Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Colunas
Data: 25/10/2019
Título: Margarida prioriza educação e saúde na liberação de emendas
A deputada Margarida Salomão vai liberar mais de R$ 8,2 milhões para vários setores de Juiz de Fora por meio de emendas que indicará no orçamento da União de 2020. “Com o congelamento do teto dos gastos, os constantes contingenciamentos, esses recursos são fundamentais para o município”, destacou. As áreas que receberão mais recursos serão Saúde e Educação, com previsão de R$ 3,7 milhões e R$ 3,44 milhões, respectivamente. Na saúde, as emendas vão contemplar construção de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) dos bairros São Benedito e Jóquei Clube, compra de insumos e medicamentos, aporte na Associação dos Cegos e equipamentos para o Hospital Universitário. Margarida também assegurou R$ 1,5 milhão para as escolas municipais e outros R$ 140 mil para as escolas estaduais. Para a UFJF e o IF indicou cerca de R$ 1,7 milhão.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Colunas
Data: 25/10/2019
Título: Semana de Comunicação já tem programação definida
Já está definida a programação da II Semana de Comunicação Professor Márcio Guerra, idealizada pelo vereador Vanderson Castelar. A abertura será no dia 4 de novembro, às 19h, no plenário da Câmara Municipal. No dia 5, no mesmo local, os jornalistas Matheus Brum e Henrique Fernandes vão abordar os desafios do Jornalismo Esportivo. No dia 6, na Faculdade Estácio de Sá, a jornalista Flávia Travassos vai tratar dos desafios do telejornalismo. Caminhos e estratégias. O ciclo prossegue no dia 7, na Faculdade de Comunicação da UFJF, com a palestra sobre Diversidade na terceira idade, feita por Yuri Fernandes. No dia 8, no campus do CES, no Bairro Estrela Sul, a jornalista Geiza Duarte e o cientista político Paulo Roberto Figueira Leal vão abordar a cobertura política nas últimas décadas. A Semana de Comunicação termina no dia 10 no Fórum da Cultura, com uma roda de conversa encaminhada por Flávia Travassos e Geiza Duarte sobre as Perspectivas do jornalismo.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Colunas
Data: 25/10/2019
Título: Entrega dos kits da Corrida da Ascomcer acontece nesta sexta
Serão entregues nesta sexta-feira (25), os kits dos participantes inscritos na 7ª Corrida Solidária da Ascomcer. Os atletas podem retirá-los de 9h às 20h, no auditório do hospital. A prova acontece no domingo (27), às 8h, com largada na entrada da Praça Cívica da UFJF e trajeto no sentido contrário aos carros. Os percursos são 6km para corrida e 2,3km para caminhada. A entrega dos chips será no domingo, até 7h30.
Corrida Tecnobit Night Run tem data alterada
Foi transferida do dia 23 de novembro para o dia 16 a 5ª Corrida Tecnobit Night Run. A prova, única noturna no Ranking de JF, terá largada às 20h, no Parque de Exposições de JF. Por conta da alteração de data, o primeiro lote terá virada já na próxima quinta-feira (31). Até lá, as inscrições custam R$ 60 (com kit completo, incluindo camisa) e R$ 40 (sem kit), podendo ser feitas na Tecnobit (Santa Cruz Shopping, 1.325), lojas Terrabike ou pelo site corridao.com.br. A mudança, segundo a SEL, ocorreu em virtude da data inicial coincidir com a final da Libertadores.
Inscrições para o 15º Duathlon Thiago Machado
Estão abertas as inscrições para a edição especial de 15 anos do Duathlon Thiago Machado, com lote promocional até este domingo, no valor de R$ 80 pelo site corridao.com.br. O tradicional evento de duatlo da cidade está agendado para o dia 8 de dezembro, na Via São Pedro (BR-440), com largada em ponto ao lado do German, às 8h. A prova terá a sequência de três quilômetros de corrida, 18 quilômetros de bike e mais três de corrida. Após o lote promocional, os preços sobem para R$ 110, até 1º de dezembro.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Colunas
Data: 25/10/2019
Título: Ricardo Zacaron e Lúcia Andréa Peralva, Rogério Fávero e Mônica Baldi na festa dos 20 anos do Privilège
Voo Livre
Presidente da Associação Comercial, Aloísio Vasconcelos está em Araxá participando do congresso das ACS, promovido pela Federaminas.
Entre os aniversariantes desta sexta, Maria de Lourdes Abreu de Oliveira e Giulia Gávio.
Júlio Gasparette aproveitou a temporada londrina para assistir, ontem, o Arsenal – líder do Grupo F da Liga da Europa – ganhar de 3 x 2 do time português do Vitória.
Logo mais, no Memorial Presidente Itamar Franco, será aberta a exposição de Maria Andréa Loyola, que reúne esculturas e colagens com objetos e materiais tridimensionais (‘assemblages’).
Do intrépido apresentador da Band, José Luiz Datena ao divulgar que a ministra do STF, Rosa Weber, votou contra a prisão em segunda instância: “abre a porta da cadeia e solta todo mundo”.
Dar esmola na rua é auxiliar a vadiagem. Ajude e visite o Abrigo Santa Helena (3235-1048).
Toque
“Tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo.”
Walter Franco
Antenado
A sequência de acidentes na Avenida Presidente Itamar Franco, próximo ao Hospital Monte Sinai, já faz por merecer uma atenção especial da Settra.
Os sinais – de acesso ao Campus da UFJF e descida para o Dom Bosco – não estão sincronizados corretamente.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 25/10/2019
Título: Fundação Ricardo Moysés Júnior celebra 25 anos
Há 25 anos, ao fim de cada mês, a fundadora e diretora-executiva da Fundação Ricardo Moysés Júnior, Jane Berlose Moysés, reúne, na Rua Francisco Vaz de Magalhães 12, Bairro Cascatinha, jovens em tratamento contra o câncer, além de seus pais. Neste sábado (26), contudo, por ocasião da celebração dos 25 anos da casa de apoio, o encontro acontecerá no Cascatinha Country Club, das 14h30 às 17h, uma vez que será necessário um salão para receber aqueles que outrora passaram pela entidade. Em um quarto de século, cerca de mil jovens, com idade entre zero e 21 anos, foram acolhidos pela Fundação Ricardo Moysés Júnior. Atualmente, há 98 em tratamento.
“Será uma festa muito bonita. Vamos comemorar com os pais e as crianças, porque eles são o fruto da fundação. Achamos, por bem, comemorar com eles. E, também, um dos objetivos é rever os outros que já passaram pela casa e, hoje, já estão casados, constituíram família etc. O encontro é muito importante para aqueles que estão começando o tratamento ou estão no meio dele. Isso dá uma motivação para o paciente para ver que o tratamento é difícil, mas vale a pena”, conta Jane. Dentre os assistidos, a Fundação Ricardo Moysés Júnior chegou a jovens de 148 municípios mineiros, bem como 15 fluminenses. Conforme Jane, a entidade conseguiu contato com a maioria. “Será igual encontro de formandos. É um reencontro para ver como estão. Aqueles que fizeram o tratamento, principalmente. Alguns, sabemos que formaram. Outros já têm família constituída. Como está a qualidade de vida deles hoje?”
A morte de Ricardo Moysés Júnior (quadro ao fundo) por neoplasia levou os pais, Jane Berloso Moysés (foto) e Ricardo Moysés, ao lado do médico Ângelo Atalla, a fundar a entidade (Foto: Fernando Priamo)
Em razão dos 25 anos de apoio prestado, a Fundação Ricardo Moysés Júnior já é indicada por médicos locais e regionais às famílias em situação de vulnerabilidade social. A entidade oferece hospedagem, recreação, medicamentos, exames clínicos, tratamento odontológico e atendimento psicológico. “Há crianças que permanecem aqui por seis, sete, oito meses. Agora, por exemplo, tenho uma menina que chegou do Vale do Jequitinhonha. Veio para a festa. Ela chegou a ficar aqui durante um ano e dois meses direto. Foi em casa apenas duas vezes durante o tratamento. Atualmente, há uma natural de Nanuque (Vale do Mucuri), divisa com o Estado da Bahia, que já está aqui há oito meses. Não foi em casa nenhuma vez”, relata Jane. Entretanto, a entidade abriga apenas crianças acompanhadas por responsáveis. “Quando as mães chegam aqui e veem que há uma casa, dizem: ‘Não posso ficar aqui, não. Não posso pagar.’ Não, aqui não se cobra nada. Há o motorista, que leva e busca; a comida; a alimentação; a hospedagem; os medicamentos; os exames; as roupas; o lazer; as festas, tudo, tudo.”
Parceria com HU
A entidade auxilia, também, em parceria com o Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), pacientes recém-transplantados de medula óssea. “A parceria dura há 15 anos. Todos os transplantados e pré-transplantados vem para cá para apoiarmos. De todo o Brasil vem gente. Vem no pré-transplante, em que o paciente está se preparando para o transplante, e depois que ele passa pelo transplante, para se recuperar. Os pacientes ficam nos apartamentos, que são as suítes, porque eles não podem ficar com os outros para não pegar infecção. Nesta parceria com o HU, só não arcamos com os medicamentos, porque são maiores de 21 anos, mas damos todo o apoio com hospedagem, alimentação, traslado, etc.”
