Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Economia

Data: 01/11/2019

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/economia/01-11-2019/eventos-lgbtqi-injetam-mais-de-r-3-mi-na-economia.html

Título: Eventos LGBTQI+ injetam mais de R$ 3 mi na economia

Os eventos direcionados para a comunidade LGBTQI+, realizados em agosto deste ano em Juiz de Fora, foram responsáveis por atrair sete mil turistas e injetar mais de R$ 3 milhões na economia local. Os dados são da pesquisa coordenada pelo projeto de extensão Identidades, cidadania e inclusão LGBTQI+: Semana Rainbow, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O levantamento traz, ainda, informações como perfil dos turistas, média de gastos, meios de transporte e hospedagem utilizados, além das atividades de lazer realizadas durante o período de estadia na cidade.

Com relação ao perfil do turista, há predominância do sexo masculino, em suas diferentes identidades sexuais e de gênero (55,4%). A faixa etária varia entre 19 e 50 anos. A maior parte do público é solteira (72%), tem bom nível de escolaridade (76%) e está atuante no mercado de trabalho (76%). Os visitantes são, em maioria, oriundos de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Também estiveram presentes moradores de Piauí, Paraíba e Recife.

O valor médio gasto pelo turista por dia foi de R$ 100 (24,8%). A média de permanência na cidade foi de dois pernoites (37,9%).

Impactos

A movimentação dos turistas trouxe impactos positivos para o setor de hotelaria. Do total de visitantes, 47,1% se hospedaram em hotéis. Em números, o público LGBTQI+ ocupou 2.345 leitos.

Apesar da maior parte dos turistas ter utilizado automóvel próprio para chegar à cidade (51,5%), o setor de transportes também foi aquecido no período. Uma parcela significativa do público fez uso de ônibus (40%), e o transporte aéreo também foi utilizado (7,6%). Já o deslocamento dentro da cidade foi feito por transporte por aplicativo e táxis.

Atrativos

O estudo revelou que 96% dos turistas retornariam à cidade. A hospitalidade dos juiz-foranos foi colocada como principal motivação. Em segundo lugar, foi apontada a gastronomia dos bares e restaurantes, com destaque para cervejas artesanais, comidas mineira e de buteco. No que diz respeito ao lazer e a cultura, os eventos LGBTQI+ são o principal atrativo.

Durante o período de estadia, 58,1% deste público aproveitaram o tempo livre para conhecer a cidade. Morro do Cristo, Museu Mariano Procópio e equipamentos geridos pela UFJF foram os locais mais visitados.

Os resultados foram coletados de 474 questionários, aplicados entre os dias 14 e 17 de agosto. “Quando 96% dos visitantes dizem que pretendem voltar, isso não significa que seria apenas para essas atividades. Eles podem retornar para negócios, visitas e até mesmo para morar. Precisamos entender que não podemos dar atenção a este público apenas em agosto”, afirma o coordenador da pesquisa, professor Marcelo do Carmo.

O especialista ressalta a necessidade de investimentos em pesquisa e no processo de turistificação da cidade para fidelizar este público. “Nós precisamos pensar em como melhor atrair essa comunidade. Se não mudarmos nosso pensamento, vamos continuar andando em círculos, não vamos crescer em nada. Esse turista ainda gasta pouco em Juiz de Fora, pois a cidade ainda não tem um funcionamento tão proativo.”

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Veículo: G1

Editoria: Zona da Mata

Data: 01/11/2019

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2019/11/01/conselho-superior-define-lista-triplice-para-escolha-do-reitor-da-ufjf.ghtml

Título: Conselho Superior define lista tríplice para escolha do reitor da UFJF

O Conselho Superior (Consu) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) elegeu na tarde desta sexta-feira (1°), os integrantes da lista tríplice para reitor da instituição. O documento será encaminhado para o Ministério da Educação (MEC) para nomeação do novo reitor para o período de 2020 a 2024.

Segundo a UFJF, a lista é formada pelos professores da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis, Marcus Vinicius David; do Instituto de Ciências Humanas (ICH), Eduardo Antônio Salomão Condé; e da Faculdade de Serviço Social, Rodrigo de Souza Filho, nesta ordem de indicação.

A partir do resultado, o documento é encaminhado para apreciação do MEC. A lista, no entanto, pode ser vetada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), que tem a prerrogativa indicar outro nome para reitor das universidades federais de todo o Brasil.

Durante a votação secreta, Marcus David recebeu 47 votos, Condé obteve quatro e Souza Filho foi escolhido por um único votante. No total, 53 conselheiros participaram do processo de votação e cada um pode votar em apenas um nome.

No dia 10 de outubro, o G1 mostrou que na Consulta Pública realizada para reitor da UFJF, Marcus David, o atual reitor, recebeu 9.416 mil votos válidos. Apenas uma chapa se inscreveu.

Chapa Única

A chapa formada por Marcus David e Girlene Alves da Silva foi eleita pela primeira vez na consulta pública concluída em 5 de fevereiro de 2016, com 57,42% dos votos, respeitada a paridade entre docentes, técnico-administrativos e discentes.

