Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Social

Data: 16/01/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/16-01-2020/365957.html

Título: “Victor Souza Gomes, Camilo Machado, Eduardo Floriano, Wagner Sarchis e o governador Romeu Zema em recente almoço no Assunta”

De primeira

Dentro do projeto de expansão do Grupo Bahamas para 2020 está a montagem de uma filial no Independência Shopping. A nova unidade deverá ser inaugurada no G2, em abril.

Agenda cultural

Nesta sexta, no CCBM, Noah Mancini inaugura a mostra “Montagem Povera #2”.  Também no CCBM, com curadoria de Fernanda Cruzick, a exposição “Memória Mascarenhas” conta a história de um dos mais tradicionais espaços de cultura da cidade.

Boa opção

A banda RockTrackers, liderada pelo editor da Tribuna de Minas, Wendell Guiducci, sobe ao palco da Bravo Beer, amanhã, às 20h. No repertório, trilhas sonoras do cinema, como “Footloose”, “Flashdance” e “Bete Balanço”.

Noite de autógrafos

Ex-aluno de medicina da UFJF, Cassio Rodrigues divide com Ricardo Fuscaldi a autoria do livro de ficção científica “Crônicas do Quarto Milênio Invasão”, com selo da Chiado.  O lançamento será dia 14 de fevereiro, na Saraiva do Independência Shopping.

Antenado

Simplesmente desapareceu em meio ao matagal, a escadaria que liga a Avenida Presidente Itamar Franco ao Cascatinha, acesso usado, especialmente, por estudantes da UFJF e quem trabalha nas imediações.  Com a palavra, o Demlurb.

Sem resposta

Perguntado sobre o projeto de restauração dos dois bondes do Parque da Lajinha, durante um bate-papo no “Encontro com CR”, na TMTV, o artista Gerson Guedes afirmou que desde o dia 6 de abril de 2019 entrou com protocolo na Prefeitura, mas até hoje não recebeu resposta.  Segundo ele, “procurei algumas empresas privadas, apresentei o projeto e consegui ajuda financeira para custear o restauro. O meu trabalho é voluntário, pois a cidade não pode perder essa memória”.

O projeto terá custo zero para a Prefeitura.

Quem fala

De Belo Horizonte chega convite do jornalista Paulo Cesar de Oliveira para o almoço Conexão Empresarial, dia 2 de março, no Buffet Catarina, em Belo Horizonte. O convidado especial para falar é o governador paulista João Dória, uma das mais influentes lideranças do País.

SOS Alto dos Passos

Os moradores da Rua Dom Viçoso estão assustados com a “cratera” aberta na esquina com Rua Dr. Laureano.  A enxurrada solapou o asfalto provocando o enorme buraco, perigo iminente para os motoristas que circulam pela via.

Única do Brasil

Pequena, bucólica e fria, Monte Verde, no Sul de Minas, acaba de ser incluída na seleta lista dos dez destinos mais acolhedores do mundo. A seleção foi feita pelo site turístico holandês Booking

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Por onde andam…

Bárbara Daibert, diretora de relações internacionais da UFJF, vai coordenar, segunda-feira, um encontro no Campus com imigrantes refugiados que se encontram em Juiz de Fora e cidades da região.  A proposta é conhecer as demandas.

Toque

“A felicidade do corpo consiste na saúde, e a do espírito, na sabedoria”

Tales de Mileto

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 16/01/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/16-01-2020/infestacao-de-caramujos-preocupa-moradores-em-jf.html

Título: “Infestação de caramujos preocupa moradores e JF”

Animais aparecem em grande escala em período chuvoso e podem causar doenças

Moradores do Bairro Ipiranga, na Zona Sul de Juiz de Fora, estão convivendo com intensificação da presença de caramujos africanos na região. O aparecimento em larga escala dos animais foi verificado ao longo dos últimos meses e causa receio pela possibilidade de transmitir doenças no contato com humanos. O período propício para animais é preocupação também da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Juiz de Fora, que alerta a população para cuidados especiais no combate à praga.

Em diversos pontos da Rua Olívia Moreira, no Bairro Ipiranga, é possível notar caramujos africanos nas paredes das residências ou no solo, em pontos mais escondidos. Quem mora na região afirma ser comum a presença do animal em diversos períodos do ano, mas o aparecimento tem sido mais frequente atualmente. “Agora está ficando maior (a presença dos caramujos), por conta da chuva e do calor. Tem aparecido bastante”, lamenta Patrícia Silva, moradora há 40 anos do bairro, que utiliza sal para eliminar o animal.

O problema é compartilhado pela vizinhança. Na casa ao lado, Ângela Maria Cosme também aprende a conviver com os animais. Vizinha de Patrícia há 13 anos, Ângela tem preocupação aumentada pelo temor de que o filho, 10 anos, tenha contato físico com os caramujos. “A gente não consegue dar conta, porque, às vezes, você mata um e aparecem outros dois. Eu acho que precisaria ter alguma coisa para combater e acabar de vez”, sugere a moradora, que admitiu não saber de nenhum pedido de intervenção feito pela vizinhança junto à PJF.

Eliminação

O Departamento de Zoonoses da Secretaria de Saúde contabilizou três notificações realizadas por moradores da cidade sobre o aparecimento dos caramujos em área urbana. Por esta razão, organizou uma série de recomendações. Entre elas, destaca-se não consumir nem tocar no animal, buscando higienização imediata com água e sabão em caso de contato; e deixar de molho frutas e legumes por 30 minutos, dentro de uma bacia com uma colher de água sanitária e um litro de água.

Já para a eliminação correta, o indivíduo deverá proceder da seguinte maneira: com as mãos protegidas com luvas ou sacos plásticos, coloque os animais dentro de um balde ou latão. Em seguida, acrescente um litro de água sanitária e três litros de água. Em 30 minutos os animais morrerão. Basta jogar a água fora, introduzir os caramujos em um saco plástico e eliminá-los na coleta de lixo normalmente.

A pasta também destaca que os ovos dos moluscos devem ser eliminados, e alerta que não é indicado matar o animal com sal, pois desta forma o terreno fica inutilizado para a agricultura. Esclareceu, ainda, que a eliminação é simples e as orientações podem ser fornecidas através do telefone 3690-7030. Caso o morador não obtenha êxito, os agentes são acionados. “É importante ressaltar que o problema afeta todo o município, principalmente ambientes com lixo e mato alto”, afirmou, por nota, a Secretaria de Saúde.

Caramujos contribuem para renovação do solo, diz especialista

A professora do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Juiz de Fora (ICB/UFJF) Sthefane D’ávila esclareceu que a maior parte dos caramujos encontrados em áreas urbanas não são nocivos às pessoas, se limitando a causar danos às plantações. Alguns desses animais até mesmo oferecem contribuição benéfica para a renovação do solo, de acordo com a pesquisadora. “Nesse sentido, ao se realizar qualquer iniciativa de controle de caramujos terrestres, é muito importante saber diferenciar as espécies que são pragas e as que não causam nenhum prejuízo ao homem”, destaca.

O caramujo africano, espécie presente no Bairro Ipiranga e que geralmente mais se prolifera no perímetro urbano, é mais encontrado em terrenos baldios e em locais de descarte irregular de lixo doméstico, sobretudo em ambientes úmidos e sombreados. O molusco pode ser hospedeiro dos vermes Angiostrongylus costaricensis, causador da angiostrongilíase, e Angiostrongylus cantonensis, causador da meningite. “As pessoas podem se infectar ao ingerir vegetais não higienizados, contendo larvas microscópicas desse parasito. Ao se locomover sobre os vegetais, o caramujo libera um muco que pode conter as larvas dos parasitos”, explica Stephane. Dessa forma, a higienização pessoal e dos vegetais antes do consumo é fundamental para evitar a contaminação.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Social

Data: 16/01/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/16-01-2020/as-fisiculturistas-rose-lopes-leticia-mota-e-flavia-vieira-esbanjando-a-boa-forma-no-privilege.html

Título: “As fisiculturistas Rose Lopes, Letícia Mota e Flávia Vieira esbanjando a boa forma no Privilège”

Toque

“A felicidade do corpo consiste na saúde, e a do espírito, na sabedoria”

Tales de Mileto

Voo Livre

Estão aniversariando, Alcebíades Cruz Filho, José Nalon de Queiroz, Rochelaine Adum Araujo, João Manoel Ferrari, Themer Jabour Venuto, Alberto Riham, Toninho Buda e o promotor Tadeu Bustamente Dias .

Sil Galliano, Márcio Fazza e Vinnicius Moraes abrem a temporada do projeto Script no Samba, com sucessos de Cartola, Noel e Martinho da Vila. Neste sábado, no Espaço Excalibur.

O juiz-forano Jean Gutti integra a equipe da Ford Models, em São Paulo.

Agendado para dia 25, em frente à Ladeira Alexandre Leonel, o primeiro ensaio aberto do Parangolé Valvulado. O tema deste ano é a cultura nordestina.

Começa amanhã, no Ginásio da UFJF, a segunda edição da Copa Trade de Voleibol. Além do JF Vôlei, estão confirmadas as equipes de São José e Lavras. A entrada é um quilo de alimento não perecível.

Dar esmola na rua é auxiliar a vadiagem. Ajude e visite os Seguidores do Bem (3217-4568).

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Saúde

Data: 16/01/2020

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/01/16/hu-ufjf-abre-inscricoes-para-contratacao-de-medico.ghtml

Título: “HU-UFJF abre inscrições para contratação de médico”

Interessados podem se inscrever até segunda-feira (20) pelo site. Vaga de contratação temporária é para atuar no Serviço de Transplante Renal.

O Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF/EBSERH) está com inscrições abertas até a próxima segunda-feira (20) para a contratação temporária de médico para o Serviço de Transplante Renal.

Uma vaga é disponibilizada, e o processo de seleção será por meio de avaliação curricular de títulos e experiência profissional.

Entre os pré-requisitos, é exigido certificado de conclusão de Residência Médica em Cirurgia Geral, Urologia ou Cirurgia Vascular, reconhecido pela Comissão Nacional de Residência Médica; ou Título de especialista em Cirurgia Geral, Urologia ou Cirurgia Vascular, reconhecido pela Associação Médica Brasileira e registrado no Conselho Regional de Medicina.

A contratação será de 180 dias, tempo que pode ser prorrogado por igual período, com uma carga horária de trabalho de 24h semanais e salário de R$ 8.647,57.

A inscrição pode ser realizada através do preenchimento de um formulário online no site, na seção “concursos e seleções”, anexando currículo, diploma e documentação comprobatória dos títulos e experiência profissional a serem pontuados.

A publicação do resultado e a homologação do processo seletivo público simplificado acontecem no dia 31 de janeiro, de acordo com o edital.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esporte

Data: 17/01/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/esportes/17-01-2020/equipe-de-jf-disputa-o-campeonato-brasileiro-de-cross-country-no-es.html

Título: “Equipe de JF disputa o Campeonato Brasileiro de Cross Country no ES”

Amanda Oliveira vai em busca do bicampeonato; melhores classificam-se para o Pan-Americano, em fevereiro, no Canadá

Atletas da UFJF embarcaram na manhã desta sexta-feira (17) com destino à Serra, município a aproximadamente 23 quilômetros de Vitória, no Espírito Santo. Os corredores irão enfrentar um percurso repleto de obstáculos durante a Copa Brasil Caixa de Cross Country, que mobiliza 40 clubes de 13 estados, além do Distrito Federal. A competição, que acontece no sábado (18), é o primeiro evento nacional do calendário da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e recebeu mais de 270 inscrições. Os três melhores das categorias adulto e sub-20 irão representar a Seleção Brasileira no Pan-Americano de Cross Country, previsto para acontecer no dia 29 de fevereiro, em Victoria, no Canadá.

A equipe de 11 atletas da UFJF tem como técnicos a dupla Zirlene Santos e Jorge Perrout. Entre os componentes, três nomes carregam grandes possibilidades de medalhar: Amanda Oliveira (adulto – 10 km), que busca o bicampeonato, Noemi Alves (sub-20 – 6 km) e Glenison Gilbert (adulto – 10 km). Também almejam subir ao pódio os atletas Eberth Silvério, Flavio Stumpf, Luan de Oliveira e Neemias Alves pela categoria adulto (10 km); Chrystian Marques compete pelo sub-20 (8 km) e Domingos de Nascimento, pelo sub-18 (6 km). Entre as mulheres, Paula dos Santos corre pelo adulto (10 km) e Ana Carolina Alvim, pelo sub-18 (4 km). Com desfalque de duas atletas que não puderam viajar, Aline Barbosa e Camila dos Santos, a UFJF não poderá competir como equipe pela categoria adulto feminino, disputando apenas pelo masculino.

Segundo Zirlene, a prova é um desafio diferente para corredores que estão acostumados com asfalto, além de ser uma oportunidade rara no calendário de atletismo. “Esses atletas têm esse tipo de prova só uma vez por ano, não é muito comum, acho que pela questão de terreno e logística. E é uma competição que surpreende, porque uma atleta que está sempre ganhando provas de rua, quando entra em uma disputa dessas, o resultado pode mudar. É como um jogador de futsal que vai para o campo e pode não jogar bem”, comenta a treinadora, ressaltando que pela peculiaridade do terreno, o cross country necessita de treinamento diferenciado. Com um percurso circular de 2km de extensão, nas provas de 4, 6, 8 e 10km, os corredores deverão completar entre duas e cinco voltas, segundo suas respectivas categorias.

Em busca do bicampeonato

Segundo a treinadora Zirlene Santos, o cross country é uma modalidade que combina com o perfil de Amanda Oliveira, 22 anos. A atleta já tem o costume de praticar em terrenos acidentados, sobretudo em sua terra natal, Mercês (MG). Com um calendário que inclui Troféu Brasil e meias maratonas em São Paulo e no Rio de Janeiro, a fundista não deve descansar tão cedo. “Esse ano o calendário de provas está com datas adiantadas, por causa das Olimpíadas. Estou treinando bastante e, se Deus quiser, vai ser um ano de mais conquistas”, diz a atleta, que obteve a 16ª colocação geral na São Silvestre.

No ano passado, a mercesana foi campeã brasileira de cross country, título que rendeu classificação para o Pan-Americano, onde ficou na 10ª posição. Neste ano, conforme ela, a concorrência deve ser diferente, já que a equipe de Pinheiros (SP), uma das favoritas na Copa, deve participar. “É uma competição que exige força, resistência, velocidade e vários outros fatores. Tudo pode acontecer. Esse ano o nível estará mais forte, mas vou com confiança para tentar terminar entre as três.”

Novos desafios

Enquanto a maioria dos atletas viajaria apenas nesta sexta – quando terão, inclusive, a oportunidade de conhecer o local da prova – Gilbert de Carvalho, 33, queria mais um dia para descansar. Ele embarcou para Espírito Santo um dia antes, esperando que a decisão possa conferir alguma vantagem na classificação para o Pan-Americano. No ano passado, em sua primeira participação, o atleta de São João del-Rei foi o 5º colocado na prova e conquistou vaga no Mundial. Na Dinamarca, ele chegou a ser o segundo brasileiro melhor colocado e foi essa experiência, de representar o Brasil no exterior, que o impulsionou a disputar novamente a competição.

“Esse ano acredito que estou melhor fisicamente, por estar fazendo mais treinos de força, com subida e descida, além de musculação”, avalia o atleta, ressaltando, porém, que os desafios dessa edição são bem diferentes daqueles enfrentados na última. “Esse ano o local da prova será novidade, porque será em Serra (ES), sendo que até o ano passado as etapas aconteciam em São Paulo. Além disso, outro atleta de Minas é o favorito, o Gilberto Silvestre Lopes, que já venceu seis provas. Tem também o pessoal do Pinheiros, que não participou ano passado, mas estarão esse ano. Acredito que será uma prova de mais alto nível, o que é bom para estarmos sempre melhorando”, observa.

