Veículo: Estadão
Editoria: Sustentabilidade
Data: 13/05/2019
Título: Depois de quase 20 dias, onça é capturada no Jardim Botânico da UFJF
O felino de 51,6 quilos e 1,81 de comprimento foi encontrado na noite de domingo; animal já se encontra em uma área de proteção ambiental, em Minas Gerais; local não foi divulgado por medidas de segurança
Renata Okumura, O Estado de S.Paulo
13 de maio de 2019 | 16h29
Onça é capturada em Juiz de Fora
Depois de quase 20 dias, onça é capturada no Jardim Botânico da UFJF Foto: Pedro Nobre/ UFJF
SÃO PAULO – O aparecimento de uma onça-pintada no Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, chamou a atenção não somente de moradores da cidade, mas também de todo o País. Depois de quase 20 dias de buscas e orientação aos moradores, o felino foi capturado no último domingo, 12, às 20h27, no Jardim Botânico.
Segundo informações da entidade, os especialistas realizaram exames de sangue e de urina, colocaram um colar para seguir o monitoramento e garantiram que o animal é um macho. Ele está bem e em fase reprodutiva. Tem aproximadamente 4 anos, pesa 51,6 quilos e tem 1,81 de comprimento.
Resgate de onça em Juiz de Fora
Ele realizou exames de sangue e de urina. Tem aproximadamente 4 anos, pesa 51,6 quilos e tem 1,81 de comprimento Foto: Facebook/ Jardim Botânico da UFJF
O animal já se encontra em uma área florestal ampla, em Minas Gerais, juntamente com outros quatro bichos da mesma espécie. Por medidas de segurança, o local não foi divulgado. A onça foi levada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), em uma caixa metálica, forrada com espuma. Durante o percurso, foi monitorada por veterinário do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio). Mesmo que não seja divulgada a localização, nas redes sociais, as pessoas pedem a divulgação de imagens do felino sendo solto em seu novo habitat e em segurança.
PEGADAS
O primeiro registro em vídeo da onça foi feito às 21h15 no dia 25 de abril pelo vigilante Wamildo Jesus Ribeiro nos arredores da sede administrativa do Jardim Botânico. No dia seguinte, a UFJF decidiu fechar temporariamente o Jardim Botânico.
No dia 27 de abril, foram encontradas pegadas e fezes no Jardim Botânico e no estacionamento da Igreja Batista Resplandecente Estrela da Manhã. Também tiveram registros em área urbana, em frente a um hotel, e proximidades do Bairro Industrial.
Além de curiosidade, o aparecimento do felino gerou receio em parte da população. Informações de como se portar foram passadas aos moradores e divulgadas nas redes sociais: “Se houver contato com o animal, mantenha a calma, afaste-se de frente, mantendo contato visual com o felino, levante os braços e dê espaço para que a onça fuja”.
Onça é capturada em Juiz de Fora
CAPTURA
Depois da realização de estudos, no dia 3 de maio, as armadilhas começaram a ser instaladas nos locais, onde o felino passou, entre elas, quatro armações de caixa com iscas dentro ficaram montadas à espera do animal. Neste domingo, após dez dias, a onça foi capturada pela equipe.
No dia 8 e 9 de maio, dois ataques a um galinheiro em uma casa no Bairro Parque das Torres.
No último sábado, 11, e também no domingo, no próprio dia da captura, pegadas também foram encontradas dentro do Jardim Botânico.
Na sexta-feira, 10, as quatro armações de caixas foram colocadas em pontos internos e externos do Jardim Botânico.
Outros seis laços também foram espalhados em outros locais por onde o felino passou, como a área da Mata do Krambeck.
Uma comissão organizou os trabalhos de busca que teve o acompanhamento e a atuação técnica do Cenap/ICMBio.
A comissão foi composta por sete instituições: Campo de Instruções do Exército Brasileiro em Juiz de Fora, Corpo de Bombeiros, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Estadual de Florestas (IEF/Cetas), Polícia Militar (incluindo a Polícia de Meio Ambiente), Prefeitura de Juiz de Fora e Universidade Federal de Juiz de Fora.
“O usual, conforme o professor da UFJF Artur Andriolo e outros especialistas disseram, é o felino não se expor como ocorreu nas duas últimas semanas. Tivemos a honra de ver este animal raro tão de perto. Mas ele é conhecido pelo mistério de se camuflar na paisagem, de caminhar sem ser notado. O espírito da floresta. Faz pensar que sumiu enquanto pode estar ao nosso lado”, destacou o Jardim Botânico no Facebook.
Com relação a demora para capturar o felino, a entidade explicou que as onças são espertas e desconfiadas. Percebem até mesmo se o ambiente foi modificado. Se há odores de humanos, por isso, foi preciso algum tempo para estudar o caminho percorrido e quais armadilhas seriam utilizadas.
De onde veio? De acordo com a UFJF, não se sabe exatamente a origem, mas é provável que a onça tenha se dispersado da sua área natal, o que é um comportamento comum da espécie. Isso indica que entrou na fase de amadurecimento. Acredita-se que usou corredores ecológicos para chegar à Mata do Krambeck e ao Jardim Botânico.
Trabalho de conscientização. A captura do animal foi importante para manter sua sobrevivência, contribuir para a reprodução da espécie e evitar acidentes com a população. Outra preocupação das autoridades foi com relação ao risco de caça, que é crime. A Polícia Militar de Meio Ambiente também realizou rondas diariamente pela região. Menos de 300 onças-pintadas vivem em em Mata Atlântica.
Com a captura e transferência da onça, o Jardim Botânico da UFJF será reaberto à população.
Foi reproduzido em: Educadora AM, Aqui Notícias, MSN, Folha Vitória, UOL, Portal Terra, A Semana News, IstoÉ Dinheiro, IstoÉ, ES Hoje , O Liberal, Tribuna PR, Band, Massa News, JC Online, Tribuna do Interior,
— —
Veículo: R7
Editoria: Minas Gerais
Data: 13/05/2019
Título: Onça-pintada que andava pelas ruas de Juiz de Fora (MG) é capturada
Grupo formado por sete instituições públicas se uniu para encontrar o animal que causava apreensão nos moradores da cidade desde o mês passado
MINAS GERAIS
Pablo Nascimento, do R7, com Record TV Minas
13/05/2019 – 08h48 (Atualizado em 13/05/2019 – 08h52)
Animal foi visto pelas ruas da cidade e no Jardim Botânico
Animal foi visto pelas ruas da cidade e no Jardim Botânico
Divulgação / UFJF / Pedro Nobre
Uma onça-pintada que circulava pelas ruas de Juiz de Fora, a 283 km de Belo Horizonte, desde o final do mês passado foi capturada na noite deste domingo (12).
O animal foi pego por uma armadilha instalada dentro do Jardim Botânico da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora).
A onça estava saudável, passou por exames e será encaminhada a uma reserva ambiental que não foi divulgada.
O felino havia sido flagrado, no final do mês passado, por funcionários da universidade na área de visitação do jardim botânico e, desde então, causava apreensão entre os moradores da cidade. Depois da aparição, o local foi interditado.
Câmeras de segurança também gravaram o animal andando pelas ruas do município. Segundo um morador, a onça chegou a invadir um galinheiro durante uma madrugada.
Uma comissão foi montada para desenvolver ações para tentar capturar o felino. Sete instituições fizeram parte do grupo. São elas: o Campo de Instruções do Exército Brasileiro, Corpo de Bombeiros, Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), IEF (Instituto Estadual de Florestas), Polícia Militar, Prefeitura de Juiz de Fora e a UFJF.
De acordo com a universidade, as equipes instalaram no Jardim Botânico quatro armadilhas metálicas em formato de caixa e outras seis de laço que foram deixadas no chão para tentar pegar o animal.
Foi reproduzido por: Agora MT, Folha PE, O Documento, Urgente News
— —
Veículo: Estado de Minas Gerais
Editoria: Interna Gerais
Data: 13/05/2019
Título: Onça-pintada de Juiz de Fora é capturada
Animal foi pego em uma armadilha e passou por vários exames antes de ser solto em uma área de mata não divulgada. Foram 17 dias de acompanhamento até a captura
Guilherme Paranaiba
postado em 13/05/2019 09:08 / atualizado em 13/05/2019 11:19
Depois de 17 dias rondando por áreas de mata e também de grande concentração de pessoas de Juiz de Fora, na Zona da Mata, a onça-pintada que causou alvoroço na cidade foi, enfim, capturada, para ser solta em um local de mata atlântica em que possa viver de acordo com suas características.
Novo vídeo mostra onça-pintada no Jardim Botânico de Juiz de Fora; veja
Segundo o capitão Flávio Campos, comandante da 4ª Companhia de Polícia Militar do Meio Ambiente, a captura ocorreu na noite deste domingo, com o uso de uma armadilha do tipo caixa, em que o animal foi atraído pela presença de alimentos. Em seguida, veterinários da força-tarefa centralizada pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) aplicaram tranquilizante na onça e fizeram o manejo do animal, além de todos os exames e colocação de um rastreador para acompanhar a movimentação do animal.
As imagens foram compartilhadas pela ferramenta Stories, do perfil do Jardim Botânico da UFJF no Instagram. A primeira aparição se deu em 25 de abril, na área do Jardim Botânico da UFJF, onde a onça foi filmada. Dali em diante uma força-tarefa foi constituída com a presença de vários órgãos ambientais e também de segurança, já que o animal chegou a ser visto na Avenida Brasil, às margens do Rio Paraibuna, local de grande concentração de pessoas que praticam, por exemplo, exercícios físicos.
O local de soltura da onça não foi informado, para não atrair a atenção de caçadores que possam oferecer riscos à saúde do animal. De acordo com o capitão Flávio Campos, o colar com GPS que foi colocado na onça vai permitir monitorar a situação do felino. “A equipe que acompanhou o caso não tem a precisão da origem da onça, do local de onde ela surgiu. Foi filmada pela primeira vez por um vigilante do Jardim Botânico e dali pra frente começou a se acompanhar o animal. Foram percebidas várias aparições e então foi acionado um plano de emergência”, diz ele.
Foi reproduzido por: Correio Braziliense, Super 95 FM, Sou Ecológico
— —
Veículo: Diário Regional
Editoria: Cidade
Data: 13/05/2019
Título: Onça-pintada é capturada e transferida de Juiz de Fora
Por Savio Duque 13 De Maio De 2019
A onça-pintada avistada por um vigilante ao redor da sede administrativa do Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) na noite do dia 25 de abril foi capturada no último domingo, 12. O animal foi capturado às 20h27, em uma armadilha de caixa, posicionada em uma trilha no lado direito do primeiro lago do Jardim Botânico.
As quatro caixas metálicas foram instaladas entre quinta e sexta-feira, 10, e somaram-se as outras seis armadilhas de laços que já estavam em funcionamento no local. “Era um local que ela passava recorrentemente”, disse o professor do Departamento de Zoologia da UFJF, Artur Andriolo, na noite da captura.
As buscas pela onça-pintada duraram 17 dias. Na manhã desta segunda-feira, 13, integrantes da Comissão Interinstitucional concederam uma entrevista coletiva e repassaram detalhes sobre a captura. De acordo com os detalhes repassados, o estado de saúde do animal é considerado bom e ele foi levada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) para uma área florestal ampla, distante de área urbana. O trajeto está sendo acompanhado por médico veterinário do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio).
Ainda conforme a UFJF, o nome do local está mantido em sigilo a pedido da área florestal que irá recebê-lo. Dessa forma, tenta-se evitar a atração de caçadores para a região e de outros agentes que possam representar riscos ao animal. Segundo o professor Fernando Azevedo, da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), membro da equipe, o animal está robusto, com todos os dentes e não apresenta arranhões. “Isso é típico de um animal que ainda não brigou, não enfrentou outro macho e está se dispersando. A pelagem está boa, sem carrapatos, disse.
Ainda conforme as informações divulgadas pela UFJF, as suspeitas de que a onça é macho foram confirmadas. O animal tem 51,6 quilos, 1,81 metro de comprimento e aproximadamente 4 anos. A idade foi estimada pelo tamanho e estado dos dentes. Durante o trabalho após a captura, a equipe coletou amostras de sangue, urina e pelo, que vão ser analisados pela UFJF e pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio), localizado em Atibaia (SP).
REABERTURA DO JARDIM BOTÂNICO
Após a transferência da onça-pintada, a UFJF se prepara para a reabertura do Jardim Botânico, que foi fechado temporariamente no dia 26 de abril, após a UFJF tomar conhecimento da presença do felino no local. De acordo com a instituição, a previsão é de que os portões permaneçam fechados pelas próximas duas semanas. O Jardim Botânico foi inaugurado no dia 12 de abril.
HISTÓRICO
A decisão de fechar temporariamente o Jardim Botânico foi anunciada no dia 26 de abril, um dia após a onça-pintada ser avistada no local, na noite do dia 25 de abril. Na data em questão, foi feito o primeiro registro em vídeo do animal, que foi avistado ao redor da sede administrativa do Jardim Botânico, pelo vigilante por volta de 21h15.
No sábado, 27 de abril, pegadas e fezes do animal foram encontradas no Jardim e no estacionamento da Igreja Batista Resplandecente Estrela da Manhã. Com isso, mais cinco câmeras foram instaladas e registram a passagem do animal na área. Vídeos e fotos da onça também foram feitos em área urbana, em frente a hotel, ruas e próximo a uma praça no Bairro Industrial. Conforme a UFJF, as imagens foram determinantes para a decisão de captura e translocação do animal.
Já no dia 3 de maio, começaram a ser instaladas armadilhas de laço, camufladas no solo, e, posteriormente, quatro armações de caixa com iscas dentro também foram montadas. Após dez dias, a onça foi capturada pela equipe.
Conforme foi informado anteriormente pela UFJF, a onça-pintada foi avistada em pelo menos seis localidades em Juiz de Fora. Na madrugada de terça-feira, 7, por volta das 2h30, um policial militar fotografou a onça-pintada às margens do Rio Paraibuna, na Avenida Garcia Paes Rodrigues, próximo ao Parque de Exposições, na zona Norte.
Ainda durante a madrugada do dia 7, câmeras de vigilância de um apartamento, localizado no Bairro Industrial, flagraram, às 3h da manhã, o felino circulando pelas ruas Henrique Simões e Salvador Nota Roberto. Conforme a UFJF, mais tarde, às 5h, armadilhas fotográficas flagraram o animal passando pelo Jardim Botânico da UFJF.
Além desses flagrantes, a movimentação do animal fora da área do Jardim Botânico foi registrada em outros pontos, como o estacionamento de um hotel na madrugada de 26 de abril e no estacionamento de uma igreja ao lado da mata no dia 1º de maio.
— —
Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 13/05/2019
Título: Onça-pintada é capturada no Jardim Botânico em Juiz de Fora
Comissão interinstitucional anunciou em perfis de rede social na noite de domingo (12). Animal já foi encaminhado para uma área de Mata Atlântica.
Por G1 Zona da Mata e MG1
13/05/2019 06h52 Atualizado há um mês
A onça-pintada que estava desaparecida em Juiz de Fora (MG) foi capturada na noite de domingo (12), no Jardim Botânico. As buscas por ela duraram cerca de 20 dias, e captura foi anunciada nos perfis oficiais do local nas redes sociais.
