Veículo: O Nacional

Editoria: Cidade

Data: 28/06/2019

Link: http://www.onacional.com.br/geral/cidade/91689/estudo+vai+investigar+se+decomposicao+dos+corpos+em+cemiterios+polui+lencol+freatico 

Título: Estudo vai investigar se decomposição dos corpos em cemitérios polui lençol freático

Publicada em: 28/06/2019 – 07:00, por Redação/ON

Com duração de 36 meses, o estudo conduzido em Passo Fundo é pioneiro no país e servirá de base para a elaboração de políticas públicas e outras observações envolvendo o tema

Estudo vai investigar se decomposição dos corpos em cemitérios polui lençol freático

Sob a orientação do pesquisador Alcindo Neckel, um grupo composto por 10 estudantes está coletando materiais em seis cemitérios públicos do município. Primeiros resultados serão divulgados no início de 2020

Crédito: Divulgação

Uma pesquisa conduzida pela IMED, campus de Passo Fundo, irá verificar se o solo passo-fundense está sendo contaminado pela decomposição dos corpos enterrados nos seis cemitérios públicos do município. O estudo que iniciou em março, tem duração de 36 meses e é financiado pelo governo federal através do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e conta com o apoio da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). 

Pioneira no país – apenas a Universidade de São Paulo (USP) desenvolve estudo semelhante -, a investigação é coordenada pelo professor e pesquisador do mestrado em arquitetura e urbanismo da IMED, Alcindo Neckel. Em entrevista ao ON, ele explicou como os trabalhos estão sendo conduzidos:

“Dentro de cada cemitério, estamos coletando material em cinco pontos diferentes. A primeira coleta é feita na região central do cemitério e as demais ocorrem nos quatro cantos; fora do cemitério, as coletas ocorrem num raio de 500 metros” expõe.

Em cada ponto de coleta, os oito alunos da graduação envolvidos na pesquisa, mais um mestrando e um pós-doutorando, sob a orientação de Alcindo, retiram 20 centímetros de terra e armazenam dentro de um saco plástico. Em seguida, são escavados mais 40 centímetros e o material igualmente é embalado. Na sequência, o conteúdo é levado para análise na IMED.

O primeiro cemitério foco da análise foi o Cemitério Municipal da Vera Cruz. Em seguida, será a vez do cemitério do bairro Petrópolis, Jardim da Colina, Roselândia, Videiros e Cemitério Municipal dos Ribeiros.

– Todo cadáver, a cada 70 quilos, libera cerca de 30 litros de líquido durante a sua decomposição. Esse líquido, também chamado de necrochorume, desce para o solo e, com a ajuda da água da chuva, pode chegar até os lençóis freáticos, que funcionam como um reservatório natural da água, que por sua vez, forma rios e lagos e, consequentemente, é usada para abastecer a população – explica o professor, que prossegue:

– O problema é que o necrochorume contem metais pesados e altamente perigosos para a saúde humana. Trata-se de substâncias que podem causar desde dor de cabeça e diarreia até diversos tipos de cânceres, problemas neurológicos e o Mal de Alzheimer. É isso que iremos atestar, ou não, com os resultados que vamos obter a partir da análise dos materiais que estamos coletando – complementa Alcino, que começou a se envolver com a problemática há dez anos, quando orientou um Trabalho de Conclusão de Curso sobre o tema.

Nesse contexto, os primeiros apontamentos da pesquisa devem ser divulgados no início de 2020. Se for confirmada a suspeita de Alcino e seu grupo de estudo, a ideia é fazer com que o poder público possa articular estratégias de despoluição do meio ambiente através da criação de políticas públicas específicas. O estudo terá repercussão nacional e deve servir de base para novas observações.

Licenciamento ambiental nos cemitérios

No Brasil, até dezembro de 2010, conforme explica o professor Alcino, o Conselho Nacional do Meio Ambiente, exigia licenciamento ambiental dos cemitérios. A determinação, no entanto, não teve nenhum efeito prático. O que valida ainda mais o estudo conduzido em Passo Fundo.

– É uma discussão nova no Brasil. E o mais importante é pensar de que maneira iremos lidar com essa questão daqui pra frente. Os cemitérios verticais, que já estão sendo construídos no país, são uma opção viável, porque eles armazenam todo o necrochorume e os gases liberados pelos cadáveres, permitindo que eles sejam dispensados em locais adequados. Por ora, estamos contentes com o interesse do governo federal em promover uma pesquisa sobre este tema – encerra o pesquisador.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Notícias

Data: 28/06/2019

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2019/06/28/orquestra-festas-juninas-e-festival-de-cerveja-estao-na-programacao-do-fim-de-semana-em-juiz-de-fora.ghtml 

Título: Orquestra, festas juninas e festival de cerveja estão na programação do fim de semana em Juiz de Fora

Confira as dicas culturais que o G1 selecionou na cidade de sexta-feira (28) até domingo (30).

Por Amanda Andrade, G1 Zona da Mata

28/06/2019 15h28  Atualizado há uma semana

No último fim de semana de junho, eventos como festas juninas, festival cervejeiro e concerto de orquestra movimentam Juiz de Fora. Confira a programação que o G1 separou.

Orquestra Juiz de Fora

Orquestra Juiz de Fora se apresenta pela primeira vez no Teatro Paschoal Carlos Magno

A Orquestra Juiz de Fora apresentará, pela primeira vez, o show Eterna Música, neste domingo (30), no Teatro Paschoal Carlos Magno. O concerto será gratuito e com classificação livre. Ingressos serão distribuídos a partir das 18h.

O espetáculo Eterna Música é um concerto inteiramente dedicado aos grandes mestres da música erudita mundial. Com obras emblemáticas que vão do período barroco ao período moderno, passando pelo classicismo e romantismo, e também pela música brasileira, o público poderá apreciar uma noite musical especial sob a interpretação da orquestra.

Criada em janeiro de 2018, a Orquestra Juiz de Fora é composta por instrumentos de cordas e surgiu da ideia de reunir amigos músicos de longa data, com o intuito de homenagear o grande maestro Nelson Nilo Hack, um dos mais respeitados didatas do Brasil, e a cidade na qual foi criada.

“A criação da Orquestra Juiz de Fora é um desejo antigo dos músicos. Há alguns anos, nós tivemos a oportunidade de conviver e aprender muito com o maestro Nelson Nilo Hack e isso nos impactou de tal forma que nos fez ver a música de outra maneira. Vemos a música através do amor, da amizade e da união entre os componentes de um conjunto e de uma aproximação intensa com seu público. Estamos muito empenhados em oferecer o melhor projeto artístico que pudermos para o público de Juiz de Fora” afirma o violinista Yuri Reis, regente e responsável pela direção artística do grupo.

O violinista Ladislau Brun é o spalla e também compõe a direção artística da Orquestra Juiz de Fora, que conta com 19 musicistas, distribuídos em naipes de violinos, violas, violoncelos e contrabaixo. A abertura ocorre às 18h30 com a palestra do professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Rodolfo Valverde e logo após, a apresentação da Orquestra.

Palco Central

O arraiá do Palco Central acontece neste domingo (30) das 13h às 20h na Praça João Pessoa, em frente ao Cine-Theatro Central. O evento, em parceria com o Me Gusta!, terá comidas típicas e muita música, com Dj Kalango, Quadrilha Trombone e Espirro de Bode. O evento também contará com o Caricatuart, com Mário Tarcitano.

Como forma de trazer à memória as festas típicas de São João, o espaço será ornamentado com fogueira artificial e bandeirinhas. Para as crianças, terá espaço lúdico e, para ficar o clima mais animado, será realizada uma grande quadrilha.

A sugestão é que os participantes não se esqueçam do chapéu de palha e da blusa xadrez. A entrada é gratuita.

Arraiá no Museu

O Museu Mariano Procópio promoverá a oficina temática “Arraiá do Museu”, na manhã de sábado (29), a partir das 9h, com atividades voltadas para crianças com idades entre 6 e 10 anos. Dentre as atividades a serem realizadas, estão roda de conhecimento, pintura em guache, confecção de adereços juninos e roupa de quadrilha.

As atividades são gratuitas. Para participar, basta realizar a inscrição através do telefone (32) 3690-2027.

Forest Beer

O Forest Beer, Festival de Cerveja Artesanal de Juiz de Fora, ocorre neste sábado e domingo no Seminário da Floresta (BR-267, km 85,7, s/n, Bairro Floresta).

O festival conta com a participação da Noi, cervejaria tradicional do Rio de Janeiro e quatro cervejarias de Juiz de Fora: Barbante, São Bartolomeu, Golem e Hofbauer. Esta última será apresentada pela primeira vez ao público juiz-forano.

A entrada é gratuita, mediante a doação de um quilo de alimento não perecível e os ingressos são limitados. No sábado, a abertura do evento é às 14h e no domingo às 10h. Além das cervejas, também conta com espaço gastronômico.

O evento conta também com bastante música. No sábado, a apresentação ficará por conta do Grupo Alquimia, às 17h30 e a banda Muamba às 20h. Já no domingo, será a vez do Samba do Miranda às 14h30 e de Pedro Jr. banda, às 18h.