Enquanto a área urbana de São João del-Rei é palco para os treinos de velocidade em asfalto, Gilbert pratica o cross country no distrito de Rio das Mortes, onde reside atualmente. No ano passado, o atleta foi campeão da tradicional Corrida da Fogueira, ao lado de Amanda. Em 2018, foi 16º geral na São Silvestre, sendo o quinto melhor brasileiro na prova.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Arte

Data: 17/01/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/17-01-2020/desenhistas-promovem-encontros-para-retratar-predios-iconicos-de-jf.html

Título: “Desenhistas promovem encontros para retratar prédios icônicos de JF”

O movimento “Urban sketcher”chega à sua quinta prática coletiva neste sábado, às 9h, tendo a Igreja Melquita como inspiração

Onde quer que você tenha aprendido o significado das palavras rabisco, esboço ou rascunho, elas provavelmente foram associadas a algo um pouco bagunçado, até mesmo caótico ou fruto de uma etapa de pré-produção. Entretanto, essas definições podem mudar quando falamos de um “sketch”, palavra inglesa equivalente aos três termos anteriormente citados. Trata-se de um desenho rápido e com aspecto incompleto, mas que em meio a um traço e outro gera resultados surpreendentes que podem ir além do estampado no papel. É o caso dos entusiastas do Urban Sketcher (USK), um movimento internacional criado em 2008 e que chegou a Juiz de Fora de forma oficial no ano passado. Apesar de ser prática coletiva recente, os amantes do desenho urbano chegam ao seu quinto encontro na cidade neste sábado (8).

As reuniões são marcadas sempre em locais que guardam edificações de destaque em meio à mistura de prédios, casas e demais elementos que compõem a cidade. Os últimos quatro foram respectivamente na Praça da Estação, Colégio Academia, Centro de Ciências (UFJF) e Museu de Arte Murilo Mendes. A próxima inspiração é a Igreja Melquita, famosa por sua forma discoide. A coordenadora do USK/JF, Angélica Gomes, que divide a função com José Augusto Petrillo, explica que cada trabalho pretende captar o que a cidade tem de único. “A proposta é desenhar a cidade da maneira como cada pessoa a vê, não só sua arquitetura, mas a sua vida urbana em si. Embora as cidades tenham suas semelhanças, cada uma possui suas particularidades, e isso é captado pelos desenhistas de rua de forma única.”

Manifesto

O grupo juiz-forano não é fixo e muito menos fechado. Todo evento é gratuito e não exige inscrição, além de ser aberto a qualquer faixa etária e não exigir pré-requisitos, nem mesmo artísticos. “Qualquer pessoa pode chegar com seu material e participar conosco. A cada encontro temos a grata satisfação de dar boas vindas a novos membros”, pontua a coordenadora. Não existem regras para a manifestação pessoal nos desenhos, mas o grupo segue o Manifesto dos Urban Sketchers criado pelo jornalista espanhol Gabriel Campanário, que concebeu o movimento. Em meio aos oito pontos listados estão a prática dos desenhos de locação através da observação direta, a contação de histórias do dia a dia por meio dos rabiscos, a valorização do estilo individual e a utilização dos sketchs como registros do tempo e do lugar. Outro importante pilar do grupo é a conectividade, também descrita no manifesto, e que prevê a divulgação dos trabalhos on-line. No caso dos urban sketchers juiz-foranos, ela é feita pelo perfil no instagram @uskjuizdefora.

O manifesto funciona como guia, mas, para Angélica, a individualidade de cada desenhista é o que há de mais significativo no movimento. “O importante é registrar o olhar pessoal sobre a cidade no sketchbook. A técnica utilizada é aquela que cada um domina, a que cada pessoa escolhe para se expressar. Queremos mostrar Juiz de Fora ao mundo, um desenho de cada vez.”

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Educação

Data: 16/01.2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/16-01-2020/ufjf-divulga-resultado-final-do-pism-iii.html

Título: “UFJF divulga resultado final do PISM III”

Candidatos podem conferir o resultado final na página da Copese; mais de 2.303 vagas em 76 cursos estão sendo ofertadas

Os candidatos do Módulo III do Pism já podem conferir o resultado final do módulo III do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) deste ano, disponibilizado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) na página da Coordenação Geral de Processos Seletivos (Copese) nessa quinta-feira (16). Os estudantes concorrem a um total de 2.303 vagas nos 76 cursos ofertados pela instituição. Outras 213 vagas são destinadas ao campus avançado em Governador Valadares. Além do resultado, a Copese publicou as pontuações máximas e mínimas para aprovação no triênio 2017-2019. O curso de Medicina pela cota E alcançou a maior nota, com 1.136 pontos.

Os aprovados precisam realizar a pré-matrícula on-line entre os dias 22 e 26 de janeiro e, depois, comparecer à matrícula presencial. No campus de Juiz de Fora, essa segunda fase ocorre entre os dias 30 e 31 de janeiro, e em Governador Valadares, entre 3 e 4 de fevereiro. Para cada curso há uma data e um horário específicos, que devem ser conferidos no cronograma disponibilizado pela Coordenadoria de Assuntos e Registros Acadêmicos (Cdara). Os prazos são os mesmos para as pessoas que vão iniciar o curso no segundo semestre, sendo que as datas podem sofrer alteração e, portanto, devem ser acompanhadas. Para fazer a matrícula, o aluno precisa ter passado pela pré-matrícula on-line e portar os documentos conforme o grupo de vagas ao qual pertence.

Para os estudantes que não estão classificados pela chamada regular, ainda há oportunidade de ingresso, por meio dos editais de reclassificação, que o Cdara deve lançar neste ano. Ao todo são 14 chamadas, cinco ainda no primeiro semestre de 2020 e outras nove no segundo, sendo que a primeira sai no dia 12 de fevereiro. Nesses casos, é responsabilidade exclusiva do candidato acompanhar as informações divulgadas pelo Cdara, com as orientações para as datas de matrículas e reclassificações.

Pism I e II

As notas dos módulos I e II serão divulgadas no dia 10 de março. Os candidatos podem solicitar recursos de até dois conteúdos, no valor de R$ 24. Se a Copese determinar a procedência da reclamação, haverá reembolso da taxa paga. Os pedidos devem ser feitos presencialmente, na Central de Atendimento ou pelo e-mail vestibular@ufjf.edu.br, através de formulário próprio, no dia 11 do mesmo mês.

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Veículo: Brasil Escola

Editoria: Editoria

Data: 16/01/2020

Link: https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/noticias/ufjf-divulga-aprovados-no-pism-2020/347151.html

Título: “UFJF divulga aprovados no PISM 2020”

 Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) divulgou nesta quinta-feira, 16 de janeiro, a lista de aprovados no Módulo III do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) 2020.

Veja o resultado

Os aprovados no Pism devem realizar as duas etapas exigidas pela UFJF para as matrículas. Veja:

  • On-line: das 12h do dia 22 de janeiro até as 23h59 do dia 26 de janeiro
  • Presencial: 30 e 31 de janeiro (Juiz de Fora) | 3 e 4 de fevereiro (Governador Valadares)

Clique aqui para conferir a documentação e horários de matrículas

O Pism

A universidade aplicou as provas da seletiva nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro. Os candidatos do Módulo III responderam questões objetivas de conhecimentos gerais e perguntas discursivas de disciplinas específicas aos cursos. Para os candidatos ao curso de Música teve provas de habilidades específicas como parte do Pism. A etapa foi realizada em setembro de 2019 e se dividiu em teoria e prática.

Os candidatos tiveram acesso às notas do Módulo III no dia 7 de janeiro com direito aos recursos. Já as notas preliminares dos Módulos I e II serão divulgadas no dia 10 de março e as notas definitivas no dia 18.

Vagas

O Pism oferece vagas na UFJF para os estudantes aprovados no Módulo III. As fazes anteriores acumulam as notas até a etapa final. Foram oferecidas 2.303 vagas distribuídas por Juiz de Fora e Governador Valadares. Destas, 50% são para cotistas de escolas públicas.

Para mais informações acesse o Site da UFJF ou consulte o edital.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Lazer

Data: 17/01/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/especiais/roteiros-jf/17-01-2020/5-programas-para-as-ferias-escolares-em-jf.html

Título: “5 programas para as férias escolares em JF”

Com sol ou chuva, saiba o que fazer com as crianças na cidade nos dias de folga

O tempo em Juiz de Fora nem sempre ajuda, mas no período em que a criançada está de férias, é sempre bacana ter opções de lazer fora de casa, pequenos passeios na cidade em que habitam diariamente, ver um pouquinho o mundo além das telas. Com a chuva (ou mesmo com sol em excesso), nem sempre dá para optar por programas que envolvam levar a meninada para se divertir ao ar livre, mas nem por isso falta o que fazer para se divertir. Separamos cinco rolês no esquema “faça-sol-ou-fala-chuva” para você se divertir com a galerinha em folgas escolares bem aqui em Juiz de Fora. (Outra dica é que ainda estamos em temporada de colônias de férias, até já fizemos um roteiro indicando algumas, vale a pena pesquisar, tem várias opções de espaços, atividades e preços). Confira:

Jardim Botânico

O Jardim Botânico da UFJF é um grande pedaço de Mata Atlântica em Juiz de Fora, em que visitantes podem ter contato com mais de 400 espécies nativas e compreender seus usos, suas relações ecológicas e dimensões culturais. A visitação é gratuita e aberta ao público, sempre de terça a sexta, das 8h às 17h, e domingo, das 9h às 17h, com última entrada de visitantes às 16h. Você pode passear no “freestyle”, explorando as paisagens e outros espaços de acordo com a sua vontade, guiado por monitores que ajudam no percurso que você quiser. Também é uma boa seguir os roteiros temáticos propostos pelo Jardim Botânico, organizados em torno de pontos relacionados ao tema.

São quatro: o de grandes grupos vegetais, que busca apresentar e analisar a diversidade do jardim; o de diversidade vegetal e etnobotânica, que explora os saberes populares associados a estes recursos; o de processos e relações ecológicas, que tem foco nas relações entre as espécies, revelando processos como o mutualismo, o parasitismo e a competição; o de socioambientalismo, que tem foco crítico nas questões históricas, políticas e econômicas da relação entre sociedade e natureza; e o de mitos, heroínas e heróis brasileiros, que visa resgatar e valorizar a cultura nacional e debater temas como feminismo, racismo e etnocídio. Como medida de preservação e conservação do Jardim Botânico, o limite de presença simultânea é de 300 pessoas, isto é, quando esta marca for atingida, é preciso esperar que algumas pessoas saiam para que outras possam entrar. Não há restrição de tempo de permanência.

Rua Coronel Almeida Novais 246, Santa Terezinha

Museu Mariano Procópio

Embora o Museu Mariano Procópio, o segundo maior acervo imperial do Brasil, esteja fechado como um todo para reformas, a Villa Ferreira Lage foi reaberta em janeiro para visitas guiadas após restauro. As visitas são realizadas de terça a sexta-feira, e, atualmente, o foco é visualizar o que foi feito nos trabalhos de restauro do espaço, as características do decorativismo e a arquitetura do prédio. Além disso, a sala de música e a de conversa estão com mobília, para que os visitantes possam ter a dimensão do funcionamento de alguns ambientes da casa. São 15 senhas para cada horário de visitação às 10h30 e às 15h. As equipes do museu orientam para que as pessoas cheguem com antecedência por conta da alta procura neste período de férias. Boa pedida para a geração que não conhece a Villa e para a que pode revê-la. Além disso, o parque do museu é sempre uma excelente opção de rolê para uma caminhada ou talvez até um piquenique.

Rua Mariano Procópio 1100, Mariano Procópio

UFJF

A Praça Cívica da UFJF possui espaço para praticar esportes, descansar à sombra, fazer piquenique, brincar, se exercitar, isso sem falar na “pista” de corrida e caminhada e na ciclovia. É um passeio para todas as idades e mesmo para levar os pets para gastar energia quando o tempo está bom. Mas, se chover, ali pertinho tem o Centro de Ciências da universidade, que além de abrigar o planetário e o observatório da instituição (que precisam de agendamento prévio on-line para visitação), tem programação especial para as férias escolares. Até o dia 2 de fevereiro, todas as exposições e atrações estarão abertas: “Tabela periódica interativa”, “Aprenda brincando”, “A célula ao alcance da mão”, Laboratório de ciências e educação matemática, Espaço interativo do Museu de Malacologia e o Museu de arqueologia e etnologia americana, planetário e observatório astronômico). Além dessas exposições, o espaço promoverá cinco oficinas de ciências, sempre de terça a sábado, das 15h às 16h. Nas terças, o tema é “Matemática e arte”; nas quartas, “Física sem mistério”; quintas, “Luzes”; sextas, “Biologia em ação” e; aos sábados “Na pegada da ciência: uma gincana científica”.

Campus universitário, Martelos

Praça CEU

Um tesouro na Zona Norte, a Praça CEU é um rolê garantido para a criançada. Tanto é que a colônia de férias que vai de 20 a 24 de janeiro teve as vagas esgotadas no segundo dia de inscrições (e a lista de espera esgotou logo depois!). Mas para quem moscou no prazo, a praça tem inúmeros atrativos: parque infantil, academia ao ar livre, pista de caminhada, sala de leitura, tênis de mesa, pista de skate, espaço para piquenique, quadra de areia e quadra poliesportiva. Em janeiro, rola também o CineCEU, que já exibiu “O Rei Leão” e exibirá “A Família Addams” (no dia 19, às 16h30) e “O parque dos sonhos” (dia 26, às 16h30). Programe-se!

Avenida Juscelino Kubitschek 5.899, Benfica

Shoppings

Em época de férias e com chuva, muitas famílias optam por um rolê no shopping com a criançada, que só com o combo praça de alimentação + olhadinha nas vitrines já configura um passeio. Para começar, a programação dos cinemas sempre tem algo voltado para a galerinha. Outra coisa: um rolê nas livrarias é sempre uma boa oportunidade para despertar o interesse dos meninos e meninas pela leitura. Por fim, os shoppings sempre fazem programações especialmente voltadas para o público infantil neste período. No Shopping Santa Cruz, rola colônia de férias com atividades variadas e monitoradas diariamente. No Shopping Jardim Norte, a atração é o Monster Race, um grande circuito inflável de brinquedos radicais, com escaladas, escorregadores, floresta de bolas gigantes e labirintos. Já no Independência Shopping, a diversão fica por conta do Mundos dos Blocos, que nesta edição tem o tema “Fundo do mar”, com peças gigantes, mergulho no mar de bolinhas, área criativa de customização, gangorra de polvo, navio escorregador, labirinto do tesouro, área baby na prainha e muito mais.

Independência Shopping

Avenida Presidente Itamar Franco 3600, Cascatinha

Santa Cruz Shopping

Rua Jarbas de Lery Santos1655 Centro

Shopping Jardim Norte

Avenida Brasil 6345, Mariano Procópio, Juiz de Fora – MG, 36080-060

Bônus: Circuito de Férias da Funalfa

Atrações culturais variadas e gratuitas nas férias? Sim! O Circuito de Férias da Funalfa terá, durante janeiro, diversas atrações, para idades também variadas. O CineCEU, indicado acima, bem como a colônia hypada da praça, fazem parte dele, mas diversos outros espaços da Prefeitura estão na programação. No Centro Cultural Dnar Rocha, ainda há vagas para a galera de 6 a 14 anos na colônia de férias, em duas turmas: 20 a 24 e 27 a 31 de janeiro. As inscrições devem ser feitas na secretaria da unidade. No Museu Ferroviário, haverá duas semanas de exibição de filmes, com foco na criançada, além de visitas mediadas. Já no CCBM , o público poderá conferir mostras de arte e participar de visitas orientadas. Além disso, durante todas as quartas de janeiro haverá visitas mediadas ao setor infantojuvenil da Biblioteca Municipal Murilo Mendes, que tem mais de 8.500 publicações entre livros e quadrinhos.

