Diretores de Relações Internacionais da UnB e da UFU, Virgílio Pereira de Almeida e Waldenor Barros Moraes Filho, na palestra de encerramento da edição 2019 do Global July (Foto: Arquivo DRI/UFJF)

“Só conseguimos firmar parcerias porque temos algo a oferecer – e o Global July é algo muito relevante.” Desta forma, a diretora de Relações Internacionais da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Bárbara Daibert, sintetiza a avaliação que faz da edição 2019 do programa Global July, aberto no dia 8 de julho e encerrado em 9 de agosto.

“O Global July é o nosso maior projeto de internacionalização em casa, oferecendo a oportunidade de internacionalização para aqueles que não podem sair do país. Por outro lado, introduzimos uma política de oferta de cursos estrangeiros dentro da Universidade, numa perspectiva de multilinguismo, promovendo a interação entre os professores anfitriões e os estrangeiros”, afirma Bárbara. 

Neste ano, foram oferecidos 60 cursos, ministrados em inglês, espanhol, francês, alemão e italiano – além de português para estrangeiros. As opções foram divididas entre cursos de graduação (28), pós-graduação (30) e aqueles do campus avançado de Governador Valadares (8). As aulas ocorreram nos dois campi, de forma gratuita.

Estudantes de México, Venezuela, Colômbia, Peru, Benin, Haiti, França, Itália, Dinamarca e Alemanha, participantes do Global July 2019 (Foto: Arquivo DRI/UFJF)

Segundo a diretora, os avanços se deram em diversas frentes. “Em relação à pós-graduação, o programa avançou muito porque foram oferecidos 30 cursos, enquanto no ano passado tivemos um, como piloto. Neste ano, também houve oferta de disciplinas em programas de Pós-graduação, em conjunto com professores estrangeiros, o que foi muito bom para os PPG’s.”

No que diz respeito à extensão, Bárbara acrescenta: “Tivemos alunos de fora da Universidade, oriundos de instituições privadas ou de institutos federais, com uma expansão significativa. Contamos com 29 professores de instituições estrangeiras, em comparação aos 13 que vieram ano passado. Os contatos, as parcerias e as possibilidades foram muito mais abertas neste ano”, ressalta.

O programa
Lançado em 2017 pela Diretoria de Relações Internacionais (DRI), o Global July reúne estudantes e professores de vários países em cursos de curta duração e de carga horária variável em todas as áreas do conhecimento – Ciências Exatas, Ciências da Vida, Linguística, Literatura e Artes, Humanidades e Ciências da Saúde.

Curso do PPG de Química, com a professora Milena Corredig, da Universidade de Aarhus, da Dinamarca (Foto: Arquivo DRI/UFJF)

O programa apresenta ainda os “Side Events” (eventos paralelos), com o objetivo de proporcionar uma experiência internacional mais ampla a todos os participantes. Workshops, palestras e atividades culturais relacionadas à internacionalização são oferecidos por parceiros locais e estrangeiros, enriquecendo a atmosfera internacional da UFJF.

Segundo Bárbara, a criação e a manutenção de acordos internacionais que envolvam outras instituições de ensino estrangeiras são dois dos pilares do programa. A diretora enumera dois que considera bastante relevantes. “Tínhamos o risco de perder o acordo com a Universidade de Temple (EUA), já que o professor-colaborador da UFJF faleceu há pouco tempo. Este acordo é muito importante porque temos a garantia de uma vaga para um de nosso alunos lá, sem contrapartida, já que não estamos recebendo estudantes da Temple. Além de ser uma universidade muito bem ranqueada nos Estados Unidos. Também temos uma professora indo para Universidade de Paris 8 (França), com todas as despesas pagas por eles, numa relação de reciprocidade que pretendemos atingir com todos os outros acordos. Isso também é um grande ganho”, finaliza.

Outras informações
www.ufjf.br/globaljuly