A oferta de espaços para a criação e aumento de negócios e soluções inovadoras têm se caracterizado como uma ferramenta significativa para desenvolvimento econômico, tecnológico e social do país. A transformação de ideias em serviços e produtos, melhora o padrão de vida e gera emprego e renda de qualidade para a população. Na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), o Centro Regional de Inovação e Tecnologia (Critt) é o setor responsável pelo incentivo e apoio a empreendedores interessados em começar uma empresa ou desenvolver produtos ou processos.
Em 2018, desenvolvendo produtos e serviços estratégicos e criativos, as cinco empresas incubadas pelo Critt geraram cerca de 40 empregos formais e um ganho bruto excedente aos R$ 3,3 milhões. De acordo com o gerente de empreendedorismo do Critt, Leonardo Frossard, os números alcançados são muito significativos, levando em consideração a dificuldade para a formação de um mercado novo e diferenciado. “Criar produtos inovadores não é uma tarefa fácil. Começa com uma ideia, passa por um caminho de aprendizados e se desenvolve. Nós estamos aqui para dar o suporte.”
Atualmente, das 30 empresas já graduadas pela incubadora, 18 estão ativas no mercado, inclusive, algumas alcançaram destaque nacional. Um levantamento feito pelo Critt, foram criadas, em 2017, 178 oportunidades de empregos e um faturamento de aproximadamente R$ 25 milhões. “Temos o exemplo de uma graduada, a Proveu, detentora de 8,5% do mercado brasileiro em sua área de atuação. Ao apoiarmos essas ideias, damos suporte para o crescimento e para a geração de emprego e renda para a população”, aponta Frossard.
Para o professor de economia da UFJF, Fernando Perobeli, há muitas dificuldades para empreender no país, sendo a incubação uma possibilidade para melhor consolidar as empresas dentro dos negócios. “Segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a duração média de sobrevivência de um empreendimento é de 2 a 4 anos. Quando excede este período, há grandes chances de se estabilizar, e a fase de incubação permite um trabalho melhor de questões como a formatação da empresa e a colocação dela no mercado.”
“Não podemos desprezar a movimentação econômica desenvolvida por estas empresas geradoras de emprego e fortalecedoras da cadeia produtiva do município. Se avaliarmos os dados do Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged), os 40 empregos equivalem a 2% dos trabalhos criados na cidade em 2018. Se comparados aos anos anteriores, quando só houve perda de postos de trabalho, a iniciativa fortalece o mercado e deve ser valorizada. Os ofícios gerados por essas empresas têm grandes chances de se perenizar,” explica Perobeli.
Segundo o diretor de Inovação, Ignácio Delgado, o conhecimento ao se transformar em produtos ou processos faz a empresa se tornar mais competitiva, concretizando o real papel da Universidade. “Não podemos abrir mão do investimento governamental e também devemos estar conectados aos agentes econômicos. Se não existir esse diálogo, estaremos distantes de alcançar melhores patamares tecnológicos e promover a geração de emprego e renda”, completa Delgado.
Empreendedorismo e Inovação
Nos negócios há dois anos, a empresa Mais Laudo, incubada no Critt, visa garantir a agilidade no dia a dia de clínicas médicas gerando laudos a distância. Atualmente, a iniciativa gera oito empregos formais. “Com a ajuda do Critt ganhamos credibilidade e maior visibilidade por estar associada à Universidade. Até o momento não tivemos necessidade de suporte tecnológico e científico. Nos próximos meses iremos, com ajuda da Incubadora, buscar algum professor para nos ajudar no desenvolvimento de um novo projeto”, explana o sócio, Leandro Wong Kong San.
Já graduada, a Proveu foi criada para ampliar o padrão de qualidade no desenvolvimento de soluções em automação de processos no segmento de ponto controle de acesso. Nascida na incubadora de empresas do Critt, está há 14 anos no mercado de trabalho e já atende mais de 44 mil clientes em todo o Brasil. Na atualidade, gera 38 empregos diretos, divididos entre sócios, colaboradores e estagiários.
De acordo com o diretor executivo, Leandro Ribeiro de Almeida, é papel das empresas criarem emprego e renda, inseminar boas práticas, capacitar a mão de obra e criar boas concorrências. “A importância de começar na Universidade foi o suporte em termos de gestão e gerenciamento de empresa. A capacitação empreendedora é fundamental. A experiência de incubação para a Proveu foi riquíssima e eu acredito que o governo deveria investir mais em incubadoras, pois faz muita diferença ter esse suporte gerencial na vida dos empreendimentos.”
Incubadora Tecnológica
A incubadora de Empresa do Critt é um setor de empreendedorismo que oferece: Programa de Palestras e Visitas; Oficina de Ideação e Modelagem de Negócios ; Programa Speed Lab; Condomínio de Empresas. Atualmente está com dois projetos em andamento: o de criação de Coworking e o Laboratório de Prototipagem Rápida.
A incubadora está com novo edital previsto para ser divulgado no dia 23 de maio.
Outras informações:
(32)2102-3435 – Centro Regional de Inovação e Tecnologia (Critt)