‘Construir é mais fácil. Manter é muito difícil’
As crianças em tratamento na Fundação Ricardo Moysés Júnior são apadrinhadas por colaboradores da entidade. Em datas como a Páscoa, o Dia das Crianças e o Natal, os jovens são presenteados. Entretanto, apenas os padrinhos e madrinhas conhecem as crianças; o contrário não é permitido. “Cada criança tem um padrinho para presenteá-lo nestas datas, mas a criança não o conhece. (…) O objetivo é realmente o padrinho lhes ajudar nessas três datas festivas. Como já tivemos muita experiência ao longo desses 25 anos, às vezes, a família interpreta de maneira errada: ‘Ah, vou pedir ao padrinho um sapato, um dinheiro para comprar gás.’ Não é para isso. É só para os presentes nessas datas”, afirma Jane.
Refeitório da Fundação Ricardo Moysés, no Cascatinha (Foto: Fernando Priamo)
Aos interessados em apadrinhar as crianças com câncer, conforme a fundadora, basta ligar no número 3229-0002 e informar o nome, bem como o telefone. “A cada criança cadastrada, ligamos (para os padrinhos): ‘Ó, chegou uma criança de dois anos.’ Tem gente que prefere menina, outros, menino. Então, ligamos e falamos como é o afilhado. Por exemplo, estamos próximos do Natal. A nossa festa será em 10 de dezembro. Mais ou menos 20 dias antes, mandamos uma cartinha para o padrinho ou madrinha falando a idade, o sexo, o número do sapato etc. Damos todo o perfil da criança para que o padrinho ou madrinha avalie o que quer dar.” Há, ainda, a possibilidade de doação de alimentos, além de frutas, legumes e verduras, já que a Fundação Ricardo Moysés Júnior repassa cestas para as famílias assistidas.
Questionada sobre as principais dificuldades ao longo da história, Jane apontou a manutenção da casa de apoio. “Manter o trabalho. Construir é mais fácil. Agora, manter é muito difícil. Temos os custos com a manutenção, por exemplo. Tem sempre alguma coisa na casa. (…) Graças a Deus, nunca estivemos próximos de fechar as portas. Assim, de cinco anos para cá, temos passado muito aperto por conta da crise, mas fechar, não.” Para auxiliar a manutenção, foi criado, em 2005, o Centro Educacional Ricardo Moysés Júnior, colégio particular, localizado em terreno anexo da fundação. “Gostaria de fazer um apelo para que as pessoas nos ajudem. Manter as crianças com tudo o que a gente dá e fornece, como exames de alto custo, medicamentos etc., é muito dispendioso. Sobrevivemos da escola, das doações da sociedade e também dos nossos eventos”, explica, ao pedir apoio à instituição.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Colunas
Data: 25/10/2019
Título: Adriana Lucena Schettino ganha destaque no canal GNT
O sorriso da alma
Dentista formada pela UFJF e há vários anos radicada no Rio, Adriana Lucena Schettino ganhou destaque no programa “Superbonita”, no canal GNT, durante um papo com Camila Pitanga sobre “O teu sorriso é um paraíso”.
Adriana lembrou que “por causa do sorrioso, muita das vezes, as pessoas deixam de ficar à vontade, de curtir a vida. Quando a gente muda o sorriso de uma pessoa e ela ganha esta confiança, você transforma a vida de muita gente. É um momento gratificante na minha profissão. Você vê as pessoas mudarem para uma vida nova. Um sorriso harmonioso é exatamente quando você está à vontade, é quando você sorri da alma. Mas, infelizmente, não é o que vende a mídia. Hoje, a mídia vende um sorriso perfeito, dentro de uma simetria facial. Quem que elabora isso, onde está a harmonia facial?
A propósito
Adriana e Cláudio Domênico embarcam hoje para Nova York, onde visitam o filho Caio.
Os Gasparette em Londres
Desde o início da semana, Solange e o Júlio Gasparette estão com a família em Londres onde, neste sábado, a filha Juliana casa-se com Paul Rose, em cerimônia no Bellows Mill, em Dunstable.
Juliana Gasparette, que tem pós-graduação em administração pública pela FGV, está morando na cidade inglesa de Aylesbury e atuando no Ruskin College, em Oxford.
Amigos presentes
Um grupo de amigos do pai da noiva vai prestigiar o dia ‘D’ de Juliana Gasparette e Paul Rose. Estarão lá: Aurélio Marangon Sobrinho, Valmir de Castro Pinto, Hélio Barbosa Abreu, José Francisco Curzio, Márcio Marangon, Alexandre Martins de Oliveira, José Maria Antônio Vieira, Caio Siqueira de Oliveira. Oscar Santos de Abreu, João Paulo Neto Theodoro, Otônio Ribeiro Furtado, Paulo Sérgio do Carmo, Mauro César Borges e José Geraldo Lage Batista.
Gol mil
Neste final de semana será marcado o milésimo gol da Copa Prefeitura Bahamas de Futebol Amador.
De olho na telinha
Segundo o Ibope, sete entre cada dez telespectadores que estavam com a TV ligada na noite de anteontem, assistiam à goleada do Flamengo sobre o Grêmio.
Foi a maior audiência da história da Libertadores.
Palpite feminino
Apresentadora do “Jogo Aberto”, na Band, Renata Fan deu um show na bancada masculina do programa ao acertar, em cheio, (antes do início da fase de mata-mata), que a final da Libertadores seria entre River Plate e Flamengo.
Torcedora do Inter, ela foi ridicularizada, na época, pelos colegas que apostaram mais em Cruzeiro, Palmeiras, Boca e até o Libertad, do Paraguai. Ontem, Renata deu o troco e colocou no ar a gravação do programa (de abril), que, aliás, já tinha viralizado nas redes sociais desde as primeiras horas da manhã.
Mulheres em destaque
Mas a presença feminina em programas de esporte vem revelando outros nomes como o de Ana Thaís Matos, uma santista de 42 anos, que se formou em jornalismo pela PUC/SP, em 2011.
Primeira mulher a comentar futebol na Globo, ela estreou na partida Santos x Athletico Paranaense, ao lado de Caio Ribeiro, depois de um estágio na Copa do Mundo de Futebol Feminino. Hoje é destaque em mesas de debate na SporTV.
Ação humanitária
Merece destaque a participação da juiz-forana Valesca Frossard Chaubah em uma ação humanitária em Moçambique.
Na cidade de Dombé, Manica, ela integra o grupo de voluntários da Fazenda Esperança/Unicef, que abriga 300 famílias atingidas por um devastador ciclone, em março.
Entre as várias ações está o plantio de 385 mudas de moringa, planta medicinal rica em vitaminas para, em breve, ajudar na alimentação do sofrido povo.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Esportes
Data: 26/10/2019
Título: Por vaga na final da Copa Ouro, JF Imperadores recebe o América Locomotiva
Na estreia da Copa Ouro, no dia 22 de setembro, 56 a 0 sobre o Golden Lions, de Belo Horizonte (MG). Cerca de um mês depois, o JF Imperadores volta ao campo da UFJF para encarar um dos mais tradicionais times de futebol americano do estado. Neste domingo (27), a partir das 14h, a equipe local recebe o América Locomotiva, também da capital mineira, em duelo que pode selar a classificação juiz-forana para a decisão do torneio.
Na primeira rodada, o América foi derrotado pelo Galo FA por 42 a 0. Como a primeira fase é disputada por estas quatro equipes, em turno único, com as duas primeiras classificadas à final, um triunfo encaminha os locais em busca pelo troféu antes mesmo da partida com o time atleticano, agendada para 23 de novembro em BH.
Apesar do tropeço na estreia, o head coach (técnico) dos Imperadores, Rodrigo Alvim Pimentel, o Mudo, fez questão de prezar o respeito ao adversário, elogiado. “Apesar da derrota para o Atlético, é um time muito bem treinado e uma equipe que tem uma longa história dentro do futebol americano mineiro. Essa continuidade e experiência que eles têm no esporte é algo para ser respeitado, e esperamos um jogo complicado. Estamos cientes de como o placar do primeiro jogo deles, assim como o do nosso, muitas vezes não reflete a real força das equipes. Será uma partida difícil, mas nos preparamos pra isso, vamos jogar com foco e seriedade buscando a classificação.”
Mudo, 31 anos, iniciou a trajetória de técnico do time juiz-forano em 2017, a partir da criação da equipe na união entre JF Mamutes e Red Fox. Por morar no Rio de Janeiro em 2018, se afastou da equipe durante a parceria com o Cruzeiro, mas retornou nesta temporada. Para a partida contra uma das principais equipes de Minas, Mudo explica o que foi realizado na preparação.
“Depois da estreia, nosso foco passou a ser o time do América. Desde a análise de vídeos dos jogos, para poder identificar tendências tanto do ataque como da defesa, passando pelo plano de jogo, que envolve as jogadas que vamos usar, em qual sequência e em quais situações; até a parte do campo, que envolve fazer com que os nosso atletas sejam capazes de executar da melhor forma possível o que estamos pedindo no dia do jogo.”
