Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Coluna César Romero

Data: 28/04/2019

Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/28-04-2019/sarah-campos-totalmente-demais.html

Título: Sarah Campos, totalmente demais

Por Cesar Romero

28/04/2019 às 09h00 – Atualizada 28/04/2019 às 11h02

Encontro com CR

Paralelamente às aulas do curso de Economia, na UFJF, e Administração, no Machado Sobrinho, Eduardo Benjamin dos Santos ainda encontrou tempo para realizar o sonho de seguir os caminhos do pai, que atuava no segmento de transporte de cargas, com a criação do Rodoviário Camilo dos Santos. A história de sucesso do empresário é destaque no “Encontro com CR”, neste domingo, na TMTV.

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Veículo: Estado de Minas

Editoria: Interna Minas Gerais

Data: 28/04/2019

Link: https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2019/04/28/interna_gerais,1049601/novo-video-mostra-onca-pintada-jardim-botanico-de-juiz-de-fora-veja.shtml

Título: Novo vídeo mostra onça-pintada no Jardim Botânico de Juiz de Fora; veja

Nesse sábado, foram encontradas pegadas do felino em uma área do parque. Durante a semana, moradores serão orientados sobre a presença do animal

João Henrique do Vale

postado em 28/04/2019 09:37 / atualizado em 28/04/2019 10:05

Um grupo de estudo composto por integrantes da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e de órgãos ambientais continuam os levantamentos para identificar os hábitos da onça-pintada (Panthera onca) que foi vista no Jardim Botânico da cidade, localizada na Zona da Mata mineira. A área verde foi interditada por causa da presença do animal. Nesse sábado, pegadas do felino foram encontradas em uma mata. Moradores do entorno foram visitados e orientados. Nesta semana, serão avaliadas as propostas sobre o que será feito em relação à presença da onça.

Onça-pintada mata galinhas e assusta aposentado em Juiz de Fora

A aparição do animal aconteceu na noite de quinta-feira e foi filmada. No vídeo, a onça caminha ao redor da sede Administrativa, localizada a cerca de 300 metros da entrada de visitantes. A presença da onça, um dos símbolos da fauna brasileira e o maior felino das Américas, provocou o fechamento temporário do parque.

Nesse sábado, o professor do Departamento de Zoologia do Instituto de Ciências Biológicas da UFJF, Artur Andriolo, e o biólogo Elildo Alves Júnior, analista ambiental do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio), fizeram um levantamento na mata do Jardim Botânico, onde encontraram pegadas do animal.

Os profissionais pretendem, neste domingo, conhecer áreas da Mata do Krambeck que não pertencem à Universidade. Além disso, vão conversar com moradores do entorno para orientar sobre os cuidados que devem ser tomados. “O objetivo é obter o maior número de dados possível, conhecer o trajeto e os hábitos do animal na área, para fundamentar as decisões que serão tomadas a respeito da presença da onça-pintada, uma espécie rara e ameaçada de extinção”, afirmou a UFJF.

Nesta segunda-feira, representantes das associações de moradores de bairros do entorno, como Santa Terezinha vão se reunir com os profissionais que fazem os levantamentos. No dia seguinte, serão analisadas propostas sobre o que será feito em relação à presença do animal.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Podcasts CBN

Data: 29/04/2019

Link: https://tribunademinas.com.br/podcast/variedade/29-04-2019/ufjf-no-ar-saude-do-idoso.html

Título: UFJF No Ar- Saúde do Idoso

Por CBN

29/04/2019 às 11h12 – Atualizada 29/04/2019 às 11h12

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 29/04/2019

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/29-04-2019/vizinhos-do-jardim-botanico-recebem-orientacao-sobre-onca-pintada.html

Título: Vizinhos do Jardim Botânico recebem orientação sobre onça-pintada

Fezes do animal estão em análise no Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio) a fim de buscar sua origem populacional

Por Gabriel Ferreira Borges

29/04/2019 às 20h20- Atualizada 30/04/2019 às 12h42

Militares do Corpo de Bombeiros e da Companhia de Polícia Militar de Meio Ambiente, junto a membros da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), reuniram-se, nesta segunda-feira (29), na Igreja Santa Terezinha, para orientar os moradores dos bairros Alto Eldorado, Centenário, Eldorado, Nossa Senhora das Graças e Santa Terezinha a respeito do comportamento da onça-pintada localizada no Jardim Botânico. O encontro foi articulado pela direção do Jardim Botânico, uma vez que mantém diálogo com a comunidade do entorno.

“Há uma calmaria, mas existe, também, questionamentos. Embora o olhar de muitos seja de que a onça está no seu habitat, algumas pessoas se preocupam”, relata Nilza Gaudereto, presidente da Associação de Moradores do Bairro Santa Terezinha. “Muitos pensam que, se o animal permanecer na mata, não há perigo algum.” O desejo pela permanência do felino no Jardim Botânico foi manifestado também por parte dos presentes, embora aflições rotineiras fossem questionadas em razão da proximidade das residências ao Jardim Botânico. “Buscamos esclarecimentos sobre como o animal age, quais os seus hábitos, etc. Aguardamos maiores informações já que (os especialistas) têm maior experiência.”

Vice-presidente da Associação de Moradores do Bairro Centenário, Hélio Inácio Magalhães discursou ao encontro de Nilza; a permanência deve ser considerada. “Nós é que estamos invadindo o seu espaço. Como o Jardim Botânico está entrando no espaço da onça, deveria se adaptar, como colocar grades ou, então, fazer uma área para que possamos vê-la. A onça não ataca ninguém.” Dos responsáveis pelo monitoramento da espécie por armadilhas fotográficas, Artur Andriolo, professor do Departamento de Zoologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFJF, entretanto, ressalva. “O Jardim Botânico, mais a Mata do Krambeck, é insuficiente para o animal. É uma espécie que necessita cerca de 100 quilômetros para caminhar.”

Acompanhamento da onça-pintada

Informações colhidas sobre a onça-pintada, conforme o professor Artur Andriolo, em até uma semana, serão suficientes para embasar eventual decisão sobre a permanência ou o deslocamento da espécie. Amostra das fezes do felino foram levadas por Elildo Alves de Ribeiro Carvalho Junior, analista ambiental e biólogo do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio), para Atibaia (SP), a fim de analisar o DNA em busca de identificar sua origem populacional. “Salvo engano, vão fazer a análise de elementos presentes nas fezes, como ossos, pelos e penas, isto é, quaisquer achados que indiquem a alimentação mais recente do animal.”

Para monitorar o felino, entretanto, é desnecessário o contato presencial com a onça-pintada, conforme Andriolo. “Não buscamos contato direto. Logicamente, estamos monitorando as áreas onde o animal deixa rastros para encontrar mais informações de fezes, pegadas, e assim por diante. As armadilhas fotográficas nos dão somente informações sobre determinados lugares. Caminhando por outras áreas, encontramos outras informações.” Além do especialista, a pró-reitora de Extensão, Ana Lívia Coimbra, participou do encontro.

Reuniões

Durante esta segunda, reuniões ocorreram entre integrantes da UFJF e de setores do meio ambiente para relatar as informações colhidas neste fim de semana. Já nesta terça (30), Andriolo também apresentará, na UFJF, a integrantes de entidades ambientais e de segurança pública, tais informações. “Estarei disposto a complementar coisas que não foram suficientemente divulgadas. As informações são bastante simples. Não estão extremamente elaboradas. Temos informações sobre rastros e pegadas. Estamos refletindo sobre o comportamento do animal dentro da área, quando e como ele pode estar a ocupando”, explica Andriolo.

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Veículo: PCI Concursos

Editoria: Notícias

Data: 29/04/2019

Link: https://www.pciconcursos.com.br/noticias/novo-processo-seletivo-para-professor-substituto-e-anunciado-pela-ufjf

Título: Novo Processo Seletivo para Professor Substituto é anunciado pela UFJF

Selecionado à oportunidade disponível é responsável por ministrar aulas na área de Clinica Médico Cirúrgica V – Nefrologia.

Concursos › Notícias › Sudeste

Segunda-feira, 29 de abril de 2019 às 12h38

Novo Processo Seletivo para Professor Substituto é anunciado pela UFJF

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) torna público Processo Seletivo destinado à contratação de Professor Substituto.

Com carga horária de 20h semanais, o selecionado é responsável por ministrar aulas na área de Clinica Médico Cirúrgica V – Nefrologia, no Departamento de Clínica Médica.

Os interessados na vaga disponível podem efetuar inscrição a partir do dia 2 de maio de 2019, até o dia 8 de maio de 2019, exceto feriados, recessos e finais de semana, na Secretaria da Faculdade de Medicina da UFJF – Campus Juiz de Fora, das 9h às 12h e das 13h às 18h, no horário de Brasília.

Esta seleção, com validade de um ano, compreenderá de Prova de Títulos e Entrevista. Mais informações podem ser obtidas no edital de abertura disponível em nosso site.

Jornalista: Beatriz Monteiro

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Veículo: Concurso News

Editoria: Notícias

Data: 29/04/2019

Link: https://www.concursonews.com/2019/04/ufjf-anuncia-seletivo-com-vaga-para-professor-substituto.html

Título: UFJF anuncia seletivo com vaga para Professor Substituto Por Epifânio Santos segunda-feira, 29 de abril de 2019, às 20:14 confira apostilas aqui A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, anunciou a realização de processo seletivo para professor substituto na área de Clinica Médico Cirúrgica V – Nefrologia. A contratação será para regime de 20 horas semanais. Conforme Edital nº 49/2019, o interessado deve possuir Graduação em Medicina; com Residência Médica em Nefrologia e com registro válido no Conselho Regional de Medicina. O certame é regido pelo referido edital; Edital Normativo de Condições Gerais nº 44/2018 – UFJF, publicado no Diário Oficial da União de 20 de dezembro de 2018, e suas retificações, disponibilizados no endereço eletrônico de concursos da UFJF. Inscrições devem ser efetivadas na Secretaria da Faculdade de Medicina da UFJF – Campus Juiz de Fora, das 9h às 12h e das 13h às 18h, no horário de Brasília, no período de 02 a 08 de maio de 2019 (exceto feriados, recessos e finais de semana). Os candidatos serão classificados através de Títulos e Entrevista. É responsabilidade do candidato conferir a íntegra do edital e acompanhar possíveis mudanças. A validade do processo seletivo será de um ano, contado a partir da publicação da homologação do resultado no Diário Oficial da União.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 29/04/2019

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/29-04-2019/318048.html

Título: O adeus a Tufic Nabak, um coração que viveu dois países

Corpo do dançarino e divulgador cultural libanês Tufic Nabak é enterrado em Juiz de Fora

Por Júlio Black

29/04/2019 às 16h55

O corpo do dançarino, coreógrafo e divulgador cultural Tufic Nabak foi enterrado na tarde de domingo (28), às 16h30, no Cemitério Parque da Saudade. Segundo um de seus irmãos, Tony Nabak, ele morreu no mesmo dia, aos 45 anos, por volta das 5h30, na Santa Casa de Juiz de Fora, onde estava internado há quase dois meses por causa de um câncer no pescoço diagnosticado em dezembro de 2018. Ainda de acordo com Tony, esta foi a terceira vez que o artista havia recebido o diagnóstico, sendo a primeira delas em 2012.

Nascido em 30 de maio de 1973 na cidade de Ras Baalbek, no Líbano, Tufic logo se mudou para Beirute, a capital do país, onde teve o primeiro contato com o teatro e a dança, em meio à guerra civil (1975-1990) que assolava o país. Por causa disso, seu pai, Kamel, decidiu tirar a família do Líbano. O país escolhido foi o Brasil; a cidade, Juiz de Fora, que ele conhecera em 1986, quatro anos antes de deixarem a terra natal, numa jornada que começou num navio até a ilha de Chipre, onde conseguiram pegar o avião que os levaria para um novo país.

Em Juiz de Fora, eles primeiro instalaram-se na casa de uma tia-avó de Tufic, no bairro Bairu. “Parentes do meu pai e da minha mãe, que vieram no início do século passado, de navio, se instalaram aqui. Meu pai, quando decidiu sair do Líbano, escolheu um país onde tivéssemos alguém para nos receber. Não foi fácil recomeçar. Ficamos quase uma semana para poder acordar, porque tudo foi muito louco. Não foi fácil adaptar, porque era outra cultura, outro país. Sentia saudades. Vim com meu pai, minha mãe e meus irmãos, mas os primos, tios, avós, vizinhos e amigos ficaram lá. Meus parentes aqui são de segundo grau”, relembrou o artista em entrevista para a Tribuna, publicada em junho do ano passado.

Tendo que começar nova vida, primeiramente ele se matriculou num curso de português para estrangeiros na UFJF, mesma instituição em que ele chegou a iniciar o curso de engenharia, que posteriormente abandonou. O mesmo se deu com um curso técnico em prótese dentária. Formação universitária ele concluiu em turismo, em 2003, em Santos Dumont.

A grande mudança para Tufic em terras brasileiras, porém, aconteceu em 1998, quando conseguiu entrar para o elenco de apoio do filme “Lavoura arcaica”, adaptação de Luiz Fernando Carvalho para o livro homônimo de Raduan Nassar. Na ocasião, ele também foi consultor de língua e cultura árabe. “Ali me apaixonei por aquilo e decidi: É isso que eu quero. Foi, então, que fui fazer curso de teatro com o Grupo Divulgação, depois com o GTA e mais tarde com o Marcos Marinho. Estava focado no teatro para fundar o (meu) grupo”, disse Tufic na entrevista em relação ao Grupo Nabak, criado em 2001 no Clube Sírio e Libanês.

Desde então, Tufic passou a ministrar cursos de idioma e cultura árabe, além de dar palestras e realizar apresentações de dança pelo país. Também passou a trabalhar com a Rede Globo, e entre seus serviços para a emissora estão a novela “O clone” (2002); a minissérie “Dois irmãos” (2017), baseada na obra homônima do escritor Milton Hatoun; e, mais recentemente, o trabalho de coreógrafo e preparador de elenco para a novela “Órfãos da terra”, atualmente em exibição.

Tendo vivido mais da metade de sua vida fora do Líbano, Tufic Nabak comentou na entrevista para a Tribuna sobre o sentimento de pertencimento ao país que o acolheu. “Já sou mais brasileiro. Já moro aqui mais do que lá. Mas jamais vou me esquecer da minha terra. Nela nasci e nela me inspiro. Nem a distância, nem o tempo conseguiram apagar esse amor pelo Líbano. (…) Quando alguém fala mal do Brasil eu fico muito triste. Gosto muito desse país. Aqui tem problemas, mas nada se compara à guerra. As pessoas dão mais valor quando vivem uma guerra, quando morrem amigos, parentes e vizinhos seus, quando as bombas caem em cima de você. O Brasil, com todos os seus problemas, não tem guerras, não tem terremotos. É um país maravilhoso, que merece viver mais tranquilidade.”

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Veículo: Acessa.com

Editoria: Cidade

Data: 29/04/2019

Link: https://www.acessa.com/cidade/arquivo/noticias/2019/04/29-imagens-jardim-botanico-apontam-sexo-onca-pintada/

Título: Imagens no Jardim Botânico apontam sexo da onça-pintada

Da redação

A onça-pintada que está sendo monitorada no Jardim Botânico deve ser macho, segundo a equipe que está trabalhando no local para conseguiu captar fotos e vídeos do animal. As últimas imagens foram feitas na madrugada deste domingo, 28 de abril.

Segundo a assessoria da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), “o levantamento de dados, em campo, sobre a presença do animal irá subsidiar a tomada de decisões mais adequadas em relação ao caso, visando à proteção de moradores do entorno do Jardim e à sobrevivência da onça, conforme o professor Artur Andriolo, do Departamento de Zoologia da UFJF”.

O Jardim Botânico continua fechado temporariamente para visitação.

O felino é registrado em três momentos diferentes pelas câmeras, conhecidas como “armadilhas fotográficas”. A primeira aparição ocorre, por volta de 0h, quando são feitas fotos do animal. No segundo flagrante, às 5h, são registradas novas imagens.

“Cerca de uma hora mais tarde, a onça é fotografada e filmada em dois vídeos sequenciais. No primeiro, somente sua parte traseira é captada. Ela está parada, mas é possível perceber movimentos na região abdominal. Na sequência, a onça vira e é vista completamente. Fica parada por cinco segundos, olha para a direita e caminha. As câmeras também registraram paca, que é um tipo de presa desse animal, e jacus”.

As imagens ainda não são nítidas para garantir a precisão do sexo do animal, mas, somado ao comportamento do exemplar registrado, aparentemente trata-se de um macho, conforme o analista ambiental Elildo Júnior, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio). O profissional volta para Atibaia (SP), onde fica a sede do Cenap, na manhã desta segunda, 29.

Vestígios

A equipe encontrou pegadas do animal em diferentes áreas. Duas das características desse vestígio de onça-pintada são: dedos largos e arredondados, dispostos em semicírculo, e almofada um pouco triangular com contorno arredondado.

Uma amostra de fezes encontrada no Jardim será levada para análise de DNA, para poder identificar a origem populacional do animal.

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Veículo: JF Clipping

Editoria: Notícias

Data: 29/04/2019

Link: https://www.jfclipping.com.br/2019/04/29/novas-imagens-registradas-por-equipe-apontam-sexo-de-onca-no-jardim-botanico-2/

Título: NOVAS IMAGENS REGISTRADAS POR EQUIPE APONTAM SEXO DE ONÇA NO JARDIM BOTÂNICO

Visto 1 vezes

Fonte: UFJF

Capturado em 29/04/2019 às 10:05

A equipe que está monitorando a presença de uma onça-pintada no Jardim Botânico da UFJF conseguiu captar fotos e vídeos do animal na madrugada deste domingo, 28, e apontar inicialmente que se trata de um macho.

O levantamento de dados, em campo, sobre a presença do animal irá subsidiar a tomada de decisões mais adequadas em relação ao caso, visando à proteção de moradores do entorno do Jardim e à sobrevivência da onça, conforme o professor Artur Andriolo, do Departamento de Zoologia da UFJF. O Jardim Botânico continua fechado temporariamente para visitação.

O felino é registrado em três momentos diferentes pelas câmeras, conhecidas como ‘armadilhas fotográficas’.

A primeira aparição ocorre, por volta de 0h, quando são feitas fotos do animal. No segundo flagrante, às 5h, são registradas novas imagens.

Cerca de uma hora mais tarde, a onça é fotografada e filmada em dois vídeos sequenciais. No primeiro, somente sua parte traseira é captada. Ela está parada, mas é possível perceber movimentos na região abdominal. Na sequência, a onça vira e é vista completamente. Fica parada por cinco segundos, olha para a direita e caminha. As câmeras também registraram paca, que é um tipo de presa desse animal, e jacus.

As imagens ainda não são nítidas para garantir a precisão do sexo do animal, mas, somado ao comportamento do exemplar registrado, aparentemente trata-se de um macho, conforme o analista ambiental Elildo Júnior, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio). O profissional volta para Atibaia (SP), onde fica a sede do Cenap, na manhã desta segunda, 29.

Assista ao vídeo

VestígiosA equipe encontrou pegadas do animal em diferentes áreas. Duas das características desse vestígio de onça-pintada são: dedos largos e arredondados, dispostos em semicírculo, e almofada um pouco triangular com contorno arredondado.

Uma amostra de fezes encontrada no Jardim será levada para análise de DNA, para poder identificar a origem populacional do animal.

MonitoramentoAo todo, sete câmeras estão instaladas no Jardim em pontos estratégicos com a finalidade de traçar rotas do animal e conhecer seus hábitos. O registro é possível porque o sensor de movimento do equipamento aciona a câmera, que tira fotos e, em seguida, faz vídeo de até 30 segundos com áudio. A iluminação infravermelha do equipamento não deixa o animal perceber que está sendo registrado.

‘A captação de imagens é bastante eficiente. Esta é a tecnologia que se usa praticamente no mundo inteiro nesse tipo de monitoramento’, explica o professor Pedro Nobre, que disponibilizou os equipamentos. O docente do Colégio de Aplicação João XXIII integra a equipe de biólogos em campo, especialistas em mamíferos.

Na noite da última sexta-feira, 26, duas câmeras já haviam sido instaladas, mas não houve registros do felino. As cinco restantes foram instaladas em árvores e antigos marcadores de lote, a uma altura de 40 centímetros do chão, na tarde e na noite de sábado.

Próximos passosUma série de reuniões já foi iniciada na manhã desta segunda, 29, entre integrantes da UFJF e de órgãos de meio ambiente. Às 19h, eles voltam a se encontrar. Desta vez será com representantes de associações de moradores do bairro Santa Terezinha e de outras comunidades do entorno.

Na terça, 30, o professor Artur Andriolo apresenta relato dos trabalhos desenvolvidos neste fim de semana a representantes da UFJF e de setores de meio ambiente e segurança. A partir desse encontro, serão sugeridas propostas relacionadas ao caso que apresentem os riscos mais baixos para o animal e a comunidade.  

Acompanhe os trabalhos da equipe em campo no perfil do Jardim Botânico no Instagram.

Leia mais:

Onça: equipe monta armadilhas fotográficas no Jardim Botânico, e especialistas se reúnem

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Veículo: O Município Online

Editoria: Notícias

Data: 29/04/2019

Link: http://omunicipioonline.com.br/2019/04/29/9131/

Título: Jovens biquenses conhecem Centro de Ciências da UFJF

29/04/2019 O Município

Na quarta-feira, dia 24 de abril, os adolescentes do Projeto Jovem/Conexão Jovem, da Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Habitação, visitaram o Centro de Ciências da UFJF.

Acompanhados da facilitadora, Ana Paula Machado, da orientadora  Gleice Soares e do atendente social Tiago Mattos Barral, os adolescentes, através das projeções,  conheceram o Planetário, onde embarcaram em uma viagem pelo céu estrelado, conheceram o Museu de Malacologia (parte da zoologia que estuda os moluscos) e tiveram a chance de contemplar a exposição “Aprenda brincando”.

Durante o trabalho de campo, vivenciaram de perto os conteúdos aprendidos em sala de aula, aliando a teoria com a prática. Por intermédio de experimentos com condutores de energia, jogos com espelhos e lentes e uma bicicleta que gera eletricidade, perceberam que a ciência está presente em tudo na vida.

“Gostaríamos de agradecer à secretária de Assistência Social, Goretti Mattos e equipe, ao servidor Jailson Luiz, ao CRAS e à Prefeitura Municipal, por proporcionar aos nossos adolescentes esse grande conhecimento”, disse a facilitadora Ana Paula Machado.

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Veículo: Prefeitura de Juiz de Fora

Editoria: Notícias

Data: 29/04/2019

Link: https://www.pjf.mg.gov.br/noticias/view.php?modo=link2&idnoticia2=64363

Título: Copa Prefeitura Bahamas de Futsal – SEL divulga boletim de resultados

Portal de Notícias PJF | Copa Prefeitura Bahamas de Futsal – SEL divulga boletim de resultados | SEL – 29/4/2019

No final de semana, as 12 partidas da Copa Prefeitura Bahamas de Futsal tiveram mais de 80 gols. Abaixo, os destaques da rodada. Para conferir a lista com todos os resultados, basta clicar no anexo.

Domingo, 28

Local: Clube Bom Pastor

– Quatro jogos, 26 gols

– Categorias: infantojuvenil e juvenil

– Destaque: Magnatas F. C. 6 x 5 E. M. Dom Justino

Local: Sport Club Juiz de Fora

– Quatro jogos, 32 gols

– Categoria: adulta

– Destaque: Varese 14 x 1 Torino

Sábado, 27

Local: Associação Atlética Banco do Brasil (AABB)

– Quatro jogos, 24 gols

– Categoria: adulta

– Destaque: Medicina UFJF 6 x 2 Roma – Igrejinha

A Copa Prefeitura Bahamas de Futsal é promovida pela Secretaria de Esporte e Lazer (SEL) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), em parceria com o Grupo Bahamas. O torneio acontecerá até junho, com cerca de 400 jogos. Para acompanhar a programação completa das próximas semanas, basta acessar o site pjf.mg.gov.br/secretarias/sel.

* Informações com a Assessoria de Comunicação da SEL, através do telefone 3690-7881.

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Veículo: Toque de Bola

Editoria: Notícias

Data: 29/04/2019

Link: https://www.toquedebola.esp.br/2019/04/e-campeao-juiz-forano-comemora-titulo-potiguar/

Título: É campeão! Juiz forano comemora título potiguar

[Texto não copiável]

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Veículo: Toque de Bola

Editoria: Notícias

Data: 29/04/2019

Link: https://www.toquedebola.esp.br/2019/04/copa-prefeitura-bahamas-de-futsal-confira-resultados-do-boletim-5/

Título: Copa Prefeitura Bahamas de Futsal: confira resultados do boletim 5

[Texto não copiável]

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Notícias

Data: 29/04/2019

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2019/04/29/equipe-registra-novas-imagens-de-onca-pintada-no-jardim-botanico-da-ufjf.ghtml

Título: Equipe registra novas imagens de onça-pintada no Jardim Botânico da UFJF

Equipamentos captaram fotos e videos neste domingo (28); evidências apontam que se trata de um macho.

Por G1 Zona da Mata

29/04/2019 10h48  Atualizado há 2 semanas

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) divulgou que o monitoramento registrou novas imagens da onça-pintada detectada no jardim Botânico. As fotos e vídeos foram captadas na madrugada de domingo (28). De acordo com a equipe que realiza o acompanhamento, inicialmente, trata-se de um macho (confira o vídeo abaixo). O local está fechado temporariamente para visitação desde sexta-feira (26).

De acordo com a UFJF, o felino foi registrado em três momentos diferentes pelas “armadilhas fotográficas” instaladas no local. Por volta de 0h e de 5h, foram feitas fotos e novas imagens.

No início da manhã, às 6h, a onça foi fotografada e filmada em dois vídeos sequenciais. No primeiro, somente a parte traseira é captada. Estava parada, mas foi possível perceber movimentos na região abdominal. Em seguida, o animal se vira, é visto completamente, ficou parada por cinco segundos, olha para a direita e caminha. As câmeras também registraram paca, que é uma presa do felino, e jacus.

De acordo com a UFJF, o analista ambiental do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio), Elildo Júnior, explicou que as imagens ainda não são nítidas para garantir a precisão do sexo. O comportamento do animal registrado, aparentemente trata-se de um macho. O profissional volta para a sede do Cenap em Atibaia (SP) na manhã desta segunda (29).

Providências

O professor do Departamento de Zoologia da UFJF, Artur Andriolo, ressaltou que o levantamento de dados, em campo, sobre a presença do animal vai ajudar a tomada de decisões mais adequadas para proteger os moradores do entorno do Jardim e visando à sobrevivência da onça.

Reuniões estão em andamento nesta segunda (29) entre integrantes da Universidade e setores meio ambiente. Às 19h, está previsto um encontro com representantes de associações de moradores do bairro Santa Terezinha e de outras comunidades do entorno.

Na terça (30), o professor Artur Andriolo apresenta relato dos trabalhos desenvolvidos neste fim de semana a representantes da Universidade, de setores de meio ambiente e segurança. Então, serão sugeridas propostas relacionadas ao caso que apresentem os riscos mais baixos para o animal e a comunidade.

Monitoramento e vestígios

A equipe encontrou pegadas do animal em diferentes áreas. Duas das características desse vestígio de onça-pintada são: dedos largos e arredondados, dispostos em semicírculo, e almofada um pouco triangular com contorno arredondado.

Uma amostra de fezes encontrada no Jardim será levada para análise de DNA, para poder identificar a origem populacional do animal.

Sete câmeras foram instaladas em pontos estratégicos, em árvores e antigos marcadores de lote, a uma altura de 40 centímetros do chão, para traçar rotas e conhecer os hábitos do animal. O registro é possível porque o sensor de movimento do equipamento aciona a câmera, que tira fotos e, em seguida, faz vídeo de até 30 segundos com áudio. A iluminação infravermelha do equipamento não deixa o animal perceber que está sendo registrado.

“A captação de imagens é bastante eficiente. Esta é a tecnologia que se usa praticamente no mundo inteiro nesse tipo de monitoramento”, explica o professor do Colégio de Aplicação João XXIII, Pedro Nobre, que disponibilizou os equipamentos e faz parte da equipe de campo.

Entenda o caso

Depois de três mudanças na data de abertura – no primeiro semestre de 2014 e, depois, no início de março de 2018 e, ainda em 22 de março – o Jardim Botânico foi inaugurado em abril deste ano.

O objetivo do local é incentivar pesquisas e visitação com foco em educação ambiental.

Jardim Botânico

Um dos últimos grandes fragmentos de Mata Atlântica em área urbana do Brasil, o Jardim Botânico tem mais de 80 hectares de extensão e está localizado na área da Mata do Krambeck.

No Jardim, estão presentes mais de 500 espécies vegetais, incluindo exemplares nativos, populações raras ou em perigo de extinção.

Além de uma área de cerca de 10 hectares de extensão, onde estão incluídos bromeliário, orquidário, lago, trilhas, galerias de arte e um laboratório de casa sustentável.

Foi reproduzido em: Minas Hoje

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Veículo: Acessa.com

Editoria: Cultura

Data: 29/04/2019

Link: https://www.acessa.com/cultura/arquivo/noticias/2019/04/29-museu-abre-inscricoes-para-primeiro-encontros-jardim-2019/

Título: Museu abre inscrições para o primeiro Encontros no Jardim de 2019

Da redação

A primeira edição de 2019 do Encontros no Jardim pretende alertar as crianças sobre a necessidade de cuidar do meio ambiente, adotando práticas ecológicas, consumo consciente dos recursos naturais, entre outras medidas preventivas. O projeto será realizado no sábado, 4 de maio, das 14h às 17h, no parque da Fundação Museu Mariano Procópio.

O encontro conta com atividades voltadas para crianças de 8 a 12 anos. A participação é gratuita, basta se inscrever pelo telefone 3690-2027. No momento da inscrição, os pais são orientados a trazer um lanche para a criança, para que, no intervalo entre as atividades, o grupo possa se reunir para compartilhar as guloseimas. A iniciativa é promovida por meio de parceria entre a Fundação e o curso de Turismo da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Já foram realizadas oito edições do projeto.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 29/04/2019

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/29-04-2019/cameras-flagram-novas-imagens-da-onca-pintada-no-jardim-botanico.html

Título: Câmeras flagram novas imagens da onça-pintada no Jardim Botânico

Flagrante foi feito pelas armadilhas fotográficas instaladas no parque por especialistas que tentam compreender as rotas utilizadas e o comportamento do animal

Por Tribuna

29/04/2019 às 10h55- Atualizada 30/04/2019 às 12h42

As sete armadilhas fotográficas instaladas durante o final de semana no Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), para traçar rotas e conhecer os hábitos da onça-pintada, já apresentam resultados. Na manhã desta segunda-feira (29), a UFJF divulgou imagens do animal capturadas na madrugada deste domingo (28). Os registros apontam, inicialmente, que o felino se trata de um macho. A onça-pintada foi avistada na última quinta-feira (25) no Jardim Botânico, levando ao fechamento temporário do espaço.

O animal foi registrado em três momentos diferentes pelas câmeras. Conforme informações da UFJF, a primeira aparição ocorreu por volta de meia-noite, quando foram feitas fotos da onça. Em um segundo momento, às 5h, novas imagens foram registradas. Por volta de uma hora mais tarde, o animal foi fotografado e filmado em dois vídeos sequenciais. As imagens, entretanto, ainda não são nítidas, porém, de acordo com a UFJF, trata-se de um macho, aparentemente levando em consideração também o comportamento registrado.

