Uma pesquisa da UFJF-GV que busca prevenir a queda de idosas recebeu o prêmio de melhor apresentação oral na categoria Recursos Terapêuticos, no III Congresso Brasileiro e Internacional da Associação Brasileira de Fisioterapia Traumato-ortopédica (COBRAFITO).
O trabalho “Potencialização pós-ativação com flexão plantar monopodal é superior à bipodal para melhora aguda do equilíbrio em idosas” foi apresentado por Ilha Fernandes, estudante de doutorado da UFJF-GV no Programa de Pós-Graduação em Educação Física.
A potencialização pós-ativação é uma estratégia utilizada por atletas de diversos esportes e consiste na contração muscular voluntária prévia com o intuito de melhorar o desempenho. “Nosso estudo resolveu testar se essa estratégia é eficaz para melhora do equilíbrio de idosas. Testamos dois protocolos diferentes: em um grupo avaliamos o equilíbrio monopodal com uma plataforma de força, em seguida a idosa descia da plataforma e ficava na ponta dos dois pés até a falha da tarefa. Logo depois, a idosa voltava para a plataforma de força para avaliar o equilíbrio novamente. No outro grupo, avaliamos o equilíbrio da mesma forma, porém as idosas permaneciam na ponta de apenas um pé até a falha da tarefa e em seguida reavaliamos o equilíbrio. Após as análises percebemos que o grupo que ficou na ponta dos dois pés teve piora do equilíbrio enquanto o grupo que ficou na ponta de um pé alcançou melhora do equilíbrio”, destacou Ilha, que tem como orientadora a professora do departamento de Educação Física, Andréia Queiroz; e como coorientador o professor do departamento de Fisioterapia, Alexandre Barbosa.
De acordo com Ilha, os resultados avaliados até agora são promissores e que ainda são necessárias mais pesquisas sobre o tema para compreender, por exemplo, por quanto tempo dura os benefícios.
Integrante do Núcleo de Investigação Músculo-Esquelética (NIME), Ilha credita ao grupo de pesquisa da UFJF-GV o sucesso da tese que está desenvolvendo. “O NIME é o grupo no qual a minha inicialização como pesquisadora começou. É onde minhas bases foram e ainda estão sendo construídas. É o grupo que me ofereceu e ainda oferece todo apoio necessário para a realização das minhas pesquisas, com orientações de pesquisadores mais experientes, alunos de iniciação científica dedicados e equipamentos para coleta. Eu só tenho a agradecer a oportunidade de fazer parte desse grupo”.
Também participaram do desenvolvimento do trabalho os pesquisadores Kyssila Neiva Ferreira Tavares, Isabella Christina Ferreira e Matheus Lima Oliveira.