Ingressos
Com ações para aumentar o público da partida como a “Blitz Imperial”, na última sexta (25), no Calçadão da Rua Halfeld, são esperados pelo menos 500 torcedores nas arquibancadas da Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid). Os ingressos serão vendidos na entrada, a R$ 5 mais um quilo de alimento não perecível.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Publieditorial
Data: 26/10/2019
Título: Iniciativas da Câmara Municipal aproximam os jovens do Legislativo
“Participar de um projeto que visa a aumentar a participação do jovem na política te faz perceber que a política não é tão nebulosa e tão distante quanto parece ao ser vista pela televisão.” A frase, dita pelo estudante do Ensino Médio João Vitor Rocha, evidencia a importância de desenvolver iniciativas que aproximem os adolescentes do Legislativo municipal. Pensando nisso, a Câmara Municipal de Juiz de Fora possui dois projetos que educam estudantes para a cidadania: o Parlamento Jovem, que atende alunos do Ensino Médio, e a Câmara Mirim, que recebe estudantes do 8º e 9º ano do Ensino Fundamental.
Nos projetos, os participantes têm a oportunidade de defender propostas de lei nas quais acreditam e de ampliarem o conhecimento sobre política, através das oficinas oferecidas. O sociólogo Sérgio Dutra é servidor da Câmara Municipal e responsável pela coordenação dos projetos. “Tanto a Câmara Mirim quanto o Parlamento Jovem tem o objetivo de aproximar a sociedade da Câmara, trabalhando dentro de uma perspectiva que a gente chama de ‘educação para a cidadania’. Os jovens aprendem a ocupar espaço no Legislativo, atuando como sociedade civil”, explica Sérgio. Como defende o sociólogo, projetos como esses são cada vez mais necessários diante da desvalorização da política. “É importante transformar a maneira negativa como as pessoas enxergam a política e mostrar que, através dela, é possível mudar muita coisa”, enfatiza.
O professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Jorge Chaloub, ressalta que os projetos ajudam a pensar na educação também como uma forma de se relacionar e não apenas como acúmulo de conhecimento. “Essa maneira de compreender as coisas é profundamente política. No sentido mais amplo: política não como algum grupo ou partido, mas política como questionamento sobre o lugar de cada um no mundo. Essa ideia de educação como uma prática é o único caminho de pensar que, por meio da educação, podemos de fato resolver alguma coisa”, conclui o docente. A UFJF é parceira da Câmara Municipal nos projetos, auxiliando na organização das oficinas sobre cidadania oferecidas aos alunos.
Câmara Mirim
Participantes do Parlamento Jovem votam propostas no plenário do Legislativo
A Câmara Mirim recebe alunos de 13 a 15 anos interessados em aprender sobre o trabalho desempenhado no Legislativo. Além de o projeto realizar oficinas sobre cidadania, os alunos escolhem uma temática para estudar durante o ano. Ao final, é realizada a Plenária Municipal – evento no qual os estudantes apresentam propostas de lei pensadas sobre o assunto.
Como explica Sérgio Dutra, as propostas aprovadas durante a Plenária são submetidas à avaliação da Comissão de Participação Popular da Casa. “Os alunos passam a compreender que, como sociedade civil, eles devem acompanhar o Legislativo e podem sugerir pautas e propostas. Na Câmara Mirim, o documento com as propostas é avaliado pelos vereadores e pode tramitar como projeto na Casa”, afirma.
A iniciativa é desenvolvida pela Câmara de Juiz de Fora desde 2009. Durante os dez anos em que vigora, contemplou mais de 40 instituições de ensino. Entre os temas já discutidos pelos integrantes estão: transporte, segurança, meio ambiente, juventude, mobilidade urbana, educação e pessoas em situação de rua. Em 2019, o assunto trabalhado na Câmara Mirim está sendo “Acessibilidade para pessoas com deficiência nas escolas”.
Mais de 120 alunos participam desta edição do projeto. As escolas que integram a Câmara Mirim este ano são: Centro de Educação Interativa, Centro Educacional Aguiar Celeghini (CEAC), Colégio CNEC Juiz de Fora, Colégio dos Jesuítas, Colégio Metodista Granbery, Colégio Vianna Júnior, Escola Municipal Áurea Bicalho, Escola Municipal Dr. Adhemar Rezende de Andrade, Escola Municipal Dr. Paulo Japyassu, Escola Municipal Henrique José de Souza, Escola Municipal Rocha Pombo, Escola Municipal União da Betânia, Escola Municipal Vereador Marcos Freesz e Instituto Estadual de Educação de Juiz de Fora.
Parlamento Jovem
Alunos participantes do Parlamento Jovem edição 2019
O projeto Parlamento Jovem existe desde 2004 na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Em Juiz de Fora, a Câmara abraçou o projeto em 2010 e, desde então, tornou-se referência para outras Câmaras da região. Hoje, Juiz de Fora é responsável pela coordenação do Polo Regional, que contempla as cidades de Lima Duarte e Santos Dumont.
Em 2019 o Parlamento Jovem em Juiz de Fora contou com mais de 70 participantes, que estudam em cinco instituições de ensino: Colégio dos Jesuítas, Nossa Senhora do Carmo, Tiradentes, as Escolas Estadual Dilermando Costa Cruz e Henrique Burnier. O projeto é dividido em três etapas: municipal, regional e estadual. Durante todo ano, estudantes do Ensino Médio recebem oficinas sobre política e cidadania nos colégios. Com uma linguagem próxima à dos alunos, os assuntos abordados ampliam a visão de mundo dos participantes.
Outro fator que muda a maneira como os estudantes enxergam o mundo é a convivência com realidades diversas. O aluno do Colégio Nossa Senhora do Carmo, João Vitor Rocha, foi um dos representantes juiz-foranos na etapa estadual do Parlamento Jovem. Para ele, o projeto foi além de aprimorar a noção sobre política: o desenvolveu como ser humano. “O contato que a gente tem com as outras pessoas é muito agregador. Conhecemos a realidade de outras pessoas, e isso nos torna mais humanos. Quando você entende o que outra pessoa passa, você vê que as coisas não são exatamente como você pensava – isso expande nosso conhecimento. O Parlamento Jovem me deu uma certeza: há outras pessoas que estão batalhando pelas mesmas causas que eu, por mais que, às vezes, pareça que não tem”, enfatiza.
Os alunos são divididos em grupos de trabalho, nos quais se dedicam a elaborar propostas de lei sobre o tema da edição. Neste ano, o assunto abordado foi Discriminação Étnico-Racial. A estudante da Escola Estadual Dilermando Costa Cruz, Ester Gomes, representou Juiz de Fora na etapa estadual e conta que as discussões a incentivaram a pensar sobre a própria vivência. “Para mim, enquanto mulher negra, essa edição do PJ foi uma inspiração em todos os aspectos. As coisas que eu li e discuti foram sobre situação que eu já havia passado ou sofrido. É tudo sobre a luta que eu tive para chegar até aqui”, ressalta.
Das diversas propostas elaboradas pelos estudantes nas etapas municipal e regional, 85 foram apresentadas na ALMG. Lá, estiveram presentes alunos de 94 municípios de Minas Gerais e foram aprovadas 16 propostas. Elas compõem um documento enviado para a Comissão de Participação Popular da ALMG, onde poderão tramitar na Casa como projeto de lei ou poderão ter a demanda sugerida encaminhada para o Executivo. Durante a etapa estadual, os estudantes também definiram o tema que será debatido na edição 2020: “Meio ambiente e desenvolvimento sustentável.”
Como participar dos projetos?
No começo do ano letivo, a Câmara Municipal procura todas as escolas da cidade e as convida para integrarem o projeto. Em fevereiro, é realizada uma reunião com todas as instituições de ensino interessadas em participar. Em 2020, cinco escolas irão participar do Parlamento Jovem e dez escolas poderão integrar a Câmara Mirim. A escolha dos colégios é feita por meio de sorteio e cada instituição de ensino define quais alunos a representarão.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 26/10/2019
Título: Comportamento pré-prova influencia no desempenho dos candidatos no Enem
Rever conteúdos para responder as questões da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), apesar de ser fator indispensável, não deve ser a única preocupação dos candidatos. Estar atento aos hábitos de sono, à alimentação e ao comportamento também são fatores importantes para aqueles que querem garantir um bom rendimento durante o exame. A uma semana da prova que pode garantir o ingresso ao ensino superior, a Tribuna ouviu especialistas que dão dicas e também advertem sobre a preparação nesta reta final.
LEIA MAIS: Especialista orienta sobre como driblar ansiedade antes do Enem
“É preciso que o candidato esteja em alerta para os detalhes. Muitas vezes, ele estudou direito, se dedicou, mas a preparação comportamental e física para a prova é deixada de lado. Isso pode leva um ano inteiro de dedicação por água abaixo”, observa a psicopedagoga Clara Duarte. Com o intuito de compreender melhor o comportamento dos candidatos – principalmente dos adolescentes e jovens que estão prestando o vestibular pela primeira vez – para aprimorar seu método de trabalho, Clara atuou algumas vezes como fiscal em provas do Enem e do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
“Os lanches indicados para levar no dia são castanhas, nozes, amendoim. O candidato pode fazer mix dessas oleaginosas”, Roberta Marques, Nutricionista
“Eu tinha muita vontade de trabalhar como fiscal no Pism e no Enem, para ver, na prática, o que dá errado, já que muitos candidatos fazem simulados e estudam o ano todo. O que pude observar é que parte do que a gente recomenda nos colégios (em relação ao comportamento) não é levado em consideração por muitos alunos. Eles se atrapalham, e isso, somado ao nervosismo e à ansiedade, faz com que parte desses candidatos não tenha bom desempenho, o que é muito ruim, porque muitos se preparam em relação a conteúdos o ano todo, estudam muito e, por detalhes aparentemente bobos, mas que fazem diferença, podem ter um desempenho ruim”.
