A edição deste 13 de outubro do Domingo no Campus celebrou o Dia das Crianças. Mais de 30 projetos garantiram muita diversão para toda a família, na Praça Cívica da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
As brincadeiras ganham tom de aprendizado quando despertam na criança o interesse pelo conhecimento. Foi o que aconteceu com a Maria Eduarda, 8 anos. Acompanhada de sua tia, Rafaela Menon, e de sua irmã mais velha, Maria Beatriz, “Duda” estava muito empolgada na oficina sobre reciclagem e conseguiu aprender um pouco sobre os cuidados com o ambiente e a importância de reciclar. Para a irmã mais velha foi muito interessante: “Foi interessante, porque a gente vê que é uma forma nova de ensinar, uma forma diferente e divertida de educar a criança.” Rafaela gostou muito de ver sua sobrinha se divertindo e lembrou dos tempos de infância: “Há um tempo atrás, eu vinha ao Domingo no Campus e adorava. Agora que o projeto voltou é ótimo, porque temos o que fazer e tira a gente de casa.”
Os projetos de educação ambiental foram destaque entre os participantes. O Núcleo de Atendimento Social da Faculdade de Engenharia (Nasfe) estava rodeado de crianças interessadas nas atividades lúdicas propostas e explicadas pela graduanda do Curso de Engenharia Civil, Sophia Braga, “O Nasfe trabalha com atendimento de engenharia pública para pessoas da comunidade. A gente trabalha com educação ambiental próximo às escolas do entorno da UFJF e aqui, no Domingo no Campus, estamos conscientizando as crianças de como é importante construir no lugar correto, evitar poluição, desmatamento. O público que a gente tenta atingir é o infantil, com brincadeiras lúdicas e, ao mesmo tempo, de conscientização”, explica Sophia.
Outro projeto, o Energias Renováveis nas Escolas (RES), trouxe para o público o conhecimento sobre energias alternativas, como a solar, a eólica e a hidráulica. “Nosso principal objetivo é levar para a comunidade todo o conhecimento sobre a importância que as energias renováveis têm ganhado, porque tem crescido uma consciência ambiental muito grande nos últimos tempos. É importante atentar para como essas energias renováveis podem gerar benefícios, tanto para o consumidor reduzir as tarifas, quanto para a natureza, pois é uma fonte limpa. Então, os dois lados saem ganhando”, disse a aluna de Engenharia Civil, Luisa Muglia, que é participante do RES.
O Grupo de Educação Tutorial (GET) do Curso de Medicina Veterinária levou ao público orientações sobre o ‘Outubro Rosa’, só que não para mulheres, e sim para os pequenos animais, como cachorros e gatos, que também podem ter câncer de mama. “A ideia do projeto é que a gente consiga trazer um pouco para a comunidade sobre a importância da prevenção, da identificação precoce dos tumores de mama nas cadelas e nas gatas que, assim como nas mulheres, a incidência é bastante alta”, disse o professor e tutor do GET, Leonardo Lanna. Além disso, teve também demonstração de como pode ser feito o exame de mama, em uma simulação dos nódulos em um gato de pelúcia e algumas cadelas mascotes. “Para quem tiver o interesse em trazer o animal de estimação, a gente faz a avaliação e ensina a fazer isso, porque a identificação precoce aumenta muito as chances de cura do câncer de mama”, completou Lanna.
O projeto que causou mais curiosidade ao público foi o de ‘Dinamização do Ensino de Ciências’, do Departamento de Zoologia. O estande estava com diversas exemplares de animais, além de jogos interativos com o foco no combate à dengue. Mariana Rossi, que é professora do Departamento de Zoologia, falou um pouco sobre como é importante ter projetos como esse de divulgação das ciências para a comunidade: “ O objetivo é trazer a criança e o adolescente para mais perto da Universidade e mostrar para a sociedade que eventos acadêmicos são para todos. Hoje trouxemos alguns exemplares das coleções de mamíferos, anfíbios, répteis e insetos, e as crianças sempre chegam muito curiosas e interessadas.”
