Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 25/05/2019
Título: Estudantes de Biologia da UFJF mostram suas pesquisas no Calçadão
Espécimes de animais e de plantas estavam expostos para a população; objetivo é aproximar a universidade das pessoas
Por Marcos Araújo
25/05/2019 às 16h19- Atualizada 25/05/2019 às 16h57
Quem passou pelo Calçadão da Rua Halfeld, no Centro, na manhã deste sábado (25), não resistiu e parou para observar a exposição de pesquisas desenvolvidas por alunos do curso do Ciências Biológicas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Espécimes de animais e de plantas aguçaram a curiosidade das pessoas, que se aglomeraram ao redor das mesas dos estudantes para saberem um pouco mais sobre a produção acadêmica dos universitários. O objetivo, segundo os alunos, foi mostrar para a população como a pesquisa que vem sendo desenvolvida no campus impacta socialmente a vida das pessoas e fazer com que os cidadãos se sintam mais próximos da universidade.
O estudante Thiago da Silva Novato, que se formou em Ciências Biológicas em 2017 e, atualmente, cursa mestrado, contou que o estudo abriu várias portas para ele, além de fazê-lo consciente acerca de diversos aspectos da vida em sociedade. O jovem levou para o Calçadão sua pesquisa, que trabalha a relação entre os agricultores e as formigas cortadeiras. “Desenvolvemos métodos alternativos junto com agricultores de movimentos sociais para controlar as formigas. Nosso objetivo é conseguir criar extratos de plantas para fazer o controle desses insetos. São métodos agroecológicos testados em laboratório, a fim de verificarmos se têm efeito repelente ou deterrente e descobrir um viés social”, relatou com entusiasmo o universitário, que também trabalha numa pesquisa sobre formigas que já começaram a nascer com os rejeitos da barragem de Mariana (MG), cuja finalidade é entender a recolonização do ambiente.
Thiago destaca que é fundamental para os cidadãos compreenderem que a universidade é um espaço democrático e que tem a função de universalizar o conhecimento. “Nossa intenção é mostrar uma ponte existente entre o conhecimento científico e o popular, porque, muitas vezes, as pessoas não conhecem o que é realizado dentro da universidade”, defende o jovem, lembrando que a UFJF tem diversos programas sociais para atendimento à população. “Por exemplo, temos o HU, que fornece vários programas de consultas gratuitas, sendo o único espaço que faz o transplante de medula óssea pelo SUS, o que é muito importante. Há vários programas odontológicos que atendem muitas pessoas também de forma gratuita. São muitos projetos de extensão. E dentro da Biologia, particularmente, há trabalhos sendo desenvolvidos para o meio ambiente, na área de biotecnologia, com conservação e manejo do meio ambiente.”
A estudante do último período de Ciências Biológicas, Layla Fonseca, que também é aluna de iniciação científica do Laboratório de Ecologia Aquática, apresentou em seu estande um pouco da água do lago do Museu Mariano Procópio. “É para a população entender qual o fenômeno que acontece naquele lago, que tem a água verde, a fim de contribuir para uma reflexão dos corpos hídricos da cidade, do Rio Paraibuna e outros reservatórios, porque a água impacta a nossa vida, já que dependemos dela”, disse a jovem.
Ela ainda pontuou a movimentação dos universitários no Calçadão tinha como maior intento levar as pessoas a enxergaram a influência dos estudos nas suas vidas. “No nosso laboratório, temos uma linha de pesquisa sobre as mudanças climáticas, e que conta com o professor Nathan Barros, que participou recentemente de um painel na ONU, sendo considerado um dos pesquisadores mais promissores do Brasil em relação a esse tema”, afirma Layla.
Mobilização nacional
O ato dos estudantes contou com a participação e organização de membros do DA do Curso de Ciências Biológicas e acompanha uma mobilização nacional de universitários para levar as pesquisas científicas para as ruas, desenvolvendo trabalhos de educação ambiental, de ecologia, sobre comportamentos e etologia. O propósito é alertar a sociedade sobre a crise que está sendo provocada pelos cortes de orçamentos para a área de educação. “Precisamos dos recursos públicos, para compra de material, condições de acondicionamentos de animais, solventes e reagentes que são caros para a realização das pesquisas. Esses cortes nas verbas têm impactos negativos, pois podem interromper esses estudos. Assim, estamos apelando para a população, mostrando o que é a universidade”, conclui o estudante Thiago.
Sensibilizada com o ato dos alunos, a secretária Hellen Dias do Nascimento, moradora do Bairro São Bernardo, era uma das curiosas a respeito dos trabalhos expostos. “Eles estão cobertos de razão em sua mobilização. É preciso vir para as ruas, mostrar o que estão estudando, o que de bom estão pesquisando para a sociedade. Eles têm todo o meu apoio”, enfatizou.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 25/05/2019
Título: Política habitacional de JF será tema de seminário
As inscrições são gratuitas e deverão ser feitas no dia do evento, a partir das 8h
Por Tribuna
25/05/2019 às 17h01
A política habitacional de Juiz de Fora será discutida durante evento direcionado a estudantes, professores e profissionais interessados nesta área de conhecimento. O seminário “Resgate à política habitacional de Juiz de Fora – Recursos e fomentos à assistência técnica” será realizado na sexta-feira (31), na Faculdade de Engenharia da UFJF. As inscrições são gratuitas e deverão ser feitas no dia do evento, a partir das 8h. A oferta é de 230 vagas.
Na programação estão agendadas palestras que irão abordar a atuação de órgãos no cenário juiz-forano como o Conselho Municipal de Habitação (CMH), a Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) da Prefeitura e a Empresa Regional de Habitação (Emcasa). Também serão discutidas questões como o direito à moradia e a lei de assistência técnica. Durante o seminário também serão realizadas mesa redonda e apresentação de trabalhos científicos.
Na avaliação da professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU/UFJF) e uma das organizadoras do evento, Letícia Zambrano, existe a necessidade de retomada do debate sobre o assunto. “Em 2009, com o início do programa Minha Casa Minha Vida, a discussão ficou estagnada, como se essa fosse a única ação possível. Mas a política envolve várias outras coisas e deve ser pensada em um modelo municipal, não federal, para que se adéque à cidade e às suas especificações.” Ela destaca que a política habitacional tem como objetivo o desenvolvimento que dá iguais condições de habitação a todos. O seminário é organizado pela FAU/UFJF, o Núcleo de Estudos em Habitação (Nehab), o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) e o projeto social Atos Colaborativos.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Painel
Data: 25/05/2019
Título: Ministro do STF encerra semana de debates em JF
Por Paulo Cesar Magella
25/05/2019 às 10h00 – Atualizada 24/05/2019 às 19h05
Começa nesta segunda-feira (27) a Primeira Semana de Integração, promovida pela Faculdade de Direito da UFJF. Durante cinco dias serão promovidos debates e seminários da instância jurídica. Serão oferecidas várias atividades simultâneas em todos os turnos. O evento termina na sexta-feira, no Cine Central, a partir das 18h30, com uma palestra do ministro Luiz Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal. Ele vai falar sobre “Um olhar sobre o mundo e sobre o Brasil”.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 25/05/2019
Título: Pesquisadora fala sobre o crescente papel das redes sociais na discussão política
Em entrevista à Tribuna, a pesquisadora e professora Patrícia Rossini comenta sobre a utilização constante de ferramentas como o Twitter pelos presidentes do Brasil e dos EUA
Por Tribuna
25/05/2019 às 17h02
O crescente papel das redes sociais na discussão política mundo afora foi tema de debate no programa Pequeno Expediente da Rádio CBN/Juiz de Fora, na última quinta-feira (23), com a pesquisadora Patrícia Rossini. Como exemplo, a professora da Universidade de Syracuse, nos Estados Unidos, comentou sobre a utilização constante de ferramentas como o Twitter pelos atuais presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), e o norte-americano, Donald Trump. Com um currículo extenso, com doutorado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e mestrado em Comunicação e Sociedade pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFMG), Patrícia dedica suas pesquisas à análise de ferramentas como Twitter, WhatsApp e Facebook e está de mudança para a Inglaterra, onde vai lecionar no Departamento de Comunicação e Mídia da Universidade de Liverpool. Você confere abaixo alguns trechos da entrevista concedida aos jornalistas Paulo César Magella e Renato Salles.