O festival contará, ainda, com espaço kids, voltado para a diversão das crianças.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 28/06/2019

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/28-06-2019/ufjf-aprova-resolucao-sobre-uso-do-nome-social-e-do-banheiro-de-acordo-com-identidade-de-genero.html 

Título: UFJF aprova resolução sobre uso do nome social e do banheiro de acordo com identidade de gênero

Reitor destacou que aprovação acontece em data significativa, fazendo menção à celebração do Dia Internacional do Orgulho LGBTI+

Por Tribuna

28/06/2019 às 16h39

Entre as deliberações feitas durante reunião realizada nessa sexta-feira (28) esteve a resolução que normatiza o uso do nome social e dos banheiros de acordo com a identidade de gênero no âmbito da UFJF, o que foi aprovado por unanimidade entre os presentes. O relator da proposta, o diretor do Instituto de Ciências Humanas, Robert Daibert Júnior, deu parecer favorável à matéria. De acordo com a UFJF, Daibert destacou a construção coletiva da minuta pela Diretoria de Ações Afirmativas (Diaaf), pela Central de Atendimento (CAT) e pela comunidade de travestis, transexuais e transgêneros da UFJF. A deliberação sobre o tema contou com sugestões de ampliações do texto. Ainda de acordo com a UFJF, o reitor, por sua vez, destacou que essa aprovação acontece em data significativa, fazendo menção à celebração do Dia Internacional do Orgulho LGBTI+.

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Veículo: Federação Espírita Brasileira

Editoria: Geral

Data: 28/06/2019

Link: https://www.febnet.org.br/blog/geral/noticias/comeca-pesquisa-sobre-experiencias-quase-morte-no-brasil/ 

Título: Começa pesquisa sobre “Experiências quase-morte” no Brasil

Os estudos científicos em Experiências quase-morte (EQM) foram realizados basicamente na Europa e América do Norte. Não há nenhum estudo sistemático no Brasil, onde só identificamos um relato de caso pós EQM. Para sanar essa lacuna, o Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde (NUPES) da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) está desenvolvendo um projeto denominado “Perfil das Experiências Quase-Morte no Brasil”. Trata-se de um estudo científico pioneiro que reúne uma equipe liderada pelo Professor Alexander Moreira-Almeida (UFJF), em parceria com o principal pesquisador de EQM no mundo, o professor Bruce Greyson, da Universidade da Virgínia (EUA). Também participam do projeto os professores da UFJF de neurologia Marcelo Maroco Cruzeiro e de enfermagem Monalisa Silva.

O objetivo principal do estudo é construir um perfil das EQMs no Brasil: em que situações ocorrem, em quais pessoas, quais são as vivências e o impacto das EQMs. Os resultados deste estudo possibilitarão avançar o entendimento do funcionamento da mente humana na proximidade da morte e se ela consegue funcionar quando o cérebro não está ativo.

Todos os tipos de EQM podem ser relatadas por meio dos formulários que serão disponibilizados on-line no site do NUPES. Os casos de EQM em que houver comprovações físicas do fato serão selecionadas para a verificação da EQM de forma objetiva/documental da mesma.

As pesquisas estão disponibilizadas para o público por meio do endereço: http://www.ufjf.br/nupes/ ou https://goo.gl/forms/fJnlZmMVpsWbiJxS2

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Veículo: Rádio Itatiaia

Editoria: Comportamento

Data: 28/06/2019

Link: http://radioitatiaiajf.com.br/ufjf-faz-lancamento-da-iii-semana-rainbow/ 

Título: UFJF faz lançamento da III Semana Rainbow

 28 de junho de 2019  Redação

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) apresentou nesta quinta=feira, 27, o lançamento da “III Semana Rainbow da UFJF”.

O evento será realizado entre os dias 7 e 18 de agosto em Juiz de Fora.

Segundo o coordenador do projeto, Marcelo Carmo Rodrigues, o objetivo é aumentar o número de ações neste ano e melhorar a qualidade das apresentações, para que sejam mais diversificadas. Em 2018, foram 48 ações.

Marcelo explica que os principais desafios são captar recursos e diminuir o preconceito.

Na próxima semana, serão lançados editais para quem queira participar ou investir no evento. Conforme Marcelo, a programação deve ocorrer na UFJF e em pontos da cidade.

Ainda não há expectativa de quanto de dinheiro será movimentado na cidade. Em 2018, cerca de R$ 2,5 milhões foram injetados no município.

A organização criou canais em rede sociais para o público acompanhar a programação, que pode ser conferida no Facebook e Instagram com o nome de “samanarainbowufjf”.

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Veículo: Portal F11

Editoria: Notícias

Data: 28/06/2019

Link: http://portalf11.com.br/noticia/13362/jardim-botanico-da-ufjf-entra-na-roda-de-capoeira-com-50-criancas 

Título: Jardim Botânico da UFJF entra na roda de capoeira com 50 crianças

Grupo Art-vida comemora 25 anos de atuação neste domingo, no Jardim.

Jardim Botânico da UFJF entra na roda de capoeira com 50 crianças

O gingado da capoeira vai imperar no Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) neste domingo, 30. Rodeadas pela Mata do Krambeck, mais de 50 crianças do Grupo de Capoeira Art-Vida irão apresentar esta expressão cultural brasileira, que mistura arte marcial, esporte, dança e música. 

A atividade, com aula e roda, acontecerá no gramado, localizado após o lago principal, a partir das 10h. O evento, aberto ao público e gratuito, integra as celebrações dos 25 anos do coletivo.

Entre os sons dos berimbaus, pandeiros, atabaques e reco-recos, somados a sonoridade da fauna e flora locais, o educador físico e mestre de capoeira, Vagner Mendes, comenta que a escolha do Jardim Botânico está relacionada a um dos objetivos da capoeira. “Ela traz essa ideia de consciência de preservação do meio ambiente. Precisamos muito ter esse contato, inclusive, até o berimbau usado é feito a partir de árvores, então precisamos saber usar nossa natureza. Com isso, nosso objetivo é levar os alunos da escola para este lugar mágico. Tirá-los do mundo virtual e trazê-los para esse espaço.”

Segundo o vice-diretor do Jardim Botânico, Breno Moreira, a missão do espaço de preservação ambiental é conectar o povo com a floresta. “A capoeira, como arte ancestral, dialoga diretamente com o conceito de sociobiodiversidade que buscamos difundir. Por isso, atividades como esta devem ser incentivadas como forma de explorar as diferentes potencialidades do espaço”, explica.

Organização

O Instituto Art-Vida teve início em 20 de julho de 1994. Tem como presidente e fundador o mestre de capoeira e educador físico, Vagner Mendes. Há mais de 25 anos, realiza trabalhos de capoeira em várias escolas públicas, particulares, organizações não-governamentais, academias e voluntariados. A finalidade é apresentar a atividade em seus múltiplos aspectos, contribuindo com a prática e a difusão do esporte e, também, com a história da capoeira, reconhecida como Patrimônio Cultural e Imaterial da Humanidade.

Siga o Jardim Botânico nas redes sociais:

Instagram: @jardimbotanicoufjf

Facebook: @jardimbotanicoufjf

Fonte: UFJF

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Notícias

Data: 28/06/2019

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2019/06/28/uso-do-nome-social-e-dos-banheiro-de-acordo-com-a-identidade-de-genero-e-aprovado-na-ufjf.ghtml 

Título: Uso do nome social e dos banheiros de acordo com a identidade de gênero são aprovados na UFJF

A decisão por unanimidade ocorreu durante reunião do Conselho Superior (Consu) nesta sexta-feira (28).

Por G1 Zona da Mata

28/06/2019 17h53  Atualizado há uma semana

Uma resolução que valida o uso do nome social e dos banheiros de acordo com a identidade de gênero foi aprovada na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) nesta sexta-feira (28). A decisão por unanimidade ocorreu durante reunião do Conselho Superior (Consu).

Segundo a UFJF, o relator do projeto foi o diretor do Instituto de Ciências Humanas, Robert Daiber Júnior, que deu parecer favorável à proposta.

Ele destacou a construção coletiva da minuta pela Diretoria de Ações Afirmativas (Diaaf), pela Central de Atendimento (CAT) e pela comunidade de travestis, transexuais e transgêneros da universidade e fez algumas sugestões de ampliações do texto da resolução.

Já o reitor Marcus Vinicius David destacou a aprovação numa data significativa, quando é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBTI+.

Nesta quinta-feira (28), o G1 mostrou que a UFJF anunciou 3ª edição da Semana Rainbow para agosto em Juiz de Fora.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Notícias

Data: 29/06/2019

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2019/06/29/encontro-de-observadores-de-aves-e-roda-de-capoeira-movimentam-jardim-botanico-em-juiz-de-fora.ghtml 

Título: Encontro de Observadores de Aves e roda de capoeira movimentam Jardim Botânico em Juiz de Fora

Eventos neste domingo (30) são abertos ao público e gratuitos, segundo UFJF.

Por G1 Zona da Mata

29/06/2019 18h31  Atualizado há uma semana

O Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) sediará dois eventos neste domingo (30), abertos à comunidade e com entrada gratuita.

A partir das 6h, está previsto o início da programação do Encontro de Observadores de Aves, com bate-papo e atividade práticas. Mais tarde, às 10h, o Grupo de Capoeira Art-Vida celebra 25 anos com a participação de mais de 50 crianças na roda.

A visitação pode ser feita de segunda a sexta-feira e domingo, das 8h às 17h, com última entrada de visitantes às 16h. O local tem capacidade de receber, por vez, 100 visitantes, mas não há limite diário de entrada.

