis de alfabetização das crianças, um dos focos da Prefeitura. Além de dar base para o planejamento das formações de professores e ações das escolas este ano.

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