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Veículo: Revista Fórum

Editoria: Política

Data: 17/01/2020

Link: https://revistaforum.com.br/politica/sete-vezes-que-bolsonaro-ou-seu-governo-estiveram-associados-ao-nazismo/

Título: “Sete vezes que bolsonaro ou seu governo estiveram associados ao nazismo”

O flerte do bolsonarismo com o nazifascismo pode ser lembrado em outros episódios para além do discurso de Roberto Alvim; confira

Desde a campanha eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro já demonstrava traços de inspiração no nazifascismo. Com declarações inflamadas, propostas polêmicas e denúncias de ter montado um esquema de divulgação de notícias falsas, Bolsonaro já exibe desde seu longo período como deputado federal um currículo que lhe garantiria, no mínimo, um adjetivo de “extrema-direita” – evitado até hoje por alguns meios de comunicação. O vídeo publicado por Roberto Alvim na quinta-feira (17) é apenas uma expressão desse laço.

Ao chegar a presidência, alguns dos mais céticos e ditos criteriosos apontavam que o ex-capitão se curvaria a uma suposta liturgia do cargo e seria no máximo um “populista de direita” – termo bastante controverso, mas espelhado nos qualificativos atribuídos ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O tempo foi passando e os traços autoritários do então candidato que disse que ia “fuzilar a petralhada” – que hoje afirma que pessoas de esquerda não podem ser tratadas como “pessoas normais” – seguiram evidentes e alguns episódios resgatam o flerte do governo com o nazifascismo, seu discurso e sua estética.

Nesta reportagem vamos trazer alguns casos que foram taxados como neo-fascistas, fascistas, neo-nazistas, nazistas, nazifascistas e outros qualificativos similares. Muitos deles foram resgatados nas redes sociais nesta sexta-feira após a queda de Alvim.

Roberto Alvim e Goebbels

O ex-secretário Especial de Cultura, Roberto Alvim, perdeu seu cargo após explicitar a correlação de seu projeto cultural com as iniciativas de propaganda nazistas em vídeo publicado nas redes sociais com o objetivo de divulgar o Prêmio Nacional das Artes, apresentado horas antes em live com a participação do próprio presidente. Na gravação ele usou uma frase do ministro da Propaganda nazista, Joseph Goebbels, e adotou toda uma estética similar à usada pelos nacionais-socialistas – incluindo trilha sonora de Ópera exaltada por Aldolf Hitler.

Brasil acima de tudo

“Brasil acima de tudo. Deus acima de todos”. O slogan de campanha do então candidato Jair Bolsonaro em 2018, que também deu nome à sua coligação, tem inspiração direta em um slogan nazista.

Na Alemanha de Hitler, um dos bordões mais repetidos era o “Deutschland über alles” que, em português, significa “Alemanha acima de tudo”. O trecho, inclusive, fazia parte do hino nacional alemão, mas foi suprimido ao final da Segunda Guerra Mundial.

O “sósia” de Hitler

Em 2015, Bolsonaro apareceu em foto ao lado de um “sósia” de Hitler após audiência pública na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro convocada para debater o projeto Escola Sem Partido, defendido pelo ex-capitão. Por decisão da Comissão de Educação da Câmara, Marco Antônio Santos, o “Hitler”, foi impedido de falar por estar trajado igual ao ditador nazista, mas isso não o impediu de posar ao lado do hoje presidente da República.

Além da foto, Santos se filiou ao PSC em 2016 – partido que, na época, abrigava Jair Bolsonaro e seu clã – para concorrer à vereança e chegou a receber doações do hoje senador Flávio Bolsonaro – que concorreu à Prefeitura da capital carioca na ocasião.

Skinheads pró-Bolsonaro

Quatro anos antes, uma manifestação comandada pelos grupos Ultradefesa, União Nacionalista e Carecas com a presença de neonazistas e skinheads foi realizada na Avenida Paulista em defesa do então deputado federal Jair Bolsonaro cerca de um mês depois dele declarar no programa “CQC” que os filhos dele não são gays porque tiveram uma boa educação e que disse que não falaria de “promiscuidade” ao ser questionado se seus filhos namorariam uma mulher negra.

Eduardo Thomaz, líder do Ultradefesa, disse na época que o protesto se baseava nos “direitos da família e do cidadão” e não era homofóbico. Hoje, Thomaz é presidente municipal do PSL na cidade de Mairinque. Bolsonaro não foi no ato, mas agradeceu: “Fico feliz se o movimento for voltado contra as propostas que estão aí, de invadir as escolas de primeiro grau simulando o homossexualismo e preparando nossos jovens para a pedofilia”.

“Nazismo de esquerda”

Logo dar declaração à imprensa em Israel afirmando que o nazismo era de esquerda, o presidente Jair Bolsonaro visitou o Museu do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém. Acontece que a instituição descreve  que o movimento de Hitler surgiu de grupos radicais de direita contra o comunismo. O Museu conta que havia um clima de frustração pós-guerra que “junto a intransigente resistência e alertas sobre a crescente ameaça do Comunismo, criou solo fértil para o crescimento de grupos radicais de direita na Alemanha, gerando entidades como o Partido Nazista”.

Partidos políticos alemães chegaram a se manifestar contra as declarações do presidente brasileiro e até mesmo um abaixo-assinado online internacional exige uma retratação do capitão da reserva por distorcer a história.

“Hitler de Brasília”

Thilo F. Papacek, professor alemão e doutor em Históra pela Universidade Livre de Berlim, conversou com a Fórum sobre as declarações e analisou que o discurso do presidente brasileiro tinha muitas semelhanças com o discurso dos partidários de Hitler. “Esse discurso de Bolsonaro de ‘limpar o país’ e ‘fazer exorcismo’ contra a esquerda, sim, chega até aqui. E esse tipo de discurso existia no governo da Alemanha também, entre os anos de 1933 a 1945 [período do goveno nazista de Hitler]. Nesse sentido, Bolsonaro é muito mais semelhante aos nazis”, declarou.

Durante as eleições, o então candidato foi qualificado como “Hitler de Brasília” por um articulista em jornal de Israel. “Hitler em Brasília – Os evangélicos dos EUA e a teoria política nazista que estão por trás do candidato à Presidência do Brasil”, dizia o título do texto.

Abraham Weintraub

Dentro do gabinete de Bolsonaro, Alvim não era o único contestado por abraçar o nazifascismo. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, em discursos e propostas demonstrou não ter medo de expor as facetas mais obscuras da extrema-direita, dialogando com os perfis de direita vaporwave – chamados de fashwaves (fascismo + vaporwave), que em fóruns promovem linchamentos virtuais e ameaças. A própria rejeição completa a Paulo Freire e a perseguição às universidades também são pontos a se destacar.

Em entrevista à Folha de São Paulo, Odilon Caldeira Neto, professor de História da Universidade Federal de Juiz de Fora e uma das principais referencias em estudos sobre nazifascismo no Brasil, afirmou que o pensamento nazifascista “é partilhado, em maior ou menor grau, por outros setores do governo” e destacou a figura de Weintraub, chamando a atenção para a fala conspiratória de que o comunismo comandaria o país e deveria ser combatido.

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Veículo: G1 Santarém e Região

Editoria: Ciência

Data: 17/01/2020

Link: https://g1.globo.com/pa/santarem-regiao/noticia/2020/01/17/cientistas-da-ufopa-e-mais-duas-universidades-brasileiras-descobrem-nova-especie-de-reptil.ghtml

Título: “Cientistas da Ufopa e mais duas universidades brasileiras descobrem nova espécie de réptil”

O nome popular anfisbena-de-capacete surgiu devido à espécie possuir um conjunto de escamas no topo da cabeça, o que lhe dá a aparência de usar um capacete.

Uma parceria entre cientistas de três universidades federais brasileiras, entre elas a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), que tem sede em Santarém, região oeste paraense, resultou na descoberta de um tipo de réptil curioso, uma nova espécie de anfisbena, ou, como é conhecida popularmente, cobra-de-duas-cabeças. A espécie que não é peçonhenta e não oferece nenhum tipo de risco foi descoberta no estado da Bahia, no bioma da Caatinga.

Segundo o coordenador do estudo, Leonardo Ribeiro, que é professor na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), apesar do nome popular, o animal não é uma serpente nem possui duas cabeças. Ele explicou que os herpetólogos – especialistas que estudam anfíbios e répteis – chamam as cobras-de-duas-cabeças de anfisbenas, nome de origem grega que quer dizer “que anda para os dois lados” e faz referência a uma criatura da mitologia grega.

O animal foi descoberto enquanto o Ribeiro estudava espécimes depositados na coleção herpetológica da Univasf, oriundos de um estudo de monitoramento ambiental para a construção de usinas eólicas no interior da Bahia, na região dos municípios de Umburanas e Sento Sé.

Ribeiro percebeu que esses animais não se encaixavam em nenhuma descrição de espécie conhecida até então, e por isso se tratava de uma espécie nova para a ciência. Ele contatou dois colegas, também professores e cientistas em outras universidades públicas, Samuel Gomides (Ufopa/Campus Oriximiná) e Henrique Costa, atualmente na Universidade Federal de Juiz de Fora, na época pesquisador pós-doutorando na Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais.

O nome científico da nova espécie é Amphisbaena acangaoba. Acangaoba é uma palavra originária da língua indígena tupi e se refere aos diversos adornos usados na cabeça durante o cotidiano dos indígenas brasileiros. O nome surgiu devido à espécie possuir um conjunto de escamas no topo da cabeça, o que lhe dá a aparência de usar um capacete. Por isso, os pesquisadores sugerem nomeá-la popularmente como anfisbena-de-capacete.

Além de ser uma homenagem à população indígena brasileira, o nome escolhido também é uma forma de chamar a atenção para a situação desses povos que continuam sofrendo com a destruição dos ambientes naturais e os conflitos com invasores nas reservas em que habitam.

Esta descoberta ressalta a importância dos estudos de impacto e de monitoramento ambiental em empreendimentos que interfiram no ambiente natural. Em um momento em que se discute um relaxamento das leis ambientais no País (caso da PL 3729/04), este achado indica a necessidade de mais investimentos para inventariar nossa biodiversidade e a necessidade de entender como os empreendimentos podem afetar as espécies.

A espécie recém-descoberta só é conhecida nos municípios de Umburanas e Sento Sé, em áreas que foram impactadas pelas obras da construção de usinas eólicas. Serão necessários estudos futuros para avaliar se a espécie é abundante ou rara na região.

Em abril de 2018, a área onde a nova espécie foi descoberta se tornou oficialmente parte da Área de Proteção Ambiental Boqueirão da Onça – um tipo de unidade de conservação que permite ocupação humana e outras atividades, como agropecuária, e até a construção de usinas. Mais importante ainda é o fato de o local ficar a poucos quilômetros do também recém-criado Parque Nacional do Boqueirão da Onça, uma área de proteção integral, ou seja, que deve ficar totalmente preservada. Apenas com novos trabalhos na região será possível afirmar se o réptil também habita o parque.

Outras descobertas

Em maio de 2018, o trio de cientistas já havia publicado a descoberta de uma outra espécie de anfisbena na mesma região, chamada Amphisbaena kiriri, em homenagem à etnia Kiriri, também conhecida como Kariri ou Cariri, que antigamente vivia em grandes comunidades nas caatingas do interior do estado baiano, e atualmente estão restritos a poucos indivíduos. A nova descoberta ressalta a importância da região como um grande santuário da biodiversidade da Caatinga.

Com a nova descoberta, chega a 27 o número de espécies de anfisbenas na Caatinga. No Brasil, são conhecidas mais de 800 espécies de répteis, sendo que, destas, cerca de 80 são anfisbenas. O país ocupa a 3º colocação mundial no número de espécies de répteis, atrás somente da Austrália (cerca de 1.100 espécies) e do México (cerca de 950 espécies).

“Ainda há muito o que descobrir no Brasil como um todo. São encontradas por aqui várias espécies novas de répteis por ano. Entretanto, os recentes cortes de verbas na área da educação e da ciência trazem grandes preocupações. Sem esse dinheiro não há como pesquisar e fazer ciência. Outro ponto preocupante é o relaxamento de leis ambientais”, alertou o pesquisador Samuel Gomides, da Ufopa.

O artigo científico descrevendo a descoberta da nova espécie foi publicado em janeiro no periódico internacional Journal of Herpetology, editado pela Sociedade para o Estudo de Anfíbios e Répteis (Society for the Study of Amphibians and Reptiles – SSAR), considerada a maior sociedade herpetológica internacional, com sede nos Estados Unidos.

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Veículo: Jornal GGN

Editoria: Ciência

Data: 17/01/2020

Link: https://jornalggn.com.br/movimentos-sociais/professores-se-unem-em-defesa-dos-pesquisadores-da-casa-de-rui-barbosa/

Título: “Professores se unem em defesa dos Pesquisadores da Casa de Rui Barbosa”

Flora Sussekind, José Almino de Alencar, Jöelle Rouchou, Charles Gomes e Antônio Herculano Lopes representam, para toda a comunidade acadêmica, pesquisadores de alta qualificação e extrema competência na condução do trabalho ali realizado.

Jornal GGN – Professores da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanos da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) se unem a outros de várias instituições pelo país, em defesa da Casa de Rui Barbosa e em protesto contra a exoneração do chamado Núcleo Duro de pesquisa da Fundação.

Flora Sussekind, José Almino de Alencar, Jöelle Rouchou, Charles Gomes e Antônio Herculano Lopes representam, para toda a comunidade acadêmica, pesquisadores de alta qualificação e extrema competência na condução do trabalho ali realizado. E precisam voltar, continuar seu trabalho.

A Carta Aberta obteve, até o momento, 244 adesões de professores de todo o país.

Leia a seguir.

Carta Aberta à Sociedade em Favor da Recondução a Seus Cargos dos Pesquisadores da Fundação Casa de Rui Barbosa

Nós, professores da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, aqui designados, e demais colegas signatários desta e de outras instituições apresentamos nossos protestos contra a exoneração, dos cargos de chefia e direção dos Centros de Pesquisa da Fundação Casa de Rui Barbosa, da ensaísta e professora Flora Sussekind, do sociólogo e escritor José Almino de Alencar, da jornalista Jöelle Rouchou, do cientista político Charles Gomes e do historiador teatral e cultural Antônio Herculano Lopes. Todos eles são pesquisadores de alta qualificação e eficaz atuação intelectual, com reconhecida competência na condução da pesquisa de uma instituição de prestígio na área de Ciências Humanas. Suas exonerações são injustificáveis e inaceitáveis. Prestando-lhes nossa solidariedade, rechaçamos o modo desrespeitoso com que foram destituídos de seus cargos por força e motivações absolutamente alheias aos fins e aos princípios intelectuais, científicos e acadêmicos que norteiam a administração de instituições públicas, voltadas à produção do conhecimento. Essa óbvia arbitrariedade abala os processos de preservação e o estudo dos acervos de um dos principais centros de pesquisa do Brasil. A ela se somam a censura e a perseguição a outras atividades culturais, científicas e educacionais, entre outras formas de violência que hoje buscam ser institucionalizadas. 

Conclamamos todos que se preocupam com a produção e a circulação da pesquisa e do conhecimento no Brasil à união em favor da justa e imediata recondução dos colegas pesquisadores a seus cargos, em defesa da Fundação Casa de Rui Barbosa e das instituições públicas de ensino, educação e pesquisa. 