A nomeação foi assinada em 29 de março e publicada no dia 30 de março do mesmo ano no Diário Oficial da União. Marcus David foi empossado em cerimônia em Brasília em 6 de abril de 2016.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 02/11/2019

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/02-11-2019/equipe-de-engenharia-da-ufjf-e-vice-campea-em-competicao-nacional-de-aerodesign.html

Título: Equipe de Engenharia da UFJF é vice-campeã em competição nacional de aerodesign

A equipe de aerodesign Microraptor, da Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), ficou em segundo lugar na SAE Brasil em competição ocorrida no último domingo (27) em São José dos Campos (SP). Além de lugar no pódio entre as 95 equipes participantes, os universitários juiz-foranos receberam, ainda, menções honrosas por melhor pontuação de voo e melhor apresentação oral. Com as conquistas, os 30 representantes alcançaram a melhor participação da equipe na competição nacional desde sua criação, em 2011.

A SAE Brasil é organizada por engenheiros da fabricante de aeronaves Embraer e estimula a criação de pequenos aviões. Neste ano, mais de 1500 alunos participaram da competição, que teve, inclusive, equipes do México e da Venezuela. Toda o projeto de operação da aeronave é realizada pela equipe, que também produz as miniaturas. Na competição, eles são avaliados pela apresentação oral do projeto feito e pelo desempenho em vôo da aeronave fabricada. “O que eles querem passar para a gente, como estudantes da engenharia, é um projeto aeronáutico tão sério quanto possível”, afirma o capitão da equipe juiz-forana, Thomás Demolinari.

A equipe trabalha nos corredores da UFJF durante um ano para ter o projeto consolidado na disputa em território paulista, uma vez que cada competição tem seu próprio regulamento com desafios e critérios diferentes. Para Demolinari, a participação em 2019, recordista na história da Microraptor, ainda poderia ter sido melhor. “Esperávamos uma colocação ainda melhor, mas por problemas técnicos nós não conseguimos. Ainda assim, ficamos muito felizes com o resultado”, celebra.

Disputa com equipes de ponta

A SAE Brasil conta com a participação de alunos de Engenharia Aeronáutica tanto de instituições federais e estaduais como a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), como também do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), instituição de ensino da Força Aérea Brasileira.

Na UFJF, não há o curso específico da área, se tornando um desafio a mais para os integrantes da Microraptor. O problema é driblado com a criação de um banco de informações pelos próprios alunos que é passado a cada gestão. “O que faz a gente se destacar hoje é a gestão de conhecimento da nossa equipe. Nós divulgamos artigos, trabalhos de conclusão de curso, e deixamos tudo muito bem preparado para quando as pessoas entrarem na equipe”, explica Thomás.

Após a boa participação em São José dos Campos, o foco passa a ser a conquista do título na edição de 2020 do torneio. “A gente aguarda a saída do novo regulamento para começar a preparar a aeronave para disputar em outubro do ano que vem. Estamos subindo a escadinha. Ficamos em quarto em 2017, terceiro em 2018, segundo em 2019. Ano que vem, só podemos ser primeiros”.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Colunas

Data: 02/11/2019

Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/02-11-2019/jf-por-ai-22.html

Título: JF Por AÍ…

Esticada em Santa Catarina

José Natalino Nascimento esteve em Florianópolis para visitar os amigos Eliete e Luiz Fernando Evangelista Werneck (ele, seu colega de turma na Faculdade de Engenharia da UFJF, em 1968). Werneck, que é apreciador de uma boa cachaça, foi presenteado com uma garrafa da “Dom Bré Extra Premium” e não poupou elogios pela qualidade.

Garrafas em ‘flashes’

Filho do casal juiz-forano, o fotógrafo Luiz Frederico Carrato Evangelista aproveitou para clicar a garrafa de “Dom Bré”, evidenciando sua sensibilidade com as lentes. Ele é especializado em fotos de garrafas e drinques para as ações promocionais e cardápios de sofisticados bares, restaurantes e boates, inclusive da famosa praia de Jurerê Internacional.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Colunas

Data: 02/11/2019

Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/02-11-2019/353777.html

Título: Ana Paula Cobra e Iris Reis, a geração veloz em tarde informal

Semana musical

Começa nesta segunda-feira a Semana do Piano, Teclado e Órgão do Conservatório Haidée França Americano.  Entre as audições, destaque para a homenagem que o aluno Luis Eugênio Sanábio fará à memória de sua tia e professora Maria Amália Sanábio Freez, além da apresentação da peça “O Carnaval dos Animais de Saint Saēns”, com participação do pianista inglês Daniel Roberts.

Cotação alta

Dom Vincenzo Zani, secretário da Congregação para Educação Católica de Roma é um dos palestrantes do 1º Congresso Internacional, na Cúria Metropolitana, com o tema “Educação: riscos, desafios e perspectivas”.

Segundo dom Gil Moreira, até terça-feira, são esperados participantes também de Goiás, Maranhão, São Paulo e Rio.

Comédia na TV

Gustavo Mendes em ritmo acelerado com as gravações do programa “Xilindró”, no Multishow.  Mineiro de Guarani, ele também lançou a quinta temporada do “Treme Treme”, no mesmo canal e, neste domingo, apresenta em São Paulo o show “Di uma vez por todas”.

Atrações na serra

Dia 10, o Parque Estadual de Ibitipoca inaugura mais três atrativos, dentro do Circuito do Pião: Pedra Furada, Cachoeira do Encanto e Poço do Campari.