Gustavo Luiz, 14 anos, trouxe a irmã e a prima. Ao circularem pelo local, pararam para ver o que estava sendo exibido no projeto de Zoologia. “É muito legal! Eu vi o casco de uma tartaruga, o escorpião amarelo, cobras, tinha uma borboleta bem bonita também. É uma oportunidade única, porque são animais que a gente só vê na televisão, até porque alguns são perigosos. Então, para quem nunca viu, é bem bacana mesmo”, completou.
Logo em seguida o adolescente foi pego de surpresa pelos integrantes da Caravana de Matemática que o desafiaram, dizendo que iam acertar a data de aniversário dele. “Eu achei que era mágica, fiquei encucado, mas achei bem legal”, respondeu, logo após saber como a mágica foi feita. O Projeto Caravana da Matemática é uma ação extensionista da UFJF. “A importância de estar aqui no domingo é para democratizar o ensino de matemática e desmistificar essa disciplina como uma matéria difícil e que muitos não gostam” relatou o professor do Departamento de Matemática, Marco Aurélio Kistemann. Atividades lúdicas de raciocínio e de estimativa fizeram as crianças brincarem, mas aprendendo.
Continuando na onda do aprendizado, o projeto ‘Era Outra Vez: Compartilhando Leituras, Enaltecendo Práticas Pedagógicas’ trouxe ao domingo uma parte das histórias encantadoras, os cordéis. A literatura de cordel é uma manifestação literária tradicional da cultura popular brasileira, mais precisamente do interior nordestino, mas vem se disseminando por outras regiões do Brasil.
A aluna do Curso de Pedagogia, Francisca Viana, que estava participando das leituras, alertou sobre a importância da literatura para a comunidade. “Importante para que as pessoas vejam como é que se dá a literatura de cordel, porque em Minas Gerais o berço do cordel está no Norte do Estado, em Teófilo Otoni. Esse projeto é para as crianças terem contato com a literatura de cordel e para que a educação básica tenha acesso a esse tipo de literatura, pois muita gente não sabe o que significa um cordel.”
O dia foi das crianças, mas os adultos também tiveram atividades e puderam cuidar da saúde. Como foi com o casal Cláudio Almeida e Érica Almeida. Os dois aferiram a pressão arterial no projeto de extensão “Discutindo saúde: prevenção contra a hipertensão”. Para Érica, foi importante ter a oportunidade e conversar com os monitores sobre o assunto: “A minha pressão até variou um pouco e é bom eu ficar de olho, mas a gente conversou aqui, me perguntaram se eu tomei café, se eu tomo medicação. Eles foram bem atenciosos.”
Érica disse, também, que seu marido é hipertenso e tem que aferir a pressão com frequência: “Foi muito bom pra ele ter como tirar a pressão aqui, porque ele esqueceu o aparelho de medir dele” completou.
A programação ainda contou com diversos outros projetos e atividades, como a oficina Funga Alafia, Tia Nilcéia e a Contação de Histórias, Ginástica para Terceira Idade, Oficina de Bordado, Educação e Atenção em Saúde, Programa Saúde na Escola, GET da Nutrição, equipes de robótica Rinobot, Moradia Legal, os projetos de treinamento profissional Dente da Gente: educação e saúde bucal, o de extensão Só-Riso – Atenção Materno-Infantil e o Integrando Saber, Médicos do Barulho e Little League Marfins Beisebol de Juiz de Fora.
Iniciativa completa 20 anos
Quem também prestigiou o Domingo no Campus foi a deputada federal Margarida Salomão. Em seu reitorado, vinte anos atrás, o projeto foi criado. Na atual gestão do reitor Marcus David, a Diretoria de Imagem reativou o projeto com recursos de emenda parlamentar.
Ao chegar ao campus, a deputada encontrou a vice-reitora Girlene Alves. Margarida parabenizou a professora pela vitória na consulta pública realizada esta semana. A deputada também visitou as oficinas e os projetos da UFJF; e perguntou sobre atividades de cultura, como música e dança. Ao final, cumprimentou a Administração Superior pelos 20 anos do projeto Domingo no Campus. Nesta segunda-feira, dia 14, a ex-reitora irá ao Fórum da Cultura visitar a exposição fotográfica em homenagem ao projeto Domingo no Campus. A próxima edição do evento será realizada em 17 de novembro.
Outras informações: (32) 2102-3967 – Diretoria de Imagem Institucional