Localizado na Rua Coronel Almeida Novais, s/n, ao lado de uma igreja batista, no Bairro Santa Terezinha, o Jardim é atendido por duas linhas de ônibus que param próximo à entrada: 111 e 112 – Santa Terezinha/Mundo Novo. Não há estacionamento e todo o trajeto interno é realizado a pé.

Leia mais sobre o Jardim Botânico no G1:

Após ser fechado por causa de onça-pintada, Jardim Botânico da UFJF reabre para visitação

Observação de pássaros

Estar na rota de aves migratórias, como martim-pescador grande, biguás, beija-flor de fronte violeta, carcarás e frango-d’água azul, é um dos atrativos do Jardim Botânico.

O local também foi escolhido como sede do Encontro de Observadores de Aves, neste domingo, por integrar uma das maiores áreas urbanas ainda remanescentes de Floresta Atlântica do Brasil, com fauna rica e uma flora conservada e protegida.

“Uma das peculiaridades do local é a existência da palmeira Juçara. Ela quase entrou em extinção, mas como o Jardim é preservado, há um trilha com várias dela por lá. Elas dão um coquinho, similar ao do açaí, e são muito atrativas para as aves se alimentarem”, comenta o organizador, Nilo Caixeiro Stephan.

O evento é aberto ao público interessado na atividade, com ou sem experiência. A recomendação é ir equipado com câmera fotográfica e gravador. De acordo com o organizador, a modalidade mais comum para a observação de pássaros é usar gravação de sons e pios para trazê-los para perto.

“É uma técnica antiga, usada anteriormente por caçadores, para atraí-los. A diferença é que agora apenas desejamos fotografá-los. Para participar, os equipamentos necessários são gravadores, câmeras fotográficas profissionais ou semiprofissionais, roupas camufladas e adequadas para se proteger de possíveis ameaças encontradas na mata e binóculos para quem desejar”, explicou.

Os participantes receberão orientações sobre a prática, como manter o silêncio para poder ouvir e localizar os pássaros. Em seguida, percorrerão o Jardim para visualizar as aves e conhecer características e hábitos delas.

Programação:

Atividades abertas apenas a participantes do evento:

6h às 6h30: Concentração na entrada de funcionários do Jardim;

6h30 às 9h: Passarinhada – observação de aves;

9h às 9h30: Lanche compartilhado, levado pelos participantes.

Atividades abertas a participantes e visitantes do Jardim:

9h30 às 10h30: Apresentação sobre Wikiaves, pelo administrador e criador do Wikiaves, Reinaldo Guedes, no Casa de Educação Ambiental;

10h30 às 12h: Bate-papo sobre aves.

Capoeira no Jardim Botânico

Os integrantes do Grupo de Capoeira Art-Vida vão realizar aula e roda no gramado, localizado após o lago principal, a partir das 10h. O objetivo é contribuir com a prática e a difusão do esporte e, também, com a história da capoeira, reconhecida como Patrimônio Cultural e Imaterial da Humanidade.

O evento deve reunir mais de 50 crianças e faz parte do aniversário do coletivo, fundado pelo mestre de capoeira e educador físico, Vagner Mendes. O Instituto realiza trabalhos de capoeira em várias escolas públicas, particulares, organizações não-governamentais, academias e voluntariados. Ele destaca que a importância de levar as crianças para jogar capoeira no Jardim Botânico

“Ela traz essa ideia de consciência de preservação do meio ambiente. Precisamos muito ter esse contato, até o berimbau usado é feito a partir de árvores, então precisamos saber usar nossa natureza. Nosso objetivo é levar os alunos da escola para este lugar mágico. Tirá-los do mundo virtual e trazê-los para esse espaço”, disse o mestre.

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Veículo: Conecta Classificados

Editoria: Notícias

Data: 29/06/2019

Link: https://blog.conectaclassificados.com.br/o-uso-do-nome-social-e-os-banheiros-de-acordo-com-a-identidade-de-genero-aprovada-na-ufjf-zona-da-mata-1/ 

Título: O uso do nome social, e os banheiros de acordo com a identidade de gênero, aprovada na UFJF | Zona da Mata | 1

Junho 29, 2019 Conecta MG – Zona da Mata 0

Uso do nome social e dos banheiros de acordo com a identidade de gênero são aprovados na UFJF 

Uso do nome social e dos banheiros de acordo com a identidade de gênero são aprovados na UFJF

A resolução, o que valida o uso do nome social, e os banheiros de acordo com a identidade de gênero que foi aprovado na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), brasil na sexta-feira (28). A decisão, unânime, teve lugar durante uma reunião do Conselho Superior (Consumo).

O segundo-para-UFJF, brasil), o relator do projeto, ele foi o diretor do Instituto de Humanidades, Robert Daiber, Jun., , que deu um parecer favorável à proposta.

De fato, ele é também o desenvolvimento coletivo do projecto de plano pelo Conselho de administração da Acção Afirmativa (Diaaf), através do centro de atendimento (CAT), e por uma comunidade de travestis, transexuais e transgêneros na universidade, e fez algumas sugestões para acrescentar ao texto da resolução.

Já, o vice-chanceler, Marcus Vinicius David apontado, a adoção de uma data significativa, quando é comemorado o Dia Internacional do Orgulho do LGBTI+.

Nesta quinta-feira (28), o Grupo 1 mostrou que, UFJF, brasil, anunciou a 3ª edição da Semana em Cada um de agosto, em los angeles.

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Veículo: Diário do Aço

Editoria: Esporte

Data: 29/06/2019

Link: https://www.diariodoaco.com.br/noticia/0069514-atletas-participam-do-campeonato-estadual-mineiro-de-atletismo 

Título: Atletas participam do campeonato estadual mineiro de atletismo

[Texto não copiável]

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Veículo: Acessa.com

Editoria: Notícias

Data: 29/06/2019

Link: https://www.acessa.com/cidade/arquivo/noticias/2019/06/29-jardim-botanico-sedia-encontro-observadores-aves-neste-domingo/ 

Título: Jardim Botânico sedia Encontro de Observadores de Aves neste domingo

Sábado, 29 de junho de 2019, atualizada às 10h03

Jardim Botânico sedia Encontro de Observadores de Aves neste domingo

Da redação

A fim de registrar e conhecer a diversidade local, o Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) foi escolhido para sediar o Encontro de Observadores de Aves, neste domingo, 30 de junho, a partir das 6h, com atividade prática e bate-papo sobre o tema.

O evento é gratuito, sem necessidade de inscrição, aberto ao público interessado em iniciar a atividade ou que já tenha iniciado. A recomendação é ir equipado com câmera fotográfica e gravador. 

Entre as espécies registradas, já apareceram por lá martim-pescador grande, biguás, beija-flor de fronte violeta, carcarás e frango-d’água azul.

O organizador do encontro, Nilo Caixeiro Stephan, conta que há várias modalidades para a observação de pássaros, sendo a mais comum, a utilização de gravação de sons e pios para trazê-los para perto. “Essa é uma técnica antiga, usada anteriormente por caçadores, para atraí-los. A diferença é que agora apenas desejamos fotografá-los. Para participar, os equipamentos necessários são gravadores, câmeras fotográficas profissionais ou semiprofissionais, roupas camufladas e adequadas para se proteger de possíveis ameaças encontradas na mata e binóculos para quem desejar.”

Na sequência, após o lanche compartilhado levado pelos participantes, haverá palestra do criador e administrador do site Wikiaves, Reinaldo Guedes, às 9h30, no Centro de Educação Ambiental do Jardim Botânico. Segundo a organização, o site juiz-forano possui a maior visitação do mundo sobre o tema.

Programação 

PF combate fraudes em construção de Unidades Básicas de Saúde em Barbacena  PRF apreende cerca de 600 tabletes de maconha em sítio na BR-267 Grávida é presa por tráfico de drogas com mais R$ 9 mil no Ipiranga 

Atividades abertas apenas a participantes do evento:

6h às 6h30:  Concentração na entrada de funcionários do Jardim, localizada na Rua Coronel Almeida Novais 246, Bairro Santa Terezinha (após a entrada de visitantes, entrar na rua à esquerda)

6h30 às 9h: Passarinhada – observação de aves 

9h às 9h30: Lanche compartilhado, levado pelos participantes

Atividades abertas a participantes e visitantes do Jardim:

9h30 às 10h30: Apresentação sobre Wikiaves, pelo administrador e criador do Wikiaves, Reinaldo Guedes, no Casa de Educação Ambiental 

10h30 às 12h: Bate-papo sobre aves

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 29/06/2019

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/29-06-2019/formacao-e-avaliacao-digital-sao-discutidas-em-evento-do-caed.html 

Título: Formação e avaliação digital são discutidas em evento do Caed

I Encontro Internacional sobre o tema reúne pesquisadores nacionais, da França, Luxemburgo, Itália e Portugal

Por Tribuna

29/06/2019 às 15h50

Pesquisadores nacionais e de outros quatro países estarão reunidos em Juiz de Fora a partir da próxima segunda-feira (1º) durante o I Encontro Internacional sobre Avaliação Formativa e Digital. O evento é promovido pelo Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da UFJF (Caed). Profissionais da educação especialistas em avaliação e gestão também vão enriquecer a discussão em torno “do papel para o digital, do presente para o futuro”, ao lado de palestrantes vindos da França, Luxemburgo, Itália e Portugal.