Mapeamento

Como divulgado pela UFJF no último sábado (27), pegadas da onça-pintada foram identificadas no Jardim Botânico e irão servir para mapear o posicionamento do animal dentro da área. Dedos largos e arredondados, dispostos em semicírculo, e almofada um pouco triangular com contorno arredondado são características do felino. A instituição irá encaminhar, ainda, uma amostra de fezes, também encontrada no Jardim, para análise de DNA, a fim de identificar a origem populacional do animal.

Segundo a UFJF, o monitoramento e coleta de dados irão subsidiar as decisões adequadas em relação ao caso, quanto à população no entorno e a própria onça. Espécie em extinção, não há registro do felino na Zona da Mata mineira por, aproximadamente, oito décadas.

Representantes da UFJF vão se reunir, nesta segunda-feira (29), com líderes comunitários do Bairro Santa Terezinha, na Igreja Matriz Santa Terezinha do Menino Jesus, para orientar sobre as medidas e os cuidados tomados em relação ao animal. A reunião está marcada para 19h

Foi reproduzido em: JF Clipping

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 30/04/2019

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/30-04-2019/bolsistas-da-ufjf-vao-visitar-vizinhos-do-jardim-botanico.html

Título: Bolsistas da UFJF vão visitar vizinhos do Jardim Botânico

Em circulação nas redes sociais, o registro de uma jaguatirica morta às margens da BR-040 não é deste ano

Por Tribuna

30/04/2019 às 20h59- Atualizada 30/04/2019 às 21h00

Moradores vizinhos ao Jardim Botânico e à Mata do Krambeck receberão, nesta quinta-feira (2), a partir de 13h, a visita de bolsistas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O objetivo é repassar medidas preventivas com relação a possíveis acidentes relacionados à onça-pintada encontrada no Jardim Botânico, bem como informar os riscos de segurança para os residentes e sobre o monitoramento dos hábitos do animal. Depois de reunião com líderes comunitários nesta segunda (29), a decisão por repassar recomendações tête-à-tête foi tomada em encontros realizados nesta terça (30) entre representantes da UFJF, da Prefeitura de Juiz de Fora, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), do Instituto Estadual de Florestas (IEF), do Corpo de Bombeiros e do Campo de Instrução do Exército.

Cerca de 30 bolsistas, que atuam como monitores de educação ambiental, serão os responsáveis pelas orientações à comunidade após passarem por treinamento. Além da manutenção da segurança das crianças – uma das principais preocupações dos presentes na reunião da comunidade -, a UFJF pondera riscos de caça, eventuais reações de moradores em acidentes que possam ferir o felino e, inclusive, possível atropelamento, uma vez que o Jardim Botânico se localiza no perímetro urbano. Em caso de ações emergenciais, um grupo composto por integrantes dos bombeiros e da Companhia de Polícia Militar de Meio Ambiente foi criado; as corporações podem ser acionadas pelos contatos telefônicos 190, 193 e 3228-9050.

Jaguatirica na BR-040

Em circulação nas redes sociais nesta terça, o registro de uma jaguatirica morta às margens da BR-040, próximo à ArcelorMittal, não é deste ano. Questionados pela reportagem, a unidade local do Ibama, a Companhia de Polícia Militar de Meio Ambiente e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmaram desconhecer quaisquer ocorrências sobre o encontro de um animal da espécie nos últimos dias. Ao contrário da onça-pintada, a jaguatirica, comum em todo o território brasileiro – exceção feita aos pampas -, é categorizada pelo ICMBio como menos preocupante, isto é, não está ameaçada de extinção, embora seja avaliada como criticamente em perigo particularmente em Minas Gerais.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Notícias

Data: 30/04/2019

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2019/04/30/vizinhos-ao-jardim-botanico-da-ufjf-receberao-orientacoes-apos-aparecimento-de-onca-pintada.ghtml

Título: Vizinhos ao Jardim Botânico da UFJF receberão orientações após aparecimento de onça-pintada

Bolsistas vão informar sobre a prevenção de acidentes e riscos de segurança em Juiz de Fora. Também foi criado um grupo de alões emergenciais.

Por G1 Zona da Mata

30/04/2019 20h16  Atualizado há 2 semanas

A partir da próxima quinta-feira (2), aproximadamente 30 bolsistas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) vão iniciar um trabalho de orientações de segurança a moradores vizinhos ao Jardim Botânico e da Mata do Krambeck. A medida ocorreu após a confirmação da presença de uma onça-pintada no local.

Os universitários, que atuavam como monitores de educação ambiental passarão por um treinamento específico e a partir das 13h, vão iniciar as visitas aos moradores da região. Serão dadas orientações relativas à prevenção de acidentes e aos riscos de segurança para as pessoas e o animal.

A decisão foi tomada nesta terça-feira (30) durante uma reunião da comissão interinstitucional entre membros da instituição. No encontro, também foi criado um grupo de ações emergenciais, com integrantes do Corpo de Bombeiros e da Polícia de Meio Ambiente.

Uma das possibilidades que está sendo analisada pela comissão é a translocação do animal para uma área florestal apropriada para a espécie, conforme recomendações técnicas do Plano de Ação Nacional de Conservação da Onça-Pintada e do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio).

Para que a alternativa de translocação seja, de fato, selecionada, estão sendo acionados setores ambientais, de segurança e jurídicos que respaldem a decisão da comissão. Enquanto não há uma definição, o Jardim Botânico vai permanecer fechado.

Nesta segunda-feira (29) também aconteceu uma reunião entre representantes da universidade especialistas e moradores de bairros do entorno do local. O encontro, na Igreja de Santa Terezinha, esclareceu dúvidas sobre o trabalho e investigações em andamento. O Jardim Botânico está fechado temporariamente para visitação desde sexta-feira (26).

Emergências

No encontro desta terça, foi formado um grupo de ações emergenciais, com integrantes do Corpo de Bombeiros e da Polícia de Meio Ambiente, para casos de incidentes com o animal.

Caso se encontrem em situações de risco com a onça, moradores podem entrar em contato com as corporações pelo telefone 193 (Corpo de Bombeiros), 190 ou 3228-9050 (Polícia Militar de Meio Ambiente).

Outra frente de atuação também foi formada com equipes de comunicação da UFJF, da Prefeitura de e do Instituto Estadual de Florestas (IEF) para atuar em conjunto na divulgação de informações.

Monitoramento

Sete armadilhas fotográficas foram instaladas pelo Jardim Botânico, em árvores e antigos marcadores de lote, a uma altura de 40 centímetros do chão, para traçar rotas e conhecer os hábitos do animal. Os equipamentos têm infravermelho, permitindo o registro da imagem sem que a onça perceba que está sendo filmada.

Após os registros feitos no domingo (28), o analista ambiental do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio), Elildo Júnior, explicou que as imagens ainda não são nítidas para garantir a precisão do sexo. Pelo comportamento do animal registrado, aparentemente trata-se de um macho.

Pelas análises das imagens, o professor do Departamento de Zoologia da UFJF, Artur Andriolo, explicou que a suspeita é de que seja um único animal.

“Devendo ser um animal macho, provavelmente ele estabelece um território nessas proximidades do Jardim Botânico, em toda área da mata, define os limites desse território através de odores. O fato de ele fazer isso impede que outros indivíduos machos se aproximem. Então, como nós não estamos no período reprodutivo dessa espécie e esse indivíduo deve ter estabelecido um território, as possibilidades para ter outro exemplar na região é muito, muito pequena”, explicou.

A equipe encontrou pegadas do animal em diferentes áreas. Duas das características desse vestígio de onça-pintada são: dedos largos e arredondados, dispostos em semicírculo, e almofada um pouco triangular com contorno arredondado.

Uma amostra de fezes encontrada no Jardim será levada para análise de DNA, para poder identificar a origem populacional do animal.

Jardim Botânico

Um dos últimos grandes fragmentos de Mata Atlântica em área urbana do Brasil, o Jardim Botânico tem mais de 80 hectares de extensão e está localizado na área da Mata do Krambeck.

No Jardim, estão presentes mais de 500 espécies vegetais, incluindo exemplares nativos, populações raras ou em perigo de extinção.

Além de uma área de cerca de 10 hectares de extensão, onde estão incluídos bromeliário, orquidário, lago, trilhas, galerias de arte e um laboratório de casa sustentável.

Depois de três mudanças na data de abertura – no primeiro semestre de 2014 e, depois, no início de março de 2018 e, ainda em 22 de março – o Jardim Botânico foi inaugurado em 12 abril deste ano.

O objetivo do local é incentivar pesquisas e visitação com foco em educação ambiental.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Notícias

Data: 30/04/2019

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2019/04/30/ufjf-realiza-reuniao-com-moradores-do-entorno-do-jardim-botanico-e-da-orientacoes-sobre-onca-pintada.ghtml

Título: UFJF realiza reunião com moradores do entorno do Jardim Botânico e dá orientações sobre onça-pintada

Objetivo foi informar andamento do trabalho em relação ao animal encontrado no local, que é de uma espécie em extinção.

Por G1 Zona da Mata e MG1

30/04/2019 09h51  Atualizado há 2 semanas

A onça-pintada encontrada no Jardim Botânico foi tema de uma reunião entre representantes da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), especialistas e moradores de bairros do entorno do local.

O encontro na noite desta segunda-feira (29), na Igreja de Santa Terezinha, esclareceu dúvidas sobre o trabalho e investigações em andamento. O Jardim Botânico está fechado temporariamente para visitação desde sexta-feira (26).

“O Jardim Botânico é parte da Mata do Krambeck. A onça está se movimentando por esta região. Nós apresentamos para população o que estamos fazendo e quais os próximos passos para que a gente tenha segurança da população do entorno, segurança do próprio animal, que é um exemplar raro, em extinção. E toda a população de Juiz de Fora também possa ter informações sobre o trabalho que estamos fazendo”, explicou a Pró-Reitora de Extensão da UFJF, Ana Lívia Coimbra.

Autoridades ligadas a segurança e ao meio ambiente participaram do encontro. Logo depois que a onça foi vista, uma comissão, composta pela UFJF e setores ambientais, foi criada para definir ações sobre o monitoramento do animal. Os pontos debatidos na reunião serão levados para esta comissão e podem influenciar na decisão sobre o futuro do felino.

“Vamos juntos ouvir o que a população colocou para que o desejo e o sentimento da população com relação ao aparecimento do animal possa ser levado em consideração, para nós darmos um destino que leve à abertura do Jardim Botânico com segurança”, destacou Ana Lívia Coimbra.

Quem mora próximo ao Jardim Botânico, a orientação é evitar passar pelas margens, principalmente no final da tarde, durante a noite e no início da manhã.

“As pessoas estão preocupadas, mas, ao mesmo tempo, entendem que é um animal importante, especial, raro. Devemos cuidar dele também”, disse a presidente da Associação de Moradores do Santa Terezinha, Nilza Gaudereto.

Monitoramento

Sete armadilhas fotográficas foram instaladas pelo Jardim Botânico, em árvores e antigos marcadores de lote, a uma altura de 40 centímetros do chão, para traçar rotas e conhecer os hábitos do animal. Os equipamentos têm infravermelho, permitindo o registro da imagem sem que a onça perceba que está sendo filmada.

Após os registros feitos no domingo (28), o analista ambiental do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio), Elildo Júnior, explicou que as imagens ainda não são nítidas para garantir a precisão do sexo. O comportamento do animal registrado, aparentemente trata-se de um macho.

Pelas análises das imagens, o professor do Departamento de Zoologia da UFJF, Artur Andriolo, explicou que a suspeita é de que seja um único animal.

“Devendo ser um animal macho, provavelmente ele estabelece um território nessas proximidades do Jardim Botânico, em toda área da mata, define os limites desse território através de odores. O fato de ele fazer isso impede que outros indivíduos machos se aproximem. Então, como nós não estamos no período reprodutivo dessa espécie e esse indivíduo deve ter estabelecido um território, as possibilidades para ter outro exemplar na região é muito, muito pequena”, explicou.

Nesta terça (30), o professor Artur Andriolo deve apresentar relato dos trabalhos desenvolvidos neste fim de semana a representantes da Universidade, de setores de meio ambiente e segurança. Então, serão sugeridas propostas relacionadas ao caso que apresentem os riscos mais baixos para o animal e a comunidade.

A equipe encontrou pegadas do animal em diferentes áreas. Duas das características desse vestígio de onça-pintada são: dedos largos e arredondados, dispostos em semicírculo, e almofada um pouco triangular com contorno arredondado.

Uma amostra de fezes encontrada no Jardim será levada para análise de DNA, para poder identificar a origem populacional do animal.

Jardim Botânico

Um dos últimos grandes fragmentos de Mata Atlântica em área urbana do Brasil, o Jardim Botânico tem mais de 80 hectares de extensão e está localizado na área da Mata do Krambeck.

No Jardim, estão presentes mais de 500 espécies vegetais, incluindo exemplares nativos, populações raras ou em perigo de extinção.

Além de uma área de cerca de 10 hectares de extensão, onde estão incluídos bromeliário, orquidário, lago, trilhas, galerias de arte e um laboratório de casa sustentável.

Depois de três mudanças na data de abertura – no primeiro semestre de 2014 e, depois, no início de março de 2018 e, ainda em 22 de março – o Jardim Botânico foi inaugurado em 12 abril deste ano.

O objetivo do local é incentivar pesquisas e visitação com foco em educação ambiental.

Foi reproduzido em: Rádio Jornal

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Veículo: PCI Concursos

Editoria: Notícias

Data: 30/04/2019

Link: https://www.pciconcursos.com.br/noticias/processo-seletivo-e-anunciado-pela-ufjf

Título: Processo Seletivo é anunciado pela UFJF

A Seleção é destinada à contratação de Professor Substituto.

Concursos › Notícias › Sudeste

Terça-feira, 30 de abril de 2019 às 10h17

Processo Seletivo é anunciado pela UFJF

A Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF divulga abertura de inscrições para realização de Processo Seletivo, visando o preenchimento de uma vaga, destinada à contratação de Professor Substituto, para o Departamento de Medicina, do Instituto Ciências da Vida, Campus Governador Valadares.

O contratado deve exercer as funções em regime de 40 horas semanais, nas seguintes áreas de concentração: Laboratório de Habilidades Clinicas I, II e III e Semiologia Aplicada à Fisioterapia.

As inscrições devem ser realizadas no período de 03 a 10 de maio de 2019, das 7h às 19h, de segunda a sexta-feira, exceto feriados. O candidato deve dirigir-se na Secretaria do Departamento de Medicina da UFJF, campus Governador Valadares, localizada na Rua Jair Rodrigues Coelho, nº 211, sala 106, Bairro Vila Bretas.

É necessário que o candidato possua Graduação em Medicina ou Fisioterapia, com Mestrado na grande área de ciências da saúde da tabela CAPES.

A Seleção será constituída de Prova Escrita, Prova Didática, Prova de Títulos e Entrevista.

A Seleção será válida por um ano, contado a partir da homologação do resultado no diário Oficial da União.

Para mais informações, consulte o Edital disponível em nosso site.

Jornalista: Bruna Evelyn Pereira

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Veículo: Acessa.com

Editoria: Notícias

Data: 30/04/2019

Link: https://www.acessa.com/educacao/arquivo/oportunidade/2019/04/30-ufjf-abre-selecao-para-professores-medicina/

Título: UFJF abre seleção para professores de Medicina

Da redação

Estão abertos processos seletivos para professores substitutos do departamento de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Ao todo, duas vagas são oferecidas: uma para o departamento de clínica médica, da Faculdade de Medicina (Famed), em Juiz de Fora, e outra para o Instituto de Ciências da Vida, em Governador Valadares.

Em Juiz de Fora, a seleção é para a clínica médico cirúrgica V – nefrologia, em regime de 20 horas semanais. As inscrições podem ser feitas de 2 a 8 de maio, na Secretaria da Famed, no horário de 9h às 12h, e das 13h às 18h. Segundo o edital, a avaliação se dá por meio de prova de títulos e entrevista. É exigida graduação em Medicina, com residência médica em Nefrologia, e registro válido no Conselho Regional de Medicina. As provas acontecem no dia 15 de maio.

Já em Governador Valadares, a vaga corresponde à atuação nos Laboratórios de Habilidades Clínicas I, II e III, e Semiologia Aplicada à Fisioterapia. O trabalho tem carga horária semanal de 40 horas. As inscrições acontecem de 3 a 10 de maio, na secretaria do Departamento de Medicina, em GV, das 7h às 19h, de acordo com o edital. Serão realizadas prova escrita, didática, de títulos, além de entrevista. É exigida graduação em Medicina ou Fisioterapia, com mestrado na grande área de ciências da saúde da tabela Capes. A prova acontece no dia 20 de maio.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cronimétricas

Data: 30/04/2019

Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cronimetricas/30-04-2019/a-onca-no-jardim.html

Título: A onça no jardim

Por Wendell Guiducci

30/04/2019 às 07h15 – Atualizada 30/04/2019 às 12h45

Desde a aparição da onça-pintada no Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora, divulgada na última sexta-feira, diversas teorias têm pipocado pelos cafezinhos, mesas de almoço e pontos de ônibus de Juiz de Fora. De onde veio esse bicho, que há cerca de 80 anos, segundo informações da UFJF, não dava as caras por essas paragens da Zona da Mata?

“Fugiu do circo”, garante uma dona na fila do pão.

“Isso é caminhoneiro que pegou pra criar no Mato Grosso e, com o bicho crescendo, só querendo saber de comer carne, com a vida nessa carestia doida, largou ela na beirada do Paraibuna aí”, comenta um motorista no balcão da oficina mecânica. E defende: “Eu não culpo ele não, eu também sou doido pra fazer isso com meu caçula”.

As teorias são muitas e nosso espaço aqui é pouco. Certo é que o Governo federal já vê na aparição da onça uma oportunidade. Empenhado na cruzada de reescrever o mundo negando o aquecimento global e o golpe de 64, reelaborando o nazismo e dispensando os saberes fúteis de Platão e Auguste Comte, o Planalto, que tem se esmerado na arte do recuo, pretende recuar mais um pouquinho, até a era pré-iluminista, e reativar uma famosa teoria que vigorou desde os tempos de Anaximandro de Mileto: a da geração espontânea.

Também conhecido como abiogênese, o referido conceito dizia basicamente que a vida poderia ser gerada de qualquer matéria orgânica ou inorgânica se fossem dadas as condições ideais. De um monte de pano sujo nasceria, por exemplo, um rato. Ainda que tal ideia tenha sido cabalmente refutada pelos experimentos de Louis Pasteur no século XIX, já vejo algum proeminente cientista terraplanista vindo de Brasília defender a geração espontânea como razão do aparecimento do novo xodó juiz-forano (capivaras enciúmam-se por todo o curso do Paraibuna). Antecipo até a live no Facebook.

“Se tem onça, tem que ter a onça-mãe e a onça-pai, tá ok? Se não tem onça-mãe e onça-pai, é geração espontânea. Isso daí, certamente, foi uma estudante da Faculdade de Biologia que deixou uma meia de oncinha lá, aquilo ficou lá tudo sujo, né, com chulé e tal, muita umidade, e gerou isso daí. Então, não tem nem que ver nada não, é geração espontânea e ponto final.”

Parece-me, científico leitor, que a misteriosa aparição da onça do Jardim Botânico tem, de fato, grande potencial para alicerçar ações de impacto do Governo que ora fecha seu quarto mês de vigência, pautado no neo-puritanismo revisionista de baixa patente e no barraco cross-midiático de família. Não me surpreenderia, inclusive, que mais rapidamente do que o esperado as verbas reservadas às faculdades de filosofia, sociologia e adjacências sejam reinvestidas na defesa da abiogênese. E, claro, na formação técnica de mais veterinários, pois uma coisa é preciso reconhecer: são muitos os quadrúpedes necessitando de tratamento no território nacional.

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Veículo: Jornal Opção

Editoria: Notícias

Data: 30/04/2019

Link: https://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/ministro-anuncia-corte-de-verbas-para-universidades-que-promovam-desordem-181462/

Título: Ministro anuncia corte de verbas para universidades que promovam ‘desordem’

30/04/2019 12:01  Por Leicilane Tomazini

Três instituições já tiveram seus repasses reduzidos, UnB, UFF e UFBA

Segundo o ministro da Educação Abraham Weintraub, o MEC irá cortar os recursos das universidades que não obtiverem o desempenho acadêmico esperado e estejam ainda, promovendo desordem no Câmpus.

A pasta já avaliou as universidades segundo esses critérios, e três já foram enquadradas, tendo, portanto, seus repasses reduzidos, são elas: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense(UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA).

O ministro alegou também, que Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.

Critérios

O ministro declarou ao Estadão que as universidades estão utilizando seu espaço para promover eventos políticos, manifestações partidárias ou festas, que segundo ele, são inadequadas ao ambiente universitário.

Weintraub não entrou nos pormenores de quais seriam as manifestações que aconteceriam nas instituições de ensino, nem os rankings dos quais ele acredita que as universidades devem enquadrar-se, mas afirmou: “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” Ele, no entanto, não citou rankings.

Na semana passada, o MEC bloqueou 30% das verbas orçamentárias das três universidades, sendo que os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, cuja função é custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, entre outros. Já os recursos destinados ao pagamento de pessoal não podem ser reduzidos, tendo em vista que são obrigatórios.

Panorama atual da Educação

De acordo com informações do Estadão, a Educação foi a pasta que mais sofreu bloqueio em termos absolutos, apesar de o corte ter sido proporcionalmente menor do que o de outros ministérios. O governo bloqueou, portanto, quase 25% do dinheiro que estava reservado para custear esses gastos, tendo em vista que A Lei Orçamentária estabelecia cerca de R$ 23,7 bilhões para despesas discricionárias na Educação como um todo.

Apesar de o ministro ter usado como régua para determinação dos alvos de contingenciamento, o parâmetro “balbúrdia”, outras universidades federais têm sofrido cortes em todo o país. Todas elas tiveram bloqueio de valores de emendas parlamentares, e somente 40% do recurso de custeio liberado para o 1.º semestre.

Contraponto

Ainda que o ministro tenha incluído as três universidades em questão nos critérios de corte baseado em desempenho acadêmico, o ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do ensino superior, mostra que Unb e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição.

De acordo com a pesquisa, na classificação das melhores da América Latina, a UNB passou da 19.ª posição, em 2017, para 16.ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71.ª para a 30.ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45.º.

A publicação destaca também que as três se sobressaem pela boa avaliação em ensino e pesquisa. E UNB e UFBA aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.

O Jornal Opção entrou em contato com a Reitoria da Universidade Federal de Goiás, para saber a situação atual situação da instituição em relação aos cortes, mas até o fechamento desta matéria não obtivemos resposta.

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Veículo: NSC Total

Editoria: Notícias

Data: 30/04/2019

Link: https://www.nsctotal.com.br/noticias/mec-cortara-verba-de-universidades-por-balburdia-diz-ministro

Título: MEC cortará verba de universidades por “balbúrdia”, diz ministro

Abraham Weintraub afirmou ao jornal O Estado de S.Paulo que as universidades de Brasília (UnB), Federal Fluminense (UFF) e Federal da Bahia (UFBA) já tiveram repasses reduzidos

30/04/2019 – 10h02 – Atualizada em: 01/05/2019 – 18h49

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Por GaúchaZH

O ministro da Educação Abraham Weintraub afirmou que o MEC irá cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e estiverem promovendo o que o ministro definiu como “balbúrdia”. De acordo com Weintraub, a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA) foram enquadradas nesses critérios e já tiveram repasses reduzidos. Além disso, está sob avaliação a redução nos repasses para a Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais.

— Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas — disse Weintraub, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, publicada nesta terça-feira (30).  

Conforme o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, que servem para custear gastos como água, luz, limpeza e bolsa de auxílio a estudantes.

Já os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos. Weintraub garantiu que o corte não afetará serviços como restaurantes universitários e o programa de assistência estudantil.

Segundo o ministro, tem ocorrido em universidades, eventos políticos, manifestações partidárias e festas inadequadas ao ambiente universitário. “Sem-terra e gente pelada dentro do campus” foram exemplos citados do que ele considera como bagunça.

— A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo — comentou.

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que essa não foi a única questão observada, e que essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam. O ministro afirmou que “a lição de casa precisa estar feita”, se referindo à publicação científica, avaliações em dia, boa colocação em ranking, mas não citou nenhum ranking específico.

A UnB afirmou ao jornal que espera conseguir reverter o bloqueio orçamentário. A UFBA e a UFF não se pronunciaram.

Questionado se essa forma de escolha caracterizaria uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom.

— Só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar. Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita — disse.

As três universidades que foram acusadas de queda no desempenho pelo ministro se mantêm em destaque em avaliações internacionais. O ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do Ensino Superior, mostra que UnB e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição.

Na classificação das melhores da América Latina, a UNB passou da 19ª posição, em 2017, para 16ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71ª para a 30ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45º. Segundo a publicação, as três se destacam pela boa avaliação em ensino e pesquisa. A UnB e a UFBA aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.  

Outras universidades federais já registraram congelamento de recursos neste ano. Na UFRGS, por exemplo, estudantes já foram alertados sobre riscos de atraso ou suspensão no pagamento de benefícios após a confirmação de cortes de R$ 5,839 bilhões para este ano no orçamento do Ministério da Educação.

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Veículo: Blog da Cidadania

Editoria: Notícias

Data: 30/04/2019

Link: https://blogdacidadania.com.br/2019/04/ministro-da-educacao-usa-corte-de-verbas-para-censurar-universidade/

Título: Ministro da Educação usa corte de verbas para censurar universidade

30 de abril de 2019

O Ministério da Educação (MEC) anunciou cortes às universidades que não apresentarem “desempenho acadêmico esperado” e que promovam eventos com “balbúrdia” em suas instalações. O anúncio foi feito durante entrevista do ministro Abraham Weintraub ao jornal “O Estado de S. Paulo”. Em nota, o órgão confirmou o corte às universidades, mas não informou os motivos.

Segundo Weintraub, três universidades já tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA). A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, estaria sob avaliação. O antecessor de Weintraub ma pasta, Ricardo Vélez Rodríguez, lecionou na UFJF e convidou vários de seus colaboradores na universidade para cargos no ministério.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, continuou Weintraub ao jornal. Os critérios de avaliação, porém, não foram informados.

Para Weintraub, instituições de ensino estariam permitindo que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao meio universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, complementou.

A nota do MEC diz que a medida, em relação a UnB, UFBA e UFF, “está em vigor desde a última semana” e afirmou que “estuda os bloqueios de forma que nenhum programa seja prejudicado”. Informou que “o Programa de Assistência Estudantil não sofreu impacto em seu orçamento”.

Em nota, ao GLOBO, a UnB afirmou que “não foi oficialmente comunicada de nenhum corte em seu orçamento”, mas disse que “a área técnica verificou, contudo, um bloqueio orçamentário da ordem de 30% no sistema”. A instituição está, segundo o comunicado, “avaliando a situação e tem a expectativa de que o bloqueio possa ser revertido”.

A UnB lembrou que “é uma das universidades com reconhecida excelência acadêmica no país, atestada em rankings nacionais e internacionais”. Afirma que tem nota 5, a máxima, no Índice Geral de Cursos (IGC) do MEC e que está na 8ª colocação como melhor universidade brasileira, segundo avaliação do Times Higher Education (THE), organização britânica que acompanha o desempenho de instituições de ensino superior em todo o mundo. “Há dois anos, ocupávamos a 11ª posição”, destacou.

A instituição destacou ainda que “não promove eventos de cunho político-partidário em seus espaços”. “Como toda universidade, é palco para o debate livre, crítico, organizado por sua comunidade, com tolerância e respeito à diversidade e à pluralidade”, disse, na nota. A UFF e a UFBA não retornaram ao contato do GLOBO.

Reinaldo Centoducatte , presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil (Andifes) e reitor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), disse ao GLOBO que a entidade ainda não recebeu informações oficiais do MEC.

— Soubemos pela imprensa. É preciso entender que critérios são esses, já que as três universidades têm cursos de ponta e são bem avaliadas em todos os rankings internacionais.

Questionado pelo jornal “Estado”, o ministro disse não se tratar de uma “lei da mordaça” nas universidades, e que a liberdade de expressão de alunos e professores não será ferida. Ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom.

De O Globo

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Veículo: Estado de Minas Gerais

Editoria: Geral

Data: 30/04/2019

Link: https://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2019/04/30/interna_nacional,1050089/mec-cortara-verba-de-universidade-por-balburdia-ufjf-esta-sob-avali.shtml

Título: MEC cortará verba de universidade por ‘balbúrdia’; UFJF está sob avaliação

Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA)

ECEstadão Conteúdo

postado em 30/04/2019 11:10 / atualizado em 30/04/2019 13:56

O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus câmpus, afirmou o ministro Abraham Weintraub ao jornal O Estado de S. Paulo. Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse. Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro. De acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”.

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado. Essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam, disse. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” Ele, no entanto, não citou rankings.

De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

Weintraub disse que o corte não afetará serviços como “bandejão”. O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar desses recursos integrarem a verba discricionária.

A UNB disse que verificou no sistema bloqueio orçamentário “da ordem de 30%” e espera conseguir revertê-lo. A UFJF afirmou que vai se manifestar ainda hoje sobre o assunto. A UFBA e a UFF não se pronunciaram.

O MEC está sendo forçado a definir cortes após o governo anunciar um grande contingenciamento no mês passado. Para garantir que cumprirá a meta fiscal , a equipe econômica estabeleceu que cerca de R$ 30 bilhões dos gastos previstos ficarão congelados. Desse total, R$ 5,8 bilhões terão de vir do MEC.

Educação foi a pasta que mais sofreu bloqueio em termos absolutos. Ainda que o corte tenha sido proporcionalmente menor do que o de outros ministérios, foi um duro baque. A Lei Orçamentária estabelecia cerca de R$ 23,7 bilhões para despesas discricionárias na Educação como um todo. O governo bloqueou, portanto, quase 25% do dinheiro que estava reservado para custear esses gastos.

Como as universidades federais consomem a maior parte dos recursos do MEC, elas naturalmente seriam alvo de cortes. O ministro disse que, diante desse cenário, foi necessário definir critérios para quem sofreria mais com o bloqueio. O corte anunciado pelo ministro nas três universidades está longe, porém, do contingenciamento determinado pela equipe econômica. Juntas, as três instituições recebem cerca de R$ 165 milhões discricionários.

Direito à expressão

Questionado se essa forma de escolha caracteriza, na prática, uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom. “Só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar”, afirmou. “Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita.” Continua depois da publicidade

O MEC não esclareceu quais indicadores de desempenho chamaram a atenção da pasta. Weintraub disse ainda que reitores precisarão redobrar a atenção no caso de festas. “Se aluno se machucar por causa de festa, cortaremos verba.”

Desde 2014, há redução nos repasses para despesas discricionárias das universidades. A crise contribuiu para o cenário. Neste ano, o aperto será mantido. Além da recuperação lenta da economia, há a linha estabelecida por Jair Bolsonaro. O plano de governo já trazia a indicação de que, se eleito, ele daria ênfase à educação básica.