Por esse motivo, a psicopedagoga sugere que o candidato deve se precaver durante esta semana e, principalmente, na véspera do dia de aplicação da prova. “Durante esta semana eu aconselho que o aluno reveja conteúdos e estude sim, mas com horários bem definidos. Não é a hora de sair da rotina e perder o foco. Ele precisa estar atento e concentrado no que irá fazer, principalmente na véspera. É importante que ele não durma tarde, não coma alimentos pesados e tente manter a calma”.
Ela trabalha há 15 anos com o público escolar e também faz atendimentos em consultório, e percebe que a ansiedade, o estresse e o nervosismo são questões que aparecem com frequência entre as principais queixas dos estudantes. De acordo com Clara, esses cuidados com a rotina, preliminares à prova, contribuem para que o aluno fique mais calmo e atento. A profissional aconselha ainda que os candidatos, em seus ambientes de estudo, coloquem uma música ambiente calma para que relaxem. Essa associação faz com que as pessoas possam encarar o conteúdo de maneira tranquila. “O ideal é aproveitar esse momento que antecede a prova em locais calmos, confortáveis. Aproveitar para rever conteúdos que possam ter alguma associação visual, para que possam ficar na memória recente.”
Atenção ao local de prova e cuidado com alimentação
Em razão da tensão que o momento provoca, a psicopedagoga Clara Duarte frisa a importância de o candidato atentar para o local onde fará a prova. Ela aconselha a checar previamente o endereço e chegar com antecedência suficiente para que os procedimentos de verificação e segurança sejam feitos com calma. “O que eu observei nas aplicações das provas é que candidatos, principalmente adolescentes, chegam com antecedência. Mas no local, eles encontram colegas e ficam batendo papo, porque acham que estão com tempo e que já estão dentro do local da prova. Na realidade, muitos fazem isso e deixam de checar o bloco, o prédio e a sala correta, e deixam para fazer isso faltando dez minutos para o início. Com isso, se formam filas nas salas, porque até guardar os pertences, lacrar, assinar, checar documento, demora. E nisso, o aluno já fica ansioso e desestabilizado”. Portanto, o ideal, segundo a especialista, é que os alunos cheguem ao local e chequem detalhes como bloco e sala corretos.
O conteúdo continua após o anúncio
Além disso, ela pontua detalhes como a maneira que a pessoa se senta na carteira. “Parece um detalhe bobo, mas existem candidatos que sentam largados na carteira, semideitados. É preciso manter a postura, a coluna ereta. Eles irão passar bastante tempo sentados, e é preciso que o sangue circule de forma adequada e chegue ao cérebro, que está sendo exigido”. “Atenção ao cartão-resposta é obrigatório”, lembra Clara, que já viu muitos alunos errarem na marcação das respostas no cartão.
Observação em relação ao tempo no dia da prova também faz diferença. Por esse motivo, a psicopedagoga recomenda que a pessoa cheque a previsão meteorológica, mas seja precavida. “Aqui em Juiz de Fora temos o lema de que faz as quatros estações em um único dia. Por isso, é importante que a pessoa observe se onde ela foi alocada para realizar a prova é uma região mais fria ou mais quente, se pode chover. É preciso se prevenir em relação a isso, porque sentir muito frio ou muito calor gera desconforto e atrapalha a atenção”.
Nutricionista orienta sobre o que comer
A alimentação influencia na atenção e no funcionamento do cérebro, confirma a nutricionista Roberta Marques. Ela explica que quando uma pessoa tem uma alimentação equilibrada e está bem nutrida, seu rendimento e disposição melhoram. Do contrário, o organismo fica cansado e a pessoa tem dificuldade em se concentrar. “Durante a semana, a pessoa tem que se preocupar em sempre se manter hidratado, evitar o excesso de açúcar. Muitas pessoas têm a falsa ideia de que o açúcar as deixam ligadas para estudar. Na verdade, isso acontece em um primeiro momento, mas após esse período, o açúcar traz um cansaço, é como se tivesse um efeito rebote. Isso atrapalha o rendimento. Então, durante essa semana, o candidato deve se condicionar a uma boa rotina de alimentação; é uma questão de comportamento”, diz.
A nutricionista também recomenda que se evite a ingestão de fast food, carnes vermelhas e comidas gordurosas. “Nas refeições, deve-se procurar comer mais carnes brancas – peixe é ótimo e ajuda muito no desenvolvimento neurológico e na concentração, e saladas, de forma geral, porque quanto mais nutrido você está, mais seu corpo irá responder bem”. No dia da prova, ela alerta para os cuidados especiais com o que comer. A recomendação é que a pessoa não pule uma refeição, como o café da manhã, por exemplo, pois “durante a prova, o candidato ficará com muita fome, o que vai atrapalhar a concentração”, diz. Para não ficar de estômago vazio durante toda a tarde, o ideal é que a pessoa leve lanches leves e práticos.
“Os salgadinhos, por exemplo, não são indicados, porque não são nada saudáveis, fazem barulho e são ricos em sódio. O sal dá muita sede, e aí será necessário beber água além do recomendado, fazendo com que a pessoa vá ao banheiro mais vezes, perdendo mais tempo. Os lanches indicados para levar no dia são castanhas, nozes, amendoim. O candidato pode fazer um mix dessas oleaginosas, que são benéficas para o cérebro e para o desempenho neurológico. Já o chocolate pode ajudar em relação à ansiedade, mas o ideal é que seja amargo, porque é o cacau que tem o benefício de liberação de serotonina, que traz bem-estar e pode levar a um estado de relaxamento maior. Mas é um quantidade pequena, algo em torno de 20 a 30 gramas”. Em caso da fome apertar, Roberta sugere um sanduíche leve, “de preferência com pão integral. O sanduíche vai dar uma saciedade maior e é fonte de energia para o cérebro”.
A exigência em relação aos lanches que serão consumidos durante a prova é que estejam em embalagens fechadas. As garrafas de água devem ser transparentes e sem rótulos. Não é permitido que se entre comendo na sala de aplicação do exame.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Esportes
Data: 26/10/2019
Título: Após vencer batalha contra o câncer, juiz-forana entra para a elite de corredoras
“Quando falam: você está com câncer. Não é uma sentença de morte que vem na sua cabeça? Tudo que eu queria era uma história de final feliz. E passar por isso, nos meus 40 anos, se superar e ficar bem no esporte, é muito importante”. É com este pensamento inspirador que a corretora de seguros Adriene Orsay, diagnosticada com câncer de mama em 2013, e hoje atleta de elite no Ranking de Corridas de Juiz de Fora, afirma ter escrito a história que, por meses, durante o tratamento, ela procurou e não encontrou.
Relação da atleta amadora com as corridas começou após a batalha travada contra o câncer de mama (Foto: Leonardo Costa)
Seis anos após travar a luta contra a doença que acomete cerca de 300 juiz-foranas por ano, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde, Adriene celebra não só a vitória contra o carcinoma ductal infiltrante como o registro de muitos quilômetros de treinos e provas, além de medalhas, troféus e premiações gerais e por faixa etária. Desde 2015, ano em que começou a disputar o calendário local, acumula o tetracampeonato por faixa etária (40 a 44 anos e depois 45 a 49 anos). Em 2018, além da premiação na categoria, aos 46, encerrou a temporada na nona colocação geral do campeonato. Em 2019, a atleta amadora, que soma aproximadamente 70 provas disputadas, obteve sua melhor colocação geral em uma etapa do calendário oficial, com o sexto lugar na Corrida Duque de Caxias. Nas outras sete provas, esteve sempre entre as 20 melhores, exceto na Meia Maratona, quando se sentiu mal e terminou em 32º. Na semana passada, esteve no pódio da Corrida da Primavera, ao cruzar a linha de chegada em quarto lugar.
“Você tem pouco tempo”
Em agosto de 2013, pouco tempo depois de festejar o aniversário de 40 anos, Adriene resolveu presentear-se com uma cirurgia plástica de implante de silicone nos seios. O que ela não imaginava, no entanto, era que, dos exames protocolares necessários para o procedimento estético, seria encontrado um nódulo em sua mama que mudaria completamente o rumo de sua vida. “Quando fui colocar o silicone, que era o meu sonho, depois de ter juntado uma grana, calhou de eu estar com um carocinho no peito. Ele era redondinho, bonitinho, e o mastologista disse que havia pouca chance de ele ser maligno. Se eu fosse colocar o silicone, eu poderia escolher em não tirar ou tirar (o nódulo) e enviar para biópsia. Aí fui, coloquei o silicone e tirei. Só que o exame não foi para o mastologista. Ele ficou no hospital. Só três meses depois, quando eu fui pegar a alta total (do procedimento estético), é que fiquei sabendo que estava com câncer”, relata.
A partir daí, viriam 25 sessões de radioterapia, chegada à Ascomcer muitas vezes por volta das 15h e saída bem mais tarde, já pela madrugada. Tudo para eliminar o carcinoma, grau 2, com nódulo superior a um centímetro.
“Essa palavra câncer traz uma energia muito pesada para quem fala. Até na minha casa, os mais antigos não pronunciavam. Ninguém sabia lidar com isso. Todas as vezes que ouvíamos ‘fulano está com câncer’, a pessoa morria. A primeira coisa era perguntar por que foi comigo. Imagina você, está tudo bem, aí abre um exame e tem uma coisa de câncer. Aí você imagina a morte”.