  1. Adelaide Gonçalves, UFC
  2. Adma Muhana, USP
  3. Adrian Pablo Fanjul, USP
  4. Afrânio Mendes Catani, USP
  5. Alcides Villaça, USP
  6. Alcir Pécora, UNICAMP
  7. Alfredo Cesar Barbosa de Melo, UNICAMP
  8. Allysson Fernandes Garcia, UFG
  9. Álvaro Bianchi, UNICAMP
  10. Álvaro Hattnher, UNESP
  11. Amélia Chon, USP
  12. Ana Cristina de Rezende Chiara, UERJ
  13. Ana Fani Alessandri Carlos, USP
  14. Ana Lúcia Machado de Oliveira, UERJ
  15. André Luiz Rodrigues, USP
  16. André Martin, USP
  17. André Nemi Conforte, UERJ
  18. André Roberto Martins, USP
  19. André Singer, USP
  20. Andréa Werkema, UERJ
  21. Angelita Pereira de Lima, UFG
  22. Anita Simis, UNESP
  23. Anselmo Pessoa Neto, UFG
  24. Antonia Terra de Calazans Fernandes, USP
  25. Antônio Bosi, UNIOESTE
  26. Antonio Dimas, USP
  27. Antonio Manoel dos Santos Silva, UNESP
  28. Arlenice Almeida da Silva, USP
  29. Armando Caputi, UFABC
  30. Arnaldo Franco Júnior, UNESP
  31. Beatriz Daruj Gil, USP
  32. Beatriz Raposo de Medeiros, USP
  33. Beatriz Vieira, UERJ
  34. Benivaldo José de Araújo Júnior, USP
  35. Benjamin Abdala Júnior, USP
  36. Betina Bischof, USP
  37. Bruno Gomide, USP
  38. Caio Gagliardi, USP
  39. Carlinda Fragale Pate Nuñez, UERJ
  40. Carlos Augusto Calil, USP
  41. Carmem Lúcia Negreiros de Figueiredo, UERJ
  42. Célia Sebastiana Silva, UFG
  43. Celso Favaretto, USP
  44. Celso Frederico, USP
  45. Cibele Saliba Rizek, USP
  46. Cícero Romão Resende de Araújo, USP
  47. Cilaine Alves Cunha,USP
  48. Claudio Cezar Henriques, UERJ
  49. Constantino Luz de Medeiros, UFMG
  50. Daniel Gaido, CONICET (Universidade Nacional de Córdoba)
  51. Deise Quintiliano, UERJ
  52. Elaine Nunes Silva Fernandes, UFAL
  53. Eliane Robert de Moraes, USP
  54. Eliany Alvarenga, UFG
  55. Elias Thomé Saliba, USP
  56. Elyezer Szturm, UNB
  57. Enid Yatsouda, UNICAMP
  58. Ernani Chaves, UFPA
  59. Erwin Torralbo Gimenez, USP
  60. Fabio Alves, USP
  61. Fabio Betioli Contel, USP
  62. Fábio de Souza Andrade, USP
  63. Fábio Konder Comparato
  64. Fátima Cristina Dias Rocha, UERJ
  65. Felipe Bastos Mansur da Silva, UERJ
  66. Fernanda Areas Peixoto, USP
  67. Fernanda Carneiro Cavalcanti, UERJ
  68. Fernanda Lemos de Lima, UNESP
  69. Fernanda Padovesi Fonseca, USP
  70. Flávio Aguiar, USP
  71. Flávio Carneiro, UERJ
  72. Francini Ricieri, UNICAMP
  73. Francisco Foot Hardman, UNICAMP
  74. Gabriel Chon, USP
  75. Glória Alves, USP
  76. Graça Druck, UFG 
  77. Guilherme Wisnik, USP
  78. Gustavo Bernardo Galvão Krause, UERJ
  79. Helder Garmes, USP
  80. Hélio de Seixas Guimarães, USP
  81. Heloísa Buarque de Almeida, USP
  82. Heloísa Fernandes, USP
  83. Henrique Marques Samyn, UERJ
  84. Henrique Pessoa Pereira Alves, Scuola AUIC (Itália)
  85. Hivy Damasio Araújo Mello, UNICAMP
  86. Homero Freitas de Andrade, USP
  87. Homero Santiago, USP
  88. Horácio Costa, USP
  89. Horácio Gutiérrez, USP
  90. Ieda Magri, UERJ
  91. Ieda Maria Alves, USP
  92. Íris Kantor, USP
  93. Ismail N. Xavier, USP
  94. Italo Moriconi, UERJ
  95. Ivan Marques, USP
  96. Ivo da Silva Júnior, UNIFESP
  97. Jaime Ginzburg,USP
  98. Jean Pierre Chauvin, USP
  99. Jefferson Agostini Melo, USP
  100. Joaci Pereira Furtado, UFF
  101. João Adolfo Hansen, USP
  102. João Cezar de Castro Rocha, UERJ
  103. João dos Reis Silva Júnior, UFSCar
  104. João Roberto Farias, USP
  105. Jorge Grespan, USP
  106. Jorge Leite Jr., UFSCar
  107. Jorge Mattos Brito de Almeida, USP
  108. José Antônio Vasconcelos, USP
  109. José Carlos Pinheiro Prioste, UERJ
  110. José Carlos Santos de Azeredo, UERJ
  111. José Luiz Fiorin, USP
  112. José Miguel Wisnik, USP
  113. José Ricardo Ramalho, UFRJ
  114. Júlio Ambrózio, UFJF
  115. Laura Erber, UNIRIO e University of Copenhagen KUA
  116. Laurindo Leal Filho, USP
  117. Laymert Garcia dos Santos, UNICAMP
  118. Leda Maria Paulani, USP
  119. Lenita Maria Rimoli Pisetta, USP
  120. Leon Kossovitch, USP
  121. Leonardo Davino de Oliveira, UERJ
  122. Lígia Chiappinni, USP
  123. Ligia Fonseca Ferreira, UNIFESP
  124. Lorenzo Mammì, USP
  125. Lúcia de La Rocque Rodriguez, UERJ
  126. Lúcia Granja, UNICAMP
  127. Luciano César Garcia Pinto, UNIFESP
  128. Luciene Marie Pavanelo, UNESP
  129. Luís Augusto Fischer, UFRGS
  130. Luís César Oliva, USP
  131. Luiz Bernardo Pericás, USP
  132. Luiz Dagobert de Aguirra Roncari, USP
  133. Luiz Eduardo Soares, UERJ
  134. Luiz Jorge Weneck Vianna, PUC
  135. Luiz Renato Martins, USP
  136. Luiz Roberto Santos Moraes, UFBA
  137. Magali dos Santos Moura, UERJ
  138. Magda Bahia Schlee, UERJ
  139. Maite Celada, USP
  140. Manoel Fernandes de Sousa Neto, USP
  141. Manoel Luiz Gonçalves Corrêa, UERJ
  142. Manoela Rossinetti Rufinoni, UNIFESP
  143. Marcelo Braz, UFRJ
  144. Marcelo Lachat, UNIFESP
  145. Marcelo Ridenti, UNICAMP
  146. Márcia Regina Barros da Silva, USP
  147. Márcia Maria de Arruda Franco, USP
  148. Marcos Antonio de Moraes, USP
  149. Marcos Del Royo, UNESP
  150. Marcos Flamínio, USP
  151. Marcos Napolitano, USP
  152. Marcos Silva, USP
  153. Marcus Alexandre Motta, UERJ
  154. Marcus Mazzari, USP
  155. Maria Alice Gonçalves Antunes, UERJ
  156. Maria Augusta Costa Vieira, USP
  157. Maria Betânia Amoroso, UNICAMP
  158. Maria Caramez Carlotto, UFABC
  159. Maria do Socorro Fernandes de Carvalho, UNIFESP
  160. Maria Helena Pereira Toledo Machado, USP
  161. Maria Inês Batista Campos, USP
  162. Maria Lígia Prado, USP
  163. Maria Lúcia Cacciola, USP
  164. Maria Lygia Quartim de Moraes, UNICAMP
  165. Maria Teresa Tedesco Vilardo Abreu, UERJ
  166. Marilena Chauí, USP
  167. Marília Garcia, UNIFESP
  168. Maria Victoria Benevides, USP
  169. Mario Jorge da Motta Bastos, UFF
  170. Marta M. Chagas de Carvalho, USP
  171. Maurício Keinert, USP
  172. Mauro Luís Iasi, UFRJ
  173. Mayra Laudanna, USP
  174. Michel Lowy, CNRS (França)
  175. Michel Riaudel, Sorbonne Université (França)
  176. Miriam Gárate, UNICAMP
  177. Mónica Arroyo, USP
  178. Nabil Araújo de Souza, UERJ
  179. Neide T. Maya Gonzaléz, USP
  180. Olga Ferreira Coelho, Sansone, USP
  181. Olgária Matos, USP e UNIFESP
  182. Osvaldo Coggiola, USP
  183. Otília Arantes, USP
  184. Oto Araújo Vale, UFSCar
  185. Pablo Simpson, UNESP
  186. Paola Giraldo Herrera, UNIFESSPA
  187. Paula Marcelino, USP
  188. Paulo Arantes, USP
  189. Paulo Butti de Lima, Università di Bari (Itália)
  190. Paulo Henrique Fernandes Silveira, USP
  191. Paulo Henriques Britto, PUC
  192. Paulo Martins, USP
  193. Paulo Sérgio Pinheiro, USP
  194. Pedrinho Guareschi, UFRGS
  195. Pítias Lobo, UFG
  196. Priscila Figueiredo, USP
  197. Priscila Rossinetti Rufinoni, UnB
  198. Ramiro Marcos Dulcich Piccolo, UFF
  199. Regina Lúcia Pontieri, USP
  200. Renan Quinalha, UNIFESP
  201. Renato da Silva Queiroz, USP
  202. Renato Janine Ribeiro, USP
  203. Ricardo Fabrini, USP
  204. Ricardo Musse, USP
  205. Ricardo Souza de Carvalho, USP
  206. Ricardo Terra, USP
  207. Roberto Leher, UFRJ
  208. Roberto Schwarz, UNICAMP
  209. Rodrigo Castelo Branco Santos, UNIRIO
  210. Ronaldo Brito, PUC
  211. Rosângela Sarteschi, USP
  212. Salete Cara, USP
  213. Sandra Guardini Teixeira Vasconcelos, USP
  214. Šárka Grauová, Universidade Carolina (República Tcheka)
  215. Sean Purdy, USP
  216. Sérgio Cardoso, USP
  217. Sérgio Nazar David, UERJ
  218. Sheila Vieira de Camargo Grillo, USP
  219. Sílvia Maria Azevedo, UNESP
  220. Silviano Santiago, PUC/RJ e UFF
  221. Simone Rossinetti Rufinoni, USP
  222. Susana Souto, UFAL
  223. Susanna Busato, UNESP
  224. Sylvia Basseto, USP
  225. Sylvia Caiuby Novaes, USP
  226. Tania Maria Nunes de Lima Câmara, UERJ
  227. Tânia Shepherd, UERJ
  228. Thaís Caroline dos Santos Fidelis, UFAL
  229. Thelma Lessa da Fonseca, UFMS
  230. Ulisses Infante, UNESP
  231. Vagner Camilo, USP
  232. Valdemar, UFSCar
  233. Vanessa Martins do Monte, USP
  234. Vima Lia de Rossi Martin, USP
  235. Vinícius Vieira Pereira, UFES
  236. Virgínia Fontes, UFF
  237. Viviana Bosi, USP
  238. Vivianne Fleury de Faria, UFG
  239. Vladimir Safatle, USP
  240. Wagner Costa Ribeiro, USP
  241. Walnice Nogueira Galvão, USP
  242. Wilson Alves Bezerra, UFSCar
  243. Wilton José Marques, UFSCar
  244. Yudith Rosenbaun, USP 

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Veículo: MSN Notícias

Editoria: Social

Data: 17/01/2020

Link: https://www.msn.com/pt-br/noticias/boas-noticias/fazia-faxinas-para-poder-estudar-a-hist%c3%b3ria-da-ex-empregada-dom%c3%a9stica-que-se-tornou-doutora/ar-BBZ3uTs?srcref=rss

Título: “‘Fazia faxinas para poder estudar’: a história da ex-empregada doméstica que se tornou doutora”

Dois meses atrás, Simone Marasco, 34 anos, comemorou a conclusão do doutorado.

O fato fez com que ela relembrasse as dificuldades que enfrentou desde a infância para que pudesse estudar. Por cerca de oito anos, trabalhou como empregada doméstica e faxineira e se dividiu entre os livros e itens de limpeza. Hoje, se orgulha da sua história de vida. Em relato à BBC News Brasil, ela conta as dificuldades e humilhações que enfrentou até se tornar doutora.

Abaixo, leia o relato da história de Simone:

Durante a minha infância e adolescência, eu só pensava em estudar para mudar de vida. Sou filha de uma costureira e de um pedreiro, que sequer completaram o ensino fundamental. Morávamos na periferia de Juiz de Fora, em Minas Gerais. Para ter dinheiro para comprar itens como materiais escolares, comecei a fazer diversos bicos desde cedo. Fui babá, entreguei salgadinhos e fui servente de pedreiro para o meu pai.

Quando terminei o ensino fundamental, deixei a minha escola na periferia para estudar em um colégio público na região central de Juiz de Fora. Mas havia um problema: eu não tinha dinheiro para pagar as passagens de ônibus para que pudesse me locomover diariamente ao novo colégio.

Os meus pais não tinham condições para me ajudar no transporte escolar. Por isso, procurei um trabalho fixo. Assim, me tornei empregada doméstica aos 14 anos, em uma casa próxima à região em que eu morava com a minha família.

Passei a me dividir entre o trabalho com serviços domésticos e os estudos. Para fazer atividades escolares, restavam somente as madrugadas.

Fiz o primeiro e o segundo ano do ensino médio em uma escola pública, na região central de Juiz de Fora. Eu trabalhava no período da manhã e da tarde. Saía do serviço e logo pegava o ônibus em direção à escola. No terceiro ano, estudei em uma escola particular, porque o colégio público onde eu estudava entrava muito em greve e eu queria ter uma boa preparação para o vestibular daquele ano.

Grande parte do meu salário como empregada doméstica passou a ser destinada à mensalidade da escola. Apesar de ser a caçula entre os meus irmãos, fui a primeira a concluir o ensino médio. Para me preparar para o vestibular, usava quase todo o meu tempo livre, em meio ao trabalho e escola. No meu quarto, cortava folhas com fórmulas importantes para que eu pudesse memorizar.

Depois de tanta dedicação, fui aprovada no curso de Letras na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), com habilitação em português e latim.

Acesso ao ensino superior

Nas últimas décadas, o Brasil adotou políticas públicas de inclusão no ensino superior – como as cotas para pessoas de baixa renda familiar, oriundos de escola pública ou pardos e negros. Houve também as criações de financiamento estudantil, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), e as concessões de bolsas parciais ou integrais na rede privada, por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni).

Apesar das medidas, especialistas afirmam que o acesso à educação superior ainda é para uma minoria no país. De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população de baixa renda tem atraso escolar quatro vezes maior que as pessoas com rendimentos maiores.

“Houve aumento no acesso ao ensino superior nas últimas décadas, com as políticas de expansão da educação superior e de ação afirmativa. Mas o percentual de alunos matriculados não é distribuído de maneira uniforme em termos de renda, cor e região do país”, pontua a pesquisadora Rosana Heringer, doutora em Sociologia e professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Os mais pobres são os que menos chegam ao ensino superior. Segundo Heringer, as razões para isso incluem desde a trajetória escolar, que muitas vezes tem um ensino fundamental e médio da pior qualidade, à entrada precoce – ainda no início da adolescência – no mercado de trabalho.