“É uma oportunidade para conhecer mais sobre novos processos e formas de aferir a aprendizagem, acompanhar as políticas de educação e saber sobre estratégias e instrumentos de avaliação mais criativos e em diferentes suportes”, afirma a assessoria.

O evento já conta com mais de 200 inscritos, incluindo secretários de Educação e equipes de avaliação de todos os estados brasileiros. A conferência de abertura acontece às 19h de segunda, no auditório do ICH, no Campus da UFJF, com o palestrante Thierry Rocher. Ele dirige a área de avaliação de estudantes do Ministério de Educação Nacional da França e também é professor do mestrado profissional em Gestão e Avaliação da Educação Pública (Caed-UFJF).

Até quarta-feira, os expositores nacionais e internacionais vão abordar a temática da avaliação formativa e digital em três grandes áreas: fluência (língua portuguesa), educação matemática e educação científica. A programação também conta com participação do presidente e de representantes regionais da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).

“Os especialistas palestrantes do encontro integram o consórcio Flip, uma comunidade internacional envolvida com o desenvolvimento de aplicativos para avaliação formativa e digital que passa a contar em 2019 também com o Caed. Os profissionais de Juiz de Fora vão abordar, entre outros aspectos, a questão da fluência e desenvolvimento de instrumentos e itens de avaliação digital.”

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Veículo: Revista Galileu

Editoria: Revista

Data: 29/06/2019

Link: https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2019/06/para-que-serve-uma-universidade.html 

Título: Para que serve uma universidade?

Alvo de críticas de membros do atual governo, o Ensino Superior tem a difícil missão de repensar seu futuro

28/06/2019 – 15H45/ ATUALIZADO 15H57 / POR REPORTAGEM CAMILA ALMEIDA | EDIÇÃO GIULIANA DE TOLEDO | ILUSTRAÇÃO RICARDO DAVINO

Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas.” A afirmação do ministro da Educação, Abraham Weintraub, em 30 de abril, veio acompanhada de retaliação: Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade Federal da Bahia (UFBA) tiveram 30% do orçamento previsto para o ano bloqueado para despesas consideradas não obrigatórias, que vão do pagamento de bolsas a contas de luz.

Segundo o ministro, as universidades mencionadas promoveram eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas. Depois da repercussão negativa da medida, que motivou uma ação civil pública do Ministério Público Federal pelos danos causados à honra, à imagem pública e à liberdade de expressão de professores e estudantes, Weintraub estendeu o contingenciamento a todos os institutos e universidades federais do país. A redução chega a R$ 2,5 bilhões.

A educação superior é um dos setores mais pressionados no governo Bolsonaro. O primeiro ministro a assumir a pasta, Ricardo Vélez, deixou o cargo após adotar uma série de posturas polêmicas, dentre elas a de afirmar que “as universidades deveriam ficar restritas a uma elite intelectual”. Weintraub, que assumiu em 8 de abril, não é menos polêmico. Primeiro, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, em seu perfil no Twitter, que “o ministro da Educação @abrahamWeinT estuda descentralizar investimento em faculdades de filosofia e sociologia (humanas)”, e que “o objetivo é focar em áreas que gerem retorno imediato ao contribuinte, como: veterinária, engenharia e medicina”. Logo depois, vieram as alegações de balbúrdia e o contingenciamento.

A trincheira da educação está mais acirrada do que qualquer outra. Dois protestos tomaram as ruas do país em um intervalo de apenas 15 dias. Em 15 de maio, a greve do setor levou centenas de milhares de manifestantes às ruas em mais de 200 municípios. Em 30 de maio, um novo protesto. Mais de cem municípios tiveram atos em defesa da educação. No Twitter, a hashtag #MinhaPesquisaMinhaBalbúrdia fez pesquisadores compartilharem seus estudos e os resultados que já alcançaram.

A mobilização também tem ocorrido dentro do Congresso Nacional. A Frente Parlamentar pela Valorização das Universidades Federais, criada em 2013, foi reativada neste ano. Conta com a participação de cerca de 200 parlamentares, das mais diversas bancadas. Uma das integrantes é a deputada federal Margarida Salomão (PT-MG), linguista e professora universitária que já foi reitora da Universidade Federal de Juiz de Fora. Segundo ela, os conflitos políticos sempre foram uma constante na história das universidades — nos governos Lula e Dilma, por exemplo, houve inúmeras greves.

Mas ela aponta algumas diferenças nas disputas que o setor precisa enfrentar hoje. “As universidades são espaços de insurgência, a crítica é um traço fundamental na história delas. Conflito político com o MEC não é novidade; novidade é o MEC fazer guerra com as universidades. Novidade é contingenciamento vir com uma declaração de guerra”, diz.

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Veículo: O Globo

Editoria: Ela

Data: 29/06/2019

Link: https://oglobo.globo.com/ela/gente/artistas-lgbt-se-destacam-na-cena-cultural-combatem-preconceitos-inspiram-publico-23754827 

Título: Artistas LGBT se destacam na cena cultural, combatem preconceitos e inspiram o público

Da cantora de gênero fluido ao escritor que publicou livro sobre relacionamentos homoafetivos, todos levam a pauta para milhões de brasileiros

Eduardo Vanini

28/06/2019 – 04:30

Gente é pra brilhar”, já dizia Caetano Veloso. E, nesse caso, quanto mais gente, melhor. A presença de LGBTs no cenário cultural contemporâneo brasileiro tem sido fundamental para quebrar preconceitos e abrir espaço para que ainda mais pessoas se sintam retratadas. “Jovens constroem referências de si, assim como nós adultos, a partir desses ícones. A representatividade é importante para ir além daquilo que já existia sob uma linguagem heteronormativa”, afirma Roney Polato, coordenador da especialização em relações de gênero e sexualidades da Universidade Federal de Juiz de Fora, citando que essa presença nos meios culturais se intensificou na década de 1960.

As histórias dos personagens a seguir condensam um testemunho de como isso reverbera nos dias de hoje. Da cantora de gênero fluido que viu sua carreira decolar ao ser incentivada por uma colega transexual ao escritor que publicou um livro de contos sobre relacionamentos homoafetivos, todos levam a pauta LGBT para milhões de brasileiros, seja falando direta ou indiretamente sobre o tema. “Somos todos plurais, e isso está na gênese do nosso movimento”, diz o estilista e ativista pelos direitos humanos e civis Carlos Tufvesson. “O problema é que hoje a nossa sociedade caminha cada vez mais para uma etiqueta da normatividade. Por isso, é muito importante que formadores de opinião saiam do armário e possam viver a sua vida de maneira honesta.”

Majur, cantora

Foi em agosto do ano passado que o nome de Majur viralizou e chegou aos ouvidos — e olhos — de muita gente, pela primeira vez, depois de uma participação num show da banda Liniker e os Caramelows, em Salvador, onde morava antes de se mudar para o Rio. Apadrinhada por Caetano Veloso e Paula Lavigne, ela já lançou o EP “Colorir” e se prepara para divulgar o seu primeiro álbum nos próximos meses. A artista, que se identifica como não binária, não se importa de se referirem a ela como menino ou menina, e sua música aborda relações em geral, embalada por ritmos como samba, soul e reggae. A cada apresentação, a cantora e compositora, de 23 anos, aparece diante do público como um corpo político: “Levei um bom tempo até me encontrar fisicamente como estou, numa forma um pouco mais feminina e, às vezes, masculina. Como todas as minhas músicas descrevem as minhas relações, acabo servindo como referência para outras pessoas que passam por isso. Afinal, existem não binários (pessoas que não se identificam apenas com o gênero masculino ou feminino) no Brasil inteiro.”

Vencedor do Prêmio Sesc de Literatura em 2018, o livro“As coisas”, de Tobias Carvalho, de 23 anos, correu as prateleiras das livrarias do país com contos dedicados a relações entre homens. “Não tem nada de autobiográfico. São temas ue gostaria de desvendar. Falam do universo da internet e dos aplicativos (de encontro) , assuntos que me interessam”, afirma o escritor gaúcho. Ao comentar a obra, Tobias pondera que heterossexuais já tiveram muitas “elaborações” em cima de suas relações na arte, ao contrários dos gays. “Faltava um pouco do que vem depois, do cotidiano, das relações contemporâneas”, diz. Embora não tenha pensado no livro como algo com a função de dar voz a um público específico, ele reconhece que, no Brasil contemporâneo, uma obra como a sua ganha um viés político, mesmo que essa não seja a intenção inicial. “Só dese fazer arte no nosso país em 2019 já é tomar um lado”, diz.

Louie Ponto, youtuber

“Nunca fui uma menina que correspondesse aos padrões dee feminilidade. Então, sofri muito bullying dentro e fora da escola, com violências físicas e psicológicas”, recorda-se a youtuber catarinense Louie Ponto, de 27 anos. Segundo ela, viver abertamente a sexualidade de uma mulher lésbica não foi um processo fácil. Isso começou a mudar justamente depois que Louie postou seus primeiros vídeos, há 10 anos, quando viu uma rede de apoio se formar diante de seus olhos. Hoje, são mais de meio milhão de inscritos em seu canal no YouTube, no qual ela aborda temas como saúde mental e estereótipos e recebe respostas calorosas de um público vasto, incluindo pais e avós de LGBTs. “Certa vez, uma mãe me escreveu dizendo que acompanhava o canal para tentar criar o filho da melhor maneira possível”, conta.

