Veículo: Acessa.com
Editoria: Notícias
Data: 04/05/2019
Link: https://www.acessa.com/educacao/arquivo/noticias/2019/05/04-mec-bloqueia-23-milhoes-destinados-ufjf/
Título: MEC bloqueia R$ 23 milhões destinados à UFJF
Da redação
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) teve 30% de sua verba bloqueada pelo Ministério da Educação (MEC). Na última quinta-feira, 2 de maio, o Conselho Superior (Consu) da UFJF reuniu-se a fim de discutir a situação, que impacta diretamente o funcionamento da instituição, uma vez que o percentual corresponde a um contingenciamento de R$ 23 milhões no orçamento de custeio e capital. A iniciativa do MEC foi anunciada no dia 1º de maio.
Na reunião, o reitor Marcus David fez um relato acerca das consequências que um corte desta natureza pode gerar na manutenção da Universidade, impactando o funcionamento técnico da instituição mas, sobretudo, as comunidades que são beneficiadas com seus projetos e serviços. “Acumular mais um bloqueio de 30% do orçamento ameaça o funcionamento da UFJF e também o desenvolvimento das cidades em que ela está instalada, como Juiz de Fora e Governador Valadares. Um impacto como esse compromete todos os programas, inclusive os em andamento.”
Durante a discussão, a Administração Superior e o Consu mostraram preocupação com os serviços que podem ser impactados, mas também com o viés ideológico que, em um primeiro momento, justificou os bloqueios. Após amplo debate, o Conselho Superior aprovou a redação de uma nota, publica nesta sexta, 3, no site da Universidade. Confira na íntegra.
Além disso, foi decidido deixar a reunião em aberto durante a próxima semana para que se possa avançar os estudos sobre os reais impactos, continuando as deliberações na sexta-feira, 10. A ideia é se reunir novamente para avaliar o que seria reduzido, tentando minimizar os prejuízos a bolsas, projetos e ao sistema universitário como um todo.
Impactos sociais
O reitor ressaltou a relevância das universidades públicas, sendo responsáveis por mais de 90% das pesquisas realizadas no Brasil, com elevada taxa de avaliação na graduação no país e atendendo milhões de pessoas em programas de extensão. Além de destacar o reconhecimento regional e nacional da UFJF, especificamente. Segundo ranking da Folha de S. Paulo, a UFJF é a terceira de Minas Gerais e a 23ª universidade brasileira (2017 e 2018) entre 196 instituições, ocupando a oitava posição nacional em internacionalização.
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Para a presidente da Associação dos Professores do Ensino Superior de Juiz de Fora (Apes), Marina Barbosa Pinto, um corte de 30% afeta todos os projetos existentes em âmbito pedagógico. “O impacto é muito severo para a sociedade brasileira, para os trabalhadores da universidade e para os estudantes. A tendência é que a gente tenha uma retração na nossa condição de trabalho e na possibilidade de melhores condições para os alunos, podendo atingir inclusive a política de assistência estudantil”. Além do que se refere ao ensino e à pesquisas, Marina ressaltou também a ameaça à projetos que impactam a comunidade externa, por meio de iniciativas extensionistas. Os 575 programas e projetos de extensão da UFJF abrangem, aproximadamente, 100 bairros de Juiz de Fora, além de 876 bolsistas e 723 docentes, regiamente regulados por editais.
O coordenador da área de comunicação sindical do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintufejuf), Márcio Sá Forte, afirma que um corte orçamentário representa um desmonte de uma política de educação inclusiva e transformadora. “Essa decisão compromete bolsa dos estudantes e o salário dos trabalhadores, mas também um instrumento importante de transformação da sociedade, que é a universidade pública. No tempo em que trabalhei com alunos da UFJF, presenciei a transformação. Vi jovens serem os primeiros da sua família a conquistarem um diploma de curso superior e pessoas saírem do interior e modificarem sua realidade por meio da educação. E é isso que está em jogo.”
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Veículo: Diário Regional
Editoria: Cidade
Data: 04/05/2019
Título: Consu avalia impactos de cortes orçamentários da UFJF
Por DIARIO REGIONAL 4 De Maio De 2019
O Conselho Superior (Consu) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) reuniu-se nesta quinta-feira, 3, a fim de discutir acerca do bloqueio de 30% na verba da instituição. A iniciativa do Ministério da Educação (MEC), anunciada no dia 1º de maio, impacta diretamente o funcionamento da UFJF, uma vez que o percentual corresponde a um contingenciamento de R$ 23 milhões no orçamento de custeio e capital.
Na reunião, o reitor Marcus David fez um relato acerca das consequências que um corte desta natureza pode gerar na manutenção da Universidade, impactando o funcionamento técnico da instituição mas, sobretudo, as comunidades que são beneficiadas com seus projetos e serviços. “Acumular mais um bloqueio de 30% do orçamento ameaça o funcionamento da UFJF e também o desenvolvimento das cidades em que ela está instalada, como Juiz de Fora e Governador Valadares. Um impacto como esse compromete todos os programas, inclusive os em andamento.”
Durante a discussão, a Administração Superior e o Consu mostraram preocupação com os serviços que podem ser impactados, mas também com o viés ideológico que, em um primeiro momento, justificou os bloqueios. Após amplo debate, o Conselho Superior aprovou a redação de uma nota. Confira na íntegra.
Além disso, foi decidido deixar a reunião em aberto durante a próxima semana para que se possa avançar os estudos sobre os reais impactos, continuando as deliberações na sexta-feira, 10. A ideia é se reunir novamente para avaliar o que seria reduzido, tentando minimizar os prejuízos a bolsas, projetos e ao sistema universitário como um todo.
Impactos sociais
O reitor ressaltou a relevância das universidades públicas, sendo responsáveis por mais de 90% das pesquisas realizadas no Brasil, com elevada taxa de avaliação na graduação no país e atendendo milhões de pessoas em programas de extensão. Além de destacar o reconhecimento regional e nacional da UFJF, especificamente. Segundo ranking da Folha de S. Paulo, a UFJF é a terceira de Minas Gerais e a 23ª universidade brasileira (2017 e 2018) entre 196 instituições, ocupando a oitava posição nacional em internacionalização.
Para a presidente da Associação dos Professores do Ensino Superior de Juiz de Fora (Apes), Marina Barbosa Pinto, um corte de 30% afeta todos os projetos existentes em âmbito pedagógico. “O impacto é muito severo para a sociedade brasileira, para os trabalhadores da universidade e para os estudantes. A tendência é que a gente tenha uma retração na nossa condição de trabalho e na possibilidade de melhores condições para os alunos, podendo atingir inclusive a política de assistência estudantil”. Além do que se refere ao ensino e à pesquisas, Marina ressaltou também a ameaça à projetos que impactam a comunidade externa, por meio de iniciativas extensionistas. Os 575 programas e projetos de extensão da UFJF abrangem, aproximadamente, 100 bairros de Juiz de Fora, além de 876 bolsistas e 723 docentes, regiamente regulados por editais.
O coordenador da área de comunicação sindical do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintufejuf), Márcio Sá Forte, afirma que um corte orçamentário representa um desmonte de uma política de educação inclusiva e transformadora. “Essa decisão compromete bolsa dos estudantes e o salário dos trabalhadores, mas também um instrumento importante de transformação da sociedade, que é a universidade pública. No tempo em que trabalhei com alunos da UFJF, presenciei a transformação. Vi jovens serem os primeiros da sua família a conquistarem um diploma de curso superior e pessoas saírem do interior e modificarem sua realidade por meio da educação. E é isso que está em jogo.”
Na visão do coordenador-geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Ramon Almeida, o contingenciamento impacta diretamente o cotidiano da sociedade juizforana, uma vez que a UFJF tem extrema importância social, econômica e cultural na cidade. “É uma universidade que gera impacto econômico muito grande para a região, seja em termos de ciência, tecnologia, pesquisa e extensão. Mas além disso, a UFJF administra uma série de outros espaços para população como museus e teatros. Nesse sentido, a cena cultural também seria fortemente prejudicada por esses cortes.”
O reitor ainda avaliou a decisão do Ministro da Educação, Abraham Weintraub.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 04/05/2019
Título: Após instalação de armadilhas, onça-pintada ainda não foi capturada em Juiz de Fora
Os profissionais iniciaram a instalação de novos objetos neste sábado (4). Para a preservação da espécie, ao ser capturado, o felino será levado para uma área florestal.
Por G1 Zona da Mata
04/05/2019 12h17 Atualizado há um mês
Na manhã deste sábado (4), a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) divulgou que os especialistas ainda não capturaram a onça-pintada após a instalação de duas armadilhas de laço, que estão escondidas no chão do Jardim Botânico. Ainda não foi divulgado o local exato que o animal será levado após a captura.
Os profissionais iniciaram a instalação dos objetos nesta sexta-feira (3), após a chegada do biólogo Rogério Cunha e o veterinário Paulo Roberto Amaral, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap).
Ainda conforme a UFJF, os profissionais trouxeram um colar para monitoramento via GPS e equipamentos que compõem a armadilha de laço. Para a preservação da espécie, ao ser capturado, o felino será levado para uma área florestal ampla e adequada para a reprodução da espécie.
Já neste sábado (4), mais duas armadilhas de laço serão escondidas no chão, para tentar pegar o felino. No total, a equipe do Cenap trouxe quatro objetos.
De acordo com UFJF, as armadilhas foram instaladas baseadas no trajeto utilizado pelo felino. Em seguida, os professores e biólogos cavaram um buraco, onde colocaram um laço, preso a uma alavanca, sobre uma almofada.
Um transmissor também foi instalado na área da armadilha. Conforme a assessoria do Jardim Botânico, ele envia sinais sonoros a uma sala do local, onde a equipe se reveza de plantão na escuta dos sinais, desde o anoitecer, quando se inicia a movimentação do animal.
Para assegurar que o felino não escape até que o profissional, acompanhado do médico veterinário Paulo Roberto Amaral, chegue até a onça, o laço é preso a quatro vergalhões de ferro enterrados, de cerca de um metro.
A uma distância de 15 a 20 metros, o veterinário irá atirar uma dosagem mista de anestésico local e tranquilizante. “É um anestésico forte, potente, porém o bicho fica excitado com luz e barulho. Não sente dor. É bastante seguro com uma dosagem básica”, explica o veterinário.
Localização
Após o transporte da onça-pintada para o novo local, o animal vai receber um colar com um transmissor para monitoramento de 24 horas. A cada hora, o aparelho emite sinais de localização captados pelo Cenap e compartilhados com a universidade.
Segundo a UFJF, o animal deve ficar com o aparelho por cerca de um ano. Ao chegar neste limite, um dispositivo, conhecido como “dropoff”, se desprende, e o colar se abre. A partir do último sinal emitido, é possível recuperá-lo, uma vez que a bateria do colar dura um ano e meio.
Jardim Botânico
Um dos últimos grandes fragmentos de Mata Atlântica em área urbana do Brasil, o Jardim Botânico tem mais de 80 hectares de extensão e está localizado na área da Mata do Krambeck.
No Jardim, estão presentes mais de 500 espécies vegetais, incluindo exemplares nativos, populações raras ou em perigo de extinção.
Além de uma área de cerca de 10 hectares de extensão, onde estão incluídos bromeliário, orquidário, lago, trilhas, galerias de arte e um laboratório de casa sustentável.
Depois de três mudanças na data de abertura – no primeiro semestre de 2014 e, depois, no início de março de 2018 e, ainda em 22 de março – o Jardim Botânico foi inaugurado em 12 abril deste ano.
O objetivo do local é incentivar pesquisas e visitação com foco em educação ambiental.
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Veículo: Jornal JF no mundo
Editoria: Notícias
Data: 04/05/2019
Título: Armadilhas são instaladas para capturar onça-pintada; UFJF divulgou novas fotos
04-05-2019
Cidade
O animal que está no Jardim Botânico em Juiz de Fora será levado para uma área florestal ampla e adequada para a reprodução da espécie.
Especialistas iniciaram a instalação de duas armadinhas para captura da onça-pintada na tarde da sexta-feira (3) no Jardim Botânico em Juiz de Fora. O animal foi avistado nas imediações da Mata do Krambeck e em frente a um hotel na Avenida Brasil.
De acordo com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), o biólogo Rogério Cunha e o veterinário Paulo Roberto Amaral, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), chegaram ao Jardim, às 19h30, desta quinta-feira (2) e avistaram o animal.
Para a preservação da espécie, ao ser capturado, o felino será levado para uma área florestal ampla e adequada para a reprodução da espécie.
Ainda conforme a UFJF, os profissionais trouxeram um colar para monitoramento via GPS e equipamentos que compõem a armadilha de laço.
Também nesta sexta foram divulgadas novas fotos da onça-pintada, tiradas pelo professor Pedro Nobre. Ele integra a equipe em campo, liderada pelo professor Artur Andriolo, do Departamento de Zoologia. Em uma delas é possível perceber o tamanho dos dentes do animal.
Reunião
O secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, Germano Vieira, visitou Juiz de Fora nesta quinta-feira (2). Ele participou de um encontro com autoridades no Jardim Botânico da UFJF.
Durante o encontro, o secretário declarou apoio às atividades desenvolvidas em prol da salvaguarda da onça-pintada e de proteção de moradores. Ele reforçou que os órgãos estaduais de meio ambiente estão à disposição para a obtenção de êxito no desenvolvimento dos trabalhos.
Entre os participantes da reunião estava também o secretário de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano da Prefeitura de Juiz de Fora, Luís Cláudio Santos Pinto. A pasta também faz parte do comitê interinstitucional.
Também nesta quinta, no período da manhã, foi anunciado que a onça-pintada, encontrada na região da Mata do Krambeck, será capturada e transportada para uma área segura e adequada à espécie.