A universidade

Quando ingressei na universidade, ainda não haviam entrado em vigor políticas públicas de acesso ao ensino superior como as cotas para pessoas de baixa renda. Mesmo não tendo a oportunidade de recorrer à cota na minha época, sei que é uma medida muito necessária. É como se fosse um paliativo até que a educação básica seja equiparada (entre escolas públicas e privadas).

Na universidade, me encantei pela literatura latina, principalmente pela mitologia greco-romana. Por isso, decidi que queria trabalhar, principalmente, com o latim.

Durante a graduação, minha rotina de aprendizado continuou a mesma do ensino médio: estudar durante a madrugada. Enquanto as pessoas liam os textos para as aulas durante o dia ou no trabalho, eu não poderia deixar o banheiro cheio de água ou parar outra atividade para ler. Então, minha vida sempre foi estudar na madrugada. Dormia de quatro a seis horas por dia. Virar a noite sempre foi comum para mim.

No começo da graduação, mudei de casa e passei a trabalhar com uma nova família. Nesse novo trabalho, sofri muita humilhação. A avó do meu patrão guardava toda a comida do almoço na geladeira, pegava um pote com o almoço do dia anterior e dizia que eu deveria comer aquilo. Mesmo sobrando, ela não deixava que eu comesse a mesma comida que haviam almoçado naquele dia.

O meu prato, copo e talheres eram separados. Diziam que eu não poderia usar os mesmos itens da família. Me sentia como uma peça da casa. Esse era um dos principais motivos para que eu quisesse deixar de ser empregada doméstica o quanto antes. Passei pouco mais de um ano nessa casa.

Pouco após entrar na universidade, abandonei o serviço fixo como doméstica e me tornei diarista. Foi até mesmo uma forma para conciliar com a universidade, porque comecei a fazer algumas disciplinas durante a tarde.

Eu fazia as diárias nas casas de estudantes e de servidores da universidade. Um ia contanto para o outro sobre o meu trabalho e acabavam surgindo novos serviços. Eu estipulava os dias e horários em que poderia trabalhar, conforme as aulas de cada semestre.

Os meus principais clientes eram universitários, que me pagavam para fazer faxinas em repúblicas. Era uma função, muitas vezes, complicada, porque alguns jovens não me respeitavam, eu recebia cantadas e chegaram a tentar me agarrar.

Mesmo com dificuldades, nunca pensei em parar de fazer faxinas. Era a única forma que eu tinha para comprar os materiais necessários para a universidade e pagar o meu próprio almoço. Nem sempre eu tinha dinheiro para comer e, por isso, uma professora costumava me ajudar. Ela sabia das minhas dificuldades, então me chamava para fazer faxinas e também me levava para almoçar em sua casa. Um dos pontos positivos em ter sido diarista é que conheci pessoas incríveis nesse período.

Aos 21 anos, concluí a graduação. Ainda continuei trabalhando como diarista, pois estava desempregada. Na época, fiz um processo seletivo e fui aprovada no mestrado em estudos literários, com foco na literatura latina, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte.

Juntei dinheiro e me mudei para Belo Horizonte. Fiz o mestrado na UFMG por um ano. Na época, não consegui nenhum tipo de bolsa para me ajudar financeiramente. Por isso, precisei me dividir entre os estudos e algumas faxinas. Mas consegui poucos trabalhos como diarista naquela região, pois conhecia poucas pessoas.

Quando estava na metade desse mestrado, o pouco dinheiro que eu tinha foi levado durante um assalto. Não tive condições financeiras para me manter em Belo Horizonte e voltei para Juiz de Fora. Eu ainda planejava concluir o mestrado na capital, mas a minha orientadora da época me desestimulou. Ela me disse que eu deveria escolher entre trabalhar ou estudar, porque eu deveria me dedicar totalmente aos estudos. Eu expliquei que não tinha bolsa na universidade, então precisava trabalhar, porque senão poderia até ficar sem comer. Mas ela não entendeu. Por fim, desisti desse primeiro mestrado.

Nesse mesmo ano, me tornei professora substituta na UFJF. O contrato era de dois anos. A partir de então, abandonei a função de diarista.

O salário como professora era quatro vezes maior do que o que eu ganhava com faxinas. Com o primeiro salário, reformei o telhado da casa dos meus pais (hoje já falecidos). Chovia muito dentro de casa e ajudá-los. Para mim, isso foi a minha independência. Apesar de ter começado a trabalhar cedo, aquele momento foi a primeira vez em que vi que poderia fazer algo para ajudar meus pais.

Comecei a namorar. Meu companheiro, que hoje é meu marido, cursava física na UFJF. Ele passou em um concurso público para lecionar em Volta Redonda (RJ). Eu disse que me mudaria com ele somente se eu fosse aprovada e conseguisse bolsa em um mestrado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Fiz a prova e fui selecionada para o mestrado na UFRJ, com bolsa. Me mudei para Volta Redonda com o meu companheiro. Em uma motocicleta, percorria quase diariamente os cerca de 130 quilômetros que separam Volta Redonda, onde morávamos, e a capital do Rio de Janeiro.

Quando concluí o mestrado, logo comecei o doutorado em letras clássicas, onde também consegui bolsa para me manter

Pós-graduação

De acordo com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), no Brasil havia, até o fim do ano passado, 131,6 mil pessoas matriculadas em mestrados e 114,8 mil matriculados em doutorados – os dados correspondem a diferentes áreas de estudos.

Em 2019, segundo a Capes, foram destinadas 95 mil bolsas divididas entre mestrado (R$ 1,5 mil cada bolsa), doutorado (R$ 2,2 mil) e pós-doutorado (R$ 4,1 mil) no Brasil.

A Capes afirma que concede bolsas de estudo para estimular a “formação de recursos humanos de alto nível, consolidando assim os padrões de excelência imprescindíveis ao desenvolvimento do Brasil.” Em 2019, a entidade anunciou contingenciamento de despesas e cortou mais de 11 mil bolsas de diferentes áreas. O fato causou revolta e especialistas disseram que traria graves prejuízos à pesquisa no país.

Posteriormente, a Capes anunciou gradativamente, ao longo do ano passado, a retomada das bolsas. No fim do ano, segundo a entidade, todas haviam sido retomadas, após liberação total dos R$ 3, 98 bilhões que eram aguardados para 2019.

Diretora de avaliação da Capes, Sônia Báo ressalta que as bolsas são fundamentais para que muitos pesquisadores e estudantes consigam continuar com suas atividades. Apesar de não haver dados específicos sobre o tema, ela afirma que nos últimos anos houve aumento no número de pessoas com menor renda na pós-graduação.

“As políticas, atualmente, iniciam-se no acesso ao ensino superior uma vez que 50% das vagas da Universidades Públicas são destinadas aos estudantes provenientes de escolas públicas (cotas sociais). Este é um início para que a carreira acadêmica possa ser seguida. No entanto, seguir a carreira acadêmica envolve outros aspectos, onde destaco a paixão pelo ensinar e fazer pesquisa”, afirma Sônia.

Para as pessoas de baixa renda que não conseguem bolsas, muitas vezes torna-se impossível concluir uma pós-graduação, segundo estudiosos. Um dos principais motivos é que essas áreas costumam exigir dedicação quase exclusiva do acadêmico e podem impedi-lo de ter um emprego fixo. “Tive estudantes de pós-graduação em com rendas menores que tiveram dificuldades de acompanhar e concluir o curso, principalmente em função das dificuldades econômicas”, declara Rosana Heringer.

Depois de formados, um dos dilemas enfrentados por muitos que concluem o mestrado ou doutorado é a busca por um emprego na área. “Hoje existe um maior acesso aos cursos de pós-graduação e, por consequência, um número maior de concluintes. Não é possível generalizar, pois em muitas áreas os recém mestres e recém doutores são demandados e há mais oportunidades. Mas, em outras áreas, onde há menor demanda por profissionais com esta qualificação, é mais difícil para mestres e doutores conseguirem se inserir no mercado de trabalho em ocupações correspondentes ao seu nível de formação”, explica Rosana Heringer.

“Temos visto muitos doutores que terminam por trabalhar em atividades que exigem menor qualificação, situação relacionada também à crise do mercado de trabalho brasileiro. Dada esta precariedade no mercado de trabalho acredito que para muitos profissionais a situação é mais difícil hoje”, acrescenta Heringer.

‘As bolsas foram fundamentais’

Em novembro passado, concluí o doutorado. Somente terminei o mestrado e o doutorado porque tive bolsas. Não conseguiria essa formação se não fossem esses auxílios. Não considero que minha história seja exemplo de meritocracia, pois sei que sou o que sou porque tive acesso a políticas públicas voltadas para a educação. Existiria meritocracia se todas as pessoas tivessem as mesmas oportunidades e o mesmo modo de vida.

Entre as pessoas que tinham mesmo estilo de vida que o meu, poucas conseguiram concluir a graduação.

Agora que concluí o doutorado, estou em busca de um emprego como professora de latim. A grande dificuldade é que não se dá aula de latim em qualquer lugar. Mas seguirei tentando. Porém, não descarto, daqui a algum tempo, se nada aparecer, atuar em outras áreas, talvez como professora de português. Por enquanto, tenho administrado uma loja de produtos geeks em Volta Redonda, que é do meu marido e um sócio dele.

Hoje me divido entre o trabalho na loja e os cuidados com a minha filha, de três anos. Quero que ela entenda a importância do estudo e tenha uma infância mais tranquila que a minha. Porque quando eu era criança e adolescente, nunca tive tempo para grandes aspirações. Só imaginava que o estudo era a única forma de mudar a minha realidade.

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Veículo: Yahoo Notícias

Editoria: Política

Data: 17/01/2020

Link: https://br.vida-estilo.yahoo.com/alvim-%C3%A9-parte-um-governo-190400750.html?src=rss

Título: “Alvim é parte de um governo que flerta com ideias fascistas, diz pesquisador”

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Ao copiar uma fala de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha nazista, o ex-secretário da Cultura Roberto Alvim não foi um peixe fora d’água no governo Jair Bolsonaro. A simpatia por ideias que flertam com totalitarismos do século 20, o fascismo e o nazismo, não é inédita nessa administração.

Desta vez, não é banalizar o uso do termo fascista para toda e qualquer pessoa que discorde de você, como vemos acontecer tanto por aí. É o que diz Odilon Caldeira Neto, professor de história contemporânea da Universidade Federal de Juiz de Fora e um dos principais estudiosos no Brasil do neofascismo e da extrema direita verde e amarela.

Alvim virou “ex” nesta sexta (17), após ser demitido do cargo, na esteira da repercussão que seu discurso da véspera, quase um fac-símile de um pronunciamento em 1933 no qual Goebbels defendia uma arte alemã “heroica” e “nacional”. 

Caldeira Neto lembra de outro episódio em que membros do atual governo ecoaram estratégias comuns no fascismo. 

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, deu uma amostra disso quando afirmou em palestra que “os comunistas estão topo do país, eles são o topo das organizações financeiras, são os donos dos grandes jornais, das grandes empresas, dos monopólios”. 

“É um discurso conspiracionista, cuja estrutura narrativa se assemelha em alguma medida ao conspiracionismo fascista”, afirma o acadêmico. É a ideia de que há um “governo oculto”, uma “elite”, que tudo controla e precisa ser expurgada.

Parecido teria feito o regime nazista, na primeira metade do século 20, com os judeus e outros grupos malquistos.

Quando Bolsonaro, ainda em campanha eleitoral, disse que fuzilaria a “petralhada”, difundiu de quebra a noção de que é preciso “purificar a nação, refundar a nacionalidade”, afirma Caldeira Neto. Outro traço dos regimes nacionalistas de matiz autoritária.

“Se a homenagem e apropriação de Goebbels não fosse notada, Alvim seria exonerado? O meu ponto é que esse tipo de pensamento não é propriedade exclusiva dele”, continua. “Ele é partilhado, em maior ou menor grau, por outros setores do governo.”

Até em momentos banais, como uma troca de tuítes, essa simpatia a protagonistas do autoritarismo do século 20 afloraria. Como quando Filipe Martins, assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, ao saudar o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) em dezembro, usou a expressão em espanhol “ya hemos pasao” (já passamos).

A frase é associada ao ditador Francisco Franco, uma resposta irônica ao mote “não passarão”, popular entre a esquerda. 

A desqualificação dos oponentes, “que não são tratados como adversários do campo político, mas como inimigos a ser combatidos”, é outro elemento próprio do fascismo em seu história, segundo o professor. “É a negação do outro. Temos, em momentos como este, não apenas a utilização de um argumento que cabe mais à filosofia ou à práxis fascista, mas inclusive à exaltação de figuras centrais do fascismo histórico.”

O nazismo, explica Caldeira Neto, é um modelo de fascismo. “Apesar do nome rememorar a experiência italiana, foram diversos movimentos e ditaduras que remetiam a esse tipo mais específico. O nazismo foi um deles, e certamente a expressão mais radical, intolerante, genocida e racista.”

O mesmo nazismo, aliás, que grupos bolsonaristas tentaram aliar à esquerda, ainda que Adolf Hitler tenha advogado pela “destruição do marxismo em todas as suas formas” em “Minha Luta”, seu misto de autobiografia e panfleto antissemita.

A fala de Alvim perigava passar despercebida se não fosse a semelhança tão forte com a de Goebbels. Nem por isso deixaria de ser ameaçadora, diz Caldeira Neto. “A criação de uma ‘alta cultura’ nacional, que sugere a negação das demais formas, considerando-as como espécies degeneradas, não é apenas uma tentativa de diferenciar e hierarquizar as supostas ‘alta’ e ‘baixa’ cultura, mas sim um modelo único e autoritário.”

Nada fortuita foi, nesse contexto, a seleção de uma música de Richard Wagner como trilha sonora. O alemão tinha conhecidas posturas antissemistas e, em meados do século 19, lançou “O Judaísmo na Música” (Das Judentum in der Musik). No panfleto, não disfarça seu desprezo pela produção de compositores judeus da época.

“Mais que o Wagner compositor do século 19, que não vivenciou o surgimento e o crescimento do nazismo, a forma como ocorreu a escolha remete nitidamente às estratégias de propaganda política do nazismo”, diz Caldeira Neto. 

As músicas de Wagner eram frequentes em eventos do Terceiro Reich. Sua ópera “Os Mestres-Cantores de Nurembergue” era um hit entre nazistas.

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Veículo: Rede GN

Editoria: Política 

Data: 17/01/2020

Link: https://www.redegn.com.br/index.php?sessao=noticia&cod_noticia=126507

Título: “O ex-secretário Alvim é parte de um governo que flerta com ideias fascistas, diz pesquisador”

Ao copiar uma fala de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha nazista, o ex-secretário da Cultura Roberto Alvim não foi um peixe fora d’água no governo Jair Bolsonaro. A simpatia por ideias que flertam com totalitarismos do século 20, o fascismo e o nazismo, não é inédita nessa administração.

Desta vez, não é banalizar o uso do termo fascista para toda e qualquer pessoa que discorde de você, como vemos acontecer tanto por aí. É o que diz Odilon Caldeira Neto, professor de história contemporânea da Universidade Federal de Juiz de Fora e um dos principais estudiosos no Brasil do neofascismo e da extrema direita verde e amarela.

Alvim virou “ex” nesta sexta (17), após ser demitido do cargo, na esteira da repercussão que seu discurso da véspera, quase um fac-símile de um pronunciamento em 1933 no qual Goebbels defendia uma arte alemã “heroica” e “nacional”.

Caldeira Neto lembra de outro episódio em que membros do atual governo ecoaram estratégias comuns no fascismo.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, deu uma amostra disso quando afirmou em palestra que “os comunistas estão topo do país, eles são o topo das organizações financeiras, são os donos dos grandes jornais, das grandes empresas, dos monopólios”.