Onça que assustava moradores é capturada em Juiz de Fora, Minas Gerais
De acordo com as informações iniciais divulgadas pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), o animal foi pego em uma armadilha de caixa instalada perto do prédio administrativo. Os detalhes serão divulgados em uma entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (13).
Os especialistas realizaram exames, colocaram o colar para seguir o monitoramento e garantiram que o animal é um macho, está bem, em fase reprodutiva e já foi encaminhado para uma reserva de Mata Atlântica. O comitê não divulgou o destino por questão de segurança.
Próximos passos
Após a captura, o reitor da UFJF explicou os próximos passos para a reabertura do Jardim Botânico, que foi fechado desde 26 de abril por causa da presença da onça-pintada.
“Agora as equipes técnicas do Jardim Botânico vão trabalhar, tem que ser desmontado tudo que foi preparado aqui dentro para a captura do animal, as armadilhas. Em seguida, vai ser feita uma avaliação do estado do Jardim Botânico. Nós pretendemos o mais breve possível reabri-lo para visitação”, disse Marcus David.
A onça-pintada em Juiz de Fora
O primeiro registro da onça foi feito por um vigilante do Jardim Botânico, no dia 25 de abril. O local foi fechado para visitação no dia seguinte. Desde então, apenas a equipe especializada tinha acesso ao monitoramento e a captura. Durante os trabalhos, a onça-pintada foi vista em diversos locais da cidade. Confira abaixo:
Estacionamento de um hotel na madrugada de 26 de abril;
Estacionamento da Igreja Batista Estrela Resplandecente da Manhã (Ibrem) no dia 1º de maio;
Ponte da Mata do Krambeck, na noite de domingo (5);
Novamente no estacionamento Ibrem pelo vigia da Igreja Batista Estrela Resplandecente da Manhã, quando foi filmada pelo vigia volta das 20h de segunda-feira (6);
Às margens do Rio Paraibuna e em ruas do Bairro Industrial nesta terça (7);
Dois ataques ao galinheiro em uma casa no Bairro Parque das Torres no dia 8 de maio e também na madrugada do dia 9 de maio.
Após estas aparições, a onça foi avistada no sábado (11) e pegadas foram encontradas no domingo (12) em local não informado dentro do Jardim Botânico. Em seguida, ela foi capturada.
Captura
Nestes quase 20 dias à procura da onça foram instaladas quatro armadilhas de caixa em pontos interno e externo do Jardim Botânico entre quinta (9) e sexta (10). Mas somente no domingo ela foi capturada em um local de cerca de dois metros de profundidade.
O animal foi atraído até o fundo da caixa para pegar uma isca. Isso acionou um gatilho que soltou a porta de entrada, trancando o felino.
Além destas armadilhas, outras seis de laço foram espalhadas em trechos por onde o monitoramento indicou que o animal tem o costume de passar na área da Mata do Krambeck.
Uma comissão tinha sido organizada para fazer as buscas ao animal. Com acompanhamento e atuação técnica do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio), a comissão era composta por sete instituições: Campo de Instruções do Exército Brasileiro em Juiz de Fora, Corpo de Bombeiros, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Estadual de Florestas (IEF/Cetas), Polícia Militar (incluindo a Polícia de Meio Ambiente), Prefeitura de Juiz de Fora e Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
Foi reproduzido por: Folha de Dourados, Lance Goiás,
— —
Veículo: Metrópoles
Editoria: Brasil
Data: 13/05/2019
Link: https://www.metropoles.com/brasil/onca-pintada-solta-desde-abril-e-capturada-em-juiz-de-fora
Título: Onça-pintada solta desde abril é capturada em Juiz de Fora
Felino foi avistado ao menos 10 vezes ao longo das últimas semanas
TÁCIO LORRAN
tacio.lorran@metropoles.com
13/05/2019 14:07,
ATUALIZADO 13/05/2019 14:07
Uma onça-pintada foi capturada na noite desse domingo (12/05/2019), na cidade mineira de Juiz de Fora. Ela estava solta pelo menos desde o final de abril, quando um vigilante conseguiu filmá-la no Jardim Botânico da cidade. Esta e outras nove aparições foram identificadas pelos moradores da cidade durante período de duas semanas.
As andanças aconteceram sempre a noite, em áreas próximas à região da mata. Ainda não se sabe o motivo do animal ter migrado para a área urbana. Em um dos vídeos compartilhados nas redes sociais, a onça foi vista na portaria de um hotel.
Le Monde publica manifesto contra corte de verbas em universidades
O animal também apareceu no estacionamento de uma igreja e foi flagrada fazendo um passeio por um bairro residencial. O felino foi capturado no jardim botânico e está sendo cuidado por especialistas da Universidade Federal de Juiz de Fora.
O caso da onça foi alvo de reportagem do Fantástico no último domingo (13/05/2019). Na ocasião, porém, o felino ainda não havia sido capturado.
— —
Veículo: Rádio Itatiaia JF
Editoria: Cidade
Data: 13/05/2019
Link: http://radioitatiaiajf.com.br/jardim-botanico-da-ufjf-deve-ser-reaberto-em-duas-semanas/
Título: Jardim Botânico da UFJF deve ser reaberto em duas semanas
13 de maio de 2019 Redação
Em coletiva realizada nesta segunda-feira, a pró-reitora de extensão, Ana Lívia Coimbra, explicou que desde que a onça foi avistada pela primeira vez, no dia 25 de abril, técnicos do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros, em parceria com biólogos da UFJF, iniciaram as filmagens para monitorar os hábitos do animal.
Logo após, foram instaladas as armadilhas para realizar a captura.
Ao todo, 61 pessoas estiveram envolvidas no trabalho. Além do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros e UFJF, também integraram a comissão representantes do Exército, Bombeiros, Ibama, IEF, Polícia Militar e de Meio Ambiente e Prefeitura.
Onça está em Área de Proteção Ambiental (APA)
A onça pintada, capturada na noite deste domingo, 12, no Jardim Botânico de Juiz de Fora, já está em uma Área de Proteção Ambiental (APA), em região de Mata Atlântica.
A onça pintada, que teve a primeira aparição na cidade no dia 25 de abril, logo após a inauguração do Jardim Botânico, é macho, tem 1,81 de comprimento, 51,6 Kg, idade aproximada de 4 anos, tem todos os dentes e foi capturado sem nenhum arranhão, o que reforça a tese que estava sozinho, de passagem e em busca de um local para se reestabelecer.
O diretor do Jardim Botânico, Gustavo Soldati, explica que o local para onde o animal foi encaminhado não será divulgado.
Gustavo Soldati
Os trabalhos de monitoramento e captura foram realizados por pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros, em parceria com biólogos da UFJF.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 13/05/2019
Título: Onça-pintada é transferida, mas Jardim Botânico só deve reabrir em duas semanas
Segundo a UFJF, conselho técnico inicia, nesta segunda, discussões para reabertura; após avaliação, pesquisadores confirmam que animal é macho, pesa 51,6 quilos e tem 1,81 metros de comprimento
Por Leticya Bernadete
13/05/2019 às 12h42- Atualizada 13/05/2019 às 19h41
Apesar de a onça-pintada ter sido capturada na noite deste domingo (12), o Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) deve permanecer fechado pelas próximas duas semanas. Isto porque o conselho técnico do espaço inicia, nesta segunda-feira (13), as discussões para sua reabertura, envolvendo questões administrativas e estruturais. A informação foi dada em coletiva de imprensa realizada pela UFJF. O animal já foi transferido para uma área de proteção ambiental, cuja localização não foi divulgada pela UFJF, e deve continuar sendo monitorado por um ano. Ele teria sido levado para uma área florestal ampla, em Minas Gerais, juntamente com outros quatro bichos da mesma espécie.
Segundo a UFJF, a onça foi pega às 20h27 de domingo, por meio de uma armadilha de caixa, posicionada em uma trilha próxima a um lago do Jardim Botânico. Ainda conforme a instituição, o estado de saúde do animal é considerado bom. A onça foi levada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), acompanhada pela equipe técnica do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio) e dos pesquisadores da UFJF, para uma área florestal ampla, distante de área urbana. Entretanto, o local será mantido em sigilo, a fim de evitar interesse de caçadores ou outros agentes que possam oferecer riscos ao animal.
De acordo com a pró-reitora de extensão da UFJF, Ana Lívia Coimbra, foi confirmado que a onça é macho. Além disso, segundo exames realizados na noite de domingo, o felino é robusto, estava com todos os dentes e não apresentava machucados, o que significa que ele não enfrentou outro indivíduo da mesma espécie, confirmando a hipótese de que estava na área do Jardim Botânico de passagem e sozinho.
A onça-pintada aparenta ter cerca de 4 anos de idade, estando, então, no início do período reprodutivo. Ela pesa 51,6 quilos e possui 1,81 metros de comprimento. Ainda conforme Ana Lívia, foram coletadas amostras de sangue, urina e pelo, as quais estão sendo analisadas pela UFJF e pelo Cenap. “Ele foi para área de proteção ambiental, onde existem outros exemplares de felinos como ele, para que haja possibilidade de cruzamento da espécie, portanto, manutenção da vida dela. Seguindo protocolos da política de proteção e conservação de onças-pintadas no Brasil, esse local não será divulgado, mas o que podemos indicar é que é uma área de Mata Atlântica, onde ele vai ter todo o acompanhamento de pesquisadores”, destacou a pró-reitora.
Integração entre órgãos para criar estratégias
Desde o aparecimento da onça-pintada no Jardim Botânico da UFJF, no dia 25 de abril, dentre as diversas ações da instituição, foi organizada uma comissão interinstitucional, a fim de coordenar as atividades em relação ao aparecimento do felino. O reitor Marcus David destacou esse trabalho de integração entre agentes ambientais e de segurança como fundamental para o êxito na proteção do animal e da população. Além disso, o princípio de transparência também norteou as ações da instituição, tranquilizando a população juiz-forana e despertando a consciência de educação ambiental.
Atuaram na comissão representantes de diversos órgãos: da UFJF, por meio da Pró-reitoria de Extensão, do Jardim Botânico, do Departamento de Zoologia, do Colégio de Aplicação João XXIII e da Diretoria de Imagem Institucional; da Prefeitura de Juiz de Fora, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano e da Secretaria de Comunicação Social; do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); do Instituto Estadual de Florestas (IEF); da Polícia Militar de Meio Ambiente; do Corpo de Bombeiros; e do Campo de Instrução do Exército em Juiz de Fora. Além disso, desde a última quarta-feira (8), um pesquisador da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) e outros dois veterinários reforçaram a equipe. Cerca de 60 pessoas participaram dos trabalhos de monitoramento, captura e segurança da onça em Juiz de Fora.
“Uma equipe de pesquisadores de instituições públicas foi responsável por definir todas as estratégias na condução desse trabalho. Como reitor de universidade pública, eu não poderia deixar de registrar que, mais uma vez, as universidades públicas estão cumprindo seu papel junto à sociedade. O papel de oferecer conhecimento para que a sociedade possa enfrentar os seus desafios, de oferecer educação ambiental no sentido de desenvolvimento da nossa sociedade, de oferecer as melhores tecnologias para enfrentar um desafio como esse, onde nós conseguimos fazer a captura do animal com toda a segurança e transportá-lo para um lugar mais apropriado para o seu desenvolvimento”, ressaltou o reitor Marcus David.
Jardim Botânico deve reabrir em duas semanas
O aparecimento da onça-pintada levou ao fechamento temporário do Jardim Botânico. Mesmo capturada, o processo para reabertura do espaço deve levar até duas semanas, de acordo com o diretor do Jardim Botânico, Gustavo Soldati. Os trabalhos para retomada das atividades se iniciam a partir desta segunda-feira. O conselho técnico do espaço irá se reunir e, também, conversar com a comunidade no entorno.
Ainda conforme Soldati, a presença da onça ressaltou a importância do Jardim Botânico para Juiz de Fora, relacionada à educação ambiental como pilar central do espaço.
“O Jardim Botânico, hoje, é fundamental para a cidade de Juiz de Fora, quanto a um processo educativo. Esse caso da onça prova, de forma clara, que o Jardim Botânico conseguiu estabelecer um diálogo claro e franco com a sociedade, com a educação ambiental como plano de fundo.”
A onça-pintada deve ser, ainda, incluída no projeto pedagógico do Jardim Botânico. “Nós temos hoje, no Jardim Botânico, cinco roteiros de visitação ambiental, e a onça vai ser incorporada nesse roteiro – não na forma de tornar essa onça um ‘pet’, que não é o objetivo – mas com elementos para que todos nós, enquanto sociedade, trabalhemos a questão da coexistência entre nós seres humanos e os animais silvestres. Esse vai ser um norte que nós vamos levar também para o Jardim Botânico”, afirma a pró-reitora de extensão da UFJF, Ana Lívia Coimbra.
Patrulhas foram criadas para garantir segurança
Desde sua primeira aparição no Jardim Botânico, a onça-pintada já foi flagrada em diferentes pontos da cidade, como em um hotel localizado ao lado da Mata do Krambeck, no Bairro Industrial, em uma ponte às margens da Mata e, supostamente, em um galinheiro na Zona Norte. Por conta disso, a UFJF reforçou orientações de segurança, além de atuar juntamente com outros órgãos, como a Polícia Militar de Meio Ambiente.
De acordo com o Capitão Flávio Campos, a Polícia Militar de Meio Ambiente lançou patrulhas no entorno do Jardim Botânico, especialmente entre 18h e 6h, período de maior atividade do felino, a fim de reforçar a segurança da população, bem como garantir a integridade física do animal. “Além do trabalho de preservação da flora e da fauna, nós também não deixamos de trabalhar na questão de segurança pública. Dentro dessa missão, desenvolvemos estratégias justamente buscando a segurança da equipe de técnicos e biólogos que estavam fazendo o trabalho para capturar a onça, dando tranquilidade e apoio necessário.”
Dentro do Jardim Botânico, durante os trabalhos de monitoramento do animal e de sua captura, os pesquisadores contaram também com o apoio do Campo de Instrução do Exército – Centro de Educação Ambiental e Cultura, segundo o Coronel Tigre Maia. “O Exército fez um apoio logístico para que os pesquisadores pudessem ficar alojados durante esse período – já que não tinha muita estrutura na parte administrativa do Jardim Botânico – além de, em parte, no apoio técnico.”
18:39 – 13 de mai de 2019
Veja outros Tweets de Tribuna de Minas
Informações e privacidade no Twitter Ads
O processo para reabertura do espaço deve levar até duas semanas, de acordo com o diretor do Jardim Botânico, Gustavo Soldati. Os trabalhos para retomada das atividades se iniciam a partir desta segunda-feira. O conselho técnico do espaço irá se reunir e conversar com a comunidade no entorno. Além disso, serão analisadas questões estruturais do espaço, modificado no período em que os especialistas monitoraram o comportamento do felino.
“A casa administrativa, por exemplo, foi convertida em um centro da discussão dos técnicos, então a gente precisa voltar ao que era normal. Estamos planejando para que o Jardim Botânico seja reaberto com todas as atividades a serem desenvolvidas”, exemplificou. Além desta regularização, as instalações de armadilhas fotográficas e para a captura do animal também serão retiradas.