Do convívio com as novas colegas, também acometidas pela doença, que dividiam o mesmo espaço de tratamento com ela, no entanto, viria parte da força que ela precisava. “Fui vendo que o meu caso era menos pior. Lá eu vi uma mulher que tinha um tumor na cabeça, que ficava para fora, e todo dia ela ia fazer a radioterapia feliz da vida. Ia sozinha, pois os filhos eram casados, e o marido estava trabalhando. Atravessava a cidade, saia de Grama, ia lá para a Ascomcer, mas feliz da vida. A maioria não era de pacientes mais jovens. A história delas era diferente da minha. A maioria não precisava tomar o tamoxefeno, por causa da expetativa de vida, ou porque tiraram a mama”. Mesmo assim, Adriene buscava casos que lhe pudessem ser exemplo para prosseguir no tratamento. A mais interessante, conforme ela, era a do ciclista Lance Armstrong, sete vezes vencedor do famoso Tour de France, que superou um câncer nos testículos. “Não encontrei história nenhuma, exceto a dele, que teve câncer e voltou, embora seja um atleta de alta performance. Tirando ele, não achava ninguém”.
Atleta é uma das participantes da Corrida da Ascomcer neste domingo (Foto: Leonardo Costa)
Debilitada física e mentalmente, embora tentasse mostrar-se forte diante dos familiares e dos médicos, nem sempre a situação ficava sob controle: “Eu enganava a minha família dizendo que estava tudo bem. E eles também me enganavam dizendo que estavam todos firmes. Mas quando a gente separava, era aquele chororô. Quando eu fui no médico sozinha, porque eu ia na maioria sozinha, tentando não passar nada para o meu marido, que já tinha tido algumas perdas, e ele (mastologista) começou a procurar na minha barriga, nas minhas costas, o material para enxerto para a reconstrução, aí eu não aguentei e desabei a chorar. O médico achava que tava tudo bem, mas na hora eu não aguentei, comecei a chorar. Ele, bravo, questionou a presença da minha família, do meu marido. Enxuguei a lágrima, disse que estava tudo bem e que foi só um momento”.
Se sentindo viva
Em dezembro, aproximadamente quatro meses após o implante do silicone, Adriene esteve novamente em centro cirúrgico, desta vez para retirada do nódulo. Com boa musculatura na região da mama, o enxerto não foi necessário, bem como a retirada do seio. Em abril do ano seguinte, a avaliação médica dava por encerrada aquela fase da luta. O tratamento, no entanto, seguiria, com o uso contínuo de tamoxefeno – inibidor do crescimento de células tumorais – pelos próximos 10 anos, até 2023.
Frequentadora de academia e atenta à boa alimentação, fatores que, segundo os médicos, foram primordiais para sua boa recuperação, a corrida seria inserida à sua rotina ainda no fim de 2014. E a partir daí, segundo ela, o termo sobrevida, muitas vezes utilizado por pessoas que vencem o câncer, mas que ficam com alguma limitação, daria lugar à palavra vida. “Naquele momento você não sabe se vai ficar sem peito, sem cabelo, se vai fazer uma quimioterapia pesada, se ela vai matar muito as suas células. Fiquei com meu peito, meu cabelo. Depois disso me senti muito mais viva. Quis fazer muito mais”, emociona-se ao dizer.
O conteúdo continua após o anúncio
De corretora a corredora
Neste domingo, a ex-paciente da Ascomcer faz parte do universo das 1.600 pessoas inscritas na prova cujo objetivo é chamar a atenção para o cuidado com a saúde e a prevenção contra o câncer. Hoje entre as 20 melhores corredoras da cidade, Adriene recorda-se das primeiras aventuras com um tênis de corrida. “Sempre gostei de correr, mas na esteira. A primeira Corrida da Ascomcer eu não sabia de nada, de inscrição, nada. Mas fui e gostei. E aí fui estabelecimento metas. Em 2016 eu já entrei no Ranking, mas sem saber que estava na elite. Fui primeiro lugar na faixa em 2015, 2016, 2017, mas eu queria mais. Queria estar entre as 10. Aí troquei de academia, fui para a Profit, e conquistei o 9º lugar geral”, pontua ela, que treina cinco vezes por semana, entre funcional e rua.
Atualmente, rotina de Adriene é dividida entre o trabalho e cinco treinos semanais (Foto: Leonardo Costa)
Para conciliar trabalho e esporte, a corretora não se importa em encaixar treinamentos nos mais variados locais e horários do dia. “Às vezes treino sozinha, às vezes acompanhada. Alguns dias na UFJF, outros em morros, perto de casa mesmo (no Bairro São Bernardo). Tem dia que de tarde, outro ao meio-dia; às vezes mais curtos, outros mais longos”.
Da prova deste domingo, a atleta relembra com carinho da premiação por equipes em 2016, que, por um erro na cerimônia de pódio, foi feita posteriormente na unidade hospitalar. “Neste dia falei um pouco da minha trajetória. Foi muito emocionante. Eu sempre acreditei, mas às vezes saía desanimada, amuada, cansada e cheia de incertezas. E naquele dia eu estava lá para receber um troféu. Foi muito emocionante. A Ascomcer faz parte da minha vida”, conta ela, que todo mês vai até o local buscar o remédio que toma diariamente.
“Esta é a minha pílula da realidade. Todos os dias quando eu tomo este medicamento, lembro de como foi minha trajetória até aqui”.
Outra recordação prazerosa citada por Adriene é a festa de encerramento do Ranking 2018, ano em que conquistou o troféu de nona melhor atleta da cidade. “Isso é o resultado de uma batalha que eu travei, desde 2014, quando entrei nas corridas. Via as mulheres que estavam na elite e as admirava – e as admiro até hoje, claro. Eu as achava surreais e queria muito estar próxima delas. E eu nem sabia que a cada passo ia acontecer. Esse troféu simboliza toda a minha luta até 2018”, diz Adriene que, com 1,70m e 65kg, também apresenta outra característica particular – a de não se encaixar no tradicional biótipo de corredoras. “Principalmente em um ranking tão apertado, com meninas tão mais novas. Eu nem era muito nova para chegar em um ranking tão apertado e estar entre as dez. É uma vitória muito grande. Eu sonhei, tive um pesadelo, lutando com um inimigo que tinha nome e sobrenome, que é carcinoma ductal infiltrante. E aí, de repente, estava em um palco, com umas mulheres voadoras, e as pessoas me chamavam de atleta. Em uma hora eu era doente, paciente oncológica, e no outro eu era uma atleta, premiada entre as dez do ranking”.
“Há vida depois da doença. Há vida até melhor”
Hoje, sempre acompanhada pelo esposo e ciclista Alexandre Menigatti, que não corre, mas a acompanha de bicicleta nas provas, Adriene segue em busca de bons resultados, mas se diz grata pelo que já conquistou. A meta, conforme ela, é seguir entre as dez melhores da cidade. Mas a maior conquista vem das pequenas sutilezas observadas durante as provas. “A corrida é vida. Você tá brigando para respirar e correr ao mesmo tempo, isso mostra que você tá viva. Isso não é sensação de sofrimento, mas de vida. Quando você tá subindo o morro e o ar te falta, você sente esse cansaço nas pernas, mas é um exercício de estar viva”.
Aos 47 anos, curada e agora corredora de elite, Adriene diz estar melhor do que quando tinha 20 anos (Foto: Leonardo Costa)
Diante da dificuldade em encontrar a história que precisava para se inspirar, Adriene diz ter feito a sua própria.
“Eu criei a minha história. Não conheci ninguém que, além da vida normal, foi para o esporte e venceu. Até hoje não consegui achar ninguém tão perto de mim. Alguém que está mais lá na frente, mais famoso, que tenha um poder aquisitivo maior, aí pode até ser que tenha. Mas aqui não encontrei ninguém”.
Ao fazer uma avaliação de sua vida e das coisas que considera importante, Adriene se diz melhor hoje. “Sinto muito melhor, até do que antes que tive câncer. Consegui vencer uma luta árdua e melhorar. Me sinto melhor hoje, do que quando eu tinha 20 anos. Acho que é um divisor de águas. Você nunca mais vai chorar porque alguém roubou o seu celular, porque terminou um relacionamento. Isso tudo é muito pequeno”, enfatiza. “É um processo muito doloroso, muito triste, mas muito legal quando você vence”.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 26/10/2019
Título: Tráfico e uso de drogas persistem no Parque Halfeld
Se Juiz de Fora pudesse ser resumida pela vista de uma janela, esta ficaria de frente para o Parque Halfeld. Mas seria necessário um equipamento para poder observar cada detalhe, pessoa ou grupo em meio às árvores, por onde transitam, descansam ou até mesmo trabalham os mais diferentes tipos, das mais diversas regiões do município. Seis meses após a última reportagem sobre o espaço tombado como patrimônio cultural desde a década de 1980, a Tribuna voltou ao local e encontrou um cartão-postal bem mais admirável. A água do lago deixou de ser turva, varredores do Demlurb cuidam da limpeza, e a presença da Guarda Municipal ajuda a manter a aparente tranquilidade. Apesar das melhorias, bastam poucos minutos e um olhar mais atento para constatar que algumas questões ainda persistem, como o tráfico e o consumo de drogas mesmo à luz do dia.