Jade Marra, artista plástica

A vida pessoal e o trabalho da artista plástica Jade Marra, de 26 anos, estão conectados, como ela mesmo diz. “Entre 2015 e 2018, minha pesquisa se desdobrou a partir dos vários momentos da minha relação com a minha companheira, Luíza. Neste caso, em que estou falando abertamente sobre a minha intimidade e afeto por outra mulher, é inevitável que questões como gênero e sexualidade surjam”, descreve, sobre o seu trabalho que“se manifesta por meio da pintura e da presença do corpo”.

Falar sobre isso, ela diz, é uma forma de proporcionar empatia e representatividade, ao afirmar uma “vivência não hegemônica”. Nascida em Cantagalo, no interior do Rio, e moradora de Belo Horizonte, Jade já expôs no Brasil e na Alemanha e desponta como aposta no mercado de arte, o que só potencializa o seu discurso. “Acho importantíssimo uma pesquisa artística que carrega conteúdo político conseguir acessar esferas diversas. Afinal, a arte é efetiva quando consegue dialogar.”

Julia Katharine, cineasta e atriz

Receber o Troféu Helena Ignez de destaque feminino na Mostra de Cinema de Tiradentes, em 2018, foi um divisor de águas para a atriz e diretora transexual Julia Katharine. “Naquele momento, tive a certeza de estar no caminho certo, de que sou uma profissional de cinema. Até então, me sentia um pouco deslocada”, diz ela, sobre o reconhecimento recebido pela atuação como roteirista e protagonista de “Lembro mais dos corvos”, de Gustavo Vinagre. Um ano depois, a paulistana de 42 anos seria o nome por trás do primeiro filme brasileiro dirigido por uma pessoa trans lança

do no circuito comercial, o curta-metragem “Tea for two”. Ela também se prepara para rodar o seu primeiro longa, com o nome provisório de “Família Valente”. “Preocupada com a nossa situação política, comecei a pensar sobre a importância de fazer o meu primeiro longa, para que seja uma espécie de impulso para outras pessoas trans e mostre o quanto é necessário ocuparmos esses espaços específicos. O corpo trans ainda tem uma história muito pequena no cinema”, diz ela, que ouviu de muitas pessoas que “não existia espaço para uma pessoa como eu” nesse meio.

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Veículo: Globo Esporte

Editoria: Notícias

Data: 30/06/2019

Link: https://globoesporte.globo.com/mg/zona-da-mata-centro-oeste/futebol/noticia/com-a-palavra-elas-o-futebol-feminino-de-juiz-de-fora-atraves-da-experiencia-de-quem-joga.ghtml 

Título: Com a palavra, elas: o futebol feminino de Juiz de Fora através da experiência de quem joga

Atletas do futebol e do futsal feminino relatam desafios, mudanças e vivências com o esporte

Por Raphael Lemos e Bruno Ribeiro — Juiz de Fora, MG

30/06/2019 08h00  Atualizado há uma semana

“Não vai ter uma Formiga para sempre, não vai ter uma Marta, não vai ter uma Cristiane. O futebol feminino depende de vocês para sobreviver, então pensem nisso, valorizem mais. Chorem no começo para sorrir no fim”.

A mensagem de Marta após a eliminação da seleção brasileira na Copa do Mundo feminina encontrou em Juiz de Fora quem precisa desse estímulo e vive no dia a dia o desafio de manter acesa a paixão por jogar futebol. São mulheres que amam o jogo e enfrentam desde cedo obstáculos para terem acesso ao esporte que escolheram. Com diferentes origens e histórias de vida, elas ajudam a contar o que é jogar futebol para uma mulher na sociedade atual.

Embora reconheçam que o cenário na cidade esteja bem melhor em 2019 se comparado a um passado recente, as jogadoras ouvidas pela reportagem afirmam que ainda há um longo caminho a percorrer. Atualmente, Juiz de Fora conta com participação de meninas em escolinhas de futebol, competições amadoras nas categorias sub-17 e adulta, além de times tradicionais no gênero.

Começo difícil

Bárbara Bepler é uma conhecedora dessa realidade. Atual preparadora física do sub-18 feminino de futebol do Cruzeiro, ela joga futsal – que também é uma das portas de entrada para os campos – desde criança. Em 2017, conduziu um estudo como trabalho de conclusão para o curso de Educação Física na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) sobre o cenário do esporte para mulheres na cidade.

– As dificuldades de encontrar locais para praticar a modalidade e para competir são recorrentes para elas desde a infância. Na categoria adulta, da qual fazem parte hoje, temos uma possibilidade um pouco maior com relação às equipes e torneios. Entretanto, ainda assim, esbarramos em problemas como falta de organização e investimentos. O cenário do futebol é, ainda, bem diferente do futsal. Com relação ao futebol, de acordo com a vivência das atletas, não há quase nenhuma possibilidade na cidade, o que é extremamente triste porque o Brasil, de uma maneira geral, está procurando jogadoras de futebol pela obrigatoriedade na criação de categorias femininas e de base para a disputa das competições na categoria adulta masculina (casos dos clubes da Série A do Campeonato Brasileiro e dos participantes da Copa Libertadores). Como elas não têm vivência no campo, quando saem para testes, por exemplo, sofrem com as diferenças entre as modalidades. A necessidade de locais em Juiz de Fora que oportunizem essa vivência para elas é imprescindível – alertou.

Uma dessas jovens atletas perto de passar pela transição é Camila de Salles Andrade. Ela tem 18 anos e está no 3° ano do ensino médio. Ala esquerda do time de futsal da UFJF, Camila vê um cenário em que a jogadora precisa se destacar primeiro para ganhar apoio depois.

– Eu acho que é uma questão de machismo, porque o que a gente tem que fazer para ter um pouco de reconhecimento, os homens não precisam fazer nem a metade. Não tem outra explicação para isso a não ser que a nossa sociedade é muito machista.

Mais à frente nesse processo está Beatriz Marinho. Aos 23 anos, ela começou a jogar na rua quando criança e voltou recentemente a alimentar o sonho da profissionalização. Só que nem isso pode ser suficiente. Goleira do Tá Joia e da Atlética da Medicina da UFJF, Beatriz tem contato com outras mulheres que conseguiram emprego no futebol e sabe que o mercado não é dos mais rentáveis.

– Eu sempre pensei em fazer Medicina, mas não nego que ver outras meninas saírem da minha região para jogar como profissional me enchia os olhos. Mas durante a caminhada pude perceber o quanto era difícil para elas que já estavam bem no cenário nacional. Então abandonei a vontade do profissional até recentemente. Os treinamentos, os campeonatos e os resultados que obtive em Juiz de Fora me fizeram acreditar que talvez seja possível, apesar da idade. Estou alimentando essa ideia – contou a arqueira, natural de Carbonita.

Quem viveu na pele algumas das dificuldades indicadas por Beatriz foi a ala/fixo do Buscapé, Ana Beatriz Goberto. Ela por três vezes tentou a sorte em mercados maiores do futebol – Taboão da Serra, São José dos Campos e Araraquara – e colecionou frustrações. Desistiu de seguir carreira e hoje recebe para disputar campeonatos por equipes locais.

– Minha maior decepção foi em Taboão. Prometeram uma coisa e quando cheguei lá, era outra. O cara que convidou a gente era técnico mesmo, mas ele era sub-17. A treinadora de verdade sequer sabia o que a gente estava fazendo ali, quem era a gente. Na primeira semana foi ótimo. Mas ficamos dois meses sem estudar e na última semana que conseguimos escola, parecia um cortiço. Prometeram-nos um cursinho de Inglês, mas a professora era irmã do treinador e ainda estava estudando. Na alimentação, a gente comia arroz e ovo de manhã, de tarde e de noite. Quando viemos embora, deixamos algumas coisas lá e ninguém nos enviou. Saí mais duas vezes, mas me enrolaram e deixei para lá, abri mão. Desde nova que eu tento e a idade está batendo. Penso em estudar no futuro, porque no Brasil é muito difícil – lembrou a jogadora de 21 anos, que atualmente está desempregada.

Colega de time de Ana Beatriz, Nayara Ruza começou a jogar quando pequena no quintal de casa com o irmão e os primos. Aos 30 anos, a auxiliar administrativa conta que começou a viver o preconceito na adolescência quando disputou competições escolares. Natural de Cataguases, ela lembra o esforço e os constrangimentos vividos quando menina e uma constante: o custeio para jogar, que até hoje em grande parte sai do próprio bolso.

– Em Cataguases, jogávamos com meião rasgado, as camisas foram ganhas de um time masculino e tinham o dobro do nosso tamanho, mas era o que tinha. Nós íamos de estabelecimento em estabelecimento pedir patrocínio e negavam, isso quando não riam ou faziam algum tipo de piada constrangedora. As quadras não eram das melhores, os campos piores ainda, era terra batida, e isso nós vemos até hoje. Era por nós mesmas ou nada, então começamos a tirar do nosso bolso: compramos meião, bola, camisa, transporte para participar dos campeonatos, inscrição, alimentação. Foram anos assim, até que com outros treinadores e algumas atletas que começaram a trabalhar e conseguiram com o patrão algo, que passamos a ter alguma ajuda. Porém, 60%, 70% ainda saía do nosso bolso – recordou a fixo/ala do Buscapé, time de futsal fundado há cinco anos em Juiz de Fora com recursos das próprias jogadoras e que atualmente conta com patrocinadores e parceiros.