Foi reproduzido em: Portal Amirt
— —
Veículo: O Tempo
Editoria: Notícias
Data: 13/05/2019
Título: Onça de Juiz de Fora é capturada por força-tarefa
Animal foi sedado, passou por cuidados dos especialistas e, em seguida, levada para uma região de mata atlântica
PUBLICADO EM 13/05/19 – 07h39
LUIZ FERNANDO MOTTA
A onça-pintada que virou o principal assunto entre os moradores de Juiz de Fora nas últimas semanas foi finalmente capturada pela força-tarefa na cidade da Zona da Mata.
Pelo Instagram, o perfil oficial do Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) divulgou imagens do animal sedado e passando por avaliação de especialistas na noite desse domingo.
A equipe estava de prontidão para realizar rapidamente todos os procedimentos para garantir que o animal passasse rapidamente por exames ainda sob o efeito do sedativo. Em seguida, a onça foi encaminhada para uma região de mata atlântica que, por ora, não será revelado para garantir a segurança do animal.
A força-tarefa montada na cidade para capturar o animal envolveu até o Campo de Instrução do Exército em Juiz de Fora, além da UFJF, Prefeitura de Juiz de Fora, Instituto Estadual de Florestas (IEF), Ibama, Polícia Militar de Meio Ambiente e Corpo de Bombeiros.
Foram registradas pelo menos 10 registros de aparições da onça na cidade. Ela foi flagrada pela primeira em 25 de abril, nas proximidades do prédio da administração do Jardim Botânico. Depois, foi vista caminhando tranquilamente em frente a um hotel da avenida Brasil, também próximo à rodoviária.
Para ter acesso ao hotel, por volta das 20h dessa quarta-feira (1), a onça-pintada teve que cruzar o rio Paraibuna e a avenida, correndo o risco de ser atropelada pelos carros. Na madrugada do dia 7, o animal foi filmado no bairro Industrial, nas proximidades da Mata do Krambeck, ao lado da rodoviária da cidade.
Foi reproduzido por: BHAZ, Sete Lagoas Notícias,
— —
Veículo: Hoje em Dia
Editoria: Horizontes
Data: 13/05/2019
Título: Onça-pintada que rondava bairros de Juiz de Fora é capturada; veja fotos
Renata Evangelista
rsouza@hojeemdia.com.br
13/05/2019 – 08h55 – Atualizado 12h12
Compartilhe
PM/Divulgação /
O animal passa bem e deverá ser solto em uma reserva florestal da região
O animal passa bem e deverá ser solto em uma reserva florestal da região
Após 18 dias de busca, a onça-pintada que rondava os arredores do Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), na Zona da Mata mineira, enfim, foi capturada. Além do parque, o felino também foi visto em outras áreas da cidade. O animal passa bem e deverá ser solto em uma reserva florestal da região.
O anúncio da captura foi feito pelo perfil do Instagram do Jardim Botânico da UFJF. A equipe que integrou a força-tarefa postou imagens da onça passando por avaliação. “Estamos acompanhando a equipe até a soltura de nosso amigo em área florestal ampla, de vida livre, e mais segura”, publicou.
Por medida de segurança, e para evitar a ação de caçadores e de curiosos, o local para onde a onça-pintada está sendo levada foi mantido em sigilo. A operação montada para resgatar o animal contou com integrantes de sete instituições municipais, estaduais e federais, incluindo o Instituto Estadual de Florestas (IEF).
Raridade
Conforme o professor da UFJF Artur Andriolo, o usual é o felino não se expor como ocorreu nas últimas semanas. “Tivemos a honra de ver este animal raro tão de perto. Mas ele é conhecido pelo mistério de se camuflar na paisagem, de caminhar sem ser notado, o espírito da floresta. Faz pensar que sumiu enquanto pode estar ao nosso lado”, disse.
Desde sábado (11), especialistas estavam seguindo os rastros do felino, que foi capturado do domingo (12). Nas redes sociais, a UFJF havia ressaltado que a captura seria importante para “reduzir os riscos à sua sobrevivência, incidentes com a população e contribuir para a reprodução da espécie”.
A equipe usou armadilhas de laço e caixa, dentro e fora do Jardim, para resgatar o animal. “Felinos são espertos, desconfiados. Podem perceber se o ambiente foi modificado, se há odores humanos – a equipe evita loções corporais (haja picadas de pernilongo…)”, postou a UFJF nas redes sociais sobre a demora para capturar a onça.
Burburinho
Desde a aparição do felino, no dia 25 de abril, o Jardim Botânico da UFJF estava fechado para visitação. “Por precaução e segurança dos visitantes, do próprio animal e da população do entorno, a Administração Superior da UFJF, com a direção do jardim, optou pela interdição temporária”, informou a instituição na época. A expectativa é de que, com a captura, o parque seja logo reaberto para o público.
A presença do animal também provocou um alvoroço na cidade e foi um dos assuntos mais comentados nos últimos dias, justamente por ser raro. A onça-pintada não fez ataque a humanos, mas matou nove galinhas em uma casa, na última quarta-feira (8).
— —
Veículo: Portal F11
Editoria: Notícias
Data: 15/05/2019
Título: Capturada onça-pintada no Jardim Botânico da UFJF; animal está bem e segue para área florestal adequada
Onça-pintada recebeu primeiros cuidados no local por equipe multidisciplinar e está em boa condição de saúde.
Capturada onça-pintada no Jardim Botânico da UFJF; animal está bem e segue para área florestal adequada
Na noite de domingo, às 20h27, foi capturada a onça-pintada que habitava a Mata do Krambeck, em Juiz de Fora. O animal foi preso por uma armadilha de caixa, posicionada em uma trilha próxima ao primeiro lago do Jardim Botânico da UFJF.
A onça encontra-se em boa condição de saúde e está sendo levada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) para uma área florestal ampla, distante de área urbana. O trajeto está sendo acompanhado por médico veterinário do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio).
O nome do local está mantido em sigilo a pedido da área florestal que irá recebê-lo. Dessa forma, tenta-se evitar a atração de caçadores para a região e de outros agentes que possam representar riscos ao animal. Outras informações sobre a captura da onça serão divulgadas em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 13, às 9h30 na Reitoria da UFJF.
Fonte: UFJF
— —
Veículo: Rádio Itatiaia JF
Editoria: Notícias
Data: 13/05/2019
Link: http://radioitatiaiajf.com.br/onca-pintada-e-capturada-no-jardim-botanico-da-ufjf-em-juiz-de-fora/
Título: Onça-pintada é capturada no Jardim Botânico da UFJF em Juiz de Fora
13 de maio de 2019 Redação
A onça-pintada foi capturada na noite deste domingo, 12, na área do Jardim Botânico de Juiz de Fora.
O animal foi preso por uma armadilha de caixa, posicionada em uma trilha próxima ao primeiro lago do Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
A onça encontra-se em boa condição de saúde e está sendo levada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) para uma área florestal ampla, distante de área urbana. O trajeto está sendo acompanhado por um médico veterinário.
O caso está sendo acompanhado por um comitê coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio), e composto por sete instituições: Campo de Instruções do Exército Brasileiro em Juiz de Fora, Corpo de Bombeiros, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Estadual de Florestas (IEF/Cetas), Polícia Militar (incluindo a Polícia de Meio Ambiente), Prefeitura de Juiz de Fora e Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
— —
Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 13/05/2019
Título: Após captura de onça-pintada em Juiz de Fora, UFJF diz que ela será monitorada
Animal foi encaminhado para área de Mata Atlântica; colar vai mostrar todos os passos. Reitor destacou ação conjunta para a captura.
Por Roberta Oliveira e Mariana Dias, G1 Zona da Mata
13/05/2019 11h48 Atualizado há um mês
Integrantes da Comissão Interinstitucional concederam uma entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (13) e repassaram detalhes sobre a captura da onça-pintada na noite de domingo (12), no Jardim Botânico, em Juiz de Fora. As buscas pelo animal duraram 17 dias.
De acordo com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), o animal foi pego em uma armadilha de caixa instalada perto do prédio administrativo. Os integrantes explicaram que houve duas fases de trabalho: na primeira, que durou uma semana, houve o monitoramento e o levantamento de dados da rotina do animal. Os outros dez dias foram para a instalação das armadilhas, seja a de laço e a de caixa, onde ela foi capturada.
Representante do IEF, Artur Valente, explica trabalho para captura de onça-pintada
Após a captura, os pesquisadores fizeram exames e colocaram colar para monitoramento na onça, como explicou a pró-reitora de extensão da UFJF, Ana Lívia Coimbra.
“É um macho, robusto, que tem todos os dentes e nenhum arranhão, ou seja, não enfrentou nenhum outro animal por disputa de território. Ele tem 51,6 kg, 1m81 [medido da cauda à cabeça] e medida de 3,9 centímetros dos caninos superiores. Foram coletadas amostras de pelo, de sangue e de urina para ser examinadas pelos pesquisadores da UFJF e do Cenap”.
Duas horas após a captura, a onça foi levada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), em uma caixa metálica, forrada com espuma. No trajeto, o felino foi monitorado pelo médico veterinário Paulo Roberto Amaral, do Cenap/ICMBio. Na coletiva, foi anunciado que o animal já chegou ao destino, uma área de Mata Atlântica, que não foi divulgada por questões de segurança.
“Durante um ano ela será monitorada e saberemos todos os passos dela. Ela está em uma área propícia para se desenvolver, reproduzir e interagir com outros felinos”, disse a pró-reitora de extensão da UFJF, Ana Lívia Coimbra.
Pró-reitora de Extensão da UFJF, Ana Lívia Coimbra, destaca trabalho conjunto em todo o processo referente à onça-pintada
O reitor da UFJF, Marcus David, destacou a ação conjunta de vários órgãos para a captura da onça-pintada. Ao todo, 61 pessoas de sete instituições participaram do trabalho.
“Todo este grupo trabalhando em conjunto nos permitiu tomar decisões serenas e tecnicamente embasadas para o desfecho exitoso”, afirmou.
O reitor destacou especialmente a ação dos pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e Fernando Azevedo, da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), que junto aos técnicos do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio) atuaram em todo o processo.
“As universidades públicas estão cumprindo o seu papel junto à sociedade. O papel de oferecer conhecimento para enfrentar seus desafios. O papel de oferecer educação ambiental. O papel de oferecer as melhores tecnologias para enfrentar um desafio como esse. Afinal de contas, era um animal que parou numa região que não era propícia por conta do do tamanho da área. Esse animal não sobreviveria. Tanto que começou a entrar em áreas urbanas, colocava em risco as pessoas e o próprio animal. E nós conseguimos com muita capacidade desta equipe fazer a captura e transportar este animal para um lugar onde poderá se desenvolver com segurança”, analisou.
Após captura de onça-pintada em Juiz de Fora, UFJF diz que ela será monitorada
Reabertura do Jardim Botânico
Após a captura, o reitor da UFJF explicou os próximos passos para a reabertura do Jardim Botânico, que foi fechado desde 26 de abril por causa da presença da onça-pintada.
“Agora as equipes técnicas do Jardim Botânico vão trabalhar; tem que ser desmontado tudo que foi preparado para a captura do animal, as armadilhas. Em seguida, vai ser feita uma avaliação do estado do Jardim Botânico. Nós pretendemos o mais breve possível reabri-lo para visitação”, informou Marcus David.
Educação ambiental é o legado da onça-pintada, analisa diretor do Jardim Botânico, Gustavo Soldati
Segundo o diretor do Jardim Botânico, Gustavo Soldati, o trabalho para reabrir o parque será iniciado nesta segunda.
“É preciso fazer uma reunião com o conselho técnico, com a comunidade do entorno e tem questões estruturais. A gente está idealizando no máximo duas semanas”, explicou Soldati.
A onça-pintada em Juiz de Fora
O primeiro registro da onça foi feito por um vigilante do Jardim Botânico, no dia 25 de abril. O local foi fechado para visitação no dia seguinte. Desde então, apenas a equipe especializada tem acesso para o monitoramento e o trabalho de captura.
Depois ela foi flagrada fora da área da Mata do Krambeck:
no estacionamento de um hotel na madrugada de 26 de abril;
no estacionamento da Igreja Batista Estrela Resplandecente da Manhã (Ibrem) no dia 1º de maio;
na ponte da Mata do Krambeck, na noite de domingo (5);
novamente no estacionamento pelo vigia da Ibrem, quando foi filmada pelo vigia volta das 20h de segunda-feira (6);
às margens do Rio Paraibuna e em ruas do Bairro Industrial nesta terça (7);
dois ataques ao galinheiro em uma casa no Bairro Parque das Torres no dia 8 de maio e também na madrugada do dia 9 de maio.
Ainda de acordo com a UFJF, a onça foi avistada no sábado (11) e pegadas foram encontradas no domingo (12) em local não informado dentro do Jardim Botânico.
Foi reproduzida por: Minas Hoje
— —
Veículo: G1
Editoria: Fantástico
Data: 13/05/2019
Título: Onça-pintada, que estava solta em Juiz de Fora, é capturada na cidade
Animal foi visto no estacionamento de uma igreja e flagrada fazendo um passeio por um bairro residencial. Onça está sendo cuidada por especialistas da Universidade Federal de Juiz de Fora.
13/05/2019 00h14 Atualizado há um mês
Moradores de Juiz de Fora estão intrigados com andanças de onça-pintada pela cidade
Desde que o primeiro vídeo de uma onça-pintada circulando por Juiz de Fora foi compartilhado nas redes sociais, não se fala em outra coisa na cidade. A onça passa o dia todo descansando na mata. Quando anoitece, começam as andanças. No total, foram pelo menos dez aparições em pouco mais de duas semanas, todas em uma área perto de uma região de mata. Ninguém tem certeza sobre o que levou a onça a sair da mata e ir para a área urbana.
Foi capturada, na noite deste domingo (12), a onça-pintada que estava solta em Juiz de Fora. A onça foi encontrada no jardim botânico da cidade. Ela está sendo cuidada por especialistas da Universidade Federal de Juiz de Fora.
— —
Veículo: Itatiaia
Editoria: Notícias
Data: 13/05/2019
Link: http://www.itatiaia.com.br/noticia/armadilha-captura-onca-pintada-que-andava-pel
Título: Armadilha captura onça-pintada que andava pelas ruas de Juiz de Fora, na Zona da Mata
Por Redação , 13/05/2019 às 08:44
A onça-pintada que andava por ruas de Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas, e virou assunto nacional, foi capturada na noite desse domingo (12), em uma armadilha feita com caixa. O felino estava no Jardim Botânico da cidade e agora está sob cuidados de especialistas da Universidade Federal de Juiz de Fora.
A onça-pintada foi vista na cidade pela primeira vez no dia 25 de abril, perto do prédio administrativo do Jardim Botânico. Depois foram pelo menos mais nove aparições na cidade, o que deixou moradores com medo e mobilizou a criação de uma força-tarefa que contou com Exército, Prefeitura de Juiz de Fora, Instituto Estadual de Florestas (IEF), Ibama, Polícia Militar de Meio Ambiente e Corpo de Bombeiros.
