Lucas Jerônimo ministrou a oficina sobre Justiça Restaurativa (Foto: Dante Rodrigues)

O projeto de extensão Núcleo de Estudos Juventude e Socioeducação (NEJUS) realizou nesta sexta-feira, 17, uma oficina sobre Justiça Restaurativa ministrada pelo pesquisador Lucas Jerônimo, doutorando pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Metodologia sistêmica que tem sido implantada em diversas partes do mundo, a Justiça Restaurativa busca solucionar conflitos através do diálogo entre o infrator, sua comunidade e a própria vítima, com um canal moderador que ajude a construir acordos e reparar danos. “A Justiça Restaurativa chama a vítima para participar e isso é novo. O processo judicial não lida com a vítima, só lida com quem causou o dano. Todas as pessoas que sofreram algum tipo de crime possuem o direito de serem chamadas, ouvidas e construírem acordos a partir daquilo que sofreram. Então a Justiça Restaurativa é esse sistema que junta a possibilidade de responsabilizar quem causou o dano e ajudar quem sofreu o dano ”, explicou Lucas Jerônimo.

Bráulio Magalhães é professor do Departamento de Direito e coordenador do NEJUS (Foto: dante Rodrigues)

De acordo com o professor e coordenador do NEJUS, Bráulio Magalhães, a ideia de promover a oficina surgiu após uma série de visitas a unidades que prestam atendimento ou desenvolvem políticas voltadas para a juventude. “É importante trabalharmos também propostas de capacitação. Até por isso criamos esta oficina inaugural que é um instrumento interessante não só por qualificar os profissionais, como também pela própria dinâmica que envolve a relação conflituosa que é inerente a qualquer democracia’’.

Estudantes Nayara e Alexandra foram as idealizadoras da atividade (Foto: Dante Rodrigues)

Estudantes do 9º período do curso de Direito e integrantes do NEJUS, Nayara de Castro Ramos e Alexandra Gonçalves Cesário da Silva afirmam que o evento cumpriu seu objetivo de apresentar a Justiça Restaurativa aos representantes de instituições que lidam diretamente com os jovens. “Nós estamos tentando construir uma rede de instituições para que possamos desenvolver projetos em conjunto e sistematizar a Justiça Restaurativa em Governador Valadares”.

Participaram da primeira oficina de Justiça Restaurativa representantes do Departamento de Defesa Social; da Equipe de Medida Socioeducativa em Meio Aberto; do Departamento de Juventude da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte, Lazer e Juventude; do Centro de Prevenção a Criminalidade; do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas);  do Centro de Referência de Assistência Social (Cras); da Polícia Militar; da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); da Casa Semiliberdade; da ONG Educação é a Solução; e da Subsecretaria de Atendimento às Medidas Socioeducativas (Suase).