Inclusão social e arte na periferia foram temas do Cine Acadêmico, realizado na última sexta, 22, no campus Governador Valadares da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF-GV). Após a exibição do documentário “A Rua é Noiz”, estudantes e servidores debateram aspectos da dança na inclusão social e na descriminalização de vertentes artísticas como o hip-hop e o funk.
A atividade faz parte das ações da 12ª Mostra Cinema e Direitos Humanos, que, neste ano, conta com a participação da UFJF-GV. Durante todo o segundo semestre de 2019, foram realizadas várias exibições de diferentes temas como direitos da pessoa idosa, direitos da pessoa com deficiência, e nesta ocasião, direitos à cultura, educação e inclusão social.
Segundo a produtora cultural da UFJF-GV, Flávia Carvalho, a ação teve como enfoque a função da arte na periferia. “Abordamos a criminalização de algumas vertentes artísticas, o contexto histórico e a importância de romper paradigmas”. Após a exibição do documentário, os participantes compartilharam vivências e momentos de influência da arte em suas vidas, desde a adolescência e na prática de esportes e aulas de dança. “Vimos de que forma a dança contribui para o desenvolvimento do ser humano, na relação do adolescente com seu corpo, e da relação com os demais, na comunidade. É interessante ver como essa geração está vivendo um momento de quebra de preconceitos”, comentou Flávia.
Atividades compõem ações do mês da Consciência Negra
Além do Cine Acadêmico, outras atividades realizadas na UFJF-GV compõem a programação de ações do mês da Consciência Negra. Nesta terça, 26, acontece o encontro temático “Organizações, trabalho e racialidade”.
O evento é organizado pela professora Mariana Lage, de Departamento de Administração da UFJF-GV, e tem o objetivo de despertar na comunidade acadêmica o senso crítico sobre como o racismo se relaciona com o mundo do trabalho. O racismo, enquanto processo social que hierarquiza e desumaniza grupos, está presente nas instituições ao definir quais cargos podem ser ocupados por sujeitos brancos e negros, bem como na reprodução de práticas racistas e discriminatórias no cotidiano.