Durante a tarde, um veterinário e um biólogo do do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap) chegaram à cidade. A medida faz parte das ações que visam garantir que o animal passe o menor tempo possível no processo de coleta e transporte.
O Jardim Botânico está temporariamente fechado desde o dia 26.
Jardim Botânico
Um dos últimos grandes fragmentos de Mata Atlântica em área urbana do Brasil, o Jardim Botânico tem mais de 80 hectares de extensão e está localizado na área da Mata do Krambeck.
No Jardim, estão presentes mais de 500 espécies vegetais, incluindo exemplares nativos, populações raras ou em perigo de extinção.
Além de uma área de cerca de 10 hectares de extensão, onde estão incluídos bromeliário, orquidário, lago, trilhas, galerias de arte e um laboratório de casa sustentável.
Depois de três mudanças na data de abertura – no primeiro semestre de 2014 e, depois, no início de março de 2018 e, ainda em 22 de março – o Jardim Botânico foi inaugurado em 12 abril deste ano.
O objetivo do local é incentivar pesquisas e visitação com foco em educação ambiental.
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Veículo: Acessa.com
Editoria: Cidade
Data: 04/05/2019
Título: Onça-pintada não é capturada na primeira noite. Mais armadilhas serão instaladas
Da redação
Duas armadilhas instaladas no Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), nesta sexta-feira, 3 de maio, ainda não capturaram a onça-pintada, filmada no local, nas imediações da Mata do Krambeck e em frente ao hotel na Avenida Brasil nos últimos dias.
A equipe do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio) trouxe quatro armadilhas de laço, escondido no chão, para tentar pegar o felino. As duas restantes serão montadas neste sábado, 4.
O método é considerado um dos mais seguros e eficazes, conforme o coordenador substituto do Centro, Rogério Cunha, que atua há 21 anos na captura de animais silvestres, e está coordenando os trabalhos nesta etapa.
“Uma captura nunca é simples, a gente sempre subestima essa facilidade. Não é porque estamos vendo-o na área é que vamos estalar o dedo e pegá-lo. Se não conseguirmos pegar com laço, está vindo uma caixa. Esses animais são muito ressabiados de entrar em armadilha de caixa, tanto a onça-pintada quanto a parda”, explica o profissional.
“Agora começa um processo de paciência e cálculo para o melhor entendimento dos trajetos realizados pelo animal e para o melhor posicionamento das armadilhas”, afirma o professor Artur Andriolo, do Departamento de Zoologia da UFJF, que está em campo desde o início das atividades, no dia 26, com o professor Pedro Nobre, do Colégio de Aplicação João XXIII.
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Quando a onça for alcançada, ela será levada para uma área florestal ampla, distante de área urbana, onde corra menos riscos. Na área da Mata do Krambeck, que inclui o Jardim, foram identificados perigos de o animal ser caçado, atropelado, ferido ou abatido, conforme o grau de incidente na reação de moradores com a presença do felino.
“É preciso ter o máximo de cuidado possível na captura. Pois este é um animal extremamente valioso para a natureza, do tipo de onça-pintada mais ameaçada que se tem, que é a de Mata Atlântica. Queremos ter muita precisão nesta captura. O trabalho realizado até aqui tem sido considerado exemplar, com a divisão de tarefas e a organização – o que é uma grande vantagem nossa”, disse Rogério Cunha a equipe de profissionais, que participaram da montagem e da vigília. Nesta primeira noite, dormiram, no Jardim, seis profissionais, entre veterinários, pesquisadores e biólogos da UFJF, do Cenap e do Instituto Estadual de Florestas (IEF).
Armadilha
Baseada em dados de monitoramento do animal, realizado desde o dia 26 de abril, a equipe em campo escolheu um trajeto utilizado pelo felino. Em seguida, cavou um buraco, onde colocou um laço, preso a uma alavanca, sobre uma almofada. Um transmissor, instalado na área da armadilha, envia sinais sonoros à sala, no Jardim, onde a equipe se reveza de plantão na escuta dos sinais, desde o anoitecer, quando se inicia a movimentação do animal.
Para que a onça-pintada seja atraída até a armadilha, Cunha busca direcionar a caminhada do felino até o perímetro do laço. Para isso, espalha folhas e pequenos galhos, voltados para a estrutura, coberta com areia e folhas. Tenta calcular, inclusive, as últimas passadas do animal e fazer apenas mínimas alterações no ambiente. Por enquanto, ainda não foi utilizada isca. “A partir de agora, é proibido pisar na área”, alerta o profissional, que é biólogo e analista ambiental.
Quando o felino pisa na almofada, a alavanca é acionada, e o laço se fecha. Ao mesmo tempo, com o movimento da estrutura, um pino encaixado ao transmissor e amarrado à alavanca se solta. Com isso, a frequência de sinais sonoros captada é alterada, alertando os profissionais. “Imediatamente vamos até o animal, para que ele passe o menor tempo possível preso”, afirma Cunha.
Sedação, pesagem e coleta
Para assegurar que o felino não vá escapar até que o profissional, acompanhado do médico veterinário Paulo Roberto Amaral, chegue até a onça, o laço é preso a quatro vergalhões de ferro de cerca de um metro enterrados.
A uma distância de 15 a 20 metros, o veterinário irá atirar uma dosagem mista de anestésico local (tiletamina) e tranquilizante (zolazepam). “É um anestésico forte, potente, porém o bicho fica excitado com luz e barulho. Não sente dor. É bastante seguro com uma dosagem básica”, explica o veterinário. “Incrivelmente para bichos maiores, como tigre e leão, é usada uma dose menor. Enquanto para cachorros, por exemplo, ela é maior”. Conforme o profissional, é preciso esperar entre 10 a 15 minutos até que o animal fique completamente sedado.
Certificado de que não há riscos, o professor Rafael Monteiro, do Departamento de Veterinária da UFJF, será um dos responsáveis pela coleta de sangue, pelos e possivelmente urina para análise. “Queremos ainda fazer a vermifugação, para evitar que leve carrapatos e possíveis doenças para a nova área onde será acolhido.”
A equipe ainda verificará altura, peso, comprimento, dentes e sexo. Pelas imagens captadas ainda não foi possível perceber uma caracterização definitiva da genitália. “A análise do tamanho, do tom amarelado dos dentes, do quanto os caninos estão gastos, entre outros aspectos, bem como a presença ou a ausência de dentes, são indicativos da idade do animal”, afirma o veterinário Paulo Amaral.
Transporte e colar com GPS
Em seguida, a onça-pintada será levada em uma jaula forrada com folhagens, em uma van do IIEF. Conforme o plano da equipe, não será necessário injetar mais sedativos, nesta etapa. O animal vai acordado, monitorado por médico veterinário. Historicamente ele segue tranquilo, quieto, durante o transporte.
O felino receberá um colar de aproximadamente 380g, dotado de GPS, com transmissor para monitoramento por 24 horas diárias. A cada hora, o aparelho emite sinais de localização captados pelo Cenap e compartilhados com a UFJF.
O animal deve ficar com o aparelho por cerca de um ano. Ao chegar nesse limite, um dispositivo, conhecido como “dropoff, se desprende, e o colar se abre. A partir do último sinal emitido, é possível recuperá-lo, uma vez que a bateria do colar dura um ano e meio.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 04/05/2019
Título: Secretário de Comunicação deixa cargo na Prefeitura de Juiz de Fora
Michael Guedes ocupava a posição desde janeiro de 2013. Ainda não há informações de quem vai assumir a função dele.
Por G1 Zona da Mata
04/05/2019 15h15 Atualizado há um mês
O secretário de Comunicação Social da Prefeitura de Juiz de Fora, Michael Guedes, deixou o cargo na administração municipal, segundo informações da assessoria do Executivo. A saída foi confirmada ao G1 neste sábado (4).
Ainda de acordo com a Prefeitura, Guedes pediu para sair do cargo atual. Ainda não há informações de quem vai assumir a função do secretário.
Biografia
Jornalista e professor, Michael tem MBA em liderança e gestão pública pelo Centro de Liderança Pública (CLP/SP) e pela Harvard Kennedy School. Foi assessor de Comunicação da UFJF e da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Atuou como secretário de Comunicação Social da Prefeitura de Juiz de Fora desde janeiro de 2013.
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Veículo: Toque de Bola
Editoria: Notícias
Data: 04/05/2019
Link: https://www.toquedebola.esp.br/2019/05/baeta-ufjf-vence-as-duas-na-estreia-pelo-mineiro/
Título: Baeta-UFJF vence as duas na estreia pelo mineiro
[Texto não copiável]
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 04/05/2019
Título: ‘Onde tem onça-pintada, tem boa qualidade ambiental’
Especialista fala sobre as razões que podem ter provocado o aparecimento do animal em Juiz de Fora
Por Leticya Bernadete
04/05/2019 às 16h20- Atualizada 04/05/2019 às 16h24
Há pouco mais de uma semana, uma onça-pintada avistada no Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) roubou os holofotes e, desde então, está na boca do povo. A notícia da aparição do felino teve repercussão nacional, já que está ameaçado de extinção e, conforme especialistas, há pelo menos 80 anos não há registro do animal na Zona da Mata mineira. Uma equipe do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Cenap/ICMBio) instalou armadilhas no Jardim Botânico, nesta sexta (3) e neste sábado (4), para tentar capturar o animal, que deve ser transferido para outro local, visando seu desenvolvimento e proteção.
A fim de conhecer mais sobre o comportamento da espécie e o que pode ter levado ao seu aparecimento em Juiz de Fora, a Tribuna entrevistou o biólogo e um dos maiores especialistas em onça-pintada do Brasil, Leandro Silveira. Tendo dedicado sua vida profissional à conservação do felino, Silveira fundou, em 2002, o Instituto Onça-Pintada, juntamente com a bióloga e sua esposa Anah Tereza de Almeida Jácomo. A organização não governamental tem como missão preservar o felino, considerado o maior do continente americano, através da execução e apoio a pesquisas. A distribuição geográfica da onça-pintada se estende do Norte da Argentina até o Sul dos Estados Unidos. Cerca de 48% dos exemplares se encontram no Brasil.
Na Mata Atlântica, o estado de conservação da onça-pintada é considerado “criticamente em perigo” pelo ICMBio, sendo que o número total de animais adultos é menor que 250. Como lembrou Silveira, em outubro de 2018, a onça-pintada foi reconhecida como símbolo brasileiro da conservação da biodiversidade. “Isso porque é um animal predador, no topo de cadeia alimentar, cuja existência depende de um ambiente saudável, com presas naturais e habitats. Ou seja, onde tem onça-pintada, tem boa qualidade ambiental. Significa que o ambiente vai bem, já que a espécie é muito exigente.”
– Tribuna – Quais fatores podem estar relacionados com o aparecimento de uma onça-pintada no Jardim Botânico, espaço remanescente da Mata Atlântica em Juiz de Fora?
– Leandro Silveira – Como não existe nenhum desmatamento significativo nas redondezas, isso nos leva a acreditar que esse animal nasceu em algum lugar próximo e está dispersando. Ou seja, está a procura de um território. Isso é muito comum acontecer entre machos jovens. Quando chegam à fase adulta, saem à procura de seu próprio território, podendo percorrer longas distâncias até encontrá-lo.
– É possível que tenham outros exemplares na região?
– Se tem um animal, é muito provável que tenha outro. Todavia, é bom salientar que onças-pintadas podem percorrer dezenas de quilômetros em uma única noite. Já monitoramos um animal que percorreu 40 quilômetros.
– O animal avistado, segundo especialistas da UFJF, parece estar adaptado à presença humana, por percorrer área pavimentada com cimento e iluminada artificialmente. O que isso pode significar? Há a possibilidade dessa onça ter sido domesticada?
– Isso significa que ela – até por não ter opção – está adaptada à antropização do seu ambiente natural. Ou seja, aprendeu a tolerar barulho, luz etc. Não sei se lembra do caso da onça-pintada que morou quase um ano em um bairro periférico de Goiânia. Essa onça se adaptou ao ambiente antropizado, saindo somente à noite para caçar. Depois que comeu todas as presas naturais disponíveis da área, passou a predar cães, bezerros e potros das chácaras vizinhas.
– Qual seria o comportamento esperado de uma onça “de mata”, ao entrar em contato com a presença humana?
– A verdade é que os animais se adaptam a novas realidades. Araras fazem ninhos em palmeiras imperiais no meio das cidades, gambás visitam lixeiras, e onças também podem adaptar a esses ambientes mesclados com urbanização. O comportamento esperado que ela está tendo é o de evitar o contato com humanos, visto que tem saído a noite.
– Felinos como a onça mantém uma rotina? É possível que a abertura do Jardim Botânico tenha causado alguma alteração?
– Muito pouco provável que a abertura do Jardim seja o motivo. Sim, eles mantém uma rotina de estar sempre caçando, se escondendo e procurando um local seguro e calmo para descansar.
– O exemplar encontrado corre algum risco? Como está a questão da caça ao animal no país?
– Não acredito que corra risco iminente em relação às pessoas. O seu maior drama deve estar sendo achar alimento que o sustente. Penso que seu maior risco é morrer de fome ou se envolver em conflito com pessoas, ao predar algum animal doméstico, como por exemplo, cachorro, gatos ou bezerros.
– Como a UFJF, responsável pelo Jardim Botânico, deve agir daqui em diante?
– Penso que a medida mais correta é a que está sendo realizada mesmo. Fazer esforços para capturar o animal, removê-lo para uma área distante e apostar que ele possa encontrar um local com menos pessoas por perto. Todavia, vale lembrar que esses animais têm grande poder de deslocamento. Veja o caso da onça de Goiânia. Nós a capturamos e levamos para uma área muito boa para onças, com bastante presas naturais e espaço. Só que o animal não ficou na área. Ele andou mais de mil quilômetros até encontrar um território “vazio”. No ano passado, também soltamos, com um colar GPS, uma onça que foi capturada dentro de um condomínio em Belém (PA). Ela foi levada para dentro de uma reserva do ICMBio, mas não ficou lá. Andou cem quilômetros para fora da reserva, onde acabou sendo morta.