Eram 14h30 da tarde quando um usuário acendeu um cachimbo, aparentemente de crack, sentado no degrau da parte externa do banheiro. Perto dali, pessoas lanchavam ou jogavam carteado. Minutos depois, outro homem se aproxima da reportagem e joga um possível cigarro de maconha sobre uma das mesas ocupada por duas mulheres. Com os dedos livres, ele retira perto de uma dezena de pedras de crack escondidas na boca. Transtornado, provavelmente devido ao uso do entorpecente, em seguida ele espalma a mão e escancara o tráfico ali existente. Um funcionário do sanitário revela: “O horário é das 8h às 18h, mas dependendo do clima, a gente fecha às 17h, porque fica muito pesado.” Ele se refere aos envolvidos com drogas como ioiôs, porque vão e voltam repetidamente.
A presença de moradores em situação de rua, inclusive dormindo junto a monumentos, também incomoda alguns frequentadores, os quais denunciam constantes brigas entre aqueles que têm o mesmo direito de ir e vir de qualquer cidadão. Os carrinhos com cobertores e outros objetos pessoais são deixados por eles durante o dia próximo à Rua Marechal Deodoro. Mas mesmo à tarde alguns dormem no parque, como um casal que aproveita a sombra atrás do monumento ao coronel Francisco Halfeld, às margens da Santo Antônio.
As feiras ajudam a movimentar o comércio durante a semana e, ao mesmo tempo, promovem ocupação, parecendo afastar a criminalidade. Todas as terças-feiras, há 32 anos, um grupo de católicos reza o terço em volta de uma árvore situada bem perto do banheiro, reforçando a pluralidade do espaço. “Qualquer lugar é local de oração. Mesmo que as pessoas não participem, elas veem. Rezo pelas que passaram aqui”, diz o coordenador, Elair Evangelista, 68 anos.
Enquanto observamos o esvaziamento de muitas praças da cidade em decorrência da precariedade dos equipamentos e das próprias mudanças da sociedade, que passou a procurar locais fechados, como clubes e shoppings, em busca de segurança e conforto, o Parque Halfeld ainda se mostra como uma verdadeira praça pública, atraindo crianças, jovens e idosos, ao mesmo tempo em que reúne as mais diversas tribos de todos os cantos, desde os hippies aos tradicionais leitores das manchetes de jornais.
Barracas dobram
Alex Barbosa é organizador da Feira de Economia Solidária, que acontece às terças, e revela ter praticamente dobrado o número de barracas no último semestre, passando para 37 expositores. Ele afirma ter melhorado a segurança desde a última reportagem da Tribuna. “Agora temos o apoio maior da Guarda Municipal. Diminuiu a prostituição e as confusões, até mesmo o pessoal que ficava aqui usando droga.”
A limpeza também tem funcionado. Ele defende que a presença de moradores em situação de rua não atrapalha. “Eles estão quietos ali atrás (próximo à Marechal). Não mexem com ninguém.” Sobre os usuários de entorpecentes, Alex reitera: “Estavam fumando no meio da feira. Isso incomoda todo mundo. Com a presença da Guarda Municipal mais intensa, arrumam outro lugar para ir.” Já o tráfico, conforme o organizador, tem sido combatido pontualmente. “Não sei se é o Olho Vivo ou denúncia, mas de vez em quando a polícia chega e vai naquela pessoa específica que estava fazendo o tráfico.”
Já o aposentado Marcone de Carvalho, 72, reside na Rua Batista de Oliveira e brada que a população das redondezas “quer o Parque Halfeld de volta”.
“O tráfico é intenso. Costumo fazer caminhadas às 6h, e nesse horário já tem traficante lá fornecendo. Quando reclamamos, os guardas dizem não ser da competência deles.” Segundo ele, os moradores em situação de rua “cozinham, fazem as necessidades fora do banheiro e mantêm relações sexuais”. “O banheiro não funciona nos fins de semana, e as pessoas fazem xixi nas escadas ou nas árvores. Quando o sol bate, o cheiro fica forte.” O idoso alega não ser a favor das feiras. “Às vezes não temos onde sentar. Queremos ouvir os passarinhos e ver as pessoas passando.”
Brigas com pedras e pedaço de pau
Em uma volta pelo espaço público é fácil encontrar frequentadores assíduos e também estreantes. A sensação é de que realmente o Parque Halfeld é o coração de Juiz de Fora. A cabeleireira Gislaine Garcia, 27 anos, procurou uma das mesas para fazer um lanche. “Tem muito tempo que venho aqui e recentemente tenho achado mais limpo. Antes era bem sujo e havia mais moradores de rua.” Ela reside no Jardim Natal, Zona Norte, e estava junto com Amanda Evaristo, 26, do Linhares, região Leste. “Faço faxina e de vez em quando venho aqui. De dia acho tranquilo. Ainda tem muito morador de rua, mas eles têm usado mais o banheiro.”
Entre as mesas de jogos ocupadas majoritariamente por idosos chama a atenção uma formada por jovens. O estudante Jonathan Lima, 18, é do Santa Helena, na região central, e conta que ele e os amigos se reúnem diariamente no local, depois da aula, há três anos. Apesar de também citarem o tráfico de drogas, para os jovens o que mais incomoda é a população de rua, em decorrência das brigas constantes. “Outro dia tinha uma moça brigando com um cara que ela dizia ser marido dela, mas afirmava ter roubado seu dinheiro. Ela começou a tacar pedras no meio do Parque Halfeld, e ele pegou um pedaço de pau bem grande para bater nela”, conta uma adolescente, 16, residente no Nossa Senhora Aparecida. “Os guardas só ficaram olhando e não fizeram nada.”
Já em uma mesa de jogos formada por aposentados, a opinião é divergente: “Tem que fechar isso aqui à noite”, esbraveja Itamar de Souza, 74, afirmando ser a favor do cercamento do espaço. “Assim acabaria um pouco com os bandidos e o tráfico de drogas, que tem toda hora. O negócio aqui é terrível, e a polícia só vem de vez em quando”, denuncia. Ele conta sair todo dia do São Bernardo para se distrair no parque e reclama do banheiro. “Vive imundo, é muito complicado.” O idoso questiona o funcionamento das câmeras do Olho Vivo.
O companheiro de jogo, José Nelson, 58, não deixa de lado a crítica. “A Guarda Municipal só aparece depois que já acabou a confusão.” Ainda segundo os aposentados, os guardas não saem do abrigo envidraçado para inibir o tráfico de drogas. “O certo seria eles circularem por aqui, mas não estão preocupados com a gente, e somos nós que pagamos os impostos.”
Olho Vivo volta a funcionar
As três câmeras do Olho Vivo instaladas para promover a segurança do Parque Halfeld chegaram a ficar inoperantes pelo menos nos últimos seis meses, mas voltaram à ativa há cerca de 15 dias, conforme informou à Tribuna o secretário de Segurança Urbana e Cidadania, José Sóter de Figueirôa.
O conteúdo continua após o anúncio
“A empresa vencedora da licitação para manutenção dos equipamentos está em Juiz de Fora há mais de um mês e demos prioridade ao Parque Halfeld.” Segundo ele, das 54 câmeras instaladas por toda a cidade, 43 estão em pleno funcionamento. Entre as 11 restantes, sete apresentam problemas “mais complexos” de fibra ótica, duas estão com danos na fonte, uma com defeito na transmissão da energia elétrica e outra teve o poste atingido durante acidente. “As questões de fibra ótica não se resolvem da noite para o dia e têm custo mais elevado, mas a expectativa é que, até o final de novembro, todas estejam prontas.”
O secretário confirma a atuação da Guarda Municipal diariamente no Parque Halfeld, das 7h às 19h. De dois a três guardas atuam em cada turno. Sobre o tráfico, Figueirôa pondera que o limite entre as atribuições da PM e da corporação municipal é muito tênue. “Em alguns municípios, a Guarda tem agido mais na repressão, mas aqui temos evitado isso, atuando mais na prevenção e na aproximação com a comunidade.” Ele destaca que “muitos traficantes não se deslocam com droga no corpo”, escondendo os entorpecentes nos próprios jardins, o que dificulta o combate.
Flagrantes no Parque Halfeld: moradores de rua utilizam o espaço para dormir e lavar roupa; usuários fumam cachimbo de droga em plena luz do dia
Reincidência
O comandante da 30ª Companhia da Polícia Militar, capitão Leonardo Medeiros, garante que as operações no Parque Halfeld são frequentes, sobretudo contra o tráfico. “Fizemos recorrentes prisões no local. Nosso problema maior no enfrentamento à criminalidade é a reincidência.” Segundo ele, há pessoas que já foram presas duas ou três vezes pelo comércio de entorpecentes no espaço público. Quando se trata de usuário, o retorno é ainda mais rápido. “Se for uso, eles voltam na hora. O tráfico ainda tem uma série de questões, como envolver menores de idade.”
Conforme o capitão, os pontos mais críticos são próximo ao banheiro e à banca de jornais. Questionado sobre a presença do crack flagrado pela reportagem, ele diz que as drogas “são diversas” e que o combate tem sido focado em autores contumazes. Em relação à importância do Olho Vivo, avalia: “Algumas câmeras retornaram e já houve melhora significativa.”
Sete moradores em situação de rua
Pelo menos sete pessoas em situação de rua frequentam o Parque Halfeld, conforme a Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS), que realiza diariamente abordagem social no espaço público. “Estas são conhecidas pelos abordadores, que já ofertaram diversas vezes todos os serviços e programas sociais disponíveis pela Prefeitura, mas recusam a oferta. Vale lembrar que só serão encaminhadas caso aceitem. De acordo com a legislação, todos possuem direito de ir, vir e permanecer”, ressalta a pasta. Ações conjuntas também são desenvolvidas entre a SDS, Demlurb, Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (Semaur), Guarda Municipal e PM, “com a intenção de orientar os moradores em situação de rua sobre os serviços sociais da Prefeitura”.