Tribuna – Temos nos EUA e no Brasil presidentes que tuítam praticamente todos os dias. Qual o alcance desta ferramenta hoje?
Patrícia Rossini – Segundo dados do IBGE de 2018, o Brasil tem cerca de 126 milhões de usuários de internet. Destes, aproximadamente nove milhões estão no Twitter. Ou seja, menos de 10% dos usuários estão no Twitter. No caso dos Estados Unidos, cerca de 20% da população estão no Twitter. Apesar destes percentuais, as pessoas que estão no Twitter tendem a formar uma audiência mais especializada. São muitos jornalistas e muitos formadores de opinião. São pessoas para quem estes líderes falam para pautar. O Donald Trump tuíta todo dia e, enquanto muitos americanos não estão no Twitter, todos jornais acabam repercutindo este tuíte. O mesmo tem acontecido no Brasil. O Bolsonaro tuíta e, em pouco tempo, todos estão repercutindo. O brasileiro médio não precisa estar no Twitter para acompanhar esta discussão.
– Sobre a atuação dos chamados “robôs”, o quanto estes perfis podem ser prejudiciais para as discussões políticas em um momento de polarização de ideias como o que estamos vivenciando?
– As contas automatizadas no Twitter têm sido combatidas. Sobretudo a partir de 2016, com a revelação da influência russa nas eleições norte-americanas. Desde então, o Twitter tem trabalhado com mais afinco para limitar a atuação destas contas, principalmente pelo fato de que, dentro das plataformas de redes socais que temos hoje, o Twitter é a mais aberta para o desenvolvimento de aplicativos. Assim, qualquer pessoa com um pouco de conhecimento consegue programar com robôs. Apesar de não serem contas muito conectadas, não tendo portanto muito alcance, elas trazem o problema da amplificação. São contas que ficam retuitando determinados comentários para que o alcance deste conteúdo seja ampliado. Também são de comportamento reativo, programadas para responder outros tuítes que falem de determinado assunto, e, assim, espalhando informações falsas, por exemplo. Esta conta pode ter uma atuação bastante danosa, como silenciar contas legítimas, bombardeadas por contas automatizadas.
– Qual o antídoto para combater as fake news?
– No caso do Whatsapp, há um problema de ordem técnica. As mensagens são todas encriptadas. Isto significa que nem o Whatsapp é capaz de identificar o conteúdo que está circulando entre os usuários. No Brasil, alguns órgãos criaram canais para responder as notícias falsas que circulam. Por outro lado, o Facebook e o Twitter são capazes de filtrar mensagens de um link sabidamente falso, por exemplo. No Wahtsapp, isto não é possível. O que ele tem feito é tentar limitar a difusão massiva, reduzindo tanto o número de pessoas para as quais se pode encaminhar uma mesma mensagem quanto o número de pessoas em um determinado grupo, por exemplo. Na prática, o que o Whatsapp tenta fazer é coibir a circulação de todos os tipos de mensagens e evitar que elas viralizem. Mas é claro que isto ainda pode acontecer. E, de fato, acontece. Nas eleições de 2018 no Brasil, o Whatsapp chegou a identificar comportamento supostamente robotizado, bloqueando diversas conta. A forma como se deu a identificação e o bloqueio não foi pelo conteúdo, mas pelo perfil de ação registrado pelo servidor, muitas vezes, em velocidade maior que seria compatível com a ação de seres humanos.
– É possível dizer que as redes sociais definiram, de fato, o resultado das eleições tanto no Brasil, como nos EUA?
– É muito difícil traçar esta relação. Influenciou de qual maneira? Qual seria a parcela da população que confia em redes sociais para se informar? Qual seria a parcela da população que usa rotineiramente estas ferramentas? Portanto, eu não falaria em influência no resultado eleitoral. Mas é claro que, quanto mais adotadas estas ferramentas são, isto afeta a dieta de informações que as pessoas recebem. Para pessoas que se informam por outros meios, o Whatsapp, talvez, não seja tão influente. Mas para pessoas que não estão habituadas a buscar notícias e que, durante o processo eleitoral, recebem mais informações políticas pelo aplicativo, é possível sim que tenha ocorrido uma influência. Já no caso dos Estados Unidos, temos um pouco mais de dados sobre as influências que aconteceram – como o uso de anúncios no Facebook direcionado a populações mais vulneráveis. Por exemplo, falar sobre migração diretamente com pessoas que estão desempregadas e vivem na fronteira dos Estados Unidos com o México e pensam que os mexicanos estão tirando os empregos dos americanos. Há formas sofisticadas de abusos das redes sociais, mas é sempre muito difícil traçar qualquer tipo de relação causal entre o volume de uso das redes sociais nos ciclos eleitorais e o resultado final do processo.
– O que esperar daqui para frente, nas próximas eleições, tanto em 2020, nos EUA, quanto em 2022, no Brasil?
– O Brasil quando começou a utilizar as redes sociais em campanhas eleitorais, talvez, a partir de 2010, quando o Twitter já era utilizado, passou a ter uma série de legislações, que, na época, ficaram conhecidas como minirreforma eleitoral, para regulamentar o uso das redes. Isto torna o caso do Brasil diferente da experiência americana. Aqui (EUA) as campanhas são muito menos reguladas em termos de como podem direcionar os recursos financeiros e o que é ou não visível. Desde 2016, com a descoberta de influência russa e de possíveis abusos no uso das redes, têm sido discutidas mudanças na legislação. Mas, nos Estados Unidos, as leis para coibir o abuso no uso destas ferramentas ainda possuem uma dimensão pequena. No Brasil, é muito maior. O que acho que vai acontecer é uma preocupação maior com a regulamentação para evitar abusos. O grande desafio é refletir como nosso sistema, sobretudo o Legislativo e o Judiciário, vai responder às ameaças que são novas e inerentes ao uso deste tipo de ferramentas.
– A opção dos líderes políticos de utilizar o Twitter como uma ferramenta direta de contato com a população, deixando de lado veículos de comunicação, pode fomentar um cenário de polarização e prejudicar a discussão na busca por um país melhor com base nas soluções consensuais?