– Com o aparecimento da onça, surgiram fotos e vídeos falsos em redes sociais. No meio disso, um vídeo de uma jaguatirica morta nas margens da BR-040 causou preocupação, visto que a “fake news” dizia ser a onça-pintada. Quais características diferenciam as duas espécies?
– Uma onça-pintada macho adulto pesa, em média, entre 90 e 100 quilos, enquanto uma jaguatirica não passa de 20 quilos. É como comparar um cachorro da raça dogue alemão com um pincher: ambos são cães, mas a diferença de tamanho não permite confusão. Apesar de a pelagem na forma de manchas ser parecida, a jaguatirica não passa de 20% do peso de uma onça-pintada.
Reproduzido por: Portal Amirt
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Veículo: Portal F11
Editoria: Notícias
Data: 04/05/2019
Título: Após instalação de armadilhas, onça-pintada ainda não foi capturada em Juiz de Fora
Os profissionais iniciaram a instalação dos objetos na sexta-feira (3). Para a preservação da espécie, ao ser capturado, o felino será levado para uma área florestal.
Após instalação de armadilhas, onça-pintada ainda não foi capturada em Juiz de Fora
Duas armadilhas instaladas no Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), nesta sexta-feira, 3, ainda não capturaram a onça-pintada, filmada no local, nas imediações da Mata do Krambeck e em frente a hotel na Avenida Brasil nos últimos dias.
No total, a equipe do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio) trouxe quatro armadilhas de laço, escondido no chão, para tentar pegar o felino. As duas restantes serão montadas neste sábado, 4.
O método é considerado um dos mais seguros e eficazes, conforme o coordenador substituto do Centro, Rogério Cunha, que atua há 21 anos na captura de animais silvestres, e está coordenando os trabalhos nesta etapa.
“Uma captura nunca é simples, a gente sempre subestima essa facilidade. Não é porque estamos vendo-o na área é que vamos estalar o dedo e pegá-lo. Se não conseguirmos pegar com laço, está vindo uma caixa. Esses animais são muito ressabiados de entrar em armadilha de caixa, tanto a onça-pintada quanto a parda”, explica o profissional.
“Agora começa um processo de paciência e cálculo para o melhor entendimento dos trajetos realizados pelo animal e para o melhor posicionamento das armadilhas”, afirma o professor Artur Andriolo, do Departamento de Zoologia da UFJF, que está em campo desde o início das atividades, no dia 26, com o professor Pedro Nobre, do Colégio de Aplicação João XXIII.
Quando a onça for alcançada, ela será levada para uma área florestal ampla, distante de área urbana, onde corra menos riscos. Na área da Mata do Krambeck, que inclui o Jardim, foram identificados perigos de o animal ser caçado, atropelado, ferido ou abatido, conforme o grau de incidente na reação de moradores com a presença do felino.
“É preciso ter o máximo de cuidado possível na captura. Pois este é um animal extremamente valioso para a natureza, do tipo de onça-pintada mais ameaçada que se tem, que é a de Mata Atlântica. Queremos ter muita precisão nesta captura. O trabalho realizado até aqui tem sido considerado exemplar, com a divisão de tarefas e a organização – o que é uma grande vantagem nossa”, disse Rogério Cunha a equipe de profissionais, que participaram da montagem e da vigília. Nesta primeira noite, dormiram, no Jardim, seis profissionais, entre veterinários, pesquisadores e biólogos da UFJF, do Cenap e do Instituto Estadual de Florestas (IEF).
Armadilha
Baseada em dados de monitoramento do animal, realizado desde o dia 26 de abril, a equipe em campo escolheu um trajeto utilizado pelo felino. Em seguida, cavou um buraco, onde colocou um laço, preso a uma alavanca, sobre uma almofada. Um transmissor, instalado na área da armadilha, envia sinais sonoros à sala, no Jardim, onde a equipe se reveza de plantão na escuta dos sinais, desde o anoitecer, quando se inicia a movimentação do animal.
Para que a onça-pintada seja atraída até a armadilha, Cunha busca direcionar a caminhada do felino até o perímetro do laço. Para isso, espalha folhas e pequenos galhos, voltados para a estrutura, coberta com areia e folhas. Tenta calcular, inclusive, as últimas passadas do animal e fazer apenas mínimas alterações no ambiente. Por enquanto, ainda não foi utilizada isca. “A partir de agora, é proibido pisar na área”, alerta o profissional, que é biólogo e analista ambiental.
Quando o felino pisa na almofada, a alavanca é acionada, e o laço se fecha. Ao mesmo tempo, com o movimento da estrutura, um pino encaixado ao transmissor e amarrado à alavanca se solta. Com isso, a frequência de sinais sonoros captada é alterada, alertando os profissionais. “Imediatamente vamos até o animal, para que ele passe o menor tempo possível preso”, afirma Cunha.
Sedação, pesagem e coleta
Para assegurar que o felino não vá escapar até que o profissional, acompanhado do médico veterinário Paulo Roberto Amaral, chegue até a onça, o laço é preso a quatro vergalhões de ferro de cerca de um metro enterrados.
A uma distância de 15 a 20 metros, o veterinário irá atirar uma dosagem mista de anestésico local (tiletamina) e tranquilizante (zolazepam). “É um anestésico forte, potente, porém o bicho fica excitado com luz e barulho. Não sente dor. É bastante seguro com uma dosagem básica”, explica o veterinário. “Incrivelmente para bichos maiores, como tigre e leão, é usada uma dose menor. Enquanto para cachorros, por exemplo, ela é maior”. Conforme o profissional, é preciso esperar entre 10 a 15 minutos até que o animal fique completamente sedado.
Certificado de que não há riscos, o professor Rafael Monteiro, do Departamento de Medicina Veterinária da UFJF, será um dos responsáveis pela coleta de sangue, pelos e possivelmente urina para análise. “Queremos ainda fazer a vermifugação, para evitar que leve carrapatos e possíveis doenças para a nova área onde será acolhido.”
A equipe ainda verificará altura, peso, comprimento, dentes e sexo. Pelas imagens captadas ainda não foi possível perceber uma caracterização definitiva da genitália. “A análise do tamanho, do tom amarelado dos dentes, do quanto os caninos estão gastos, entre outros aspectos, bem como a presença ou a ausência de dentes, são indicativos da idade do animal”, afirma o veterinário Paulo Amaral.
Transporte e colar com GPS
Em seguida, a onça-pintada será levada em uma jaula forrada com folhagens, em uma van do IIEF. Conforme o plano da equipe, não será necessário injetar mais sedativos, nesta etapa. O animal vai acordado, monitorado por médico veterinário. Historicamente ele segue tranquilo, quieto, durante o transporte, conforme Cunha.
O felino receberá um colar de aproximadamente 380g, dotado de GPS, com transmissor para monitoramento por 24 horas diárias. A cada hora, o aparelho emite sinais de localização captados pelo Cenap e compartilhados com a UFJF.
O animal deve ficar com o aparelho por cerca de um ano. Ao chegar nesse limite, um dispositivo, conhecido como “dropoff, se desprende, e o colar se abre. A partir do último sinal emitido, é possível recuperá-lo, uma vez que a bateria do colar dura um ano e meio.
Participam dos trabalhos, integrantes de sete instituições, que formaram uma comissão para coordenar as atividades relacionadas à onça-pintada, com o assessoramento técnico do Cenap – órgão federal, referência em onças. São elas: UFJF, Prefeitura de Juiz de Fora, IEF, Ibama, Polícia Militar de Meio Ambiente, Corpo de Bombeiros e Campo de Instrução do Exército em Juiz de Fora.
Acompanhe as atualizações no portal da UFJF e, em tempo real, no perfil do Jardim Botânico no Instagram.
Fonte: UFJF e G1 Zona da Mata
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Veículo: Século Diário
Editoria: Jornal
Data: 04/05/2019
Título: Professores anunciam greve geral para o dia 15 de maio
Ato, que já tem adesão da Ufes, é reação ao corte para universidades e à criminalização dos professores
Educação De Da Redação quinta, 02 de maio de 2019 Atualizado em: sábado, 04 de maio de 2019, 11:05
Em resposta aos ataques à educação pública, entidades do setor convocaram suas categorias para uma paralisação nacional no próximo dia 15 de maio em todo o País. No Espírito Santo, a Universidade Federal (Ufes) e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo ( Sindiupes), além do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe-Ifes), já confirmaram participação no movimento.
O presidente da Associação de Docentes da Ufes (Adufes), professor José Antônio da Rocha Pinto, reforça que os cortes que atingem a universidade capixaba começaram desde 2014, sendo intensificados a cada ano. Segundo ele, no ano passado, a Ufes recebeu 70% do orçamento previsto.
Para Rocha Pinto, mais 30% de cortes, que começaram pela UNB (Brasília), UFF (Rio de Janeiro) e UFBA (Bahia) e devem se estender para as demais federais, só pioram o quadro. De acordo com ele, universidades menores, como a Ufes, sofrem impactos mais expressivos.
Na próxima quinta-feira (9), segundo o presidente da Adufes, será realizada uma reunião com os demais sindicatos que agregam professores da educação pública e com centrais sindicais e entidades do movimento social, para definir a programação da greve geral no Espírito Santo.
Perseguição ideológica
“A greve nacional da educação em 15 de maio é uma resposta a todos os ataques que a educação pública, os professores, estudantes, técnicos administrativos vêm sofrendo, com toda essa perseguição ideológica e política”, explica Caroline Lima, 1ª secretária do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, (Andes-SN).
Ela exemplifica a perseguição com a declaração do ministro da Educação, Abraham Weintraub, e do presidente Jair Bolsonaro que incentiva a filmagem de docentes por alunos. “No momento em que temos um chefe de Estado que diz que é direito do estudante filmar professor, isso nada mais é do que a criminalização de professores e professoras. Além de um desrespeito total à autonomia das escolas e das universidades, dos institutos federais e Cefet”, explica.
Caroline lembra ainda que a luta contra a reforma da Previdência está na pauta do dia 15 de maio e nas demais datas da agenda de mobilização. Ela ressalta a desconstitucionalização dos direitos previdenciários prevista na PEC 06/2019, que aumenta a incerteza quanto à aposentadoria e aponta ainda que a reforma ataca professoras e professores do ensino fundamental, que terão o tempo contribuição elevado em quase 10 anos.
“O que está muito nítido é que esse governo colocou professores e professoras como inimigos. E a paralisação unificada do dia 15 de maio é para dizermos que basta de ataques à educação, basta de ataques à nossa categoria. E também dizermos não a essa reforma da Previdência que é perversa, cruel e seletiva”, diz.
Nota
A Andes-SN também divulgou uma nota de repúdio ao anúncio de mais um corte 30% no orçamento das universidades federais. Segundo declaração do ministro Abraham Weintraub ao jornal O Estado de São Paulo, o contingenciamento atingiria inicialmente três universidades: a Universidade de Brasília (UnB), a Federal Fluminense (UFF) e a Federal da Bahia (UFBA), que já tiveram seus repasses reduzidos.
Segundo o periódico, o MEC está sendo forçado a definir cortes após o governo anunciar um contingenciamento orçamentário de R$ 30 bilhões. Desse total, R$ 5,8 bilhões terão de vir da Educação. Weintraub teria dito que os cortes estariam relacionados ao desempenho acadêmico das instituições e que elas estariam “promovendo ‘balbúrdia’ em seus câmpus (sic)”. E, ainda, que a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, também está sob avaliação. De acordo com o divulgado, o ministro caracteriza como “balbúrdia” a presença de “sem terra” e a realização de festas nas universidades.
Para Antonio Gonçalves, presidente do Andes-SN, o contingenciamento divulgado, de forma ainda não oficial, é absurdo e ilegal. “A Universidade deve ser um espaço de formação emancipatória do sujeito, por isso tem que ser um espaço de criticidade e autonomia. O governo, para impor sua política educacional, que é uma política de retrocesso, de pensamento único, e de ataque aos direitos fundamentais, elege como prioridade o contingenciamento de verbas das universidades, usando uma argumentação ilegal e inaceitável politicamente”, explica.
“Nossas universidades continuam primando pela qualidade e isso é comprovado em inúmeras pesquisas nacionais e internacionais”, acrescenta.
O presidente do Sindicato Nacional reforça a importância social das universidades federais e destaca que esse novo corte terá impacto em todas as áreas, inclusive no acesso e permanência dos estudantes. Pode, inclusive, inviabilizar a continuidade das atividades acadêmicas nessas instituições de ensino superior.
“A política estudantil, por exemplo, já está com recursos contingenciados, já não tem mais bolsas e já não conseguimos ampliar o número de vagas. Novos cortes vão prejudicar sobremaneira o acesso, a permanência e a produção do conhecimento tão necessária para a evolução da sociedade e do homem e da mulher, trabalhadores do nosso país”, alerta Gonçalves.
Outros ataques
Em 29 de março, o governo publicou o decreto 9, 7 mil, no qual contingenciou R$ 29,5 bilhões do Orçamento Federal de 2019. Da Educação foram cortados R$ 5,8 bilhões, cerca de 25% do orçamento do previsto para esse ano. Já da Ciência, Tecnologia e Inovação foram retirados R$ 2,1 bilhões.
Além do ataque ao financiamento e manutenção das instituições, o governo vem promovendo outras ofensivas à educação pública e aos educadores. Recentemente, ameaçou acabar com cursos da área de humanas como filosofia e sociologia. Editou a MP 783/2019, que impede o desconto da mensalidade sindical no contracheque de educadores docentes, tentando fragilizar a organização sindical.