Pelo menos sete pessoas em situação de rua utilizam o Parque Halfeld, conforme a Secretaria de Desenvolvimento Social; frequentadores reclamam de brigas frequentes entre eles (Foto: Felipe Couri)
Segundo a assessoria da Empav, o banheiro funciona diariamente em horário comercial, sendo a manutenção realizada por uma firma contratada. “Uma das obrigações é a limpeza diária. Caso isso não esteja sendo feito, a empresa será notificada.” O Demlurb, por sua vez, informou haver uma equipe específica de varrição no Parque Halfeld de segunda a domingo. Já a “limpeza bruta”, conhecida como lavação, acontece quatro vezes ao ano. A última está marcada para dezembro.
Banheiro passará por reforma
Desde o ano de sua fundação, em 1981, a Tribuna produz reportagens sobre as demandas e observações da população relacionadas ao Parque Halfeld. Naquela época, o verde já havia dado lugar ao calçamento em projeto arquitetônico e paisagístico da profissional paulista Rosa Grena Kliass. Em 1994, o espaço público foi denunciado pela insegurança. Dez anos depois, o aparente abandono e a prostituição foram destaques no jornal, quando também já apareciam indícios de tráfico de drogas. Os entorpecentes voltaram ao centro da questão em março de 2017, ano da maior reforma desde o início da década de 1980.
O historiador da Divisão de Patrimônio Cultural da Funalfa, Fabrício Fernandes, explica que, além de ser tombado, o Parque Halfeld faz parte de outras duas leis de proteção do município. Uma delas é referente ao conjunto paisagístico formado pelos prédios históricos do entorno, como o da própria Funalfa e da Câmara Municipal, além das igrejas Metodista e São Sebastião, entre demais imóveis. Em outra norma, é impedida a aprovação de qualquer volume no eixo entre as ruas Halfeld e Marechal Deodoro que impeça a visão do Morro do Cristo pelo Parque Halfeld.
Segundo Fabrício, devido ao tombamento, feiras e eventos também devem passar pela liberação do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural (Comppac). “Normalmente, é necessário entrar com documentação de três em três meses, para mantermos o controle.” Ele acrescenta que o projeto para reforma do banheiro foi finalizado pela Divisão de Patrimônio Cultural (Dipac) e já está aprovado pelo Comppac e pelo Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência. A obra, que vai contar com a demolição da estrutura atual, será executada com recursos do programa de Financiamento para Infraestrutura e Saneamento (Finisa) da Caixa.
Para o arquiteto e professor do Departamento de História da UFJF, Marcos Olender, o Parque Halfeld é, efetivamente, junto com o Calçadão da Rua Halfeld, o principal lugar de encontros (tanto de pessoas e grupos, quanto de itinerários) do Centro de Juiz de Fora. “Continuo achando que a melhor maneira de se conservar o Parque Halfeld e, inclusive, valorizá-lo como espaço urbano é aliar uma excelente manutenção cotidiana (com a implementação de uma boa iluminação, limpeza rotineira e serviço de segurança) com uma adequada e constante ocupação, como são exemplos as feiras e eventos que já fazem parte do seu dia a dia. Talvez fosse interessante tentar se realizar um calendário destas atividades, tanto rotineiras quanto periódicas, e fazer uma boa divulgação deste calendário, com antecedência, para se estimular a frequência constante do lugar pelos juiz-foranos. Várias ações e atividades que já ocorrem foram responsáveis pela melhora significativa na qualidade do parque e do seu uso.”
Foto: Felipe Couri
Apesar de haver opiniões a favor do cercamento do parque no período noturno, o especialista é completamente contra. “Este tipo de iniciativa, foi tentado, por exemplo, em praças no Rio e não deu certo. Alguns defendem, inclusive, as cercas, dizendo que elas já existiram em volta do espaço. Sim, no início do século XX, quando ele era efetivamente um pequeno Parque Municipal, e o centro da cidade tinha uma população e uma circulação de pessoas infinitamente menor. O próprio desenvolvimento urbano mudou radicalmente o uso do lugar, caracterizando-o como uma grande praça pública, lugar de encontro e de passagem. O seu próprio paisagismo, hoje, é de uma grande praça.”
Olender insiste que a melhor forma de coibir qualquer atividade ilegal é implementar um “excelente” sistema de iluminação e de segurança pública. “Além, é claro, de se pensar alguma espécie de uso noturno que traga mais vida ao lugar sem prejudicar a tranquilidade daqueles que moram em seus edifícios. Uma feira noturna de gastronomia, por exemplo, localizada a uma certa distância dos edifícios residenciais, por exemplo. Ou uma feira de antiguidades. Estes são alguns exemplos de atividades que se bem planejadas poderiam trazer vida ao lugar em horários ainda não utilizados.”
Adoção de praças
Sobre a política de adoção não onerosa de praças públicas, regulamentada conforme publicação no Diário Oficial no último fim de semana, o arquiteto pondera que a ideia tem que ser muito bem pensada. “A adoção de espaços públicos pela iniciativa privada pode dar um poder de intervenção visual e urbanística no espaço que pode acabar descaracterizando o mesmo, como que “privatizando” este espaço, pelo menos na aparência, e tornando-o simbolicamente menos público. (…) O caso de adoção pela comunidade também é bem-vindo, mas também tem que ser bem regulamentado.” Ele enfatiza que “qualquer espécie de adoção não pode permitir restrições ao seu uso adequado por parte dos cidadãos”.
A Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) ainda vai publicar, nos próximos dias, edital de chamamento público, listando todas as praças aptas à adoção não onerosa e informou ainda estudar a inclusão ou não do Parque Halfeld. “É claro que um espaço público desta natureza deve ser cuidado com muito zelo pelo poder público, pois é um símbolo cultural e histórico da nossa cidade”, alerta Olender, acrescentando que a adoção de praças pela comunidade ou por empresas não pode servir de pretexto para retirar a responsabilidade das autoridades, pois os espaços devem continuar públicos.
— —
Veículo: G1
Editoria: Zona da Mata
Data: 26/10/2019
Título: Pesquisa desenvolvida na UFJF permite detectar tratamento em estágio inicial do Alzheimer
Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) permite o tratamento em estágio inicial do Alzheimer. Através de um exame do fundo de olho, é possível detectar alterações que se assemelham à doença.
O estudo, que avalia a correlação entre déficit cognitivo e a perda neural retinada em pacientes com Comprometimento Cognitivo Leve (CCL), foi iniciado em 2015 e desenvolvido pelo professor de Oftalmologia, da Faculdade de Medicina, Leonardo Provetti Cunha.
A pesquisa já foi premiada pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), principal entidade representativa da especialidade no país.
Saiba como reconhecer os sinais da doença
Segundo a Academia Brasileira de Alzheimer, a patologia atinge 1,2 milhão de pessoas no Brasil. As mulheres são mais frequentemente afetadas do que os homens. Veja abaixo os sintomas da doença.
Pesquisa
De acordo com a UFJF, na primeira etapa do estudo, o grupo descobriu que, além de um comprometimento do cérebro, a doença afeta também o neurônio da retina e, dessa forma, o nervo óptico.
Já na fase inicial do estudo, os pesquisadores analisaram pacientes que apresentaram déficit cognitivo leve, com quadro de distúrbio de memória, o que diz respeito ao estágio intermediário entre o envelhecimento normal e a doença de Alzheimer.
A avaliação foi feita por meio do exame de Tomografia de Coerência Óptica (TCO) para medir a espessura da retina e de suas camadas internas em pacientes com CCL. Os valores obtidos foram comparados às medidas do grupo controle, formado por pessoas com idade e sexo semelhantes aos doentes, mas que não apresentavam a doença.
Impedir a doença
Durante a investigação, foi verificado que havia correlação entre os valores da espessura da retina, obtidos pela TCO, e os valores dos testes cognitivos, fundamentais no diagnóstico e acompanhamento dos pacientes.
Segundo Leonardo Provetti, os resultados revelaram que a espessura das camadas internas estavam reduzidas nos pacientes com CCL quando comparadas aos controles.
“A redução da espessura da camada de células ganglionares apresentou uma correlação significativa com a intensidade do déficit cognitivo. Quanto maior a intensidade do déficit cognitivo, maior a redução da espessura da camada de células ganglionares”, esclarece Cunha.
Conforme Cunha “através de um exame do fundo de olho, é possível detectar alterações que se assemelham à doença de Alzheimer, o que pode servir como um biomarcador da doença e permitindo que tratamentos possam ser instituídos nesta fase, na tentativa de impedir que a doença progrida para formas mais graves de demência”.
O trabalho desenvolvido é em continuidade à pesquisa de 2015, sobre a relação entre a perda neural na retina e o Alzheimer, estudada pelos professores Leonardo Provetti Cunha, Ana Laura Maciel Almeida e Leopoldo Antonio Pires.
