Veículo: G1
Editoria: Zona da Mata
Data: 13/12/2019
Título: Reitor da UFJF aborda contingenciamento de verbas e lista tríplice em balanço de ações de 2019
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) apresentou na manhã desta sexta-feira (13) um balanço das ações realizadas pela instituição ao longo de 2019. Os dados foram divulgados pelo reitor Marcus David em uma coletiva com a imprensa local.
Entre os principais temas abordados estiveram os desafios enfrentados pela administração da UFJF por conta do contingenciamento de verbas determinado pelo Governo Federal, a nova gestão da Reitoria e o corte de bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes) e da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig).
Em entrevista, o reitor revelou que neste ano tanto a UFJF quanto as demais instituições federais de ensino do país sofreram dificuldades, mas comemorou os resultados obtidos através de políticas adotadas pela universidade.
“Mesmo em um cenário que impusesse desafios, conseguimos, não apenas manter as atividades na UFJF, mas obter saltos qualitativos importantes. Foram políticas na área de desenvolvimento e de melhoria na graduação, pós-graduação e junto a comunidade. Apesar das dificuldades, projetamos a Instituição em cenário nacional e internacional”, destacou.
Marcus David também revelou aos jornalistas que a lista tríplice para a nova gestão da UFJF foi entregue ao Ministério da Educação. Em novembro, o G1 divulgou que a lista é formada pelos professores da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis, Marcus Vinicius David; do Instituto de Ciências Humanas (ICH), Eduardo Antônio Salomão Condé; e da Faculdade de Serviço Social, Rodrigo de Souza Filho, nesta ordem de indicação.
David também ressaltou alguns dados, como a queda de evasão de estudantes na graduação; a formação de professores de nível básico, médio e universitário; o número recorde de inscritos no Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism); a evolução dos programas de pós-graduação e das produções científicas; e os desafios enfrentados para a boa utilização da Fazenda Experimental da UFJF.
O reitor também apresentou os dados do Hospital Universitário (HU), sendo considerado o mais satisfatório da rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), destacou os resultados da Universidade nas notas do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e no Índice Geral de Cursos (ICG) recebendo avaliação de excelência pelo MEC ao alcançar a nota 4.
Todos os dados sobre atividades realizadas em 2019 estão disponíveis no site da UFJF.
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Veículo: G1
Editoria: Zona da Mata
Data: 13/12/2019
Título: Coral Universitário da UFJF comemora 53 anos com novo espetáculo
Em comemoração aos 53 anos ininterruptos de atividade, o Coral Universitário da UFJF apresenta o espetáculo “Na Corda Bamba”, na segunda-feira(16), no Cine-Theatro Central.
No repertório, a pauta principal é a música de protesto, em arranjos para coro de canções que marcaram uma época em que se cantava em verso e prosa os desejos de liberdade, igualdade e justiça, guardados na memória de toda uma geração.
O grupo levará ao palco músicas como “Cálice”, de Chico Buarque e Milton Nascimento, e “O bêbado e a equilibrista”, de João Bosco e Aldir Blanc, resgatando, durante toda a performance, canções da segunda metade do século XX.
A regência do grupo e direção do espetáculo ficam nas mãos de Adriano Del Mastro Contó, professor substituto do Departamento de Música do Instituto de Artes e Design (IAD) da UFJF e mestre em música pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
Além do maestro, também estão por trás da produção os professores e artistas Jorge Didaco, que fará a direção artística e o roteiro, e Beta Nunes, responsável pelos cenários e figurinos.
Com entrada franca, “Na Corda Bamba” terá início às 20h30. Os ingressos serão distribuídos uma hora antes, na bilheteria do teatro.
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Veículo: Acessa
Editoria: Educação
Data: 13/12/2019
Título: Período letivo de 2020 na UFJF começa no dia 2 de março
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) divulgou, nesta quinta-feira, 12 de dezembro, o Calendário Acadêmico para o ano letivo de 2020. O cronograma de atividades é válido para os campi de Juiz de Fora e Governador Valadares. Confira.
Matrículas
As matrículas para o primeiro semestre devem ser realizadas pelo Sistema Integrado de Gestão Acadêmica (Siga) entre os dias 3 (segunda-feira) e 6 (quinta-feira) de fevereiro. Após esse prazo, o Siga volta a abrir no período de 12 (quarta-feira) a 16 (domingo), do mesmo mês, para que os estudantes possam fazer os ajustes necessários. Os coordenadores têm dos dias 27 (quinta-feira) a 29 (sábado) e de 2 (segunda-feira) a 12 (quinta-feira) de março para fazer os acertos finais, sendo que as matrículas em disciplinas com vagas ociosas devem ser feitas no dia 13 (sexta-feira) de março.