— —
Veículo: Acessa.com
Editoria: Cidade
Data: 13/05/2019
Título: Onça-pintada chega na área de proteção. Veja as fotos
Após ser capturada, a onça-pintada foi levada, na manhã desta segunda-feira, 13 de maio, pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), em uma caixa metálica, forrada com espuma. Conforme a assessoria da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), “no trajeto, o felino foi monitorado pelo médico veterinário Paulo Roberto Amaral, do Cenap/ICMBio. Ele foi inserido em uma área florestal ampla, em Minas Gerais, distante de área urbana, com menos riscos de incidentes do que em Juiz de Fora. “Aqui não caberia outro indivíduo. Na nova área, existem um macho e três fêmeas. Assim temos a possibilidade de reprodução. Ele é essencial para a espécie”, explica o professor Fernando Azevedo. Sobram menos de 300 onças-pintadas vivendo em Mata Atlântica. O nome do local está mantido em sigilo a pedido da área florestal que irá recebê-lo. Confira as fotos de Raul Mourão.
— —
Veículo: Acessa.com
Editoria: Cidade
Data: 13/05/2019
Link: https://www.acessa.com/cidade/arquivo/noticias/2019/05/13-onca-pintada-capturada-juiz-fora/
Título: Onça-pintada é capturada em Juiz de Fora
Da redação
A onça-pintada que apareceu no Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) foi capturada na noite desse domingo, 12 de maio, segundo informações divulgadas no Instagram do Jardim Botânico. O animal foi preso por uma armadilha de caixa, posicionada em uma trilha próxima ao primeiro lago do Jardim Botânico da UFJF.
Durante coletiva de imprensa, na manhã desta segunda-feira, 13, o professor do Departamento de Zoologia da UFJF Artur Andriolo explicou: “era um local que ela passava recorrentemente”. Ele acompanhou a presença do animal desde o início dos trabalhos juntamente com o professor do Colégio de Aplicação João XXIII Pedro Nobre. As quatro caixas metálicas foram instaladas entre quinta e sexta-feira, 10, e somaram-se as outras seis armadilhas de laços que já estavam em funcionamento no local.
O felino está robusto, com todos os dentes e sem arranhões. “Isso é típico de um animal que ainda não brigou, não enfrentou outro macho e está se dispersando. A pelagem está boa, sem carrapatos”, constatou o professor Fernando Azevedo, da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), membro da equipe.
Tal como se suspeitava por meio de fotos e vídeos, trata-se de um macho. Tem 51,6 quilos, 1,81 metro de comprimento e aproximadamente 4 anos. A idade foi estimada pelo tamanho e estado dos dentes. O canino superior direito mede 3,9 centímetros. “Eles estão bem formados, com pouca coloração amarelada e poucos sinais de desgaste”, explicou Azevedo.
No trabalho, a equipe coletou amostras de sangue, urina e pelo. Parte do material será levado para análise no Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio), localizado em Atibaia (SP). “Eles farão parte de um banco de dados sobre a espécie e, a partir deles, será feita uma série de análises”, afirma o veterinário e analista ambiental do Cenap Paulo Roberto Amaral.
Área livre e mais segura
Pagamento dos servidores da Prefeitura de Juiz de Fora será dia 4 de julho Avenida Rio Branco recebe mais uma edição do Bem Comum Lazer Coleta domiciliar em Juiz de Fora será ampliada a partir de 1º de julho
A onça foi levada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), em uma caixa metálica, forrada com espuma. No trajeto, o felino foi monitorado pelo médico veterinário Paulo Roberto Amaral, do Cenap/ICMBio. Ele foi inserido em uma área florestal ampla, em Minas Gerais, distante de área urbana, com menos riscos de incidentes do que em Juiz de Fora. “Aqui não caberia outro indivíduo. Na nova área, existem um macho e três fêmeas. Assim temos a possibilidade de reprodução. Ele é essencial para a espécie”, explica o professor Fernando Azevedo. Sobram menos de 300 onças-pintadas vivendo em Mata Atlântica.
O nome do local está mantido em sigilo a pedido da área florestal que irá recebê-lo. Dessa forma, tenta-se evitar a atração de caçadores para a região e de outros agentes que possam representar riscos ao animal. De acordo com a pró-reitora de Extensão, Ana Lívia Coimbra, a estratégia de mobilização usada pela Universidade visando a conscientização ambiental foi fundamental para garantir a segurança do felino e das pessoas. “A situação trouxe um debate muito grande nas redes, que revelou a preocupação da população com o animal.”
Reabertura do Jardim Botânico
Com a transferência do animal, o Jardim Botânico prepara-se para ser reaberto. Segundo o diretor, Gustavo Soldati, reuniões com os comitês que compõem administração do espaço serão feitas nos próximos dias para organizar a reabertura do Jardim. A previsão é de que isso ocorra em duas semanas. A presença da onça será incorporada como processo de educação ambiental nas atividades e roteiros de visitação do Jardim.
Antes de ser capturada, o registro mais recente da onça ocorreu neste domingo, às 5h03, no Jardim. Pegadas também foram encontradas no local, na tarde de sábado, 11, indicando, conforme especialistas, movimentação na noite de sexta, 10, ou na madrugada.
O primeiro registro em vídeo do animal foi feito em torno de 21h15 do dia 25 de abril pelo vigilante Wamildo Jesus Ribeiro ao redor da sede administrativa do Jardim Botânico. Na manhã do dia seguinte, a UFJF decide fechar temporariamente o Jardim Botânico.
— —
Veículo: Prefeitura de Juiz de Fora
Editoria: Notícias
Data: 13/05/2019
Link: https://www.pjf.mg.gov.br/noticias/view.php?modo=link2&idnoticia2=64529
Título: Segunda palestra sobre educação financeira para iniciantes é ministrada no Demlurb
Portal de Notícias PJF | Segunda palestra sobre educação financeira para iniciantes é ministrada no Demlurb | DEMLURB – 13/5/2019O economista da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Fernando Agra, estará nesta terça-feira, 14, às 8h30, na sede do Departamento de Limpeza Urbana (Demlurb – Avenida Francisco Valadares, 1.000, Bairro Vila Ideal) para ministrar palestra aos servidores do órgão, sobre educação financeira. Lá, serão abordados temas como cuidados ao utilizar cartões de crédito, atenção aos serviços que os bancos oferecem e como funciona o crédito consignado, entre outros.
Agra, que é também autor de livros sobre economia, considera que “o objetivo principal dessa palestra é mostrar para os servidores como utilizar melhor seu dinheiro”.
* Informações com a Assessoria de Comunicação do Demlurb pelo telefone 3690-3537.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 13/05/2019
Título: Abraço ao IF Sudeste protesta contra cortes na educação
Grupo de estudantes, professores e funcionários defende a importância da instituição para o ensino público na cidade
Por Gracielle Nocelli
13/05/2019 às 19h32
Estudantes, professores e funcionários do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (If Sudeste-MG) realizaram ato nesta segunda-feira (13) contra o bloqueio de 30% do orçamento dos institutos federais anunciado pelo ministro Abraham Weintraub. De mãos dadas, o grupo abraçou o prédio do Pentágono, no campus da instituição, localizado no Bairro Fábrica, onde são ministradas as aulas. Entoando cantos em prol da educação que afirmavam que a “luta é unificada”, os manifestantes também aplaudiram o instituto.
Na ocasião, o diretor-geral do campus, Sebastião Sérgio de Oliveira, informou os prejuízos para o trabalho da instituição caso a medida seja mantida. “Isto representará cerca de R$ 2,7 milhões a menos, o que implicará na interrupção da oferta de bolsas, visitas técnicas, contratos com terceirizados e impactos nos serviços”, explicou. “O orçamento para 2019 já é menor do que o disponível em 2012. De lá para cá, nós aumentamos cursos e vagas, mas os recursos diminuíram. Se o bloqueio do orçamento permanecer, os dias serão terríveis.”
Sebastião destacou o trabalho de ensino, pesquisa, extensão e inovação realizado pelo instituto há 62 anos em Juiz de Fora. “Nós oferecemos uma educação pública, gratuita e de muita qualidade.” Ele também fez a leitura da nota oficial emitida pelo Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) em resposta ao anúncio do Governo. O texto diz que o conselho tenta reverter a situação junto ao Ministério da Educação (MEC).
Em números
A nota detalha, em números, o alcance dos institutos federais no país. “Mais de 50% dos municípios brasileiros são direta ou indiretamente atendidos pelos 647 campi, além dos nove polos de inovação, implantados em 568 cidades que, aliados às vocações locais, possibilitam conquistas tecnológicas a partir do acesso às diversas modalidades da educação profissional – do ensino técnico de nível médio à pós-graduação, incluindo a formação de professores. Em muitos casos, essas instituições representam a única oportunidade de qualificação profissional da comunidade”, afirma o Conif.
O texto também ressalta os resultados do ensino oferecido pelas instituições. “Estão em andamento mais de 11 mil projetos de pesquisa e seis mil de extensão tecnológica. Para além disso, olimpíadas e premiações nacionais e internacionais, bem como indicadores de qualidade, realçam a eficiência dos serviços prestados. É o caso do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no qual os estudantes da Rede Federal superam o rendimento dos demais sistemas educacionais em todas as edições”, informa. ” A principal avaliação da educação básica do mundo, o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em 2015, aponta que, se fosse um país, a Rede Federal estaria entre os primeiros colocados nas áreas analisadas.”
Educação faz ‘greve geral’ na quarta
Para além dos recentes cortes anunciados pelo Governo federal, que, em Juiz de Fora, afetam a UFJF e o IF Sudeste, setores ligados à educação da cidade também estão mobilizados em torno de uma agenda nacional contrária à reforma da Previdência, também defendida pela equipe do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Desta maneira, sindicatos que representam professores das redes públicas municipal, estadual e federal, além de técnico-administrativos da UFJF, estão convocando as categorias para uma paralisação nesta quarta-feira (15), em ato que vem sendo chamado greve nacional da educação e deve contar com ações em várias cidades do país. Em Juiz de Fora, docentes da rede privada de ensino também aprovaram adesão ao movimento e algumas escolas já estão informando a suspensão das aulas a pais e responsáveis.
Assim está prevista a realização de um ato na escadaria da Câmara Municipal, a partir de 16h desta quarta. Entre as entidades que puxam os protestos na cidade estão o Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro), o Sindicato Único de Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), a Associação dos Professores de Ensino Superior de Juiz de Fora (Apes), o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais (Sintufejuf). No âmbito nacional, as ações são convocadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee).
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Sala de Leitura
Data: 14/05/2019
Título: Cidinha da Silva: “Sou uma escritora que tem posição política sobre as coisas e sobre o mundo”
Por Marisa Loures
14/05/2019 às 11h20 – Atualizada 17/05/2019 às 06h15
Cidinha da Silva é mineira. Prosadora, editora e dramaturga. Deixou Belo Horizonte há algum tempo, mas mantêm vivas as marcas de Minas Gerais em seus trabalhos. Aliás, “Um Exu em Nova York” (Pallas, 80 páginas), obra sobre a qual ela conversa com os alunos da Faculdade de Letras da UfJF no próximo “Encontros com a literatura”, programado para 22 de abril, é o seu livro mais mineiro, segundo ela.
“A mineiridade é intrínseca, não faço qualquer esforço para não perdê-la, me sinto muito mineira, e isso está refletido no meu trabalho. Mineiridade, a propósito, é quase um sentimento, a gente sabe o que é, onde se localiza dentro da gente, mas não sabe explicar ou não tem necessidade de fazê-lo. A gente fala dela, vivencia sua presença como a de uma velha conhecida e, de fato, ela é muito velha e muito conhecida. Minas vive em mim, definiu quem sou (para o bem e para o mal) e esse estado de espírito povoa minha literatura, povoa mesmo, cria tipos humanos que são muito mineiros. Eu tenho um espírito minerador, vivo com a bateia nas mãos dispensando cascalho e procurando diamantes, refiro-me a meu processo criativo”, conta a autora que, ainda no dia 22, a partir das 19h, no anfiteatro da Faculdade de Letras da UFJF, ministra a palestra “Africanidades na obra de Cidinha da Silva”. O evento é promovido pelo grupo de pesquisa Afrikas, do Departamento de História da instituição, e é aberto ao público em geral.
Fortemente engajada com a causa negra e com questões ligadas às relações de gênero, Cidinha presidiu o Geledés – Instituto da Mulher Negra – uma organização política brasileira de mulheres negras contra o racismo e sexismo – entre os anos 2000 e 2002. Também fundou o Kuanza – instituto que promove ações de educação, ações afirmativas e articulação comunitária para a população negra – e foi gestora de cultura na Fundação Cultural Palmares. A estreia na literatura afro-brasileira se deu em 2006, com “Cada tridente em seu lugar”. A obra aborda as ações que visam garantir o acesso e a permanência do negro nas universidades. Desde então, já publicou 15 livros autorais, entre os quais “Os noves pentes d’África (2009), “# Parem de nos matar!”(2016), “Ações afirmativas em educação: experiências brasileiras” (2003) e “Africanidades e relações raciais: insumos para políticas públicas na área do livro, leitura, literatura e bibliotecas no Brasil” (2014). Estes dois últimos são considerados fundamentais para o pensamento sobre as relações raciais contemporâneas aqui no país.
Em “Um Exu em Nova York”, seu primeiro livro de contos, ela “apresenta uma perspectiva contemporânea e ficcional do cotidiano sobre temas como política, crise ética, racismo religioso, perda generalizada de direitos (principalmente por parte das mulheres), negros e grupos LGBT.” Lançada há sete meses, a publicação teve a primeira tiragem esgotada, e a primeira reimpressão está saindo da gráfica com 2.000 exemplares. “Eu tinha vários contos escritos, guardados, que não tinham uma unidade como livro. Quando escrevi o conto ‘I have shoes for you’, que a princípio se chamava ‘Um Exu em Nova York’, encontrei ali o fio condutor das demais narrativas. Eu queria um livro de contos que tratasse de africanidades e orixalidade por meio de tensões e diálogos entre tradições (africanas, afro-brasileiras, afro-indígenas) e contemporaneidade. Decidi também conjugar o verbo-neologismo exuzilhar, criado por mim em 2010, de diferentes modos no curso do meu rio de contos.”
Marisa Loures – Qual a importância de Nova york para as suas histórias?
Cidinha da Silva – Há dois contos do livro ambientados em Nova York, “I have shoes for you” e “Farrina”. O livro é composto por 19 contos, 17 se passam em diferentes lugares do Brasil, a maioria deles sem definição geográfica precisa. A importância singular de Nova York no livro, cidade também conhecida como “encruzilhada do mundo”, talvez repouse no lugar de capital pop ou pós-moderna simbolizado por ela na diáspora africana.
– No prefácio da publicação, Wanderson Flor do Nascimento nos diz que o Exu é um andarilho, um mensageiro. “Senhor das contradições e dos caminhos, Exu anda com as palavras, anda nas palavras, anda pelas palavras, anda as palavras. Por viver (n)as palavras, como vive (n)as encruzilhadas, (n)os caminhos, Exu as tem como ferramentas para fazer mundos, encontros, memórias”. Baseada nas palavras dele e depois de ler seus escritos, acredito que essa entidade ligada aos ritos das religiões afro-brasileiras é um ser que está presente o tempo todo nos seus contos, como se ele fosse o responsável por ligar todas as histórias…
– Sim, você leu corretamente, é o exercício de exuzilhar que apresentei acima. Exu e seus saberes, seus modos movimentar o mundo, são o dínamo deste Exu em Nova York.