Bola ou prancheta?

Não é só no bolso que dói quando uma menina tenta jogar bola. O preconceito também ataca a autoestima e, muitas vezes, fecha portas que só vão ser abertas perto da idade adulta, o que prejudica toda a formação de base do que poderia ser uma atleta promissora com aspirações profissionais. Jaqueane Cancela é um exemplo disso. Ela joga futsal e futebol de campo pelo São Carlos e é técnica do Bom Pastor, mas só teve permissão para jogar a partir da adolescência.

– O fato da minha mãe não ter me deixado jogar antes de 2011, foi preconceito, em questão de “mulher que joga poder virar lésbica”. É um fato que não é predominante. Acontece essa escolha sexual no futebol ou futsal? Sim, mas isso não quer dizer que ela é menos ou mais feminina por jogar futebol. Ela não vai parar de usar vestido, fazer a unha ou pintar e arrumar o cabelo por isso. Mas muitos pais levam em conta isso. Quando meu pai descobriu que o meu time todo era (formado por jogadoras homossexuais), ele me proibiu de jogar. Mas isso não foi influência para mim, estava ali para jogar futebol. Depois que viram que o fator não era determinante, eles me deixaram jogar, sem qualquer preconceito.

Focada na formação como treinadora, a profissional de Educação Física cursa pós-graduação no Núcleo de Pesquisa e Estudos em Futebol da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e vive um dilema. Aos 24 anos, recebeu recentemente convites de grandes equipes do futebol brasileiro tanto para jogar quanto para integrar comissão técnica. E agora? Apostar na carreira como jogadora ou se dedicar ao desenvolvimento do esporte como técnica?

– A comissão técnica posso ter para o resto da minha vida, jogadora terei poucas oportunidades. O que quero é estar na comissão, porque não me vejo como atleta profissional. Gostaria de ter isso mais como experiência, mas me vejo mais na comissão. Eu não imaginava e isso pode acontecer, isso quer dizer que está mudando este cenário do futebol. Com cada vez mais espaço nas categorias de base, o futebol brasileiro feminino vai melhorar de qualidade, muitas meninas vão ser vistas, meninas que nunca imaginaram ser profissionais. Isso as fazem sonhar, e é incrível.

A porta de entrada para que convites como os de Jaqueane surjam está nas competições escolares e amadoras, nas quais ela acumula títulos, como da Copa Bahamas e dos Jogos Escolares de Minas Gerais (Jemg). Para a preparadora do Cruzeiro sub-18, Bárbara Bepler, a tendência de crescimento do esporte pode promover maior interesse entre as mulheres.

– A Copa Bahamas de Futsal Feminino está em andamento tanto na categoria sub-17 quanto na categoria adulta e tem sido muito abraçada pelo público de uma maneira geral. Os jogos têm atraído um bom número de espectadores e a qualidade tem correspondido, o que mostra uma evolução com relação aos treinamentos das equipes. Além disso, alguns outros torneios têm sido criados, o que oportuniza ainda mais vivências a atletas e comissões, que têm sido formadas cada vez mais por mulheres também. Cada vez mais projetos de iniciação e categorias de base têm aparecido e a tendência é que cresçam, juntamente com o interesse pela modalidade – concluiu.

As semifinais da Copa do Mundo feminina serão disputadas entre Inglaterra e Estados Unidos, na terça, às 16h, e Holanda e Suécia, quarta, às 16h. O SporTV transmite os jogos.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Publieditorial

Data: 30/06/2019

Link: https://tribunademinas.com.br/especiais/publieditoria/30-06-2019/impen-compromisso-renovado-com-o-cuidado-integral-a-saude.html 

Título: Imepen: compromisso renovado com o cuidado integral à saúde

PUBLIEDITORIAL

Em primeiro ano sob nova roupagem, a Fundação Imepen amplia seus serviços oferecendo novos programas, especialidades e exames

Por Fundação Impen

30/06/2019 às 07h00- Atualizada 05/07/2019 às 14h23

Quando o assunto envolve os cuidados com a saúde, muita gente pensa que basta ir ao médico sempre que surgir algum sintoma que afete a rotina do corpo. Em parte, isso até faz sentido, mas não seria melhor prevenir do que remediar? Descobrir quais fatores – internos e externos – podem afetar a sua saúde? É por isso que a Fundação Instituto Mineiro de Estudos e Pesquisas em Nefrologia (Imepen) segue firme com o seu propósito de oferecer um atendimento em saúde completo e multidisciplinar para que pessoas de todas idades, gêneros e classe social possam ser acolhidas e acompanhadas da maneira que precisam e merecem.

Com o fim da parceria entre a fundação e o Governo de Minas – que durante oito anos foi a responsável por realizar o atendimento a doentes renais crônicos, hipertensos e diabéticos por meio do Centro Estadual de Atenção Especializada (CEAE), antigo Centro Hiperdia -, o Imepen inovou no último ano e passou a oferecer não só novos programas de assistência como também ampliou a oferta de serviços e especialidades, escrevendo um novo capítulo em sua história, que começou em 1986. “Continuamos com a linha de cuidados a essas doenças crônicas, que foi o que motivou a Fundação Imepen. Contudo, pensando no cuidado integral à saúde, abrimos novos ambulatórios para ampliar o atendimento aos pacientes. Assim criamos três programas: Cuidhar, EmagreSer e Imepen Kids, além do novo ambulatório de ortopedia, do atendimento domiciliar e da psicologia infantil”, destaca a gerente da fundação, Tatiane Paiva.

Como a porta de entrada do Imepen atual é a demanda espontânea, por meio do agendamento de consultas, adesão aos programas ou realização de exames, outra mudança positiva observada nos últimos meses, segundo a coordenadora assistencial, Luciana Tirapani, foi a chegada de um público mais jovem, entre 20 e 50 anos. “Essa nova faixa etária nos surpreendeu bastante. Antigamente, atendíamos mais aos idosos. Inclusive, muitos pacientes de ambulatórios anteriores continuaram com a gente dentro desta nova roupagem devido ao vínculo criado com a instituição e com a equipe. Esse acolhimento ao paciente é o nosso diferencial. O atendimento ambulatorial preconiza o atendimento circular e multidisciplinar, que é muito importante para entender o processo do adoecimento do paciente, que é multifatorial”, explica.

Atendimento gratuito para quem precisa

Além dos atendimentos particulares e convênios, o Imepen continua ofertando assistência gratuita a usuários que atendam aos critérios de vulnerabilidade social. Para serem assistidos pelo ambulatório de gratuidade, o paciente precisa passar por uma entrevista com um assistente social para avaliar a sua situação. “Abordamos o critério de avaliação sócioeconômica, buscamos detectar a realidade em que ele vive dentro do contexto familiar”, pontua Luciana.

A fundação tem o interesse de ofertar aos órgãos públicos o serviço de diálise peritoneal, uma técnica de substituição da função renal de grande eficácia e que se comporta como opção para o tratamento de pacientes diagnosticados com insuficiência renal crônica, reduzindo as internações e a demanda em clínicas de hemodiálise.

Atualmente, o acesso a este recurso ocorre por meio de convênios e atendimento particular. Para esta modalidade, o paciente e um familiar ou cuidador são treinados para realizar o procedimento em casa. “Nossa equipe realiza o treinamento do paciente e também de um familiar ou cuidador. Esta terapia precisa passar por indicações clínica, social e psicológica, e o paciente continua sendo acompanhado na fundação por meio de consultas. É uma alternativa que oferta ao paciente mais autonomia e qualidade de vida”, comenta Tatiane.

Pesquisa e campanhas: a essência do Imepen

O Imepen surgiu da necessidade de apoiar as atividades acadêmicas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Mas ao longo dos seus 33 anos, conforme o diretor-executivo da instituição, Marcus Gomes Bastos, a fundação foi desenvolvendo ações próprias voltadas para o ensino, a pesquisa e a extensão. “Participamos de projetos de pesquisas em parceria com a indústria farmacêutica internacional, encontrando novos caminhos para sedimentar e consolidar o nosso papel na prestação de serviços à comunidade”, aponta. Atualmente, o Imepen possui oito projetos de pesquisa em andamento e oferta a oportunidade para que acadêmicos e pesquisadores possam colocar em prática o conhecimento obtido em salas de aula. Paralelamente, a fundação segue realizando campanhas de acolhimento à população, levando informações e esclarecimentos sobre cuidados com a saúde e o bem-estar.