Música e poesia

O Projeto Palco Central recebe, terça-feira, Luizinho Lopes com o show “Mote”.  Também participam as cantoras Andréa Monfardini e Elisa Bara Zaghetto, o multi-instrumentista Gustavo Duarte e a contadora de histórias, Alessandra Visentin.

Sob nova direção

Há mais de 50 dias, esta coluna noticiou o interesse do Grupo Águia Branca pela compra da Imperial Toyota.  Ontem, a empresa capixaba assumiu oficialmente a operação das concessionárias de Juiz de Fora, Ubá e Barbacena. Segundo o diretor regional em Minas, Aires Valin, as três concessionárias passam a se chamar Osaka, a exemplo das outras 16 filiais da Toyota em Minas que pertencem ao grupo.

Registro

A coluna se associa às manifestações de pesar à querida Maria José Menezes Grippi pelo falecimento do filho, André Grippi (66 anos), sepultado em Belo Horizonte.  A solidariedade à sua sobrinha Priscilla Stiebler.

Cardápio novo

No Spazio, Tamiris Negrão tem novidades na Vinho & Ponto.  Além da variada e exclusiva linha de rótulos importados, na próxima quarta-feira ela apresenta no ‘wine bar’ o novo cardápio montado pela ‘chef’ Andréa Adams.

Dose dupla

Eduardo Merhi e Daça Sudré (ele, plenamente recuperado de um delicado tratamento médico em Belo Horizonte) comemoraram seus aniversários com uma grande festa, cercados de amigos, no reduto do Salvaterra.

Encontro com CR

Especialista em marca passo cardíaco mais antigo do Brasil, Humberto de Campos é o convidado para um bate-papo no “Encontro com CR”, na TMTV. Ele integrou a equipe do Dr. Adib Jatene, em São Paulo, e com uma bolsa do Conselho Nacional de Pesquisa estudou em Nova York, se especializando com o doutor Seymour Furman, pioneiro do marca passo no mundo.  Apaixonado por vinhos, Humberto transformou um ‘hobby’ em negócio e hoje pilota a importadora Vinhos do Comendador, com uma linha de rótulos exclusivos e premiados, inclusive pela revista “Adega”.

Antenado

Depois dos problemas enfrentados pelos usuários do Saúde Servidor, agora são funcionários do Estado – na ativa ou aposentados – que têm dificuldades de marcar consultas, exames ou procedimentos pelo Ipsemg.

A única coisa que não sofre alteração é o desconto em folha.

Cidadão benemérito

Quinta-feira, na Câmara, o economista Roberto Nogueira Ferreira recebe o título de cidadão benemérito. Há vários anos radicado em Brasília, Roberto foi secretário municipal da Fazenda e tem diversos livros editados. O projeto de lei é do vereador Antônio Aguiar.

Toque

“O futuro dependerá daquilo que fizermos no presente”

Mahatma Gandhi

Voo Livre

Neste domingo, a Bravo Beer reedita o sucesso das domingueiras anteriores. Em cena, o cantor Thomás Guedes.

Estão aniversariando neste sábado, Mariluce Lopes e Leonardo Soares Alvim. Amanhã é a vez de Homero Gonçalves Neto, Ana Paula Campos Cadinelli, Marilea Salgado Faria de Moraes e Priscila Mendes. Na segunda-feira, comemoram ‘niver’ Luiz Gustavo Braga, Lara Lopes Velloso e José Laerte da Silva Barbosa.

A Suprema está com inscrições abertas para o vestibular de enfermagem, farmácia, fisioterapia, medicina e odontologia. As provas serão dia 24.

Entre os dias 9 e 24, Ronaldo Miana vai ministrar curso de qualificação em massoterapia sueca para a equipe da L’essence.

Gabriela Dutra Machado inaugurou loja da Adcos no Independência Shopping.

Luciana Peralta, assessora da Empav, informando que ontem cedo foram recolhidas as árvores caídas na Rua Dr. Romualdo e da Avenida Prefeito Mello Reis.

O célebre Carlos Drummond de Andrade será homenageado nesta segunda-feira, no Chá com Poesia da Biblioteca Murilo Mendes.

Professor da UFJF, André Monteiro lança, neste sábado, “Romance de Asilo” seu oitavo livro. Será na casa de amigos do autor, na Barão de Cataguases.

A Aban – Associação dos Amigos promove a 3ª Copaban – torneio de futebol de rua com meninos e meninas que participam do Projeto Geração do Futuro. Será neste domingo, no Dom Bosco.

Dar esmola na rua é auxiliar a vadiagem. Ajude e visite a Casa de Passagem Bethânia (3213-5268).

Sábado, dia de ombros de fora…

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Veículo: Jornal Dia Dia

Editoria:

Data: 02/11/2019

Link: http://jornaldiadia.com.br/2019/2019/11/02/equipe-da-esalq-usp-e-if-sao-paulo-piracicaba-sp-vence-a-maratona-de-programacao-da-embrapa/

Título: Equipe da Esalq/USP e IF São Paulo (Piracicaba-SP) vence a maratona de programação da Embrapa

Solução apresentada visa fazer análise da mastite na propriedade

Após uma semana acampados na sede da Embrapa Gado de Leite, cerca de 100 estudantes apresentaram, nesta sexta-feira (1º), as soluções digitais para problemas da pecuária de leite no Brasil.

