Para discutir a prevalência de transtornos mentais no contexto universitário, a Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), recebe hoje, às 21h, a professora do departamento de psicologia, Fabiane Rossi, para ministrar palestra sobre o tema. O evento acontece no Anfiteatro do Centro de Ciências da Saúde (CCS).
A palestra faz parte do II Simpósio de Saúde Mental, evento criado e promovido pelos alunos do Diretório Acadêmico (DA) da faculdade. A proposta é fornecer informações aos jovens, principalmente aos alunos da UFJF, sobre como lidar e enfrentar doenças psíquicas como a depressão e transtornos de ansiedade. Além de Fabiane, o simpósio teve a presença, também, de médicos e especialistas na área de saúde para abordar a temática.
Em entrevista ao Portal da UFJF, Fabiane abordou os sintomas que podem indicar um adoecimento psíquico e a importância do suporte social para a recuperação de pessoas com este quadro.
Portal UFJF – O adoecimento psíquico em ambiente universitário tem sido amplamente discutido na UFJF, sobretudo neste mês de conscientização, o Setembro Amarelo. A que sintomas um estudante deve ficar atento e procurar ajuda profissional?
Fabiane – O adoecimento nestes casos pode estar relacionado a uma série de condições e fatores de risco que podem desencadear o surgimento de transtornos mentais. É importante estar atento a sintomas que podem estar associados especialmente a quadros de depressão e/ou ansiedade, como perda do interesse pelas atividades, desânimo, isolamento social, desesperança, assim como ansiedade exacerbada, taquicardia, irritabilidade, problemas relacionados ao sono, entre outros. É importante destacar que é comum a manifestação destes sintomas e nem sempre estes sinais são indicativos de um transtorno. Sua intensidade, frequência e impacto nas atividades é que determinarão a necessidade de um acompanhamento especializado.
Fabiane, em sua avaliação, os transtornos mentais em ambiente universitário aumentaram com a hiperconectividade ou sempre existiram, porém, subnotificados com a pouca visibilidade sobre o assunto?
– Esta é uma realidade que sempre esteve presente neste contexto, porém o maior acesso às informações, sua ampla divulgação pela mídia e redes sociais e a ampliação de pesquisas sobre o adoecimento psíquico em universitários tornaram possível um maior conhecimento de sua prevalência.
Como devem agir as pessoas próximas a estudantes que percebam mudança de comportamento ou traços de adoecimento mental?
– Um dos fatores de proteção mais importantes nos quadros de adoecimento é o suporte social, incluindo apoio da família, rede de amigos, comunidade. Desta forma, pessoas próximas devem acolher sem julgamentos estes comportamentos, procurando ser empáticas e auxiliar na busca pelo acompanhamento especializado.
Outras informações:
(32) 2102-3803 – Faculdade de Farmácia