Ao Estado, em sua primeira entrevista no cargo, Weintraub reforçou a diretriz e disse que a política para universidades tem de respeitar “os pagadores de impostos”. “Quando vão na universidade federal fazer festa, arruaça, não ter aula ou fazer seminários absurdos que agregam nada à sociedade, é dinheiro suado que está sendo desperdiçado num país com 60 mil homicídios por ano e mil carências.”

‘No limite’

Apesar de ressaltar o contingenciamento com a suposta “balbúrdia”, outras universidades federais também já registraram congelamento de recursos neste ano. Todas tiveram bloqueio de valores de emendas parlamentares. Além disso, só tiveram 40% do recurso de custeio liberado para o 1.º semestre.

“As universidades estão há anos trabalhando no limite da capacidade. Não acredito que o MEC fará um corte orçamentário com base em juízo de valor, sem antes pedir esclarecimento às universidades. Infelizmente, o bloqueio está ocorrendo para todas as instituições”, disse Reinaldo Centoducatte, reitor da Federal do Espírito Santo (Ufes) e presidente da Andifes, associação de reitores da rede federal.

Avaliação internacional. O ministro ainda acusou UnB, UFBA e UFF de queda no desempenho. No entanto, elas se mantêm em destaque em avaliações internacionais. O ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do ensino superior, mostra que Unb e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição. Na classificação das melhores da América Latina, a Unb passou da 19.ª posição, em 2017, para 16.ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71.ª para a 30.ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45.º. Segundo a publicação, as três se destacam pela boa avaliação em ensino e pesquisa. E Unb e UFBA aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.

Carlos Monteiro, especialista em gestão pela Universidade de Michigan, ainda avalia como contraditório punir uma universidade com corte de recursos por apresentar queda na qualidade. “O ministro deveria querer entender os motivos dos maus resultados.”

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Veículo: Estadão

Editoria: Geral

Data: 30/04/2019

Link: https://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,mec-cortara-verba-de-universidade-por-balburdia-e-ja-mira-unb-uff-e-ufba,70002809579

Título: MEC cortará verba de universidade por ‘balbúrdia’ e já enquadra UnB, UFF e UFBA

Sem detalhar critérios, o ministro Weintraub disse ao ‘Estado’ que a medida considera o desempenho acadêmico aquém do esperado ou promoção de ‘bagunça, evento ridículo’; governo definiu contingenciamento de R$ 5,8 bilhões para Educação    

Renata Agostini, O Estado de S.Paulo

30 de abril de 2019 | 03h00

BRASÍLIA – O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus câmpus, afirmou o ministro Abraham Weintraub ao Estado. Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse. Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro.

De acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”.

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado. Essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam, disse. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” Ele, no entanto, não citou rankings. Nesta terça, o Estado mostrou, porém, que as universidades acusadas de “balbúrdia” tiveram melhora no principal ranking universitário internacional, o Times Higher Education (THE).

De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

Weintraub disse que o corte não afetará serviços como “bandejão”. O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar desses recursos integrarem a verba discricionária.

A UNB disse que verificou no sistema bloqueio orçamentário “da ordem de 30%” e espera conseguir revertê-lo. A UFBA e a UFF não se pronunciaram.

O MEC está sendo forçado a definir cortes após o governo anunciar um grande contingenciamento no mês passado. Para garantir que cumprirá a meta fiscal , a equipe econômica estabeleceu que cerca de R$ 30 bilhões dos gastos previstos ficarão congelados. Desse total, R$ 5,8 bilhões terão de vir do MEC.

Educação foi a pasta que mais sofreu bloqueio em termos absolutos. Ainda que o corte tenha sido proporcionalmente menor do que o de outros ministérios, foi um duro baque. A Lei Orçamentária estabelecia cerca de R$ 23,7 bilhões para despesas discricionárias na Educação como um todo. O governo bloqueou, portanto, quase 25% do dinheiro que estava reservado para custear esses gastos.

Como as universidades federais consomem a maior parte dos recursos do MEC, elas naturalmente seriam alvo de cortes. O ministro disse que, diante desse cenário, foi necessário definir critérios para quem sofreria mais com o bloqueio. O corte anunciado pelo ministro nas três universidades está longe, porém, do contingenciamento determinado pela equipe econômica. Juntas, as três instituições recebem cerca de R$ 165 milhões discricionários.

Direito à expressão

Questionado se essa forma de escolha caracteriza, na prática, uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom. “Só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar”, afirmou. “Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita.”

O MEC não esclareceu quais indicadores de desempenho chamaram a atenção da pasta. Weintraub disse ainda que reitores precisarão redobrar a atenção no caso de festas. “Se aluno se machucar por causa de festa, cortaremos verba.”

Desde 2014, há redução nos repasses para despesas discricionárias das universidades. A crise contribuiu para o cenário. Neste ano, o aperto será mantido. Além da recuperação lenta da economia, há a linha estabelecida por Jair Bolsonaro. O plano de governo já trazia a indicação de que, se eleito, ele daria ênfase à educação básica.

Ao Estado, em sua primeira entrevista no cargo, Weintraub reforçou a diretriz e disse que a política para universidades tem de respeitar “os pagadores de impostos”. “Quando vão na universidade federal fazer festa, arruaça, não ter aula ou fazer seminários absurdos que agregam nada à sociedade, é dinheiro suado que está sendo desperdiçado num país com 60 mil homicídios por ano e mil carências.”

Associação diz que sistema já está ‘no limite’

Apesar de ressaltar o contingenciamento com a suposta “balbúrdia”, outras universidades federais também já registraram congelamento de recursos neste ano. Todas tiveram bloqueio de valores de emendas parlamentares. Além disso, só tiveram 40% do recurso de custeio liberado para o 1.º semestre.

“As universidades estão há anos trabalhando no limite da capacidade. Não acredito que o MEC fará um corte orçamentário com base em juízo de valor, sem antes pedir esclarecimento às universidades. Infelizmente, o bloqueio está ocorrendo para todas as instituições”, disse Reinaldo Centoducatte, reitor da Federal do Espírito Santo (Ufes) e presidente da Andifes, associação de reitores da rede federal.

Avaliação internacional

O ministro ainda acusou UnB, UFBA e UFF de queda no desempenho. No entanto, elas se mantêm em destaque em avaliações internacionais. O ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do ensino superior, mostra que Unb e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição.

Na classificação das melhores da América Latina, a Unb passou da 19.ª posição, em 2017, para 16.ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71.ª para a 30.ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45.º. Segundo a publicação, as três se destacam pela boa avaliação em ensino e pesquisa. E Unb e UFBA aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.

Carlos Monteiro, especialista em gestão pela Universidade de Michigan, ainda avalia como contraditório punir uma universidade com corte de recursos por apresentar queda na qualidade. “O ministro deveria querer entender os motivos dos maus resultados.”/COLABOROU ISABELA PALHARES

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 30/04/2019

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/30-04-2019/entidades-repudiam-ataque-contra-as-universidades-publicas.html

Título: Sob avaliação e com possível corte de orçamento, UFJF convoca Consu para reunião extraordinária

Apes, Sintufejuf e DCE da UFJF publicaram nota contrária ao corte de 30% anunciado nesta terça-feira

Por Tribuna

30/04/2019 às 18h14- Atualizada 30/04/2019 às 19h10

O Ministério da Educação (MEC) irá promover corte de verbas de universidades que não apresentarem bom desempenho e estiverem promovendo “balbúrdia” no campus. A informação foi divulgada pelo ministro Abraham Weintraub, em entrevista ao jornal “Estado de S. Paulo” desta terça-feira (30). Segundo ele, a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA) já tiveram 30% da verba orçamentária anual bloqueados. A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) estaria sob avaliação. A Administração Superior da UFJF informou que convocou o Conselho Superior (Consu) para reunião extraordinária, nesta sexta-feira (3), às 10h, a fim de discutir a informação circulada pela imprensa nacional da posição do ministro da Educação, Abraham Weintraub, acerca de possível corte orçamentário na instituição.

O ministro afirmou que “as universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas.” Para ele, as instituições têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias e festas inadequadas. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo.”

Ele não citou quais eventos teriam sido promovidos pelas três instituições que sofreram corte no repasse de verbas. Quando questionado se a decisão não estava ferindo a liberdade de expressão da comunidade acadêmica, o ministro disse que “infelizmente, preciso cortar de algum lugar. Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita”. Também declarou que as instituições apresentaram queda no desempenho. No entanto, não informou dados que comprovassem a declaração.

Impactos

Ainda conforme o “Estado de S. Paulo”, os cortes promovidos pelo MEC irão atingir as despesas com água, luz, limpeza, bolsa auxílio de estudantes, dentre outros. O pagamento de pessoal é obrigatório e não poderá ser reduzido.

Em resposta ao contato feito pela Tribuna, a assessoria do MEC confirmou o corte de verbas para UnB, UFBA e UFF, mas não citou quais outras instituições estão sob avaliação. “O MEC informa, ainda, que não envia comunicados a respeito do orçamento a nenhuma instituição, todos os dados são visualizados pelo SIAF [Sistema Integrado de Administração Financeira]. Nesse sentido, cada uma pode informar os impactos do bloqueio em sua gestão. A medida está em vigor desde a última semana.”

O Ministério assegurou que “estuda os bloqueios de forma que nenhum programa seja prejudicado e que os recursos sejam utilizados da forma mais eficaz. O Programa de Assistência Estudantil não sofreu impacto em seu orçamento”.

Universidade é “palco para debate livre”

Procuradas pela Tribuna, as assessorias da UnB e da UFF disseram que as instituições não foram oficialmente comunicadas sobre o corte de orçamento. No entanto, ambas verificaram o bloqueio de 30% dos recursos por meio do sistema. Destacando excelência de desempenho no trabalho realizado junto às respectivas comunidades acadêmicas, as universidades defenderam a tolerância e o respeito à diversidade.

“A UnB é uma das universidades com reconhecida excelência acadêmica no país, atestada em rankings nacionais e internacionais. Temos nota 5, a máxima, no Índice Geral de Cursos (IGC) do MEC, a avaliação oficial da pasta para os cursos de graduação. Também somos a 8ª melhor universidade brasileira, segundo avaliação do Times Higher Education (THE), uma organização britânica que acompanha o desempenho de instituições de ensino superior em todo o mundo. Há dois anos, ocupávamos a 11ª posição”, esclareceu em nota.

O texto afirma, ainda, que a instituição não promove eventos de cunho político-partidário. “Como toda universidade, a UnB é palco para o debate livre, crítico, organizado por sua comunidade, com tolerância e respeito à diversidade e à pluralidade.” A instituição está avaliando a situação e espera reverter o bloqueio.

De acordo com a assessoria da UFF, as universidades souberam sobre o corte de verbas pela imprensa. “Se confirmada, esta medida produzirá consequências graves para o pleno funcionamento da Universidade.” Destacou ainda que a instituição “é uma das maiores, mais diversificadas e pujantes universidades do país, prezando pela excelência em todas as áreas do conhecimento. A qualidade da UFF é atestada pela pontuação máxima (5) no conceito institucional de avaliação do MEC e temos o maior número de alunos matriculados na graduação entre todas as universidades federais. Além disso, a UFF é a 16ª colocada no ranking RUF, entre quase 200 universidades.”

Por fim, o texto diz que “a UFF exerce com responsabilidade a proteção do patrimônio público e das pessoas, defendendo com firmeza o princípio constitucional da livre manifestação do pensamento, com tolerância e respeito à diversidade e à pluralidade” e “fará todo o esforço institucional ao seu alcance para demonstrar ao MEC a necessidade de reversão dos cortes anunciados.”

A Universidade Federal da Bahia (UFBA) informa que não havia recebido, até a noite desta terça-feira, qualquer notificação oficial do MEC acerca de corte orçamentário. Foi verificada a existência de um bloqueio orçamentário no sistema eletrônico de gestão financeira da instituição, que a universidade espera reverter através do diálogo e das medidas administrativas cabíveis junto ao Ministério.

O bloqueio corresponde a 30% da rubrica de funcionamento, dentro da verba de custeio – destinada ao pagamento de despesas ordinárias, como consumo de água, energia e telefone, manutenção de espaços e equipamentos e pagamento de pessoal terceirizado, entre outras. O valor que aparece bloqueado é de R$ 37,3 milhões e, a se confirmar, terá impacto significativo no funcionamento da instituição até o final de 2019. Restrições orçamentárias vêm sendo enfrentadas nos últimos anos, mas sempre de maneira linear, atingindo o conjunto das instituições federais, jamais de modo seletivo.

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Veículo: Rádio Itatiaia JF

Editoria: Região/País

Data: 30/04/2019

Link: http://radioitatiaiajf.com.br/ufjf-unb-uff-e-ufba-mec-cortara-verba-de-universidade-por-balburdia/

Título: UFJF, UnB, UFF e UFBA: MEC cortará verba de universidade por ‘balbúrdia’

30 de abril de 2019  Redação

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) pode ter corte de recursos repassados pelo Ministério da Educação. No momento, está em avaliação.

O motivo está relacionado ao corte de recursos que o Ministério da Educação (MEC) vai fazer nas universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus câmpus.

A afirmação foi do ministro do MEC, Abraham Weintraub, em entrevista para o jornal “Estado de São Paulo”.

Segundo consta na entrevista, três instituições foram enquadradas nesses quesitos, que são a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA) .

Conforme a publicação no “Estado de São Paulo, de acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário.

Na matéria, Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado.

Nossa reportagem entrou em contato com a Universidade Federal de Juiz de Fora e aguarda posicionamento.

Por meio de nota, o Ministério da Educação informou que as três instituições tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas.

A medida está em vigor desde a última semana. A pasta não falou sobre a investigação na UFJF e qual quesito está sendo analisado.

Segundo ainda a nota, o Ministério estuda os bloqueios de forma que nenhum programa seja prejudicado e que os recursos sejam utilizados da forma mais eficaz.

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Veículo: Diário de Pernambuco

Editoria: Brasil

Data: 30/04/2019

Link: https://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/brasil/2019/04/30/interna_brasil,785967/mec-mira-universidades-por-balburdia-e-corta-30-de-verba-da-unb.shtml

Título: MEC mira universidades por ‘balbúrdia’ e corta 30% de verba da UnB

Por: Correio Braziliense

Publicado em: 30/04/2019 10:05 Atualizado em:

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que a pasta vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” nos campus. Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, ele também disse que três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse. A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.

Segundo Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, afirmou o ministro.

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado. Essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam, disse. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” Ele, no entanto, não citou rankings.

O MEC informou que as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

Weintraub disse que o corte não afetará serviços como “bandejão”. Já o MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar desses recursos integrarem a verba discricionária.

UnB diz que não foi comunicada

Em nota, a UnB não diz que não foi oficialmente comunicada de nenhum corte em seu orçamento. Mas que, no entanto, a área técnica verificou um bloqueio orçamentário da ordem de 30% no sistema. “A instituição está, neste momento, avaliando a situação e tem a expectativa de que o bloqueio possa ser revertido”, diz.

A UnB ressalta também que é uma das universidades reconhecida pela excelência acadêmica no país, atestada em rankings nacionais e internacionais. “Temos nota 5, a máxima, no Índice Geral de Cursos (IGC) do MEC, a avaliação oficial da pasta para os cursos de graduação. Também somos a 8ª melhor universidade brasileira, segundo avaliação do Times Higher Education (THE), uma organização britânica que acompanha o desempenho de instituições de ensino superior em todo o mundo. Há dois anos, ocupávamos a 11ª posição”, destaca.

Por último, afirmou que a Administração Superior da UnB não promove eventos de cunho político-partidário em seus espaços. “Como toda universidade, é palco para o debate livre, crítico, organizado por sua comunidade, com tolerância e respeito à diversidade e à pluralidade”, conclui. A UFBA e a UFF não se pronunciaram.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 30/04/2019

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/30-04-2019/mec-ira-cortar-verbas-de-universidades-por-balburdia.html

Título: MEC irá cortar verbas de universidades por ‘balbúrdia’

Três instituições já tiveram 30% do orçamento bloqueados; Ministro disse a jornal que UFJF está sob avaliação

Por Gracielle Nocelli

30/04/2019 às 11h21- Atualizada 30/04/2019 às 17h07

O Ministério da Educação (MEC) irá promover corte de verbas de universidades que não apresentarem bom desempenho e estiverem promovendo “balbúrdia” no campus. A informação foi divulgada pelo ministro Abraham Weintraub, em entrevista ao jornal Estado de São Paulo desta terça-feira (30). Segundo ele, a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA) já tiveram 30% da verba orçamentária anual bloqueados. A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) estaria sob avaliação.

O ministro afirmou que “as universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas.” Para ele, as instituições têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias e festas inadequadas. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo.”

Ele não citou quais eventos teriam sido promovidos pelas três instituições que sofreram corte no repasse de verbas. Quando questionado se a decisão não  estava ferindo a liberdade de expressão da comunidade acadêmica, o ministro disse que “infelizmente, preciso cortar de algum lugar. Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita.” Também declarou que as instituições apresentaram queda no desempenho. No entanto, não informou dados que comprovassem a declaração.

Impactos

Ainda conforme o Estado de São Paulo, os cortes promovidos pelo MEC irão atingir as despesas com água, luz, limpeza, bolsa auxílio de estudantes, dentre outros. O pagamento de pessoal é obrigatório e não poderá ser reduzido.

Em resposta ao contato feito pela Tribuna, a assessoria do MEC confirmou o corte de verbas para UnB, UFBA e UFF, mas não citou quais outras instituições estão sob avaliação. “O MEC informa, ainda, que não envia comunicados a respeito do orçamento a nenhuma instituição, todos os dados são visualizados pelo SIAF [Sistema Integrado de Administração Financeira]. Nesse sentido, cada uma pode informar os impactos do bloqueio em sua gestão. A medida está em vigor desde a última semana.”

O Ministério assegurou que “estuda os bloqueios de forma que nenhum programa seja prejudicado e que os recursos sejam utilizados da forma mais eficaz. O Programa de Assistência Estudantil não sofreu impacto em seu orçamento”.

Universidade é “palco para debate livre”

Procuradas pela Tribuna, as assessorias da UnB e da UFF disseram que as instituições não foram oficialmente comunicadas sobre o corte de orçamento. No entanto, ambas verificaram o bloqueio de 30% dos recursos por meio do sistema. Destacando excelência de desempenho no trabalho realizado junto às respectivas comunidades acadêmicas, as universidades defenderam a tolerância e o respeito à diversidade.

“A UnB é uma das universidades com reconhecida excelência acadêmica no país, atestada em rankings nacionais e internacionais. Temos nota 5, a máxima, no Índice Geral de Cursos (IGC) do MEC, a avaliação oficial da pasta para os cursos de graduação. Também somos a 8ª melhor universidade brasileira, segundo avaliação do Times Higher Education (THE), uma organização britânica que acompanha o desempenho de instituições de ensino superior em todo o mundo. Há dois anos, ocupávamos a 11ª posição”, esclareceu em nota.

O texto afirma, ainda, que a instituição não promove eventos de cunho político-partidário. “Como toda universidade, a UnB é palco para o debate livre, crítico, organizado por sua comunidade, com tolerância e respeito à diversidade e à pluralidade. “A instituição está avaliando a situação e espera reverter o bloqueio.

De acordo com a assessoria da UFF, as universidades souberam sobre o corte de verbas pela imprensa. “Se confirmada, esta medida produzirá consequências graves para o pleno funcionamento da Universidade.” Destacou ainda que a instituição “é uma das maiores, mais diversificadas e pujantes universidades do país, prezando pela excelência em todas as áreas do conhecimento. A qualidade da UFF é atestada pela pontuação máxima (5) no conceito institucional de avaliação do MEC e temos o maior número de alunos matriculados na graduação entre todas as universidades federais. Além disso, a UFF é a 16ª colocada no ranking RUF, entre quase 200 universidades.”

Por fim, o texto diz que “a UFF exerce com responsabilidade a proteção do patrimônio público e das pessoas, defendendo com firmeza o princípio constitucional da livre manifestação do pensamento, com tolerância e respeito à diversidade e à pluralidade” e “fará todo o esforço institucional ao seu alcance para demonstrar ao MEC a necessidade de reversão dos cortes anunciados.”

A Tribuna entrou em contato com as assessorias da UFJF e da UFBA, e aguarda o retorno.

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Veículo: O Tempo

Editoria: Política

Data: 30/04/2019

Link: https://www.otempo.com.br/pol%C3%ADtica/mec-cortar%C3%A1-verba-de-universidades-por-balb%C3%BArdia-mineira-est%C3%A1-na-mira-1.2175152

Título: MEC cortará verba de universidades por ‘balbúrdia’; mineira está na mira

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação

Por ESTADÃO CONTEÚDO

30/04/19 – 07h43

O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus campus, afirmou o ministro Abraham Weintraub ao jornal “O Estado de S.Paulo”. Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse. Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro. De acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do campus, gente pelada dentro do campus”.

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado. Essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam, disse. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” Ele, no entanto, não citou rankings.

De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

Weintraub disse que o corte não afetará serviços como “bandejão”. O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar desses recursos integrarem a verba discricionária.

A UNB disse que verificou no sistema bloqueio orçamentário “da ordem de 30%” e espera conseguir revertê-lo. A UFBA e a UFF não se pronunciaram.

O MEC está sendo forçado a definir cortes após o governo anunciar um grande contingenciamento no mês passado. Para garantir que cumprirá a meta fiscal , a equipe econômica estabeleceu que cerca de R$ 30 bilhões dos gastos previstos ficarão congelados. Desse total, R$ 5,8 bilhões terão de vir do MEC.

Educação foi a pasta que mais sofreu bloqueio em termos absolutos. Ainda que o corte tenha sido proporcionalmente menor do que o de outros ministérios, foi um duro baque. A Lei Orçamentária estabelecia cerca de R$ 23,7 bilhões para despesas discricionárias na área. O governo bloqueou, portanto, quase 25% do dinheiro que estava reservado para custear esses gastos.

Como as universidades federais consomem a maior parte dos recursos do MEC, elas naturalmente seriam alvo de cortes. O ministro disse que, diante desse cenário, foi necessário definir critérios para quem sofreria mais com o bloqueio. O corte anunciado pelo ministro nas três universidades está longe, porém, do contingenciamento determinado pela equipe econômica. Juntas, as três instituições recebem cerca de R$ 165 milhões discricionários.

Questionado se essa forma de escolha caracteriza, na prática, uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom. “Só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar”, afirmou. “Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita.”

O MEC não esclareceu quais indicadores de desempenho chamaram a atenção da pasta. Weintraub disse ainda que reitores precisarão redobrar a atenção no caso de festas. “Se aluno se machucar por causa de festa, cortaremos verba.”

Desde 2014, há redução nos repasses para despesas discricionárias das universidades. A crise contribuiu para o cenário. Neste ano, o aperto será mantido. Além da recuperação lenta da economia, há a linha estabelecida por Jair Bolsonaro. O plano de governo já trazia a indicação de que, se eleito, ele daria ênfase à educação básica.

Ao jornal “O Estado de S.Paulo”, em sua primeira entrevista no cargo, Weintraub reforçou a diretriz e disse que a política para universidades tem de respeitar “os pagadores de impostos”. “Quando vão na universidade federal fazer festa, arruaça, não ter aula ou fazer seminários absurdos que agregam nada à sociedade, é dinheiro suado que está sendo desperdiçado num país com 60 mil homicídios por ano e mil carências.”

Apesar de ressaltar o contingenciamento com a suposta “balbúrdia”, outras universidades federais também já registraram congelamento de recursos neste ano. Todas tiveram bloqueio de valores de emendas parlamentares. Além disso, só tiveram 40% do recurso de custeio liberado para o 1.º semestre.

“As universidades estão há anos trabalhando no limite da capacidade. Não acredito que o MEC fará um corte orçamentário com base em juízo de valor, sem antes pedir esclarecimento às universidades. Infelizmente, o bloqueio está ocorrendo para todas as instituições”, disse Reinaldo Centoducatte, reitor da Federal do Espírito Santo (Ufes) e presidente da Andifes, associação de reitores da rede federal.

O ministro ainda acusou UnB, UFBA e UFF de queda no desempenho. No entanto, elas se mantêm em destaque em avaliações internacionais. O ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do ensino superior, mostra que UnB e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição.

Na classificação das melhores da América Latina, a UnB passou da 19.ª posição, em 2017, para 16.ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71.ª para a 30.ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45.º. Segundo a publicação, as três se destacam pela boa avaliação em ensino e pesquisa. E UnB e UFBA aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.

Carlos Monteiro, especialista em gestão pela Universidade de Michigan, ainda avalia como contraditório punir uma universidade com corte de recursos por apresentar queda na qualidade. “O ministro deveria querer entender os motivos dos maus resultados.”

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Veículo: BHAZ

Editoria: Notícias

Data: 30/04/2019

Link: https://bhaz.com.br/2019/04/30/ministro-corte-verbas-universidades/

Título: Ministro da Educação diz que universidades promovem ‘balbúrdia’ para justificar corte de verba

De Redação   3 semanas atrás

Marcos Corrêa/PR

O Ministério da Educação (MEC) anunciou o corte de verbas para três universidades federais. Em Minas Gerais, a federal de Juiz de Fora (UFJF) poderá ser uma das próximas a sofrer o corte de 30%. Uma avaliação está sendo feita pela pasta, conforme informou, ao Estadão, o ministro da Educação, Abraham Weitraub. O ministro alega que cortes acontecerão em instituições que promovem “balbúrdia” em seus campus.

As universidades que estão com o corte de verbas confirmado são: a Universidade Federal da Bahia (UFBA), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade de Brasília (UnB).

Para o ministro, as instituições estão permitindo a realização de eventos com caráter partidário, além de festas impróprias para o ambiente universitário. “Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse.

Apesar de não detalhar quais manifestações estão acontecendo nas universidades, Abraham Weitraub disse que as três que já tiveram os cortes confirmados estão com resultados abaixo do esperado. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking”, disse.

Dos repasses feitos pelo governo federal, os recursos para o pagamento de pessoal não podem sofrer redução. Com isso, os cortes atingirão as despesas discricionárias, como, por exemplo, água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, entre outros.

Os valores das despesas discricionárias das três universidades totalizam R$ 165 milhões.

‘Palco para debate livre’

Procurada pelo BHAZ, a UnB disseque que “ainda não foi oficialmente comunicada do corte em seu orçamento”, mas que a área técnica verificou um bloqueio de 30% no orçamento.

A instituição destacou que “não promove eventos de cunho político-partidário em seus espaços”. “Como toda universidade, é palco para o debate livre, crítico, organizado por sua comunidade, com tolerância e respeito à diversidade e à pluralidade”, diz um dos trechos da nota.

A UFBA também ressaltou que não recebeu nenhum comunicado informando o corte de verbas e que por isso não vai se pronunciar sobre as falas do ministro. O BHAZ não conseguiu contato com a UFF.

Em Minas Gerais, a reitoria da UFJF afirmou no início da tarde que está reunida para definir se emite ou não um posicionamento sobre o possível corte de verbas, conforme informou a assessoria.

Nota da UnB na íntegra:

“A UnB não foi oficialmente comunicada de nenhum corte em seu orçamento. A área técnica verificou, contudo, um bloqueio orçamentário da ordem de 30% no sistema. A instituição está, neste momento, avaliando a situação e tem a expectativa de que o bloqueio possa ser revertido.

Importante ressaltar que a UnB é uma das universidades com reconhecida excelência acadêmica no país, atestada em rankings nacionais e internacionais. Temos nota 5, a máxima, no Índice Geral de Cursos (IGC) do MEC, a avaliação oficial da pasta para os cursos de graduação.

Também somos a 8ª melhor universidade brasileira, segundo avaliação do Times Higher Education (THE), uma organização britânica que acompanha o desempenho de instituições de ensino superior em todo o mundo. Há dois anos, ocupávamos a 11ª posição.

A Administração Superior da UnB não promove eventos de cunho político-partidário em seus espaços. Como toda universidade, é palco para o debate livre, crítico, organizado por sua comunidade, com tolerância e respeito à diversidade e à pluralidade”.

Nota do MEC na íntegra:

“O Ministério da Educação informa que UFBA, UFF e UNB tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas. O MEC informa, ainda, que não envia comunicados a respeito do orçamento a nenhuma instituição, todos os dados são visualizados pelo SIAF. Nesse sentido, cada uma pode informar os impactos do bloqueio em sua gestão. A medida está em vigor desde a última semana.

Cabe destacar que, o Ministério estuda os bloqueios de forma que nenhum programa seja prejudicado e que os recursos sejam utilizados da forma mais eficaz. O Programa de Assistência Estudantil não sofreu impacto em seu orçamento”.

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Veículo: Estado de Minas Gerais

Editoria: Nacional

Data: 30/04/2019

Link: https://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2019/04/30/interna_nacional,1050280/mec-amplia-cortes-e-afeta-universidades-mineiras.shtml

Título: MEC amplia cortes e afeta universidades mineiras

Depois de o ministro da Educação anunciar redução de 30% no orçamento da UnB, da UFF e da UFBA, MEC avisa que medida será estendida às demais instituições, afetando as mineiras

JOJunia Oliveira  LCLuiz Calcagno

postado em 30/04/2019 22:58 / atualizado em 30/04/2019 23:21

O Ministério da Educação anunciou, nesta terça-feira, que todas as universidades federais do país sofrerão corte de 30% em seus orçamentos no segundo semestre. A medida foi tomada após a pasta ser alvo de críticas por ter reduzido as verbas destinadas à Universidade de Brasília (UnB), à Universidade Federal Fluminense (UFF) e à Universidade Federal da Bahia (UFBA). A diminuição dos recursos das três instituições tinha sido anunciada pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada hoje. A informação sobre o corte em todas as federais foi dada à TV Globo pelo secretário de Educação Superior do MEC, Arnaldo Barbosa de Lima Junior. De acordo com ele, trata-se de um bloqueio, de “forma preventiva” e que ocorrerá “sobre o segundo semestre”. A rede federal inclui mais de 60 universidades e quase 40 institutos em todos os estados do Brasil. Em Minas são mais de 10 universidades e cerca de

13:25 – 30/04/2019

Universidades acusadas de ‘balbúrdia’ tiveram melhora de avaliação em ranking

Abraham Weintraub justificou que as reduções no orçamento da UnB, da UFF e da UFBA foram definidos porque as três instituições estariam com sobra de dinheiro para “fazer bagunça e evento ridículo”. “Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse Weintraub. De acordo com ele, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”.

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado. Essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam, disse. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking”, afirmou. Arnaldo Barbosa disse que os cortes podem ser revistos se o desempenho da economia melhorar com a reforma da Previdência.

Lima afirmou que está “estudando alguns parâmetros” para definir quais delas seriam “premiadas” com uma “redução menor do que as outras” ao longo do ano, “mas com ênfase no segundo semestre”. Segundo ele, o primeiro parâmetro é o “desempenho acadêmico e seu impacto no mercado de trabalho”, seguido da governança das universidades. “A gente quer que elas tenham sustentabilidade financeira”, explicou o secretário. O terceiro parâmetro é a inovação gerada para a economia.

Reação

Antes do anúncio de que a determinação será estendida a todas as instituições federais, o Congresso já se movimentava para judicializá-la. O PSB anunciou que, até amanhã, vai ao Supremo Tribunal Federal (STF) ajuizar uma Arguição de Descumprimento de Preceitos Fundamentais contra a medida do ministro e solicitando a liberação dos recursos bloqueados. O líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), é responsável pelo texto. “O ataque às universidades revela a intenção do governo Bolsonaro de aniquilar a liberdade de pensamento, ferindo a autonomia universitária garantida no artigo 207 da Constituição”, destacou o deputado. “Essa é mais uma iniciativa do governo para asfixiar os espaços que abrigam o pensamento crítico e livre.”