Os estudantes (curso técnico, graduação e pós-graduação), participaram do Vacathon, uma maratona de programação idealizada pela Embrapa que envolveu 25 instituições de ensino de vários estados brasileiros.

Os cinco primeiros colocados foram:

– Esalq/USP e IF São Paulo (Piracicaba-SP), que a apresentou a solução Milcup – 1º Colocado;

– IF Sudeste campus Juiz de Fora (MG), que a apresentou a solução Eletromilk – 2º Colocado;

– UEG (Goiânia-GO), que a apresentou a solução Nutrimilk – 3º Colocado;

– PUC Minas – Belo Horizonte (MG), que a apresentou a solução Muu Bank – 4º Colocado;

– UFSM (Santa Maria-RS), que a apresentou a solução Zeitt – 5º Colocado.

Esta é a terceira edição do Vacathon. Segundo o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, os trabalhos dos estudantes têm ficado cada mais criativos e próximos da realidade da pecuária de leite nacional.

As propostas versam sobre seleção de mão de obra, nutrição animal, qualidade do leite e mastite, comércio de produtos lácteos etc (veja tabela abaixo as equipes e soluções em ordem alfabética).

No período em que as equipes ficaram desenvolvendo os projetos, os estudantes receberam a mentoria de pesquisadores da Embrapa e representantes das empresas parceiras.

Além disso, participaram de dois bootcamps (campo de treinamento): o primeiro, no campo experimental da Embrapa Gado de Leite, onde conheceram diferentes sistemas de produção e aspectos de uma fazenda leiteira. Depois visitaram um laticínio (Instituto de Laticínios Cândido Tostes).

O Vacathon faz parte do Ideas for Milk, evento criado pela Embrapa Gado de Leite com a proposta de fomentar um ecossistema, reunindo empresas, universidades, pesquisa agropecuária e setor produtivo.

O objetivo é que os estudantes tenham contato com a atividade rural e criem startups voltadas para os problemas da produção leiteira. Segundo o chefe de Transferência e Tecnologia da Embrapa Gado de Leite, Bruno Carvalho, “as startups voltadas para o agronegócio (agtechs) chamam atenção de investidores, pois esse é um mercado de baixa concorrência, que gera muita riqueza”.

Veja as soluções apresentadas durante o Vacathon

Equipe Solução

Cefet (Leopoldina-MG)          Leitech: Automatiza volume e temperatura do leite durante a coleta.

CES-JF (Juiz de Fora-MG)   Brisa: Sistema para monitorar a temperatura da vaca, evitando o estresse térmico.

Esalq/USP e IF São Paulo (Piracicaba-SP) Milcup: Caneca que faz análise da mastite na propriedade, em tempo real.

IF Sudeste campus Juiz de Fora (MG)        Eletromilk: Sistema otimiza a engenharia de processos das propriedades para fins de economia de energia elétrica, sustentabilidade e maior qualidade do leite.

IF Sudeste campus Rio Pomba (MG)          Pra+: Plataforma integrada que ajuda no processo da escolha da cultivar adequada ao rebanho.

IF Sul de Minas (Muzambinho-MG)  Cow Servisse: App que conecta produtores rurais a profissionais do agronegócio. Voltado para solucionar problemas relacionados à mão de obra.

Instituto Cândido Tostes/Epamig e IF Juiz de Fora (MG)    UaiPiquete: Sistema que dimensiona e calcula o quanto cada piquete vai fornecer para cada animal e por quanto tempo.

Parque Tecnológico de Chapecó, Unochapecó, UFFS, UCEFF e Senai/SC        Legado do Queijo: Portal de e-commerce que conecta vendedores de queijo artesanal aos produtores de todo país.

PUC Minas campus Belo Horizonte (MG)   Muu Bank: Primeiro banco digital da cadeia do leite. Ele trabalha por meio de uma criptomoeda que equivale ao valor real do leite. 1 bitmuu é equivalente a 1 litro de leite.

PUC Minas campus Betim (MG)      UaiX: Marketplace inteligente que permite aos produtores de queijos expor seus produtos.

UEG (Goiânia-GO)    Nutrimilk: App que otimiza o uso de concentrado em rebanhos de pequenas e médias propriedades.

UFERSA (Mossoró-RN)        Cownecta: Rede social que integra pesquisadores, produtores e indústrias. Promove troca de informações de maneira setorizada e organizada.

UFES (Alegre-ES)     Geocompost: App que reúne pecuaristas interessados em trocar informações sobre o composto de barn.

UFJF (Juiz de Fora-MG)       Nutrilac: App que oferece informações básicas para melhorar a nutrição do rebanho e oferecer bem-estar aos animais.

UFLA (Lavras-MG)    Cownect: App que conecta produtores aos profissionais da área rural, facilitando a contratação.

UFMG (Belo Horizonte-MG) Deleite: App para o monitoramento sanitário do rebanho.

UFRJ (Rio de Janeiro-RJ)    Mammatus: Plataforma em nuvem que conecta produtores e laticínio.

UFRPE (Recife-PE)  Pastejo Inteligente: App que, por meio de informações via satélite e enviadas pelos produtores, otimiza o manejo do pasto.

UFSM (Santa Maria-RS)       Zeitt: Dispositivo portátil que faz análise da qualidade do leite na propriedade.