No domingo (28), Weintraub e Jair Bolsonaro divulgaram declarações incentivando a gravação de professores em sala de aula, sem autorização. “É um discurso que abre espaço para diferentes formas de assédio contra os professores. São falas inaceitáveis para qualquer autoridade pública, principalmente daquelas responsáveis pela educação”, afirma Antonio Gonçalves.
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Veículo: Jornal Voz Ativa
Editoria: Notícias
Data: 04/05/2019
Título: Fundação Renova é acusada de violar direitos de comunidades atingidas por barragens
Atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, criticam atuação de entidade, que deveria mediar conflitos.
Início » Noticias » Fundação Renova é acusada de violar direitos de comunidades atingidas por barragens
Por João Paulo Silva
Publicado em 04/05/2019, 10:34 – Atualizado em 04/05/2019, 10:34
Participantes da reunião argumentam que fundação atua como defensora dos interesses das mineradoras. Crédito – Clarissa Barçante/ALMG,
Participantes de audiência pública realizada nesta sexta-feira (3/5/19), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), fizeram uma série de críticas à atuação da Fundação Renova. A entidade foi criada para mediar o conflito entre as mineradoras Samarco, Vale e BHP, responsáveis pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana (Região Central), em 2015, e a população afetada pela tragédia.
Segundo os convidados da reunião, convocada pela Comissão de Direitos Humanos da ALMG, aFundação Renova criminaliza e silencia as vítimas do rompimento da barragem; ameaça, persegue e promove assédio e divisão entre as comunidades; ignora os direitos dos atingidos; e adia o cumprimento de acordos.
A entidade é acusada também de se aproveitar da morosidade da Justiça para protelar a reparação de danos às comunidades. De acordo com os debatedores, na prática, a fundação atua mesmo é como defensora dos interesses das mineradoras.
“A Fundação Renova trabalha para atender aos interesses das empresas, criminalizando, silenciando e negando a subjetividade dos atingidos”, denunciou o promotor Helder Magno da Silva, procurador regional dos Direitos do Cidadão, da Procuradoria Geral da República em Minas Gerais.
Seu colega Guilherme de Sá Meneghin, da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Mariana, reforçou a denúncia, alegando que a fundação desconsidera os casos de depressão no município, que teriam aumentado muito após a tragédia, recusando-se a aceitar a reparação de danos morais. “A vulnerabilidade social aumentou e há um grande descuido com a saúde dos atingidos”, declarou.
Diante dos sucessivos crimes socioambientais, Guilherme Meneghin entende que os legisladores devem elaborar leis específicas para reparação de danos. Nesse sentido, defendeu que a comissão aprove recomendação ao Congresso Nacional para que os parlamentares apresentem projetos de lei que apontem para a punição efetiva dos responsáveis, como forma de prevenir violações de direitos.
Presente à reunião, o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) disse que foram apresentados na Câmara dos Deputados nove projetos sobre legislação ambiental, envolvendo segurança e licenciamento de barragens, que devem ir ao Plenário no fim do mês.
Comissão pretende ouvir prefeitos
A audiência desta sexta-feira foi iniciada pouco depois das 9h30 e concluída às 17h45, após a convocação de uma reunião extraordinária da comissão, com o objetivo de que o debate tivesse prosseguimento.
Autora do requerimento de audiência, a deputada Beatriz Cerqueira (PT) avaliou a reunião como bastante produtiva e destacou a “iniciativa inédita de ouvir as vítimas de Mariana e Brumadinho sem serem silenciadas por nenhuma das mineradoras”.
Natural do Vale do Rio Doce, atingido pelo rompimento da Barragem de Fundão, a deputada Celise Laviola (MDB) disse que a sua região tem menos visibilidade, por estar afastada. “Mas o sofrimento é imenso, porque perdemos a água, nossa fonte de vida”, acrescentou.
A presidenta da comissão, deputada Leninha (PT), disse entender bem esse sofrimento, porque o povo do Norte do Estado, sua região de origem, também sofre com escassez de água. “O povo é o verdadeiro guardião da biodiversidade. Estamos juntos em defesa de um modelo de desenvolvimento onde as pessoas tenham mais valor do que o dinheiro”, afirmou.
Relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Barragem de Brumadinho, o deputado André Quintão (PT) também defendeu a busca por um novo modelo no aproveitamento dos recursos naturais. Ele também rechaçou o modelo de mediação de conflitos adotado pela Fundação Renova e disse que a CPI não vai permitir que a situação se repita no caso de Brumadinho.
A deputada Andréia de Jesus (Psol) também criticou a entidade, afirmando que a tarefa de mediação entre empresas e comunidades deveria ser assumida pelo poder público e não por uma instituição de direito privado.
Simone Maria da Silva, da Comissão de Atingidos de Barra Longa (distrito de Mariana), denunciou que a fundação atua no sentido de dividir a comunidade. “A Renova é um câncer na vida de todos nós, atingidos. Somos perseguidos, ameaçados, criminalizados e marginalizados. O crime não acabou, continua acontecendo todos os dias”, disse.
A professora da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), Tatiana Ribeiro de Souza, disse que a Renova atua com finalidade política, no que foi apoiada pelo representante da Comissão Estadual dos Atingidos do Espírito Santo, Heider José Boza.
A coordenadora do Fórum Sindical e Popular de Saúde e Segurança do Trabalhador, Marta de Freitas, chamou as barragens mineiras de “bombas atômicas” porque “podem estourar a qualquer momento”.
Requerimentos aprovados – Durante a reunião, diversos requerimentos foram aprovados, dois para realização de audiências públicas. A primeira tem como objetivo debater a atual situação socioeconômica e socioambiental na ótica dos direitos coletivos, nos municípios da Bacia do Rio Doce atingidos pelo rompimento da Barragem do Fundão, com a participação dos prefeitos.
A outra audiência será para apresentação de trabalho do Poemas, grupo de estudo sobre política, mineração, meio ambiente e sociedade, da Universidade Federal de Juiz de Fora, sobre o rompimento da Barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, em 25 de janeiro deste ano, que matou mais de 200 pessoas.
A deputada Celise Laviola sugeriu a realização de nova audiência com representantes da Renova, para que eles respondam os questionamentos apresentados nesta sexta. Essa reunião ainda deverá ser aprovada pela comissão.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 04/05/2019
Título: Novas armadilhas são instaladas para capturar onça-pintada avistada no Jardim Botânico
No total, quatro equipamentos de laço serão colocados na mata. Armadilhas de caixa não são descartadas
Por Tribuna
04/05/2019 às 14h20- Atualizada 04/05/2019 às 14h46
Mais dois equipamentos foram instalados neste sábado (4) no Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) para tentar capturar a onça-pintada, que foi avistada há pouco mais de uma semana nas imediações da Mata do Krambeck e em frente a um hotel na Avenida Brasil. Na tarde da última sexta-feira (3), duas das quatro armadilhas de laço, escondidas no chão, foram colocadas pela equipe do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio), mas não surtiram efeito. Agora, todos foram instalados no local, porém, a armadilha de caixa ainda não foi descartada. O método utilizado para a captura é considerado um dos mais seguros e eficazes.
Entretanto, segundo o coordenador substituto do Centro, Rogério Cunha, que atua há 21 anos na captura de animais silvestres, o momento requer paciência. “Uma captura nunca é simples, a gente sempre subestima essa facilidade. Não é porque estamos vendo-o na área é que vamos estalar o dedo e pegá-lo. Se não conseguirmos pegar com laço, está vindo uma caixa. Esses animais são muito ressabiados de entrar em armadilha de caixa, tanto a onça-pintada quanto a parda”, explicou.
O laço foi posicionado nos locais onde a onça tem sido avistada, mas, por circular por várias rotas, serão feitas escolhas estratégicas de localizações ou colocadas iscas para atrair o animal. Quando a onça passar pelo local e tiver a pata presa pelo laço, um transmissor será acionado. Depois de capturada, a onça será anestesiada e passará por um atendimento veterinário, onde serão recolhidos material sanguíneo e realizada a medição, a pesagem e a identificação do sexo. O felino também receberá uma coleira de monitoramento via satélite. Conforme a UFJF, depois de passar por todas essas etapas, a onça será levada para uma área florestal ampla, distante de área urbana, onde corra menos riscos. Na área da Mata do Krambeck, que inclui o Jardim Botânico, foram identificados perigos, como a caça do animal, atropelamento ou até mesmo ser ferido ou abatido, conforme o grau de incidente na reação de moradores com a presença do felino.
O felino vem sendo monitorado desde 26 de abril, dia seguinte à primeira visualização dele por um vigilante do Jardim Botânico. Quem lidera o monitoramento é o professor Artur Andriolo, do Departamento de Zoologia, acompanhado do professor Pedro Nobre, que tem conseguido capturar imagens do animal durante a noite.
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Veículo: Tribuna Hoje
Editoria: Brasil
Data: 05/05/2019
Título: Parlamentares querem discutir corte nas federais com o ministro da Educação
Weintraub anunciou bloqueio de 30% do orçamento das universidades e dos institutos federais do país
Deputados integrantes da Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Federais e da Comissão de Educação da Câmara querem um encontro com o ministro da Educação Abraham Weintraub para a próxima semana. O objetivo é discutir o corte de 30% do orçamento das universidades antes do próximo dia 15, quando ele é esperado na reunião ordinária da Comissão.
“Nós vamos procurá-lo nos próximos dias porque a situação que se anuncia é aflitiva e nós não podemos cruzar os braços. E vamos também promover uma grande articulação no Congresso”, disse à RBA a integrante da coordenação da Frente e suplente da Comissão de Educação, a deputada Margarida Salomão (PT-MG).
A parlamentar defende ainda uma articulação com a sociedade em defesa da rede federal de ensino superior. “Ao longo da história, desde o período do governo militar, as universidades sempre foram defendidas pela sociedade, por aqueles que historicamente se beneficiam da universidade. E atualmente temos também o apoio popular, muito relevante, porque hoje entrou na imaginação das classes mais populares o sonho, que na verdade é um direito, de ingressar em uma universidade.”
Na última terça-feira (30), Weintraub anunciou o bloqueio de 30% do orçamento das 60 universidades federais e dos 40 institutos federais de Educação espalhados pelo país. As primeiras afetadas pela medida foram as de Brasília (UnB), da Bahia (UFBA) e Fluminense (UFF).
De 2014 a 2018, a rede federal teve queda nos investimentos da ordem de 15%, passando de R$ 39,2 bilhões para R$ 33,4 bilhões.
Reitora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) de 1998 a 2006, Margarida Salomão avalia como “profundamente inadequado” o discurso do ministro sobre a possível “balbúrdia”, e falta de produção acadêmica, que estaria ocorrendo nas universidades.
“Ele foi muito infeliz ao apontar a UnB, a UFBA e a UFF, porque essas três estão entre as mais bem ranqueadas no Brasil e na América Latina. Ao se dar conta dessa impropriedade e, mais ainda, dessa ilegalidade – porque não tem nenhuma fundamentação – ele produziu uma emenda pior do que o soneto”, disse a deputada, referindo-se ao contingenciamento de 30% no orçamento de todas as universidades federais, que na prática está menor que o do ano passado, enquanto o número de matrículas na graduação continua a crescer.
“Se pegarmos o orçamento e dividir pelo número de matrículas, veremos que estamos com um coeficiente menor do que aquele que encontraríamos em 2016. E o ministro da Educação, que embora seja professor de universidade federal, demonstra um profundo desconhecimento da realidade das universidades. Acha que é possível produzir com estrangulamento ainda maior do que tínhamos do desempenho financeiro orçamentário das universidades.”
A ex-reitora destaca a rede federal como um patrimônio da sociedade brasileira, e sua importância para o país na busca da retomada do desenvolvimento. “Nós estamos com a economia estagnada. E se olharmos para fora, sabemos que as empresas mais valiosas, nas atividades mais importantes, são aquelas que têm o conhecimento como o seu capital.”
Nessa perspectiva, acredita que não apenas essas instituições, mas o país. ficará comprometido se deixar de investir no setor, que é responsável pela formação de quadros funcionais, técnicos e pesquisadores da melhor qualidade.
Creches
Margarida Salomão avalia como estúpido o projeto do ministro Abraham Weintraub, também anunciado esta semana, de canalizar recursos das universidades para as creches. “É uma estupidez. Na verdade, essa dicotomia que se procura estabelecer entre a educação fundamental e superior não tem nenhuma razão de ser”.
Ela lembrou a aprovação por unanimidade, em 2014, do Plano Nacional de Educação (PNE). No conjunto das metas, a ampliação dos investimentos em educação em todos os níveis para que, em 2024, a educação pública, das creches à pós-graduação, contasse com 10% do PIB.
“É preciso lembrar que quem forma professores para a educação fundamental e oferece educação continuada para esses mesmos professores é o sistema universitário, e destacadamente o sistema público. O Brasil precisa investir em creches – hoje temos 30% das crianças na idade alvo matriculadas em creches – isso é uma tragédia que vai repercutir ao longo da vida. Essas crianças que não são cuidadas são aquelas que terão mais dificuldades para ingressar em uma universidade. Então essas coisas estão ligadas de forma visceral. Não tem como fazer uma distinção ou priorização.”
Teto dos gastos
Embora a Constituição estabeleça a União como responsável pelo Ensino Superior, os estados pelo Ensino Médio e os municípios pela Ensino Fundamental e Infantil, o orçamento de todas as esferas está comprometido pela Emenda Constitucional (EC) 95/2016, que reduz investimentos na área social.
“Essa mutilação que o orçamento sofreu em 2016, é a grande razão pela qual o ministro da Economia, Paulo Guedes, precisa achar R$ 1 trilhão. Ele tem de tirar do orçamento para poder adequá-lo a essa monstruosidade que é o congelamento dos investimentos sociais em um país que é dos mais desiguais do mundo, que estava em um processo positivo de evolução do seu IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e que de repente tem todo esse processo interrompido”, lamenta.