– Na orelha do livro, a professora e escritora Natália Borges diz que sente “um profundo respeito” por aquilo que desconhece e assim admira. Posso fazer uso das palavras dela, porque, ao percorrer as páginas da publicação, me vi diante do desconhecido e gostei muito do que descobri. Acredito que, desde o lançamento de “Um exu em Nova York”, ouros leitores estejam passando pela mesma experiência que eu. Como tem sido a receptividade da obra?
– A receptividade é muito boa, em sete meses esgotamos a primeira tiragem de 1.500 exemplares e a primeira reimpressão está saindo da gráfica com 2.000 exemplares. O livro está sendo muito lido e comentado, isso é ótimo. Tem uma coisa interessante e até engraçada que é o fato de muita gente achar que se trata de um “livro de religião” e por isso se sente tentada a demonstrar seus conhecimentos no campo e isso faz com que surjam afirmações hilárias, às vezes. Certa feita, uma moça insistia em falar sobre supostas folhas que todos os terreiros colocariam no chão das casas de religiões de matrizes africanas, de Umbanda, mais especificamente. Ela não se lembrava do nome, mas tinha certeza de que eu sabia. Eu não sabia, nem sei de nada e ela queria me forçar a saber, baseada numa lembrança vaga e esmaecida de algo vivido na própria infância. Me divirto bastante.
– Já li uma entrevista em que você diz que sua “alfabetização digital é quase nula.” Nos dias de hoje, a internet é quase que uma das principais pontes entre o escritor e o leitor. Como divulga sua obra? Como coloca sua literatura na rua?
– Uso a internet basicamente para divulgação de livros e eventos literários, além da expressão de posições políticas. Agora tenho também uma loja virtual, cujo endereço é https://www.kuanzaproducoes.com.br/um-exu-em-nova-york que possibilita a chegada dos meus livros às pessoas interessadas em todos os quadrantes do Brasil. Coloco minha literatura na rua de maneira presencial, a maior parte do tempo, nos festivais literários dos quais participo, oficinas, cursos, palestras, seminários, clubes de leitura e também nos eventos literários que organizo.
“Eu sou uma mulher negra num país racista, algo definidor de quem sou, posto isso, tenho liberdade criativa irrestrita e me apresento como escritora, não tenho a necessidade de usar as categorias mulher e negra para definir pertencimento em minha minibiografia.”
– Você presidiu o Geledés – Instituto da Mulher Negra, que é uma organização política brasileira de mulheres negras contra o racismo e o sexismo, entre os anos 2000 e 2002. Diante da forte discriminação ainda presente na nossa sociedade, é importante se dizer autora negra e mulher dentro do campo literário brasileiro atual?
– Eu sou uma mulher negra num país racista, algo definidor de quem sou, posto isso, tenho liberdade criativa irrestrita e me apresento como escritora, não tenho a necessidade de usar as categorias mulher e negra para definir pertencimento em minha minibiografia, entende? Eu sei e todo mundo sabe que sou uma mulher negra, a vida não me deu chance de não saber, tampouco de ser alguém diferente, esse pertencimento sempre me foi imposto. Afirmar e reafirmar isso, para mim, é redundância desnecessária.
– E Cidinha da Silva é uma escritora negra politicamente bem posicionada. Como analisa a relação entre arte e política, Literatura e política?
– Sou negra, isso precede qualquer coisa. Sou uma escritora que tem posição política sobre as coisas e sobre o mundo. Toda arte é política, toda a literatura também, mesmo aquelas que advogam pela neutralidade da estética.
– Você é considerada um dos grandes nomes do ativismo negro do Brasil. Quais outros representantes da literatura negra são referências para a sua escrita e que você indicaria para os leitores?
– Não me considero um “grande nome do ativismo negro”, aspiro conquistar alguma importância no campo literário amplo. Quanto às referências, prefiro falar em autorias negras, me deixa mais confortável e amplia meu campo de sugestões, haja vista também que vários autores e autoras negros importantes para mim não se filiam à literatura negra e tem também as escritoras africanas. Citarei apenas alguns nomes e os justificarei, mas tenho muitos outros. Edimilson de Almeida Pereira. Um alumbramento, o primeiro escritor negro que conheci e tirou meus pés do chão com sua poesia. Leda Maria Martins. A escritora mais refinada que conheci. Eu tinha um sonho-meta quando jovem: se um dia conseguisse escrever dois ou três parágrafos de refinamento aproximado ao de Leda Maria Martins, poderia morrer feliz. Elisa Lucinda é a primeira poeta negra que me arrebatou, eu a conheci declamando, antes de ter livro gráfico publicado e depois acompanhei com muita alegria sua carreira vitoriosa e profícua. Ana Maria Gonçalves é nossa maior escritora viva, num país que tem vivas também, as escritoras Nélida Pinõn e Lígia Fagundes Telles. Tatiana Nascimento. Balzaquiana poeta brasiliense, é a poesia que mais me toca na atualidade. Paulina Chiziane é a grande narradora, aquela que conta uma história como ninguém. Léonora Miano. Esta escritora de Camarões é uma descoberta recente que tem mexido muito comigo. Primeiro li “Contornos do dia que vem vindo” e agora estou lendo “A estação das sombras”. Ambos são livros desestabilizadores. Lesley Nneka Arimah. Escritora de origem nigeriana. “O que acontece quando um homem cai do céu” é seu livro de contos publicado no Brasil. É uma escritora que me ensina a escrever, alguém cuja técnica eu persigo e estudo.
“Um Exu em Nova York”
Autora: Cidinha da Silva
Editora: Pallas, 80 páginas.
Encontros com a Literatura
Conversa com alunos da faculdade de Letras da UFJF. 22 de abril, às 16h, no anfiteatro da Faculdade de Letras da UFJF.
Palestra “Africanidades na obra de Cidinha da Silva”
22 de abril, às 19h, no anfiteatro da Faculdade de Letras da UFJF. Evento aberto ao público.
Trecho de “I have shoes for you”, conto de “Um Exu em Nova York”
Ela surgiu de surpresa, como eles costumam vir ao meu mundo. Estacou a meio metro, de cabeça baixa, fechada em roupas pretas de modo que primeiro só vi aquela cabeleira lisa. Depois, considerei que pudesse ser peruca. Os ombros arqueados, os braços finos e as mãos que, quando estendidas, notei serem pequenas e enluvadas, escondidas no casaco, um pouco mais old fashion que o meu.
A mulher levantou a cabeça devagar. Cruzei com seus olhos em brasa. Fitei os dentes, eram bem separados entre si. A arcada superior, principalmente, pelo menos meio centímetro entre um dente e outro, reparei quando ela perguntou com voz muito doce se eu tinha algum trocado. Sorri para ela. Entreguei as moedas.
Quando olhou para meus pés, depois de agradecer, disse: eu tenho sapatos para você. Eu não tinha certeza de ter ouvido a frase e perguntei: O quê? Eu tenho sapatos para você. Ela repetiu com a voz doce que eu já contei que ela tinha. Mensagem entendida, agradeci e assegurei que estava bem com meus sapatos, não precisava de outros, não. Ela riu com aqueles olhos vermelhos. Seguiu seu caminho e eu percebi um andar torto, sapatos grossos e pés que pareciam carregar o dobro de seus setenta quilos.”
— —
Veículo: G1 Vales
Editoria: Notícias
Data: 14/05/2019
Título: Semana Nacional do Museu conta com programação especial no Leste de Minas
Exposição, palestras e oficinas fazem parte da programação; tema da semana é “Museus como Núcleos Culturais: o Futuro das Tradições”.
Por G1 Vales de Minas
14/05/2019 11h41 Atualizado há um mês
Com o tema “Museus como Núcleos Culturais: o Futuro das Tradições”, a 17ª Semana Nacional do Museu no Leste de Minas conta com exposições, palestras, visitas, exibições de filmes e oficinas. O objetivo é valorizar os museus e aproximar a população da educação cultural.
Em Coronel Fabriciano, as atividades contam com ciclo de palestras em escolas sobre educação patrimonial, oficinas e exposições. No Museu Municipal a Exposição “As tradições de Coronel Fabriciano” pode ser visitada de 9h as 18h até a próxima sexta-feira (17).
Toda a programação é gratuita e para as oficinas é necessário fazer inscrição prévia. Segundo a organização, os interessados devem levar uma foto ou outro objeto porque durante as oficinas cada participante vai falar da sua história. O ciclo de palestras nas escolas começa nesta terça e vai até a próxima quinta (16) e os interessados precisam agendar a participação. Outras informações pelo telefone (31) 3846-7739 ou 7701. O museu municipal está localizado na Rua Dr. Querubino, 342, Centro – anexo a igreja matriz de São Sebastião.
Governador Valadares
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em parceria com o Museu de Governador Valadares, está com a exposição de Fotografia “História em Movimento” aberto ao público até o dia 25 de maio. O acervo conta com cerca de quatro mil objetos e também mostrará a historia da UFJF na cidade.
As visitas são abertas ao público de segunda a sexta, das 8 às 18h, e, aos sábados, das 8 às 13h. As visitas guiadas por estudantes, instituições e entidades podem ser feitas com agendamento prévio no telefone (33) 3271-8560.
O Museu de Valadares fica localizado rua Prudente de Morais, 711, Centro.
Veja mais notícias da região no G1 Vales de Minas.
— —
Veículo: Prefeitura de Juiz de Fora
Editoria: Notícias
Data: 14/05/2019
Link: https://www.pjf.mg.gov.br/noticias/view.php?modo=link2&idnoticia2=64550
Título: Economista da UFJF ministra palestra para servidores do Demlurb
Portal de Notícias PJF | Economista da UFJF ministra palestra para servidores do Demlurb | DEMLURB – 14/5/2019
Cerca de 35 servidores do Departamento de Limpeza Urbana (Demlurb) assistiram à palestra sobre Educação Financeira para Iniciantes, ministrada pelo professor e economista Fernando Agra, da Universidade Federal de Juiz de Fora, na manhã desta terça-feira, 14, na sede da unidade – Avenida Francisco Valadares, 1.000. Foram esclarecidas dúvidas sobre imposto de renda, serviços essenciais, planejamento, aplicação do salário e diversos outros assuntos relacionados. Também foram apresentadas pesquisas que comprovam o mal que as dívidas fazem à saúde, ao relacionamento e ao trabalho das pessoas.
“Estamos saindo daqui cheios de novas informações. Adorei a ideia do dízimo pessoal, que é separar uma quantia do salário todo mês até o fim do ano para ter mais tranquilidade em janeiro para pagar IPTU, IPVA e outros tipos de contas fixas”, relatou o servidor Tarcísio de Oliveira. Já Rony de Oliveira destacou a parte sobre educação financeira para crianças: “Eu tenho uma filha de 4 anos e estava em dúvida sobre como orientá-la em relação ao dinheiro. Quero que ela cresça com esse tipo de educação e se torne uma adulta consciente”.
Durante a palestra, Fernando Agra reforçou diversas vezes que é possível começar a mudar hábitos ruins de consumo. Segundo ele “nós devemos controlar o nosso dinheiro, não o contrário”.
Foto: Divulgação
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 14/05/2019
Título: Henrique Duque vira réu por suspeita de corrupção passiva e ativa
Justiça Federal acolhe parcialmente denúncia do MPF que acusa ex-reitor de recebimento de vantagens indevidas em processo licitatório para contratação de gráfica
Por Renato Salles
14/05/2019 às 20h29
Ex-reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Henrique Duque virou réu em ação penal que corre na Justiça Federal, em que é acusado por corrupção passiva e ativa. Em sentença promulgada nesta segunda-feira (13), a juíza federal substituta da 12ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal (SJDF), Pollyanna Kelly Maciel Medeiros Martins Alves, acolheu parcialmente a denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF), com base nas investigações realizadas no âmbito da Operação Acrônimo, pela Polícia Federal. A ação penal vai apurar suspeitas de que o ex-reitor teria recebido vantagens indevidas, na forma de propina, por supostas irregularidades em processo licitatório realizado entre 2011 e 2012 para a contratação de uma gráfica para impressão e distribuição de provas de concursos públicos e vestibular, em 2012.
Na mesma decisão, a juíza federal substituta também recebeu as denúncias feitas pelo MPF contra outras três pessoas ligadas à Gráfica e Editora Brasil Ltda., também por conta de suposto envolvimento no processo licitatório em questão. Assim também são réus por suspeita de corrupção ativa e passiva Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, proprietário da Gráfica e Editora Brasil Ltda; e Romeu José de Oliveira Júnior, irmão do empresário. A Justiça Federal também acolheu denúncia contra Bené e Vanessa Daniella Pimenta Ribeiro, funcionária da gráfica à época do pregão em questão, por “frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo do procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem”, conforme prevê a Lei das Licitações.
No caso da corrupção ativa, que resulta do ato de “oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício”, a pena prevista vai de dois a 12 anos de reclusão. Já para a corrupção passiva, resultante da solicitação ou recebimento de vantagens indevidas direta ou indiretamente, a pena também pode chegar a 12 anos de prisão. Nos dois crimes, a pena ainda pode ser aumentada em um terço. Já para o crime de fraude em licitação, em que Bené e Vanessa tornaram-se réus, há previsão de pena de dois a quatro anos de detenção.
Denúncia aponta recebimento indevido de R$ 600 mil
A denúncia contra Duque e contra os demais nomes ligados à gráfica tem por base inquérito policial feito pela Polícia Federal que apurou suposto direcionamento de licitação em pregão eletrônico para a contratação de serviços de impressão e distribuição de provas. A foi reforçada por fatos relatados no termo de colaboração premiada de Vanessa Pimenta e Bené, firmadas no bojo da Operação Acrônimo e homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 2016.
Segundo as investigações, Bené e Vanessa teriam participado da confecção do projeto básico e termo de referência para contratação de empresas prestadoras de serviços de digitalização, impressão e distribuição de material gráfico, em 2011, com intuito de direcionar o certame realizado pela UFJF para a Gráfica Brasil. Ainda de acordo com a denúncia do MPF, tal movimentação teria sido feito com o conhecimento do ex-reitor Henrique Duque.
Na ocasião, os recursos constantes do contrato eram da ordem de R$ 38.692.823,58. A denúncia aponta que Duque teria solicitado vantagens patrimoniais indevidas, correspondente a 5% do valor do contrato relacionado à execução do serviço até março de 2014. Assim, o ex-reitor teria recebido cerca de R$ 600 mil de forma indevida em repassados por Benedito ou por intermédio de seu irmão Romeu. Segundo relatório da Polícia Federal (PF), cerca de 60 mensagens foram trocadas entre Benedito e Duque para efetivar o pagamento dos valores. A PF estima que os dois tenham se encontrado pelo menos 13 vezes.