Já para o segundo semestre, as matrículas também são feitas pela Siga, de 13 (segunda-feira) a 16 (quinta-feira) de julho, e os reajustes acontecem entre os dias 22 (domingo) e 26 (quinta-feira). Já os coordenadores têm o prazo entre 29 (quarta-feira) a 31 (sexta-feira) de julho e 3 (segunda-feira) a 13 (quinta-feira) de agosto para os ajustes necessários, sendo que a matrícula em disciplinas com vagas ociosas deve ser feita no dia 14 (sexta-feira) de agosto.
Períodos letivos
O dia 2 de março (segunda-feira) marca o início do primeiro período letivo, com o término marcado para 7 (terça-feira) de julho. Já as aulas do segundo semestre começam em 3 (segunda-feira) de agosto, com previsão de encerramento para 1º (terça-feira) de dezembro.
Destrancamento de curso e trancamento de disciplina
O destrancamento de curso para o primeiro semestre poderá ser feito de 2 (quinta-feira) a 30 (quinta-feira) de janeiro, nas centrais de atendimento dos dois campi ou nos polos de apoio presencial, no caso de cursos a distância. O prazo para trancamento de disciplina no Siga termina no dia 10 (sexta-feira) de abril.
Colação de grau
De 1º (quarta-feira) a 7 (terça-feira) de abril, os estudantes que irão se formar no fim do primeiro semestre deverão se inscrever para a Colação de Grau Unificada. Apenas as cerimônias do campus Juiz de Fora já têm datas marcadas e estão previstas para a semana do dia 27 (segunda-feira) a 31 (sexta-feira) de Julho.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cultura
Data: 13/12/2019
Título: Corais Pró-Música e UFJF fazem recitais neste fim de ano
O final de ano em Juiz de Fora será marcado por apresentações gratuitas de dois tradicionais corais da cidade. O Coral Pró-Música/UFJF inicia a série “Concerto de Natal” neste sábado (14), às 15h, na Vila Olavo Costa, e deve realizar um total de nove apresentações até o dia 24. Já o Coral da UFJF comemora seus 53 anos de atividades com um novo espetáculo, “Na corda bamba”, que será apresentado nesta segunda-feira (16), às 20h30, no Cine-Theatro Central. Todas as apresentações são gratuitas.
Depois de se apresentar na Vila Olavo Costa, o Coral Pró-Música preparou um evento especial para o domingo (15), às 20h30, na Igreja da Glória, quando terão a participação da Camerata Pró-Música/UFJF. O “Concerto de Natal” terá a interpretação do cântico “Glória”, de Vivaldi, com regência do maestro Victor Cassemiro. Na sequência, o coral realiza três apresentações na quarta-feira (18), às 17h e 18h30, na Câmara Municipal e Capela da Santa Casa, respectivamente; e na quinta-feira (19), às 18h30, no Santa Cruz Shopping. Na sexta-feira (20), às 20h, o Coral se apresenta na Igreja São Mateus com a Orquestra Sinfônica Pró-Música/UFJF e Coral São Mateus.
No dia 21, às 10h, será realizada uma apresentação no Braz Shopping. As duas últimas datas da série estão marcadas para os dias 23, às 18h, no Bahamas São Vicente, novamente com a Orquestra Sinfônica Pró-Música/UFJF, e 24, às 20h, no retorno à Igreja São Mateus, em nova parceria com o Coral São Mateus, e ainda com a participação do Grupo Solista Pró-Música/UFJF.
Coral da UFJF apresenta repertório marcado por canções de protesto (Foto: Divulgação)
Aniversário ‘Na corda bamba’
Já o Coral da UFJF aproveita para comemorar seus 53 anos com um novo espetáculo. Sob regência do maestro Adriano Del Mastro Cotó, o coral apresenta nesta segunda-feira (16), às 20h30, no Cine-Theatro Central, “Na corda bamba”. Os ingressos, gratuitos, podem ser retirados uma hora antes do início da apresentação.