– A questão do Twitter é justamente esta. Você está falando para dois públicos. Primeiro, para uma elite formadora de opinião. Segundo, para um público fã, que te segue e te acompanha. Este discurso da lacração vai em duas vias. No caso do Trump, por exemplo, toda a exposição de mídia gratuita que ele ganhou nas eleições de 2016 foi porque tudo o que ele dizia no Twitter era tão fora do esperado, que todos os jornais acabavam reportando. Ele não era o único dos mais de 20 candidatos que estava usando o Twitter. Mas ele era o único que usava a ferramenta de forma menos convencional, para lacrar. Coisas semelhantes têm acontecido no Brasil. Perde-se muito quando não se tem lideranças políticas que não são abertas ao diálogo com a imprensa. Podemos inferir porque eles não querem. É muito mais fácil pegar um megafone e dizer o que quer fazer, sem ter que responder sobre como vai fazer aquilo ou responder perguntas sobre controvérsias do seu Governo. Quando se utiliza o Twitter, o político não tem mediação alguma, sem risco de a imprensa reportar aquela fala em uma contextualização que ele não quer que ela faça. Ele simplesmente está falando para seus fãs aquilo que eles querem ouvir e ainda pautando a imprensa com aquilo que ele quer pautar. É preocupante esta tendência, pois significa um fechamento destas lideranças para um discurso público um pouco mais qualificado e para uma imprensa mais capaz e livre para questionar, o que acaba alimentando os discursos de bolha.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Especiais
Data: 25/05/2019
Título: A brincadeira radical de Adriano e sua Escuderia Papaléguas
Nostálgico, Adriano construiu dois carrinhos de rolimã para os filhos e não parou mais. Hoje ele é referência na cidade e região, presidente de uma escuderia e dono de mais de 50 exemplares
Por Mauro Morais
25/05/2019 às 18h09- Atualizada 25/05/2019 às 18h10
Radical era descer no chão de terra molhada, com o barro respingando na roupa e na pele. Radical era descer de frente ou de costas, deitado, com o coração aos pulos e um frio na barriga. Radical era driblar os pais para que não vissem os machucados causados nas ladeiras. Para Adriano Cristino da Silva, radical, hoje, continua sendo parar o carrinho girando, fazendo a manobra de drift, sem usar o freio, mas, principalmente, dominar o rolimã na segurança da experiência. E tudo isso em sua “Ferrari” construída toda com peças recicladas. Pintado de vermelho, o carrinho de Adriano tem os rolamentos doados por oficinas mecânicas. A proteção lateral, que simula o ferro de um kart, é feita com um suporte de varal para roupas. O assento é uma velha cadeira vermelha. A estrutura, na mesma cor, é um ajuntamento de antigas portas e cadeiras de madeira. “Todo mundo cobiça andar nele, pela estabilidade que tem, pela velocidade que atinge e pela segurança que dá”, conta o homem de 42 anos e mais de 300 carrinhos construídos, 52 deles de propriedade de sua pioneira Escuderia Papaléguas de Rolimã.
“O rolimã raiz é madeira e rolamento, não tem muitas peças de ferro. O freio é um pedaço de alavanca que faz atrito no chão. Hoje em dia fazemos tipo um trem de pouso, em cada lado, com a borracha de um pneu. Antigamente eu usava martelo e prego do meu pai. Pegava serrote, madeira e arrumava uma pregação, fazendo de qualquer jeito. Com as condições de hoje, dá para fazer um carrinho de melhor qualidade”, diz ele, que neste domingo (26) realiza o 10º Encontro de Carrinhos de Rolimã, das 15h às 17h, na rua que dá acesso ao depósito do Carrefour. “O evento serve para reunir famílias, tirar as crianças da frente da televisão e dos celulares. As pistas que escolhemos são de baixa velocidade, há o risco de queda, mas é preciso seguir as instruções que damos de segurança e equilíbrio. Procuramos vias sem fluxo de carro”, explica o corredor, que oferece 20 de seus exemplares para que as pessoas aprendam ou se exercitem sob três rolamentos.
Como correr na rua
O cenário era o mesmo de sua infância, mas as ruas já estavam asfaltadas quando Adriano, pai de Arthur, de 18 anos, e Adriano Júnior, 11, resolveu construir um carrinho de rolimã. “Era só uma brincadeira, para a gente se distrair na rua. Era uma coisa diferente, da minha época. Fiz primeiro para o filho mais novo, ele gostou e, depois, fiz para o mais velho. De repente a galera foi se reunindo na minha rua, que é sem saída. E eu fui construindo os carrinhos de rolimã para eles. Quando a turma aumentou, começou minha dor de cabeça”, lembra ele. Desde o início Adriano estipulou condições, horários e formas para a turma se divertir com o brinquedo que causa muito barulho. Mas o grupo cresceu a tal ponto que o som tornou-se insuportável. E das ladeiras do Bairro Retiro, o homem passou a pesquisar outra vias, em loteamentos e bairros em construção, tal qual o Alphaville. Era outubro de 2015 quando a história começou, mesmo ano em que se realizou o 1º GP de Carrinho de Rolimã, promovido pela UFJF. Hoje, com sua escuderia, Adriano participa dos campeonatos brasileiro e mineiro de rolimã. Na semana passada, a etapa mineira foi em Lavras. E ele já correu no Rio de Janeiro, em Volta Redonda e na vizinha Chácara. Em Brumadinho, lembra, desceu os 3km de uma serra. “O pessoal conseguiu uma velocidade de 95km por hora. Eu devo ter atingido uns 70km. Não me arrisquei, até porque tenho família para cuidar”, brinca. “Os carrinhos numa categoria mais avançada chegam a 100km por hora. O risco é enorme também. E a proteção tem que ser maior. Usamos capacetes, luvas, cotoveleiras. Quanto mais equipamentos, melhor”, conta ele, dizendo nunca ter sofrido uma queda grave. “Só ralados”, ri.
Como jogar bets
A turma era grande: seus cinco irmãos, mais alguns primos e muitos vizinhos. Filho de uma doméstica e de um caminhoneiro, Adriano já “pilotava” um rolimã aos 6 anos. Ele e todos os outros. “Tinha muitas brincadeiras que hoje em dia já não fazem mais. Minha rua inteira se reunia, e a gente jogava bola, bets, pique-bandeira, um montão de outros jogos que não precisa ter muita coisa. A televisão, na minha época, eram poucos que tinham. Celular, nem pensar. Tínhamos mais tempo para brincar durante o dia. O rolimã era o mais radical. E as ruas eram de terra batida. Por isso precisávamos de rolamentos enormes para descer pequenas ladeiras. A gente se virava da maneira que podia, atrás de oficinas para conseguir rolamentos e brincar”, resgata ele, que estudou em escolas próximas de casa e fez o curso técnico de informática e foi trabalhar como auxiliar administrativo. Há oito anos atua como vigilante noturno, das 19h às 7h, numa pousada no Bairro Aeroporto. Os tempos de folga usa para cuidar da escuderia. A esposa Ana Célia reclama. “No início ela curtia um pouco, mas agora fico muito tempo cuidando do rolimã”, reconhece o homem, certo de que a brincadeira exige mais do que coragem. “Quando uma criança vai andar com a gente, a primeira sensação é a do medo, na primeira volta. Na segunda, passa a perder o medo e, na terceira, começa a abusar. Por isso, nós, na escuderia, conscientizamos as crianças e também aqueles adultos que chegam achando que já sabem andar. Vamos para o 10º encontro sem que ninguém tenha se machucado”, orgulha-se ele, contando que, ao término dos encontros, como maneira de comemorar e aproveitar o entusiasmo, segue com outros profissionais para outro rolé, em morros mais íngremes, onde alcançam velocidades maiores.
