O Programa de Ingresso Seletivo (Pism) para alunos do ensino médio que desejam ingressar na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) acontece nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro. Alunos portadores de deficiências ou outras necessidades puderam recorrer ao atendimento especializado no ato de inscrição. Na última terça-feira, 19, o Núcleo de Apoio à Inclusão (NAI) ofereceu a capacitação para os fiscais sorteados, abordando os principais pontos do processo e esclarecendo dúvidas.
Foram selecionados mais de 200 alunos da UFJF para o atendimento diferenciado do Pism que se dividirão pela Universidade nos dias das provas. A principal diferença dos fiscais especializados é o atendimento ao candidato individualmente, em locações separadas, atuando como ledores ou transcritores das provas.
A professora da Faculdade de Educação e coordenadora do NAI, Katiuscia Cristina Vargas Antunes, explica que a capacitação já é realizada há três anos com os alunos que se inscreveram. Neste ano, a principal inovação foi em relação à oferta de recursos, uma vez que candidatos com deficiência visual puderam solicitar a prova no computador, tendo uma maior autonomia e menor dependência de terceiros.
“A importância é esclarecer as dúvidas desses fiscais sobre o perfil dos candidatos: quem são, como lidar, como construir uma relação etc. Nós discutimos sobre o direito que essas pessoas têm de obter um atendimento diferenciado, uma extensão de tempo maior, um acolhimento específico, entre outros pontos. É uma capacitação necessária pois é um processo como outro qualquer, mas estamos lidando com estudantes que precisam de outro atendimento e tem especificidades durante a realização da prova.”
A vice-coordenadora do Núcleo de Apoio e Inclusão (NAI), Mylene Cristina Santiago, afirma que, a cada ano, as exigências do atendimento especializado mudam. “Com o passar do tempo, o Pism vem se aprimorando no seu atendimento especializado. A cada ano, na medida em que se constata algum equívoco ou possível melhoria, vamos ampliando as possibilidades para oferecer maior apoio e suporte aos candidatos. No ano que vem, provavelmente teremos a tecnologia dos óculos de inteligência artificial “Orcam”, que irão oferecer um suporte ainda melhor para os candidatos com cegueira ou baixa visão.”
Durante a discussão, a aluna do curso de Enfermagem, Thayani Colombo Gomes, relatou sua experiência com ledora e transcritora no ano anterior: “Realmente ficamos com medo. É uma responsabilidade enorme, pois o que escrevemos errado pode influenciar na nota do aluno. Mas podemos ficar tranquilos, uma vez que os próprios candidatos são tranquilos e sabem que estamos ali para ajudá-los.”
A aluna Caroline Souza da Costa, também da Enfermagem, compartilha da opinião da colega. “Os candidatos vão te dizer quais são as suas próprias dificuldades. Garanta que o aluno tenha autonomia e segurança e faça com que ele saiba que você está ali só para ajudar, atendendo todas as demandas que ele possa pedir. No mais, os outros fiscais sempre podem ajudar.”
Outras informações: (32) 2102- 3975 – Pró-reitoria de Graduação