Com um repertório marcado por canções de protesto, “Na corda bamba” vai apresentar músicas como “Cálice” (Chico Buarque e Milton Nascimento), “Domingo no parque” (Gilberto Gil) e “O bêbado e a equilibrista” (João Bosco e Aldir Blanc) em arranjos para coro. O objetivo é lembrar de um período da História do Brasil em que a arte se valia das composições desses artistas para expressar seus desejos por justiça, igualdade e liberdade.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 13/12/2019
Título: Lista tríplice da UFJF já está sob posse do MEC
Como confirmado por Marcus Vinicius David, nesta sexta-feira (13), em apresentação à imprensa do balanço de atividades de graduação, pós-graduação e extensão promovidas em 2019, o próprio reitor entregou a lista tríplice, pessoalmente, em Brasília (DF), durante reunião, ao secretário de Educação Superior do MEC, Arnaldo Barbosa de Lima Júnior. “Tive a oportunidade de não somente entregá-la, mas relatar ao secretário todo o processo (de consulta pública) que tivemos na UFJF, como o reconhecimento da universidade ao trabalho realizado durante a nossa gestão, que se manifestou tanto no fato de termos sido candidatos únicos, quanto na expressiva votação favorável recebida pela nossa chapa. O secretário reconheceu o trabalho e nos parabenizou. O processo, agora, segue, e terá os seus trâmites normais dentro do MEC.”
Questionado se eventual desligamento de Abraham Weintraub do MEC – como indica a exoneração de alguns servidores nos últimos dias – poderia postergar o trâmite, David afirmou que a Administração Superior está sendo prudente ao encaminhar a lista tríplice à pasta com antecedência. “A legislação (Decreto 1.916/1996) indicava que nós deveríamos enviar o processo com dois meses de antecedência ao fim do mandato, e nós o enviamos com quatro meses de antecedência. Acredito que deixamos um prazo suficiente para o MEC conseguir tramitar este processo. Estamos torcendo para dar tudo certo e para que esta nomeação saia com antecedência para facilitar o planejamento e a programação para a nova gestão.”
Sob análise
Questionado pela Tribuna, o MEC respondeu, nesta segunda (16), em nota, que os “requisitos administrativos e legais” do processo de composição da lista tríplice pela UFJF está sob análise. “Após esta análise, a lista é encaminhada pelo ministro da Educação ao presidente da República, a quem cabe a livre escolha entre os integrantes da lista tríplice encaminhada pelo MEC”, conclui. Conforme o ministério, o prazo final para a nomeação do reitor para o quadriênio 2020-2024 é a data de término do mandato de Marcus Vinicius David.
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Veículo: Acessa
Editoria: –
Data: 14/12/2019
Link: https://www.acessa.com/zonapink/arquivo/2019/12/14-primeira-travesti-preta-aprovada-mestrado-ufjf/
Título: Primeira travesti preta é aprovada no mestrado da UFJF
Ao ser questionada quanto seu sentimento em relação à aprovação no curso de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, a técnica em saúde Dandara Felícia Silva Oliveira, 38 anos, diz que “é contraditório, ao mesmo tempo que estou feliz por ser aprovada no mestrado, preciso discutir porque irmãs minhas não acessaram este lugar antes”. Ela é a primeira aluna travesti preta a iniciar estudos na pós-graduação stricto sensu na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
Dandara representa ainda a minoria dentro do universo LGBTI+. No Brasil, como ela mesma enfatiza, a vida escolar de travestis, transexuais e transgêneros encerra antes mesmo de completar o ensino médio. Dados alarmantes mostram que a evasão deste grupo chega a 82%, conforme pesquisa conduzida pelo defensor público João Paulo Carvalho Dias, presidente da Comissão de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Levantamentos da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) mostram ainda que pessoas trans representam apenas 0,1% do total de alunos das instituições federais de ensino superior.
Os números nos levam a destacar o mérito da conquista de Dandara, mas, ao mesmo tempo, despertam para a necessidade do cumprimento de normas, como a Resolução 12/2015, que viabilizam o acesso de pessoas travestis, transexuais e transgênero ao ensino no Brasil. Ela firma parâmetros para garantir o acesso e permanência de pessoas trans nas instituições de ensino, com intuito de reduzir a discriminação e o ódio dentro das instituições. Entre elas, estão a utilização do banheiro conforme a identidade de gênero de cada pessoa. Em 2018, o Ministério da Educação (MEC) ainda autorizou que alunos e alunas transexuais usem o nome social nos registros escolares em todas as unidades de ensino básico do país.
“Chamo os níveis de evasão de níveis de expulsão escolar. A resolução não é obedecida o que dificulta que pessoas trans terminem o ensino fundamental ou médio e cheguem à graduação. Todas as pessoas transexuais passam por uma condição de disforia de gênero – desconforto persistente com características sexuais ou marcas de gênero; em níveis diferentes, por isso a importância da aplicação da norma”, revela.