Como soltar pipa
A vida era outra. “Para mim, o rolimã é um lazer, que uso para desestressar. Antes do rolimã eu não me divertia. Era só trabalhar, trabalhar e trabalhar. Eu tinha pouco tempo com meus filhos. Muita gente do grupo tinha um quadro depressivo e levou a brincadeira como uma forma de alívio, de melhorar a vida e ter bem-estar”, defende Adriano, sobre a prática que gera adrenalina na rápida descida e exige preparo físico na longa subida, com o carrinho nas costas. Numa das recentes competições de que participou, Adriano foi desafiado pelos filhos, que alegavam que ele estava sem preparo. Bastou pegar embalo, e logo ele deixou todos de sua escuderia para trás. “O que conta é a experiência”, garante, sorrindo, vestido numa camisa com o nome e a logomarca da escuderia. “Fiz muitas amizades no rolimã e também um nome. Hoje sou uma referência em Juiz de Fora num esporte que está em ascensão em todo o Brasil. Mudou meu estilo de vida”, conta ele, citando Belo Horizonte como um polo por suas mais de 40 equipes. “Em Juiz de Fora tem períodos com poucos adeptos e, em outros, chovem pessoas procurando o rolimã. É sazonal como o papagaio”, compara, na mesma nostalgia que o levou a unir madeiras e rolamentos para mostrar aos filhos o que o passado guarda de bom.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 25/05/2019
Título: Alça de viaduto poderá reduzir linhas de ônibus na Getúlio Vargas
Projeto em estudo na Settra pretende desafogar a via, uma das mais importantes de Juiz de Fora, atualmente comprometida com problemas que só se intensificam
Por Leticya Bernadete
25/05/2019 às 17h03- Atualizada 25/05/2019 às 17h04
A conclusão da alça do Viaduto Augusto Franco, no Centro de Juiz de Fora, deverá reduzir significativamente o número de ônibus urbanos que circulam pela Avenida Getúlio Vargas. Um estudo em andamento pela Settra avalia que parte das 170 linhas que hoje circula pela avenida poderá mudar o itinerário, seguindo em direção ao Centro a partir da Avenida Brasil, passando pelo viaduto até alcançar a Avenida Francisco Bernardino. A novidade foi anunciada para a Tribuna esta semana, enquanto o jornal fazia levantamentos sobre os problemas graves de mobilidade e acessibilidade da via. Na verdade, a reportagem constatou que o intenso fluxo de veículos e de pessoas na avenida é apenas um dos cenários que reforça a necessidade de revitalização da Getúlio Vargas, uma das mais importantes da região central de Juiz de Fora. Entre os problemas apontados estão a alta concentração de ambulantes, muitos deles irregulares, além da poluição visual e ausência de arborização adequada, que faz da Getúlio Vargas uma das áreas mais quentes da cidade.
Além do evidente impacto no trânsito, a concentração de 170 linhas de ônibus na via também resulta em maior número de pedestres sobre ela. Muitos deles, aliás, não teriam que passar pela avenida, mas são obrigadas em razão dos pontos de embarque e desembarque para diversas regiões da cidade, como distritos, Cidade Alta, zonas Leste, Nordeste e, principalmente, a região Norte. Ou seja, a ideia divulgada pela Prefeitura, através da Settra, é agir no trânsito para reduzir a dependência pela Getúlio Vargas. A intenção de reduzir o número de ônibus na Getúlio Vargas também poderá trazer impactos positivos para o entorno, como a própria Avenida Rio Branco. Isso porque o tráfego em direção ao Centro seria feito pela Avenida Brasil, onde existe a intenção, também, de se criar faixas exclusivas para o transporte público desde a Rua Marechal Setembrino de Carvalho até a Rua Halfeld. “Na Avenida Brasil, os coletivos teriam a possibilidade de ter um ponto de ônibus adequado nas proximidades da Rua Halfeld, para a pessoa já descer na região central”, explica o secretário de Transporte e Trânsito, Eduardo Facio.
Para a implantação das faixas exclusivas, a Settra diz ser necessário aguardar as obras de despoluição do Rio Paraibuna, que ainda promove ações pontuais às margens do Rio Paraibuna. Conforme anunciado pela Cesama no dia14 de maio, 85% dos trabalhos de implantação das redes interceptoras de esgoto na via já foram concluídos. “Temos uma quantidade de linhas concentradas na Getúlio. Passando algumas para Avenida Brasil, vamos dividir isso”, reforça o gerente do Departamento de Estudos e Projetos de Transporte e Trânsito, Marcelo Valente.
Prioridade para o transporte público
Ao longo das últimas décadas, mais de uma ideia foi defendida para resolver as questões que envolvem a Avenida Getúlio Vargas. O mestre em Engenharia de Transporte José Luiz Britto Bastos, consultado pela reportagem antes da informação divulgada pela Settra, disse que outra hipótese seria priorizar o transporte público na avenida, mas reduzindo assim o número de veículos particulares. “A avenida precisa, obviamente, de um projeto novo. Precisa de um projeto que retire essas linhas de ônibus que param ao longo das calçadas. Eu, por exemplo, colocaria os ônibus no centro da avenida, em uma plataforma, para retirar das calçadas aquele volume de pessoas que estão esperando os coletivos. Isso seria muito bom porque liberaria as calçadas para os pedestres que não vão embarcar. Isso traria melhor organização para a Getúlio Vargas.” A prioridade ao transporte público é uma tendência mundial, de acordo com o especialista. Em janeiro deste ano, Juiz de Fora possuía 269.769 veículos emplacados, conforme dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Mas além deste volume, a cidade, por ser polo regional, ainda possui grande fluxo de veículos emplacados em outros municípios, mas que circulam por suas vias diariamente.
Com o número alto de carros e motos, a mobilidade urbana no município deve ser repensada, na avaliação de Britto. “Você tem que retirar, aos poucos, os automóveis das vias, o máximo que puder, para que possamos melhorar a mobilidade urbana. Automóvel é um problema sério no mundo inteiro, e o mundo inteiro está restringindo cada vez mais o seu uso.”
Terceira faixa testada
Em 2013, a Settra cogitou a possibilidade de implantação de uma terceira faixa exclusiva para o transporte coletivo na Avenida Getúlio Vargas, deixando apenas uma para os demais veículos. Na época, a medida foi testada por um dia, mas causou efeito cascata em todo o trânsito da área central de Juiz de Fora, com retenções que exigiu dose extra de paciência dos motoristas. Mesmo assim, o resultado obtido foi de aumento da velocidade média dos coletivos.
Mobilidade toda comprometida
Nas últimas décadas, a Prefeitura apresentou, mais de uma vez, projetos de revitalização da Avenida Getúlio Vargas, mas nenhum, de fato, chegou a ser concretizado. As concepções permeavam sempre a necessidade de dar mais conforto aos pedestres, com a readequação dos pontos de ônibus e a retirada dos vendedores ambulantes para um possível camelódromo. A ideia de mudança estrutural mais recente existe há nove anos, quando o município solicitou recursos ao Governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para uma série de adequações, como novas estruturas para pontos de ônibus e remoção total dos vendedores ambulantes na área.
Entretanto, de acordo com o gerente do Departamento de Estudos e Projetos de Transporte e Trânsito, Marcelo Valente, o projeto de remodelação da Avenida Getúlio Vargas, por meio do PAC, não será mais possível. “Em 2010, nós demos entrada de solicitação no PAC. De lá para cá, o programa foi encerrado pelo governo Michel Temer”.
A Tribuna entrou em contato com diferentes ministérios do Governo federal para averiguar a situação do programa. Porém, nenhuma informação sobre o PAC foi disponibilizada. No site oficial do programa, onde são encontradas as propostas atendidas em todo o país, o projeto de remodelação da Getúlio Vargas não é listado.
As questões envolvendo a Avenida Getúlio Vargas são motivos de insatisfação dos juiz-foranos, principalmente aqueles que precisam acessar a via diariamente. Neste grupo, destaca-se, por exemplo, os moradores da Zona Norte, que têm a maioria dos pontos de embarque e desembarque no Centro na via. Entretanto, as reclamações não são exclusividade destas pessoas. “Problemas aqui não faltam. Trânsito muito embolado e passeios ocupados por bancas de camelôs” relata o aposentado Luiz Carlos Silva, 60 anos, que embarca para o Bairro Grama, Zona Nordeste, em um dos pontos localizados na avenida. “Essa Getúlio Vargas está precisando melhorar muito”.
Do lado esquerdo da via, de quem segue da Avenida Rio Branco em direção à Avenida Itamar Franco, os pedestres precisam dividir o espaço do passeio com o comércio ambulante. Levantamento feito pela Tribuna no dia 10 de maio, entre 11h e meio-dia, apontou 50 ambulantes na via. Destes, metade estava em bancas nas áreas de estacionamento, fora das calçadas, enquanto outros 25 ocupavam os espaços voltados aos pedestres, comprometendo a mobilidade, principalmente dos idosos e dos deficientes físicos. Em ambos os lados, o piso irregular dos passeios se torna mais um risco para os pedestres. Para Maria Imaculada Duarte, de 52 anos, usuária das linhas de ônibus que atendem o Bairro Nova Benfica, região Norte, a mobilidade é um problema grave. “O piso está desregulado. Já vi gente que, na pressa, acaba tropeçando e se machucando”, conta.