Margarida acredita que a Frente Parlamentar pela Valorização das Universidades Federais será importante na resistência aos retrocessos impostos desde o governo de Michel Temer (MDB) que se aprofundam com Jair Bolsonaro (PSL).
“Trata-se de uma articulação que vai além da esquerda. É na verdade um interesse nacional. Educação é política de Estado. Isso não pode flutuar segundo o gosto do governo.”
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Painel
Data: 05/05/2019
Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/painel/05-05-2019/ministro-do-stf-vem-a-jf.html
Título: Ministro do STF vem a JF
Por Paulo Cesar Magella
05/05/2019 às 01h00 – Atualizada 03/05/2019 às 20h26
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, vem a Juiz de Fora no dia 31 para palestra no Cine-Theatro Central, às 19h, quando irá lançar “um olhar sobre o mundo e sobre o Brasil”. O evento é uma parceria entre a OAB e a Universidade Federal de Juiz de Fora, tendo a Faculdade Vianna Júnior como apoiadora.
Zema também pode vir no dia 31
Embora não haja ainda qualquer confirmação, há a possibilidade de o governador Romeu Zema vir a Juiz de Fora no dia 31. Certa mesmo é a sua visita à cidade no início de julho para um evento partidário.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 05/05/2019
Título: ‘Ganhei na mega-sena sem o prêmio em dinheiro’, diz biólogo após fotografar onça-pintada em Juiz de Fora
O G1 conversou com o professor e especialista Pedro Nobre, uma das poucas pessoas autorizadas a entrar no Jardim Botânico da universidade. O local foi fechado devido à presença do animal dias após ter sido inaugurado.
Por Caroline Delgado e Roberta Oliveira, G1 Zona da Mata
05/05/2019 15h20 Atualizado há um mês
Um dos principais assuntos de Juiz de Fora esta semana foi a onça-pintada que apareceu no Jardim Botânico e os olhares que ela atraiu, inclusive com destaque nacional. Um destes olhares foi o de um biólogo e professor do Colégio de Aplicação João XXIII, que conseguiu fotografá-la.
Pedro Nobre é uma das poucas pessoas autorizadas a entrar no espaço da universidade. Através das fotos dele, todas as pessoas têm visto o animal e a beleza dele. A onça-pintada flagrada na cidade é monitorada na região da Mata do Krambeck desde o dia 25 de abril, quando fez a primeira aparição.
Conciliando a jornada como pesquisador e professor, ele confessou a emoção ao G1 em ter a chance de ver de perto o felino, que dominou o assunto nas salas de aula e garante estar focado na melhor solução para a segurança do animal e de quem vive no entorno.
Processo
Quando soube da onça-pintada no Jardim Botânico, o professor, que tem um equipamento que faz parte de monitoramento de fauna, instalou o objeto no local. A intenção foi ver quais eram as espécies que existiam e o comportamento delas.
Ao G1, ele explicou que o aparato é da universidade, mas estava utilizando por causa de projetos de pesquisa que tem realizado. Mas de acordo com o professor, ele nunca tinha trabalhado com felinos.
“Assim que soubemos da onça-pintada, a primeira ideia foi essa: saber onde ela está andando, o que ela está fazendo. Como o equipamento estava disponível e em condições de uso, instalamos no parque”, comentou.
Após a instalação do equipamento de monitoramento, foram colocadas armadilhas fotográficas para flagrar a onça-pintada no ambiente, processo que também faz parte do monitoramento do animal.
“As imagens ajudam a entender o comportamento e nos fornecem informações possíveis sobre sexo e idade. Além disso, as pessoas querem saber o que está acontecendo. O que a gente pode fazer é disponibilizar essas imagens para mostrar às pessoas que não podem estar aqui”, acrescentou.
Chance rara
“Ganhei na mega-sena, sem o prêmio em dinheiro”. Este foi um dos pensamentos do professor após tirar foto da onça-pintada no Jardim Botânico. Segundo ele, o animal estava apenas a 30 metros de distância durante a fotografia.
“A chance de ver um animal desse até no Pantanal ou na Amazônia é rara. Na Mata Atlântica é mais rara ainda. Pensa então em Juiz de Fora. Por ser um momento raro, a emoção é muito grande. E conseguir fotografar é ainda muito mais raro. Esta é uma oportunidade que eu nunca tive e não sei se terei outra”, comentou.
Nobre também ressaltou que no momento está focado em ter um desfecho legal na situação e que este é o objetivo de todos os especialistas envolvidos na captura do animal. “Depois disso vou parar para pensar no que vou fazer, nos planos para o futuro, como que estes registros podem se tornar estudos ou projetos”, explicou.
Ao fim da entrevista, o professor ainda brincou em relação aos alunos diante da chance de viver esta situação inesperada: “conseguindo dar aula eu estou, mas os alunos só querem saber da onça”.
Jardim Botânico
Um dos últimos grandes fragmentos de Mata Atlântica em área urbana do Brasil, o Jardim Botânico tem mais de 80 hectares de extensão e está localizado na área da Mata do Krambeck.
Nele estão presentes mais de 500 espécies vegetais, incluindo exemplares nativos, populações raras ou em perigo de extinção.
Além de uma área de cerca de 10 hectares de extensão, onde estão incluídos bromeliário, orquidário, lago, trilhas, galerias de arte e um laboratório de casa sustentável.
Depois de três mudanças na data de abertura – no primeiro semestre de 2014 e, depois, no início de março de 2018 e, ainda em 22 de março deste ano, o Jardim Botânico foi inaugurado em 12 abril com o objetivo de incentivar pesquisas e visitação com foco em educação ambiental.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 06/05/2019
Título: UFJF reforça orientações de segurança após nova aparição da onça-pintada
Felino foi flagrado na noite de 1° de maio em estacionamento de Igreja Batista
Por Tribuna
06/05/2019 às 19h36- Atualizada 07/05/2019 às 19h43
A onça-pintada foi novamente flagrada pelas ruas de Juiz de Fora. Na noite de quarta-feira (1º), o felino foi avistado no estacionamento da Igreja Batista Resplandecente Estrela da Manhã, localizada no Bairro Santa Terezinha, ao lado da Mata do Krambeck. A informação foi divulgada pela Universidade Federal de Juiz de Fora nesta segunda-feira (6). Após o novo episódio e com o intuito de reforçar as orientações de segurança à população e de salvaguarda do animal, a pró-reitora de Extensão da UFJF, Ana Lívia Coimbra, conversou, nesta segunda (6), com o pastor Gonçalves de Paula Cunha, vice-presidente da congregação.
“Embora a gente saiba que a onça tende a fugir da presença humana, há riscos para as pessoas e para ela mesma, caso se sinta acuada com a reação de cachorro ou de crianças, jogando pedras ou fazendo barulhos para chamar a atenção do animal. Em reação, ele pode atacar, pode ser que aconteça um acidente. Por isso, estamos alertando a população que a onça está passando em áreas onde há movimentação de pessoas”, disse Ana Lívia.
O pastor relatou que tem conhecimento de fotos do animal na área do estacionamento da igreja e que medidas de segurança estão sendo tomadas. “A Igreja está ciente. Avisamos nossos fiéis, em cada culto, para tomarem cuidado, porque a onça está circulando por aqui. Há alguns que ficam com medo e dizem que não vêm. Outros sim. Adquirimos mais experiência sobre o animal com o Pedro e o Artur [professores da UFJF, Pedro Nobre e Artur Andriolo, que estão monitorando o animal e avisaram o líder religioso]”, disse o pastor.
Conforme ele, foi elevada a quantidade de diáconos que ficam de prontidão do lado externo dos salões, onde são realizadas as atividades religiosas, para avisar os fiéis sobre o aparecimento do animal e tentar afastá-lo do estacionamento. “Avisamos especialmente os pais com crianças. E nosso vigia comunica os professores quando a onça é avistada. Faz oito anos que adquirimos este terreno e não tínhamos visto o animal”, afirmou.
Após começar a ser avistada, a partir do dia 25 de abril, além do alerta a líderes religiosos, também foram avisados representantes de bairros do entorno do Jardim Botânico. Em encontro articulado pela direção do Jardim Botânico, no dia 29 de abril, militares do Corpo de Bombeiros e da Companhia de Polícia Militar de Meio Ambiente, junto a membros da Universidade, reuniram-se, na Igreja Santa Terezinha, para orientar os moradores dos bairros próximos à Mata do Krambeck a respeito do comportamento do animal.
Orientações
A orientação de especialistas é para que caso a pessoa aviste o animal ou se encontre em situação de emergência, ligue para a Polícia Militar de Meio Ambiente, por meio dos números 190 e 3228-9050, ou para o Corpo de Bombeiros (193). A recomendação também sugere que se evite atividades às margens do Rio Paraibuna, na área da Mata do Krambeck e em imediações da floresta, entre 17h e 6h.
Conforme o Guia Prático de Convivência entre Predadores Silvestres e Animais Domésticos elaborado pelo Cenap/ICMBio, onças-pintadas normalmente têm medo do homem e tendem a evitar sua presença. No entanto, segundo o guia, é preciso evitar atividades que possam causar habituação do animal ao ser humano, ter precaução e seguir orientações de segurança.
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Veículo: Prefeitura de Juiz de Fora
Editoria: Notícias
Data: 06/05/2019
Link: https://www.pjf.mg.gov.br/noticias/view.php?modo=link2&idnoticia2=64441
Título: Banco de Leite celebra Dia Nacional de Doação
Portal de Notícias PJF | Banco de Leite celebra Dia Nacional de Doação | SS – 6/5/2019
Em comemoração ao Dia Nacional de Doação de Leite Humano, 19 de maio, o Banco de Leite Humano (BLH) traz uma programação especial para lembrar a data. A semana comemorativa vai contar com curso para gestantes, café com as doadoras de Juiz de Fora, além de ações de conscientização sobre aleitamento materno e a importância da doação de leite humano.
De acordo com a coordenadora interina do BLH, Sílvia Raquel, são objetivos das comemorações realizadas em todo o país: estimular a doação de leite humano, promover debates sobre a importância do aleitamento materno, além de divulgar os bancos de leite humano nos estados e municípios.
Inscrições para o curso de gestantes
Na próxima segunda-feira, 13, às 19 horas, o BLH vai realizar um curso para gestantes no Auditório da Câmara Municipal, que fica no Parque Halfeld, Centro. São oferecidas 50 vagas, sendo que as grávidas podem levar um acompanhante. As inscrições podem ser feitas até a próxima quinta-feira, 9, ou até que as vagas sejam preenchidas. As interessadas devem ligar para o telefone 3690-7436, das 8 às 11 horas ou das 13 às 16 horas. O curso vai abordar temas como nutrição na gravidez, cuidados odontológicos na gestação e com o bebê, o parto, aleitamento materno e cuidados com o recém-nascido.
Ainda durante a semana, na quarta-feira, 15, será feito um café da tarde em comemoração ao Dia Nacional de Doação de Leite Humano. O evento acontece às 14 horas, na sede do Banco de Leite, que fica na Rua São Sebastião, 772/776, Centro. O convite para participar está sendo feito às doadoras de 2019. Haverá roda de conversa sobre o tema e homenagem às doadoras.
Ações de conscientização
A agenda em comemoração ao 19 de maio conta, ainda, com outras atividades programadas pelo departamento. Durante todo este mês, acadêmicos de enfermagem da UFJF estarão nas salas de espera no Departamento de Saúde da Criança e Adolescente, para abordar, dentre outros assuntos, aleitamento materno, a importância da doação de leite humano e como esse gesto pode salvar vidas.
Além disso, será feita uma reunião com os gerentes das unidades Básicas de Saúde, para fortalecer as informações sobre temas afins nas consultas de pré-natal. Durante a semana comemorativa, que vai de 13 a 17 deste mês, haverá taambém entrega de folder explicativo sobre doação de leite humano nas maternidades, trabalho realizado pela equipe do programa Cultive, grupo da Secretaria de Saúde que realiza vacinação nas maternidades.
*Informações com a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde pelo telefone 3690-7123/7389.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Esportes
Data: 06/05/2019
Título: Eberth Silva e Amanda Oliveira vencem a 1ª Corrida do Bahamas
Dupla conquista terceira de quatro provas do 33º Ranking da cidade. Confira os tempos extraoficiais
Por Bruno Kaehler
06/05/2019 às 17h35
Pela terceira vez em quatro provas do Ranking juiz-forano no ano, Eberth da Silva Silvério (Mega/Cria UFJF/Fripai) e Amanda Aparecida de Oliveira (Fac. Granbery/Ed. Física) cruzaram a linha de chegada antes de todos os adversários. Desta vez a dupla conquistou a vitória na estreante Corrida do Bahamas, etapa com percurso principal de 12km realizada na manhã do domingo (5), na Via São Pedro (BR-440). O evento ainda contou com corrida de 6km, caminhada de 3km e provas infantis em participação, ao todo, de cerca de 1.500 atletas inscritos.
Eberth completou o percurso com direito a volta no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio em 39min21s, seguido por Matheus Moraes Batista (Mega/Cria UFJF; 40min59s), Jocemar Corrêa (Vem Correr; 41min32s), Wesley Gomes Furiati (Vem Correr; 43min13s) e Neemias Aves (Mega/Cria UFJF; 43min32s). Já no geral feminino, Amanda liderou a prova ao registrar tempo de 48min05s. Completaram o pódio entre as mulheres Aline Barbosa (Fac. Granbery/Ed. Física; 51min25s), Débora Faião (Team Faião; 52min51s), Claudete Nunes (ProFit Running; 53min07s) e Adriana Rodrigues de Oliveira (Nativos; 54min15s).