“É um discurso conspiracionista, cuja estrutura narrativa se assemelha em alguma medida ao conspiracionismo fascista”, afirma o acadêmico. É a ideia de que há um “governo oculto”, uma “elite”, que tudo controla e precisa ser expurgada.

Parecido teria feito o regime nazista, na primeira metade do século 20, com os judeus e outros grupos malquistos.

Quando Bolsonaro, ainda em campanha eleitoral, disse que fuzilaria a “petralhada”, difundiu de quebra a noção de que é preciso “purificar a nação, refundar a nacionalidade”, afirma Caldeira Neto. Outro traço dos regimes nacionalistas de matiz autoritária.

“Se a homenagem e apropriação de Goebbels não fosse notada, Alvim seria exonerado? O meu ponto é que esse tipo de pensamento não é propriedade exclusiva dele”, continua. “Ele é partilhado, em maior ou menor grau, por outros setores do governo.”

Até em momentos banais, como uma troca de tuítes, essa simpatia a protagonistas do autoritarismo do século 20 afloraria. Como quando Filipe Martins, assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, ao saudar o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) em dezembro, usou a expressão em espanhol “ya hemos pasao” (já passamos).

A frase é associada ao ditador Francisco Franco, uma resposta irônica ao mote “não passarão”, popular entre a esquerda.

A desqualificação dos oponentes, “que não são tratados como adversários do campo político, mas como inimigos a ser combatidos”, é outro elemento próprio do fascismo em seu história, segundo o professor. “É a negação do outro. Temos, em momentos como este, não apenas a utilização de um argumento que cabe mais à filosofia ou à práxis fascista, mas inclusive à exaltação de figuras centrais do fascismo histórico.”

O nazismo, explica Caldeira Neto, é um modelo de fascismo. “Apesar do nome rememorar a experiência italiana, foram diversos movimentos e ditaduras que remetiam a esse tipo mais específico. O nazismo foi um deles, e certamente a expressão mais radical, intolerante, genocida e racista.”

O mesmo nazismo, aliás, que grupos bolsonaristas tentaram aliar à esquerda, ainda que Adolf Hitler tenha advogado pela “destruição do marxismo em todas as suas formas” em “Minha Luta”, seu misto de autobiografia e panfleto antissemita.

A fala de Alvim perigava passar despercebida se não fosse a semelhança tão forte com a de Goebbels. Nem por isso deixaria de ser ameaçadora, diz Caldeira Neto. “A criação de uma ‘alta cultura’ nacional, que sugere a negação das demais formas, considerando-as como espécies degeneradas, não é apenas uma tentativa de diferenciar e hierarquizar as supostas ‘alta’ e ‘baixa’ cultura, mas sim um modelo único e autoritário.”

Nada fortuita foi, nesse contexto, a seleção de uma música de Richard Wagner como trilha sonora. O alemão tinha conhecidas posturas antissemistas e, em meados do século 19, lançou “O Judaísmo na Música” (Das Judentum in der Musik). No panfleto, não disfarça seu desprezo pela produção de compositores judeus da época.

“Mais que o Wagner compositor do século 19, que não vivenciou o surgimento e o crescimento do nazismo, a forma como ocorreu a escolha remete nitidamente às estratégias de propaganda política do nazismo”, diz Caldeira Neto.

As músicas de Wagner eram frequentes em eventos do Terceiro Reich. Sua ópera “Os Mestres-Cantores de Nurembergue” era um hit entre nazistas.

Folha Pernambuco

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Veículo: Portal do Holanda

Editoria: Política

Data: 17/01/2020

Link: https://www.portaldoholanda.com.br/arte-e-cultura-0/alvim-e-parte-de-um-governo-que-flerta-com-ideias-fascista

Título: “Alvim é parte de um governo que flerta com ideias fascistas, diz pesquisador”

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Ao copiar uma fala de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha nazista, o ex-secretário da Cultura Roberto Alvim não foi um peixe fora d’água no governo Jair Bolsonaro. A simpatia por ideias que flertam com totalitarismos do século 20, o fascismo e o nazismo, não é inédita nessa administração.

Desta vez, não é banalizar o uso do termo fascista para toda e qualquer pessoa que discorde de você, como vemos acontecer tanto por aí. É o que diz Odilon Caldeira Neto, professor de história contemporânea da Universidade Federal de Juiz de Fora e um dos principais estudiosos no Brasil do neofascismo e da extrema direita verde e amarela.

Alvim virou “ex” nesta sexta (17), após ser demitido do cargo, na esteira da repercussão que seu discurso da véspera, quase um fac-símile de um pronunciamento em 1933 no qual Goebbels defendia uma arte alemã “heroica” e “nacional”. 

Caldeira Neto lembra de outro episódio em que membros do atual governo ecoaram estratégias comuns no fascismo. 

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, deu uma amostra disso quando afirmou em palestra que “os comunistas estão topo do país, eles são o topo das organizações financeiras, são os donos dos grandes jornais, das grandes empresas, dos monopólios”. 

“É um discurso conspiracionista, cuja estrutura narrativa se assemelha em alguma medida ao conspiracionismo fascista”, afirma o acadêmico. É a ideia de que há um “governo oculto”, uma “elite”, que tudo controla e precisa ser expurgada.

Parecido teria feito o regime nazista, na primeira metade do século 20, com os judeus e outros grupos malquistos.

Quando Bolsonaro, ainda em campanha eleitoral, disse que fuzilaria a “petralhada”, difundiu de quebra a noção de que é preciso “purificar a nação, refundar a nacionalidade”, afirma Caldeira Neto. Outro traço dos regimes nacionalistas de matiz autoritária.

“Se a homenagem e apropriação de Goebbels não fosse notada, Alvim seria exonerado? O meu ponto é que esse tipo de pensamento não é propriedade exclusiva dele”, continua. “Ele é partilhado, em maior ou menor grau, por outros setores do governo.”

Até em momentos banais, como uma troca de tuítes, essa simpatia a protagonistas do autoritarismo do século 20 afloraria. Como quando Filipe Martins, assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, ao saudar o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) em dezembro, usou a expressão em espanhol “ya hemos pasao” (já passamos).

A frase é associada ao ditador Francisco Franco, uma resposta irônica ao mote “não passarão”, popular entre a esquerda. 

A desqualificação dos oponentes, “que não são tratados como adversários do campo político, mas como inimigos a ser combatidos”, é outro elemento próprio do fascismo em seu história, segundo o professor. “É a negação do outro. Temos, em momentos como este, não apenas a utilização de um argumento que cabe mais à filosofia ou à práxis fascista, mas inclusive à exaltação de figuras centrais do fascismo histórico.”

O nazismo, explica Caldeira Neto, é um modelo de fascismo. “Apesar do nome rememorar a experiência italiana, foram diversos movimentos e ditaduras que remetiam a esse tipo mais específico. O nazismo foi um deles, e certamente a expressão mais radical, intolerante, genocida e racista.”

O mesmo nazismo, aliás, que grupos bolsonaristas tentaram aliar à esquerda, ainda que Adolf Hitler tenha advogado pela “destruição do marxismo em todas as suas formas” em “Minha Luta”, seu misto de autobiografia e panfleto antissemita.

A fala de Alvim perigava passar despercebida se não fosse a semelhança tão forte com a de Goebbels. Nem por isso deixaria de ser ameaçadora, diz Caldeira Neto. “A criação de uma ‘alta cultura’ nacional, que sugere a negação das demais formas, considerando-as como espécies degeneradas, não é apenas uma tentativa de diferenciar e hierarquizar as supostas ‘alta’ e ‘baixa’ cultura, mas sim um modelo único e autoritário.”

Nada fortuita foi, nesse contexto, a seleção de uma música de Richard Wagner como trilha sonora. O alemão tinha conhecidas posturas antissemistas e, em meados do século 19, lançou “O Judaísmo na Música” (Das Judentum in der Musik). No panfleto, não disfarça seu desprezo pela produção de compositores judeus da época.

“Mais que o Wagner compositor do século 19, que não vivenciou o surgimento e o crescimento do nazismo, a forma como ocorreu a escolha remete nitidamente às estratégias de propaganda política do nazismo”, diz Caldeira Neto. 

As músicas de Wagner eram frequentes em eventos do Terceiro Reich. Sua ópera “Os Mestres-Cantores de Nurembergue” era um hit entre nazistas.

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Veículo: Folha PE

Editoria: Política

Data: 17/01/2020

Link: https://www.folhape.com.br/politica/politica/politica/2020/01/17/NWS,128017,7,547,POLITICA,2193-ALVIM-PARTE-GOVERNO-QUE-FLERTA-COM-IDEIAS-FASCISTAS-DIZ-PESQUISADOR.aspx

Título: “Alvim é parte de um governo que flerta com ideias fascistas, diz pesquisador”

Desta vez, não é banalizar o uso do termo fascista para toda e qualquer pessoa que discorde de você, como vemos acontecer tanto por aí. É o que diz Odilon Caldeira Neto

Ao copiar uma fala de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha nazista, o ex-secretário da Cultura Roberto Alvim não foi um peixe fora d’água no governo Jair Bolsonaro. A simpatia por ideias que flertam com totalitarismos do século 20, o fascismo e o nazismo, não é inédita nessa administração.

Desta vez, não é banalizar o uso do termo fascista para toda e qualquer pessoa que discorde de você, como vemos acontecer tanto por aí. É o que diz Odilon Caldeira Neto, professor de história contemporânea da Universidade Federal de Juiz de Fora e um dos principais estudiosos no Brasil do neofascismo e da extrema direita verde e amarela.

Alvim virou “ex” nesta sexta (17), após ser demitido do cargo, na esteira da repercussão que seu discurso da véspera, quase um fac-símile de um pronunciamento em 1933 no qual Goebbels defendia uma arte alemã “heroica” e “nacional”.

Caldeira Neto lembra de outro episódio em que membros do atual governo ecoaram estratégias comuns no fascismo.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, deu uma amostra disso quando afirmou em palestra que “os comunistas estão topo do país, eles são o topo das organizações financeiras, são os donos dos grandes jornais, das grandes empresas, dos monopólios”.

“É um discurso conspiracionista, cuja estrutura narrativa se assemelha em alguma medida ao conspiracionismo fascista”, afirma o acadêmico. É a ideia de que há um “governo oculto”, uma “elite”, que tudo controla e precisa ser expurgada.

Parecido teria feito o regime nazista, na primeira metade do século 20, com os judeus e outros grupos malquistos.

Quando Bolsonaro, ainda em campanha eleitoral, disse que fuzilaria a “petralhada”, difundiu de quebra a noção de que é preciso “purificar a nação, refundar a nacionalidade”, afirma Caldeira Neto. Outro traço dos regimes nacionalistas de matiz autoritária.

“Se a homenagem e apropriação de Goebbels não fosse notada, Alvim seria exonerado? O meu ponto é que esse tipo de pensamento não é propriedade exclusiva dele”, continua. “Ele é partilhado, em maior ou menor grau, por outros setores do governo.”

Até em momentos banais, como uma troca de tuítes, essa simpatia a protagonistas do autoritarismo do século 20 afloraria. Como quando Filipe Martins, assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, ao saudar o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) em dezembro, usou a expressão em espanhol “ya hemos pasao” (já passamos).

A frase é associada ao ditador Francisco Franco, uma resposta irônica ao mote “não passarão”, popular entre a esquerda.

A desqualificação dos oponentes, “que não são tratados como adversários do campo político, mas como inimigos a ser combatidos”, é outro elemento próprio do fascismo em seu história, segundo o professor. “É a negação do outro. Temos, em momentos como este, não apenas a utilização de um argumento que cabe mais à filosofia ou à práxis fascista, mas inclusive à exaltação de figuras centrais do fascismo histórico.”

O nazismo, explica Caldeira Neto, é um modelo de fascismo. “Apesar do nome rememorar a experiência italiana, foram diversos movimentos e ditaduras que remetiam a esse tipo mais específico. O nazismo foi um deles, e certamente a expressão mais radical, intolerante, genocida e racista.”

O mesmo nazismo, aliás, que grupos bolsonaristas tentaram aliar à esquerda, ainda que Adolf Hitler tenha advogado pela “destruição do marxismo em todas as suas formas” em “Minha Luta”, seu misto de autobiografia e panfleto antissemita.

A fala de Alvim perigava passar despercebida se não fosse a semelhança tão forte com a de Goebbels. Nem por isso deixaria de ser ameaçadora, diz Caldeira Neto. “A criação de uma ‘alta cultura’ nacional, que sugere a negação das demais formas, considerando-as como espécies degeneradas, não é apenas uma tentativa de diferenciar e hierarquizar as supostas ‘alta’ e ‘baixa’ cultura, mas sim um modelo único e autoritário.”

Nada fortuita foi, nesse contexto, a seleção de uma música de Richard Wagner como trilha sonora. O alemão tinha conhecidas posturas antissemistas e, em meados do século 19, lançou “O Judaísmo na Música” (Das Judentum in der Musik). No panfleto, não disfarça seu desprezo pela produção de compositores judeus da época.

“Mais que o Wagner compositor do século 19, que não vivenciou o surgimento e o crescimento do nazismo, a forma como ocorreu a escolha remete nitidamente às estratégias de propaganda política do nazismo”, diz Caldeira Neto.

As músicas de Wagner eram frequentes em eventos do Terceiro Reich. Sua ópera “Os Mestres-Cantores de Nurembergue” era um hit entre nazistas.

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Veículo: Folha de São Paulo

Editoria: Política

Data: 17/01/2020

Link: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2020/01/alvim-e-parte-de-um-governo-que-flerta-com-ideias-fascistas-diz-pesquisador.shtml

Título: “Alvim é parte de um governo que flerta com ideias fascistas, diz pesquisador”

[TEXTO NÃO COPIÁVEL]

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Veículo: Folha Vitória

Editoria: Esporte

Data: 17/01/2020

Link: https://www.folhavitoria.com.br/esportes/blogs/corridaderua/2020/01/17/copa-brasil-de-cross-country-abre-calendario-da-cbat-de-2020-em-serra/

Título: “Corrida de rua”

Ex-secretário de Cultura foi exonerado ao copiar fala de Joseph Goebbels em pronunciamento

Ao copiar uma fala de Joseph Goebels, ministro da Propaganda da Alemanha Nazista, o ex-secretário da Cultura Roberto Alvim não foi um peixe fora d’água no governo Jair Bolsonaro. A simpatia por ideias que flertam com totalitarismos do século 20, o fascismo e o nazismo, não é inédita nessa administração.

Desta vez, não é banalizar o uso do termo fascista para toda e qualquer pessoa que discorde de você, como vemos acontecer tanto por aí. É o que diz Odilon Caldeira Neto, professor de história contemporânea da Universidade Federal de Juiz de Fora e um dos principais estudiosos no Brasil do neofascismo e da extrema direita verde e amarela.

Alvim virou “ex” nesta sexta (17), após ser demitido do cargo, na esteira de repercussão que seu discurso de véspera, quase um fac-símile de um pronunciamento em 1933 no qual Goebbles defendia uma arte alemã “heróica” e “nacional”.

Caldeira Neto lembra de outro episódio em que membros do atual governo ecoaram estratégias comuns no fascismo. 

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, deu uma amostra disso quando afirmou em palestra que “os comunistas estão topo do país, eles são o topo das organizações financeiras, são os donos dos grandes jornais, das grandes empresas, dos monopólios”.

“É um discurso conspiracionista, cuja estrutura narrativa se assemelha em alguma medida ao conspiracionismo fascista”, afirma o acadêmico. É a ideia de que há um “governo oculto”, uma “elite”, que tudo controla e precisa ser expurgada.