UFV (Viçosa-MG)      Nutri Solver: Protótipo automatizado que verifica a qualidade da dieta do rebanho.

Instituições parceiras

O Ideas for Milk é realizado pela Embrapa em parceria com Agripoint, BovControl, Carrusca Innovation, Kick, Qranio e Texto Comunicação.

Tem correalização do Sebrae e conta com o patrocínio das seguintes instituições: Alta Genetics, Bayer Saúde Animal, Belgo Arames, Ceitec, CRMV/MG, FAEG/Senar-GO, Faemg/Inaes, MSD Saúde Animal, Nestlé, Senar-RN, Silemg, Sistema OCB, Start Química, Tortuga/DSM, Tim, Viva Lácteos e Vivare. Também são parceiros da iniciativa Cisco, Danone, IBM e Microsoft.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria:

Data: 02/11/2019

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/defesa-consumidor/02-11-2019/anvisa-alerta-para-uso-de-substancia-toxica-em-slime-caseiro.html

Título: Anvisa alerta para uso de substância tóxica em slime caseiro

Quem utiliza as redes sociais já deve ter conhecido o slime, uma geleca colorida que tem encantado crianças. Há vídeos em que é estimulada a produção do brinquedo em casa, por meio de tutoriais sobre como fazer o brinquedo. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no entanto, lançou um alerta sobre os riscos do uso da substância bórax, também conhecida como borato de sódio, que, segundo a agência, vem sendo utilizada e vendida de forma inadequada como ativador de slime. A substância, inclusive, não é regulamentada pela entidade e é um produto químico autorizado para diversas finalidades, como na produção de fertilizantes, produtos de limpeza e até mesmo medicamentos. Para entender a gravidade da substância, a Tribuna consultou especialistas, que esclareceram como age a substância e quais são os sintomas decorrentes de contaminação.

Segundo a professora do Departamento de Química da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Fernanda Bombonato, o bórax apresenta risco à saúde se for usado em grande quantidade, mas na produção caseira do slime é comum a utilização de uma solução de água boricada, que teria baixa concentração de bórax. “Nos relatórios da Anvisa está descrito que a intoxicação pode ocorrer em adultos quando o bórax é ingerido em uma quantidade entre 4g a 8g. Ou seja, quantidades menores que essa, em adultos, não oferecem risco de intoxicação. Quando o slime é feito em casa, é utilizada uma solução com baixa concentração de bórax (3%), ou do tetraborato de sódio, que é vendido em farmácia. Mesmo assim, as crianças são mais facilmente contaminadas, porque, como a solução é mais absorvida por mucosas do que pela pele, se a criança passar as mãos nos olhos ou na boca, ela estará se contaminando, e o uso prolongado do produto causa problemas”, adverte.

A professora alerta ainda que muitas receitas de slime não indicam a quantidade do ingrediente que deve ser usada. “Quando se está fazendo a receita, essa solução de água boricada serve como um catalizador da reação de polimerização, que faz o efeito de geleca. Sem quantidade especificada, a criança vai colocando o produto até observar a formação do slime, então, muitas vezes, coloca-se a solução em excesso. Essa quantidade também depende da qualidade da cola que está sendo usada: se for boa, o polímero vai se formar rapidamente e precisará de menos água boricada, mas se a qualidade da cola for ruim, pode haver excesso da solução.”

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Manuseio exige cuidados

Tratando-se de produtos químicos, é importante lembrar que toda substância química oferece risco no seu manuseio, exigindo certos cuidados. “Inclusive, quem trabalha com bórax o tempo inteiro tem que usar luva se estiver na forma de solução e, se for na forma sólida, tem que usar máscara, por risco de inalação”, observa a professora, que também faz parte do grupo de divulgação científica Divulga Química, que esclarece para a população o uso correto de produtos químicos e seus riscos (@divulgaquimica). “Há vários procedimentos disponíveis na internet, mas o ideal é que o slime seja feito com produtos não derivados do tetraborato. Algumas receitas utilizam espuma de barbear, condicionador ou até amaciante de roupa, mas como todos esses produtos oferecem algum risco para crianças, todo procedimento tem que ser acompanhado por um adulto responsável, pois podem causar intoxicação ou reação alérgica. O ideal é que os pais comprem o slime pronto ou o kit próprio para a fabricação do brinquedo, ao invés de fazer de forma caseira”, recomenda.

Substância pode desencadear sintomas alérgicos

A alergista e imunologista Júnia Baesso chegou a atender, em seu consultório, dois casos de broncoespasmos desencadeados pela inalação das substâncias químicas de slime caseiro. “A água boricada pode provocar irritabilidade na mucosa de vias aéreas inferiores e superiores, através da inalação, levando a manifestação de tosse seca (dispneia), falta de ar, sensação de ardência nas narinas e na faringe. Com a manipulação indevida do produto, também é possível ocorrer reações de contato, como dermatite nas mãos, coceira e vermelhidão local”, explica.

Segundo a médica, os quadros respiratórios geralmente são mais graves e precisam de atendimento médico de urgência. “Tenho orientado aos pais a evitar esse tipo de brinquedo, principalmente para crianças com histórico de atopia/alergia. Os casos de broncoespasmos pós-manipulação de slime que diagnostiquei, até o momento, foram por slime caseiro e não o comprado. Mesmo sob supervisão de um adulto, há riscos para a saúde, principalmente para as crianças menores e as atópicas, tanto na produção como no manuseio do slime”, adverte.