Entre as equipes, a Super Amigos, no masculino, e a Fac. Granbery/Ed. Física, no feminino, foram as campeãs ao somar 502 e 295 pontos, respectivamente. Na disputa coletiva entre as pessoas com deficiência (PCDs), Super Amigos, com 467 pontos, entre os homens, e JF Paralímpico, pelas mulheres, com 85 pontos, venceram. Somente o percurso de 12km valeu pontuação para o 33º Ranking da cidade.
Na prova de 6km, Juan Feliciano Fontainha (Mega/Cria UFJF), com o tempo de 22min17s, e Júlia Cristal Mendes (ProFit Running), após 30min34s de prova, foram os primeiros colocados.
Todos os tempos divulgados pela Secretaria de Esporte e Lazer da Prefeitura de Juiz de Fora são extraoficiais e, portanto, sujeito a revisões e alterações até a divulgação dos números oficiais da prova. Confira abaixo todos os resultados divulgados.
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Veículo: Rumo Certo JF
Editoria: Notícias
Data: 06/05/2019
Título: Eberth Silva e Amanda Oliveira garantem 3ª dobradinha de pódios na Corrida do Bahamas
rumocerto 6 Maio , 2019 Corrida e caminhada, Destaque Sem Comentários
*Reportagem: Priscila Oliveira
Válidos pela quarta etapa do 33º Ranking de Juiz de Fora, os 12km foram o carro-chefe da Corrida do Bahamas, realizada neste domingo, 05. O evento caiu no gosto dos 1.500 atletas inscritos, que se dividiram também entre a corrida de 6km, a caminhada de 3km e os desafios infantis. Porém, como vem acontecendo desde a segunda etapa do circuito local, Eberth Silva (Fripai/ O2Fit/ Mega/UFJF) e Amanda Oliveira (Fac. Granbery/ Real Mercês/ CRIA UFJF/ Sicoob/ NutriMais) foram os principais destaques da disputa principal, garantindo o topo dos pódios gerais pela terceira vez consecutiva.
Rumo ao Rio
O representante de Coronel Pacheco cruzou a linha de chegada com o tempo de 39min21s. “Primeiramente quero agradecer a Deus e aos meus patrocinadores, que vêm nessa caminhada comigo. Foi um percurso bom, rápido e que serviu como teste para a Golden Run, no Rio. Consegui fazer uma corrida bem constante e que me deu confiança para domingo que vem. Dia 19 estarei em Santos (SP), nos 10km Tribuna. Agora é continuar os treinos, também para maratona, que é meu próximo objetivo”, comemorou. Ele foi seguido, consecutivamente, por Matheus Batista (Mega/ CRIA UFJF), Jocemar Corrêa (Vem Correr), Wesley Furiati (Vem Correr) e Neemias Aves (Mega/ CRIA UFJF).
Já a liderança entre as mulheres foi conquistada em 48min05s. “O percurso foi muito bom – gosto de prova assim. Consegui fazer uma corrida excelente, mantive o ritmo até o final e agora meu foco está na Meia Maratona do Porto, no Rio. Estava praticamente treinando, tentando manter o ritmo para me sair bem domingo que vem”. Aline Barbosa (Fac. Granbery/Ed. Física/Mais Bella), Débora Faião (Faião Team), Claudete Nunes (ProFit Running) e Adriana Rodrigues (Nativos) completaram a premiação do segundo ao quinto lugares.
Pódios e próximas
Super Amigos (502 pontos), Vem Correr (350) e Mega/ CRIA UFJF (296) foram as três melhores equipes masculinas, enquanto Fac. Granbery/Ed. Física (295 pontos), ProFit Running (294) e Nativos (280) foram os destaques das femininas. Nos grupos PCD (Pessoas com Deficiência), os títulos ficaram com Super Amigos – PCD, nos masculinos, e JF Paralímpico, nos femininos.
Segundo o gerente de marketing do Grupo Bahamas, Nélson Júnior, a expectativa do evento foi atingida. “Não queríamos ser a maior nem a melhor prova; a intenção era fazer diferente, e alcançamos esse objetivo. Estamos felizes com o ‘filho’ que criamos. Agora, queremos melhorar ainda mais. Fizemos essa prova exatamente para avaliar a possibilidade de realizar outras, e temos condições de fazer nos próximos anos também”.
CLIQUE AQUI para acessar os resultados extraoficiais da Corrida do Bahamas.
*O Rumo Certo é mídia de divulgação e cobertura fotográfica deste evento.
** Dúvidas sobre classificação devem ser encaminhadas diretamente à Secretaria de Esporte e Lazer pelo e-mail rankingdecorridasjf@yahoo.com.br ou através do telefone (32) 3960-7845.
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Veículo: Acessa.com
Editoria: Esporte
Data: 06/04/2019
Título: Eberth Silvério e Amanda de Oliveira vencem a 1ª Corrida do Bahamas
Da redação
Eberth Silvério e Amanda de Oliveira venceram a 1ª Corrida do Bahamas realizada no último domingo, 5 de maio, em Juiz de Fora. Eles percorreram os 12km, válidos pelo 33º Ranking de Corridas de Rua da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), com 39min21seg4 e 48min5seg3, respectivamente. O pódio masculino foi composto ainda por Matheus Batista, Jocemar Correa e Wesley Furiati e Neemias Alves. Já, no feminino, também subiram ao pódio, Aline Barbosa, Debora Faião, Claudete Nunes e Adriana de Oliveira.
A Corrida do Bahamas, quarta etapa, contou com as provas infantis, em que mais de cem crianças mostraram suas habilidades, em percursos conforme a faixa etária. Todos receberam medalhas. A manhã foi encerrada com Carnaval, animada pelo Redutos do Samba e as mulatas do Bim.
A etapa também contou com o percurso cronometrado de 6km e a caminhada de 3km. Entre os homens, nos 6km, subiram ao pódio, Juan Fontainha, Nélio Durso, Guilherme de Oliveira, Agostinho de Oliveira e Rodrigo Azevedo. As mulheres premiadas foram Júlia Alves, Adriana Russi, Janete Freitas, Fabiana Campos e Rosemeire Gonçalves.
Na premiação por equipes, o pódio masculino foi formado por Super Amigos, Vem Correr e Mega/Cria UFJF. As equipes femininas que mais pontuaram foram Faculdade Granbery/Educação Física, Profit Running e Nativos. Entre as pessoas com deficiência, a Super Amigos levou o troféu masculino, e o JF Paralímpico, da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL), conquistou no feminino.
O “Ranking” é realização da SEL, da PJF, em parceria com empresas vencedoras da licitação, organizadoras das etapas. Neste ano, estão previstas 11 etapas.
Meia Maratona com inscrições abertas
Duas provas do ranking de corridas de rua de JF mudam de data Meia e Maratona do Rio: colunista da ACESSA.com fala sobre os desafios Abertas as inscrições para a 9ª Corrida Rústica Saúde e Vida Sem Drogas
A quinta etapa do “Ranking” corresponde à 8ª Meia Maratona de Juiz de Fora e está marcada para 2 de junho. A prova já está com as inscrições abertas, no valor de R$80 para qualquer percurso (21km, 10km, 3km) e para a “cãominhada”, caminhada com pets. As inscrições podem ser feitas através dos sites www.corridao.com.br e www.sympla.com.br.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Esportes
Data: 06/05/2019
Título: Tupynambás/UFJF estreia com vitórias na segunda divisão do Mineiro de base
Equipes sub-15 e sub-17 derrotam o Guarani (MG) no Estádio Municipal no último sábado
Por Bruno Kaehler
06/05/2019 às 19h23- Atualizada 06/05/2019 às 19h26
A parceria Tupynambás/UFJF iniciou a disputa da segunda divisão do Campeonato Mineiro sub-15 e sub-17 com o pé direito. No sábado (4), a equipe mais jovem bateu o Guarani (MG) por 3 a 1, enquanto os mais velhos venceram o adversário de Divinópolis por 2 a 0.
No sub-15, Icaro, Matheus e Ricardo marcaram para os juiz-foranos, após Davi ter aberto o placar aos visitantes. “Foi uma estreia boa. Esperava uma ansiedade, é normal, mas os meninos responderam bem e isso não nos atrapalhou. Os problemas defensivos foram corrigidos no intervalo e voltamos melhor no segundo tempo. Ofensivamente fizemos uma boa partida, com a jogada do primeiro gol fruto do que trabalhamos bastante, os alas jogando com bastante amplitude e liberdade para atacar. Tanto que foi uma assistência do nosso ala-esquerdo para o direito. Felicidade grande do Ícaro no primeiro gol. E dá confiança para o restante dos jogos. Temos um fora de casa agora. E temos que agradecer a torcida que foi nos apoiar e foi retribuída com dois belos jogos”, avaliou o técnico do sub-15, Vinícius Alves.
Já no duelo sub-17 o triunfo veio com dois gols do camisa 10 Gabriel Sá, após a equipe passar por nervosismo nos primeiros minutos e pecar na finalização de jogadas, como destacou o treinador Wanderley Tavares. “Esses 3 pontos foram muito importantes porque nos dão tranquilidade para continuar o trabalho. Importante também no nosso planejamento inicial dos três primeiros jogos, já que temos duas partidas fora agora. A equipe começou muito nervosa, sentiu um pouco a estreia. Nos primeiros 10 minutos não conseguimos encaixar nosso jogo, mas depois criamos várias chances e o resultado poderia ter sido até um pouco mais elástico.”
O Santarritense é o adversário da segunda rodada, sábado (11), às 13h (sub-17) e às 15h (sub-15), no Estádio Municipal José Barbosa Nadalini, em São Sebastião da Bela Vista (MG).
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Veículo: Rádio Itatiaia JF
Editoria: Educação
Data: 06/05/2019
Link: http://radioitatiaiajf.com.br/reitor-da-ufjf-avalia-impactos-apos-anuncio-de-corte-orcamentario/
Título: Reitor da UFJF avalia impactos após anúncio de corte orçamentário
6 de maio de 2019 Redação
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) vai perder o montante de R$ 23 milhões com o corte orçamentário de 30%, anunciado pelo Ministério da Educação.
Frente à situação, o Conselho Superior da Universidade (Consu) se reuniu, na última sexta-feira, 3, em caráter de urgência, para avaliar os impactos e os encontros, a partir agora, serão sistemáticos.
reitor da UFJF, Marcus David, analisa o impacto sobre os cortes
O reitor Marcus David rebate o argumento do ministro da Educação sobre o custo das universidades brasileiras.
A UFJF possui atualmente 72 cursos de graduação, sendo 62 em Juiz de Fora e 10 em Governador Valadares. Entre cursos de graduação e pós graduação, a instituição acolhe cerca de 22 mil alunos.
A Universidade Federal de Viçosa também foi consultada sobre os impactos mas, até o fechamento desta edição, não havia dado retorno.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cultura
Data: 06/05/2019
Título: ‘O amor é a mais potente vocação humana’, afirma cineasta Alice Furtado
Por Marcos Araújo
06/05/2019 às 16h39- Atualizada 07/05/2019 às 12h41
Ao ser questionada acerca do que gostaria de dizer ao público do Brasil e do mundo com a sua mais recente obra, a cineasta carioca Alice Furtado afirmou que se entregar inteiramente a uma experiência amorosa “é a mais potente vocação humana”, diante de uma sociedade que vem cultuando o ódio. Ela teve o seu primeiro longa-metragem “Sem seu sangue” selecionado para ser exibido na mostra Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes, que será realizado de 14 a 25 de maio. Nesta terça-feira (7), Alice estará em Juiz de Fora e vai participar de um bate-papo com os alunos do Programa de Pós-Graduação em Letras/Estudos Literários da UFJF, a partir das 14h. O evento é promovido pela disciplina Tópicos Avançados – Poesia e Cinema e é aberto ao público.
Esta não é a primeira vez que a diretora figura em Cannes. Em 2011, ao realizar o seu primeiro curta “Duelo antes da noite”, teve sua obra selecionada para a mostra Cinéfondation, voltada para filmes universitários. Sua trajetória na sétima arte, também marcada pelo curta “A Rã e Deus”, começou quando Alice, aos 18 anos, ingressou no curso de Cinema da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Desde então, sua atividade no meio não parou mais. Durante a graduação, ela fez crítica de cinema, trabalhou com preservação e curadoria. Nos sets da faculdade, foi continuísta e diretora de arte. Só depois de sua primeira ida a Cannes, Alice passou a acreditar que uma carreira como diretora seria possível. Paralelamente, a cineasta se dedica ao trabalho de montadora, um outro lado da construção de filmes, que, segundo ela, tem contribuído para o seu aprendizado diário no mundo cinematográfico.
Na entrevista que segue, a artista falou sobre seu interesse em abordar temas da adolescência e juventude, período de descobertas e transformações; sua preocupação com o futuro do país em um contexto de cortes na educação e da importância da produção nacional de cultura para o desenvolvimento da sociedade.
Tribuna – Como é ter o primeiro longa-metragem selecionado para a Quinzena dos Realizadores no Festival de Cinema de Cannes, visto que a mostra tem entre seus méritos descobrir filmes de jovens autores?
Alice Furtado – A Quinzena revelou muitos diretores que admiro, como Spike Lee, Naomi Kawase, Sophia Coppola, entre outros, e foi o lugar de estreia de muitos filmes que me marcaram, então é uma grande honra fazer parte disso. Ter a oportunidade de mostrar um primeiro filme a um público atento como o de Cannes, onde tudo gira em torno do cinema, é uma forma muito encorajadora de começar.
O que uma jovem cineasta, carioca, quer dizer para o público brasileiro e internacional com o seu filme “Sem seu sangue”?