Parecido teria feito o regime nazista, na primeira metade do século 20, com os judeus e outros grupos malquistos.

Quando Bolsonaro, ainda em campanha eleitoral, disse que fuzilaria a “petralhada”, difundiu de quebra a noção de que é preciso “purificar a nação, refundar a nacionalidade”, afirma Caldeira Neto. Outro traço dos regimes nacionalistas de matiz autoritária.

“Se a homenagem e apropriação de Goebbles não fosse notada, Alvim seria exonerado? O meu ponto é que esse tipo de pensamento não é propriedade exclusiva dele”, continua. “Ele é partilhado, em maior ou menor grau, por outros setores do governo.”

Até em momentos banais, com uma troca de tuítes, essa simpatia a protagonistas do autoritarismos do século 20 afloraria. Como quando Felipe Martins, assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, ao saudar o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) em dezembro, usou a expressão em espanhol “ya hemos pasao” (já passamos).

A frase é associada ao ditador Francisco Franco, uma resposta irônica ao mote “não passarão”, popular entre a esquerda.

A desqualificação dos oponentes, “que são tratados como adversários do campo político, mas como inimigos a ser combatidos”, é outro elemento próprio do fascismo em seu história, segundo o professor. “É a negação do outro. Temos, em momentos como este, não apenas a utilização de um argumento que cabe mais à filosofia ou à práxis fascista, mas inclusive à exaltação de figuras centrais do fascismo histórico.”

O nazismo, explica Caldeira Neto, é um modelo de fascismo. “Apesar do nome rememorar a experiência italiana, foram diversos movimentos e ditaduras que remetiam a esse tipo mais específico. O nazismo foi um deles, e certamente a expressão mais radical, intolerante, genocida e racista.”

O mesmo nazismo, aliás, que grupos bolsonaristas tentaram aliar à esquerda, ainda que Adolf Hitler tenha advogado pela “destruição do marxismo em todas as suas formas” em “Minha Luta”, seu misto de autobiografia e panfleto antissemita.

A fala de Alvim perigava passar despercebida se não fosse a semelhança tão forte com a de Goebbels. Nem por isso deixaria de ser ameaçadora, diz Caldeira Neto. “A criação de uma ‘alta cultura’ nacional, que sugere a negação das demais formas, considerando-as como espécies degeneradas, não é apenas uma tentativa de diferenciar e hierarquizar as supostas ‘alta’ e ‘baixa’ cultura, mas sim um modelo único e autoritário.”

Nada fortuita foi, nesse contexto, a seleção de uma música de Richard Wagner como trilha sonora. O alemão tinha conhecidas posturas antissemistas e, em meados do século 19, lançou “O Judaísmo na Música” (Das Judentum in der Musik). No panfleto, não disfarça seu desprezo pela produção de compositores judeus da época.

“Mais que o Wagner compositor do século 19, que não vivenciou o surgimento e o crescimento do nazismo, a forma como ocorreu a escolha remete nitidamente às estratégias de propaganda política do nazismo”, diz Caldeira Neto. 

As músicas de Wagner eram frequentes em eventos do Terceiro Reich. Sua ópera “Os Mestres-Cantores de Nurembergue” era um hit entre nazistas.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Lazer

Data: 17/01/2020

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/01/17/jardim-botanico-abre-periodo-para-agendamento-de-ensaios-fotograficos-em-juiz-de-fora.ghtml

Título: “Jardim Botânico abre período para agendamento de ensaios fotográficos em Juiz de Fora”

Os formulários devem ser preenchidos na internet com marcação válida para o período entre 20 de janeiro a 27 de julho.

O Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) abriu o agendamento para ensaios fotográficos no local. Os formulários devem ser preenchidos na internet com marcação válida para o período entre 20 de janeiro a 27 de julho.

De acordo com a UFJF, as sessões são realizadas exclusivamente nas segundas-feiras, no horário de 8h às 16h. Para cada dia, podem ser agendadas até seis vagas para os ensaios. Nestes dias, o Jardim Botânico não é aberto para visitação do público.

Após a confirmação da data por parte da equipe do local não há limite para permanência para produção das imagens. Na solicitação, deverão constar informações sobre o nome do fotógrafo, dos participantes, telefones, entre outras informações.

O Jardim Botânico já contou com 96 ensaios realizados por profissionais de fotografia. Para o próximo período foram disponibilizadas 168 vagas.

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Veículo: UOL

Editoria: Social

Data: 17/01/2020

Link: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2020/01/17/fazia-faxinas-para-poder-estudar-a-historia-da-ex-empregada-domestica-que-se-tornou-doutora.htm

Título: “‘Fazia faxinas para pode estudar’: a história da ex-empregada doméstica que se tornou doutora”

Simone Marasco trabalhou por quase oito anos como empregada doméstica e faxineira para que pudesse estudar.

Dois meses atrás, Simone Marasco, 34 anos, comemorou a conclusão do doutorado. 

O fato fez com que ela relembrasse as dificuldades que enfrentou desde a infância para que pudesse estudar. Por cerca de oito anos, trabalhou como empregada doméstica e faxineira e se dividiu entre os livros e itens de limpeza. Hoje, se orgulha da sua história de vida. Em relato à BBC News Brasil, ela conta as dificuldades e humilhações que enfrentou até se tornar doutora

Abaixo, leia o relato da história de Simone: 

Durante a minha infância e adolescência, eu só pensava em estudar para mudar de vida. Sou filha de uma costureira e de um pedreiro, que sequer completaram o ensino fundamental. Morávamos na periferia de Juiz de Fora, em Minas Gerais. Para ter dinheiro para comprar itens como materiais escolares, comecei a fazer diversos bicos desde cedo. Fui babá, entreguei salgadinhos e fui servente de pedreiro para o meu pai. 

Quando terminei o ensino fundamental, deixei a minha escola na periferia para estudar em um colégio público na região central de Juiz de Fora. Mas havia um problema: eu não tinha dinheiro para pagar as passagens de ônibus para que pudesse me locomover diariamente ao novo colégio.

Os meus pais não tinham condições para me ajudar no transporte escolar. Por isso, procurei um trabalho fixo. Assim, me tornei empregada doméstica aos 14 anos, em uma casa próxima à região em que eu morava com a minha família. 

Passei a me dividir entre o trabalho com serviços domésticos e os estudos. Para fazer atividades escolares, restavam somente as madrugadas. 

Fiz o primeiro e o segundo ano do ensino médio em uma escola pública, na região central de Juiz de Fora. Eu trabalhava no período da manhã e da tarde. Saía do serviço e logo pegava o ônibus em direção à escola. No terceiro ano, estudei em uma escola particular, porque o colégio público onde eu estudava entrava muito em greve e eu queria ter uma boa preparação para o vestibular daquele ano.

Grande parte do meu salário como empregada doméstica passou a ser destinada à mensalidade da escola. Apesar de ser a caçula entre os meus irmãos, fui a primeira a concluir o ensino médio. Para me preparar para o vestibular, usava quase todo o meu tempo livre, em meio ao trabalho e escola. No meu quarto, cortava folhas com fórmulas importantes para que eu pudesse memorizar. 

Depois de tanta dedicação, fui aprovada no curso de Letras na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), com habilitação em português e latim.

Acesso ao ensino superior 

Nas últimas décadas, o Brasil adotou políticas públicas de inclusão no ensino superior – como as cotas para pessoas de baixa renda familiar, oriundos de escola pública ou pardos e negros. Houve também as criações de financiamento estudantil, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), e as concessões de bolsas parciais ou integrais na rede privada, por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni). 

Apesar das medidas, especialistas afirmam que o acesso à educação superior ainda é para uma minoria no país. De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população de baixa renda tem atraso escolar quatro vezes maior que as pessoas com rendimentos maiores.

“Houve aumento no acesso ao ensino superior nas últimas décadas, com as políticas de expansão da educação superior e de ação afirmativa. Mas o percentual de alunos matriculados não é distribuído de maneira uniforme em termos de renda, cor e região do país”, pontua a pesquisadora Rosana Heringer, doutora em Sociologia e professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 

Os mais pobres são os que menos chegam ao ensino superior. Segundo Heringer, as razões para isso incluem desde a trajetória escolar, que muitas vezes tem um ensino fundamental e médio da pior qualidade, à entrada precoce – ainda no início da adolescência – no mercado de trabalho.

A universidade 

Quando ingressei na universidade, ainda não haviam entrado em vigor políticas públicas de acesso ao ensino superior como as cotas para pessoas de baixa renda. Mesmo não tendo a oportunidade de recorrer à cota na minha época, sei que é uma medida muito necessária. É como se fosse um paliativo até que a educação básica seja equiparada (entre escolas públicas e privadas). 

Na universidade, me encantei pela literatura latina, principalmente pela mitologia greco-romana. Por isso, decidi que queria trabalhar, principalmente, com o latim.

Durante a graduação, minha rotina de aprendizado continuou a mesma do ensino médio: estudar durante a madrugada. Enquanto as pessoas liam os textos para as aulas durante o dia ou no trabalho, eu não poderia deixar o banheiro cheio de água ou parar outra atividade para ler. Então, minha vida sempre foi estudar na madrugada. Dormia de quatro a seis horas por dia. Virar a noite sempre foi comum para mim.

No começo da graduação, mudei de casa e passei a trabalhar com uma nova família. Nesse novo trabalho, sofri muita humilhação. A avó do meu patrão guardava toda a comida do almoço na geladeira, pegava um pote com o almoço do dia anterior e dizia que eu deveria comer aquilo. Mesmo sobrando, ela não deixava que eu comesse a mesma comida que haviam almoçado naquele dia.

O meu prato, copo e talheres eram separados. Diziam que eu não poderia usar os mesmos itens da família. Me sentia como uma peça da casa. Esse era um dos principais motivos para que eu quisesse deixar de ser empregada doméstica o quanto antes. Passei pouco mais de um ano nessa casa.

Pouco após entrar na universidade, abandonei o serviço fixo como doméstica e me tornei diarista. Foi até mesmo uma forma para conciliar com a universidade, porque comecei a fazer algumas disciplinas durante a tarde.

Eu fazia as diárias nas casas de estudantes e de servidores da universidade. Um ia contanto para o outro sobre o meu trabalho e acabavam surgindo novos serviços. Eu estipulava os dias e horários em que poderia trabalhar, conforme as aulas de cada semestre.

Os meus principais clientes eram universitários, que me pagavam para fazer faxinas em repúblicas. Era uma função, muitas vezes, complicada, porque alguns jovens não me respeitavam, eu recebia cantadas e chegaram a tentar me agarrar.

Mesmo com dificuldades, nunca pensei em parar de fazer faxinas. Era a única forma que eu tinha para comprar os materiais necessários para a universidade e pagar o meu próprio almoço. Nem sempre eu tinha dinheiro para comer e, por isso, uma professora costumava me ajudar. Ela sabia das minhas dificuldades, então me chamava para fazer faxinas e também me levava para almoçar em sua casa. Um dos pontos positivos em ter sido diarista é que conheci pessoas incríveis nesse período.

Aos 21 anos, concluí a graduação. Ainda continuei trabalhando como diarista, pois estava desempregada. Na época, fiz um processo seletivo e fui aprovada no mestrado em estudos literários, com foco na literatura latina, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte.

Juntei dinheiro e me mudei para Belo Horizonte. Fiz o mestrado na UFMG por um ano. Na época, não consegui nenhum tipo de bolsa para me ajudar financeiramente. Por isso, precisei me dividir entre os estudos e algumas faxinas. Mas consegui poucos trabalhos como diarista naquela região, pois conhecia poucas pessoas.

Quando estava na metade desse mestrado, o pouco dinheiro que eu tinha foi levado durante um assalto. Não tive condições financeiras para me manter em Belo Horizonte e voltei para Juiz de Fora. Eu ainda planejava concluir o mestrado na capital, mas a minha orientadora da época me desestimulou. Ela me disse que eu deveria escolher entre trabalhar ou estudar, porque eu deveria me dedicar totalmente aos estudos. Eu expliquei que não tinha bolsa na universidade, então precisava trabalhar, porque senão poderia até ficar sem comer. Mas ela não entendeu. Por fim, desisti desse primeiro mestrado.

Nesse mesmo ano, me tornei professora substituta na UFJF. O contrato era de dois anos. A partir de então, abandonei a função de diarista.

O salário como professora era quatro vezes maior do que o que eu ganhava com faxinas. Com o primeiro salário, reformei o telhado da casa dos meus pais (hoje já falecidos). Chovia muito dentro de casa e ajudá-los. Para mim, isso foi a minha independência. Apesar de ter começado a trabalhar cedo, aquele momento foi a primeira vez em que vi que poderia fazer algo para ajudar meus pais.

Comecei a namorar. Meu companheiro, que hoje é meu marido, cursava física na UFJF. Ele passou em um concurso público para lecionar em Volta Redonda (RJ). Eu disse que me mudaria com ele somente se eu fosse aprovada e conseguisse bolsa em um mestrado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Fiz a prova e fui selecionada para o mestrado na UFRJ, com bolsa. Me mudei para Volta Redonda com o meu companheiro. Em uma motocicleta, percorria quase diariamente os cerca de 130 quilômetros que separam Volta Redonda, onde morávamos, e a capital do Rio de Janeiro.

Quando concluí o mestrado, logo comecei o doutorado em letras clássicas, onde também consegui bolsa para me manter

Pós-graduação

De acordo com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), no Brasil havia, até o fim do ano passado, 131,6 mil pessoas matriculadas em mestrados e 114,8 mil matriculados em doutorados – os dados correspondem a diferentes áreas de estudos.

Em 2019, segundo a Capes, foram destinadas 95 mil bolsas divididas entre mestrado (R$ 1,5 mil cada bolsa), doutorado (R$ 2,2 mil) e pós-doutorado (R$ 4,1 mil) no Brasil.

A Capes afirma que concede bolsas de estudo para estimular a “formação de recursos humanos de alto nível, consolidando assim os padrões de excelência imprescindíveis ao desenvolvimento do Brasil.” Em 2019, a entidade anunciou contingenciamento de despesas e cortou mais de 11 mil bolsas de diferentes áreas. O fato causou revolta e especialistas disseram que traria graves prejuízos à pesquisa no país.

Posteriormente, a Capes anunciou gradativamente, ao longo do ano passado, a retomada das bolsas. No fim do ano, segundo a entidade, todas haviam sido retomadas, após liberação total dos R$ 3, 98 bilhões que eram aguardados para 2019.

Diretora de avaliação da Capes, Sônia Báo ressalta que as bolsas são fundamentais para que muitos pesquisadores e estudantes consigam continuar com suas atividades. Apesar de não haver dados específicos sobre o tema, ela afirma que nos últimos anos houve aumento no número de pessoas com menor renda na pós-graduação.

“As políticas, atualmente, iniciam-se no acesso ao ensino superior uma vez que 50% das vagas da Universidades Públicas são destinadas aos estudantes provenientes de escolas públicas (cotas sociais). Este é um início para que a carreira acadêmica possa ser seguida. No entanto, seguir a carreira acadêmica envolve outros aspectos, onde destaco a paixão pelo ensinar e fazer pesquisa”, afirma Sônia.

Para as pessoas de baixa renda que não conseguem bolsas, muitas vezes torna-se impossível concluir uma pós-graduação, segundo estudiosos. Um dos principais motivos é que essas áreas costumam exigir dedicação quase exclusiva do acadêmico e podem impedi-lo de ter um emprego fixo. “Tive estudantes de pós-graduação em com rendas menores que tiveram dificuldades de acompanhar e concluir o curso, principalmente em função das dificuldades econômicas”, declara Rosana Heringer.