Defesa reafirma inocência de ex-reitor
Após a publicação de decisão que acolheu a denúncia contra Duque, a reportagem entrou em contato com a defesa do ex-reitor. O advogado Matheus Oliveira Carvalho afirmou que a defesa irá trabalhar para provar a inocência do ex-reitor no caso, sem adiantar, no entanto, possíveis estratégias de defesa. Na decisão proferida pela juíza federal, todavia, argumentou que a denúncia feita pelo MPF é inconsistente e se baseia “tão somente em declarações constantes no acordo de colaboração premiada”.
Na decisão proferida nesta segunda, a Justiça Federal rejeitou outras denúncias feitas contra Henrique Duque. Assim, o ex-reitor não irá responder por suposta incidência em crime de fraude em licitação, previsto pela Lei das Licitações. Isto porque a juíza federal substituta Pollyanna Kelly Maciel Medeiros Martins Alves acatou a argumentação da defesa e extinguiu a punibilidade. Isto porque, a pena máxima para tal crime é de quatro anos, sendo assim o prazo prescricional para o mesmo é de oito anos. No entanto, pelo fato de Duque ter idade superior a 70 anos, o prazo prescricional é reduzido pela metade, o que resulta na prescrição da punibilidade.
No dia 21 de fevereiro ano passado, Henrique Duque chegou a ser preso preventivamente durante em cumprimento à decisão do TRF1, após pedido do MPF, durante a Operação Editor, organizada pela Polícia Federal para apurar supostas fraudes em licitação, falsidade ideológica em documentos públicos, concessão de vantagens contratuais indevidas, superfaturamento e peculato envolvendo as obras do Hospital Universitário (HU) da UFJF. Treze dias depois, em 6 de março, o ex-reitor recebeu alvará de soltura e deixou o Ceresp, unidade prisional localizada no Bairro Linhares, Zona Leste de Juiz de Fora.
Demais envolvidos
A sentença traz ainda o posicionamento das defesas dos demais envolvidos na denúncia acatada parcialmente pela Justiça Federal. Segundo o texto, Bené e Vanessa requereram “o prosseguimento da ação penal tendo em conta as declarações prestadas em acordo de delação premiada”. Já a defesa de Romeu José de Oliveira Júnior alegou a “inépcia da denúncia” por, entre outros fatos, “apoiar-se em ilações obtidas a partir de mensagens de texto verificadas no aparelho celular do corréu Benedito; “ausência de descrição das elementares do crime”; “inviabilizar a ampla defesa e o contraditório”; e pelo fato de Romeu desconhecer a “oferta ou pagamento de valores a servidores públicos para o fim de determiná-los a favorecer a empresa Gráfica Brasil em procedimento licitatório”.
— —
Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 15/05/2019
Título: Manifestantes vão às ruas de Juiz de Fora contra bloqueio de recursos da Educação e reforma da Previdência
Estudantes se reuniram na UFJF e se deslocaram para o Centro para unificar o protesto com representantes de movimentos sociais. Movimento é contra ação do Ministério da Educação (MEC) anunciada em abril.
Por Caroline Delgado e Fellype Alberto, G1 Zona da Mata
15/05/2019 15h44 Atualizado há um mês
Milhares de manifestantes se reuniram nesta quarta-feira (15) no Parque Halfeld, no Centro de Juiz de Fora para protestar contra o bloqueio no repasse de verbas para educação anunciado pelo Ministério da Educação (MEC) e contra a reforma da Previdência. O ato contou com a participação de diversos movimentos sociais.
A organização do protesto estimou que aproximadamente 50 mil pessoas participaram da manifestação na cidade. A Polícia Militar (PM) declarou, que por determinação do comando, não informa estimativa da quantidade de pessoas que participaram do ato.
Um grupo de aproximadamente mil estudantes se reuniu no início da tarde na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) para realizar uma marcha até o Centro da cidade, para unificar o protesto com representantes de movimentos sociais. Foram feitos gritos de ordem contra as ações do presidente Jair Bolsonaro (PSL)
Escolas municipais e estaduais, além de universidades e instituto federais das regiões da Zona da Mata e Campo das Vertentes paralisaram as atividades nesta quarta em adesão ao protesto nacional.
O G1 conversou com a coordenadora do Diretório Central do Estudantes (DCE) e organizadora, Luiza Travassos, que destacou que o protesto tem o objetivo de evitar que os cortes sejam realizados, pois considera que a ação pode causar grandes prejuízos na formação dos estudantes. Ela cursa Serviço Social na UFJF.
“A gente tem visto que desde 2016 a retirada dos direitos dos trabalhadores, que foram conquistados duramente com muita luta. A Reforma Trabalhista que foi aprovada é um exemplo disso, a reforma do Ensino Médio e agora com a Reforma da Previdência e os cortes na educação. Esses ataques sempre ocorreram, mas cresceram mais a partir de 2016 e com os governos de Bolsonaro e Zema vem se acentuando”, afirmou.
A estudante criticou também a forma como o presidente se referiu aos manifestantes. Em viagem, em Dallas, nos Estados Unidos, Bolsonaro disse que as pessoas que fazem parte do protesto como “uns idiotas úteis, uns imbecis que estão sendo utilizados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo de muitas universidades federais do Brasil”.
“Mais uma vez o presidente do Brasil usando palavras pejorativas para falar sobre o movimento estudantil e a classe trabalhadora. Isso, pra mim, é medo, pois é uma classe revolucionária, que tem muita força e poder de diálogo com a sociedade, medo da força que a gente tem e o que podemos transformar”, declarou a estudante.
Além de estudantes, também participaram da marcha representantes do Coletivo Maria Maria, do Fórum de Mulheres 8M, da Associação dos Professores do Ensino Superior (Apes), do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFJF (Sintufejuf), Sindicato dos Professores (Sinpro), Sindicato dos Metalúrgicos, entre outros.
A representante do Coletivo Maria Maria, Mônica Coury, ressaltou que a luta representada no protesto desta quarta é por igualdade de oportunidades que, segundo ela, é promovida através da Educação.
“A luta por um país melhor, com menos desigualdade, mais futuro pra todo mundo, se passa muito pela Educação, que não se faz sem investimento. Cortar verba nesta área é inadmissível, ainda mais 30% nas universidades públicas. Muita gente está perdendo bolsas e auxílios”, destacou.
O G1 conversou também com a professora do Curso de Comunicação Social da UFJF, Cláudia Lahni, que participou do protesto, e relatou a importância do ato para a manutenção da qualidade do ensino nas universidade públicas.
“Esse ato é extremamente importante porque reúne a população, com estudantes, professores, se colocando contra o corte de verba na Educação. É um absurdo esse governo fazer algo como isso, que é desprezar a Educação e também a nossa manifestação. Estamos reunidos aqui e em todo Brasil na defesa da Educação e das universidades públicas”.
Por volta das 17h, os manifestantes fecharam a Avenida Presidente Itamar Franco, próximo ao acesso à Rua Santo Antônio.
A situação ficou confusa com a chegada da Polícia Militar (PM), que tentou negociar com os manifestantes para que eles não seguissem o trajeto pela Avenida Barão do Rio Branco, alegando que por conta do horário de pico eles causariam grandes transtornos no trânsito no Centro da cidade.
Os policiais sugeriram que os manifestantes utilizassem a Rua Santo Antônio para se encaminharem até o Parque Halfeld. Os estudantes se negaram e, após negociação com a polícia seguiram por uma das três pistas da Avenida Barão do Rio Branco.
Por volta das 18h, após a unificação do protesto, a Avenida Barão do Rio Branco foi fechada pelos manifestantes por aproximadamente uma hora. Diversos passageiros de ônibus urbanos chegaram a sair dos veículos para seguirem seus caminhos a pé.
De acordo com a Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra), o trânsito ficou fechado por mais de uma hora e foi registrada lentidão nas principais vias do Centro.
Os manifestantes seguiram pela Avenida Rio Branco no sentido do Bairro Manoel Honório e, por volta das 19h, entraram na Rua Marechal Floriano Peixoto. Em seguida, o protesto tomou a Avenida Getúlio Vargas e seguiu pela Rua Halfeld até a Praça da Estação.
Movimento
O movimento foi convocado por sindicatos, entidades de classe e movimentos estudantis como forma de manifestação contrária ao bloqueio de verbas para a educação pública e ao projeto da reforma da Previdência.
Em abril, o Ministério da Educação divulgou que todas as universidades e institutos federais teriam bloqueio de recursos. Em maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou sobre a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e doutorado.
— —
Veículo: G1 Vales
Editoria: Notícias
Data: 15/05/2019
Título: Alunos e professores protestam contra bloqueio de verbas no Leste e Nordeste de Minas
Em Governador Valadares, manifestantes fazem passeata pelo Centro da cidade; estudantes e professores também protestaram na BR-367, em Almenara.
Por G1 Vales de Minas
15/05/2019 12h05 Atualizado há um mês
Estudantes e professores do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) e da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) realizam um ato contra o bloqueio de verbas na educação na manhã desta quarta-feira (15), em Governador Valadares. Representantes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) e outros movimentos também participam da manifestação que é contra as medidas anunciadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, que determinam bloqueio de 24,8% na verba das universidades e institutos federais.
Segundo a organização, mil pessoas participaram do ato. O G1 não conseguiu estimativa da Polícia Militar sobre número de participantes. A concentração começou na Praça do Emigrante, no Centro, e eles saíram em passeata de pelas ruas da cidade. O ponto final do protesto será na Praça dos Pioneiros, também no Centro.
Kênia Brant é professora do IFMG e afirma que a ação do governo federal compromete a educação como um todo. “Esse corte de recursos vai afetar diretamente a sala de aula, porque nós vamos precisar também dos insumos que nos mantém em sala de aula, como energia, papel, alimentação para os alunos, que é de recurso da extensão. Com esse corte, não vemos como tudo isso vai se manter. E a administração do nosso campus já nos alertou em reunião que, se mantiver o corte de 30%, não tem como pagar as contas físicas (água, luz), nem manter os servidores terceirizados que nos ajudam na limpeza e manutenção do campus”.
O diretor do Sind-UTE, Waender Soares, acredita que o governo deveria aumentar os recursos da educação, não o contrário. “Eu sou professor, estou dentro da sala de aula, a gente sabe que para a escola funcionar tem que ter recurso e esses cortes vão atingir todas as escolas. Até o xerox para elaborar a prova para um aluno pode ficar comprometido, podemos voltar a aquele tempo em que a gente tinha que ficar recolhendo dez centavos de alunos pra tirar cópias. Os recursos já são escassos, tem é que aumentar os investimentos na educação. Isso acontece porque o governo o vê a educação como gasto, não como investimento”.
Almenara
Em Almenara, professores e alunos do Instituto Federal do Norte de Minas (IFNMG) e de escolas estaduais, além de sindicatos também protestaram na manhã desta quarta. De acordo com a organização, 500 pessoas participaram da manifestação; a Polícia Militar não divulgou números.
Os manifestantes interditaram a BR-367 por cerca de trinta minutos por volta de 8h. Em seguida, eles fizeram uma passeata por alguns pontos da cidade e cantaram o Hino Nacional.
A diretora do Sind-UTE Adriana Fernandes explica que o movimento seguiu mobilização nacional, e que a comunidade regional está apreensiva com a decisão do governo federal. “Aqui na nossa cidade isso afeta muito existem algumas escolas em tempo integral, lá o aluno lancha, almoça e tem atividades diversas, como aula de música. Esse ensino integral vai acabar com o corte de verbas e a gente sabe que tem muitos alunos que falta pão em casa, vão para a escola para ter o que comer. Temos escolas que nem quadra têm, imagina se ainda diminui a verba? Não tem como, estamos muito preocupados”, afirma.
Bloqueio
Em abril, o Ministério da Educação divulgou que todas as universidades e institutos federais teriam bloqueio de recursos. Em maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou sobre a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e doutorado.
De acordo com o Ministério da Educação, o bloqueio é de 24,84% das chamadas despesas discricionárias — aquelas consideradas não obrigatórias, que incluem gastos como contas de água, luz, compra de material básico, contratação de terceirizados e realização de pesquisas. O valor total contingenciado, considerando todas as universidades, é de R$ 1,7 bilhões, ou 3,43% do orçamento completo — incluindo despesas obrigatórias.
Em 2019, as verbas discricionárias representam 13,83% do orçamento total das universidades. Os 86,17% restantes são as chamadas verbas obrigatórias, que não serão afetadas. Elas correspondem, por exemplo, aos pagamentos de salários de professores, funcionários e das aposentadorias e pensões.
Segundo o governo federal, a queda na arrecadação obrigou a contenção de recursos. O bloqueio poderá ser reavaliado posteriormente caso a arrecadação volte a subir. O contingenciamento, apenas com despesas não obrigatórias, é um mecanismo para retardar ou deixar de executar parte da peça orçamentária devido à insuficiência de receitas e já ocorreu em outros governos.
— —
Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 15/05/2019
Título: Justiça Federal aceita parcialmente denúncia contra ex-reitor da UFJF, Henrique Duque, e outras três pessoas
Henrique Duque vai responder por suspeita de corrupção ativa e passiva. Defesa dos réus tem dez dias para se manifestar por escrito à denúncia.
Por G1 Zona da Mata
15/05/2019 09h41 Atualizado há um mês
O ex-reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Henrique Duque, se tornou réu por suspeita de corrupção ativa e passiva na Justiça Federal.
A decisão foi tomada pela juíza substituta da 12ª Vara Federal Criminal, em Brasília, Pollyanna Kelly Maciel Medeiros Martins Alves, nesta segunda-feira (13), que acatou parcialmente as denúncias oferecidas pelo Ministério Público Federal (MPF) em agosto de 2018. A denúncia foi resultado das apurações da Polícia Federal na Operação “Acrônimo”.
Na mesma decisão, Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, proprietário da Gráfica e Editora Brasil, e Romeu José de Oliveira, irmão do empresário, se tornaram réus acusados de crime de corrupção ativa e passiva. Benedito e Vanessa Daniella Pimenta Ribeiro, funcionária da gráfica, também vão responder por suspeita de fraude em licitação.
O G1 ainda não conseguiu contato com a defesa dos réus, que terá prazo de dez dias para responder por escrito à denúncia.
De acordo com o MPF, Duque favoreceu a gráfica em contratos que chegaram a R$ 38 milhões. Em troca, o ex-reitor recebeu R$ 600 mil em propina, representando 5% do valor das faturas pagas. Os valores eram repassados pessoalmente, em Brasília, por Benedito, ou por intermédio do irmão dele.
Benedito Neto e Vanessa firmaram acordo de colaboração premiada, homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 2016. Para o procurador da República, Ivan Marx, autor da denúncia, a partir das colaborações foi possível reunir elementos que permitiram evidenciar a autoria e a materialidade dos delitos.
Denúncias rejeitadas
A juíza substituta Pollyanna Kelly Maciel Medeiros Martins Alves rejeitou a denúncia sobre fraude em licitação contra Henrique Duque, por concordar com a defesa de que o ex-reitor tem mais de 70 anos e que a pena prescreveu. E também não aceitou denúncia contra ele de participação em organização criminosa.
As denúncias de organização criminosa contra Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, Romeu José de Oliveira, irmão do empresário, e Vanessa Daniella Pimenta Ribeiro, foram rejeitadas porque eles já respondem pelo mesmo crime em outra ação penal em andamento na Justiça Federal.