A gente vive hoje em uma sociedade em que talvez o único sentimento que as pessoas se permitam vivenciar intensamente é o ódio. As pessoas se medicam para que nenhum sentimento forte as desestabilize, procuram relações sem risco em aplicativos como o Tinder, em que a promessa de casualidade e não-envolvimento se torna o principal atrativo, não perdem tempo com relações amorosas e, por outro lado, se mobilizam inteiramente pelo ódio. O amor (ou, como diria o filósofo Alain Badiou, a verdade gerada pela experiência de ser dois e não um) ficou totalmente perdido no meio disso, ameaçado pela lógica produtivista desse estágio avançado e trágico de capitalismo em que vivemos, e também por uma cultura que, em grande parte pela lógica das redes sociais que hoje permeiam todas as relações, encerra os indivíduos cada vez mais em torno de si mesmos, de sua própria imagem. Aos olhos de uma sociedade anestesiada e um tanto doente, pode parecer uma aberração, mas quero dizer que se entregar inteiramente à experiência amorosa ainda é para mim a mais potente vocação humana. Tenho consciência, no entanto, de que isso tudo é apenas um ponto de vista. Uma vez que o filme está pronto, o público pode apreender dele o que quiser, considerando a experiência de cada um. Acho isso bonito e é por tal razão que sempre encerro meus filmes de forma bem aberta.
“Sem seu sangue” narra a história de Silvia que, desinteressada pela rotina diária entre a família e a escola, parece mover-se em busca de algo que a faça sentir-se mais viva. Ela acredita ter encontrado esse algo no jovem Artur. Todavia, a convivência deles é interrompida por um acidente. No seu curta “Duelo antes da noite”, de 2011, você conta a história de uma menina e um menino pré-adolescentes, que trilham um caminho juntos rumo a uma grande mudança de vida. Quais as inquietações que a levaram a abordar a adolescência e a juventude nos seus filmes?
É um período em que tudo é muito intenso e quando há muitas descobertas. Essas descobertas me interessam muito, do corpo em transformação, por onde passarão novas intensidades a serem vividas pela primeira vez. São fenômenos que me interessam de um ponto de vista cinematográfico, algo que tenho vontade de investigar com a câmera. Minha relação com o cinema é extremamente sensorial, quase tátil. Às vezes, percebo que posso facilmente esquecer detalhes narrativos de filmes que me marcaram, mas sou capaz de lembrar exatamente a sensação que tive diante de uma determinada cena – uma cena de dança bem filmada, uma troca de olhares entre dois personagens com muitas camadas de não-dito, um gesto expressivo e inesperado de um ator etc. São intensidades que são próprias do cinema e nenhuma outra arte é capaz de nos fazer senti-las da mesma forma. Quando lidamos com personagens jovens, essa dimensão é ainda mais forte, porque estão plenos ainda nessa descoberta sensorial do mundo.
Que referências contribuíram para sua formação como cineasta?
Minha referência mais importante no cinema mundial é a cineasta francesa Claire Denis, não apenas por admirar desde sempre o seu trabalho, mas também por ter sido orientada por ela em uma residência na França, no Le Fresnoy. No Brasil são muitos os cineastas que me influenciaram de alguma maneira, mas, se fosse para apontar um preferido, diria que Joaquim Pedro de Andrade.
A sua formação é na Universidade Federal Fluminense (UFF), que, assim como outras instituições públicas de ensino superior, vêm sendo alvo de ataques de uma parcela da sociedade brasileira na tentativa de desacreditá-las, diminuindo a importância dessas universidades no campo da pesquisa, da formação profissional e no desenvolvimento social e cultural do país. Como você enxerga essa situação?
Preocupa-me muitíssimo. Eu vivi talvez um dos melhores momentos para a universidade pública no país e posso dizer que foi uma formação muito rica e estimulante, com professores dedicados e apaixonados pelo que faziam, e que naturalmente transferiram essa paixão para nós. Além disso, venho de uma família de professores universitários, então acompanho de perto esse esforço e sei o quanto são capazes de mudar as vidas dos alunos e vice-versa. Logo depois que me formei, em 2010, sinto que o ambiente se enriqueceu ainda mais, com o crescimento de programas como o Ciência sem Fronteiras, a expansão das universidades no interior do país e, sobretudo, a expansão da política de cotas. Tudo isso contribuiu pra melhorar a qualidade do debate nesses espaços e, consequentemente, na sociedade. Preocupo-me muito com o futuro do país em um contexto de cortes brutais em investimentos e diminuição da autonomia da universidade pública, que estava justamente dando passos importantes no sentido da construção de uma sociedade mais igual.
Políticas de incentivo têm contribuído para que jovens diretores driblem problemas estruturais, saindo do eixo Rio-São Paulo e chegando a grandes festivais. Como a redução de incentivos pode prejudicar a revelação da multiplicidade de olhares no cinema nacional?
Foram jovens diretores e jovens produtoras (sem contar os roteiristas, fotógrafos, montadores etc) que, dentro e fora do eixo Rio-São Paulo, puderam ingressar no mercado entre o início dessa década até mais ou menos o ano passado, quando os critérios de investimento do Fundo Setorial do Audiovisual começaram a mudar. Vivemos durante esse período uma renovação técnica e estética, com o surgimento de novas vozes em todos os cantos do país, ao mesmo tempo em que o lugar das grandes produções, com maiores rendimentos de bilheteria, seguia assegurado. A partir do ano passado, no entanto, os critérios de acesso ao fundo mudaram, dificultando a vida das pequenas produtoras e dos diretores iniciantes. Recentemente, o governo anunciou também o corte de investimentos do BNDES e da Petrobras em audiovisual, o que terá um impacto não apenas na produção em si como em eventos importantes de formação de público como o Festival do Rio e o Animamundi. Para agravar a situação, acompanhamos ainda o impasse entre a Ancine e o Tribunal de Contas da União, que questiona a atual metodologia de prestação de contas da Agência. Como resultado, foi comunicada ao setor a suspensão de repasses, paralisando diversos projetos de filmes e séries já aprovados. Nós tivemos muita sorte de termos captado recursos em 2015, através do Prodecine 5, que era a linha dedicada a projetos com propostas inovadoras e de relevância artística, em que diversos primeiros filmes foram contemplados. Hoje, com os recursos que estão disponíveis e os critérios de acesso a eles (sem contar a paralisação), seria muito difícil conseguir financiar “Sem seu sangue”, que não só é meu primeiro longa, como o primeiro de ficção da Estúdio Giz, a produtora.
A estreia de blockbusters, como aconteceu recentemente com o filme “Avengers Ultimato”, da Marvel, ocupa a grande maioria das salas de cinema, que, inclusive, são formatadas para esses filmes, chegando a ocupar cerca de 80% do circuito. Como que você avalia esse monopólio no que diz respeito à redução da oferta de outras possibilidades cinematográficas ao público?
É uma desproporção absurda se comparada a outros países do mundo, em que essa taxa chegou a 20% ou no máximo 30%. Resultado da suspensão da cota de tela (que impedia que uma única produção ocupasse mais de 30% das salas do mesmo complexo) que ocorreu no fim do ano passado. Para a produção nacional, que já passa por dificuldades por todos os motivos mencionados acima, é um cenário extremamente desencorajador, mas tão grave quanto é o processo de “desformação”; e embrutecimento do público, ao qual passa-se a oferecer um único produto (não costumo usar essa palavra, mas aqui me parece adequada). Lembro-me que, quando era estudante, entre 2006 e 2010, era preciso correr ao Festival do Rio e à Mostra de Cinema de SP para não perder os filmes mais comentados do circuito dito “de arte”. De lá pra cá isso foi mudando e em um dado
momento os filmes começaram a chegar, saindo de um circuito unicamente cinéfilo para atingir um público mais diverso. A sociedade só ganha com isso. Em relação à proteção ao cinema brasileiro, qualquer país que quer se colocar no centro das discussões do mundo entende a importância da produção nacional de cultura, e para isso é necessário ter mercado. Vejo esse retrocesso com muita preocupação.
Qual o perfil do espectador brasileiro que hoje escolhe entrar no cinema para assistir a um filme nacional?
É alguém que se aventura para além do óbvio e que tem interesse em se ver representado. Nós vivemos um período muito fértil e diverso durante o auge das políticas voltadas ao cinema independente, e o resultado disso ainda está chegando às telas, então há muitos cinemas brasileiros a se conhecer ainda.
Bate-papo com Alice Furtado
Nesta terça-feira (7), às 14h, na sala 1.115 da Faculdade de Letras (campus da UFJF)
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Veículo: Metrópoles
Editoria: Brasil
Data: 06/05/2019
Título: Alunos marcam tuitaço contra corte de verbas em universidades públicas
A campanha, organizada pela União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES), convidou públicas para postar a hashtag #tireamãodomeuif
Marcos Corrêa/PRSalvarMARCOS CORRÊA/PR
JULIANA BARBOSA
juliana.barbosa@metropoles.com
06/05/2019 18:22,
ATUALIZADO 06/05/2019 19:50
Estudantes das redes federais de ensino se mobilizaram contra os cortes anunciados pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Para mostrar a indignação, os alunos farão, nesta terça-feira (07/05/2019), um “tuitaço”, às 15h com a hashtag #tireamãodomeuif.
A campanha, organizada pela União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES), pediu que alunos de todo o Brasil enviassem vídeos para a entidade falando sobre a importância de suas escolas e demonstrando a contrariedade com os cortes de 30% no orçamento anual.
O corte de verbas foi apresentado pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, logo após chegar ao cargo. Segundo ele, o Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus campus.
Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse. Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.
“Universidades que, em vez de procurarem melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro, segundo reportagem de Renata Agostini, de O Estado de São Paulo.
De acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do campus, gente pelada dentro do campus”.
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Veículo: O Globo
Editoria: Sociedade
Data: 06/05/2019
Link: https://oglobo.globo.com/sociedade/arcebispo-de-bh-eleito-presidente-da-cnbb-23645531
Título: Arcebispo de BH é eleito presidente da CNBB
Dom Walmor comandará entidade que reúne os bispos do país pelos próximos quatro anos
O GLOBO
06/05/2019 – 17:16 / Atualizado em 06/05/2019 – 22:20
SÃO PAULO — O arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo , foi eleito para presidir a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil ( CNBB ) pelos próximos quatro anos.
A eleição ocorreu na tarde desta segunda-feira durante a 57ª Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP). Participaram da votação 301 bispos.
Ainda serão escolhidos nesta terça-feira os dois vice-presidentes e o primeiro-secretário — este último é quem comanda o dia a dia da entidade, enquanto o presidente cumpre função mais institucional.
Ao ser informado do resultado, dom Walmor pregou a defesa dos mais pobres, da caridade e da justiça:
— Nosso olhar deve permanecer voltado para os mais pobres, fortalecendo nossas ações no exercício da caridade, do amor, na busca da justiça, imprescindível para a construção da paz — disse o presidente eleito da CNBB.
Dom Walmor vai suceder o arcebispo de Brasília, o cardeal Sérgio da Rocha. A cerimônia de posse acontece na próxima sexta-feira.
O novo presidente da CNBB é natural da Bahia, e chegou a ser arcebispo-auxiliar de Salvador. Ele é formado em filosofia e teologia, e estava na arquidiocese de Belo Horizonte desde 2004.
Dom Walmor fez o Seminário Arquidiocesano Santo Antônio, em Juiz de Fora e completou sua formação na Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciências e Letras, em São João Del Rei (MG). O arcebispo também tem doutorado em teologia bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma.
Ele foi professor na Universidade Federal de Juiz de Fora (1987-1998) e da PUC Minas, em Belo Horizonte (1986-1990). Também lecionou no mestrado em Teologia da PUC Rio, entre 1992 e 1995.
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Veículo: Portal F11
Editoria: Notícias
Data: 06/05/2019
Link: http://portalf11.com.br/noticia/12400/ufjf-realiza-reuniao-com-igreja-onde-onca-foi-avistada
Título: UFJF realiza reunião com Igreja onde onça foi avistada
Animal foi fotografado no estacionamento da Igreja Batista Resplandecente Estrela da Manhã, no Bairro Santa Terezinha.
UFJF realiza reunião com Igreja onde onça foi avistada
A fim de reforçar as orientações de segurança à população e de salvaguarda da onça-pintada avistada em Juiz de Fora, a pró-reitora de Extensão da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Ana Lívia Coimbra, conversou, nesta segunda, 6, com o pastor Gonçalves de Paula Cunha, vice-presidente da Igreja Batista Resplandecente Estrela da Manhã, localizada no Bairro Santa Terezinha, ao lado da Mata do Krambeck. O animal tem sido visto no estacionamento do terreno onde fica a congregação.
“Embora a gente saiba que a onça tende a fugir da presença humana, há riscos para as pessoas e para ela mesma, caso se sinta acuada com a reação de cachorro ou de crianças, jogando pedras ou fazendo barulhos para chamar a atenção do animal. Em reação, ele pode atacar, pode ser que aconteça um acidente. Por isso, estamos alertando a população que a onça está passando em áreas onde há movimentação de pessoas”, disse Ana Lívia.
O pastor relatou que tem conhecimento de fotos do animal na área do estacionamento da igreja e que medidas de segurança estão sendo tomadas. “A Igreja está ciente. Avisamos nossos fiéis, em cada culto, para tomarem cuidado, porque a onça está circulando por aqui. Há alguns que ficam com medo e dizem que não vêm. Outros sim. Adquirimos mais experiência sobre o animal com o Pedro e o Artur (professores da UFJF, Pedro Nobre e Artur Andriolo, que estão monitorando o animal e avisaram o líder religioso)”, disse o pastor.
Conforme o vice-presidente, foi elevada a quantidade de diáconos que ficam de prontidão do lado externo dos salões, onde são realizadas as atividades religiosas, para avisar os fiéis sobre o aparecimento do animal e tentar afastá-lo do estacionamento. “Avisamos especialmente os pais com crianças. E nosso vigia comunica os professores quando a onça é avistada. Faz oito anos que adquirimos este terreno e não tínhamos visto o animal”, disse o pastor.