As limitações pertinentes à falta de adequação de todo sistema de ensino – que exclui antes mesmo de educar – inviabiliza e limita na base novos roteiros de vida para pessoas trans. Diante desta ausência de direitos, cerca de 90% das travestis e transexuais acabam sobrevivendo da prostituição. Como bem titula a nova estudante no curso de mestrado em Serviço Social, a prostituição não se torna uma escolha, ela é compulsória.
“Por entender de perto toda esta situação, optei por realizar pesquisa qualitativa de como pessoas transgênero são recepcionadas no mercado de trabalho local. Eu sou funcionária pública e me sinto privilegiada, mas 90% estão na prostituição que é lugar de violência imposta”, afirma a técnica em análises clínicas e, atualmente, funcionária pública, com cargo de técnica em saúde do Hospital Universitário, unidade Santa Catarina.
Cotas na UFJF
Na UFJF, o Programa de Pós-Graduação em Serviço Social (PPGSS) é pioneiro na implantação de uma política de cotas para estudantes travestis, transexuais e transgêneros no mestrado e no doutorado. A decisão do colegiado do curso, que também contempla pessoas com deficiência (PCDs), negros (pretos e pardos) e indígenas, foi formalizada em junho deste ano. Em seguida, a mesma medida foi adotada pelo Programa de Pós-Graduação em História.
“Mesmo que todas nós sete alunas pretas não tenhamos sido aprovadas pelo sistema de cotas – fomos aprovadas na ampla concorrência pelo merecimento das notas que tiramos nas provas, nos projetos e nas entrevistas – o fato de existirem as cotas demonstra que naquele lugar ela não será preterida por outra pessoa por conta do racismo ou transfobia, isso é construção de cidadania”, afirma Dandara.
Além das cotas, a discussão continuada dentro dos meios acadêmicos têm se tornado uma porta aberta para construção de novas epistemologias, conforme analisa a técnica em saúde. “Debater LGBTI+ dentro das universidades faz com que a gente construa novas epistemologias tanto de ensino, quanto de prática, ao entender o lugar do outro, como estas pessoas estão se movimentando no espaço-tempo”.
Militância
Dandara Oliveira conta que iniciou na militância em Juiz de Fora em 1999, dentro do Movimento Gay de Minas Gerais, mas se distanciou por considerar “o movimento branco, masculino, cisgênero normativo. Ai você desiste de militar naqueles espaços, depois disso, com o tempo, amadurecendo, vi a necessidade de estar naqueles espaços. Aos pouco fui mudando foco da minha militância para questões transgênero e mulher preta na sociedade, discutindo como ampliar políticas públicas de promoção de cidadania para estas pessoas”.
A força das palavras
Dandara ainda destaca que escolhe as palavras travesti e preta para sua autodenominação com objetivo de desestigmatizar os termos, usados por muitos anos de forma pejorativa pela sociedade.
“Usamos a palavra travesti para desestigmatizar a palavra travesti, visto que houve um processo de colonização da palavra transgênero, da mesma maneira que a palavra preto é extremamente estigmatizada no Brasil por conta do mito da democracia racial e do colorismo. As pessoas tentam se afastar disso usando o pardo. Juridicamente falando, negros compõem pretos e pardos, mas por uma questão de desestigmatização a gente usa a palavra preta, porque somos pretas mesmo. Além disso, a palavra preta foi usada de maneira pejorativa por muitos anos. Reforçar o uso dela de maneira positiva faz com que a gente diminua o uso pejorativo”.
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Veículo: Acessa
Editoria: Esporte
Data: 14/12/2019
Link: https://www.acessa.com/esporte/arquivo/noticias/2019/12/14-atleta-gedair-reis-comemora-500-corridas/
Título: Atleta Gedair Reis comemora 500 corridas
Neste domingo, o atleta Gedair Reis comemora 500 corridas em seu currículo, na Corrida Smart Fit. Natural de Manhumirim, o juiz-forano de coração chegou na cidade com apenas 4 anos. Apesar de ter feito carreira em Juiz de Fora, Gedair nunca esquece de suas origens e durante a entrevista fez questão de destacar o seu berço.
Servidor aposentado da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), voluntário e guia de portadores de necessidades especiais, Gedair é conhecido, também, por suas campanhas solidárias. Aliás, para comemorar esse marco, ele arrecada material escolar para as crianças do Bairro Santa Cecília. Os interessados em ajudar podem agendar a entregar pelo telefone (32) 98808-4029.
Segundo ele, tudo começou em 1999. “Um médico me convenceu a praticar atividade física. Depois que passei mal no trabalho. No tratamento foi constatado que eu não estava bem de saúde e fazendo muito uso de medicamentos, então resolvi caminhar”.