Além disso, quem caminha pela via também sente falta de faixas mais próximas para travessia, o que acaba incentivando a imprudência. Por exemplo, cerca de 200 metros separam os semáforos e faixas localizadas nos cruzamentos da avenida com as ruas Marechal Floriano Peixoto e Batista de Oliveira, o que leva muitas pessoas a se arriscarem e atravessarem em meio aos veículos.
Faixas de travessia
De acordo com o titular da Settra, Eduardo Facio, a ausência de mais faixas de travessia passa por uma “questão de segurança”. Isso porque, segundo ele, a faixa é indicada quando existe alto volume de pessoas e a real necessidade de travessia. “As situações mais seguras são sempre nos cruzamentos com outras ruas, que eu tenho a retenção dos veículos na outra via, antes deles adentrarem a próxima quadra. No meio de uma quadra, não é indicado colocarmos uma travessia.” Sobre os passeios, ele disse que há projetos em andamento, dentro da possibilidade financeira da Prefeitura. Uma das ideias é a de implantar rampas de acessibilidade nas calçadas e travessias de pedestres na extensão da via, assim como está sendo feito na Avenida Rio Branco. “Estamos terminando o projeto, que vai ser licitado ainda esse ano, para que todas as rampas de acessibilidade nas calçadas e travessias nos cruzamentos com a Getúlio sejam feitas.”
Próxima do ‘caos urbano’
Com tantas questões envolvendo a Avenida Getúlio Vargas, a via “se aproxima muito do caos urbano”, de acordo com o arquiteto e urbanista Paulo César Lourenço. Na sua avaliação, além do grande volume de veículos que transita diariamente pela avenida, outros fatores contribuem para o impacto na mobilidade, especialmente dos pedestres.
“As calçadas são insuficientes e, sobre elas, existe um comércio ambulante que compromete pelo menos 50% da circulação. Então aquilo que já não era adequado, fica pior ainda”, justifica o especialista. O comércio ambulante afeta, inclusive, as áreas voltadas para carga e descarga na avenida, como foi denunciado pela Tribuna em abril de 2019.
A qualidade do espaço na Getúlio Vargas também está aquém do aceitável, segundo o arquiteto. Pouca arborização e más condições de iluminação impactam a mobilidade. “É uma avenida onde você tem calçadas deficientes, seja no seu piso ou na possibilidade de circulação de pedestres, onde a iluminação pública não é adequada para as calçadas e para a via, e onde não tem nada de arborização.”
Poluição visual
Somados ao comércio, de maneira geral, a via é afetada por poluição visual, como cita Lourenço. “Você tem todos esses fatores que contribuem para uma situação bastante comprometedora da Avenida Getúlio Vargas. Um projeto mais amplo de intervenção poderia garantir, minimamente, uma padronização de letreiros ou até mesmo a proibição deles. Existem inúmeros imóveis na via que são tombados e que não permitem qualquer tipo de sinalização. A revitalização, conforme anunciado, seria o primeiro passo para reduzir os problemas. E a partir disso, seria preciso melhorar a condição para que os pedestres circulem, ou seja, aumentando as calçadas. O problema sempre é muito mais amplo e deve ser tratado de maneira mais ampla.”
Mais de 1.300 itens foram apreendidos na Getúlio
Na última terça-feira (21), a Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (Semaur) promoveu operação com a Polícia Militar que resultou na apreensão de mercadorias comercializadas de maneira irregular na avenida. Conforme a pasta, 1.368 itens, como meias, frutas, óculos, maços de cigarro, pacotes de papel de seda, entre outros, foram apreendidos. Os produtos não passíveis de devolução, como as frutas, foram doadas na quarta-feira (22) para instituições filantrópicas.
Em nota, a Semaur reforçou que promove, regularmente, a fiscalização dos comércios nas vias de Juiz de Fora, por meio das rondas fiscais, realizadas de forma rotineira. “O objetivo é coibir os excessos e identificar irregularidades. O trabalho, que é ostensivo, busca garantir o ordenamento urbano.” Em 2018, em Juiz de Fora, 9.698 unidades de frutas diversas, como caquis, bananas, laranjas e maçãs, foram apreendidas e doadas. A fiscalização no ano passado também culminou na apreensão de cerca de 11.671 itens diversos entre meias, mídias (cds e dvds), brinquedos, cuecas, ferramentas, fones de ouvido, isqueiros, óculos, pano de chão, pentes, roupas, sombrinhas, etc. Enquanto em 2019, cerca de 4.282 unidades de frutas e 6.326 itens diversos foram apreendidos. Também neste ano, dois estabelecimentos – usados clandestinamente como depósitos de frutas – foram interditados pela Semaur.
Getúlio mais quente que outras áreas
Além das questões envolvendo a mobilidade, quem transita pela Avenida Getúlio Vargas também enfrenta incômodo relacionado ao excesso de calor. Isto porque, em determinados momentos do dia, a diferença de temperatura entre a via e o Campus da Universidade pode chegar a sete graus. Foi o que apontou estudo feito em 2014 pela coordenadora do Laboratório de Climatologia da UFJF, Cássia Ferreira. Ao longo dos anos, os registros de temperatura na via foram mantidos e, segundo a especialista, há uma tendência à piora.
“Cada vez mais prédios ocupam as áreas e ficam mais altos. Não tiveram, em hora nenhuma, plantio de árvores, principalmente na Getúlio Vargas, que é uma avenida onde há circulação predominante de veículos poluidores, como os ônibus. Na verdade, houve piora na situação.”
Ilhas de calor
A arborização é um ponto que afeta diretamente a temperatura. Levantamento realizado pela Tribuna demonstrou que, ao longo da Avenida Getúlio Vargas, entre as ruas São Sebastião e Santa Rita, onde há maior concentração de pessoas, há somente oito árvores. “A arborização minimiza a quantidade de radiação que está chegando à superfície. Ela provoca um sombreamento e, consequentemente, uma amenização das temperaturas. Então a ausência dela faz com que tenha ainda mais aquecimento”, explica Cássia.
A questão soma-se a outros fatores que impactam na temperatura da via, como o uso de ar-condicionado, que gera aumento no gasto energético, e o processo de verticalização, ou seja, prédios cada vez mais altos. “Isso faz com que a energia que incide sobre aquela área fique armazenada ali dentro, provocando, consequentemente, temperaturas mais elevadas. Isso se associa, ainda, ao calor antrópico, relacionado aos combustíveis fósseis que fazem funcionar os motores dos automóveis. Essa poluição fica mais concentrada nesses ambientes, criando ilhas de calor naquele trecho.”
As ilhas de calor trazem reflexos em suas áreas. “Isso gera um desconforto térmico muito grande, com um estresse maior da população”, explica Cássia. O fenômeno afeta, ainda, a distribuição de chuvas, tornando-as mais fortes e localizadas no perímetro urbano.O que ocorre na Avenida Getúlio Vargas afeta grande parte do Centro, no triângulo formado entre a via e as avenidas Itamar Franco e Rio Branco. Conforme a pesquisadora, a área é a mais quente de Juiz de Fora. O estudo desenvolvido por Cássia diz respeito à instalação de termômetros em pontos distintos da região central.