Também nesta terça, a deputada Tabata Amaral (PDT-SP) assinou um requerimento de informação para que Weintraub preste esclarecimentos. “Ele terá de explicar o que quis dizer com ‘balbúrdia’, que não é um termo usado na administração pública. Ele terá de dizer que critérios está usando para fazer os cortes, pois é obrigado a seguir a Constituição”, afirmou a parlamentar. O corte atinge o orçamento discricionário das federais, verba usada em despesas de água, telefone, eletricidade, manutenção e pagamento de terceirizados.

Avaliação

Um fato que contraria a argumentação de Weintraub é que as três universidades citadas são bem avaliadas, tanto no Brasil quanto no exterior. Todas têm nota 5, o valor máximo em avaliação de desempenho do Índice Geral de Cursos (IGC) do próprio MEC, inclusive. Segundo o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Reinaldo Centoducatte, a declaração do ministro é imprecisa em diversos momentos. “Quando se fala que as universidades públicas não produzem nada, ele entra em confronto com a realidade. Mais de 95% do que se produz de ciência neste país está nas universidades públicas, e uma parte significativa, nas federais”, destacou.

Apreensão em Juiz de Fora

Na mira do Ministério da Educação (MEC), a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), na Zona da Mata mineira, reúne na sexta-feira em caráter de urgência sua alta cúpula para discutir mais um possível corte no orçamento. Desta vez, o baque nas contas tem como origem uma penalização imposta pela União a um rol de instituições de ensino superior acusadas de promover a “balbúrdia”, nas palavras do chefe da pasta, o ministro Abraham Weintraub. Nesta terça-feira, o Conselho Superior (Consu) da UFJF foi convocado às pressas. Outras três já sentiram na carne o recado. As universidades federais da Bahia (UFBA) e Fluminense (UFU) e a Universidade de Brasília (UnB) tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas.

A UFJF, que está sob avaliação, de acordo com o ministro da Educação, se manifestou por meio de nota e, no primeiro momento foi comedida, evitando travar ainda mais polêmica. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, aquelas sobre as quais o governo tem controle e destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, entre outros. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos. Weintraub disse que o corte não afetará serviços como “bandejão”. O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar de esses recursos integrarem a verba discricionária.

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UnB pretende procurar o Ministério da Educação para “mostrar a realidade” da instituição. “Fomos surpreendidos com a notícia. A UnB já vem sofrendo cortes no orçamento discricionário, e a situação vinha sendo controlada”, afirmou o coordenador geral do DCE, Renato Lucas de Carvalho. “A UnB é a única federal com DCE de gestão liberal. Estamos na quinta gestão. Há pluralidade de discurso em todas as universidades. O corte vai atingir os projetos de extensão. Somos a federal com mais empresas juniores do país.”

Por meio de nota, a UnB informou ter expectativa “de que o bloqueio possa ser revertido”. A instituição ressaltou, ainda, que tem nota máxima no Índice Geral de Cursos (IGC), do MEC, e ocupa o oitavo lugar entre as universidades brasileiras na avaliação do Times Higher Education (THE). A organização britânica avalia e acompanha o desempenho de instituições de ensino superior em todo o mundo. Ainda de acordo com o texto, a UnB tem melhorado no ranking da THE. Há dois anos, ocupava o 11º lugar.

Já a UFF informou que o bloquei atingirá “recursos disponíveis para manutenção das atividades, como bolsas e auxílios a estudantes, energia, água, obras de manutenção, pagamento de serviços terceirizados de limpeza, segurança, entre outros”. “Nossa universidade exerce com responsabilidade a proteção do patrimônio público e das pessoas, defendendo com firmeza o princípio constitucional da livre manifestação do pensamento, com tolerância e respeito à diversidade e à pluralidade”, informou.

Também por meio de nota, a UFBA destacou: “Somos a primeira universidade do Nordeste, a 10ª brasileira e a 30ª da América Latina no ranking Times Higher Education (THE), da revista inglesa Times, que avalia 1.250 universidades de 36 países. Apenas 15 brasileiras estão entre as 1.000 melhores do mundo”, disse o texto. “A UFBA reafirma-se enquanto espaço democrático e dinâmico.” (LC)

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Veículo: Correio Braziliense

Editoria: Eu Estudante

Data: 30/04/2019

Link: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/eu-estudante/ensino_ensinosuperior/2019/04/30/ensino_ensinosuperior_interna,752333/mec-mira-universidades-por-balburdia-e-corta-30-de-verba-da-unb.shtml?fbclid=IwAR0mC_SVta3pAuGoQsdKr3ClgPI3x3g78zAWPE9y7hk2bGlm8NJlvlXuyR4

Título: MEC mira universidades por ‘balbúrdia’ e corta 30% de verba da UnB

Sem detalhar critérios, o ministro Weintraub disse que a medida considera o desempenho acadêmico aquém do esperado ou promoção de ‘bagunça, evento ridículo’

postado em 30/04/2019 09:54 / atualizado em 30/04/2019 11:19

Correio Braziliense

Arthur Menescal/Esp. CB/D.A Press

O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus câmpus, afirmou o ministro Abraham Weintraub ao jornal O Estado de S. Paulo. Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse. Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro.

De acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”.

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado. Essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam, disse. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” Ele, no entanto, não citou rankings.

De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

Weintraub disse que o corte não afetará serviços como “bandejão” O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar desses recursos integrarem a verba discricionária.

O MEC está sendo forçado a definir cortes após o governo anunciar um grande contingenciamento no mês passado. Para garantir que cumprirá a meta fiscal , a equipe econômica estabeleceu que cerca de R$ 30 bilhões dos gastos previstos ficarão congelados. Desse total, R$ 5,8 bilhões terão de vir do MEC.

Educação foi a pasta que mais sofreu bloqueio em termos absolutos. Ainda que o corte tenha sido proporcionalmente menor do que o de outros ministérios, foi um duro baque. A Lei Orçamentária estabelecia cerca de R$ 23,7 bilhões para despesas discricionárias na Educação como um todo. O governo bloqueou, portanto, quase 25% do dinheiro que estava reservado para custear esses gastos.

Como as universidades federais consomem a maior parte dos recursos do MEC, elas naturalmente seriam alvo de cortes. O ministro disse que, diante desse cenário, foi necessário definir critérios para quem sofreria mais com o bloqueio. O corte anunciado pelo ministro nas três universidades está longe, porém, do contingenciamento determinado pela equipe econômica. Juntas, as três instituições recebem cerca de R$ 165 milhões discricionários.

Direito à expressão

Questionado se essa forma de escolha caracteriza, na prática, uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom. “Só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar”, afirmou. “Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita.”

O MEC não esclareceu quais indicadores de desempenho chamaram a atenção da pasta. Weintraub disse ainda que reitores precisarão redobrar a atenção no caso de festas. “Se aluno se machucar por causa de festa, cortaremos verba.”

Desde 2014, há redução nos repasses para despesas discricionárias das universidades. A crise contribuiu para o cenário. Neste ano, o aperto será mantido. Além da recuperação lenta da economia, há a linha estabelecida por Jair Bolsonaro. O plano de governo já trazia a indicação de que, se eleito, ele daria ênfase à educação básica.

Ao Estado, em sua primeira entrevista no cargo, Weintraub reforçou a diretriz e disse que a política para universidades tem de respeitar “os pagadores de impostos”. “Quando vão na universidade federal fazer festa, arruaça, não ter aula ou fazer seminários absurdos que agregam nada à sociedade, é dinheiro suado que está sendo desperdiçado num país com 60 mil homicídios por ano e mil carências.”

‘No limite’

Apesar de ressaltar o contingenciamento com a suposta “balbúrdia”, outras universidades federais também já registraram congelamento de recursos neste ano. Todas tiveram bloqueio de valores de emendas parlamentares. Além disso, só tiveram 40% do recurso de custeio liberado para o 1.º semestre.

“As universidades estão há anos trabalhando no limite da capacidade. Não acredito que o MEC fará um corte orçamentário com base em juízo de valor, sem antes pedir esclarecimento às universidades. Infelizmente, o bloqueio está ocorrendo para todas as instituições”, disse Reinaldo Centoducatte, reitor da Federal do Espírito Santo (Ufes) e presidente da Andifes, associação de reitores da rede federal.

Avaliação internacional

O ministro ainda acusou UnB, UFBA e UFF de queda no desempenho. No entanto, elas se mantêm em destaque em avaliações internacionais. O ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do ensino superior, mostra que Unb e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição. Na classificação das melhores da América Latina, a Unb passou da 19.ª posição, em 2017, para 16.ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71.ª para a 30.ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45.º. Segundo a publicação, as três se destacam pela boa avaliação em ensino e pesquisa. E Unb e UFBA aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.

Carlos Monteiro, especialista em gestão pela Universidade de Michigan, ainda avalia como contraditório punir uma universidade com corte de recursos por apresentar queda na qualidade. “O ministro deveria querer entender os motivos dos maus resultados ” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

UnB diz que não foi comunicada

Em nota, a UnB diz que não foi oficialmente comunicada de corte em seu orçamento. Mas que, no entanto, a área técnica verificou um bloqueio orçamentário da ordem de 30% no sistema. “A instituição está, neste momento, avaliando a situação e tem a expectativa de que o bloqueio possa ser revertido”, diz.

A UnB ressalta também que é uma das universidades reconhecida pela excelência acadêmica no país, atestada em rankings nacionais e internacionais. “Temos nota 5, a máxima, no Índice Geral de Cursos (IGC) do MEC, a avaliação oficial da pasta para os cursos de graduação. Também somos a 8ª melhor universidade brasileira, segundo avaliação do Times Higher Education (THE), uma organização britânica que acompanha o desempenho de instituições de ensino superior em todo o mundo. Há dois anos, ocupávamos a 11ª posição”, destaca.

Por último, afirmou que a Administração Superior da UnB não promove eventos de cunho político-partidário em seus espaços. “Como toda universidade, é palco para o debate livre, crítico, organizado por sua comunidade, com tolerância e respeito à diversidade e à pluralidade”, conclui. A UFBA e a UFF não se pronunciaram.

Com informações da Agência Estado

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Veículo: Rede Brasil Atual

Editoria: Educação

Data: 30/04/2019

Link: https://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2019/04/mec-bloqueia-parte-do-orcamento-da-unb-uff-e-ufba/

Título: MEC bloqueia parte do orçamento da UnB, UFF e UFBA

Ministro da Educação argumenta que prejudicará universidades que promovem ‘balbúrdia’ em seus campi

Publicado por Redação RBA 30/04/2019

Cortes das três universidades atingem as despesas de água, luz e limpeza, além de bolsas de auxílio a estudantes

São Paulo – Sem detalhar critérios, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, cortou 30% do orçamento de algumas universidades federais. A Universidade de Brasília (Unb), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA) foram os primeiros alvos do governo Bolsonaro.

Para justificar a medida, o ministro alega que desempenho acadêmico insatisfatório e promoção de “balbúrdia”. Instituições que vierem a ser enquadradas nesses critérios serão enquadradas no corte. A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, é das que estão sob avaliação.

Segundo as informações da Folha de S.Paulo, entidades que monitoram o investimento no ensino superior detectaram o bloqueio de verbas, que chegam a R$ 230 milhões contingenciados.

O ministro diz que as universidades atingidas pelo corte têm permitido eventos políticos ou festas inadequadas em suas instalações. Entretanto, Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades, muito menos quais indicadores de desempenho caíram. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse, que citou como exemplo de bagunça a presença de sem-terra dentro do campus.

Os cortes das três universidades atingem as despesas de água, luz e limpeza, além de bolsas de auxílio a estudantes. O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, entretanto as bolsas fazem parte da verba discricionária.

Na semana passada, o próprio ministro anunciou que o governo estuda “descentralizar” investimentos nas faculdades de Filosofia e Sociologia, apontando para cortes nas ciências humanas. Pelo Twitter, Jair Bolsonaro alegou que o objetivo é “focar” em áreas que como veterinária, engenharia e medicina.

“É muito preocupante. Um ministro da Educação, que tem a caneta na mão para fazer políticas públicas, promove um descaso e também raiva com matérias de ensinamento crítico e de reflexão”, disse um dos estudantes à repórter Viviane Nascimento, da TVT, durante um ato de protesto contra mais esse ataque à educação pelo governo.

As medidas anunciadas pelo governo Bolsonaro seguem a desqualificação dos  nomes escolhidos pelo presidente para a pasta. Após a saída de Ricardo Vélez Rodríguez, a pasta passou a ser comandada por um executivo do mercado financeiro.

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Veículo: Plox

Editoria: Educação

Data: 30/04/2019

Link: https://plox.com.br/noticia/30/04/2019/mec-corta-verba-tres-universidades-federais

Título: Três universidades federais terão 30% de suas verbas cortadas pelo MEC

30/04/2019

A Federal de Juiz de Fora (UFJF) também está sob análise e pode ter anunciado um contingenciamento nas verbas

Três universidades federais do país terão 30% de suas verbas cortadas pelo Ministério da Educação (MEC). O anúncio foi feito pela pasta nesta terça-feira, 30 de abril, e na lista das instituições estão a Universidade de Brasília (UNB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Federal da Bahia (UFBA). A Federal de Juiz de Fora (UFJF) também está sob análise.

De acordo com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, o corte é justificado pelo fato dessas universidades terem demonstrado baixo desempenho acadêmico e que nessas instituições têm sido realizados atos e eventos políticos e festas não condizentes com o ambiente acadêmico.

O MEC informou, por meio de nota, que estuda os bloqueios de forma que “nenhum programa seja prejudicado e que os recursos sejam utilizados da forma mais eficaz”.

Weintraub concedeu uma entrevista para o Estado de S. Paulo, no qual disse que, se ao invés das universidades buscarem uma avanço no desempenho, “estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”. O ministro ainda deu um recado bem claro para outras instituições federais: “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking”.

Posicionamentos

A UFBA, através de seu reitor João Carlos Salles, declarou: “Não temos notícias sobre os critérios que são utilizados para avaliação do desempenho. Vamos indagar ao MEC, saber as motivações para esse corte de recursos e mostrar que não são pertinentes”. Já a UNB disse que o corte corresponde a cerca de R$ 38 milhões e que a instituição tem “reconhecida excelência acadêmica no país, atestada em rankings nacionais e internacionais. Temos nota 5, a máxima, no Índice Geral de Cursos (IGC) do MEC, a avaliação oficial da pasta para os cursos de graduação”.

A UFF informou em nota oficial que ainda não foi comunicada do contingenciamento de verbas, e que “se confirmada, esta medida produzirá consequências graves para o pleno funcionamento da universidade”. Conforme explicou, a UFF também tem pontuação máxima no IGC do MEC e maior quantidade de alunos matriculados na entre todas as federais. A instituição garantiu: “Faremos todo o esforço institucional ao nosso alcance para demonstrar ao Ministério da Educação a necessidade de reversão dos cortes anunciados”, dizia o comunicado.

Atualizada às 20h16

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Veículo: Agência M Brasil

Editoria: Notícias

Data: 30/04/2019

Link: http://agenciambrasil.com.br/2019/04/mec-penaliza-universidades-antifacistas

Título: MEC penaliza universidades “AntiFacistas”

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O Ministério da Educação (MEC) anunciou cortes às universidades que não apresentarem “desempenho acadêmico esperado” e que promovam eventos com “balbúrdia” em suas instalações. O anúncio foi feito durante entrevista do ministro Abraham Weintraub ao jornal “O Estado de S. Paulo”. As universidades penalizadas teriam sido palco de protestos “antifacistas” na época do 2º turno da campanha eleitoral para presidência em 2018. Muitos associaram o protestos a figura do então candidato Jair Bolsonaro (PSL).

Segundo Weintraub, três universidades já tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA). A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, estaria sob avaliação. O antecessor de Weintraub ma pasta, Ricardo Vélez Rodríguez, lecionou na UFJF e convidou vários de seus colaboradores na universidade para cargos no ministério.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, continuou Weintraub ao jornal. Os critérios de avaliação, porém, não foram informados.

Para Weintraub, instituições de ensino estariam permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao meio universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer “bagunça” e “evento ridículo””, complementou.

Entidade universitária ainda não foi informada

Reinaldo Centoducatte, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil (Andifes) e reitor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), disse ao jornal GLOBO que a entidade ainda não recebeu informações oficiais do MEC.

— Soubemos pela imprensa. É preciso entender que critérios são esses, já que as três universidades têm cursos de ponta e são bem avaliadas em todos os rankings internacionais.

Questionado pelo jornal “Estado”, o ministro disse não se tratar de uma “lei da mordaça” nas universidades, e que a liberdade de expressão de alunos e professores não será ferida. Ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom, negando a associação da penalização com os protestos “antifacistas”.

Bandeira AntiFacista

A Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF) foi palco de uma grande polêmica, no segundo turno da campanha presidencial de 2018.  Acompanhados por policiais militares, fiscais do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estiveram na faculdade na noite do dia 23/10/18, de onde retiraram uma bandeira contra o fascismo, alegando que se tratava de propaganda política irregular.

A bandeira, hasteada na fachada do prédio, trazia apenas as inscrições “Direito UFF” e “antifascismo” sobre um fundo preto e laranja – as cores da associação atlética dos estudantes.

“Houve uma invasão do prédio da faculdade por parte de meia dúzia de pessoas com o colete da Justiça Eleitoral”, afirmou o professor do curso de Direito Enzo Bello, que testemunhou toda a ação. “Eles não apresentaram carteira funcional, não se identificaram com nenhuma matrícula. Disseram que tinham uma decisão judicial, mas não apresentaram nada, e disseram ainda que tinham um ‘mandado verbal’ para entrar no prédio.”

Ainda segundo o relato do professor, eles percorreram as dependências da escola, tirando várias fotos e chegaram a interromper uma aula de direito processual do trabalho, perguntando à professora sobre o que ela estava falando. A sala do Centro Acadêmico também foi revirada, segundo Bello, em busca de material de campanha eleitoral.

“A luta contra o fascismo acontece desde os anos 40 de maneira permanente”, lembrou o professor. “Assim como o combate ao autoritarismo, a defesa dos direitos humanos e do estado democrático de direito, são temas da agenda permanente.”

Com informações O Globo, Estadão e Agencia MBrasil

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Veículo: O Globo

Editoria: Educação

Data: 30/04/2019

Link: https://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/ministro-da-educacao-vai-cortar-30-das-verbas-de-todas-as-universidades-federais-23634159

Título: Ministro da Educação vai cortar 30% das verbas de todas as universidades federais

Comunicado sobre corte linear veio após Abraham Weintraub citar apenas três instituições, que seriam punidas por ‘balbúrdia’ e ‘baixo desempenho acadêmico’

Renata Mariz

30/04/2019 – 21:20 / Atualizado em 15/05/2019 – 19:01

BRASÍLIA — O Ministério da Educação ( MEC ) divulgou nota, na noite desta terça-feira, para informar que contingenciou verbas de todas as universidades federais, e não apenas das de Brasília (UnB), da Bahia (UFBA) e a Fluminense (UFF).

‘Para cada aluno de graduação, poderia pagar dez em creche’, diz ministro da Educação

Deputados da bancada da Educação criticam ministro por falta de critérios em cortes nas universidades

Segundo a pasta, o critério para o bloqueio no orçamento “foi operacional, técnico e isonômico para todas as universidades e institutos” em função da restrição imposta pelo governo. O MEC informou ao GLOBO que o corte é de 30% para todas as instituições, atingindo R$ 2,5 bilhões.

A nota foi divulgada cerca de 12 horas após o próprio MEC ter confirmado, em outro comunicado oficial, o bloqueio nas verbas das três instituições, após o ministro Abraham Weintraub anunciar o fato em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

Ele declarou ao veículo que as três universidades haviam tido o orçamento bloqueado por fazerem ” balbúrdia “, além de baixo desempenho acadêmico, e ameaçou outras instituições, como a Universidade Federal do Juiz de Fora (UFJF), que estava, segundo ele, “sob avaliação”.

Tais critérios para os cortes, no entanto, não foram mencionados na primeira nota do MEC , que se manteve em silêncio sobre esse ponto ao longo do dia. A medida gerou reação de reitores e de deputados.

O PSOL anunciou que pediria investigação por possível improbidade administrativa cometida por Weintraub. A deputada Tabata Amaral (PDT-SP) encaminhou requerimento de informação sobre os requisitos anunciados pelo ministro para fazer os bloqueios.

Já na segunda nota, em que defende que a medida atingiu a todas as instituições e teve caráter “técnico”, o MEC afirma que “estuda aplicar outros critérios como o desempenho acadêmico das universidades e o impacto dos cursos oferecidos no mercado de trabalho”. A pasta afirmou que teve R$ 5,8 bilhões contingenciados pelo decreto do governo.

“O bloqueio preventivo incide sobre os recursos do segundo semestre para que nenhuma obra ou ação seja conduzida sem que haja previsão real de disponibilidade financeira para que sejam concluídas”, afirmou a nota.

O MEC disse que o bloqueio poderá ser revisado pela área econômica “caso a reforma da previdência seja aprovada e as previsões de melhora da economia no segundo semestre se confirmem, pois podem afetar as receitas e despesas da União”. Informou também que todas as universidades e institutos já tiveram 40% do seu orçamento liberado para empenho.

Íntegra da nota do MEC

“O Ministério da Educação informa que o critério utilizado para o bloqueio de dotação orçamentária foi operacional, técnico e isonômico para todas as universidades e institutos, em decorrência da restrição orçamentária imposta a toda Administração Pública Federal por meio do Decreto n° 9.741, de 28 de março de 2019

Nesse sentido, cabe esclarecer que do orçamento anual de despesas da Educação , 149 bilhões de reais, 24,64 bi são despesas não obrigatórias, dos quais 5,8 bilhões foram contingenciados por este Decreto. O bloqueio decorre da necessidade de o Governo Federal se adequar ao disposto na LRF, meta de resultado primário e teto de gastos.

O bloqueio preventivo incide sobre os recursos do segundo semestre para que nenhuma obra ou ação seja conduzida sem que haja previsão real de disponibilidade financeira para que sejam concluídas.

Além disso, o bloqueio pode ser revisto pelos Ministérios da Economia e Casa Civil, caso a reforma da previdência seja aprovada e as previsões de melhora da economia no segundo semestre se confirmem, pois podem afetar as receitas e despesas da União.

Cabe, ainda, destacar que, até o momento, todas as universidades e institutos já tiveram 40% do seu orçamento liberado para empenho.

Por fim, o MEC estuda aplicar outros critérios como o desempenho acadêmico das universidades e o impacto dos cursos oferecidos no mercado de trabalho. O maior objetivo é gerar profissionais capacitados e preparados para a realidade do país.”

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Veículo: O Globo

Editoria: Educação

Data: 30/04/2019

Link: https://oglobo.globo.com/sociedade/mec-vai-cortar-verba-de-universidades-que-tiverem-baixo-desempenho-fizerem-balburdia-23631766

Título: MEC vai cortar verba de universidades que tiverem ‘baixo desempenho’ e fizerem ‘balbúrdia’

Ministro Weintraub já lista penalidades a UFF, UnB e UFBA

O Globo

30/04/2019 – 10:02 / Atualizado em 15/05/2019 – 19:00

RIO e BRASÍLIA — O Ministério da Educação (MEC) anunciou cortes às universidades que não apresentarem “desempenho acadêmico esperado” e que promovam eventos com ” balbúrdia ” em suas instalações.

O anúncio foi feito durante entrevista do ministro Abraham Weintraub ao jornal “O Estado de S. Paulo”.

Segundo Weintraub, três universidades já tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA).

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, estaria sob avaliação. O antecessor de Weintraub ma pasta, Ricardo Vélez Rodríguez, lecionou na UFJF e convidou vários de seus colaboradores na universidade para cargos no ministério.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia , terão verbas reduzidas”, continuou Weintraub ao jornal. Os critérios de avaliação, porém, não foram informados. Ao GLOBO, a OAB informou que irá acionar o STF temendo violação da autonomia universitária, direito garantido pela Constituição.

LEIA AINDA: ‘É impensável desprezar papel das federais’, diz representante dos reitores

Para Weintraub, instituições de ensino estariam permitindo que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao meio universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, complementou.

A nota do MEC diz que a medida, em relação a UnB, UFBA e UFF, “está em vigor desde a última semana” e afirmou que “estuda os bloqueios de forma que nenhum programa seja prejudicado”. Informou que “o Programa de Assistência Estudantil não sofreu impacto em seu orçamento”.

Em nota, ao GLOBO, a UnB afirmou que “não foi oficialmente comunicada de nenhum corte em seu orçamento”, mas disse que “a área técnica verificou, contudo, um bloqueio orçamentário da ordem de 30% no sistema”. A instituição está, segundo o comunicado, “avaliando a situação e tem a expectativa de que o bloqueio possa ser revertido”.

A UnB lembrou que “é uma das universidades com reconhecida excelência acadêmica no país, atestada em rankings nacionais e internacionais”. Afirma que tem nota 5, a máxima, no Índice Geral de Cursos (IGC) do MEC e que está na 8ª colocação como melhor universidade brasileira, segundo avaliação do Times Higher Education (THE), organização britânica que acompanha o desempenho de instituições de ensino superior em todo o mundo. “Há dois anos, ocupávamos a 11ª posição”, destacou.

A instituição destacou ainda que “não promove eventos de cunho político-partidário em seus espaços”. “Como toda universidade , é palco para o debate livre, crítico, organizado por sua comunidade, com tolerância e respeito à diversidade e à pluralidade”, disse, na nota.

A UFF divulgou uma nota afirmando que não recebeu nenhum comunicado por parte do MEC , mas que “foi constatado o bloqueio de 30% dos recursos disponíveis para manutenção das atividades, como bolsas e auxílios a estudantes, energia, água, luz, obras de manutenção, pagamento de serviços terceirizados de limpeza, segurança, entre outros.”  A universidade , que está sem luz e telefone desde o vendaval que atingiu o Rio e Niterói no domingo, disse que ” éuma das maiores, mais diversificadas e pujantes universidades do país”.

Segundo a instituição, “se confirmada, esta medida produzirá consequências graves para o pleno funcionamento da universidade .” A UFF afirma que a instituição é reconhecida inclusive pelo MEC , com nota máxima (conceito 5) na avaliação do órgão e que tentará reverter os cortes.

“A UFF exerce com responsabilidade a proteção do patrimônio público e das pessoas, defendendo com firmeza o princípio constitucional da livre manifestação do pensamento, com tolerância e respeito à diversidade e à pluralidade.”

Já o reitor da UFBA, João Carlos Salles, disse que as justificativas do ministro para os cortes “não são pertinentes”.

— Não posso imaginar que um gestor público seja motivado por decisão política. Não podemos admitir que as razões do bloqueio sejam de ordem política numa gestão republicana. Vamos procurar saber quais os motivos para buscar as medidas cabíveis — afirmou Salles.

Entidade universitária ainda não foi informada

Reinaldo Centoducatte , presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil (Andifes) e reitor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), disse ao GLOBO que a entidade ainda não recebeu informações oficiais do MEC .

— Soubemos pela imprensa. É preciso entender que critérios são esses, já que as três universidades têm cursos de ponta e são bem avaliadas em todos os rankings internacionais.

Questionado pelo jornal “Estado”, o ministro disse não se tratar de uma “lei da mordaça” nas universidades , e que a liberdade de expressão de alunos e professores não será ferida. Ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom.

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Veículo: Hora do Povo

Editoria: Notícias

Data: 30/04/2019

Link: https://horadopovo.org.br/weintraub-corta-30-do-custeio-de-tres-universidades-e-ameaca-quem-fizer-balburdia/

Título: Weintraub corta 30% de verba da UFBA, UFF e UnB como punição por “balbúrdia”

Por Hora do Povo  Publicado em 30 de abril de 2019

Verba de custeio seria destinada ao pagamento despesas como água, luz, limpeza, ou bolsas de auxílio a estudantes

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, confirmou o corte de 30% da verba de custeio de três universidades federais – a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Segundo Weintraub, toda universidade federal onde houver o que chamou de “balbúrdia”, terá sua verba cortada, pois “a universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo” .

Perguntado sobre o que queria dizer com “balbúrdia”, “bagunça” e “evento ridículo”, Weintraub respondeu: “Sem-terra dentro do campus, gente pelada dentro do campus”.

Em entrevista ao “Estado de S. Paulo”, Weintraub afirmou que vai cortar recursos de universidades que não apresentarem “desempenho acadêmico”.

Tanto a UnB, quanto a UFBA, quanto a UFF estão entre as universidades de melhor desempenho do país. No caso da UnB e da UFBA, elas estão no ranking das melhores universidades do mundo. Todas as três estão entre as 20 universidades com maior produção científica do país.

Portanto, Weintraub está apenas reeditando a retórica da “baderna”, da época da ditadura.

Com uma diferença: em 21 anos de ditadura, jamais uma universidade federal teve suas verbas cortadas por motivos políticos. Isso, a ditadura, faça-se justiça, jamais fez, embora tenha invadido algumas universidades para reprimir manifestações ou prender opositores do regime, além de estabelecer um estado de sítio em torno delas.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, repetiu o ministro. Segundo ele, a próxima será a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, que “está sob avaliação”.

Weintraub não detalhou quais manifestações políticas ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado: “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking”.

Em tudo isso, a UnB, UFBA e UFF são das melhores universidades do país.

Questionado se essa forma de escolha caracteriza, na prática, uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, ele afirmou que “só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar”.

As verbas cortadas por ele já estavam previstas no Orçamento. Portanto, não havia qualquer necessidade de cortar nada.

“Razão para corte é injustificável, diz reitor da UFBA

O reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), professor João Carlos Salles, disse receber com surpresa o anúncio do corte de 30% na sua dotação orçamentária. O valor representa uma perda de R$ 230 milhões para a UFBA.

“Recebemos com surpresa a notícia. Sabíamos do registro do corte, mas queríamos a razão. Se são essas, são injustificáveis”, afirmou o reitor ao portal Metro1.

“A universidade é um lugar de liberdade de expressão, apresentação pública de pesquisas, relação com a sociedade, com os setores mais diversos, como é próprio da universidade”, apontou o reitor da UFBA, universidade mais antiga do país.

Segundo o reitor, o valor abatido irá atingir áreas de custeio, como despesas com fornecedores, manutenção, segurança e luz elétrica. Ele disse que ainda não crê em perseguição política: “Nenhuma pessoa que compreende que faz o seu papel pode imaginar perseguição política”.

UnB é lugar para o “debate livre, crítico, com tolerância e respeito”

Em nota, a UnB diz que não foi oficialmente comunicada de corte em seu orçamento. “A instituição está, neste momento, avaliando a situação e tem a expectativa de que o bloqueio possa ser revertido”.

A UnB ressalta também que é uma das universidades reconhecidas pela excelência acadêmica no país, atestada em rankings nacionais e internacionais. “Temos nota 5, a máxima, no Índice Geral de Cursos (IGC) do MEC, a avaliação oficial da pasta para os cursos de graduação. Também somos a 8ª melhor universidade brasileira, segundo avaliação do Times Higher Education (THE), uma organização britânica que acompanha o desempenho de instituições de ensino superior em todo o mundo. Há dois anos, ocupávamos a 11ª posição”.

