Professoras Claudia Forjaz (USP) e Andréia Queiroz (UFJF-GV) (Foto: Dante Rodrigues)

Cerca de 80 pessoas participaram do 3º Minicurso teórico-prático de medida da pressão arterial promovido pelo Núcleo de Estudos da Pessoa Idosa do campus Governador Valadares da Universidade Federal de Juiz de Fora (NEPI/UFJF-GV). O evento realizado nos dias 4 e 5 de dezembro, no auditório da Unipac, contou com palestras e atividades práticas ministradas pelos professores Claudia Lúcia de Moraes Forjaz e Leandro Campos de Brito; e pela educadora física Teresa Bartholomeu. Todos são da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (USP).

No Brasil, cerca de 30% da população adulta tem níveis de pressão arterial alta, acima de 120 x 80 mm Hg. De acordo com a professora Dra. Claudia Lúcia de Moraes Forjaz , em geral, a pressão alta não causa sintomas. Logo, é essencial que as pessoas realizem a medida da pressão com certa frequência. “As pessoas não procuram um médico, justamente porque não sentem qualquer sintoma. As vezes a pessoa até sabe que tem hipertensão, mas não toma remédio. Prefere agir só quando está sentindo algo”.

Atividade prática contou com o auxílio de um aplicativo que permite scanear as respostas dos participantes sobre o tema abordado e conhecer em tempo real o nível de acerto da turma(Foto: Dante Rodrigues)

Ex-vice-presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão, Cláudia Forjaz alerta que, se não tratada, a pressão elevada pode provocar problemas em diversos órgãos. “A gente fala que a hipertensão é um assassino silencioso, ela vai minando seu organismo como um todo e te leva a morte sem você perceber, uma vez que não está sentindo nada. E quando as pessoas não sentem nada, elas minimizam a importância de aferir e tratar a sua pressão”.

Além das palestras sobre a hipertensão arterial, o minicurso procurou através de atividades práticas, apresentar detalhes importantes para a correta medição da pressão arterial. “Se eu não fizer a medida correta da pressão, eu posso ter um valor errado. E aí o médico pode, a partir de valores errados, diagnosticar alguém hipertenso como se não fosse ou ao contrário. O cuidado na hora de medir é essencial”, ressaltou Cláudia.

Para a professora Andréia Queiroz, gerente de Graduação da UFJF-GV e uma das organizadoras do evento, as atividades cumpriram com seu objetivo. “Creio que a presença de palestrantes tão capacitados enriqueceu ainda mais esta terceira edição e incentivou as pessoas a participarem. Temos estudantes aqui dos seis cursos da área da saúde da UFJF-GV, de instituições particulares de Governador Valadares e até mesmo de Ipatinga. Tudo isso não seria possível se não fosse pelo edital de apoio a eventos do campus GV. ”