Estudo de arborização
Em nota, Semaur informou que está realizando reuniões com parceiros, além de estar em fase final de elaboração de um convênio firmado com a UFJF para implantação de determinadas ações da Política Municipal de Arborização Urbana. Juntamente com a Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), foi analisado um estudo realizado pela universidade, que identifica as áreas mais necessitadas de arborização em Juiz de Fora. Esses locais serão priorizados para receber próximos plantios. “A Política Municipal de Arborização Urbana, que entre outras inúmeras questões, busca inventariar o quantitativo e qualitativo da arborização viária e urbana do município de Juiz de Fora, retratando a situação atual, para que os trabalhos possam ocorrer pautados pela melhor técnica, desde a avaliação do local do plantio, passando pelos tratos culturais de preservação da espécie nativa plantada, bem como o seu manejo e o consequente incremento da vegetação, substituição de indivíduos arbóreos inadequados para determinado local e o efetivo plantio nas áreas desprovidas de vegetação, tornando a cidade mais verde e mais agradável”, explicou o texto.
Segundo a Semaur, já houve o plantio de 250 árvores nativas da Mata Atlântica às margens do Rio Paraibuna, de um total de 400. O restante ainda será plantado. Além disso, foi realizado o plantio de cerca de 50 mudas, também de espécies nativas da Mata Atlântica, na praça do Bairro São Judas Tadeu. Outras 20 mudas foram plantadas no Bairro Granbery, na Rua Batista de Oliveira e em escolas municipais, entre outros locais.
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Veículo: R7
Editoria: Distrito Federal
Data: 25/05/2019
Título: Jornalista lança livro sobre relação dos smarphones com filmes do século 19
O jornalista e pesquisador Adriano Chagas lança no próximo dia 7 de junho, sexta-feira, às 19h, no Sebinho Livraria Cafeteria e Bistrô no bairro Asa Norte, em Brasília, o livro A Imagem Portátil: celulares e audiovisual.
A obra discute as imagens geradas, compartilhadas e exibidas em telefones celulares. Em três capítulos e 147 páginas, o autor usa a filosofia e o pensamento dos principais teóricos do audiovisual para apoiar a reflexão sobre a relação das imagens dos smartphones com as dos filmes realizados no final do século 19, época do surgimento do cinema.
O livro mostra a trajetória dos telefones celulares, desde o estranhamento que seu uso provocava nas pessoas até a integração total e completa do dispositivo ao cotidiano, nos dias atuais, como extensão dos corpos dos indivíduos.
Adriano Chagas destaca o percurso histórico das telas e coloca em discussão o excessivo consumo de imagens e aparelhos nos dias atuais. O livro também é dedicado aos comportamentos e práticas dos indivíduos portando seus smartphones, em produções de vídeos de toda sorte e registros diversos, e as condições de audiência das imagens nas pequenas telas dos telefones celulares.
De acordo com Adriano Chagas, “em um mundo em transformação, em função dos avanços tecnológicos, não podemos condenar prematuramente esse dispositivo, uma vez que ele é extremamente útil para aperfeiçoar uma série de processos do dia a dia. Mas é importante, ao menos, reconhecer a particularidade de uma nova estética”, conclui.
Adriano Chagas é jornalista, mestre em Comunicação e doutorando em Artes, Cultura e Linguagens na Universidade Federal de Juiz de Fora. Integra o ENTELAS – grupo de pesquisa em conteúdos transmídia, convergência de cultura e telas. Foi professor na Unifeso e na Estácio (RJ). Atuou em empresas como Rádio CBN, Embratel, TVE/RJ e EBC/TV Brasil, como chefe de reportagem, editor-chefe, gerente de produção de TV, coordenador de Produção Musical e de Produção de Arte.
Mais informações:
fone (41) 3156-4731 | www.editoraappris.com.br | mídias@editoraappris.com.br
Serviço:
Lançamento A Imagem Portátil: celulares e audiovisual
Data: 07 de junho de 2019, 19h
Local: Sebinho Livraria Cafeteria e Bistrô
Endereço: Asa Norte Comércio Local Norte 406 BL. C 44 – Asa Norte, Brasília – DF
Reproduzido de: Jornal de Brasília
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Antes que eu me esqueça
Data: 26/05/2019
Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/antes-que-eu-me-esqueca/26-05-2019/minha-carta-a-jf.html
Título: (Minha) carta a JF
Por Júlia Pessôa
26/05/2019 às 07h00 – Atualizada 24/05/2019 às 13h11
Juiz de Fora, 26 de maio de 2019
Cara “Jifora”,
Já faz tanto tempo que vivemos juntas que ele quase se iguala aos anos em que vivi na minha Três Rios de nascimento, sua vizinha. Envelhecemos juntas, dia a dia. Você viu, antes mesmo que eu, o primeiro fio branco brotar entre os meus castanhos, depois de vê-los completamente negros e em um sem-fim de tonalidades ruivas malsucedidas, bem como sob o efeito das mais variadas manobras de tesoura, da navalha e até da máquina de raspar. Também vejo seus prédios históricos sumindo do horizonte urbano, uns buracos aqui e acolá, o sinal do tempo em suas tantas faces. Não estamos ficando mais jovens, e nem sempre temos o melhor cuidado possível. Mas seguimos juntas. Nosso passo é tão sincronicamente acertado que não é raro que fiquemos invisíveis uma à outra. Até que você, voluntariosa e cansada de ser negligenciada, me aparece com um por-do-sol em mil tons de rosa, azul e alaranjado, só para que eu não me esqueça de alguns dos seus pequenos deslumbres cotidianos. E mais uma vez você me arrebata. Paro onde estiver, por uns microssegundos, e te contemplo antes de continuar meu passo sempre apressado.
Também muitas vezes me senti invisível aos seus olhos. Em toda derrota, cada decepção, cada vez em que andei por várias das suas ruas aos prantos, simplesmente porque certas dores transbordam tanto que pouco importa desaguar em público o que é privado. Mas invariavelmente encontrei em você meu acalanto, um novo caminho, outra resposta, uma perspectiva, a infalível acolhida. Já disse antes, e digo de novo: você não é a cidade dos meus sonhos. Porque em sonhos somos sempre nossa melhor versão, a mais bonita, a mais segura, a mais capaz, a que tem tempo, dinheiro e ânimo para tudo. Na cidade imaginada, tudo é perfeito, e por isso mesmo intangível. Basta acordarmos para que acabe.
Não, Juiz de Fora, você não é a cidade dos meus sonhos. É a cidade da minha vida. É a cidade do real, do palpável. É onde, em cada esquina, há a chance de eu esbarrar em alguém de que gosto muito e ter meu dia transformado. É o lugar em que me tornei adulta, profissional, e entendo um pouco mais sobre o que é ser mulher, pelas minhas vivências e tantas outras diferentes das minhas, pelas quais jamais poderei falar, mas cada dia mais tenho estado atenta a ouvir. Foi também com você que entendi que há uma pluralidade imensa nas maneiras de existir, e que todas são legítimas e devem ser respeitadas inexoravelmente. Porém, também aqui descobri que sempre vai haver quem queira aniquilar tudo que não é um espelho de si. Obrigada por ter me dado tantos espaços para resistir contra isso. Contra esses. Nas suas ruas, suas salas de aula, seus mais variados ambientes, encontrei meus pares. De luta, de trabalho, de vida. De amor. Já devo ter morado em uns seis endereços diferentes desde que cheguei aqui com uma malinha e um comprovante de inscrição Faculdade de Comunicação da UFJF. Mas você, de um jeitinho ou de outro, sempre fez que meu caminho se cruzasse com pessoas que se tornaram e se tornam minha casa. E não há nada mais reconfortante do que sentir-se em casa. Que os sonhos fiquem na cama.
É difícil enfileirar letras endereçadas a você. Eu acreditava ter o hábito de falar comigo mesma, ir traçando meus dias e meus planos enquanto cumpro os afazeres de minha rotina. Hoje sei que nunca estive em um monólogo. Há dezesseis anos, sempre que falo, mesmo quando sem companhia, sei que não estou sozinha. Obrigada por me ouvir, e por me permitir ouvi-la e repercuti-la.