Histórico
Henrique Duque foi reitor da UFJF por dois mandatos consecutivos, entre 2006 e 2014, totalizando oito anos à frente da instituição. Ele foi diretor da Faculdade de Odontologia.
É graduado em Odontologia pela UFJF em 1970; mestre em Dentística Restauradora pela Universidade Camilo Castelo Branco em 1998 e doutor em Odontologia Restauradora pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho em 2002.
Na UFJF, é professor desde 1972 e foi membro efetivo do Conselho Fiscal da Academia Brasileira de Odontologia (AcBO). Além disso, foi diretor por dois mandatos consecutivos da Faculdade de Odontologia, de 1998 a 2006. De 1994 a 1998, foi vice-diretor da mesma unidade.
Não é a primeira vez que alguma ação do mandado dele é contestada judicialmente. Em 2014, enquanto ainda era reitor, ele e o diretor executivo da Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Fadepe), André Luiz Cabral, foram denunciados pelo MPF por recusar, retardar ou omitir dados técnicos requisitados pelo órgão.
Ele deixou de atender a requisições feitas pelo Ministério Público para esclarecer fatos investigados em dois inquéritos civis públicos instaurados na Procuradoria da República em Juiz de Fora. Um dos procedimentos, segundo o MPF, investiga aparentes ilegalidades na transferência de recursos públicos da universidade para a Fadepe e outro apura a natureza do relacionamento entre a UFJF e o Centro Cultural Pró-Música da universidade.
No final de 2015, neste processo, Duque foi condenado a dois anos e um mês de reclusão e André Cabral, a um ano e quatro meses em primeira instância. Como as penas eram inferiores a quatro anos, segundo previsão legal, foram convertidas em prestação de serviços à comunidade e pagamento de prestação pecuniária. Os dois recorreram da decisão.
Em 2017, o MPF ajuizou uma Ação Civil Pública (ACP) por improbidade administrativa contra o ex-reitor. A acusação dos promotores é de que Duque fez transferência indevida de recursos públicos da instituição para a Fadepe.
Em 2018, Henrique Duque foi um dos presos na Operação “Editor” deflagrada pela Polícia Federal (PF) e Ministério Público Federal (MPF). De acordo com as informações divulgadas pela Polícia Federal, o objetivo das ações da operação é apurar fraudes em licitação, falsidade ideológica em documentos públicos, concessão de vantagens contratuais indevidas, superfaturamento e peculato durante a obra de ampliação do Hospital Universitário (HU) da UFJF.
Os crimes investigados resultaram em prejuízo de R$ 19 milhões aos cofres públicos, segundo o MPF. Ele foi solto depois de 13 dias preso no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional.
Mais sobre Duque
Henrique Duque assumiu o primeiro mandato na Reitoria em 2006, sob o lema “Humanizar e Desenvolver”, quando venceu outros dois candidatos.
Segundo a UFJF, nesta gestão foram investidos cerca de R$ 130 milhões em obras civis e compra de equipamentos. Cerca de 10 mil exemplares de livros foram adquiridos, 241 professores e 250 técnico-administrativos em educação (TAEs) efetivados.
— —
Veículo: Folha Dirigida
Editoria: Concurso
Data: 15/05/2019
Título: UFJF escolhe banca de novo concurso para técnico administrativo
[Texto não copiável]
— —
Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 15/05/2019
Título: Farmácia Universitária fica fechada nesta quarta-feira em Juiz de Fora devido a paralisação nacional
O fechamento ocorre devido em adesão ao movimento de professores, alunos e técnicos administrativos federais.
Por G1 Zona da Mata
15/05/2019 12h03 Atualizado há um mês
A Farmácia Universitária, localizada no campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), vai ficar fechada nesta quarta-feira (15) em Juiz de Fora. O fechamento ocorre devido à paralisação nacional de professores, alunos e técnicos administrativos federais.
A Secretaria Municipal de Saúde orienta aos usuários que, em caso de necessidade, se dirijam à Farmácia Central, localizada na Rua Espírito Santo, 1.064, ou à Unidade Básica de Saúde (UBS) do Bairro Santos Dumont, na Rua Álvaro José Rodrigues, 25.
A previsão é de que o atendimento na Farmácia Universitária seja normalizado na quinta-feira (16).
— —
Veículo: O Vigilante
Editoria: Notícias
Data: 15/05/2019
Título: Projeto que leva noções de primeiros socorros a escolas públicas é apresentado na Câmara Municipal de Leopoldina
[Texto não copiável]
— —
Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 15/05/2019
Título: Instituições públicas e particulares da Zona da Mata e Vertentes paralisam atividades em protesto pela Educação
Ação é contra o bloqueio de recursos anunciado pelo Ministério da Educação (MEC) em abril. O G1 entrou em contato com várias instituições sobre o ato nesta quarta-feira (15).
Por G1 Zona da Mata
15/05/2019 12h41 Atualizado há um mês
Escolas municipais e estaduais, além de universidades e instituto federais das regiões da Zona da Mata e Campo das Vertentes paralisaram as atividades nesta quarta-feira (15) em adesão ao protesto nacional.
O G1 solicitou informações sobre a adesão à Secretaria Municipal de Educação de Juiz de Fora; Universidades Federais de Juiz de Fora (UFJF), São João del Rei (UFSJ), Viçosa (UFV), além da Secretaria Estadual de Educação. Veja abaixo quem se pronunciou.
O IF Sudeste MG informou que como “a adesão é individual, não tem como precisar em relação ao quantitativo de servidores e professores que aderiram e o instituto está funcionando normalmente de acordo com as possibilidades”.
Movimento
O movimento foi convocado por sindicatos, entidades de classe e movimentos estudantis como forma de manifestação contrária ao bloqueio de verbas para a educação pública e ao projeto da reforma da Previdência.
Em abril, o Ministério da Educação divulgou que todas as universidades e institutos federais teriam bloqueio de recursos. Em maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou sobre a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e doutorado.
Veja perguntas e respostas sobre o bloqueio em bolsas de pós-graduação
Instituições da Zona da Mata e Vertentes paralisam atividades em protesto pela Educação
Paralisações
Juiz de Fora
Em Juiz de Fora, na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), as aulas não foram oficialmente suspensas, mas estudantes, professores e técnicos estão autorizados a participar da paralisação, segundo a Diretoria de Imagem Institucional.
Serviços como restaurante universitário e bibliotecas funcionam normalmente. Já a a Farmácia Universitária do campus da UFJF não funciona. A orientação é que a população procure a Farmácia Central ou a Unidade Básica de Saúde (UBS) do Bairro Santos Dumont. O atendimento volta ao normal nesta quinta (16).
Em nota enviada ao G1, a Administração Superior da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) disse que respeita a mobilização de todos os segmentos representativos da instituição – estudantes, professores e técnico-administrativos em educação (TAEs).
Com relação à rede estadual, de acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) na Zona da Mata, as 44 escolas do município não terão aulas hoje. A diretora do departamento de Comunicação do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) na Zona da Mata, Yara Aquino Gomes, informou que a adesão é de 100%.
“A gente está sofrendo mais um ataque violento contra a educação, que é a forma de fazer mudanças neste país. Aceitar uma coisa dessas é nadar contra a corrente, porque afeta toda a sociedade. A gente está se unindo para lutar contra este ataque brutal do governo federal”, analisou Yara Aquino.
Já na rede municipal, a estimativa de adesão do Sinpro é de 95%. A assessoria da Secretaria de Educação informou que foi comunicada da paralisação, mas não é possível saber quantas escolas não funcionaram pela manhã.
O Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro) tem cerca de cinco mil filiados das redes municipal e particular. Segundo a entidade, houve adesão ainda não contabilizada total e parcial entre escolas e faculdades particulares, decidida em assembleia em 1º de maio. Representantes do setor informaram ao MG1 que as iniciativas são individuais.
Uma das diretoras do Sinpro, Cléa Moreira, lembrou a necessidade da categoria se posicionar contra o projeto de reforma da previdência. “É muito importante porque ataca principalmente os professores, que terão de trabalhar de 15 a 20 anos a mais. Querem 40 anos de contribuição e 60 de idade para aposentar. É retirada de direitos, praticamente a pessoa não vai aposentar ou só em uma idade avançada. Professor que já tem uma carga pesada fica impossibilitado de trabalhar nesta idade”, comentou.
Ela também ressaltou que os bloqueios na educação se tornam um desestímulo aos estudantes da rede pública e impactam na sociedade.
“Como o aluno que está na educação básica vai vislumbrar estar em uma universidade federal com estas reduções de verba? E os terceirizados, serão os primeiros a serem cortados? Ao atingir os projetos de pesquisa e extensão, que atendem a comunidade, afetam quem justamente mais necessitam de atendimento das universidades públicas”, criticou.
Estado
A Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou, por meio de nota, que acompanhará ao longo do dia a adesão das escolas da rede estadual de ensino ao movimento de mobilização nacional pela educação desta quarta-feira (15) em diferentes regiões do país. Ainda conforme a SEE, o balanço com os números da paralisação das escolas estaduais será possível no fim do dia.
Bloqueio
Em abril, o Ministério da Educação divulgou que todas as universidades e institutos federais teriam bloqueio de recursos. Em maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou sobre a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e doutorado.
De acordo com o Ministério da Educação, o bloqueio é de 24,84% das chamadas despesas discricionárias — aquelas consideradas não obrigatórias, que incluem gastos como contas de água, luz, compra de material básico, contratação de terceirizados e realização de pesquisas. O valor total contingenciado, considerando todas as universidades, é de R$ 1,7 bilhão, ou 3,43% do orçamento completo — incluindo despesas obrigatórias.
Em 2019, as verbas discricionárias representam 13,83% do orçamento total das universidades. Segundo o MEC, os 86,17% restantes são as chamadas verbas obrigatórias, que não deverão ser afetadas. Elas correspondem, por exemplo, aos pagamentos de salários de professores, funcionários e das aposentadorias e pensões.
O bloqueio poderá ser reavaliado posteriormente caso a arrecadação volte a subir. O contingenciamento, apenas com despesas não obrigatórias, é um mecanismo para retardar ou deixar de executar parte da peça orçamentária devido à insuficiência de receitas e já ocorreu em outros governos.
— —
Veículo: Acessa.com
Editoria: Educação
Data: 15/05/2019
Título: Milhares de professores e estudantes tomam as ruas de JF contra cortes na educação
A Avenida Rio Branco permanece totalmente interditada e a Polícia Militar (PM)
15/05/2019
Milhares de professores e estudantes das redes de ensino municipal, estadual e federal manifestam nesta quarta-feira, 15 de maio, contra os cortes na educação e Reforma da Previdência em Juiz de Fora. Grupos que se concentraram no IF Sudeste, no bairro Fábrica, Colégio João XXIII e UFJF, São Pedro, desceram pela cidade em manifestação até somarem aos manifestantes que já estavam no Parque Halfeld, Centro.
A Avenida Rio Branco permanece totalmente interditada. A Polícia Militar (PM) faz o reforço da segurança no local. Agentes de trânsito da Settra também fazem os desvios nas ruas centrais. As filas de ônibus parados já chega na altura da Avenida Itamar Franco.
Segundo a Associação dos Professores de Ensino Superior de Juiz de Fora (Apes-JF), a adesão à paralisação dos professores da rede federal foi de 100%. Professores da rede municipal aderiram aos ato após assembleia geral realizada no Ritz Hotel.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Política
Data: 15/05/2019
Título: Milhares vão às ruas de JF contra cortes na educação
Estudantes, professores, técnicos e demais trabalhadores ocupam a região central contra cortes de verba
Por Renato Salles e Gabriel Ferreira Borges
15/05/2019 às 21h47- Atualizada 16/05/2019 às 14h30
Milhares de professores, técnico-administrativos em educação e estudantes tomaram, nesta quarta-feira (15), as ruas da região central de Juiz de Fora, em protesto contra os cortes feitos pelo Ministério da Educação (MEC) e a proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência. Convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), o ato unificado, apoiado ainda por outras entidades sindicais, paralisou o dia letivo das redes municipal, estadual e federal de ensino, atingindo também instituições privadas.
Desde o início do dia, a manifestação articulou-se em três frentes: na UFJF, Cidade Alta; no Bairro Fábrica, Zona Norte; e no Parque Halfeld, em frente à Câmara Municipal, para onde todos os grupos se deslocaram. Concentrados em frente ao Paço Municipal, os manifestantes deixaram o Parque Halfeld às 18h pela faixa da Avenida Barão do Rio Branco no sentido Centro/Manoel Honório. Em seguida, adentraram a Rua Floriano Peixoto e, na sequência, pegaram a Avenida Getúlio Vargas. Como o destino final era a Praça da Estação, os participantes utilizaram a Rua Halfeld.
O trânsito na região central ficou comprometido ao longo do dia. Na Avenida Itamar Franco, os motoristas tiveram que esperar a passeata dos estudantes, que desceram do Campus da UFJF, passando pela Avenida Rio Branco até chegar ao Parque Halfeld. A Rio Branco ficou bloqueada na altura do Parque Halfeld; eram grandes as filas de coletivos de transporte urbano no corredor central. Alguns passageiros deixaram os veículos e seguiram os seus trajetos a pé. Entre 18h e 19h45, o trânsito no Centro ficou comprometido, sobretudo nas ruas Floriano Peixoto e Halfeld, e também na Avenida Getúlio Vargas, uma vez que, ao fim do movimento, a retaguarda da passeata adentrava a Praça da Estação.
O trajeto da marcha foi integralmente monitorado pela Polícia Militar (PM) e pela Guarda Municipal. A PM não fez estimativa do número de presentes. Segundo a organização, a mobilização foi uma das maiores já ocorridas em Juiz de Fora. Para se ter uma dimensão, enquanto a dianteira da passeata chegava à Praça da Estação, ainda havia manifestantes descendo a Rua Floriano Peixoto.
Conforme balanço da Secretaria de Educação de Juiz de Fora (SE), das 101 escolas da rede municipal, 90% aderiram à paralisação. Na Secretaria de Estado de Educação (SEE), levantamento, até o inicío da tarde, apontou funcionamento normal ou parcial de 80% das escolas. Da rede federal, o IF Sudeste paralisou as atividades. A UFJF, por outro lado, não informou se houve funcionamento integral ou parcial de institutos e faculdades.
Embora tenham mantido agendas próprias entre a manhã e o início da tarde desta quarta, o Sindicato dos Professores (Sinpro), o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) e o Diretório Central de Estudantes (DCE) da UFJF, em conjunto com a Apes e o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino de Juiz de Fora (Sintufejuf), encontraram-se, durante o ato unificado, no Parque Halfeld, para aula pública sobre a Previdência.
Ainda que a mobilização tenha sido encabeçada pela educação, a pauta central era a PEC da reforma da Previdência, em análise na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, elaborada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Os cortes do MEC somaram-se às pautas quando a manifestação já estava em articulação pelas confederações. A manifestação é considerada preparatória para uma greve geral, a ser realizada em 14 de junho.