Além do alerta a líderes religiosos desde os avistamentos iniciais, a partir do dia 25 de abril, também foram avisados representantes de bairros do entorno do Jardim Botânico, em encontro, no dia 29, e vizinhos do local pessoalmente, de casa em casa, por estudantes bolsistas do Jardim, no dia 30.
As recomendações também têm sido divulgadas à população por meio de entrevistas à imprensa e de notícias publicadas no portal da UFJF e em redes sociais da Instituição e do Jardim (Facebook e Instagram).
Risco de habituação
A onça-pintada tem sido vista pela equipe de monitoramento na borda da Mata do Krambeck, que inclui o próprio Jardim Botânico e o estacionamento da Igreja, indicando certa habituação deste animal selvagem a atividades humanas, o que pode ser um risco.
“Ela se acostumou a viver perto da cidade. Isso quer dizer que é um animal domesticado? Não, é um animal selvagem. Fizemos alguns testes, chegando muito próximo. Ela se incomoda com a presença do ser humano perto, saindo para o mato. Enquanto ela tem seus pontos de fuga, não busca o confronto. Buscaria se estivesse acuada em local onde não tem como fugir. É justamente isso que nos preocupa, quando o animal se encontra em uma zona urbana, porque ela pode aparecer na garagem de uma casa”, disse o coordenador substituto do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio), Rogério Cunha.
“Não consideramos um risco de ataque iminente do animal, mas ainda assim esse risco pode existir. Por isso, é necessária sua remoção para um lugar menos isolado, com menos possibilidade de contato com a população em larga escala como aqui”, completou.
Para a segurança da população, como também para a salvaguarda do animal, a comissão interinstitucional responsável pela coordenação dos trabalhos em relação à presença da onça, na cidade, já solicitou para que sejam evitadas atividades nas imediações da Mata, principalmente com crianças.
Orientações
Caso aviste o animal ou encontre-se em situação de emergência, ligue para a Polícia Militar de Meio Ambiente, pelos telefones 190 e 3228-9050, ou para o Corpo de Bombeiros (193).
Evite atividades nas margens do Rio Paraibuna, na área da Mata do Krambeck e em imediações da floresta, entre 17h e 6h.
Conforme o Guia Prático de Convivência entre Predadores Silvestres e Animais Domésticos elaborado pelo Cenap/ICMBio, onças-pintadas normalmente têm medo do homem e tendem a evitar sua presença. No entanto, segundo o guia, é preciso evitar atividades que possam causar habituação do animal ao ser humano, ter precaução e seguir orientações de segurança.
Caso se depare com a onça
– Mantenha a calma.
– Levante o braço, sem movimentos bruscos, para se parecer maior.
– Nunca corra de uma onça, pois isso pode estimular seu instinto natural de caça.
– Afaste-lentamente de frente; não dê as costas.
– Dê espaço para ela se afastar também, o que é uma tendência do animal.
– Se estiver com criança, pegue-a no colo, para evitar que ela saia correndo; ou leve-a para trás de você, protegendo-a.
– Não atire pedras ou outro objeto e nem corra, para não atiçar o instinto do animal.
– Sem tirar os olhos da onça, fale alto e firme, não grite;
O Guia Prático de Convivência está disponível em bit.ly/jdbotanico_guiaOnca.
Participam dos trabalhos, integrantes de sete instituições, que formaram uma comissão para coordenar as atividades relacionadas à onça-pintada, com o assessoramento técnico do Cenap – órgão federal, referência em onças. São elas: UFJF, Prefeitura de Juiz de Fora, IEF, Ibama, Polícia Militar de Meio Ambiente, Corpo de Bombeiros e Campo de Instrução do Exército em Juiz de Fora.
Acompanhe as atualizações no portal da UFJF e, em tempo real, no perfil do Jardim Botânico no Instagram.
Fonte: UFJF
Foi reproduzido em: JF Clipping
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 06/05/2019
Título: Empresa júnior oferece consultoria gratuita para ONGs em Juiz de Fora
Iniciativa é oferecida pela Campe Consultoria Jr., empresa júnior da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), dos cursos de Administração, Economia e Ciências Contábeis.
Por G1 Zona da Mata
06/05/2019 13h09 Atualizado há um mês
Instituições e organizações sem fins lucrativos têm até o próximo domingo (12) para concorrer a um projeto de consultoria de Modelagem de Negócios gratuitamente. A iniciativa é oferecida pela Campe Consultoria Jr., empresa júnior da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), dos cursos de Administração, Economia e Ciências Contábeis.
A consultoria de Modelagem de Negócios abrange os principais pontos das instituições, como caracterização da empresa quanto a suas diretrizes (missão, visão e valores); proposta de valor; identificação de principais recursos; análise financeira; e uma análise final abrangendo aspectos de marketing, gerando planos de ação que visem ao crescimento e fortalecimento da organização.
Os interessados em participar da seleção podem consultar o edital online, e as inscrições são por meio do preenchimento de formulário. A seleção é feita pelo Núcleo de Responsabilidade Sócio Empresarial (NRSE) da Campe e será realizada em três etapas: análise do formulário de inscrição, entrevista e assinatura do termo de compromisso.
De acordo com a Empresa Júnior, esse trabalho será realizado por trainees, em processo de capacitação, orientados por consultores que também estão em processo de capacitação. As entregas feitas aos clientes são monitoradas e validadas por gerentes efetivos da empresa.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 06/05/2019
Título: Após onça-pintada ser flagrada perto de igreja em Juiz de Fora, UFJF se reúne com pastor
Encontro ocorreu nesta segunda (6) com o intuito de reforçar orientações de segurança à população e de salvaguarda do felino. Jardim Botânico foi fechado pouco depois do aparecimento do animal.
Por G1 Zona da Mata
06/05/2019 17h53 Atualizado há um mês
A onça-pintada voltou a ser flagrada em Juiz de Fora, desta vez no estacionamento da Igreja Batista Resplandecente Estrela da Manhã, localizada no Bairro Santa Terezinha, ao lado da Mata do Krambeck. O flagrante motivou uma reunião, realizada nesta segunda-feira (6).
O encontro entre a pró-reitora de Extensão da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Ana Lívia Coimbra, e o pastor Gonçalves de Paula Cunha, foi realizada para repassar orientações de segurança. Segundo a instituição, a foto em que a onça foi flagrada foi tirada no dia 1º de maio.
Conforme informações da UFJF, o pastor relatou que tem conhecimento de fotos do animal na área do estacionamento da igreja e que medidas de segurança estão sendo tomadas.
“A igreja está ciente. Avisamos nossos fiéis, em cada culto, para tomarem cuidado, porque a onça está circulando por aqui. Há alguns que ficam com medo e dizem que não vêm. Outros sim. Adquirimos mais experiência sobre o animal com o Pedro e o Artur (professores da UFJF, Pedro Nobre e Artur Andriolo, que estão monitorando o animal e avisaram o líder religioso)”, disse o pastor.
Medidas preventivas
Com a confirmação de que a onça-pintada está circulando em ambientes externos à Mata do Krambeck, as medidas preventivas são importantes. De acordo com a UFJF, cerca de 30 bolsistas divulgam as orientações de segurança aos vizinhos.
O comandante da PM de Meio Ambiente, capitão Flávio Campos, ressaltou que as equipes realizam rondas diariamente no perímetro próximo à mata. Ele enumerou as orientações caso alguém aviste a onça:
em primeiro lugar, jamais ir em direção a ela, ficar em local seguro.
se não tiver como se esconder de imediato, evite correr, dar as costas ao animal.
não suba subir em árvore.
ligar para a PM, no 190, para a equipe atuar e dar a resposta necessária naquele momento.
O representante do IEF, Arthur Valente, ressaltou que as pessoas devem evitar passar na região entre 17h até 6h, que é o horário de maior atividade da onça-pintada.
“Ela tem uma facilidade em atravessar o Rio Paraibuna. Animal silvestre assim, forte do jeito que é, não respeita cerca, e limites naturais que são impeditivos para as pessoas. É importante que a gente tenha certa precaução nesse período que a gente está procurando o melhor procedimento para a onça”, ressaltou.
Jardim Botânico
Um dos últimos grandes fragmentos de Mata Atlântica em área urbana do Brasil, o Jardim Botânico tem mais de 80 hectares de extensão e está localizado na área da Mata do Krambeck.
Nele estão presentes mais de 500 espécies vegetais, incluindo exemplares nativos, populações raras ou em perigo de extinção.
Além de uma área de cerca de 10 hectares de extensão, onde estão incluídos bromeliário, orquidário, lago, trilhas, galerias de arte e um laboratório de casa sustentável.
Depois de três mudanças na data de abertura – no primeiro semestre de 2014 e, depois, no início de março de 2018 e, ainda em 22 de março deste ano, o Jardim Botânico foi inaugurado em 12 abril com o objetivo de incentivar pesquisas e visitação com foco em educação ambiental.
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Veículo: Acessa.com
Editoria: Notícias
Data: 06/05/2019
Título: UFJF realiza reunião com pastor de Igreja onde onça foi avistada
Da redação
Nesta segunda, 6 de maio, a pró-reitora de Extensão da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Ana Lívia Coimbra, conversou, com o pastor Gonçalves de Paula Cunha, vice-presidente da Igreja Batista Resplandecente Estrela da Manhã, localizada no bairro Santa Terezinha, ao lado da Mata do Krambeck. O animal tem sido visto no estacionamento do terreno onde fica a congregação.
“Embora a gente saiba que a onça tende a fugir da presença humana, há riscos para as pessoas e para ela mesma, caso se sinta acuada com a reação de cachorro ou de crianças, jogando pedras ou fazendo barulhos para chamar a atenção do animal. Em reação, ele pode atacar, pode ser que aconteça um acidente. Por isso, estamos alertando a população que a onça está passando em áreas onde há movimentação de pessoas”, disse Ana Lívia.
O pastor relatou que tem conhecimento de fotos do animal na área do estacionamento da igreja e que medidas de segurança estão sendo tomadas. “A Igreja está ciente. Avisamos nossos fiéis, em cada culto, para tomarem cuidado, porque a onça está circulando por aqui. Há alguns que ficam com medo e dizem que não vêm. Outros sim. Adquirimos mais experiência sobre o animal com o Pedro e o Artur”, disse o pastor.
Conforme o vice-presidente, foi elevada a quantidade de diáconos que ficam de prontidão do lado externo dos salões, onde são realizadas as atividades religiosas, para avisar os fiéis sobre o aparecimento do animal e tentar afastá-lo do estacionamento. “Avisamos especialmente os pais com crianças. E nosso vigia comunica os professores quando a onça é avistada. Faz oito anos que adquirimos este terreno e não tínhamos visto o animal”, disse o pastor.
Além do alerta a líderes religiosos desde os avistamentos iniciais, a partir do dia 25 de abril, também foram avisados representantes de bairros do entorno do Jardim Botânico, em encontro, no dia 29, e vizinhos do local pessoalmente, de casa em casa, por estudantes bolsistas do Jardim, no dia 30.
Risco de habituação
Zema suspende decreto que proíbe venda de comidas gordurosas nas escolas Trânsito no Bairro São Bernardo sofre alteração Corpo de Bombeiros realiza Semana da Prevenção em Juiz de Fora
A onça-pintada tem sido vista pela equipe de monitoramento na borda da Mata do Krambeck, que inclui o próprio Jardim Botânico e o estacionamento da Igreja, indicando certa habituação deste animal selvagem a atividades humanas, o que pode ser um risco.
“Ela se acostumou a viver perto da cidade. Isso quer dizer que é um animal domesticado? Não, é um animal selvagem. Fizemos alguns testes, chegando muito próximo. Ela se incomoda com a presença do ser humano perto, saindo para o mato. Enquanto ela tem seus pontos de fuga, não busca o confronto. Buscaria se estivesse acuada em local onde não tem como fugir. É justamente isso que nos preocupa, quando o animal se encontra em uma zona urbana, porque ela pode aparecer na garagem de uma casa”, disse o coordenador substituto do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio), Rogério Cunha.
“Não consideramos um risco de ataque iminente do animal, mas ainda assim esse risco pode existir. Por isso, é necessária sua remoção para um lugar menos isolado, com menos possibilidade de contato com a população em larga escala como aqui”, completou.
Para a segurança da população, como também para a salvaguarda do animal, a comissão interinstitucional responsável pela coordenação dos trabalhos em relação à presença da onça, na cidade, já solicitou para que sejam evitadas atividades nas imediações da Mata, principalmente com crianças.
Orientações
Caso aviste o animal ou encontre-se em situação de emergência, ligue para a Polícia Militar de Meio Ambiente, pelos telefones 190 e 3228-9050, ou para o Corpo de Bombeiros (193).
Evite atividades nas margens do Rio Paraibuna, na área da Mata do Krambeck e em imediações da floresta, entre 17h e 6h.
Conforme o Guia Prático de Convivência entre Predadores Silvestres e Animais Domésticos elaborado pelo Cenap/ICMBio, onças-pintadas normalmente têm medo do homem e tendem a evitar sua presença. No entanto, segundo o guia, é preciso evitar atividades que possam causar habituação do animal ao ser humano, ter precaução e seguir orientações de segurança.
Caso se depare com a onça
Mantenha a calma.
Levante o braço, sem movimentos bruscos, para se parecer maior.
Nunca corra de uma onça, pois isso pode estimular seu instinto natural de caça.
Afaste-se lentamente de frente; não dê as costas.
Dê espaço para ela se afastar também, o que é uma tendência do animal.
Se estiver com criança, pegue-a no colo, para evitar que ela saia correndo; ou leve-a para trás de você, protegendo-a.
Não atire pedras ou outro objeto e nem corra, para não atiçar o instinto do animal.
Sem tirar os olhos da onça, fale alto e firme, não grite;
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