Já a Anvisa alerta ainda que “o uso inadequado do bórax pode provocar ainda náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia com coloração azul/esverdeada, cianose (pele, unhas e lábios azulados ou acinzentados) e queda de pressão, perda da consciência e choque cardiovascular”. Em 2002, a agência proibiu um brinquedo chamado “Meleca Louca” por causa da presença do bórax, ressaltando que o uso da substância deve ser restrito para as finalidades autorizadas e nas doses recomendadas pelas autoridades competentes.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 02/11/2019

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/02-11-2019/conheca-acessorios-e-roupas-de-luto-do-seculo-xix.html

Título: Conheça acessórios e roupas de luto do século XIX

Todas as culturas possuem expressões peculiares do luto, que vão se transformando através dos tempos, uma estética da morte, mas que se aplica a quem vive. Em grande parte da cultura ocidental, o preto tornou-se uma linguagem universal para expressar os sentimentos de perda e respeito pela pessoa que se foi. Em civilizações tradicionais orientais, como a China e o Japão, o branco costuma ser a cor oficial dos pêsames. Mas em vários países, as condolências são manifestadas em tons diversos: na África do Sul, usa-se o vermelho; no Egito, o amarelo; na Tailândia, o roxo, e por aí segue uma extensa paleta que busca ser a expressão das pessoas “que ficaram” em relação às que se foram.

No Brasil, embora até hoje prevaleça o hábito de vestir preto ou utilizá-lo em faixas e outros artefatos, o luto foi se transformando, chegando ao ponto de muitas vezes nem se expressar em um “dress code” específico. “A historiografia da morte mostra que o século XX a transformou em tabu. Falar sobre a morte, os mortos, é desconfortável. O desuso do luto mostra isso, nossa dificuldade em lidar com o tema, sobre tudo nos grandes centros urbanos. No interior, permanecem alguns hábitos em rituais, como o velório, o enterro… em que se usam roupas mais sóbrias mas não obrigatoriamente, e também não necessariamente pretas”, diz a pós-doutoranda Juliana Schmitt, do Programa de Artes Cultura e Linguagem da UFJF, que pesquisa o luto no Brasil no século XIX.

Segundo ela, a íntima relação entre luto e etiqueta – no que tange os hábitos de comportamento e vestuário – produzia normas sociais rígidas justamente porque era natural falar sobre a morte. “Estudar o luto mostra isso. No século XIX, a morte é algo muito presente, as pessoas morriam em casa, crianças morriam muito… Hoje a morte foi hospitalizada, descolada do espaço doméstico, e isso explica muito nosso distanciamento com as regras do luto, que, para uma viúva, por exemplo, podia chegar a dois anos e meio”, explica a pesquisadora.

Apesar de ter, como fontes primárias de investigação, revistas da época que ditavam a etiqueta do luto, dizendo o que era e o que não era adequado após a morte de um parente ou entre querido, Juliana encontrou no Museu Mariano Procópio um amplo acervo do que se chama de vestuário de luto. “Há vários tipos de peças pessoais neste sentido. O traje de luto de Dona Maria Amália, em exposição no museu, é muito importante e está em ótimo estado de conservação. Claro que tem um desgaste natural de costuras e pequenos detalhes, mas é uma peça emblemática, toda em preto, sóbria, fechada”, diz a pesquisadora.

Mas foi entre as joias de Dona Maria Amália que Juliana encontrou os itens mais interessantes. “Uma peça que me chamou muita atenção foi uma pulseira feita de fios de cabelo de pessoas que morreram, no caso, da mãe dela, dona Luiza Maria de Conceição. Há várias outras peças assim e que pertencem a Dona Maria Amália, mas essa é a que mais se destaca.”

Vestimenta e espaço público

Pesquisando a temática do luto e suas mais variadas manifestações no século XIX há alguns anos, somente no pós-doutorado Juliana Schimitt se aprofundou no vestuário como objeto de estudo deste tema. “A vestimenta é o que nos cobre enquanto agentes do espaço público. Assim, vestir o luto seria a expressão pública da dor da perda, expressa pelas roupas. Toda a documentação sobre o século XIX traz isso como uma característica de sociabilidade muito forte, a necessidade de mostrar que lamenta essa morte por meio da imagem pública”, explica a cientista.

Juliana Schmitt em sua pesquisa no acervo do museu (Foto: Vinícius Ribeiro)

Nas revistas pesquisadas por Juliana, as normas sociais sobre o luto podiam ser depreendidas de artigos sobre etiqueta, anúncios de lojas que vendiam artigos de luto e outras formas de publicação e, de acordo com o levantamento, replicavam valores europeus. “Essas regras sociais não foram criadas no Brasil, são diretamente relacionadas às regras do luto em Portugal e também têm influência da moda francesa. Isso sem falar na grande influência dos hábitos de luto ingleses, com a figura central da Rainha Vitória, a grande soberana, que, ao ficar viúva, adotou o luto até o fim de sua vida”, aponta. “Elas ditavam inclusive que não era de ‘bom tom’ abandonar o luto assim que ele acabava, deveria se esperar uns dias, uma semana, diziam as revistas.”