Até todos os dias!
Júlia
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna César Romero
Data: 26/05/2019
Título: Comando feminino no Circulo Militar
Por Cesar Romero
26/05/2019 às 08h30 – Atualizada 24/05/2019 às 21h26
Comando feminino no Circulo Militar
Ao completar 30 anos de casada e de exercício profissional como médica militar em várias especialidades e tendo trabalhado no Hospital Naval por um ano como anestesista, assumi a presidência do Círculo Militar de Juiz de Fora. Uma função que considero desafiadora.
Em seu aniversário de 85 anos, completado em fevereiro de 2019, a instituição tem, pela primeira vez, uma presidente mulher em seu conselho executivo. Sou apaixonada por música, dança, pintura e esporte. Com formação holística e facilidade em me relacionar com o ser humano, espero cumprir meus objetivos de aumentar o número de sócios e revitalizar o clube.
O Círculo Militar oferece aulas de dança, hidroginástica, possui uma piscina semi-olímpica no Centro da cidade, uma escola de futebol arrendada e um curso de Estratégia Política, coordenado por outra mulher, a jornalista Neuza Bernardes.
Neste ano, reativamos o antigo e tradicional carnaval do clube e o próximo passo será a pintura externa do casarão, tombado pelo Patrimônio Histórico, e uma agenda mensal para expositores e artistas plásticos da cidade. O fato de ser mulher nunca me atrapalhou profissionalmente, pelo contrário, me fez uma profissional e pessoa mais forte, sempre tendo minha família como meu alento, parceira em tudo o que pretendi fazer na vida.
Casada com o cardiologista Jorge Luiz Destro de Macedo e mãe de duas estudantes de medicina na UFJF, Ana Teresa e Ângela Caroline, exerci a profissão, o militarismo e até trabalhei no Haiti, por seis meses, integrando a Força de Paz da ONU, em 2008.
Agradeço a Deus por tudo o que recebi. Agradeço aos superiores, amigos e colaboradores de todas as áreas a ajuda recebida ao longo da vida. Coloco-me à disposição dos amigos e clientes, no Círculo Militar, agora na função de gestora do grande patrimônio cultural e arquitetônico. Estou aberta a sugestões e pretendo contribuir com a sociedade, mais um pouco, como médica e gestora. Sei que segundo as leis de Deus, a quem muito é dado, muito lhe é cobrado. Por isso, procuro como rotariana, dar de mim, antes de pensar no meu favorecimento próprio e de mãos estendidas, oferecer, dentro de minhas limitações, o que de graça, recebi.
(Maria Helena Dias Albino de Macedo, é tenente-coronel médica do Exército, presidente do Circulo Militar e leitora convidada)
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Veículo: G1 Vales MG
Editoria: Notícias
Data: 27/05/2019
Título: UFJF oferece capacitações gratuitas no setor de alimentação em Governador Valadares
Cursos são voltados para profissionais da área com objetivo de melhorar as condições sanitárias de preparação de alimentos; inscrições vão até 12 de junho.
Por G1 Vales de Minas
27/05/2019 10h12 Atualizado há 2 dias
Estão abertas as inscrições para dois treinamentos gratuitos oferecidos pelo curso de Nutrição da Universidade Federal de Juiz de Fora, em Governador Valadares. Os cursos têm o objetivo de melhorar as condições sanitárias e de higiene das refeições produzidas na cidade.
Podem se inscrever cozinheiros, auxiliares de cozinha, padeiros, confeiteiros e demais profissionais que trabalham no comércio de alimentação. A capacitação foi elaborada de acordo com a resolução RDC 216/04 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que dispõe sobre regulamento técnico de boas práticas para serviços de alimentação.
O primeiro curso é voltado para os profissionais que trabalham com a manipulação de alimentos. São disponibilizadas 30 vagas e as aulas serão nos dias 28 de junho, 5 e 12 de junho.
Já o segundo treinamento é destinado para aqueles que atuam ou desejam atuar na supervisão de atividades de manipulação de alimentos. São ofertadas 20 vagas e as aulas serão nos dias 29, 30 e 31 de julho; 1º, 2, 5 e 6 de agosto.
As inscrições para os treinamentos vão até o dia 12 de junho e podem ser feitas pelo site da UFJF ou ainda na secretaria do curso de Nutrição, na Rua Jair Rodrigues Coelho, 211, Bairro Vila Bretas. Outras informações pelo telefone (33) 3301-1000 – ramal 1560.
Veja mais notícias da região no G1 Vales de Minas.
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Veículo: Prefeitura de Juiz de Fora
Editoria: Notícias
Data: 27/05/2019
Link: https://www.pjf.mg.gov.br/noticias/view.php?modo=link2&idnoticia2=64737
Título: Cinejornais da Carriço Film terão sessão especial e debate na quarta-feira
Portal de Notícias PJF | Cinejornais da Carriço Film terão sessão especial e debate na quarta-feira | FUNALFA – 27/5/2019
Cinejornais produzidos pela Carriço Film, sob direção do juiz-forano João Carriço, serão exibidos na quarta-feira, 29, no Anfiteatro 3 do Instituto de Ciências Humanas (ICH) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), no campus universitário. Com entrada franca, a sessão especial terá início às 19 horas, e será seguida por debate em torno da importância da obra de Carriço, considerado um dos pioneiros do cinema nacional.
A atividade é desdobramento da mostra “Carriço Film: Tudo Vê, Tudo Sabe, Tudo Informa”, que reúne 35 fotos do acervo da família Carriço e da coleção do Museu “Mariano Procópio”, e permanece em cartaz no Saguão Central da Reitoria da UFJF até sexta-feira, 31, com visitação gratuita, das 8 às 20 horas.
Produzida pela Divisão de Memória da Fundação Cultural “Alfredo Ferreira Lage” (Funalfa), em parceria com a UFJF – Pró-Reitoria de Cultura, Programa de Pós-graduação em História e Laboratório de História Política e Social -, a ação tem como objetivo divulgar o importante trabalho da Carriço Film, que desenvolveu produção cinejornalística e documental ininterrupta de 1933 a 1956. Entre os cinejornais selecionados para a sessão estão os que exibem corridas de bicicleta e de carro no Centro de Juiz de Fora, a visita do ex-presidente Getúlio Vargas à Fazenda São Mateus e o carnaval da cidade.
João Carriço começou como exibidor de cinema, apresentando sua primeira fita em 1906, através do animatógrafo. Em 1927 montou o Cine-Theatro Popular, que oferecia, além de filmes de grande sucesso, atrações de palco, como espetáculos teatrais e performances de filmes trupes circenses.
Em 1933 fundou a Carriço Film, que documentava os principais fatos de Juiz de Fora e, posteriormente, de Minas, através de cinejornais. Carriço morreu em 1959. Parte de seu acervo foi doada à Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), ficando os cinejornais sob guarda da Divisão de Memória da Funalfa. O material está disponível para consulta de pesquisadores, estudantes e demais interessados nas áreas de cinema, patrimônio e memória.
* Informações com a Assessoria de Comunicação da Funalfa – 3690-7044
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Veículo: Toque de Bola
Editoria: Notícias
Data: 27/05/2019
Título: Copa Prefeitura Bahamas de Futsal: jogos e resultados do boletim 9
[Texto não copiável]
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Veículo: JF Clipping
Editoria: Notícias
Data: 27/05/2019
Link: https://www.jfclipping.com.br/2019/05/27/qual-a-visao-da-psicologia-analitica-sobre-a-religiao/
Título: QUAL A VISÃO DA PSICOLOGIA ANALÍTICA SOBRE A RELIGIÃO?