Por último, afirmou que a Administração Superior da UnB não promove eventos de cunho político-partidário em seus espaços. “Como toda universidade, a UnB é palco para o debate livre, crítico, organizado por sua comunidade, com tolerância e respeito à diversidade e à pluralidade”.

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Veículo: Hoje em Dia

Editoria: Horizontes

Data: 30/04/2019

Link: https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/mec-anuncia-corte-de-30-para-todas-universidades-federais-do-brasil-1.710991

Título: MEC anuncia corte de 30% para todas universidades federais do Brasil

*Rosiane Cunha

rmcunha@hojeemdia.com.br

30/04/2019 – 22h19 – Atualizado 23h24

O Ministério da Educação (MEC) confirmou na noite desta terça-feira (30), à TV Globo, que o bloqueio de 30% na verba de instituições de ensino vai valer para todas as universidades e institutos federais do país. O anúncio foi feito pelo secretário de Educação Superior do MEC, Arnaldo Barbosa de Lima Junior, durante entrevista à emissora.

Mais cedo, o ministério havia sido alvo de críticas por cortar recursos destinados a três universidades onde houve manifestações: a UnB, em Brasília, a UFF, em Niterói (RJ), e a UFBA, na Bahia. Quando anunciou o enxugamento da verba às primeiras instituições, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, as acusou de permitirem a realização de “eventos políticos”, “manifestações partidárias” ou “festas inadequadas” ao ambiente universitário. “Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse.

No entanto, a UFBA e a UnB melhoraram as posições no principal ranking universitário internacional, o Times Higher Education (THE). A UFF manteve-se na mesma posição. O indicador contraria a afirmação do ministro.

Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza e bolsas de auxílio a estudantes. Já os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

De acordo com o MEC, a Educação foi a pasta que mais sofreu bloqueio de recursos em termos absolutos após o governo federal anunciar um grande contingenciamento no mês passado. A Lei Orçamentária estabelecia cerca de R$ 23,7 bilhões para despesas discricionárias na Educação como um todo. A União bloqueou quase 25% do dinheiro reservado para custear esses gastos.

Procurada, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) informou ontem que ainda não foi comunicada sobre o corte de verbas.

Já a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) convocou uma reunião extraordinária para a próxima sexta-feira a fim de discutir o possível corte orçamentário.

Em Minas, ainda seriam atingidas as universidades federais de Viçosa (UFV), Ouro Preto (Ufop), Lavras (Ufla), Uberlândia (UFU) e de São João del-Rei (UFSJ), entre outras.

*Com agências

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Veículo: Exame

Editoria: Brasil

Data: 30/04/2019

Link: https://exame.abril.com.br/brasil/mec-mira-unb-uff-e-ufba-e-corta-30-da-verba-por-balburdia/

Título: MEC mira UnB, UFF e UFBA e anuncia corte de 30% da verba por “balbúrdia”

Para o chefe da pasta, universidades têm permitido eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente

Por Estadão Conteúdo

Brasília — O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus câmpus, afirmou o ministro Abraham Weintraub.

Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse.

Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação. “Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro.

De acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário.

“A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”.

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado. Essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam, disse.

“A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” Ele, no entanto, não citou rankings.

De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada.

Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

Weintraub disse que o corte não afetará serviços como “bandejão”. O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar desses recursos integrarem a verba discricionária.

A UNB disse que verificou no sistema bloqueio orçamentário “da ordem de 30%” e espera conseguir revertê-lo. A UFBA e a UFF não se pronunciaram.

O MEC está sendo forçado a definir cortes após o governo anunciar um grande contingenciamento no mês passado. Para garantir que cumprirá a meta fiscal, a equipe econômica estabeleceu que cerca de R$ 30 bilhões dos gastos previstos ficarão congelados. Desse total, R$ 5,8 bilhões terão de vir do MEC.

Educação foi a pasta que mais sofreu bloqueio em termos absolutos. Ainda que o corte tenha sido proporcionalmente menor do que o de outros ministérios, foi um duro baque.

A Lei Orçamentária estabelecia cerca de R$ 23,7 bilhões para despesas discricionárias na Educação como um todo. O governo bloqueou, portanto, quase 25% do dinheiro que estava reservado para custear esses gastos.

Como as universidades federais consomem a maior parte dos recursos do MEC, elas naturalmente seriam alvo de cortes. O ministro disse que, diante desse cenário, foi necessário definir critérios para quem sofreria mais com o bloqueio.

O corte anunciado pelo ministro nas três universidades está longe, porém do contingenciamento determinado pela equipe econômica. Juntas, as três instituições recebem cerca de R$ 165 milhões discricionários.

Direito à expressão

Questionado se essa forma de escolha caracteriza, na prática, uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom.

“Só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar”, afirmou. “Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita.”

O MEC não esclareceu quais indicadores de desempenho chamaram a atenção da pasta. Weintraub disse ainda que reitores precisarão redobrar a atenção no caso de festas. “Se aluno se machucar por causa de festa, cortaremos verba.”

Desde 2014, há redução nos repasses para despesas discricionárias das universidades. A crise contribuiu para o cenário. Neste ano, o aperto será mantido. Além da recuperação lenta da economia, há a linha estabelecida por Jair Bolsonaro. O plano de governo já trazia a indicação de que, se eleito, ele daria ênfase à educação básica.

Ao Estado, em sua primeira entrevista no cargo, Weintraub reforçou a diretriz e disse que a política para universidades tem de respeitar “os pagadores de impostos”.

“Quando vão na universidade federal fazer festa, arruaça, não ter aula ou fazer seminários absurdos que agregam nada à sociedade, é dinheiro suado que está sendo desperdiçado num país com 60 mil homicídios por ano e mil carências.”

“No limite”

Apesar de ressaltar o contingenciamento com a suposta “balbúrdia”, outras universidades federais também já registraram congelamento de recursos neste ano. Todas tiveram bloqueio de valores de emendas parlamentares. Além disso, só tiveram 40% do recurso de custeio liberado para o 1.º semestre.

“As universidades estão há anos trabalhando no limite da capacidade. Não acredito que o MEC fará um corte orçamentário com base em juízo de valor, sem antes pedir esclarecimento às universidades. Infelizmente, o bloqueio está ocorrendo para todas as instituições”, disse Reinaldo Centoducatte, reitor da Federal do Espírito Santo (Ufes) e presidente da Andifes, associação de reitores da rede federal.

Avaliação internacional. O ministro ainda acusou UnB, UFBA e UFF de queda no desempenho. No entanto, elas se mantêm em destaque em avaliações internacionais. O ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do ensino superior, mostra que Unb e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição.

Na classificação das melhores da América Latina, a Unb passou da 19ª posição, em 2017, para 16ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71ª para a 30ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45º.

Segundo a publicação, as três se destacam pela boa avaliação em ensino e pesquisa. E Unb e UFBA aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.

Carlos Monteiro, especialista em gestão pela Universidade de Michigan, ainda avalia como contraditório punir uma universidade com corte de recursos por apresentar queda na qualidade.

“O ministro deveria querer entender os motivos dos maus resultados.”

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Veículo: G1 Bahia

Editoria: Notícias

Data: 30/04/2019

Link: https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2019/04/30/nao-sei-o-que-motivou-o-comentario-diz-reitor-da-ufba-sobre-justificativas-do-ministro-da-educacao-para-cortes-em-verbas.ghtml

Título: ‘Não sei o que motivou o comentário’, diz reitor da Ufba sobre justificativas do ministro da Educação para cortes em verbas

Ministro Abraham Weintraub disse que vai cortar recursos de universidades federais que apresentem desempenho acadêmico fora do esperado estiverem promovendo ‘balbúrdia’.

Por G1 BA

30/04/2019 11h23  Atualizado há 2 semanas

Ministério da Educação anuncia corte de 30% no orçamento da Ufba

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou em entrevista ao Estado de São Paulo que vai cortar recursos de universidades federais que apresentem desempenho acadêmico fora do esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia”. Entre as universidades que já tiveram o orçamento reduzido sob essa alegação estão a Universidade Federal da Bahia (Ufba), Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade Federal Fluminense (UFF).

Em entrevista ao G1, nesta terça-feira (30), o reitor da Ufba, João Carlos Salles, rebateu os comentários de Abraham Weintraub e disse que a justificativa do ministro não se aplica à Ufba e que não sabe quais são os critérios utilizados pelo ministério para realizar os cortes.

“Não temos notícias sobre os critérios que são utilizados para avaliação do desempenho. Vamos indagar ao MEC, saber as motivações para esse corte de recursos e mostrar que não são pertinentes, porque a Ufba é um espaço de desempenho acadêmico positivo, com nossos indicadores melhorando a cada ano”, disse Salles.

Cerca de 40 mil alunos são afetados pelo corte do orçamento, que entrou em vigor na última semana. Ainda segundo Salles, a universidade não foi informada previamente sobre a redução da verba. O reitor não soube informar a quantia que foi cortada.

“Constatamos o registro de bloqueios feitos no sistema. Esse corte foi feito no orçamento global da universidade, foi um bloqueio no orçamento anual”.

O reitor da Ufba informou que os cortes atingem despesas que custeiam, por exemplo, gastos de água, luz, limpeza.

Sobre a alegação de “balbúrdia” por parte do ministro, Salles ponderou que não sabe o que gerou esse tipo de comentário.

“Eu não sei o que motivou esse tipo de comentário, porque essa noção [de balbúrdia] não se aplica à Ufba. Somos um espaço democrático e de liberdade de expressão, que promove um ensino de qualidade e um debate cuidadoso de temas de relevância para a sociedade. Não posso imaginar o que levou a tal tipo de observação”, avaliou.

O reitor afirmou ainda que medidas serão tomadas para reverter o corte no orçamento da universidade. “Todo servidor público deve defender o espaço onde trabalha, e a Ufba vai tomar, sim, medidas cabíveis para que a situação seja revertida”.

Em nota, o MEC informou que Ufba, UFF e UnB tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas e que não envia comunicados a respeito do orçamento a nenhuma instituição, já que todos os dados são visualizados pelo SIAF. “Nesse sentido, cada uma pode informar os impactos do bloqueio em sua gestão”. Ainda segundo o MEC, a medida está em vigor desde a última semana.

A nota do MEC ainda diz que o ministério estuda os bloqueios de forma que nenhum programa seja prejudicado e que os recursos sejam utilizados da forma mais eficaz. “O Programa de Assistência Estudantil não sofreu impacto em seu orçamento”, finaliza a nota.

Comentários do ministro

Na entrevista ao Estado de São Paulo, o ministro Weintraub disse que as universidades têm permitido eventos políticos, manifestações partidárias e festas inadequadas dentro das instituições, e por isso terão os recursos reduzidos. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse.

Sobre o que considera “balbúrdia”, o ministro enumerou: “Sem-terra dentro do campus, gente pelada dentro do campus”. Ainda ao Estadão, Weintraub disse que a política para universidades precisa de respeitar “os pagadores de impostos”.

“Quando vão na universidade federal fazer festa, arruaça, não ter aula ou fazer seminários absurdos que agregam nada à sociedade, é dinheiro suado que está sendo desperdiçado num país com 60 mil homicídios por ano e mil carências”, disse o ministro.

Além da Ufba, a Universidade de Brasília (UnB), no Distrito Federal, e a Universidade Federal Fluminense (UFF), no Rio de Janeiro, também já tiveram redução nos orçamentos. A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais está sob avaliação do MEC.

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Veículo: Itatiaia

Editoria: Notícias

Data: 30/04/2019

Link: http://www.itatiaia.com.br/noticia/mec-cortara-verba-de-universidade-por-balburd

Título: MEC cortará verba de universidade por ‘balbúrdia’ e já mira UnB, UFF e UFBA

Por Agência Estado, 30/04/2019 às 11:48

atualizado em: 30/04/2019 às 11:52 TEXTO:  + –

O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus câmpus, afirmou o ministro Abraham Weintraub ao jornal O Estado de S. Paulo. Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse. Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro.

De acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”.

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado. Essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam, disse. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” Ele, no entanto, não citou rankings.

De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

Weintraub disse que o corte não afetará serviços como “bandejão”. O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar desses recursos integrarem a verba discricionária.

A UNB disse que verificou no sistema bloqueio orçamentário “da ordem de 30%” e espera conseguir revertê-lo. A UFBA e a UFF não se pronunciaram.

O MEC está sendo forçado a definir cortes após o governo anunciar um grande contingenciamento no mês passado. Para garantir que cumprirá a meta fiscal , a equipe econômica estabeleceu que cerca de R$ 30 bilhões dos gastos previstos ficarão congelados. Desse total, R$ 5,8 bilhões terão de vir do MEC.

Educação foi a pasta que mais sofreu bloqueio em termos absolutos. Ainda que o corte tenha sido proporcionalmente menor do que o de outros ministérios, foi um duro baque. A Lei Orçamentária estabelecia cerca de R$ 23,7 bilhões para despesas discricionárias na Educação como um todo. O governo bloqueou, portanto, quase 25% do dinheiro que estava reservado para custear esses gastos.

Como as universidades federais consomem a maior parte dos recursos do MEC, elas naturalmente seriam alvo de cortes. O ministro disse que, diante desse cenário, foi necessário definir critérios para quem sofreria mais com o bloqueio. O corte anunciado pelo ministro nas três universidades está longe, porém do contingenciamento determinado pela equipe econômica. Juntas, as três instituições recebem cerca de R$ 165 milhões discricionários.

Direito à expressão

Questionado se essa forma de escolha caracteriza, na prática, uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom. “Só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar”, afirmou. “Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita.”

O MEC não esclareceu quais indicadores de desempenho chamaram a atenção da pasta. Weintraub disse ainda que reitores precisarão redobrar a atenção no caso de festas. “Se aluno se machucar por causa de festa, cortaremos verba.”

Desde 2014, há redução nos repasses para despesas discricionárias das universidades. A crise contribuiu para o cenário. Neste ano, o aperto será mantido. Além da recuperação lenta da economia, há a linha estabelecida por Jair Bolsonaro. O plano de governo já trazia a indicação de que, se eleito, ele daria ênfase à educação básica.

Ao Estado, em sua primeira entrevista no cargo, Weintraub reforçou a diretriz e disse que a política para universidades tem de respeitar “os pagadores de impostos”. “Quando vão na universidade federal fazer festa, arruaça, não ter aula ou fazer seminários absurdos que agregam nada à sociedade, é dinheiro suado que está sendo desperdiçado num país com 60 mil homicídios por ano e mil carências.”

‘No limite’

Apesar de ressaltar o contingenciamento com a suposta “balbúrdia”, outras universidades federais também já registraram congelamento de recursos neste ano. Todas tiveram bloqueio de valores de emendas parlamentares. Além disso, só tiveram 40% do recurso de custeio liberado para o 1.º semestre.

“As universidades estão há anos trabalhando no limite da capacidade. Não acredito que o MEC fará um corte orçamentário com base em juízo de valor, sem antes pedir esclarecimento às universidades. Infelizmente, o bloqueio está ocorrendo para todas as instituições”, disse Reinaldo Centoducatte, reitor da Federal do Espírito Santo (Ufes) e presidente da Andifes, associação de reitores da rede federal.

Avaliação internacional. O ministro ainda acusou UnB, UFBA e UFF de queda no desempenho. No entanto, elas se mantêm em destaque em avaliações internacionais. O ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do ensino superior, mostra que Unb e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição. Na classificação das melhores da América Latina, a Unb passou da 19.ª posição, em 2017, para 16.ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71.ª para a 30.ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45.º. Segundo a publicação, as três se destacam pela boa avaliação em ensino e pesquisa. E Unb e UFBA aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.

Carlos Monteiro, especialista em gestão pela Universidade de Michigan, ainda avalia como contraditório punir uma universidade com corte de recursos por apresentar queda na qualidade. “O ministro deveria querer entender os motivos dos maus resultados.”

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Veículo: Leia Já

Editoria: Notícias

Data: 30/04/2019

Link: http://www.leiaja.com/carreiras/2019/04/30/mec-vai-cortar-verba-de-universidades-por-balburdia/

Título: MEC vai cortar verba de universidades por ‘balbúrdia’

Declaração foi dada pelo ministro Abraham Weintraub ao jornal O Estado de S. Paulo ter, 30/04/2019 – 08:38 Marcello Casal Jr/Agência Brasl UNB confirmou o bloqueio de 30% no orçamento

Marcello Casal Jr/Agência Brasl

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que três universidades brasileiras terão verbas reduzidas porque estão “fazendo balbúrdia” em vez de “melhorar o desempenho acadêmico”. A declaração foi dada em entrevista ao jornal Estado de São Paulo e, segundo o representante da pasta, a Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade de Brasília (UnB) serão as primeiras a sentir a mudança.

Segundo o jornal, as três instituições de ensino terão 30% das dotações orçamentárias anuais bloqueadas pelo Governo Federal por ter promovido “festas inadequadas ao ambiente universitário, manifestações partidárias e eventos políticos em suas instalações”. A UnB confirmou o bloqueio de 30%, mas a UFBA e a UFF não se pronunciaram.

Para o ministro, a presença de “sem-terra e gente pelada” dentro das instituições são consideradas como balbúrdia. A realização de festas nos campi também terá atenção redobrada e, se algum aluno se machucar, a verba também deverá ser cortada. Essa foi a forma encontrada pelo ministro para definir as instituições de ensino que sofreriam corte de verbas, já que quase 25% de todo o dinheiro para despesas relativas à educação deve ser cortado pela Lei Orçamentária.

A Universidade Federal de Juiz de Fora, em Minas Gerais, também está sob avaliação. Além da “balbúrdia”, o ministro disse que as instituições de ensino que não forem bem em rankings (não listados por ele) também sofrerão cortes. a UnB e a UFBA, porém, tiveram as suas melhores avaliações no ranking da Times Higher Education, conceituada lista que mede qualidade do ensino superior mundial.

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Veículo: Correio do Povo

Editoria: Notícias

Data: 30/04/2019

Link: https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/ensino/mec-cortar%C3%A1-verba-de-universidade-por-balb%C3%BArdia-1.335988

Título: MEC cortará verba de universidade por “balbúrdia”

Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos

30/04/2019 | 14:16

Abraham Weintraub disse que universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário

O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus câmpus, afirmou o ministro Abraham Weintraub ao jornal O Estado de S. Paulo. Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse. Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro.

De acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”.

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado. Essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam, disse. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” Ele, no entanto, não citou rankings.

De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

Weintraub disse que o corte não afetará serviços como “bandejão”. O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar desses recursos integrarem a verba discricionária.

A UNB disse que verificou no sistema bloqueio orçamentário “da ordem de 30%” e espera conseguir revertê-lo. A UFBA e a UFF não se pronunciaram.

O MEC está sendo forçado a definir cortes após o governo anunciar um grande contingenciamento no mês passado. Para garantir que cumprirá a meta fiscal , a equipe econômica estabeleceu que cerca de R$ 30 bilhões dos gastos previstos ficarão congelados. Desse total, R$ 5,8 bilhões terão de vir do MEC.

Educação foi a pasta que mais sofreu bloqueio em termos absolutos. Ainda que o corte tenha sido proporcionalmente menor do que o de outros ministérios, foi um duro baque. A Lei Orçamentária estabelecia cerca de R$ 23,7 bilhões para despesas discricionárias na Educação como um todo. O governo bloqueou, portanto, quase 25% do dinheiro que estava reservado para custear esses gastos.

Como as universidades federais consomem a maior parte dos recursos do MEC, elas naturalmente seriam alvo de cortes. O ministro disse que, diante desse cenário, foi necessário definir critérios para quem sofreria mais com o bloqueio. O corte anunciado pelo ministro nas três universidades está longe, porém, do contingenciamento determinado pela equipe econômica. Juntas, as três instituições recebem cerca de R$ 165 milhões discricionários.

Direito à expressão

Questionado se essa forma de escolha caracteriza, na prática, uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom. “Só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar”, afirmou. “Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita.”

O MEC não esclareceu quais indicadores de desempenho chamaram a atenção da pasta. Weintraub disse ainda que reitores precisarão redobrar a atenção no caso de festas. “Se aluno se machucar por causa de festa, cortaremos verba.”

Desde 2014, há redução nos repasses para despesas discricionárias das universidades. A crise contribuiu para o cenário. Neste ano, o aperto será mantido. Além da recuperação lenta da economia, há a linha estabelecida por Jair Bolsonaro. O plano de governo já trazia a indicação de que, se eleito, ele daria ênfase à educação básica.

Ao Estado, em sua primeira entrevista no cargo, Weintraub reforçou a diretriz e disse que a política para universidades tem de respeitar “os pagadores de impostos”. “Quando vão na universidade federal fazer festa, arruaça, não ter aula ou fazer seminários absurdos que agregam nada à sociedade, é dinheiro suado que está sendo desperdiçado num país com 60 mil homicídios por ano e mil carências.”

‘No limite’

Apesar de ressaltar o contingenciamento com a suposta “balbúrdia”, outras universidades federais também já registraram congelamento de recursos neste ano. Todas tiveram bloqueio de valores de emendas parlamentares. Além disso, só tiveram 40% do recurso de custeio liberado para o 1.º semestre.

“As universidades estão há anos trabalhando no limite da capacidade. Não acredito que o MEC fará um corte orçamentário com base em juízo de valor, sem antes pedir esclarecimento às universidades. Infelizmente, o bloqueio está ocorrendo para todas as instituições”, disse Reinaldo Centoducatte, reitor da Federal do Espírito Santo (Ufes) e presidente da Andifes, associação de reitores da rede federal.

Avaliação internacional

O ministro ainda acusou UnB, UFBA e UFF de queda no desempenho. No entanto, elas se mantêm em destaque em avaliações internacionais. O ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do ensino superior, mostra que Unb e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição. Na classificação das melhores da América Latina, a Unb passou da 19.ª posição, em 2017, para 16.ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71.ª para a 30.ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45.º. Segundo a publicação, as três se destacam pela boa avaliação em ensino e pesquisa. E Unb e UFBA aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.

Carlos Monteiro, especialista em gestão pela Universidade de Michigan, ainda avalia como contraditório punir uma universidade com corte de recursos por apresentar queda na qualidade. “O ministro deveria querer entender os motivos dos maus resultados.”

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Veículo: Jornal de Brasília

Editoria: Cidades

Data: 30/04/2019

Link: http://www.jornaldebrasilia.com.br/cidades/mec-cortara-verba-de-universidade-por-balburdia-e-ja-mira-unb-uff-e-ufba/

Título: MEC cortará verba de universidade por ‘balbúrdia’ e já mira UnB, UFF e UFBA

O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus câmpus, afirmou o ministro Abraham Weintraub ao jornal O Estado de S. Paulo. Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse. Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro.

De acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”.

O presidente Jair Bolsonaro dá posse ao novo ministro da Educação, Abraham Weintraub, em cerimônia no Palácio do Planalto.

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado. Essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam, disse. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” Ele, no entanto, não citou rankings.

De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

Weintraub disse que o corte não afetará serviços como “bandejão” O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar desses recursos integrarem a verba discricionária.

O MEC está sendo forçado a definir cortes após o governo anunciar um grande contingenciamento no mês passado. Para garantir que cumprirá a meta fiscal , a equipe econômica estabeleceu que cerca de R$ 30 bilhões dos gastos previstos ficarão congelados. Desse total, R$ 5,8 bilhões terão de vir do MEC.

Educação foi a pasta que mais sofreu bloqueio em termos absolutos. Ainda que o corte tenha sido proporcionalmente menor do que o de outros ministérios, foi um duro baque. A Lei Orçamentária estabelecia cerca de R$ 23,7 bilhões para despesas discricionárias na Educação como um todo. O governo bloqueou, portanto, quase 25% do dinheiro que estava reservado para custear esses gastos.

Como as universidades federais consomem a maior parte dos recursos do MEC, elas naturalmente seriam alvo de cortes. O ministro disse que, diante desse cenário, foi necessário definir critérios para quem sofreria mais com o bloqueio. O corte anunciado pelo ministro nas três universidades está longe, porém, do contingenciamento determinado pela equipe econômica. Juntas, as três instituições recebem cerca de R$ 165 milhões discricionários.

Direito à expressão

Questionado se essa forma de escolha caracteriza, na prática, uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom. “Só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar”, afirmou. “Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita.”

O MEC não esclareceu quais indicadores de desempenho chamaram a atenção da pasta. Weintraub disse ainda que reitores precisarão redobrar a atenção no caso de festas. “Se aluno se machucar por causa de festa, cortaremos verba.”

Desde 2014, há redução nos repasses para despesas discricionárias das universidades. A crise contribuiu para o cenário. Neste ano, o aperto será mantido. Além da recuperação lenta da economia, há a linha estabelecida por Jair Bolsonaro. O plano de governo já trazia a indicação de que, se eleito, ele daria ênfase à educação básica.

Ao Estado, em sua primeira entrevista no cargo, Weintraub reforçou a diretriz e disse que a política para universidades tem de respeitar “os pagadores de impostos”. “Quando vão na universidade federal fazer festa, arruaça, não ter aula ou fazer seminários absurdos que agregam nada à sociedade, é dinheiro suado que está sendo desperdiçado num país com 60 mil homicídios por ano e mil carências.”

‘No limite’

Apesar de ressaltar o contingenciamento com a suposta “balbúrdia”, outras universidades federais também já registraram congelamento de recursos neste ano. Todas tiveram bloqueio de valores de emendas parlamentares. Além disso, só tiveram 40% do recurso de custeio liberado para o 1.º semestre.

“As universidades estão há anos trabalhando no limite da capacidade. Não acredito que o MEC fará um corte orçamentário com base em juízo de valor, sem antes pedir esclarecimento às universidades. Infelizmente, o bloqueio está ocorrendo para todas as instituições”, disse Reinaldo Centoducatte, reitor da Federal do Espírito Santo (Ufes) e presidente da Andifes, associação de reitores da rede federal.

Avaliação internacional. O ministro ainda acusou UnB, UFBA e UFF de queda no desempenho. No entanto, elas se mantêm em destaque em avaliações internacionais. O ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do ensino superior, mostra que Unb e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição. Na classificação das melhores da América Latina, a Unb passou da 19.ª posição, em 2017, para 16.ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71.ª para a 30.ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45.º. Segundo a publicação, as três se destacam pela boa avaliação em ensino e pesquisa. E Unb e UFBA aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.

Carlos Monteiro, especialista em gestão pela Universidade de Michigan, ainda avalia como contraditório punir uma universidade com corte de recursos por apresentar queda na qualidade. “O ministro deveria querer entender os motivos dos maus resultados ” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Veículo: Gaúcha ZH

Editoria: Notícias

Data: 30/04/2019

Link: https://gauchazh.clicrbs.com.br/educacao-e-emprego/noticia/2019/04/mec-cortara-verba-de-universidades-que-fazem-balburdia-diz-ministro-cjv3s3r1u02cs01ro3dkqrf0a.html

Título: MEC cortará verba de universidades que fazem “balbúrdia”, diz ministro

Abraham Weintraub afirmou ao jornal O Estado de S.Paulo que as universidades de Brasília (UnB), Federal Fluminense (UFF) e Federal da Bahia (UFBA) já tiveram repasses reduzidos

30/04/2019 – 09h46min

Atualizada em 30/04/2019 – 10h28min

GAÚCHAZH

O ministro da Educação Abraham Weintraub afirmou que o MEC irá cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e estiverem fazendo o que o ministro definiu como “balbúrdia”. De acordo com Weintraub, a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA) foram enquadradas nesses critérios e já tiveram repasses reduzidos. Além disso, está sob avaliação a redução nas verbas para a Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais.

— Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas — disse Weintraub, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, publicada nesta terça-feira (30).  

Em entrevista, Bolsonaro defende troca de Paulo Freire como patrono da educaçãoEm entrevista, Bolsonaro defende troca de Paulo Freire como patrono da educação

Conforme o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, que servem para custear gastos como água, luz, limpeza e bolsa de auxílio a estudantes. Já os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos. Weintraub garantiu que o corte não afetará serviços como restaurantes universitários e o programa de assistência estudantil.

Segundo o ministro, tem ocorrido em universidades, eventos políticos, manifestações partidárias e festas inadequadas ao ambiente universitário. “Sem-terra e gente pelada dentro do campus” foram exemplos citados do que ele considera como bagunça.

— A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo — comentou.

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que essa não foi a única questão observada, e que essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam. O ministro afirmou que “a lição de casa precisa estar feita”, se referindo à publicação científica, avaliações em dia, boa colocação em ranking, mas não citou nenhum ranking específico.

A UnB afirmou ao jornal que espera conseguir reverter o bloqueio orçamentário. A UFBA e a UFF não se pronunciaram.

Questionado se essa forma de escolha caracterizaria uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom.

— Só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar. Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita — disse.

As três universidades que foram acusadas de queda no desempenho pelo ministro se mantêm em destaque em avaliações internacionais. O ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do Ensino Superior, mostra que UnB e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição.

Na classificação das melhores da América Latina, a UNB passou da 19ª posição, em 2017, para 16ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71ª para a 30ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45º. Segundo a publicação, as três se destacam pela boa avaliação em ensino e pesquisa. A UnB e a UFBA aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.  

Outras universidades federais já registraram congelamento de recursos neste ano. Na UFRGS, por exemplo, estudantes já foram alertados sobre riscos de atraso ou suspensão no pagamento de benefícios após a confirmação de cortes de R$ 5,839 bilhões para este ano no orçamento do Ministério da Educação.

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Veículo: 98 FM Natal

Editoria: Notícias

Data: 30/04/2019

Link: http://98fmnatal.com.br/mec-cortara-verba-de-universidade-unb-uff-e-ufba-ja-sofrem/

Título: MEC CORTARÁ VERBA DE UNIVERSIDADE; UNB, UFF E UFBA JÁ SOFREM

POSTADO POR: ADMIN, 30-04-2019

Fonte: Terra

O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus campi, afirmou o ministro ao Estado. Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse. Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro.

De acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”.

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Veículo: Correio 24 Horas

Editoria: Notícias

Data: 30/04/2019

Link: https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/ufba-unb-e-uff-mec-anuncia-corte-de-verbas-de-universidades-por-balburdia/

Título: Ufba, UnB e UFF: MEC anuncia corte de verbas de universidades por ‘balbúrdia’

As três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas

O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus campus, afirmou o ministro Abraham Weintraub ao Estado. Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (Ufba), disse. Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro.

De acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do campus, gente pelada dentro do campus”.

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado. Essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam, disse. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” Ele, no entanto, não citou rankings.

De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

Weintraub disse que o corte não afetará serviços como “bandejão”. O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar desses recursos integrarem a verba discricionária.

A UNB disse que verificou no sistema bloqueio orçamentário “da ordem de 30%” e espera conseguir revertê-lo. A Ufba e a UFF não se pronunciaram.

O MEC está sendo forçado a definir cortes após o governo anunciar um grande contingenciamento no mês passado. Para garantir que cumprirá a meta fiscal, a equipe econômica estabeleceu que cerca de R$ 30 bilhões dos gastos previstos ficarão congelados. Desse total, R$ 5,8 bilhões terão de vir do MEC.