Juliana afirma que as regras do luto variavam de acordo com a classe social da família em luto e também conforme a relação de parentesco em relação à pessoa falecida. “Quanto mais rica e da elite fosse a família, mais se esperava que ela respeitasse as regras do luto, até porque a elite servia de modelo social para as demais classes. O luto mais longo e mais cheio de regras era o da viúva”, diz ela, explicando que, para qualquer luto estabelecido, havia um momento de luto “pesado”, e outro mais suave. “Para se dividir estes estágios de luto, normalmente se dividia o tempo total na metade, sendo a primeira o período mais pesado, em que predominava o uso de preto e a ausência de joias, adornos e adereços. Depois podia-se mesclar com peças brancas ou outras cores escuras, como o azeviche.”

Em Portugal, antes do século XIX, as normas que regiam as expressões e a etiqueta de condolência chegaram a ser leis, mas depois que estas foram abolidas, os comportamentos continuaram a ser seguidos, sob pena de sanção social. “A elite, por exemplo estava sujeita ao ostracismo social caso desrespeitasse estas regras, as pessoas tinham medo de serem ‘malfaladas’ ou de não serem mais convidadas para eventos sociais. E era um grande temor que as pessoas tinham.”

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Especiais

Data: 02/11/2019

Link: https://tribunademinas.com.br/especiais/outras-ideias/02-11-2019/quem-e-o-chapolin-que-vende-balas-no-sinal-do-bom-pastor.html

Título: Quem é o Chapolin que vende balas no sinal do Bom Pastor?

Numa festa, não raro a mão vai à bandeja e o olho de quem é servido nem cruza com o de quem serve. Num restaurante, é comum o prato chegar à mesa sem o agradecimento como acompanhamento. Algumas profissões parecem invisíveis socialmente. Hugo da Silva Lima sabe como é isso. Nos dois espaços, vestiu-se de garçom. “Acho que isso me incomodava mesmo. Era uma coisa de alma, de não ser percebido”, reconhece, vestido de Chapolin Colorado, o herói atrapalhado interpretado por Roberto Gómez Bolaños, o mesmo ator mexicano que deu vida a Chaves. “Agora é uma quebra na casquinha do ovo, e eu estou começando assim, como um pintinho que começa a soltar as asinhas”, diz ele, que continua servindo, vendendo balas no semáforo, mas sem qualquer discrição.

“Tem gente que não gosta, tem gente que gosta demais. Tem gente que olha de lado, com críticas. Tem criança que vem superaberta e até beija. Todo e qualquer tipo de reação estou percebendo agora. Tem um pessoal que já amoleceu. Chego todo aberto, com um ‘Bom dia!’, e às vezes as pessoas nem olham, mas algumas já passaram a me receber de forma melhor. Agora já tem gente que me chama, e eu estou até ganhando uma fidelidade. No dia que faltei, já teve gente reparando. Os caras do ônibus, também”, conta ele, que no último Dia das Crianças vestiu-se com a fantasia e foi distribuir balas na UFJF. Bastou colocar o pé na Praça Cívica, e dezenas de pequeninos se reuniram à sua volta.

Há duas semanas, também trajava a veste vermelha com anteninhas e foi para a Feira da Avenida Brasil. “Não fui para vender, mas para passear. Só para comer um pastel, tomar um caldo de cana e também comprei um iogurte e uma bananinha. Ainda aproveitei para almoçar na casa de uma amiga minha, que mora ali perto. O pessoal mexia, interagia normalmente”, descreve, sem incômodo, o homem que se cansou da invisibilidade.

Hugo se veste de alegria e irreverência: “Agora é uma quebra na casquinha do ovo, e eu estou começando assim, como um pintinho que começa a soltar as asinhas” (Foto: Fernando Priamo)

‘E agora, quem poderá me defender?’

Hugo trabalhava como garçom num restaurante, mas negociou com o patrão para ser demitido e, com a rescisão, comprar uma moto para atuar como motoboy. Com receio, decidiu não investir todo o dinheiro e teve outra ideia quando viu um homem vendendo balas no sinal fantasiado com os personagens da série “La casa de papel”, da Netflix. Nunca tinha visto aquilo em Juiz de Fora e resolveu arriscar. Seu investimento, então, se reduziu, passando a R$ 200, o valor da fantasia de Chapolin Colorado. “Pensei no Chapolin inspirado na página (do Facebook) Chapolin Sincero, que posta frases cheias de sarcasmo”, conta. Quando a compra feita na internet chegou em casa, Hugo ainda titubeou. “A ideia martelava na cabeça, mas eu pensava em outras coisas: distribuía currículos, entrava em site de empregos, mas não aparecia nada. Foi ficando só o Chapolin mesmo. Eu estava com medo de sair na rua vestido assim”, lembra o homem, que na segunda terça-feira de outubro estreou no novo ofício. Esperou o sinal do Bom Pastor, na Avenida Dr. José Procópio Teixeira sentido Alto dos Passos, fechar e passou de carro em carro oferecendo seus doces. Hugo vende barra de chocolate, chicletes, balas e chocolates, produtos cujo preço varia entre R$ 1 e R$ 2. “Não quero buscar muito lucro. Quero algo justo para mim e para quem compra”, diz.