Ato unificado também rejeita a reforma da Previdência
Antes de sair em passeata, trabalhadores em educação, além de manifestantes de outras categorias, concentraram-se, entre 16h e 18h, em frente ao Paço Municipal, no Parque Halfeld. Como previsto, o ato unificado foi inaugurado, pouco depois das 16h, com aula pública sobre o modelo de Previdência implantado no Brasil. Posteriormente, às 17h15, a organização abriu espaço para falas. A princípio, falaram as entidades representativas de trabalhadores em educação e, em seguida, demais sindicatos, federações, lideranças partidárias e membros de movimentos sociais.
“É na rua que se constrói a unidade”, defendeu Flávio Bitarello, coordenador-geral do Sinpro, em discurso contra a reforma da Previdência e os cortes anunciados pelo MEC. O tom crítico ao Governo Bolsonaro (PSL) foi uma constante. Em seguida, o Sind-UTE, ao assumir o microfone, confrontou o que os manifestantes consideram constantes ataques à educação por parte do Governo federal. “O nosso papel é sair daqui e construir com a comunidade uma greve geral em 14 de junho. Se não formos para a rua, não vamos derrotar a reforma da Previdência”, afirmou Victória Mello, diretora da entidade. Marina Barbosa Pinto, presidente da Apes, criticou o corte de 30% imposto às instituições de ensino federal. “É na rua que vamos defender a educação e a democracia.”
Flávio Sereno, coordenador-geral do Sintufejuf, lembrou a presença do ministro da Educação, Abraham Weintraub, na Câmara dos Deputados, para explicar o contingenciamento orçamentário da pasta. “Enquanto o ministro da Educação está no Congresso, e o presidente, nos Estado Unidos, nós estamos nas ruas para defender a educação e o nosso futuro.” Também coordenadora-geral do Sinpro, Aparecida de Oliveira Pinto, representante do diretório nacional da CUT, ressaltou a união da juventude, de professores, de movimentos sociais e da população em geral. “Temos que dizer para este Governo: tire as mãos da nossa aposentadoria; tire as mãos da educação pública.”
O coordenador de finanças do DCE, Rafael Donizete, ressaltou a alta adesão da comunidade estudantil da UFJF. “Hoje, a universidade estava vazia. Quem estava indo para a instituição era para concentrar na Praça Cívica, de onde convocamos nossa marcha. Conseguimos reunir ali cerca de de dois mil estudantes. (…) Chegamos ao Parque Halfeld para nos unirmos ao ato unificado, e já estava muito grande, quase que não coubemos na praça.”
Três frentes de mobilização
Desde o início do dia, a manifestação articulou-se em três frentes. Ao passo que professores das redes municipal e estadual de ensino reuniram-se, a partir de 16h, em frente ao Paço Municipal, no Parque Halfeld, depois de assembleias para discutir pautas específicas às categorias, estudantes do IF Sudeste e da UFJF deixaram os respectivos campi em marcha à concentração. O Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro) realizou, às 10h, assembleia com os professores da rede particular e, às 15h, com o magistério municipal, ambas no Ritz Hotel. Já o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) reuniu os professores, também às 15h, na Escola Estadual Delfim Moreira, para reunião sindical.
Na Cidade Alta, estudantes da UFJF concentraram-se, às 14h, na Praça Cívica, no campus, com faixas e palavras de ordem. Pouco depois das 15h, os discentes deliberaram por caminhar até o Parque Halfeld, onde chegaram às 17h30. Eles desceram em passeata, através do acesso Sul da instituição, pelas avenidas Presidente Itamar Franco e Barão do Rio Branco. Na Zona Norte, por outro lado, os estudantes do IF Sudeste encontraram-se no Bairro Fábrica e saíram, às 14h30, em marcha até a região central. Fontes informaram que, próximo ao Bairro Morro da Glória, o grupo foi encorpado por docentes do Colégio João XXIII, vinculado à UFJF. Os discentes do IF Sudeste e do João XXIII somaram-se aos demais manifestantes por volta de 17h40.
Adesão das categorias
Entidades governamentais e sindicais discordaram quanto ao número de trabalhadores em educação envolvidos no movimento. Ao passo que a Secretaria de Educação de Juiz de Fora apontou 90% de adesão do magistério municipal na mobilização, o Sinpro estimou a participação de 95% dos docentes. Na rede estadual, 80% das instituições, conforme a Secretaria de Estado de Educação, mantiveram normalmente ou parcialmente as atividades. Das 3.620 unidades de ensino do Estado, 77% responderam à pasta sobre a adesão dos profissionais à manifestação. Em Juiz de Fora, contudo, conforme o Sind-UTE, nenhuma escola funcionou de maneira integral. Dos trabalhadores em educação do município, 90% aderiram à greve, conforme o sindicato.
Questionada pela Tribuna sobre a adesão de técnico-administrativos em educação (TAEs), estudantes e professores à greve, a UFJF disse ser impossível apontar quaisquer números, uma vez que a participação é espontânea. “A Administração Superior da UFJF respeita a mobilização de todos os segmentos representativos da instituição – estudantes, professores e técnico-administrativos em educação”, resume, em nota, a instituição. A exemplo da universidade, o Sintufejuf não mensurou a participação dos técnico-administrativos, ainda que estime grande adesão da categoria. A Apes, pelo contrário, informou à reportagem a adesão integral dos docentes de UFJF, IF Sudeste e Colégio João XXIII à Greve Nacional da Educação.
Dentre as instituições da rede particular, Academia de Comércio, Instituto Granbery, colégios Santa Catarina, Stella Matutina, dos Santos Anjos, Nossa Senhora do Carmo, Nota 10, Apogeu, Escola Internacional Saci e Paineira Escola Waldorf paralisaram suas atividades, conforme o Sinpro. Questionado, o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Sudeste de Minas Gerais (Sinepe) informou que os números serão consolidados somente nesta quinta-feira (16).
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Política
Data: 15/05/2019
Título: Manifestantes de JF fazem ato contra cortes na educação
Assim como acontece em diversas cidades do país, o município sedia manifestação de setores da educação em oposição aos cortes orçamentários nas instituições federais
Por Renato Salles
15/05/2019 às 15h34- Atualizada 15/05/2019 às 20h55
20h30: O ato é finalizado, e os manifestantes começam a dispersão.
20h: Rafael Donizete, coordenador de finanças do DCE, fez uma avaliação do ato desta quarta-feira: “Hoje a gente fez uma mobiliação em torno desta pauta de defesa da universidade pública. A gente convocou uma Assembleia Geral Estudantil, na semana passada, em que a gente convocou uma greve geral estudantil para o dia de hoje. Na universidade, na nossa perspectiva, teve uma adesão boa. Hoje, a universidade estava vazia e quem estava indo para a instituição hoje era para concentrar na Praça Cívica, de onde convocamos nossa marcha de estudantes. Conseguimos reunir ali cerca de 2 mil estudantes. A gente partiu em marcha da Praça cívica, descendo a universidade, descendo a Itamar e entrando na Rio branco. Chegamos no Parque Halfeld para nos unirmos ao ato unificado e já estava muito grande, quase que a gente não coube na praça. Hoje é um dia muito bom para quem defende a educação”.
19h20: Puxadas por estudantes, falas são retomadas na Praça da Estação. No carro de som dos organizadores, fala-se em mais de 50 mil pessoas presentes. A PM, no entanto, não divulgará estimativa.
19h15: Muitos já chegaram à Praça da Estação, mas o fim da mobilização ainda se encontra na esquina da Avenida Getúlio Vargas com a Rua Marechal Deodoro. Trânsito no local interrompido.
19h03: Primeiros manifestantes chegam na Praça da Estação.
18h53: Primeiros manifestantes chegam na Rua Halfeld e descerão a via no sentido da Praça da Estação. Multidão vai até a altura da Floriano.
18h49: Coletivos urbanos começam a circular na altura da Avenida Itamar Franco com Rio Branco.
18h46: A dianteira da passeata já passa da esquina da Avenida Getúlio Vargas com a Rua Halfeld e ainda há manifestantes na Rua Floriano Peixoto e na Avenida Rio Branco.
18h43: Coletivos encontram-se parados em vários pontos da Rio Branco.
18h30: Depois de passarem pela Rio Branco e Floriano, primeiros manifestantes chegam na Avenida Getúlio Vargas, que também fica com o trânsito interditado. Embora não haja estimativa de público, ato é um dos maiores já registrado na cidade nos últimos anos. Parte dos protestantes ainda se encontra na Rio Branco.
18h20: Com os coletivos parados, muitos passageiros seguem trajeto a pé.
18h: Ruas adjacentes sentem reflexos da interrupção do trânsito em frente ao Parque Halfeld. Câmeras do Infotrans, da Prefeitura de Juiz de Fora, mostram fila de ônibus até a altura da Itamar Franco, que também apresenta lentidão.
17h50: É grande a fila de veículos e ônibus do transporte coletivo urbano nos dois sentidos na Rio Branco.
17h37: O ato ocupa neste momento trechos da Avenida Rio Branco. O trânsito na via está completamente comprometido. A Polícia Militar não estima o público presente.
17h35: Representando o diretório nacional da CUT, Aparecida Oliveira ressaltou a união da juventude, de professores, de movimentos sociais e da população em geral. Coordenadora-geral do Sinpro, ela agradeceu o engajamento de professores municipais e da rede privada à mobilização. “Temos que dizer para este Governo: tire as mãos da nossa aposentadoria; tire as mãos da educação pública. Nós vamos lira até o fim. Ao final de sua fala, a sindicalista fez uma manifestação em defesa da liberdade do ex-presidente Lula, o que provocou gritos de Lula Livre em parte dos presentes.
17h30: Grupo que saiu mais cedo da UFJF chega ao Parque Halfeld.
17h20: As falas às entidades foram abertas por voltas das 17h15, coube ao Sinpro – que representa os professores das rede municipal e privada de Juiz de Fora – abrir as explanações. “É na rua que se constrói a unidade”, defendeu Flávio Bitarello, em discurso contra a Reforma da Previdência e os cortes orçamentários anunciados pelo MEC. O tom crítico ao Governo Bolsonaro foi uma constante. Em seguida, o Sind-UTE, que representa os professores da rede estadual, assumiu o microfone e manteve a linha contrária àquilo que os manifestantes consideram constantes ataques à educação por parte do atual Governo. “O nosso papel é sair daqui hoje e construir com a comunidade uma greve geral em 14 de junho. Se não formos para a rua, não vamos derrotar a reforma da previdência”, afirmou a representante do sindicato.
17h15: Aluno Cayo Fagundes, aluno do IF JF, está no Parque Halfeld e também participa do protesto contra os cortes na educação.
17h: A aula pública é encerrada. Microfone do caminhão de som é aberto para manifestações culturais. Daqui a pouco, os microfones devem ser abertos para as entidades representadas no protesto. As primeiras a falarem devem ser o Sind-UTE, o Sintufejuf, o Sintro, a Apes e o DCE. O Sintufejuf não fez mensuração da adesão dos técnico-administrativos da educação da UFJF à paralisação, mas estima em uma grande participação da categoria à mobilização que ocorre em todo o país nesta quarta-feira.
16h55: Segundo a APES, a adesão à paralisação dos professores da rede federal – na UFJF, no IF Sudeste e no João XXIII – foi de 100%.
16h50: Alunos que saíram da UFJF passam pelo São Mateus, próximo ao cruzamento com a Rua Monsenhor Gustavo Freire. As duas pistas de descida da Itamar Franco estão fechadas no trecho. Policiais militares motorizados acompanham a descida dos manifestantes.
16h45: Professores da rede municipal, que estavam reunidos em assembleia no Ritz Hotel, chegam em passeata no Parque Halfeld para engrossar o ato. Organizadores seguem em aula pública sobre a Previdência. O trânsito na Avenida Rio Branco, no sentido Centro/Bom Pastor, flui em meia pista nas proximidades do Parque Halfeld.
16h12: Dando prosseguimento à caminhada, os manifestantes que saíram do Campus da UFJF seguem pela Itamar Franco, que teve as pistas de descida interditadas.
16h10: Em frente à Câmara Municipal, centenas de manifestantes concentram-se, no Parque Halfeld. Professores, servidores, estudantes e pessoas de outras categorias assistem, desde às 16h, à aula pública sobre a Previdência. Alguns estudantes vestem camisetas pretas em protesto à agenda do Ministério da Educação (MEC); outros questionam a PEC da reforma da Previdência com frases como “Quero aposentar!” inscritas em balões. Além disso, cânticos como “um, dois, três, quatro, cinco, mil, ou parem as reformas ou paramos o Brasil” também são entoados.
15h: Assim como acontece em diversas cidades do país, Juiz de Fora sedia, nesta quarta-feira (15), protestos de setores ligados à educação em oposição aos cortes orçamentários nas instituições federais recentemente anunciados pelo Ministério da Educação e contra a proposta de reforma da Previdência defendida pelo Governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). A mobilização segue agenda nacional que vem sendo chamada de Greve Nacional da Educação.
Em Juiz de Fora, a mobilização resultou na convocação de paralisação em toda a rede pública municipal, estadual e federal e também da rede privada, por parte dos sindicatos que representam as diversas categorias da educação. Em todo o país, as ações são coordenadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) e têm o apoio de outras entidades sindicais.
As primeira mobilizações públicas na cidade ocorreram na parte interna da UFJF, onde alunos da instituição se concentraram a partir das 14h, com faixas e palavras de ordem. Pouco depois das 15h, os docentes deliberaram por caminhar até o Parque Halfeld, local em que está agendada uma ação unificada de professores, servidores e alunos das redes de educação pública – municipal, estadual e federal – e da rede privada. O trajeto definido pelos estudantes da UFJF, que sairão em passeata, partirá pelo acesso Sul da instituição, descerá pelo Bairro Dom Bosco, passando ainda pela Rua Monsenhor Gustavo Freire, e pelas Avenida Itamar Franco e Rio Branco.
Em nota, a UFJF afirmou que “respeita a mobilização de todos os segmentos representativos da instituição – estudantes, professores e técnico-administrativos em educação (TAEs)”.
IF Sudeste
A Tribuna recebeu informações de que os alunos do IF Sudeste também se concentraram na instituição federal, no Bairro Fábrica, em mobilização que se intensificou no início da tarde. Pouco depois das 14h30, os estudantes iniciaram caminhada em direção ao Parque Halfeld. As mesmas fontes afirmam que, próximo ao Bairro Morro da Glória, o grupo deve ser encorpado por docentes do Colégio João XXIII, vinculado à UFJF.
Ato no Parque Halfeld
Para a ação no Parque Halfeld, está prevista a realização de uma aula pública sobre a Previdência. A seguir, entidades que representam as categorias envolvidas no protesto, como o Sindicato dos Professores (Sinpro) e o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas também devem ser abertas para manifestações de demais entidades sindicais, federações, lideranças partidárias e membros de movimentos sociais, como as organizações estudantis. Há também a possibilidade dos manifestantes realizarem uma caminhada pelas ruas centrais da cidade.
Conforme a Secretaria de Educação da Prefeitura de Juiz de Fora, 90% das 101 escolas da rede municipal aderiram à greve nacional. Já a Secretaria de Estado de Educação informou que acompanha, ao longo do dia, a adesão das instituições da rede estadual de ensino à mobilização. Entretanto, um balanço com os números será divulgado somente ao fim do dia.
— —