Educação foi a pasta que mais sofreu bloqueio em termos absolutos. Ainda que o corte tenha sido proporcionalmente menor do que o de outros ministérios, foi um duro baque. A Lei Orçamentária estabelecia cerca de R$ 23,7 bilhões para despesas discricionárias na Educação como um todo. O governo bloqueou, portanto, quase 25% do dinheiro que estava reservado para custear esses gastos.

Como as universidades federais consomem a maior parte dos recursos do MEC, elas naturalmente seriam alvo de cortes. O ministro disse que, diante desse cenário, foi necessário definir critérios para quem sofreria mais com o bloqueio. O corte anunciado pelo ministro nas três universidades está longe, porém, do contingenciamento determinado pela equipe econômica. Juntas, as três instituições recebem cerca de R$ 165 milhões discricionários.

Questionado se essa forma de escolha caracteriza, na prática, uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom.

“Só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar”, afirmou. “Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita.”

O MEC não esclareceu quais indicadores de desempenho chamaram a atenção da pasta. Weintraub disse ainda que reitores precisarão redobrar a atenção no caso de festas. “Se aluno se machucar por causa de festa, cortaremos verba.”

Desde 2014, há redução nos repasses para despesas discricionárias das universidades. A crise contribuiu para o cenário. Neste ano, o aperto será mantido. Além da recuperação lenta da economia, há a linha estabelecida por Jair Bolsonaro. O plano de governo já trazia a indicação de que, se eleito, ele daria ênfase à educação básica.

Ao Estado, em sua primeira entrevista no cargo, Weintraub reforçou a diretriz e disse que a política para universidades tem de respeitar “os pagadores de impostos”.

“Quando vão na universidade federal fazer festa, arruaça, não ter aula ou fazer seminários absurdos que agregam nada à sociedade, é dinheiro suado que está sendo desperdiçado num país com 60 mil homicídios por ano e mil carências.”

Apesar de ressaltar o contingenciamento com a suposta “balbúrdia”, outras universidades federais também já registraram congelamento de recursos neste ano. Todas tiveram bloqueio de valores de emendas parlamentares. Além disso, só tiveram 40% do recurso de custeio liberado para o 1º semestre.

“As universidades estão há anos trabalhando no limite da capacidade. Não acredito que o MEC fará um corte orçamentário com base em juízo de valor, sem antes pedir esclarecimento às universidades. Infelizmente, o bloqueio está ocorrendo para todas as instituições”, disse Reinaldo Centoducatte, reitor da Federal do Espírito Santo (Ufes) e presidente da Andifes, associação de reitores da rede federal.

O ministro ainda acusou UnB, Ufba e UFF de queda no desempenho. No entanto, elas se mantêm em destaque em avaliações internacionais. O ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do ensino superior, mostra que Unb e Ufba tiveram melhor avaliação na última edição.

Na classificação das melhores da América Latina, a Unb passou da 19ª posição, em 2017, para 16ª no ano seguinte. A Ufba passou da 71ª para a 30ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45º. Segundo a publicação, as três se destacam pela boa avaliação em ensino e pesquisa. E Unb e Ufba aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.

Carlos Monteiro, especialista em gestão pela Universidade de Michigan, ainda avalia como contraditório punir uma universidade com corte de recursos por apresentar queda na qualidade. “O ministro deveria querer entender os motivos dos maus resultados.”

*colaborou Isabela Palhares

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Veículo: Leia Agora

Editoria: Notícias

Data: 30/04/2019

Link: https://www.leiagora.com.br/noticia/62158/mec-cortara-verba-de-universidade-por-balburdia-e-ja-mira-unb-uff-e-ufba

Título: MEC cortará verba de universidade por ‘balbúrdia’ e já mira UnB, UFF e UFBA

MEC cortará verba de universidade por ‘balbúrdia’ e já mira UnB, UFF e UFBA

O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus câmpus, afirmou o ministro Abraham Weintraub ao jornal O Estado de S. Paulo. Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse. Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro.

De acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”.

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado. Essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam, disse. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” Ele, no entanto, não citou rankings.

De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

Weintraub disse que o corte não afetará serviços como “bandejão”. O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar desses recursos integrarem a verba discricionária.

A UNB disse que verificou no sistema bloqueio orçamentário “da ordem de 30%” e espera conseguir revertê-lo. A UFBA e a UFF não se pronunciaram.

O MEC está sendo forçado a definir cortes após o governo anunciar um grande contingenciamento no mês passado. Para garantir que cumprirá a meta fiscal , a equipe econômica estabeleceu que cerca de R$ 30 bilhões dos gastos previstos ficarão congelados. Desse total, R$ 5,8 bilhões terão de vir do MEC.

Educação foi a pasta que mais sofreu bloqueio em termos absolutos. Ainda que o corte tenha sido proporcionalmente menor do que o de outros ministérios, foi um duro baque. A Lei Orçamentária estabelecia cerca de R$ 23,7 bilhões para despesas discricionárias na Educação como um todo. O governo bloqueou, portanto, quase 25% do dinheiro que estava reservado para custear esses gastos.

Como as universidades federais consomem a maior parte dos recursos do MEC, elas naturalmente seriam alvo de cortes. O ministro disse que, diante desse cenário, foi necessário definir critérios para quem sofreria mais com o bloqueio. O corte anunciado pelo ministro nas três universidades está longe, porém, do contingenciamento determinado pela equipe econômica. Juntas, as três instituições recebem cerca de R$ 165 milhões discricionários.

Direito à expressão

Questionado se essa forma de escolha caracteriza, na prática, uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom. “Só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar”, afirmou. “Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita.”

O MEC não esclareceu quais indicadores de desempenho chamaram a atenção da pasta. Weintraub disse ainda que reitores precisarão redobrar a atenção no caso de festas. “Se aluno se machucar por causa de festa, cortaremos verba.”

Desde 2014, há redução nos repasses para despesas discricionárias das universidades. A crise contribuiu para o cenário. Neste ano, o aperto será mantido. Além da recuperação lenta da economia, há a linha estabelecida por Jair Bolsonaro. O plano de governo já trazia a indicação de que, se eleito, ele daria ênfase à educação básica.

Ao Estado, em sua primeira entrevista no cargo, Weintraub reforçou a diretriz e disse que a política para universidades tem de respeitar “os pagadores de impostos”. “Quando vão na universidade federal fazer festa, arruaça, não ter aula ou fazer seminários absurdos que agregam nada à sociedade, é dinheiro suado que está sendo desperdiçado num país com 60 mil homicídios por ano e mil carências.”

‘No limite’

Apesar de ressaltar o contingenciamento com a suposta “balbúrdia”, outras universidades federais também já registraram congelamento de recursos neste ano. Todas tiveram bloqueio de valores de emendas parlamentares. Além disso, só tiveram 40% do recurso de custeio liberado para o 1.º semestre.

“As universidades estão há anos trabalhando no limite da capacidade. Não acredito que o MEC fará um corte orçamentário com base em juízo de valor, sem antes pedir esclarecimento às universidades. Infelizmente, o bloqueio está ocorrendo para todas as instituições”, disse Reinaldo Centoducatte, reitor da Federal do Espírito Santo (Ufes) e presidente da Andifes, associação de reitores da rede federal.

Avaliação internacional. O ministro ainda acusou UnB, UFBA e UFF de queda no desempenho. No entanto, elas se mantêm em destaque em avaliações internacionais. O ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do ensino superior, mostra que Unb e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição. Na classificação das melhores da América Latina, a Unb passou da 19.ª posição, em 2017, para 16.ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71.ª para a 30.ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45.º. Segundo a publicação, as três se destacam pela boa avaliação em ensino e pesquisa. E Unb e UFBA aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.

Carlos Monteiro, especialista em gestão pela Universidade de Michigan, ainda avalia como contraditório punir uma universidade com corte de recursos por apresentar queda na qualidade. “O ministro deveria querer entender os motivos dos maus resultados.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Veículo: Brasil 247

Editoria: Brasil

Data: 30/04/2019

Link: https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/391827/Ministro-da-Educa%C3%A7%C3%A3o-abre-guerra-contra-universidades.htm

Título: MINISTRO DA EDUCAÇÃO ABRE GUERRA CONTRA UNIVERSIDADES

Carolina Antunes/PR

O ministro Abraham Weintraub, da Educação, já iniciou o processo de asfixia das universidades federais, com o objetivo de abrir caminho para a privatização do ensino superior. Segundo ele, as universidades que provocarem “balbúrdia” terão suas verbas cortadas. Na mira do obscurantista Weintraub, estão a Universidade de Brasília, a Universidade Federal Fluminense e a Universidade Federal da Bahia

30 DE ABRIL DE 2019 ÀS 05:30

247 – “O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo ‘balbúrdia’ em seus campus”, informa a jornalista Renata Agostini, em reportagem publicada no jornal Estado de S. Paulo, que entrevistou o ministro Abraham Weintraub. “Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse. Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação”, diz ela.

Na realidade, trata-se de um processo de asfixia das universidades federais, com o objetivo de abrir caminho para a privatização do ensino superior. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse Weintraub, que deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do campus, gente pelada dentro do campus”.

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Veículo: O Diário

Editoria: Geral

Data: 30/04/2019

Link: https://d.odiario.com/geral/759059/mec-cortara-verba-de-universidade-por-balburdia-e-ja-mira-unb-uff-e-ufba

Título: MEC cortará verba de universidade por ‘balbúrdia’ e já mira UnB, UFF e UFBA

O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus câmpus, afirmou o ministro Abraham Weintraub ao jornal O Estado de S. Paulo. Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse. Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro.

De acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”.

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado. Essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam, disse. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” Ele, no entanto, não citou rankings.

De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

Weintraub disse que o corte não afetará serviços como “bandejão”. O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar desses recursos integrarem a verba discricionária.

A UNB disse que verificou no sistema bloqueio orçamentário “da ordem de 30%” e espera conseguir revertê-lo. A UFBA e a UFF não se pronunciaram.

O MEC está sendo forçado a definir cortes após o governo anunciar um grande contingenciamento no mês passado. Para garantir que cumprirá a meta fiscal , a equipe econômica estabeleceu que cerca de R$ 30 bilhões dos gastos previstos ficarão congelados. Desse total, R$ 5,8 bilhões terão de vir do MEC.

Educação foi a pasta que mais sofreu bloqueio em termos absolutos. Ainda que o corte tenha sido proporcionalmente menor do que o de outros ministérios, foi um duro baque. A Lei Orçamentária estabelecia cerca de R$ 23,7 bilhões para despesas discricionárias na Educação como um todo. O governo bloqueou, portanto, quase 25% do dinheiro que estava reservado para custear esses gastos.

Como as universidades federais consomem a maior parte dos recursos do MEC, elas naturalmente seriam alvo de cortes. O ministro disse que, diante desse cenário, foi necessário definir critérios para quem sofreria mais com o bloqueio. O corte anunciado pelo ministro nas três universidades está longe, porém, do contingenciamento determinado pela equipe econômica. Juntas, as três instituições recebem cerca de R$ 165 milhões discricionários.

Direito à expressão

Questionado se essa forma de escolha caracteriza, na prática, uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom. “Só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar”, afirmou. “Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita.”

O MEC não esclareceu quais indicadores de desempenho chamaram a atenção da pasta. Weintraub disse ainda que reitores precisarão redobrar a atenção no caso de festas. “Se aluno se machucar por causa de festa, cortaremos verba.”

Desde 2014, há redução nos repasses para despesas discricionárias das universidades. A crise contribuiu para o cenário. Neste ano, o aperto será mantido. Além da recuperação lenta da economia, há a linha estabelecida por Jair Bolsonaro. O plano de governo já trazia a indicação de que, se eleito, ele daria ênfase à educação básica.

Ao Estado, em sua primeira entrevista no cargo, Weintraub reforçou a diretriz e disse que a política para universidades tem de respeitar “os pagadores de impostos”. “Quando vão na universidade federal fazer festa, arruaça, não ter aula ou fazer seminários absurdos que agregam nada à sociedade, é dinheiro suado que está sendo desperdiçado num país com 60 mil homicídios por ano e mil carências.”

‘No limite’

Apesar de ressaltar o contingenciamento com a suposta “balbúrdia”, outras universidades federais também já registraram congelamento de recursos neste ano. Todas tiveram bloqueio de valores de emendas parlamentares. Além disso, só tiveram 40% do recurso de custeio liberado para o 1.º semestre.

“As universidades estão há anos trabalhando no limite da capacidade. Não acredito que o MEC fará um corte orçamentário com base em juízo de valor, sem antes pedir esclarecimento às universidades. Infelizmente, o bloqueio está ocorrendo para todas as instituições”, disse Reinaldo Centoducatte, reitor da Federal do Espírito Santo (Ufes) e presidente da Andifes, associação de reitores da rede federal.

Avaliação internacional. O ministro ainda acusou UnB, UFBA e UFF de queda no desempenho. No entanto, elas se mantêm em destaque em avaliações internacionais. O ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do ensino superior, mostra que Unb e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição. Na classificação das melhores da América Latina, a Unb passou da 19.ª posição, em 2017, para 16.ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71.ª para a 30.ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45.º. Segundo a publicação, as três se destacam pela boa avaliação em ensino e pesquisa. E Unb e UFBA aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.

Carlos Monteiro, especialista em gestão pela Universidade de Michigan, ainda avalia como contraditório punir uma universidade com corte de recursos por apresentar queda na qualidade. “O ministro deveria querer entender os motivos dos maus resultados.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Veículo: Aqui! Notícias

Editoria: Geral

Data: 30/04/2019

Link: https://www.aquinoticias.com/2019/04/20190430141605-mec-cortara-verba-de-universidade-por-balburdia-e-ja-mira-unb-uff-e-ufba/

Título: MEC cortará verba de universidade por ‘balbúrdia’ e já mira UnB, UFF e UFBA

Por Estadão –  30 de abril de 2019

O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus câmpus, afirmou o ministro Abraham Weintraub ao jornal O Estado de S. Paulo. Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse. Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro.

De acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”.

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado. Essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam, disse. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” Ele, no entanto, não citou rankings.

De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

Weintraub disse que o corte não afetará serviços como “bandejão”. O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar desses recursos integrarem a verba discricionária.

A UNB disse que verificou no sistema bloqueio orçamentário “da ordem de 30%” e espera conseguir revertê-lo. A UFBA e a UFF não se pronunciaram.

O MEC está sendo forçado a definir cortes após o governo anunciar um grande contingenciamento no mês passado. Para garantir que cumprirá a meta fiscal , a equipe econômica estabeleceu que cerca de R$ 30 bilhões dos gastos previstos ficarão congelados. Desse total, R$ 5,8 bilhões terão de vir do MEC.

Educação foi a pasta que mais sofreu bloqueio em termos absolutos. Ainda que o corte tenha sido proporcionalmente menor do que o de outros ministérios, foi um duro baque. A Lei Orçamentária estabelecia cerca de R$ 23,7 bilhões para despesas discricionárias na Educação como um todo. O governo bloqueou, portanto, quase 25% do dinheiro que estava reservado para custear esses gastos.

Como as universidades federais consomem a maior parte dos recursos do MEC, elas naturalmente seriam alvo de cortes. O ministro disse que, diante desse cenário, foi necessário definir critérios para quem sofreria mais com o bloqueio. O corte anunciado pelo ministro nas três universidades está longe, porém, do contingenciamento determinado pela equipe econômica. Juntas, as três instituições recebem cerca de R$ 165 milhões discricionários.

Direito à expressão

Questionado se essa forma de escolha caracteriza, na prática, uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom. “Só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar”, afirmou. “Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita.”

O MEC não esclareceu quais indicadores de desempenho chamaram a atenção da pasta. Weintraub disse ainda que reitores precisarão redobrar a atenção no caso de festas. “Se aluno se machucar por causa de festa, cortaremos verba.”

Desde 2014, há redução nos repasses para despesas discricionárias das universidades. A crise contribuiu para o cenário. Neste ano, o aperto será mantido. Além da recuperação lenta da economia, há a linha estabelecida por Jair Bolsonaro. O plano de governo já trazia a indicação de que, se eleito, ele daria ênfase à educação básica.

Ao Estado, em sua primeira entrevista no cargo, Weintraub reforçou a diretriz e disse que a política para universidades tem de respeitar “os pagadores de impostos”. “Quando vão na universidade federal fazer festa, arruaça, não ter aula ou fazer seminários absurdos que agregam nada à sociedade, é dinheiro suado que está sendo desperdiçado num país com 60 mil homicídios por ano e mil carências.”

‘No limite’

Apesar de ressaltar o contingenciamento com a suposta “balbúrdia”, outras universidades federais também já registraram congelamento de recursos neste ano. Todas tiveram bloqueio de valores de emendas parlamentares. Além disso, só tiveram 40% do recurso de custeio liberado para o 1.º semestre.

“As universidades estão há anos trabalhando no limite da capacidade. Não acredito que o MEC fará um corte orçamentário com base em juízo de valor, sem antes pedir esclarecimento às universidades. Infelizmente, o bloqueio está ocorrendo para todas as instituições”, disse Reinaldo Centoducatte, reitor da Federal do Espírito Santo (Ufes) e presidente da Andifes, associação de reitores da rede federal.

Avaliação internacional. O ministro ainda acusou UnB, UFBA e UFF de queda no desempenho. No entanto, elas se mantêm em destaque em avaliações internacionais. O ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do ensino superior, mostra que Unb e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição. Na classificação das melhores da América Latina, a Unb passou da 19.ª posição, em 2017, para 16.ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71.ª para a 30.ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45.º. Segundo a publicação, as três se destacam pela boa avaliação em ensino e pesquisa. E Unb e UFBA aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.

Carlos Monteiro, especialista em gestão pela Universidade de Michigan, ainda avalia como contraditório punir uma universidade com corte de recursos por apresentar queda na qualidade. “O ministro deveria querer entender os motivos dos maus resultados.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Renata Agostini e Isabela Palhares

Estadao Conteudo

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Veículo: Blog do Vestibular

Editoria: Notícias

Data: 30/04/2019

Link: https://www.blogdovestibular.com/atualidades/mec-corte-de-verbas-universidades-com-baixo-desempenho-academico.html

Título: MEC anunciou corte de verbas para Universidades com baixo desempenho acadêmico

Rosangela Quinelato 30 de abril de 2019

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O Ministério da Educação (MEC) anunciou em entrevista ao jornal Estado de São Paulo; cortes às universidades que não apresentarem “desempenho acadêmico esperado”; e que promovam eventos com “balbúrdia” em suas instalações.

Universidades com repasses reduzidos

De acordo com o ministro Weintraub, três universidades já tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Ainda segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, estaria sob avaliação. O antecessor de Weintraub no MEC, Ricardo Vélez Rodríguez, lecionou na UFJF e convidou vários de seus colaboradores na universidade para cargos no ministério.

Ainda conforme o Ministro, “Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, continuou Weintraub. Os critérios de avaliação, porém, ainda não foram informados.

Para o Ministro, instituições de ensino estariam permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos; manifestações partidárias ou festas inadequadas ao meio universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, salientou.

Ao longo da entrevista,  o ministro disse não se tratar de uma “lei da mordaça” nas universidades, e que a liberdade de expressão de alunos e professores não será ferida. Ele afirmou ainda que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom.

Versão das Universidades

Reinaldo Centoducatte, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil (Andifes) e reitor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes); alegou que a entidade ainda não recebeu informações oficiais do MEC, Ministério da Educação.

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Veículo: Jornal do Oeste

Editoria: Cotidiano

Data: 30/04/2019

Link: https://www.jornaldooeste.com.br/noticia/mec-cortara-verba-de-universidade-por-balburdia-e-ja-mira-unb-uff-e-ufba

Título: “MEC cortará verba de universidade por ‘balbúrdia’ e já mira UnB, UFF e UFBA

[Texto não copiável]

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Veículo: Jornal GGN

Editoria: Educação

Data: 30/04/2019

Link: https://jornalggn.com.br/educacao/mec-corta-verba-de-universidades-que-fazem-bagunca-unb-e-uff-reagem/

Título: MEC corta verba de universidades que fazem “bagunça”. UnB e UFF reagem

O presidente mandou cortar R$ 5,8 bilhões e o ministro Weintraub decidiu pelos critérios “balbúrdia” e “lição de casa”. UnB, UFBA e UFF já foram congeladas

Por Jornal GGN – 30/04/2019

Atualizada às 12h26 com nota da UnB e às 15h50 com nota da UFF

Jornal GGN – Jair Bolsonaro determinou que o Ministério da Educação sofrerá o maior corte de recursos entre todas as pastas: o congelamento de R$ 5,8 bilhões neste ano. Com a ordem de cima, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, estabeleceu por sua própria conta os critérios para a guerra contra as universidades: serão retirados os repasses das que não tiverem o desempenho acadêmico “esperado” e promoveram “balbúrdia”, ou “bagunça e evento ridículo” em seus câmpus.

Foi essa a declaração do ministro de Bolsonaro à reportagem do Estadão. E mais, afirmou que três universidades federais já estão “enquadradas”, descriçao do jornal, nesse corte por promover “balbúrdia”: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA). A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está também na mira, “sob avaliação”.

Ao ser questionado sobre o que seria “balbúrdia” na visão do novo ministro da Educação, Weintraub disse que são as que permitem eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas no ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse, e especificou: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”.

Deixando claro que tais atos políticos ou sociais seriam “bagunça e evento ridículo”, e que este é a prioridade da fiscalização do MEC para cortar os investimentos, disse que o segundo ponto observado para o corte seria não apresentar resultados “aquém do que deveriam”. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking”, afirmou.

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Mas tampouco para este critério, Weintraub conseguiu elencar qual foi o “ranking” analisado. De acordo com o MEC, a UNB, UFBA e UFF já tiveram 30% de suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, desde a semana passada. Esses recursos são destinados a custos como água, luz, limpeza, e também as bolsas de auxílio aos estudantes.

Apesar de os critérios “balbúrdia” e “lição de casa” serem definidos pelo ministro da Educação, a ordem de restrição dos montantes partiu de cima, do próprio presidente Jair Bolsonaro, que decidiu que dos R$ 30 bilhões dos gastos previstos ficarão congelados, sendo R$ 5,8 bilhões somente do MEC, a pasta que sofreu o maior bloqueio do governo federal.

Mas não é só isso. Desde o último ano do governo de Michel Temer até o início do governo Bolsonaro, o investimento em pesquisa de Universidades e Institutos superiores perdeu R$ 5 bilhões, o maior corte já registrado nos últimos cinco anos. As informações são do Observatório do Conhecimento, que mostrou que desde 2015, o orçamento do governo em produção de conhecimento caiu quase R$ 39 bilhçoes, considerando a inflação. Esse cenário deve ser ainda pior.

NOTA DA REITORIA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

“A UnB não foi oficialmente comunicada de nenhum corte em seu orçamento. A área técnica verificou, contudo, um bloqueio orçamentário da ordem de 30% no sistema. A instituição está, neste momento, avaliando a situação e tem a expectativa de que o bloqueio possa ser revertido.

Importante ressaltar que a UnB é uma das universidades com reconhecida excelência acadêmica no país, atestada em rankings nacionais e internacionais. Temos nota 5, a máxima, no Índice Geral de Cursos (IGC) do MEC, a avaliação oficial da pasta para os cursos de graduação.

Também somos a 8ª melhor universidade brasileira, segundo avaliação do Times Higher Education (THE), uma organização britânica que acompanha o desempenho de instituições de ensino superior em todo o mundo. Há dois anos, ocupávamos a 11ª posição.

A Administração Superior da UnB não promove eventos de cunho político-partidário em seus espaços. Como toda universidade, é palco para o debate livre, crítico, organizado por sua comunidade, com tolerância e respeito à diversidade e à pluralidade.”

Nota oficial da UFF à comunidade sobre corte de verbas do orçamento

As Instituições Federais de Ensino Superior receberam pela imprensa a informação de que haveria novo bloqueio de verbas do orçamento discricionário de 2019. Os contingenciamentos não foram uniformes e três universidades sofreram mais: Universidade Federal Fluminense, Universidade de Brasília e Universidade Federal da Bahia. A UFF ainda não foi comunicada oficialmente da decisão do Ministério da Educação, mas foi constatado o bloqueio de 30% dos recursos disponíveis para manutenção das atividades, como bolsas e auxílios a estudantes, energia, água, luz, obras de manutenção, pagamento de serviços terceirizados de limpeza, segurança, entre outros. Se confirmada, esta medida produzirá consequências graves para o pleno funcionamento da Universidade.

A UFF é hoje uma das maiores, mais diversificadas e pujantes universidades do país, prezando pela excelência em todas as áreas do conhecimento. A qualidade da UFF é atestada pela pontuação máxima (5) no conceito institucional de avaliação do MEC e temos o maior número de alunos matriculados na graduação entre todas as universidades federais. Além disso, a UFF é a 16ª colocada no ranking RUF, entre quase 200 universidades.

Nossa universidade exerce com responsabilidade a proteção do patrimônio público e das pessoas, defendendo com firmeza o princípio constitucional da livre manifestação do pensamento, com tolerância e respeito à diversidade e à pluralidade.

Faremos todo o esforço institucional ao nosso alcance para demonstrar ao Ministério da Educação a necessidade de reversão dos cortes anunciados.

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Veículo: Varela Notícias

Editoria: Notícias

Data: 30/04/2019

Link: http://varelanoticias.com.br/mec-corta-30-dos-recursos-da-ufba-e-outras-duas-federais-por-balburdia/

Título: MEC corta 30% dos recursos da UFBA e de outras duas federais por “balbúrdia”

O ministro Abraham Weintraub justifica os cortes com a falta de desempenho acadêmico.

Redação VN

redacao@varelanoticias.com.br

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou ao Estado que o Ministério da Educação vai cortar recursos de universidades que não apresentam desempenho acadêmico esperado e que estão promovendo “balbúrdia” em seus câmpus.

Três universidades já foram enquadradas nesse critério e tiveram 30% dos seus recursos bloqueados: UnB (Universidade de Brasília), UFF (Universidade Federal Fluminense) e a UFBA (Universidade Federal da Bahia). A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, segundo o ministro, está sob avaliação.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro.

O MEC promoveu um contingenciamento de R$ 230 milhões em verbas destinadas a universidades, desde que Weintraub assumiu a pasta.

Para Abrham Weintraub, as universidades permitem que eventos como manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário aconteçam em suas instalações. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, pontuou o ministro. Ele apontou o que considera bagunça “sem-terra dentro do campus, pelado dentro do campus”.

A medida do corte de recursos entrou em vigor na semana passada. Esses cortes afetam o pagamento de contas como limpeza, água, energia, bolsas de auxílio a estudantes e etc.

A UFBA não se pronunciou.

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Veículo: Jornal CGN

Editoria: Brasil

Data: 30/04/2019

Link: https://cgn.inf.br/noticia/13911/mec-cortara-verba-de-universidade-por-balburdia-e-ja-mira-unb-uff-e-ufba

Título: MEC cortará verba de universidade por ‘balbúrdia’ e já mira UnB, UFF e UFBA

O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo…

Publicado em 30/04/2019 ÀS 11:14 Por Renata Agostini e Isabela Palhares

O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus câmpus, afirmou o ministro Abraham Weintraub ao jornal O Estado de S. Paulo. Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse. Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro.

De acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”.

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado. Essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam, disse. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” Ele, no entanto, não citou rankings.

De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

Weintraub disse que o corte não afetará serviços como “bandejão”. O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar desses recursos integrarem a verba discricionária.

A UNB disse que verificou no sistema bloqueio orçamentário “da ordem de 30%” e espera conseguir revertê-lo. A UFBA e a UFF não se pronunciaram.

O MEC está sendo forçado a definir cortes após o governo anunciar um grande contingenciamento no mês passado. Para garantir que cumprirá a meta fiscal , a equipe econômica estabeleceu que cerca de R$ 30 bilhões dos gastos previstos ficarão congelados. Desse total, R$ 5,8 bilhões terão de vir do MEC.

Educação foi a pasta que mais sofreu bloqueio em termos absolutos. Ainda que o corte tenha sido proporcionalmente menor do que o de outros ministérios, foi um duro baque. A Lei Orçamentária estabelecia cerca de R$ 23,7 bilhões para despesas discricionárias na Educação como um todo. O governo bloqueou, portanto, quase 25% do dinheiro que estava reservado para custear esses gastos.

Como as universidades federais consomem a maior parte dos recursos do MEC, elas naturalmente seriam alvo de cortes. O ministro disse que, diante desse cenário, foi necessário definir critérios para quem sofreria mais com o bloqueio. O corte anunciado pelo ministro nas três universidades está longe, porém, do contingenciamento determinado pela equipe econômica. Juntas, as três instituições recebem cerca de R$ 165 milhões discricionários.

Direito à expressão

Questionado se essa forma de escolha caracteriza, na prática, uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom. “Só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar”, afirmou. “Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita.”

O MEC não esclareceu quais indicadores de desempenho chamaram a atenção da pasta. Weintraub disse ainda que reitores precisarão redobrar a atenção no caso de festas. “Se aluno se machucar por causa de festa, cortaremos verba.”

Desde 2014, há redução nos repasses para despesas discricionárias das universidades. A crise contribuiu para o cenário. Neste ano, o aperto será mantido. Além da recuperação lenta da economia, há a linha estabelecida por Jair Bolsonaro. O plano de governo já trazia a indicação de que, se eleito, ele daria ênfase à educação básica.

Ao Estado, em sua primeira entrevista no cargo, Weintraub reforçou a diretriz e disse que a política para universidades tem de respeitar “os pagadores de impostos”. “Quando vão na universidade federal fazer festa, arruaça, não ter aula ou fazer seminários absurdos que agregam nada à sociedade, é dinheiro suado que está sendo desperdiçado num país com 60 mil homicídios por ano e mil carências.”

‘No limite’

Apesar de ressaltar o contingenciamento com a suposta “balbúrdia”, outras universidades federais também já registraram congelamento de recursos neste ano. Todas tiveram bloqueio de valores de emendas parlamentares. Além disso, só tiveram 40% do recurso de custeio liberado para o 1.º semestre.

“As universidades estão há anos trabalhando no limite da capacidade. Não acredito que o MEC fará um corte orçamentário com base em juízo de valor, sem antes pedir esclarecimento às universidades. Infelizmente, o bloqueio está ocorrendo para todas as instituições”, disse Reinaldo Centoducatte, reitor da Federal do Espírito Santo (Ufes) e presidente da Andifes, associação de reitores da rede federal.

Avaliação internacional. O ministro ainda acusou UnB, UFBA e UFF de queda no desempenho. No entanto, elas se mantêm em destaque em avaliações internacionais. O ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do ensino superior, mostra que Unb e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição. Na classificação das melhores da América Latina, a Unb passou da 19.ª posição, em 2017, para 16.ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71.ª para a 30.ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45.º. Segundo a publicação, as três se destacam pela boa avaliação em ensino e pesquisa. E Unb e UFBA aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.

Carlos Monteiro, especialista em gestão pela Universidade de Michigan, ainda avalia como contraditório punir uma universidade com corte de recursos por apresentar queda na qualidade. “O ministro deveria querer entender os motivos dos maus resultados.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Veículo: Diário da Amazônia

Editoria: Notícias

Data: 30/04/2019

Link: https://www.diariodaamazonia.com.br/mec-cortara-verba-de-universidades/

Título: MEC cortará verba de universidades

Governo definiu contingenciamento de R$ 5,8 bilhões para Educação

Por Estadão conteúdo

O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus campi, afirmou o ministro.

Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse. Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro.

De acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”.

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Educação Abraham Weintraub

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado. Essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam, disse. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” Ele, no entanto, não citou rankings.

De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

Weintraub disse que o corte não afetará serviços como “bandejão”. O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar desses recursos integrarem a verba discricionária.

A UNB disse que verificou no sistema bloqueio orçamentário “da ordem de 30%” e espera conseguir revertê-lo. A UFBA e a UFF não se pronunciaram.

O MEC está sendo forçado a definir cortes após o governo anunciar um grande contingenciamento no mês passado. Para garantir que cumprirá a meta fiscal, a equipe econômica estabeleceu que cerca de R$ 30 bilhões dos gastos previstos ficarão congelados. Desse total, R$ 5,8 bilhões terão de vir do MEC.

Educação foi a pasta que mais sofreu bloqueio em termos absolutos. Ainda que o corte tenha sido proporcionalmente menor do que o de outros ministérios, foi um duro baque. A Lei Orçamentária estabelecia cerca de R$ 23,7 bilhões para despesas discricionárias na Educação como um todo. O governo bloqueou, portanto, quase 25% do dinheiro que estava reservado para custear esses gastos.

Como as universidades federais consomem a maior parte dos recursos do MEC, elas naturalmente seriam alvo de cortes. O ministro disse que, diante desse cenário, foi necessário definir critérios para quem sofreria mais com o bloqueio. O corte anunciado pelo ministro nas três universidades está longe, porém, do contingenciamento determinado pela equipe econômica. Juntas, as três instituições recebem cerca de R$ 165 milhões discricionários.

Direito à expressão

Questionado se essa forma de escolha caracteriza, na prática, uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom. “Só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar”, afirmou. “Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita.”

O MEC não esclareceu quais indicadores de desempenho chamaram a atenção da pasta. Weintraub disse ainda que reitores precisarão redobrar a atenção no caso de festas. “Se aluno se machucar por causa de festa, cortaremos verba.”

Desde 2014, há redução nos repasses para despesas discricionárias das universidades. A crise contribuiu para o cenário. Neste ano, o aperto será mantido. Além da recuperação lenta da economia, há a linha estabelecida por Jair Bolsonaro. O plano de governo já trazia a indicação de que, se eleito, ele daria ênfase à educação básica.

Ao Estado, em sua primeira entrevista no cargo, Weintraub reforçou a diretriz e disse que a política para universidades tem de respeitar “os pagadores de impostos”. “Quando vão na universidade federal fazer festa, arruaça, não ter aula ou fazer seminários absurdos que agregam nada à sociedade, é dinheiro suado que está sendo desperdiçado num país com 60 mil homicídios por ano e mil carências.”

Associação diz que sistema já está ‘no limite’

Apesar de ressaltar o contingenciamento com a suposta “balbúrdia”, outras universidades federais também já registraram congelamento de recursos neste ano. Todas tiveram bloqueio de valores de emendas parlamentares. Além disso, só tiveram 40% do recurso de custeio liberado para o 1.º semestre.

“As universidades estão há anos trabalhando no limite da capacidade. Não acredito que o MEC fará um corte orçamentário com base em juízo de valor, sem antes pedir esclarecimento às universidades. Infelizmente, o bloqueio está ocorrendo para todas as instituições”, disse Reinaldo Centoducatte, reitor da Federal do Espírito Santo (Ufes) e presidente da Andifes, associação de reitores da rede federal.

Avaliação internacional

O ministro ainda acusou UnB, UFBA e UFF de queda no desempenho. No entanto, elas se mantêm em destaque em avaliações internacionais. O ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do ensino superior, mostra que Unb e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição.

Na classificação das melhores da América Latina, a Unb passou da 19.ª posição, em 2017, para 16.ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71.ª para a 30.ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45.º. Segundo a publicação, as três se destacam pela boa avaliação em ensino e pesquisa. E Unb e UFBA aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.

Carlos Monteiro, especialista em gestão pela Universidade de Michigan, ainda avalia como contraditório punir uma universidade com corte de recursos por apresentar queda na qualidade. “O ministro deveria querer entender os motivos dos maus resultados.

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Veículo: Oito Meia

Editoria: Notícias

Data: 30/04/2019

Link: https://www.oitomeia.com.br/noticias/2019/04/30/mec-cortara-verba-de-universidade-por-balburdia-e-ja-mira-unb-uff-e-ufba/

Título: MEC cortará verba de universidade por ‘balbúrdia’ e já mira UnB, UFF e UFBA

Lorena Passos – 30 de abril de 2019 às 14:30

Por Estadão Conteúdo/Uol

O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus câmpus, afirmou o ministro Abraham Weintraub ao jornal O Estado de S. Paulo.

Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse. Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro. De acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário.

“A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do campus, gente pelada dentro do campus”.

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado. Essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam, disse. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” Ele, no entanto, não citou rankings.

De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

Weintraub disse que o corte não afetará serviços como “bandejão”. O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar desses recursos integrarem a verba discricionária. A UNB disse que verificou no sistema bloqueio orçamentário “da ordem de 30%” e espera conseguir revertê-lo. A UFBA e a UFF não se pronunciaram.

O MEC está sendo forçado a definir cortes após o governo anunciar um grande contingenciamento no mês passado. Para garantir que cumprirá a meta fiscal, a equipe econômica estabeleceu que cerca de R$ 30 bilhões dos gastos previstos ficarão congelados. Desse total, R$ 5,8 bilhões terão de vir do MEC. Educação foi a pasta que mais sofreu bloqueio em termos absolutos.

Ainda que o corte tenha sido proporcionalmente menor do que o de outros ministérios, foi um duro baque. A Lei Orçamentária estabelecia cerca de R$ 23,7 bilhões para despesas discricionárias na Educação como um todo. O governo bloqueou, portanto, quase 25% do dinheiro que estava reservado para custear esses gastos.

Como as universidades federais consomem a maior parte dos recursos do MEC, elas naturalmente seriam alvo de cortes. O ministro disse que, diante desse cenário, foi necessário definir critérios para quem sofreria mais com o bloqueio. O corte anunciado pelo ministro nas três universidades está longe, porém, do contingenciamento determinado pela equipe econômica. Juntas, as três instituições recebem cerca de R$ 165 milhões discricionários.

Direito à expressão

Questionado se essa forma de escolha caracteriza, na prática, uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom. “Só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar”, afirmou. “Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita.”

O MEC não esclareceu quais indicadores de desempenho chamaram a atenção da pasta. Weintraub disse ainda que reitores precisarão redobrar a atenção no caso de festas. “Se aluno se machucar por causa de festa, cortaremos verba.”

Desde 2014, há redução nos repasses para despesas discricionárias das universidades. A crise contribuiu para o cenário. Neste ano, o aperto será mantido. Além da recuperação lenta da economia, há a linha estabelecida por Jair Bolsonaro. O plano de governo já trazia a indicação de que, se eleito, ele daria ênfase à educação básica. Ao Estado, em sua primeira entrevista no cargo, Weintraub reforçou a diretriz e disse que a política para universidades tem de respeitar “os pagadores de impostos”.

“Quando vão na universidade federal fazer festa, arruaça, não ter aula ou fazer seminários absurdos que agregam nada à sociedade, é dinheiro suado que está sendo desperdiçado num país com 60 mil homicídios por ano e mil carências.”

‘No limite’

Apesar de ressaltar o contingenciamento com a suposta “balbúrdia”, outras universidades federais também já registraram congelamento de recursos neste ano. Todas tiveram bloqueio de valores de emendas parlamentares. Além disso, só tiveram 40% do recurso de custeio liberado para o 1º semestre.

“As universidades estão há anos trabalhando no limite da capacidade. Não acredito que o MEC fará um corte orçamentário com base em juízo de valor, sem antes pedir esclarecimento às universidades. Infelizmente, o bloqueio está ocorrendo para todas as instituições”, disse Reinaldo Centoducatte, reitor da Federal do Espírito Santo (Ufes) e presidente da Andifes, associação de reitores da rede federal.

Avaliação internacional

O ministro ainda acusou UnB, UFBA e UFF de queda no desempenho. No entanto, elas se mantêm em destaque em avaliações internacionais. O ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do ensino superior, mostra que Unb e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição.

Na classificação das melhores da América Latina, a Unb passou da 19.ª posição, em 2017, para 16.ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71.ª para a 30.ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45º. Segundo a publicação, as três se destacam pela boa avaliação em ensino e pesquisa. E Unb e UFBA aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.

Carlos Monteiro, especialista em gestão pela Universidade de Michigan, ainda avalia como contraditório punir uma universidade com corte de recursos por apresentar queda na qualidade. “O ministro deveria querer entender os motivos dos maus resultados.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Veículo: A Semana News

Editoria: Brasil

Data: 30/04/2019

Link: https://asemananews.com.br/2019/04/30/mec-cortara-verba-de-universidade-por-balburdia-e-ja-mira-unb-uff-e-ufba/

Título: MEC cortará verba de universidade por ‘balbúrdia’ e já mira UnB, UFF e UFBA

30/04/2019

Por Renata Agostini e Isabela Palhares / Estadão Conteúdo

O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus câmpus, afirmou o ministro Abraham Weintraub ao jornal O Estado de S. Paulo. Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse. Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro.

De acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”.

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado. Essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam, disse. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” Ele, no entanto, não citou rankings.

De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

Weintraub disse que o corte não afetará serviços como “bandejão” O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar desses recursos integrarem a verba discricionária.

A UNB disse que verificou no sistema bloqueio orçamentário “da ordem de 30%” e espera conseguir revertê-lo. A UFBA e a UFF não se pronunciaram.

O MEC está sendo forçado a definir cortes após o governo anunciar um grande contingenciamento no mês passado. Para garantir que cumprirá a meta fiscal , a equipe econômica estabeleceu que cerca de R$ 30 bilhões dos gastos previstos ficarão congelados. Desse total, R$ 5,8 bilhões terão de vir do MEC.

Educação foi a pasta que mais sofreu bloqueio em termos absolutos. Ainda que o corte tenha sido proporcionalmente menor do que o de outros ministérios, foi um duro baque. A Lei Orçamentária estabelecia cerca de R$ 23,7 bilhões para despesas discricionárias na Educação como um todo. O governo bloqueou, portanto, quase 25% do dinheiro que estava reservado para custear esses gastos.

Como as universidades federais consomem a maior parte dos recursos do MEC, elas naturalmente seriam alvo de cortes. O ministro disse que, diante desse cenário, foi necessário definir critérios para quem sofreria mais com o bloqueio. O corte anunciado pelo ministro nas três universidades está longe, porém, do contingenciamento determinado pela equipe econômica. Juntas, as três instituições recebem cerca de R$ 165 milhões discricionários.

Direito à expressão

Questionado se essa forma de escolha caracteriza, na prática, uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom. “Só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar”, afirmou. “Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita.”

O MEC não esclareceu quais indicadores de desempenho chamaram a atenção da pasta. Weintraub disse ainda que reitores precisarão redobrar a atenção no caso de festas. “Se aluno se machucar por causa de festa, cortaremos verba.”

Desde 2014, há redução nos repasses para despesas discricionárias das universidades. A crise contribuiu para o cenário. Neste ano, o aperto será mantido. Além da recuperação lenta da economia, há a linha estabelecida por Jair Bolsonaro. O plano de governo já trazia a indicação de que, se eleito, ele daria ênfase à educação básica.

Ao Estado, em sua primeira entrevista no cargo, Weintraub reforçou a diretriz e disse que a política para universidades tem de respeitar “os pagadores de impostos”. “Quando vão na universidade federal fazer festa, arruaça, não ter aula ou fazer seminários absurdos que agregam nada à sociedade, é dinheiro suado que está sendo desperdiçado num país com 60 mil homicídios por ano e mil carências.”

‘No limite’

Apesar de ressaltar o contingenciamento com a suposta “balbúrdia”, outras universidades federais também já registraram congelamento de recursos neste ano. Todas tiveram bloqueio de valores de emendas parlamentares. Além disso, só tiveram 40% do recurso de custeio liberado para o 1.º semestre.

“As universidades estão há anos trabalhando no limite da capacidade. Não acredito que o MEC fará um corte orçamentário com base em juízo de valor, sem antes pedir esclarecimento às universidades. Infelizmente, o bloqueio está ocorrendo para todas as instituições”, disse Reinaldo Centoducatte, reitor da Federal do Espírito Santo (Ufes) e presidente da Andifes, associação de reitores da re

de federal.

Avaliação internacional. O ministro ainda acusou UnB, UFBA e UFF de queda no desempenho. No entanto, elas se mantêm em destaque em avaliações internacionais. O ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do ensino superior, mostra que Unb e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição. Na classificação das melhores da América Latina, a Unb passou da 19.ª posição, em 2017, para 16.ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71.ª para a 30.ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45.º. Segundo a publicação, as três se destacam pela boa avaliação em ensino e pesquisa. E Unb e UFBA aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.

Carlos Monteiro, especialista em gestão pela Universidade de Michigan, ainda avalia como contraditório punir uma universidade com corte de recursos por apresentar queda na qualidade. “O ministro deveria querer entender os motivos dos maus resultados ” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Veículo: Diário do Nordeste

Editoria: Política

Data: 30/04/2019

Link: https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/politica/online/mec-cortara-verba-de-universidade-por-balburdia-e-ja-mira-unb-uff-e-ufba-1.2093767

Título: MEC cortará verba de universidade por ‘balbúrdia’ e já mira UnB, UFF e UFBA

Por Estadão Conteúdo, 13:04 / 30 de Abril de 2019

De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas

POLÍTICA

De acordo com Abraham Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário

O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus câmpus, afirmou o ministro Abraham Weintraub ao jornal O Estado de S. Paulo. Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse. Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro.

De acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”.

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado. Essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam, disse. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” Ele, no entanto, não citou rankings.

De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

Weintraub disse que o corte não afetará serviços como “bandejão”. O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar desses recursos integrarem a verba discricionária.

A UNB disse que verificou no sistema bloqueio orçamentário “da ordem de 30%” e espera conseguir revertê-lo. A UFBA e a UFF não se pronunciaram.

O MEC está sendo forçado a definir cortes após o governo anunciar um grande contingenciamento no mês passado. Para garantir que cumprirá a meta fiscal , a equipe econômica estabeleceu que cerca de R$ 30 bilhões dos gastos previstos ficarão congelados. Desse total, R$ 5,8 bilhões terão de vir do MEC.

Educação foi a pasta que mais sofreu bloqueio em termos absolutos. Ainda que o corte tenha sido proporcionalmente menor do que o de outros ministérios, foi um duro baque. A Lei Orçamentária estabelecia cerca de R$ 23,7 bilhões para despesas discricionárias na Educação como um todo. O governo bloqueou, portanto, quase 25% do dinheiro que estava reservado para custear esses gastos.

Como as universidades federais consomem a maior parte dos recursos do MEC, elas naturalmente seriam alvo de cortes. O ministro disse que, diante desse cenário, foi necessário definir critérios para quem sofreria mais com o bloqueio. O corte anunciado pelo ministro nas três universidades está longe, porém do contingenciamento determinado pela equipe econômica. Juntas, as três instituições recebem cerca de R$ 165 milhões discricionários.

Direito à expressão

Questionado se essa forma de escolha caracteriza, na prática, uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom. “Só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar”, afirmou. “Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita.”

O MEC não esclareceu quais indicadores de desempenho chamaram a atenção da pasta. Weintraub disse ainda que reitores precisarão redobrar a atenção no caso de festas. “Se aluno se machucar por causa de festa, cortaremos verba.”

Desde 2014, há redução nos repasses para despesas discricionárias das universidades. A crise contribuiu para o cenário. Neste ano, o aperto será mantido. Além da recuperação lenta da economia, há a linha estabelecida por Jair Bolsonaro. O plano de governo já trazia a indicação de que, se eleito, ele daria ênfase à educação básica.

Ao Estado, em sua primeira entrevista no cargo, Weintraub reforçou a diretriz e disse que a política para universidades tem de respeitar “os pagadores de impostos”. “Quando vão na universidade federal fazer festa, arruaça, não ter aula ou fazer seminários absurdos que agregam nada à sociedade, é dinheiro suado que está sendo desperdiçado num país com 60 mil homicídios por ano e mil carências.”

‘No limite’

Apesar de ressaltar o contingenciamento com a suposta “balbúrdia”, outras universidades federais também já registraram congelamento de recursos neste ano. Todas tiveram bloqueio de valores de emendas parlamentares. Além disso, só tiveram 40% do recurso de custeio liberado para o 1.º semestre.

“As universidades estão há anos trabalhando no limite da capacidade. Não acredito que o MEC fará um corte orçamentário com base em juízo de valor, sem antes pedir esclarecimento às universidades. Infelizmente, o bloqueio está ocorrendo para todas as instituições”, disse Reinaldo Centoducatte, reitor da Federal do Espírito Santo (Ufes) e presidente da Andifes, associação de reitores da rede federal.

Avaliação internacional

O ministro ainda acusou UnB, UFBA e UFF de queda no desempenho. No entanto, elas se mantêm em destaque em avaliações internacionais. O ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do ensino superior, mostra que Unb e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição. Na classificação das melhores da América Latina, a Unb passou da 19.ª posição, em 2017, para 16.ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71.ª para a 30.ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45.º. Segundo a publicação, as três se destacam pela boa avaliação em ensino e pesquisa. E Unb e UFBA aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.

Carlos Monteiro, especialista em gestão pela Universidade de Michigan, ainda avalia como contraditório punir uma universidade com corte de recursos por apresentar queda na qualidade. “O ministro deveria querer entender os motivos dos maus resultados.”

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Veículo: Campo Formoso Notícias

Editoria: Geral

Data: 30/04/2019

Link: https://www.campoformosonoticias.com/v5/2019/04/mec-corta-30-dos-recursos-da-ufba-e-de-outras-duas-federais-por-balburdia/

Título: MEC corta 30% dos recursos da UFBA e de outras duas federais por “balbúrdia”

30 de abril de 2019 admin  0 Comentário

O ministro Abraham Weintraub justifica os cortes com a falta de desempenho acadêmico.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou ao Estado que o Ministério da Educação vai cortar recursos de universidades que não apresentam desempenho acadêmico esperado e que estão promovendo “balbúrdia” em seus câmpus.

Três universidades já foram enquadradas nesse critério e tiveram 30% dos seus recursos bloqueados: UnB (Universidade de Brasília), UFF (Universidade Federal Fluminense) e a UFBA (Universidade Federal da Bahia). A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, segundo o ministro, está sob avaliação.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro.

O MEC promoveu um contingenciamento de R$ 230 milhões em verbas destinadas a universidades, desde que Weintraub assumiu a pasta.

Para Abrham Weintraub, as universidades permitem que eventos como manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário aconteçam em suas instalações. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, pontuou o ministro. Ele apontou o que considera bagunça “sem-terra dentro do campus, pelado dentro do campus”.

A medida do corte de recursos entrou em vigor na semana passada. Esses cortes afetam o pagamento de contas como limpeza, água, energia, bolsas de auxílio a estudantes e etc.

A UFBA não se pronunciou.

Varela Noticias

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Veículo: Fato Amazônico

Editoria: Nacional

Data: 30/04/2019

Link: https://www.fatoamazonico.com/mec-cortara-verba-de-universidade-por-balburdia-e-ja-mira-unb-uff-e-ufba/

Título: MEC cortará verba de universidade por balbúrdia e já mira UNB, UFF e UFBA.

[Texto não copiável]

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Veículo: Valor Econômico

Editoria: Notícias

Data: 30/04/2019

Link: https://www.valor.com.br/brasil/6232863/ministro-diz-que-cortara-verba-de-universidades-que-fizerem-balburdia

Título: Ministro diz que cortará verba de universidades que fizerem balbúrdia

Por Hugo Passarelli | Valor SÃO PAULO  – (Atualizada às 18h08) –

[Texto não copiável]

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Veículo: Portal Terra

Editoria: Educação

Data: 30/04/2019

Link: https://www.terra.com.br/noticias/educacao/mec-cortara-verba-de-universidade-por-balburdia-e-ja-enquadra-unb-uff-e-ufba,5e38f2f9314b693a48dc1ed5b41179c68jeiint5.html

Título: MEC cortará verba de universidade; UnB, UFF e UFBA já sofrem

Governo definiu contingenciamento de R$ 5,8 bilhões para Educação

Renata Agostini

30 ABR 2019 03h11 atualizado às 07h40

separatorCOMENTÁRIOS

BRASÍLIA – O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus campi, afirmou o ministro

Governo dará as diretrizes para todas as propagandas

ao Estado. Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse. Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro.

De acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”.

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado. Essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam, disse. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” Ele, no entanto, não citou rankings.

De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

Weintraub disse que o corte não afetará serviços como “bandejão”. O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar desses recursos integrarem a verba discricionária.

A UNB disse que verificou no sistema bloqueio orçamentário “da ordem de 30%” e espera conseguir revertê-lo. A UFBA e a UFF não se pronunciaram.

O MEC está sendo forçado a definir cortes após o governo anunciar um grande contingenciamento no mês passado. Para garantir que cumprirá a meta fiscal, a equipe econômica estabeleceu que cerca de R$ 30 bilhões dos gastos previstos ficarão congelados. Desse total, R$ 5,8 bilhões terão de vir do MEC.

Educação foi a pasta que mais sofreu bloqueio em termos absolutos. Ainda que o corte tenha sido proporcionalmente menor do que o de outros ministérios, foi um duro baque. A Lei Orçamentária estabelecia cerca de R$ 23,7 bilhões para despesas discricionárias na Educação como um todo. O governo bloqueou, portanto, quase 25% do dinheiro que estava reservado para custear esses gastos.

Como as universidades federais consomem a maior parte dos recursos do MEC, elas naturalmente seriam alvo de cortes. O ministro disse que, diante desse cenário, foi necessário definir critérios para quem sofreria mais com o bloqueio. O corte anunciado pelo ministro nas três universidades está longe, porém, do contingenciamento determinado pela equipe econômica. Juntas, as três instituições recebem cerca de R$ 165 milhões discricionários.

Direito à expressão

Questionado se essa forma de escolha caracteriza, na prática, uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom. “Só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar”, afirmou. “Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita.”

O MEC não esclareceu quais indicadores de desempenho chamaram a atenção da pasta. Weintraub disse ainda que reitores precisarão redobrar a atenção no caso de festas. “Se aluno se machucar por causa de festa, cortaremos verba.”

Desde 2014, há redução nos repasses para despesas discricionárias das universidades. A crise contribuiu para o cenário. Neste ano, o aperto será mantido. Além da recuperação lenta da economia, há a linha estabelecida por Jair Bolsonaro. O plano de governo já trazia a indicação de que, se eleito, ele daria ênfase à educação básica.

Ao Estado, em sua primeira entrevista no cargo, Weintraub reforçou a diretriz e disse que a política para universidades tem de respeitar “os pagadores de impostos”. “Quando vão na universidade federal fazer festa, arruaça, não ter aula ou fazer seminários absurdos que agregam nada à sociedade, é dinheiro suado que está sendo desperdiçado num país com 60 mil homicídios por ano e mil carências.”

Associação diz que sistema já está ‘no limite’

Apesar de ressaltar o contingenciamento com a suposta “balbúrdia”, outras universidades federais também já registraram congelamento de recursos neste ano. Todas tiveram bloqueio de valores de emendas parlamentares. Além disso, só tiveram 40% do recurso de custeio liberado para o 1.º semestre.

“As universidades estão há anos trabalhando no limite da capacidade. Não acredito que o MEC fará um corte orçamentário com base em juízo de valor, sem antes pedir esclarecimento às universidades. Infelizmente, o bloqueio está ocorrendo para todas as instituições”, disse Reinaldo Centoducatte, reitor da Federal do Espírito Santo (Ufes) e presidente da Andifes, associação de reitores da rede federal.

Avaliação internacional

O ministro ainda acusou UnB, UFBA e UFF de queda no desempenho. No entanto, elas se mantêm em destaque em avaliações internacionais. O ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do ensino superior, mostra que Unb e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição.

Na classificação das melhores da América Latina, a Unb passou da 19.ª posição, em 2017, para 16.ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71.ª para a 30.ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45.º. Segundo a publicação, as três se destacam pela boa avaliação em ensino e pesquisa. E Unb e UFBA aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.

Carlos Monteiro, especialista em gestão pela Universidade de Michigan, ainda avalia como contraditório punir uma universidade com corte de recursos por apresentar queda na qualidade. “O ministro deveria querer entender os motivos dos maus resultados.”/COLABOROU ISABELA PALHARES

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Veículo: Banda B

Editoria: Nacional

Data: 30/04/2019

Link: https://www.bandab.com.br/nacional/mec-cortara-verba-de-universidade-por-balburdia-e-ja-mira-unb-uff-e-ufba/

Título: MEC cortará verba de universidade por ‘balbúrdia’ e já mira UnB, UFF e UFBA

Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação

Por Estadão Conteúdo em 30 de abril, 2019 as 11h25.

O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus câmpus, afirmou o ministro Abraham Weintraub ao jornal O Estado de S. Paulo. Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse. Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro.

De acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”.

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado. Essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam, disse. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” Ele, no entanto, não citou rankings.

De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

Weintraub disse que o corte não afetará serviços como “bandejão” O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar desses recursos integrarem a verba discricionária.

A UNB disse que verificou no sistema bloqueio orçamentário “da ordem de 30%” e espera conseguir revertê-lo. A UFBA e a UFF não se pronunciaram.

O MEC está sendo forçado a definir cortes após o governo anunciar um grande contingenciamento no mês passado. Para garantir que cumprirá a meta fiscal , a equipe econômica estabeleceu que cerca de R$ 30 bilhões dos gastos previstos ficarão congelados. Desse total, R$ 5,8 bilhões terão de vir do MEC.

Educação foi a pasta que mais sofreu bloqueio em termos absolutos. Ainda que o corte tenha sido proporcionalmente menor do que o de outros ministérios, foi um duro baque. A Lei Orçamentária estabelecia cerca de R$ 23,7 bilhões para despesas discricionárias na Educação como um todo. O governo bloqueou, portanto, quase 25% do dinheiro que estava reservado para custear esses gastos.

Como as universidades federais consomem a maior parte dos recursos do MEC, elas naturalmente seriam alvo de cortes. O ministro disse que, diante desse cenário, foi necessário definir critérios para quem sofreria mais com o bloqueio. O corte anunciado pelo ministro nas três universidades está longe, porém, do contingenciamento determinado pela equipe econômica. Juntas, as três instituições recebem cerca de R$ 165 milhões discricionários.

Direito à expressão

Questionado se essa forma de escolha caracteriza, na prática, uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom. “Só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar”, afirmou. “Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita.”

O MEC não esclareceu quais indicadores de desempenho chamaram a atenção da pasta. Weintraub disse ainda que reitores precisarão redobrar a atenção no caso de festas. “Se aluno se machucar por causa de festa, cortaremos verba.”

Desde 2014, há redução nos repasses para despesas discricionárias das universidades. A crise contribuiu para o cenário. Neste ano, o aperto será mantido. Além da recuperação lenta da economia, há a linha estabelecida por Jair Bolsonaro. O plano de governo já trazia a indicação de que, se eleito, ele daria ênfase à educação básica.

Ao Estado, em sua primeira entrevista no cargo, Weintraub reforçou a diretriz e disse que a política para universidades tem de respeitar “os pagadores de impostos”. “Quando vão na universidade federal fazer festa, arruaça, não ter aula ou fazer seminários absurdos que agregam nada à sociedade, é dinheiro suado que está sendo desperdiçado num país com 60 mil homicídios por ano e mil carências.”

‘No limite’

Apesar de ressaltar o contingenciamento com a suposta “balbúrdia”, outras universidades federais também já registraram congelamento de recursos neste ano. Todas tiveram bloqueio de valores de emendas parlamentares. Além disso, só tiveram 40% do recurso de custeio liberado para o 1.º semestre.

“As universidades estão há anos trabalhando no limite da capacidade. Não acredito que o MEC fará um corte orçamentário com base em juízo de valor, sem antes pedir esclarecimento às universidades. Infelizmente, o bloqueio está ocorrendo para todas as instituições”, disse Reinaldo Centoducatte, reitor da Federal do Espírito Santo (Ufes) e presidente da Andifes, associação de reitores da rede federal.

Avaliação internacional. O ministro ainda acusou UnB, UFBA e UFF de queda no desempenho. No entanto, elas se mantêm em destaque em avaliações internacionais. O ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do ensino superior, mostra que Unb e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição. Na classificação das melhores da América Latina, a Unb passou da 19.ª posição, em 2017, para 16.ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71.ª para a 30.ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45.º. Segundo a publicação, as três se destacam pela boa avaliação em ensino e pesquisa. E Unb e UFBA aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.

Carlos Monteiro, especialista em gestão pela Universidade de Michigan, ainda avalia como contraditório punir uma universidade com corte de recursos por apresentar queda na qualidade. “O ministro deveria querer entender os motivos dos maus resultados

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Veículo: IstoÉ

Editoria: Geral

Data: 30/04/2019

Link: https://istoe.com.br/mec-cortara-verba-de-universidade-por-balburdia-e-ja-mira-unb-uff-e-ufba/

Título: MEC cortará verba de universidade por ‘balbúrdia’ e já mira UnB, UFF e UFBA

Estadão Conteúdo

30/04/19 – 11h10

O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus câmpus, afirmou o ministro Abraham Weintraub ao jornal O Estado de S. Paulo. Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse. Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro.

De acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”.

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado. Essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam, disse. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” Ele, no entanto, não citou rankings.

De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

Weintraub disse que o corte não afetará serviços como “bandejão”. O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar desses recursos integrarem a verba discricionária.

A UNB disse que verificou no sistema bloqueio orçamentário “da ordem de 30%” e espera conseguir revertê-lo. A UFBA e a UFF não se pronunciaram.

O MEC está sendo forçado a definir cortes após o governo anunciar um grande contingenciamento no mês passado. Para garantir que cumprirá a meta fiscal , a equipe econômica estabeleceu que cerca de R$ 30 bilhões dos gastos previstos ficarão congelados. Desse total, R$ 5,8 bilhões terão de vir do MEC.

Educação foi a pasta que mais sofreu bloqueio em termos absolutos. Ainda que o corte tenha sido proporcionalmente menor do que o de outros ministérios, foi um duro baque. A Lei Orçamentária estabelecia cerca de R$ 23,7 bilhões para despesas discricionárias na Educação como um todo. O governo bloqueou, portanto, quase 25% do dinheiro que estava reservado para custear esses gastos.

Como as universidades federais consomem a maior parte dos recursos do MEC, elas naturalmente seriam alvo de cortes. O ministro disse que, diante desse cenário, foi necessário definir critérios para quem sofreria mais com o bloqueio. O corte anunciado pelo ministro nas três universidades está longe, porém, do contingenciamento determinado pela equipe econômica. Juntas, as três instituições recebem cerca de R$ 165 milhões discricionários.

Direito à expressão

Questionado se essa forma de escolha caracteriza, na prática, uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom. “Só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar”, afirmou. “Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita.”

O MEC não esclareceu quais indicadores de desempenho chamaram a atenção da pasta. Weintraub disse ainda que reitores precisarão redobrar a atenção no caso de festas. “Se aluno se machucar por causa de festa, cortaremos verba.”