Conheça os serviços oferecidos pelo Imepen

Especialidades

Angiologia

Cardiologia

Clínica geral

Endocrinologia

Enfermagem

Farmácia

Nefrologia

Nutrição

Pediatria

Psicologia (adulto e infantil)

Serviço social

Ortopedia

Programas

Cuidhar: atendimento completo multidisciplinar com médico, enfermeiro, nutricionista, assistente social, psicólogo e farmacêutico

Imepen Kids: oferece cuidados específicos para crianças e adolescentes com atendimento médico pediatra e enfermeiro

EmagreSer e Cuidhar: programa de emagrecimento e reeducação alimentar, com atendimento médico e mais cinco especialistas

Atendimentos

Clínica geral

Atendimento domiciliar para pacientes acamados, com dificuldades ou impossibilitados de se locomoverem

Psicologia voltada para os cuidados com a saúde mental e reestruturação emocional

Nutrição para quem busca melhorar a alimentação e ter mais saúde e bem-estar

Pós-bariátrica para pacientes que realizaram a cirurgia e necessitam de atendimentos específicos

Endereço: Rua José Lourenço Kelmer, 1.300/ 2º andar, Centro Comercial, São Pedro

Telefone: (32) 3216-2515

Whatsapp: 99165-0013

Site: www.imepen.com

E-mail: contato@imepen.com

Instagram: fundacaoimepen

Facebook: fundacao.imepen

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Veículo: Esquerda Online

Editoria: Notícias

Data: 30/06/2019

Link: https://esquerdaonline.com.br/2019/06/30/o-neofascismo-na-educacao-um-projeto-em-gestacao/ 

Título: O neofascismo na educação: um projeto em gestação

Um breve balanço do Governo Bolsonaro na Educação: a criminalização da educação pública

Reginaldo Costa*, de Niterói, RJPublicado em: 30/06/2019 04h04

Faixa em defesa da educação é recolocada na UFPR

“A igreja evangélica perdeu espaço na história. Nós perdemos o espaço na ciência quando nós deixamos a teoria da evolução entrar nas escolas, quando nós não questionamos, quando nós não fomos ocupar a ciência. A igreja evangélica deixou a ciência para lá e aí cientistas tomaram conta dessa área”  (Damares Alves).

A frase acima foi proferida pela atual ministra da pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, ainda em 2013. Tal como uma profecia, a pastora falava das suas convicções sobre a educação e a ciência, muito antes de chegar ao poder. O trecho sintetiza de forma eloquente apenas um viés desse governo na educação, afinal, ele é bem mais que fanatismo religioso. No entanto, para este ensaio, me debruçarei mais especificamente nos últimos acontecimentos na área da educação, que reiteram o caráter autoritário e privatista, de traços profundamente neofascistas. 

Defendo aqui, portanto, que a educação é um setor estratégico para a experimentação de práticas autoritárias que estão vinculadas a posturas neofascistas, tendo como base o obscurantismo religioso ligado aos interesses de desmonte da educação pública. Um arranjo catastrófico de proporções ainda difíceis de prever, mas busco aqui apresentar algumas reflexões sobre os acontecimentos nos últimos seis meses. 

É comum ver críticos de esquerda afirmando que o governo Bolsonaro é inábil, artesanal e que, por isso, haveria uma ausência de projeto de governo. Declarações cômicas de ministros e do próprio presidente, trocas abruptas de ministros na educação, de diretores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), medidas que atacam e logo depois são revistas comprovariam essa tese de que haveria uma grande confusão a frente do governo federal, em particular na pasta de educação. Não partilho dessa posição. Pois, se por um lado existem trapalhadas no governo, que em certos momentos até prejudicam a implementação de políticas mais estratégicas do setor empresarial da educação, por outro, acredito que sejam experimentações de uma agenda neofascista na educação. Cada movimento do governo federal na educação, portanto, não seria obra apenas da ignorância, de um jogo maquiavélico de uma cortina de fumaça fascistizante, incapacidade técnica dos seus quadros ou fundamentalismo religioso cego. Defendo que estamos diante da gestação de um projeto de sociedade neofascista, que é disputado prioritariamente na educação, que se define atualmente pela criminalização da educação pública como parte de um processo de privatização. 

Farei, nesse sentido, um breve resgate das principais medidas desse governo, desde o seu início, que coadunam a essa percepção: a de que o mecanismo fundamental de destruição da educação pública para viabilização da sua mercantilização absoluta, para oferecê-la às grandes corporações da educação, é a sua criminalização moral, ética e científica; além do seu asfixiamento orçamentário. Apresento aqui um panorama dos seis meses da gestão Bolsonaro, não como fanfarronices de uma dinastia, que chega ao governo e, deslumbrada, se lambuza com o poder. Proponho refletir sobre o balanço das suas medidas na área da educação como a gestação de um projeto neofascista, que ganha seus primeiros contornos na institucionalidade, tendo como base quatro eixos: o conservadorismo de costumes, o empreendedorismo empresarial, a perseguição à esquerda e a religiosidade fundamentalista cristã.

A criminalização da ciência e educação como estratégia privatista neofascista

No dia 15 de fevereiro era lançado o protocolo de intenções se intitulando apoteoticamente de “Lava-Jato da Educação”. O então ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, reuniu um plano junto aos ministros da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário e da Advocacia-Geral da União, André Luiz Mendonça, em que seriam realizadas investigações sobre possíveis casos de corrupção no Ministério da Educação (MEC). Tomando como base a experiência com a Operação Lava-Jato, que estabeleceu métodos criminosos para estabelecer o Golpe de 2016, tal medida poderia representar uma verdadeira caça às bruxas na educação contra opositores ao governo, no entanto, tal projeto ainda não teve nenhuma repercussão concreta ligada as suas proposições.

Parte desse ímpeto criminalizador sobre a educação também pode ser observado no comunicado oficial do MEC, no dia 25 de fevereiro. O ministro da Educação recomendou que as escolas filmassem a solenidade de cantar o Hino Nacional e realizasse a leitura do lema do governo Bolsonaro. Tal medida foi muito criticada, tendo forte resistência e uma série de vídeos de protestos foram realizados. O governo acabou recuando, mas demarcou sua intenção de promover um patriotismo autoritário nas escolas, buscando associar as experiências educacionais do período ditatorial como exitosas por causa do seu apego a pátria e a disciplina cega.  Era a tentativa de impor uma liturgia militaresca como parte de seu projeto político-pedagógico conservador. 

Outro ataque se deu no dia 1º de março, quando foi editada a Medida Provisória (MP) 873, que dificulta o desconto em folha das contribuições sindicais dos trabalhadores. Tal medida fez com que o Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO) cortasse a realização de tal serviço junto aos sindicatos, fazendo com que a receita desses caísse vertiginosamente. Todo um processo de recadastramento teve que ser operado pelos sindicatos (em alguns casos conseguiram liminares e barraram a medida do governo provisoriamente) para manter a sua receita, enfraquecendo o poder de mobilização dessas entidades, tendo em vista o contexto de lutas de resistência contra os cortes na educação, a Reforma da Previdência e outras lutas. Num contexto de intensa mobilização sindical, principalmente no setor da educação, notoriamente reconhecido como um dos setores mais independentes e combativos do movimento sindical, tal MP foi um profundo ataque no processo de organização das frentes de luta nacionais, estaduais e locais contra o governo Bolsonaro. 

Já o Decreto presidencial 9.725/2019, apresentado como moralização dos cargos comissionados, “cortando na carne” o que seria o excesso desses na máquina pública, foi responsável por cortar 13,7 mil cargos em universidades federais. Significou acabar com os cargos de direção, coordenação de cursos e as gratificações de professores para tais fins. O governo alegou que passaria de 131 mil para 110 mil cargos comissionados, o que representaria um corte de gastos de R$ 194,9 milhões ao ano. Apesar disso, o Portal Transparência, apresenta dados diferentes: o governo Bolsonaro teria 25 mil cargos a menos do que o anunciado, 106.275 cargos comissionados (até o mês de janeiro de 2019).  Ou seja, a retórica neoliberal de inchaço da máquina pública era uma falácia, mesmo para os padrões do governo. Além disso, não houve cortes dos chamados cargos de livre nomeação (DAS), em que qualquer pessoa pode ser nomeada, principalmente no primeiro e segundo escalão, mantendo assim a lógica de cargos como moeda de troca no balcão de negócios políticos do Planalto, principalmente no que se refere à aprovação da Reforma da Previdência. Além disso, a medida é completamente ineficiente do ponto de vista orçamentário, pois atinge 0,000006% do tesouro público, 3,38 trilhões. 

Por que tal medida pesa tanto sobre a educação? A educação é uma área profundamente sucateada historicamente, sofrendo sucessivos cortes orçamentários, dependendo, boa parte das vezes de cargos comissionados instáveis, pressionados por articulações políticas de grupos empresariais. Significa que tal decreto teve um peso profundo na educação, pois é a pasta com maior número de cargos comissionados, 51.220, sendo 98% ocupados por servidores públicos. Dentre as universidades federais os números de cargos cortados são: Uberlândia (433), Pará (423), Rio de Janeiro (394) Minas Gerais (391), Pernambuco (372), Santa Catarina (365), Fluminense (355), Santa Maria (353) e do Rio Grande do Sul (323). Num contexto de contenção de concursos públicos, revisão de Planos de Carreira para 2020, tal medida prejudica a parte de gestão do setor da educação. A solução administrativa, segundo o governo Bolsonaro, seria a utilização de softwares para a gestão pública e planos anuais de contratação de profissionais em regime precário, além de já haver a possibilidade de terceirização para áreas fins. Resumindo, o corte de caros comissionados foi uma ação publicitária moralista, visando pesar a mão justamente sobre a área da educação. 