Fonte: UFJF
Capturado em 27/05/2019 às 10:35
Como se dá a relação entre entre a ciência e a espiritualidade? Qual a visão da Psicologia Analítica sobre a religião? Para pensar essas e outras questões, o Programa de Pós-graduação em História e Filosofia da Psicologia, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) promove o I Simpósio de História e Filosofia da Psicologia. O encontro ocorre nos dias 5 e 6 de junho no Instituto de Ciências Humanas (ICH). O evento é gratuito e aberto ao público em geral. Para participar, é preciso fazer inscrição por meio de formulário on-line.
Sobre o papel do estudo da história e da filosofia da Psicologia, a professora do Departamento de Psicologia e uma das organizadoras do evento, Fátima Caropreso, explica que a pesquisa filosófica em Psicologia busca compreender e esclarecer os fundamentos teóricos da ciência e das práticas psicológicas.
‘Esse trabalho é importante para que o conhecimento e a prática não se resumam a uma repetição de fórmulas recebidas, sem questionamento de sentido ou de origem.’ Além disso, ela enfatiza a análise histórica como uma forma de estudar o passado para compreender o presente. ‘O que hoje se conhece como Psicologia é o resultado de um longo processo de formação, que inclui fatores sócio-políticos, institucionais, científicos, metodológicos e biográficos.’
No segundo dia do encontro, a partir das 14h, no Anfiteatro 1 do ICH, acontece a palestra ‘Aspectos históricos e filosóficos das relações entre ciência e espiritualidade’, ministrada pelo professor da Faculdade de Medicina, Alexander Moreira. O evento vai abordar o histórico da relação entre ciência e religião e seus mitos. ‘Há o pensamento de que as duas áreas estiveram sempre em conflito, mas isso não é, necessariamente, verdade. Ao longo da história, com a revolução científica, grandes pensadores abordavam questões científicas em interface com a religião. Socrates e Platão, por exemplo, discutiam aspectos tanto da ciência quanto da espiritualidade em conjunto.’
Os cuidados necessários para a análise de pesquisas em espiritualidade também serão debatidos por Moreira. O professor explica que é importante levar em consideração a visão de mundo do pesquisador, uma vez que elas podem influenciar o direcionamento da pesquisa. ‘Alguns pressupostos interferem em uma análise se, por exemplo, a pessoa acredita que experiências espirituais ou religiosas são frutos do contexto social ou têm a ver com o funcionamento do cérebro, ou, ainda, que possam revelar outros aspectos transcendentes da realidade.’
As atividades vão contar com a participação de pesquisadores de outras universidades a fim de diversificar e enriquecer o trabalho de pesquisa e de formação.
Confira a programação completa.
Outras informações: simposiohistoriapsicologia@gmail.com
Página do evento no Facebook
Clique aqui para ver esta matéria na íntegra.
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Veículo: JF Clipping
Editoria: Notícias
Data: 27/05/2019
Título: INSCRIÇÃO PARA APRESENTAÇÃO DE PESQUISAS EM PRESERVAÇÃO DE PATRIMÔNIO JÁ ESTÃO ABERTAS
Fonte: UFJF
Capturado em 27/05/2019 às 12:20
Inscrição para apresentação de pesquisas em preservação de patrimônio já estão abertas
27 de maio de 2019
Ensino e Oportunidades
Interessados em apresentar pesquisas na área de patrimônio têm até o dia 15 de julho para se inscreverem no ‘I Congresso Internacional Gestão dos Patrimônios da Humanidade urbanos: desafios e riscos da preservação’ e ‘I Simpósio Internacional de Patrimônios da Humanidade Mineiros no Contexto Internacional’. Ambos os eventos acontecerão entre os dias 17 e 20 de setembro.
O Congresso tem o objetivo de discutir a preservação e gestão dos patrimônios urbanos da humanidade que estão ameaçados de forma mais ampla.
O Simpósio busca debater a questão do patrimônio da humanidade mineiro. Confira a programação.
A organização do evento é uma parceria do grupo de pesquisa Lapa – Laboratório de Patrimônios Culturais, do curso de História da UFJF, com o Icomos Brasil, uma organização não governamental global associada à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que visa à promoção da conservação, da proteção, do uso e da valorização de monumentos.
O professor e coordenador do Lapa, Marcos Olender, defende a importância da realização de eventos que abram espaço para a discussão da preservação do patrimônio. ‘Cada vez mais, tanto em nível nacional como internacional, buscamos a preservação e gestão do patrimônio. Já passou da hora de realizar uma discussão como essa’.
Outras Informações: (32) 2102-3109 – Departamento de História
Clique aqui para ver esta matéria na íntegra.
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Veículo: Acessa.com
Editoria: Cidade
Data: 27/05/2019
Título: Seminário propõe debate sobre a política habitacional em Juiz de Fora
Jorge Júnior
Editor
Nesta sexta-feira, 31 de maio, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) vai sediar o Seminário de Resgate à Política Habitacional em Juiz de Fora. O evento, gratuito, começa às 8h, no Auditório 1 do edifício Itamar Franco, na Faculdade de Engenharia. As inscrições serão feitas na hora.
Segundo uma das organizadoras do evento, Ana Paula Luz, durante alguns anos (2005 a 2009) a cidade investiu recursos e esforços na construção da Política Municipal de Habitação (PMH) e de um plano de ação, que ficaram materializados. Com a adesão ao programa Minha Casa Minha Vida, todas as ações voltaram-se para a construção de novas moradias, subsidiadas com recursos federais, e os programas e ações definidos pela PMH ficaram estagnadas.
Professora e Doutoranda em Urbanismo, Ana Paula explica: “buscamos resgatar as políticas habitacionais na cidade. O Plano Municipal de Habitação foi desenvolvido na década passada, porém, seus programas e ações ficaram estagnados e mal saíram do papel. É uma oportunidade de movimentar setores sociais para ações que voltem a pôr em marcha esta política. Além disso, pretendemos divulgar a importância da aplicação e fomento da Assistência Técnica e discutir meios para a captação de recursos, elemento essencial para viabilizar a implementação da política”, diz.
Lei de Assistência Técnica
Criada em 2008, a Lei de Assistência Técnica ainda é pouco divulgada. “Ela visa assegurar às famílias de baixa renda orientação pública e gratuita para o projeto e a construção de habitação de interesse social. Sou fundadora da ATOS Colaborativos, iniciativa que promove esse serviço e foi criada justamente pela carência no município. Reforço a necessidade de se implementar tal proposta enquanto política pública. Estou há dois anos em diálogo com a Câmara na tentativa de aprovar um Projeto de Lei voltado para essa atuação na cidade. Espero que os debates gerem encaminhamentos efetivos para colocarmos em prática definitivamente.”
Segundo a professora, atualmente, a autoconstrução no Brasil ultrapassa os 85%. Isso significa que menos de 15% da população que reforma ou constrói têm acesso a um profissional adequado, seja ele arquiteto ou engenheiro. “A falta de orientação gera problemas graves, desde complicações estruturais a questões que afetam a salubridade do ambiente, gerando problemas de saúde para a população. Promover essas orientações adequadas gera um enorme impacto positivo no âmbito municipal.”
Construtora desiste de projetos nos bairros Vinã del Mar e Vale do Ipê Grupos organizam protesto para o Dia Internacional do Meio Ambiente em JF SES-MG confirma duas mortes por dengue em Juiz de Fora
Ainda de acordo com a arquiteta, “com exceção das famílias que vivem em áreas de risco, há inúmeras situações em que é viável e se torna mais efetivo requalificar a casa existente, do que encaminhá-la para o benefício do Minha Casa Minha Vida Faixa 1. Dessa forma, não se retira a população do seu ambiente, não remove a família para áreas, muitas vezes, periféricas, sem infraestrutura e serviços adequados, e consequentemente, é muito mais econômico para os cofres públicos.
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