Sinais da doença
Dificuldade de memorizar coisas novas
Repete várias vezes a mesma pergunta ou história
Sinais de desorientação (se perder na rua, metro, ônibus
Ter problemas para administrar o dinheiro
Errar receitas que sempre fez muito bem
Fatores de risco
A idade é o mais reconhecido fator de risco;
Estudos variados indicam que a influência genética pode representar de 1% a 5% dos casos;
Alzheimer afeta mais a mulher do que o homem;
Estilo de vida: hábitos como beber em excesso, fumar, dieta rica em gordura, estresse, sedentarismo podem ser ruins para a saúde em geral, especialmente a do cérebro.
A demência da doença de Alzheimer pode se apresentar em três fases: inicial (lapsos de memória para acontecimentos recentes), moderada (queixas se acentuam, assim como os demais domínios) e grave (agravamento dos sintomas, incapacidade de realizar as atividades da vida diária sozinho, etc).
— —
Veículo: G1
Editoria: Zona da Mata
Data: 27/10/2019
Título: Mulheres que venceram o câncer de mama são exemplos de superação e fé em Juiz de Fora
Outubro é um mês de grande mobilização em torno da prevenção e luta contra o câncer de mama. Dentro da campanha “Outubro Rosa”, além das ações de promoção à saúde, a divulgação de casos de mulheres acometidas pela doença e as formas de encararem o desafio também são importantes para alertar sobre este tipo de câncer que, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), tem 95% de cura.
O G1 ouviu casos de mulheres diagnosticadas com a doença que venceram as batalhas e são exemplos de superação e fé em Juiz de Fora.
Apesar da alta condição de cura, o câncer de mama ainda gera medo, que acaba se tornando um dos grandes desafios enfrentados por mulheres diagnosticadas, como afirma a psicóloga e mestre pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Tatiana Rodrigues Almeida de Castro.
O momento do diagnóstico é considerado como o mais doloroso para 80% das mulheres que tiveram a neoplasia, segundo a especialista que também atua no Hospital Universitário (HU-UFJF).
“Sentimentos como ansiedade, medo, choque, pesar, insegurança e raiva são os mais comuns nesta fase da doença. Por medo de receber o diagnóstico, muitas mulheres deixam, inclusive, de fazer o auto-exame e os exames preventivos, prejudicando em muito a possibilidade de cura e recuperação,” acrescenta.
Somado a isso, está o fato de que um levantamento realizado pela SBM mostrou que o número de mamografias feitas em 2018 pelo Sistema Único de Saúde ( SUS) foi o menor dos últimos cinco anos.
Flávio Vieira Marques – Mastologista — Foto: Arquivo PessoalFlávio Vieira Marques – Mastologista — Foto: Arquivo Pessoal
Flávio Vieira Marques – Mastologista — Foto: Arquivo Pessoal
De acordo com o mastologista juizforano, Flávio Vieira Marques, uma das razões pelas quais muitas mulheres não estão realizando a mamografia anual, a partir dos 40 anos, como é preconizado pela SBM, é o fato de que muitos equipamentos não estão bem distribuídos no país como deveriam. Havendo uma grande concentração em determinadas áreas e ausência do aparelho em outras.
A mamografia é o único exame aprovado para detectar o câncer de mama porque consegue identificar microcalcificações que podem representar o sinal mais precoce de malignidade ou nódulos menores de 1 centímetro, que não são possíveis de palpar clinicamente, segundo Vieira Marques.
“Uma outra questão é que as mulheres fazem o autoexame, não encontram nódulos e acham que estão protegidas, quando na verdade o diagnóstico precoce poderia ser identificado muito antes, por meio da mamografia, em tumores não palpáveis.”
Dessa forma, a recomendação é realizar o exame anualmente, a partir dos 40 anos, mesmo sem apresentar sintomas. “É muito importante que se faça a mamografia regularmente, com os equipamentos de imagem que temos atualmente, é possível detectar nódulos de 2 milímetros, bem pequenos,” explica o mastologista.
Falta de condições emocionais
Andréa Castro conta que no meio do turbilhão seu foco era o filho Thiago, que na época tinha 7 anos. — Foto: Arquivo PessoalAndréa Castro conta que no meio do turbilhão seu foco era o filho Thiago, que na época tinha 7 anos. — Foto: Arquivo Pessoal
Andréa Castro conta que no meio do turbilhão seu foco era o filho Thiago, que na época tinha 7 anos. — Foto: Arquivo Pessoal
Para a advogada Andréa Castro, receber o diagnóstico de câncer de mama foi como se ela tivesse tomado um choque de alta voltagem.
“Fiquei literalmente em sem reação. Ainda mais porque havia acabado de sair de um casamento que durou 20 anos. Deixei o trabalho no escritório que tinha com meu ex-marido. Precisei me refazer. E no meio desse turbilhão, meu foco era meu filho, que na época tinha 7 anos. Meu grande apoio foi minha família. Assim que recebi o exame confirmando o diagnóstico, busquei refúgio junto de meus pais. Ali fui acolhida, porque tenho uma família maravilhosa, graças a Deus,” relembra emocionada.
A falta de condições emocionais para conseguir continuar com a rotina é algo muito comum diante da notícia de que será preciso lidar com o câncer de mama. “A retirada, total ou parcial, das mamas e a perda dos cabelos durante o tratamento quimioterápico levam, muitas vezes, a um sentimento de perda da feminilidade”, explica Tatiana.
Junto com Maria Stella Tavares Filgueiras e Hila Martins Campos Faria, ela é autora do livro “Câncer de mama: interlocuções e práticas interdisciplinares”.
A pastora evangélica Selma Teresa Gaspar Pena, de 58 anos, também recebeu o diagnóstico de câncer de mama. “Na pior fase do tratamento, em que eu me sentia feia porque tinha perdido meu cabelo, estava inchada por conta de algumas medicações, eu dormia e acordava sem ânimo. Meu marido foi essencial para o meu processo de cura, porque ele se desdobrava em gestos de carinho. Sempre me elogiava, como faz até hoje. Era muito importante ouvir palavras de incentivo, me estimulando a seguir firme na luta contra o câncer. Ele foi meu grande parceiro nessa batalha que eu venci. A fé e o amor me salvaram.”
Selma Gaspar teve apoio incondicional do marido, no processo de cura — Foto: Arquivo PessoalSelma Gaspar teve apoio incondicional do marido, no processo de cura — Foto: Arquivo Pessoal
Selma Gaspar teve apoio incondicional do marido, no processo de cura — Foto: Arquivo Pessoal
Selma descobriu o câncer ao apalpar a mama direita, durante o banho. “Quando passei por todo processo de consultas, exames e finalmente recebi o resultado da biopsia, vivi momentos muito difíceis. Fui submetida à cirurgia, fiz sessões de quimioterapia e radioterapia. Tive dias de muito medo, afinal tenho dois filhos e um marido que são a razão da minha vida. Apesar de ainda ter que continuar com uma terapia oral por 10 anos, eu venci o câncer de mama. Estou livre.”
‘Ninguém se prepara para adoecer’
Tatiana Castro explica que qualquer adoecimento traz impactos emocionais, porque ninguém se prepara para adoecer. E quando surge um diagnóstico como o de câncer de mama, ele consegue desorganizar todos os planos e rotina que a pessoa tinha até então.
Para a psicóloga Tatiana Castro, diante do diagnóstico do câncer, papéis sociais e familiares precisam ser revistos. — Foto: Arquivo PessoalPara a psicóloga Tatiana Castro, diante do diagnóstico do câncer, papéis sociais e familiares precisam ser revistos. — Foto: Arquivo Pessoal
Para a psicóloga Tatiana Castro, diante do diagnóstico do câncer, papéis sociais e familiares precisam ser revistos. — Foto: Arquivo Pessoal
“Papéis sociais e familiares precisam ser revistos, além dos medos e incertezas que são despertados: será que ficarei curado? Receberei o tratamento e apoio adequados? Soma-se a isso o fato de que o câncer, apesar de todos os avanços tecnológicos em seu tratamento, ainda é visto como um diagnóstico repleto de estigmas e fantasias.”
A advogada Andréa Castro conta que nunca pensou em desistir. Seu maior desafio foi enfrentar uma leucopenia (baixa de glóbulos brancos) durante o tratamento, quando foi preciso suspender a quimioterapia por quatro meses. “Foi mais um golpe nessa batalha pela vida. Mas, me apoiei na família, nos amigos e no desejo de estar recuperada para criar meu amado filho Thiago. Depois de tudo, eu aprendi que nada é para sempre. Tristezas passam, problemas passam e, por maior que seja sua adversidade, só você, de fato, é a protagonista do seu destino.”
Segundo Andréa, uma das saídas diante deste desafio foi mentalizar a cura todo o tempo, não se deixando abater diante das adversidades que surgiram. “Procurei estar em sintonia com o Divino e mantive meu foco na cura. Acredito que deixar para trás tudo que não nos faz bem e se cercar de pessoas que nos amam é uma grande decisão que pode mesmo ajudar no processo de cura. Foi assim que eu segui nos meus dias de luta.”
O livro
O livro “Câncer de mama: interlocuções e práticas interdisciplinares”, lançado no ano passado, em Juiz de Fora, reúne uma coletânea de textos escritos por profissionais da área da saúde.
Todos eles atuam com mulheres que tiveram câncer de mama. A proposta é levar o leitor à reflexão de questões atuais sobre a neoplasia mamária, tais como novos métodos de diagnóstico e tratamento, fatores de risco e prevenção, aspectos culturais que subjetivos do adoecimento.
O objetivo é alcançar um olhar mais abrangente, não apenas sobre a doença, mas sobre aquelas que adoecem, completa Tatiana.
— —