O controle autoritário sobre o ENEM foi outra medida realizada no dia 20 de março. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) criou uma comissão para fiscalizar questões do Banco Nacional de Itens do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Houve promessa de Bolsonaro, ainda em 2018, de revisar as provas antes de serem aplicadas de acordo com um corte ideológico, que afastasse o suposto pensamento de esquerda sobre o sistema de avaliação. Ainda que não haja nenhuma medida concreta de fiscalização ideológica na medida do INEP, a retórica de Bolsonaro incita a naturalizar uma possível perseguição ideológica no processo avaliativo nacional e abre uma brecha para que tal comissão possa cumprir esse papel no futuro. Esse quadro de caos no INEP é acentuado com a dança das cadeiras na direção do órgão. Já foram 3 diretores exonerados até o momento.

O decreto presidencial, do dia 29 de março, apresentou mais um duro ataque ao financiamento público na educação. O corte de orçamento sobre o MEC e Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) representou R$ 5,8 Bilhões a menos nas chamadas despesas não-obrigatórias no setor de Educação. O maior corte em números absolutos comparado a todos os outros ministérios. O MCTIC perdeu 41,9% dos seus recursos. Esse corte orçamentário também se expressou no corte de bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), no dia 18 de abril, quando a entidade comunicou o fim das novas bolsas da Chamada Universal MCTIC/CNPq nº 28/2018. Eram 5.572 projetos de pesquisa, 2.516 bolsas de vários tipos, somando R$ 200 milhões. A justificativa dada pelo CNPq seria o decreto 9.741/2019, que realiza o bloqueio de orçamento. 

Até que no dia 30 de abril ocorreu um dos maiores ataques sobre o orçamento da educação pública do governo Bolsonaro. Digo isso não apenas pelo montante do corte, R$ 2 bilhões sobre as despesas discricionárias de universidades e institutos federais, mas pelos argumentos utilizados. Do ponto de vista orçamentário foi um ataque profundo atingindo 30% dos gastos não obrigatórios e a 3,5% do orçamento total do MEC referente a 2019. Em alguns casos, inclusive, esse corte chegou ao nível de 50%, como foi o caso da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS). 

Mas um lado importante a ser ressaltado é que, além do caráter neoliberal da medida sobre o orçamento na educação, o argumento inicial do ministro da Educação Abraham Weintraub era que a medida respondia a suposta “balbúrdia” de algumas universidades federais. Era um corte orçamentário sob o critério de perseguir a esquerda e a imoralidade de dentro das universidades, mostrando o quanto as motivações são mais perigosas que um ajuste neoliberal tradicional. A proposta inicial era que o corte incidisse sobre Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Nacional de Brasília (UNB) e Universidade Federal da Bahia (UFBA), que seriam as mais inclinadas a “balbúrdia”, enquanto Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) estaria sob “avaliação”. O governo federal recuou diante da indignação massiva, ampliando o corte orçamentário a todas as universidades e institutos federais, mas é importante ressaltar o quanto tal movimentação gerou toda uma disputa de narrativas sobre o papel da universidade. Fakenews foram disparadas mostrando montagens sobre as universidades públicas buscando associá-las ao uso de drogas, a promiscuidade sexual e um delirante domínio da esquerda nos círculos universitários. Tal movimentação do governo e de seus apoiadores criminalizando as universidades federais revela o quanto o ataque ao caráter público da educação é realizado sob a argumentação da perseguição política à esquerda e a uma pauta moral conservadora neofascista. 

Este ataque orçamentário contra a educação teve mais uma etapa no dia 8 de maio, quando a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) suspendeu 3.474 bolsas de pesquisa, ditas ociosas. Na verdade essas bolsas seriam reconduzidas a outros mestrandos e doutorandos. Anteriormente, houve um bloqueio de 1.324 bolsas de pesquisa, que atendiam programas de pós-graduação no exterior avaliados com nota superior a 6,0 pelo Capes, que acabaram sendo reabertas mediante pressão do setor acadêmico. 

Outra medida de cunho autoritário foi o decreto presidencial nº 9.794, de 14 de maio de 2019, que muda a forma de nomeação de cargos das instituições públicas de ensino superior. Uma medida que impede a autonomia universitária, acabando com a prerrogativa de reitores realizarem a nomeação para cargos estratégicos dentro da universidade. Abriu um espaço perigoso para que as nomeações sejam realizadas de forma impositiva e motivadas por inclinações políticas do governo federal sobre as universidades.  No dia 15 de maio o ataque do presidente Bolsonaro, definindo as universidades federais como antro dos “esquerdistas”, seguiu essa tendência, o que despertou um grande movimento de massas em defesa da educação pública nos 26 estados do país. Após a manifestação o presidente definiu os manifestantes como “idiotas úteis, imbecis e massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo de muitas universidades públicas no país”. 

Em resposta ao movimento nacional em defesa da educação, no dia 30 de maio, o MEC afirmou que iria cortar o ponto dos funcionários da educação que participassem das manifestações. Os atos tiveram grande expressão nacionalmente, no entanto, antes, o governo lançou Comunicação Social do Ministério da Educação incentivando que os pais de alunos fizessem denuncias contra as instituições de ensino que tivessem profissionais participando das manifestações. No dia seguinte, o Ministério Público Federal deu um prazo de dez dias para que a nota do MEC fosse retirada, sob a alegação de que “qualquer tentativa de obstar a abordagem, a análise, a discussão ou o debate acerca de quaisquer concepções filosóficas, políticas, religiosas, ou mesmo ideológicas – inclusive no que se refere à participação de integrantes da comunidade escolar em atos públicos – representa flagrante violação aos princípios e normas estabelecidos pela legislação brasileira.” 

Mais uma etapa de cortes em bolsas de pesquisa da Capes foi realizada no dia 4 de junho, em que se bloqueou 2.724 bolsas de mestrado e doutorado no país. Tal medida faria parte de um “contingenciamento” de R$ 7,4 bilhões na educação. O critério seria ter nota três na avaliação do Capes, algo que é absurdo, pois a nota está ligada ao tempo de existência do programa de pós-graduação ou a sua dimensão, não tendo relação direta com a qualidade. Os programas novos, boa parte deles localizados na região Norte e Nordeste seriam os mais atacados, acentuando as desigualdades regionais na produção de ciência e tecnologia nacionalmente.  

O ataque à democracia dentro das universidades já começava antes do governo Bolsonaro. Ainda no governo Temer, uma nota técnica do MEC, de 13 de dezembro de 2018, não reconhecia qualquer tipo de eleição dentro das universidades que não tomasse como base a proporção de 70% para os professores. Tal orientação fere o avanço que várias universidades realizaram no sentido de ampliar o peso eleitoral para estudantes e trabalhadores técnicos das universidades federais, garantindo a paridade. Atualmente a paridade chega a 37 das 54 universidades federais. Essa medida já abria o ensejo para que ações intervencionistas se dessem sobre as universidades federais e foi o que aconteceu. Na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), no dia 12 de junho, a professora Mirlene Damázio foi nomeada reitora foi nomeada sem nem sequer ter participado da eleição. Já no dia 17 de junho, Bolsonaro nomeou o professor Ricardo Silva Cardoso para o cargo de reitor da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), sem também ter sequer participado da eleição, enquanto o professor Leonardo Villela de Castro teve 72% dos votos. No dia 18 de junho, Luiz Fernando Resende dos Santos Anjo foi nomeado reitor da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), mesmo ficando em segundo na eleição. Até o dia 18 de junho, segundo a Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Cefet-RJ e a Universidade Federal do Ceará (UFC) aguardam a nomeação de seus respectivos reitores. 

Como apresentado, até agora, pode-se afirmar que, mesmo considerando-se as idas e vindas do governo federal nas suas decisões sobre a pasta da educação, é possível observar um projeto de educação profundamente privatista e autoritário. Isso não é um traço específico, pois já era possível observar essa cruzada ideológica contra a educação e professores, já no governo golpista anterior, em conluio com medidas que visam privilegiar o grande capital dentro das instituições públicas de ensino. O traço marcante do governo Bolsonaro, nesse sentido, não é a sua inabilidade, mas sim o teste permanente que realiza na apresentação de uma pauta ultraconservadora, que se coaduna às reformas de Estado orientadas pela austeridade fiscal neoliberal. Há uma ameaça em curso, de um projeto de sociedade de corte neofascista que asfixia a produção de ciência nas universidades, criminaliza a liberdade de cátedra e de expressão nos estabelecimentos de ensino, espalhando o medo contra os profissionais da educação. Assim, associa profissionais da educação e estudantes, que se opõem as suas ordenações, a esquerdistas e baderneiros, usuários de drogas, ao não exercício da fé cristã, ao sexo promíscuo e a homossexualidade. 

Esta é a pauta moralista que se casa ao projeto anti-esquerda e privatista. Nessa cruzada conservadora busca-se formular narrativas que desmobilizem sindicatos, ataquem a área de humanas das universidades e escolas, exerçam políticas autoritárias sobre a vida das universidades com o intuito de impedir a produção de ciência e tecnologia, o exercício da democracia e impeçam capacidade de mobilização da sociedade civil.  É a criminalização da educação via religiosidade cristã, militarismo, conservadorismo de costumes, demonização da esquerda e uma noção empresarial sobre as instituições de ensino. 

Os movimentos sociais se mostraram fortes nas últimas mobilizações contra os ataques sofridos na educação, mas ainda é preciso apresentar uma alternativa programática na educação e nas políticas públicas em geral, que seja uma contenção em defesa da democracia, do desenvolvimento da educação pública e de um novo projeto de desenvolvimento econômico autônomo. 

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