Uma pesquisa realizada no Programa de Pós-graduação em Ciência da Computação (PGCC), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), simulou o comportamento de uma amostra de gado leiteiro em pastagem, utilizando redes de sensores sem fio, com a finalidade de calcular o consumo energético dos animais. O acadêmico Yelco Antonio Marante Canizales revela que a arquitetura proposta é genérica e pode ser usada para simular a movimentação de qualquer espécie animal no ambiente estudado.
De acordo com o pesquisador, foi realizado um estudo dos trabalhos relacionados sobre os modelos de mobilidade e monitoramento de animais utilizando redes de sensores sem fio e protocolos de roteamento. “Após isso, implementamos dois módulos: o primeiro para gerar a mobilidade dos animais o mais próximo à realidade e o segundo foi para fazer os cálculos do consumo energético.”
Segundo Canizales, foi possível chegar aos resultados esperados de gastos energéticos de animais em pastagem, especificamente utilizando uma configuração para o gado leiteiro. “Os resultados obtidos foram através de uma prova de conceito, onde se configurou três distribuições de áreas diferentes, com zonas de relevo (plana, com aclive e declive) para ver o impacto no cálculo do consumo energético”, revela. O pesquisador explica, ainda, que houve maior desgaste energético nas áreas de aclive e declive, visto que o maior impacto no cálculo desse consumo está relacionado com o deslocamento vertical e com o peso do animal.
Nesse contexto, Canizales avalia que esse monitoramento pode contribuir para simular o comportamento do animal e a localização das áreas, buscando definir onde a perda energética seria a menor possível. “O gasto energético do animal tem a ver com a produtividade dele, ou seja, esse desgaste impacta diretamente na produção do leite e na quantidade de milho que come.” Dessa forma, ele salienta que, ao conhecer o consumo energético, no caso do gado leiteiro, é possível saber a quantidade de leite que ele deixa de produzir e a quantidade de milho que tem que comer para compensar. Além disso, aponta que é possível estabelecer “melhores estratégias de distribuição das áreas na pastagem para diminuir o esforço ao máximo.”
Contatos:
Yelco Antonio Marante Canizales – (mestrando)
yelcomarante@ice.ufjf.br
Eduardo Barrére – (orientador)
eduardo.barrere@ufjf.edu.br
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Eduardo Barrére – (Orientador – UFJF)
Prof. Dr. Edelberto Franco Silva – (UFJF)
Prof. Dr. Ricardo Guimarães Andrade – (EMBRAPA)
Outras informações: (32) 2102-3387 – Programa de pós-graduação em Ciência da Computação (PGCC)