O atleta lembra que foram dois anos de longas caminhadas pelas ruas de Juiz de Fora, até que um dia ele começou a trotar (correr levemente) e, em 2002, já estava correndo. “Nesse período eu trabalhava na UFJF e o meu amigo, Widsley Alonso, era coordenador da equipe de funcionários da instituição e me convidou para entrar no time. No início, resisti, mas 2004 aceitei o desafio e completei 4,5km, na Corrida Saúde – Planatlhon e quando cheguei no final, disse a ele: ‘nunca mais me convide, não gostei”’, risos.
Porém, Gedair não imaginava que aquela má impressão era apenas o início de uma duradoura história de amor.
Questionado sobre a representação do esporte em sua vida, ele não pensa duas vezes: “é um momento só meu (embora eu seja guia de pessoas especiais). Correndo aprendi a ‘ouvir’ meu corpo, minhas passadas e o coração. Também é um momento de socialização e confraternização, de conquistar novos amigos e solidificar antigas amizades”.
Você imaginava que iria completar 500 corridas?
Não foi um número buscado, ele chegou de mansinho, pouco a pouco, como conta-gotas. É prazer e até mesmo um pouco de dor. Quando eu acordei para a 500, ela já estava próxima. Ao completar as 400, o atleta Marcio Ramos Tannure me perguntou se eu ia buscar as 500, eu disse: só Deus sabe.
O que mais mudou desde a sua primeira corrida?
Muita coisa. Interna e externamente. Comecei a correr buscando qualidade de vida, para perder peso, diminuir as idas ao médico e também para superar uma profunda tristeza com a morte da minha mãe. Eu precisava de um estímulo para continuar a viver. A atividade física é encantadora, além de um santo remédio.
Depois de conquistar alguns títulos e ser reconhecido como um dos melhores maratonistas, aprendi a ser guia. Este foi, com certeza, um dos momentos mais difíceis para mim: trocar o pódio dos “vitoriosos”, para ser simplesmente mais um guia. E não me arrependo, ganhei e ganho muito mais ao doar.
O momento mais marcante da sua carreira de atleta?
A incerteza de voltar a correr após a cirurgia, aliada ao imenso carinho da família e de amigos das corridas, naqueles dias de lágrimas e dor. Os primeiros passos como guia de deficiente visual, além de ter sido um dos condutores da Tocha Olímpica em Juiz de Fora. Também tenho muito orgulho de ser reconhecido nas corridas como o “corredor da Federal de JF”.
Destaco também as 10 Milhas da Garoto 2019, em que fiquei em terceiro lugar e quando me aproximo da linha de chegada com um deficiente visual. Neste instante não sei quem é o guia ou quem é o guiado.
A corrida mais difícil que você já participou?
Os 30,5 km de Guarani (MG), pela dificuldade do percurso; a Meia Maratona de Piau e a primeira Maratona em Curitiba, que apesar de completá-la com 3h18 foi e continua sendo uma prova difícil.
Mesmo com toda essa experiência, tem alguma prova que você ainda não participou?
Fiz mais de 200 viagens em Minas e por diversos estados brasileiros. Não tenho ambição para correr fora do país, mas gostaria de participar de corridas em cidades históricas.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Ciência
Data: 14/12/2019
Título: TCU veta repasses para Parque Tecnológico, mas UFJF busca novas parcerias
O Tribunal de Contas da União bloqueou definitivamente os R$ 40 milhões que seriam utilizados na implantação do Parque Tecnológico em Juiz de Fora, fruto de restos a pagar. A Controladoria Geral da União já havia apresentado restrições à proposta, mas o TCU bateu o martelo ao publicar acórdão proibindo a utilização de restos a pagar de uma empresa para outra. De acordo com o reitor da UFJF, Marcos David, “essa fonte de recursos não existe mais”. Mas nem tudo é má notícia. O reitor revelou que estão em curso várias ações para avanço tecnológico. Está sendo feito um trabalho junto à Finep para consolidar um centro de pesquisas. “A Embraer, em parceria com a Fapemig, e com recursos da própria Universidade, pretende construir um laboratório para análise de propulsão e análise de turbinas. Teremos esse núcleo com a Embraer dentro do próprio campus”, destacou.
Com a Prefeitura, um espaço para projeto de biocombustível
No mesmo dia em que fez uma avaliação das ações da Universidade no exercício de 2019, Marcus David salientou que, além da parceria com a Embraer, estão avançadas as conversas com a Prefeitura de Juiz de Fora para projetos de biocombustível, também visando a aviação. Para esse projeto ainda está sendo investigado um espaço adequado.
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