Depois de formados, um dos dilemas enfrentados por muitos que concluem o mestrado ou doutorado é a busca por um emprego na área. “Hoje existe um maior acesso aos cursos de pós-graduação e, por consequência, um número maior de concluintes. Não é possível generalizar, pois em muitas áreas os recém mestres e recém doutores são demandados e há mais oportunidades. Mas, em outras áreas, onde há menor demanda por profissionais com esta qualificação, é mais difícil para mestres e doutores conseguirem se inserir no mercado de trabalho em ocupações correspondentes ao seu nível de formação”, explica Rosana Heringer.

“Temos visto muitos doutores que terminam por trabalhar em atividades que exigem menor qualificação, situação relacionada também à crise do mercado de trabalho brasileiro. Dada esta precariedade no mercado de trabalho acredito que para muitos profissionais a situação é mais difícil hoje”, acrescenta Heringer.

‘As bolsas foram fundamentais’

Em novembro passado, concluí o doutorado. Somente terminei o mestrado e o doutorado porque tive bolsas. Não conseguiria essa formação se não fossem esses auxílios. Não considero que minha história seja exemplo de meritocracia, pois sei que sou o que sou porque tive acesso a políticas públicas voltadas para a educação. Existiria meritocracia se todas as pessoas tivessem as mesmas oportunidades e o mesmo modo de vida.

Entre as pessoas que tinham mesmo estilo de vida que o meu, poucas conseguiram concluir a graduação.

Agora que concluí o doutorado, estou em busca de um emprego como professora de latim. A grande dificuldade é que não se dá aula de latim em qualquer lugar. Mas seguirei tentando. Porém, não descarto, daqui a algum tempo, se nada aparecer, atuar em outras áreas, talvez como professora de português. Por enquanto, tenho administrado uma loja de produtos geeks em Volta Redonda, que é do meu marido e um sócio dele.

Hoje me divido entre o trabalho na loja e os cuidados com a minha filha, de três anos. Quero que ela entenda a importância do estudo e tenha uma infância mais tranquila que a minha. Porque quando eu era criança e adolescente, nunca tive tempo para grandes aspirações. Só imaginava que o estudo era a única forma de mudar a minha realidade.

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Veículo: Blog do Patrício Nunes

Editoria: Educação

Data: 17/01/2020

Link: https://paticionunes.blogspot.com/2020/01/cinco-motivos-que-levam-pais-trocarem.html

Título: “Cinco motivos que levam pais a trocarem os filhos de escolas ”

*Por Francisco Morales, diretor geral pedagógico da Vereda Educação

A educação dos filhos é uma questão valiosa e delicada em toda família. Por isso, quando os pais identificam na escola problemas de convivência e/ou estruturais, automaticamente isso influencia na reflexão sobre trocar os filhos de escola. Este sinal de alerta traz questionamentos como: “Será que este colégio é, de fato, o que reúne as melhores condições de aprendizagem? Será que ela atende as necessidades da minha família? Será que meu filho atingirá sua máxima capacidade com esta metodologia? Como será a sua convivência nessa comunidade?”. Há outras diversas intercorrências que podem influenciar nesta reflexão, mas, no geral, cinco delas costumam ter um peso maior para a tomada de decisão sobre a troca de instituição, especialmente no momento de garantir a matrícula do próximo ano. São elas:

– Meu filho tem problemas com os colegas ou professores.

Prática de agressões reiterativas em forma de brincadeiras de mau gosto por parte de colegas, o bullying é um dos principais fatores que faz com que a própria criança ou adolescente perca a vontade de ir à escola e desenvolva distúrbios como ansiedade, baixa autoestima e apatia, dentre outros. O fato se agrava ainda mais quando a postura da escola não é proativa ao inibir esse tipo de problema. Há ainda casos de educadores que fazem vista grossa a essa prática ou até desrespeitam o estudante por alguma dificuldade com determinada matéria. Quando esse tipo de situação acontece, os pais tendem a recorrer a escolas com programas de combate ao bullying e que sabem desenvolver o lado socioemocional do jovem, por meio da capacitação de professores e alunos para a mediação de conflitos e construção de uma cultura de paz.

– Não concordo com o método de aprendizagem.

Não importa a vertente pedagógica, essa é uma questão que surge como reflexão dos pais quando percebem que seus filhos enfrentam dificuldades com  conteúdos apresentados na escola. As queixas em relação ao ensino “tradicional” incluem o fato de que os filhos não conseguem decorar todo o conteúdo apresentado, ou que não aprendem a pensar de forma autônoma. Ou, de outro lado, que a “construção” de ideias com metodologias mais modernas, não ajudam a passar no vestibular. Polêmicas à parte, os pais estão hoje mais atentos com as diferentes metodologias e à aplicabilidade prática que, em geral, acontece quando usa-se o melhor de cada método pedagógico e tem-se como perspectiva o desenvolvimento das habilidades e competências do estudante para encarar os próprios desafios e os que a sociedade lhe apresenta nos diversos campos.

– Não consigo falar com os representantes da escola.

Quando surge um problema no âmbito escolar, muitos responsáveis enfrentam dificuldades para solucioná-lo por falta de atenção da instituição. Como qualquer tipo de empresa, o atendimento próximo e eficiente é um dos pontos cruciais para a satisfação do cliente, e com escolas não é diferente. Cada vez mais, pais procuram por escolas em que encontrem referências entre professores, inspetores e diretores, além de canais de atendimento funcionais.

– A escola custa mais do que o informado.

Há quem já tenha se deparado com surpresas desagradáveis depois que a matrícula é feita, com altos preços de materiais didáticos ou alimentação que não estavam previstos no orçamento. Outro problema é o reajuste anual muito acima da inflação ou do que é praticado pelo mercado. A transparência é fundamental para uma relação entre cliente e instituição e, portanto, as escolas que detalham todos os custos já nos primeiros contatos ganham pontos durante a tomada de decisão.

– Não tenho com quem deixar meus filhos.

Problema cada vez mais recorrente na família moderna é a falta de ter com quem deixar as crianças antes ou após o horário escolar. O ensino em tempo integral é uma tendência e cada vez mais indispensável, já que envolve um melhor desenvolvimento dos jovens por meio de cursos complementares, por exemplo,de capacitação para o mercado de trabalho, como programação, design e até empreendedorismo.

Há muitas outras questões colocadas na “mesa” de uma família que não está contente com a escola, mas todas elas envolvem, de alguma forma, a falta de diálogo, algo que deveria ser básico quando falamos em educação, não é mesmo?

*Francisco Morales é reconhecido pela qualidade técnica e experiência de mais de 20 anos no ramo da educação. É formado em Filosofia (UFJF), Teologia (PUC-RJ) e pós-graduado em Administração Escolar. Atuou por mais de duas décadas como diretor de um dos mais importantes colégios particulares do Brasil, em Belo Horizonte. Atualmente, Francisco é diretor Geral Pedagógico da Vereda Educação, além de ter atuado como conselheiro de Educação Básica na Associação Nacional de Educação Católica (ANEC) de Minas Gerais, coordenador da Câmara de Ensino Superior da ANEC Nacional e diretor (e segundo secretário) da ANEC Nacional. 

Sobre a Vereda

A Vereda é uma escola-modelo que nasceu com o objetivo de romper barreiras para uma educação de qualidade em padrão internacional de ensino. Com metodologia inovadora, conteúdo próprio e tempo integral, por um preço justo, teve sua primeira unidade inaugurada em 2017, em Santo André (SP), e duas unidades em 2019, em São Bernardo do Campo (SP) e Mooca, na capital. A Vereda é considerada um dos principais projetos educacionais em andamento no Brasil. Mais informações no https://escolavereda.com.br/.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 17/01/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/17-01-2020/ufjf-realiza-reuniao-com-refugiados-para-planejar-acoes-de-acolhimento.html

Título: “UFJF realiza reunião com refugiados para planejar ações de acolhimento”

Iniciativa da Diretoria de Relações Internacionais (DRI) acontece nesta segunda-feira

Na próxima segunda-feira (20), a UFJF irá receber imigrantes em condição de refúgio, seja com visto de refugiado ou com protocolo de solicitação de refúgio, que moram em Juiz de Fora e região. O objetivo é escutar suas principais demandas, visando criar novas ações de acolhimento, planejando projetos futuros. A iniciativa, encabeçada pela Diretoria de Relações Internacionais (DRI), acontece através de uma reunião no anfiteatro das pró-reitorias, no prédio da Reitoria, no campus de Juiz de Fora, às 16h.

A universidade já realiza ações em prol da comunidade de refugiados presentes na cidade. Atualmente, a UFJF deseja fazer parte da Cátedra Sérgio Vieira de Mello (CSVM), que busca o acolhimento de refugiados na sociedade brasileira, por meio da educação. Este é um projeto conjunto do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) com universidades brasileiras que desenvolvem atividades acadêmicas sobre, para e com pessoas refugiadas, desde 2004.

Em dezembro de 2018, 181 países firmaram um Pacto Global sobre Refugiados, onde incluíram as instituições de ensino superior como atores estratégicos na proteção internacional a essa população. “A cátedra tem oferecido um valioso apoio ao processo de integração local, com ações distribuídas nas três vertentes – ensino, pesquisa e extensão – e se desenvolve também na América Latina”, observa a diretora de Relações Internacionais da UFJF, Bárbara Daibert, por meio de assessoria.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Cidade

Data: 17/01/2020

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/01/17/ufjf-realiza-encontro-com-refugiados-em-juiz-de-fora.ghtml

Título:  “UFJF realiza encontro com refugiados em Juiz de Fora”

Reunião ocorre nesta segunda-feira (20), às 16h, no prédio da Reitoria, localizado no campus da instituição

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) promove nesta segunda-feira (20), uma atividade de acolhimento a imigrantes refugiados que fixaram residência em Juiz de Fora e região.

A proposta é fazer com que pessoas que tenham com visto de refugiado ou com protocolo de solicitação de refúgio participem de uma reunião para que possam ampliar sua rede de relacionamentos. A meta é fazer com que elas também compreendam a proposta da UFJF de criar novas ações de acolhimento à comunidade de refugiados de Juiz de Fora, em adição a outras iniciativas já tomadas pela instituição, com base nas maiores demandas do grupo.

Um dos projetos idealizados pela UFJF é o pleito para a Cátedra Sérgio Vieira de Mello (CSVM), que busca o acolhimento de refugiados na sociedade brasileira, por meio da educação.

O encontro terá início às 16h no anfiteatro das pró-reitorias, no prédio da Reitoria, no campus de Juiz de Fora da UFJF.

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Veículo: Folha de Barbacena

Editoria: Educação

Data: 16/01/2020

Link: https://folhadebarbacena.com.br/oportunidade-alunos-do-colegio-aplicacao-ganham-35-de-desconto-na-unipac/

Título: “Oportunidade: alunos do Colégio Aplicação ganham 35% de desconto na Unipac”

O Colégio Aplicação, da Rede de Ensino da Unipac, com mais de 40 anos de tradição na área da Educação em Barbacena e região, está com matrículas abertas para o primeiro e segundo anos do Ensino Médio.

As matrículas podem ser realizadas na sede do Colégio, à rua Dr. Cláudio, n° 219, no bairro Boa Morte, em Barbacena. As vagas são limitadas. Os pais ou responsáveis devem estar munidos dos seguintes documentos: identidade, CPF, Certidão de Nascimento, comprovante de residência, Histórico Escolar ou Declaração de Matrícula e frequência do presente ano letivo do futuro aluno do Aplicação; já os pais devem apresentar identidade, CPF e Certidão Civil.

De acordo com a Professora Andréia Gusmão – Diretora do Colégio Aplicação – o Colégio está totalmente preparado para receber os alunos de Barbacena e região, para o ano letivo de 2020. “O Colégio Aplicação é uma das escolas mais tradicionais de Barbacena. Nossos diferenciais são: salas de aula modernas – com lousas digitais –, material didático da Editora FTD – com mais de 100 anos de mercado -, professores especialistas, mestres e doutores, localização privilegiada e com fácil estacionamento”, afirmou.

Mensalidades

Para 2020, o Colégio Aplicação, da Rede de Ensino da Unipac, oferece uma condição especial nos valores das mensalidades. No Programa Pontualidade, pagando as mensalidades em dia, ganha-se um desconto de pouco mais de 25%, e o valor da mensalidade fica em apenas R$ 479,00.

Desconto na Faculdade

Para 2020, o Colégio Aplicação oferece uma condição única em Barbacena e região, para os alunos que se formarem na escola. De acordo com a direção, todos os alunos que se formarem no Colégio Aplicação ganham 35% de desconto para cursarem a graduação de sua escolha na Unipac, incluindo áreas como Odontologia, Engenharia, Arquitetura, Direito, dentre outras. “Esta oportunidade é única. Isso nunca aconteceu em nossa região. Ou seja, o aluno estuda o Ensino Médio no Aplicação e garante o desconto na Faculdade. É a oportunidade que faltava para os pais planejarem a formação dos seus filhos”, afirmou Andréia Gusmão.

Preparação

De acordo com a Diretora Andréia Gusmão, a instituição oferece preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e Programa de Ingresso Seletivo Misto, da Universidade Federal de Juiz de Fora (PISM- UFJF). “A partir de metodologias ativas, esta nova etapa do Aplicação, disponibiliza aos alunos uma Educação atualizada, para exames nacionais e para a vida. Nossos professores são os mais renomados em suas áreas, de toda a região. Por isso, pais e alunos só têm a ganhar”, afirmou.

Material Didático

O material didático do Aplicação é da Editora FTD – Coleção 360 GRAUS TURBO -. A FDT é uma editora de livros que está no mercado há 110 anos e é a metodologia de ensino dos principais colégios do Brasil, como Santo Agostinho (Belo Horizonte), Colégio Nazaré (Conselheiro Lafaiete) e Santa Catarina e Santos Anjos (Juiz de Fora). É considerada a mais completa editora de livros didáticos do Brasil e foi a primeira a cobrir todas as áreas de ensino.

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Crédito Foto: Marcelo Miranda.

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Veículo: Acessa

Editoria: Direitos Humanos

Data: 16/01/2020

Link: https://www.acessa.com/direitoshumanos/arquivo/noticias/2020/01/16-ufjf-convida-refugiados-para-discutir-acoes-acolhimento-dia-20/

Título: “UFJF convida refugiados para discutir ações de acolhimento dia 20”

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), por meio da Diretoria de Relações Internacionais (DRI), realizará encontro com migrantes em condição de refúgio, seja com visto de refugiado ou com protocolo de solicitação de refúgio, que se encontram em Juiz de Fora e região. O objetivo da iniciativa é coletar suas principais demandas e, a partir disso, criar novas ações de acolhimento para este público.

A UFJF convida migrantes nestas referidas condições para a reunião, que ocorrerá na próxima segunda-feira, dia 20 de janeiro, às 16h, no anfiteatro das pró-reitorias, no prédio da Reitoria, no campus de Juiz de Fora. O encontro visa a complementar as ações que a Universidade já vem desempenhando em prol da comunidade de refugiados presente em Juiz de Fora, além de reunir informações de demandas para o planejamento de futuros projetos, incluindo o pleito para a Cátedra Sérgio Vieira de Mello (CSVM) que busca o acolhimento de refugiados na sociedade brasileira, por meio da educação.

Cátedra

A cátedra é um projeto conjunto do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) com universidades brasileiras que desenvolvem atividades acadêmicas sobre, para e com pessoas refugiadas, desde 2004. Em âmbito internacional, o Pacto Global sobre Refugiados, firmado por 181 países em dezembro de 2018, inclui as universidades como atores estratégicos na proteção internacional às pessoas refugiadas. “A cátedra tem oferecido um valioso apoio ao processo de integração local, com ações distribuídas nas três vertentes – ensino, pesquisa e extensão – e se desenvolve também na América Latina”, afirma a diretora de Relações Internacionais da UFJF, Bárbara Daibert.

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