Desde 2014, há redução nos repasses para despesas discricionárias das universidades. A crise contribuiu para o cenário. Neste ano, o aperto será mantido. Além da recuperação lenta da economia, há a linha estabelecida por Jair Bolsonaro. O plano de governo já trazia a indicação de que, se eleito, ele daria ênfase à educação básica.

Ao Estado, em sua primeira entrevista no cargo, Weintraub reforçou a diretriz e disse que a política para universidades tem de respeitar “os pagadores de impostos”. “Quando vão na universidade federal fazer festa, arruaça, não ter aula ou fazer seminários absurdos que agregam nada à sociedade, é dinheiro suado que está sendo desperdiçado num país com 60 mil homicídios por ano e mil carências.”

‘No limite’

Apesar de ressaltar o contingenciamento com a suposta “balbúrdia”, outras universidades federais também já registraram congelamento de recursos neste ano. Todas tiveram bloqueio de valores de emendas parlamentares. Além disso, só tiveram 40% do recurso de custeio liberado para o 1.º semestre.

“As universidades estão há anos trabalhando no limite da capacidade. Não acredito que o MEC fará um corte orçamentário com base em juízo de valor, sem antes pedir esclarecimento às universidades. Infelizmente, o bloqueio está ocorrendo para todas as instituições”, disse Reinaldo Centoducatte, reitor da Federal do Espírito Santo (Ufes) e presidente da Andifes, associação de reitores da rede federal.

Avaliação internacional. O ministro ainda acusou UnB, UFBA e UFF de queda no desempenho. No entanto, elas se mantêm em destaque em avaliações internacionais. O ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do ensino superior, mostra que Unb e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição. Na classificação das melhores da América Latina, a Unb passou da 19.ª posição, em 2017, para 16.ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71.ª para a 30.ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45.º. Segundo a publicação, as três se destacam pela boa avaliação em ensino e pesquisa. E Unb e UFBA aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.

Carlos Monteiro, especialista em gestão pela Universidade de Michigan, ainda avalia como contraditório punir uma universidade com corte de recursos por apresentar queda na qualidade. “O ministro deveria querer entender os motivos dos maus resultados.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Veículo: R7

Editoria: Educação

Data: 30/04/2019

Link: https://noticias.r7.com/educacao/mec-cortara-verba-de-universidade-e-ja-mira-unb-uff-e-ufba-30042019

Título: MEC cortará verba de universidade e já mira UnB, UFF e UFBA

Segundo Abraham Weintraub os cortes serão feitos de acordo com o desempenho e, ao mesmo tempo, para os que fizerem ‘balbúrdia’

Agência Estado EDUCAÇÃO por Agência Estado  30/04/2019 – 11h25 (Atualizado em 30/04/2019 – 12h21)

Abraham Weintraub corta verba de universidades

Rafael Carvalho/ Agência Brasil 08.04.2019

O MEC (Ministério da Educação) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus câmpus, afirmou o ministro Abraham Weintraub ao jornal O Estado de S. Paulo. Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse. Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.

Os desafios que o novo ministro de Bolsonaro vai enfrentar no MEC

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro.

De acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”.

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado. Essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam, disse. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” Ele, no entanto, não citou rankings.

De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

Weintraub disse que o corte não afetará serviços como “bandejão”. O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar desses recursos integrarem a verba discricionária.

A UNB disse que verificou no sistema bloqueio orçamentário “da ordem de 30%” e espera conseguir revertê-lo. A UFBA e a UFF não se pronunciaram.

O MEC está sendo forçado a definir cortes após o governo anunciar um grande contingenciamento no mês passado. Para garantir que cumprirá a meta fiscal , a equipe econômica estabeleceu que cerca de R$ 30 bilhões dos gastos previstos ficarão congelados. Desse total, R$ 5,8 bilhões terão de vir do MEC.

Educação foi a pasta que mais sofreu bloqueio em termos absolutos. Ainda que o corte tenha sido proporcionalmente menor do que o de outros ministérios, foi um duro baque. A Lei Orçamentária estabelecia cerca de R$ 23,7 bilhões para despesas discricionárias na Educação como um todo. O governo bloqueou, portanto, quase 25% do dinheiro que estava reservado para custear esses gastos.

Como as universidades federais consomem a maior parte dos recursos do MEC, elas naturalmente seriam alvo de cortes. O ministro disse que, diante desse cenário, foi necessário definir critérios para quem sofreria mais com o bloqueio. O corte anunciado pelo ministro nas três universidades está longe, porém do contingenciamento determinado pela equipe econômica. Juntas, as três instituições recebem cerca de R$ 165 milhões discricionários.

Direito à expressão

Questionado se essa forma de escolha caracteriza, na prática, uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom. “Só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar”, afirmou. “Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita.”

O MEC não esclareceu quais indicadores de desempenho chamaram a atenção da pasta. Weintraub disse ainda que reitores precisarão redobrar a atenção no caso de festas. “Se aluno se machucar por causa de festa, cortaremos verba.”

Desde 2014, há redução nos repasses para despesas discricionárias das universidades. A crise contribuiu para o cenário. Neste ano, o aperto será mantido. Além da recuperação lenta da economia, há a linha estabelecida por Jair Bolsonaro. O plano de governo já trazia a indicação de que, se eleito, ele daria ênfase à educação básica.

Ao Estado, em sua primeira entrevista no cargo, Weintraub reforçou a diretriz e disse que a política para universidades tem de respeitar “os pagadores de impostos”. “Quando vão na universidade federal fazer festa, arruaça, não ter aula ou fazer seminários absurdos que agregam nada à sociedade, é dinheiro suado que está sendo desperdiçado num país com 60 mil homicídios por ano e mil carências.”

‘No limite’

Apesar de ressaltar o contingenciamento com a suposta “balbúrdia”, outras universidades federais também já registraram congelamento de recursos neste ano. Todas tiveram bloqueio de valores de emendas parlamentares. Além disso, só tiveram 40% do recurso de custeio liberado para o 1.º semestre.

“As universidades estão há anos trabalhando no limite da capacidade. Não acredito que o MEC fará um corte orçamentário com base em juízo de valor, sem antes pedir esclarecimento às universidades. Infelizmente, o bloqueio está ocorrendo para todas as instituições”, disse Reinaldo Centoducatte, reitor da Federal do Espírito Santo (Ufes) e presidente da Andifes, associação de reitores da rede federal.

Avaliação internacional. O ministro ainda acusou UnB, UFBA e UFF de queda no desempenho. No entanto, elas se mantêm em destaque em avaliações internacionais. O ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do ensino superior, mostra que Unb e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição. Na classificação das melhores da América Latina, a Unb passou da 19.ª posição, em 2017, para 16.ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71.ª para a 30.ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45.º. Segundo a publicação, as três se destacam pela boa avaliação em ensino e pesquisa. E Unb e UFBA aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.

Carlos Monteiro, especialista em gestão pela Universidade de Michigan, ainda avalia como contraditório punir uma universidade com corte de recursos por apresentar queda na qualidade. “O ministro deveria querer entender os motivos dos maus resultados.

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Veículo: Último Segundo IG

Editoria: Educação

Data: 30/04/2019

Link: https://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2019-04-30/mec-vai-cortar-verbas-de-universidades-por-balburdia-e-ja-mira-unb-uff-e-ufba.html

Título: MEC vai cortar verbas de universidades por ‘balbúrdia’ e já mira UnB, UFF e UFBA

2Por iG São Paulo | 30/04/2019 10:23 – Atualizada às 30/04/2019 10:30

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De acordo com ministro, a universidade que “em vez que procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiver fazendo balbúrdia, terá verba reduzida”

UnB (Universidade de Brasília)

Wilson Dias/Agência Brasil

UnB (Universidade de Brasília) é uma das instituições que seriam enquadradas por ‘balbúrdia’ na avaliação do ministro

O Ministério da Educação (MEC) deve cortar recursos de universidades brasileiras que não apresentarem o desempenho acadêmico esperado e que, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus câmpus. A informação foi revelada pelo próprio ministro da Educação, Abraham Weintraub, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo , publicada nesta terça-feira (30).

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia , terão verbas reduzidas”, disse o ministro, que já enquadrou três instituições nesses critérios: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA) já tiveram repasses reduzidos.

Ainda de acordo com o ministro, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, também está sob avaliação. Segundo o ministro, essas universidades penalizadas têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário.

“A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Perguntado sobre o que seria um exemplos de balbúrdia, o ministro citou “sem-terra dentro do campus, gente pelada dentro do campus”. Para ele, antes de festas e eventos, “a lição de casa precisa estar feita”. Para tanto, ele exemplificou com “publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking”. Contudo, o ministro não citou quais os rankings analisados para a sua avaliação.

Como punição, tanto a UnB . a UFF e a UFBA  tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Esses cortes do MEC atingem as chamadas despesas discricionárias, que são destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza e bolsas de auxílio a estudantes.

Penalizadas pelo MEC, mas bem avaliadas internacionalmente

Por sua vez, a UnB afirmou à imprensa que verificou no sistema o bloqueio orçamentário “da ordem de 30%” e espera conseguir revertê-lo. Já a UFBA e a UFF não se pronunciaram.

Acusadas de apresentar queda no desempenho, as três instituições se mantêm em destaque em avaliações internacionais.  O ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do ensino superior, mostra que Unb e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição.

Na classificação das melhores da América Latina, a Unb passou da 19.ª posição, em 2017, para 16.ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71.ª para a 30.ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45.º. Além disso, as três universidades acusadas de balbúrdia e pouco desempenho se destacaram pela boa avaliação em ensino e pesquisa. A Unb e a UFBA aparecem, inclusive, entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.

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Veículo: Conteúdo MS

Editoria: Nacional

Data: 30/04/2019

Link: https://conteudoms.com/site/ver-conteudo/mec-cortara-verba-de-universidades-por-balburdia

Título: MEC cortará verba de universidades por ‘balbúrdia’

Três universidades estão na mira do governo: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Via Redação | Publicado por Redação |  30 de Abril de 2019 (Terça)às 14:10:46

O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus câmpus, afirmou o ministro Abraham Weintraub ao jornal O Estado de S. Paulo. Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse. Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro.

De acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”.

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado. Essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam, disse. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” Ele, no entanto, não citou rankings.

De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

Weintraub disse que o corte não afetará serviços como “bandejão”. O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar desses recursos integrarem a verba discricionária.

A UNB disse que verificou no sistema bloqueio orçamentário “da ordem de 30%” e espera conseguir revertê-lo. A UFBA e a UFF não se pronunciaram.

O MEC está sendo forçado a definir cortes após o governo anunciar um grande contingenciamento no mês passado. Para garantir que cumprirá a meta fiscal , a equipe econômica estabeleceu que cerca de R$ 30 bilhões dos gastos previstos ficarão congelados. Desse total, R$ 5,8 bilhões terão de vir do MEC.

Educação foi a pasta que mais sofreu bloqueio em termos absolutos. Ainda que o corte tenha sido proporcionalmente menor do que o de outros ministérios, foi um duro baque. A Lei Orçamentária estabelecia cerca de R$ 23,7 bilhões para despesas discricionárias na Educação como um todo. O governo bloqueou, portanto, quase 25% do dinheiro que estava reservado para custear esses gastos.

Como as universidades federais consomem a maior parte dos recursos do MEC, elas naturalmente seriam alvo de cortes. O ministro disse que, diante desse cenário, foi necessário definir critérios para quem sofreria mais com o bloqueio. O corte anunciado pelo ministro nas três universidades está longe, porém, do contingenciamento determinado pela equipe econômica. Juntas, as três instituições recebem cerca de R$ 165 milhões discricionários.

Direito à expressão

Questionado se essa forma de escolha caracteriza, na prática, uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom. “Só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar”, afirmou. “Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita.”

O MEC não esclareceu quais indicadores de desempenho chamaram a atenção da pasta. Weintraub disse ainda que reitores precisarão redobrar a atenção no caso de festas. “Se aluno se machucar por causa de festa, cortaremos verba.”

Desde 2014, há redução nos repasses para despesas discricionárias das universidades. A crise contribuiu para o cenário. Neste ano, o aperto será mantido. Além da recuperação lenta da economia, há a linha estabelecida por Jair Bolsonaro. O plano de governo já trazia a indicação de que, se eleito, ele daria ênfase à educação básica.

Ao Estado, em sua primeira entrevista no cargo, Weintraub reforçou a diretriz e disse que a política para universidades tem de respeitar “os pagadores de impostos”. “Quando vão na universidade federal fazer festa, arruaça, não ter aula ou fazer seminários absurdos que agregam nada à sociedade, é dinheiro suado que está sendo desperdiçado num país com 60 mil homicídios por ano e mil carências.”

‘No limite’

Apesar de ressaltar o contingenciamento com a suposta “balbúrdia”, outras universidades federais também já registraram congelamento de recursos neste ano. Todas tiveram bloqueio de valores de emendas parlamentares. Além disso, só tiveram 40% do recurso de custeio liberado para o 1.º semestre.

“As universidades estão há anos trabalhando no limite da capacidade. Não acredito que o MEC fará um corte orçamentário com base em juízo de valor, sem antes pedir esclarecimento às universidades. Infelizmente, o bloqueio está ocorrendo para todas as instituições”, disse Reinaldo Centoducatte, reitor da Federal do Espírito Santo (Ufes) e presidente da Andifes, associação de reitores da rede federal.

Avaliação internacional. O ministro ainda acusou UnB, UFBA e UFF de queda no desempenho. No entanto, elas se mantêm em destaque em avaliações internacionais. O ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do ensino superior, mostra que Unb e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição. Na classificação das melhores da América Latina, a Unb passou da 19.ª posição, em 2017, para 16.ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71.ª para a 30.ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45.º. Segundo a publicação, as três se destacam pela boa avaliação em ensino e pesquisa. E Unb e UFBA aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.

Carlos Monteiro, especialista em gestão pela Universidade de Michigan, ainda avalia como contraditório punir uma universidade com corte de recursos por apresentar queda na qualidade. “O ministro deveria querer entender os motivos dos maus resultados.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Veículo: Veja

Editoria: Brasil

Data: 30/04/2019

Link: https://veja.abril.com.br/brasil/universidades-com-balburdia-terao-verbas-reduzidas-diz-weintraub/

Título: Universidades com ‘balbúrdia’ terão verbas reduzidas, diz Weintraub

Critério já diminuiu repasses para três instituições federais: a UnB, a UFF e a UFBA

Por Da Redação

Publicado em 30 abr 2019, 10h05

O ministro da Educação Abraham Weintraub afirmou que o Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e estiverem promovendo “balbúrdia” em seus campi. “Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro ao Estado.

Segundo Weintraub, três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA). A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação, afirmou o ministro.

O ministro afirmou que, no ambiente universitário, acontecem eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “sem-terra dentro do campus, gente pelada dentro do campus”.

De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% da sua dotação orçamentária anual bloqueada, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

Weintraub afirmou que o corte não afetará serviços como o “bandejão”. O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar de esses recursos integrarem a verba discricionária.

A UnB disse que verificou no sistema bloqueio orçamentário “da ordem de 30%” e espera conseguir revertê-lo. A UFBA e a UFF não se pronunciaram.

(Com Estadão Conteúdo)

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Veículo: Renova Mídia

Editoria: Brasil

Data: 30/04/2019

Link: https://renovamidia.com.br/mec-reduz-verbas-de-universidades-promovendo-balburdia/

Título: MEC reduz verbas de universidades promovendo ‘balbúrdia’

TARCISO MORAIS

Fundador e editor-chefe da RENOVA Mídia.

Após comício do petista Fernando Haddad na UnB semana passada, o MEC tomou medidas para evitar que instituições de ensino sejam utilizadas para promover “balbúrdia”.

O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado.

Instituições de ensino superior que estiverem promovendo “balbúrdia” em seus câmpus também terão suas verbas reduzidas, afirmou o ministro Abraham Weintraub ao jornal Estadão.

Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos:

Universidade de Brasília (UnB);

Universidade Federal Fluminense (UFF);

Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Segundo Weintraub, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.

De acordo com o ministro, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário.

Weintraub afirmou:

“A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo. […] Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus.”

Na semana passada, durante um comício dentro da UnB, o petista Fernando Haddad atacou duramente o presidente da República, Jair Bolsonaro, chegando até a convocar protestos contra o “governo fascista”, como noticiou a RENOVA.

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Veículo: Blog do Mário Flávio

Editoria: Notícias

Data: 30/04/2019

Link: https://blogdomarioflavio.com.br/vs3/mec-cortara-verba-de-universidade-por-balburdia-e-ja-enquadra-unb-uff-e-ufba/

Título: MEC cortará verba de universidade por ‘balbúrdia’ e já enquadra UnB, UFF e UFBA

30 de abril de 2019 Notícias

Do Estado de São Paulo

O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus câmpus, afirmou o ministro Abraham Weintraub ao Estado. Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse. Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro.

De acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”.

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado. Essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam, disse. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” Ele, no entanto, não citou rankings.

De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

Weintraub disse que o corte não afetará serviços como “bandejão”. O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar desses recursos integrarem a verba discricionária.

A UNB disse que verificou no sistema bloqueio orçamentário “da ordem de 30%” e espera conseguir revertê-lo. A UFBA e a UFF não se pronunciaram.

O MEC está sendo forçado a definir cortes após o governo anunciar um grande contingenciamento no mês passado. Para garantir que cumprirá a meta fiscal , a equipe econômica estabeleceu que cerca de R$ 30 bilhões dos gastos previstos ficarão congelados. Desse total, R$ 5,8 bilhões terão de vir do MEC.

Educação foi a pasta que mais sofreu bloqueio em termos absolutos. Ainda que o corte tenha sido proporcionalmente menor do que o de outros ministérios, foi um duro baque. A Lei Orçamentária estabelecia cerca de R$ 23,7 bilhões para despesas discricionárias na Educação como um todo. O governo bloqueou, portanto, quase 25% do dinheiro que estava reservado para custear esses gastos.

Como as universidades federais consomem a maior parte dos recursos do MEC, elas naturalmente seriam alvo de cortes. O ministro disse que, diante desse cenário, foi necessário definir critérios para quem sofreria mais com o bloqueio. O corte anunciado pelo ministro nas três universidades está longe, porém, do contingenciamento determinado pela equipe econômica. Juntas, as três instituições recebem cerca de R$ 165 milhões discricionários.

Direito à expressão

Questionado se essa forma de escolha caracteriza, na prática, uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom. “Só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar”, afirmou. “Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita.”

O MEC não esclareceu quais indicadores de desempenho chamaram a atenção da pasta. Weintraub disse ainda que reitores precisarão redobrar a atenção no caso de festas. “Se aluno se machucar por causa de festa, cortaremos verba.”

Desde 2014, há redução nos repasses para despesas discricionárias das universidades. A crise contribuiu para o cenário. Neste ano, o aperto será mantido. Além da recuperação lenta da economia, há a linha estabelecida por Jair Bolsonaro. O plano de governo já trazia a indicação de que, se eleito, ele daria ênfase à educação básica.

Ao Estado, em sua primeira entrevista no cargo, Weintraub reforçou a diretriz e disse que a política para universidades tem de respeitar “os pagadores de impostos”. “Quando vão na universidade federal fazer festa, arruaça, não ter aula ou fazer seminários absurdos que agregam nada à sociedade, é dinheiro suado que está sendo desperdiçado num país com 60 mil homicídios por ano e mil carências.”

Associação diz que sistema já está ‘no limite’

Apesar de ressaltar o contingenciamento com a suposta “balbúrdia”, outras universidades federais também já registraram congelamento de recursos neste ano. Todas tiveram bloqueio de valores de emendas parlamentares. Além disso, só tiveram 40% do recurso de custeio liberado para o 1.º semestre.

“As universidades estão há anos trabalhando no limite da capacidade. Não acredito que o MEC fará um corte orçamentário com base em juízo de valor, sem antes pedir esclarecimento às universidades. Infelizmente, o bloqueio está ocorrendo para todas as instituições”, disse Reinaldo Centoducatte, reitor da Federal do Espírito Santo (Ufes) e presidente da Andifes, associação de reitores da rede federal.

Avaliação internacional

O ministro ainda acusou UnB, UFBA e UFF de queda no desempenho. No entanto, elas se mantêm em destaque em avaliações internacionais. O ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do ensino superior, mostra que Unb e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição.

Na classificação das melhores da América Latina, a Unb passou da 19.ª posição, em 2017, para 16.ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71.ª para a 30.ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45.º. Segundo a publicação, as três se destacam pela boa avaliação em ensino e pesquisa. E Unb e UFBA aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.

Carlos Monteiro, especialista em gestão pela Universidade de Michigan, ainda avalia como contraditório punir uma universidade com corte de recursos por apresentar queda na qualidade. “O ministro deveria querer entender os motivos dos maus resultados.”/COLABOROU ISABELA PALHARES

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Veículo: Bahia Extremo Sul

Editoria: Artigo

Data: 30/04/2019

Link: https://bahiaextremosul.com.br/artigo/mec-cortara-verba-de-universidade-unb-uff-e-ufba-ja-sofrem

Título: MEC cortará verba de universidade; UnB, UFF e UFBA já sofrem

Governo definiu contingenciamento de R$ 5,8 bilhões para Educação.

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Renata Agostini

BRASÍLIA – O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus campi, afirmou o ministro. Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse. Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro.

De acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”.

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado. Essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam, disse. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” Ele, no entanto, não citou rankings.

De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

Weintraub disse que o corte não afetará serviços como “bandejão”. O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar desses recursos integrarem a verba discricionária.

A UNB disse que verificou no sistema bloqueio orçamentário “da ordem de 30%” e espera conseguir revertê-lo. A UFBA e a UFF não se pronunciaram.

O MEC está sendo forçado a definir cortes após o governo anunciar um grande contingenciamento no mês passado. Para garantir que cumprirá a meta fiscal, a equipe econômica estabeleceu que cerca de R$ 30 bilhões dos gastos previstos ficarão congelados. Desse total, R$ 5,8 bilhões terão de vir do MEC.

Educação foi a pasta que mais sofreu bloqueio em termos absolutos. Ainda que o corte tenha sido proporcionalmente menor do que o de outros ministérios, foi um duro baque. A Lei Orçamentária estabelecia cerca de R$ 23,7 bilhões para despesas discricionárias na Educação como um todo. O governo bloqueou, portanto, quase 25% do dinheiro que estava reservado para custear esses gastos.

Como as universidades federais consomem a maior parte dos recursos do MEC, elas naturalmente seriam alvo de cortes. O ministro disse que, diante desse cenário, foi necessário definir critérios para quem sofreria mais com o bloqueio. O corte anunciado pelo ministro nas três universidades está longe, porém, do contingenciamento determinado pela equipe econômica. Juntas, as três instituições recebem cerca de R$ 165 milhões discricionários.

Direito à expressão

Questionado se essa forma de escolha caracteriza, na prática, uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom. “Só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar”, afirmou. “Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita.”

O MEC não esclareceu quais indicadores de desempenho chamaram a atenção da pasta. Weintraub disse ainda que reitores precisarão redobrar a atenção no caso de festas. “Se aluno se machucar por causa de festa, cortaremos verba.”

Desde 2014, há redução nos repasses para despesas discricionárias das universidades. A crise contribuiu para o cenário. Neste ano, o aperto será mantido. Além da recuperação lenta da economia, há a linha estabelecida por Jair Bolsonaro. O plano de governo já trazia a indicação de que, se eleito, ele daria ênfase à educação básica.

Ao Estado, em sua primeira entrevista no cargo, Weintraub reforçou a diretriz e disse que a política para universidades tem de respeitar “os pagadores de impostos”. “Quando vão na universidade federal fazer festa, arruaça, não ter aula ou fazer seminários absurdos que agregam nada à sociedade, é dinheiro suado que está sendo desperdiçado num país com 60 mil homicídios por ano e mil carências.”

Associação diz que sistema já está ‘no limite’

Apesar de ressaltar o contingenciamento com a suposta “balbúrdia”, outras universidades federais também já registraram congelamento de recursos neste ano. Todas tiveram bloqueio de valores de emendas parlamentares. Além disso, só tiveram 40% do recurso de custeio liberado para o 1.º semestre.

“As universidades estão há anos trabalhando no limite da capacidade. Não acredito que o MEC fará um corte orçamentário com base em juízo de valor, sem antes pedir esclarecimento às universidades. Infelizmente, o bloqueio está ocorrendo para todas as instituições”, disse Reinaldo Centoducatte, reitor da Federal do Espírito Santo (Ufes) e presidente da Andifes, associação de reitores da rede federal.

Avaliação internacional

O ministro ainda acusou UnB, UFBA e UFF de queda no desempenho. No entanto, elas se mantêm em destaque em avaliações internacionais. O ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do ensino superior, mostra que Unb e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição.

Na classificação das melhores da América Latina, a Unb passou da 19.ª posição, em 2017, para 16.ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71.ª para a 30.ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45.º. Segundo a publicação, as três se destacam pela boa avaliação em ensino e pesquisa. E Unb e UFBA aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.

Carlos Monteiro, especialista em gestão pela Universidade de Michigan, ainda avalia como contraditório punir uma universidade com corte de recursos por apresentar queda na qualidade. “O ministro deveria querer entender os motivos dos maus resultados.

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Veículo: Jornal Metrópoles

Editoria: Distrito Federal

Data: 30/04/2019

Link: https://www.metropoles.com/distrito-federal/unb-confirma-bloqueio-de-30-em-verba-e-diz-que-nao-faz-balburdia

Título: UnB confirma bloqueio de 30% em verba e diz que não faz “balbúrdia”

Em resposta às declarações do ministro da Educação, instituição afirmou que promove “debate político” e destacou bom desempenho

DISTRITO FEDERAL

FELIPE MENEZES/METRÓPOLES

Márcia Delgado

30/04/2019 10:16 . atualizado em 30/04/2019 15:51

A Universidade de Brasília (UnB), que enfrentou uma crise sem precedentes no ano passado, pode ter a situação financeira agravada. O Ministério da Educação (MEC) fez o bloqueio de 30% do orçamento da instituição, segundo confirmou a própria entidade, por meio de nota nesta segunda-feira (30/04/2019). O corte implica em R$ 38 milhões a menos.

Em entrevista ao O Estado de São Paulo, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou que as instituições que estiverem promovendo “balbúrdia”, eventos políticos, manifestações partidárias, em seus campus e com desempenho abaixo do esperado terão a verba cortada. Na quinta-feira (25/04/2019), a universidade recebeu o ex-presidenciável Fernando Haddad (PT). O que era para ser um debate sobre educação tornou-se um verdadeiro comício político contra o governo Jair Bolsonaro (PSL).

O ministro ainda revelou que três universidades já foram enquadradas nos novos critérios e tiveram repasses reduzidos: a UnB, a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA).

“A UnB não foi oficialmente comunicada de nenhum corte. A área técnica verificou, contudo, um bloqueio orçamentário da ordem de 30% no sistema. A instituição está, neste momento, avaliando a situação e tem a expectativa de que o bloqueio possa ser revertido”, destacou a universidade, por meio de nota.

No mesmo informe, a Universidade de Brasília pontuou que é uma instituições “com reconhecida excelência acadêmica no país, atestada em rankings nacionais e internacionais”. “Temos nota 5, a máxima, no Índice Geral de Cursos (IGC) do MEC, a avaliação oficial da pasta para os cursos de graduação.”

Informou ainda que é considerada a oitava melhor universidade brasileira, segundo avaliação do Times Higher Education (THE), uma organização britânica que acompanha o desempenho de instituições de ensino superior em todo o mundo. “Há dois anos, ocupávamos a 11ª posição”, assinalou.

Por fim, pontuou que “a Administração Superior da UnB não promove eventos de cunho político-partidário em seus espaços. “Como toda universidade, é palco para o debate livre, crítico, organizado por sua comunidade, com tolerância e respeito à diversidade e à pluralidade.”

Segundo o ministro da Educação disse ao Estadão, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, também está sob avaliação e pode ter corte no orçamento. “Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse, segundo a reportagem.

O deputado distrital e presidente do PSol no DF, Fábio Félix, classifica a medida como “mordaça”. “Para cercear a liberdade de expressão nas universidades públicas brasileiras, o governo Bolsonaro recorre à mentira para cortar o orçamento de três instituições de ensino”, disse. Na tarde desta terça, estudantes fizeram uma manifestação na UnB.

O encontro foi na frente do Restaurante Universitário e foi pacífico. Estudante de psicologia, Bruno Zaidan disse que o ato era para mostrar que “a imagem que o governo tenta passar das universidades não é verdadeira”. “Estamos aqui para estudar e vivenciar a UnB, e não para tumultuar”, acrescentou.

Estudantes da pós-graduação também compareceram. Danielle Sanchez, 32, integra o coletivo Barulho e cursa políticas públicas — infância, juventude e diversidade — na UnB. “As pessoas ainda não têm noção ainda do que significa esse corte. Prejudica os estudantes bolsistas, de renda mais baixa. Um ataque direto a esse perfil de estudantes: a maioria pretos, periféricos”, ressaltou.

UnB confirma bloqueio de 30% em verba e diz que não faz “balbúrdia”

De acordo com o ministro Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra e gente pelada dentro do campus”.

Weintraub não detalhou quais manifestações ocorreram nas universidades citadas, mas disse que esse não foi o único ponto observado. Essas instituições também estão apresentando resultados aquém do que deveriam, disse. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” Ele, no entanto, não citou rankings.

De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

Weintraub disse que o corte não afetará serviços como o do “bandejão”. O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar desses recursos integrarem a verba discricionária.

O MEC está sendo forçado a definir cortes após o governo anunciar um grande contingenciamento no mês passado. Para garantir que cumprirá a meta fiscal, a equipe econômica estabeleceu que cerca de R$ 30 bilhões dos gastos previstos ficarão congelados. Desse total, R$ 5,8 bilhões terão de vir do MEC.

Educação foi a pasta que mais sofreu bloqueio em termos absolutos. Ainda que o corte tenha sido proporcionalmente menor do que o de outros ministérios, foi um duro baque. A Lei Orçamentária estabelecia cerca de R$ 23,7 bilhões para despesas discricionárias na educação como um todo. O governo bloqueou, portanto, quase 25% do dinheiro que estava reservado para custear esses gastos.

Como as universidades federais consomem a maior parte dos recursos do MEC, elas naturalmente seriam alvo de cortes. O ministro disse que, diante desse cenário, foi necessário definir critérios para quem sofreria mais com o bloqueio. O corte anunciado pelo ministro nas três universidades está longe, porém, do contingenciamento determinado pela equipe econômica. Juntas, as três instituições recebem cerca de R$ 165 milhões discricionários.

Direito à expressão

Questionado se essa forma de escolha caracteriza, na prática, uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, o ministro afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom. “Só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar”, afirmou. “Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita.”

O MEC não esclareceu quais indicadores de desempenho chamaram a atenção da pasta. Weintraub disse, ainda, que reitores precisarão redobrar a atenção no caso de festas. “Se aluno se machucar por causa de festa, cortaremos verba.”

O Metrópoles mostrou, em muitas reportagens, a crise enfrentada pela UnB. A última garfada no orçamento foi também em 2018, quando a instituição perdeu R$ 80 milhões. Essa verba – arrecadada pela universidade para pagamento de parcerias e investimento em estrutura, como laboratórios e biblioteca – teve a destinação alterada para quitar dívidas de pessoal, como as aposentadorias de servidores públicos federais.

Com informações de O Estado de São Paulo

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