‘Suspeitei desde o princípio’

A primeira casa em que viveu ficava no Bairro Nossa Senhora de Fátima, na Cidade Alta. Hoje mora sozinho no Jardim Marajoara. “Na verdade, não tão só, mas com dois gatos: a Crica, branquinha, e o Crec, preto”, observa. Hugo tem uma irmã três anos mais velha. Tinha acabado de entrar na adolescência quando os pais se separaram, e ele perdeu ainda mais o contato paterno. A mãe, cozinheira e auxiliar de serviços gerais, casou-se novamente, e ele ganhou um novo amigo. Aos 17, teve a carteira assinada pela primeira vez. A função: auxiliar de garçom. Não servia, mas limpava as mesas. Com o tempo, foi ganhando experiência. “Passei por bastante trampo. No primeiro que eu entrei foi para pagar o curso da PM. Assim fui passando de trabalho em trabalho, na maioria deles como garçom. Em um fui auxiliar de cozinha, na pia, lavando os utensílios. Também já trabalhei como porteiro e balconista”, enumera. Na portaria, conta, muita coisa mudou, já que com um dos moradores, um psicólogo, travou conversas e leu livros que o fizeram refletir sobre questões adormecidas em seu íntimo. “Sempre fui uma pessoa muito fechada, muito tímido. Tinha medo de reações. Era tanto, a ponto de perceber o olhar de qualquer pessoa e já abaixar a cabeça. Era muito fechadão e sofria bullying na escola por isso”, recorda-se, dizendo enfrentar traumas de um passado nem tão passado assim.

‘Minhas anteninhas estão detectando’

“Fiquei muito tempo trabalhando para alguém e sem ser visto. Agora senti a necessidade de fazer algo para mim, algo que dependesse de mim. Ainda não sei lidar com essa nova situação. Sou novo no empreendedorismo. Pulei sem paraquedas”, ri o homem alto e forte, de voz grave e um sorriso constante impresso no rosto. “Depende de mim, agora. Eu trabalhando de 5h50 até 11h já consigo ganhar mais do que trabalhando oito horas por dia como garçom. Fora que, agora, trabalho de segunda a sexta”, pontua. Durante a semana, Hugo passa as tardes e noites lendo, assistindo vídeos no YouTube ou encontrando amigos. Nas noites de sexta e sábado, das 19h às 3h, atua como garçom em um bar no Aeroporto. O tempo hoje livre quer ocupar estudando. Hugo concluiu o ensino médio no Bairro Tupã e passou a tentar concursos públicos, primeiro para integrar a PM e, depois, a Marinha. Do segundo concurso, acabou desistindo por não ter como se manter no Rio de Janeiro para as etapas posteriores à prova. Também fez curso para agente penitenciário, mas faltou-lhe um ponto no exame. Pensou em fazer diferentes faculdades e hoje quer cursar psicologia. “Tenho algo a oferecer para a sociedade, mas a mensagem que tenho para entregar seria melhor com mais estudos. Preciso ampliar meu vocabulário para facilitar que essa ideia acesse as pessoas. Tenho informações que estão abstratas na minha cabeça e, para transmitir, ainda tenho dificuldades. Estudando vou ter contato com mais pessoas e vou poder aprender mais”, comenta Hugo, cujo núcleo familiar não possui membro graduado. “Quero ser o primeiro”, diz.

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Veículo: G1

Editoria: Zona da Mata

Data: 03/11/2019

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2019/11/03/alunos-de-artes-e-design-da-ufjf-sao-premiados-em-congresso-cientifico-de-jogos.ghtml

Título: Alunos de Artes e Design da UFJF são premiados em congresso científico de jogos

Quatro alunos do Instituto de Artes e Design (IAD) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) receberam prêmios na Mostra de Arte do SBGames 2019, o maior congresso científico de jogos da América Latina, realizado entre os dias 28 a 31 de outubro, no Rio de Janeiro. Das quatro categorias pertencentes à Mostra, duas tiveram alunos do UFJF como vencedores.

Na categoria Concept Art, que premia os melhores trabalhos de concepção artística para jogos, Dener Alves ganhou o primeiro lugar com a ilustração Superpredator. Na mesma categoria, Ramiro Liquer ficou em terceiro lugar, com personagem para o jogo Ata’Mithae.

O festival é realizado pela Sociedade Brasileira de Computação e reúne pesquisadores, estudantes e empresários que têm os jogos eletrônicos como objeto de investigação e produto de desenvolvimento. Anualmente são recebidos cerca de mil participantes de diferentes regiões do Brasil e de países como Peru, Argentina, Uruguai, Estados Unidos, Inglaterra, Portugal, dentre outros.

Na categoria Experimentações Artísticas e FanArt em Games, dedicada a experiências artísticas e homenagens a jogos reconhecidos, Bruno Marquez foi o vencedor com a ilustração Castelo Japonês Distópico.

Ainda na mesma categoria, o terceiro lugar ficou para Luís Felipe Cabral, com Poster de Red Dead Redemption 2.

No formato atual, o evento é composto de cinco trilhas (Computação, Artes e Design, Indústria, Cultura e Educação), além do Festival de Jogos, Mostra de Arte e Tutoriais. As trilhas apresentam artigos e pôsteres, sendo que a trilha da Indústria também inclui painéis e palestras.

O Festival de Jogos apresenta protótipos e jogos completos em uma sessão informal dedicada a inovação, técnica, imaginação e emergência de novos talentos.

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