Veículo: Executivos Financeiros
Editoria: Educação e Treinamento
Data: 19/04/2019
Título: Abertas as inscrições para bolsas do programa Summer Job do CESAR
Sexta, 19 Abril 2019 00:00 Escrito por Redação
Abertas as inscrições para bolsas do programa Summer Job do CESAR
O CESAR fornecerá ao aluno, a título de ajuda de custo, o valor total de R$ 2.000,00 para as seis semanas de projeto, pagos em 2 parcelas
Alunos do quarto ano de cursos de Ciência da Computação, Engenharia da Computação, Design, Engenharia Elétrica/Eletrônica, Administração, Economia, Publicidade e ou cursos afins podem se inscrever para as bolsas do programa Summer Job até o dia 16 de maio, exclusivamente pelo site do projetohttp://summerjob.cesar.org.br
O CESAR fornecerá ao aluno, a título de ajuda de custo, o valor total de R$ 2.000,00 (dois mil reais) para as seis semanas de projeto, pagos em 2 parcelas: 50% na primeira semana do programa e 50% na última semana. Também providenciará gratuitamente ao aluno selecionado, passagens aéreas de ida e volta da sua cidade de residência até a unidade do CESAR escolhida para participar do programa. Limitando-se ao tráfego dentro do território nacional.
O candidato deve estar matriculado em instituição de ensino de nível superior (bacharelado ou tecnólogo) cuja data de conclusão seja igual ou maior do que dezembro de 2019, ter disponibilidade de 40h semanais para se dedicar ao programa, ter perfil empreendedor e grande interesse por tecnologias e inovação. É necessário Inglês Fluente ou avançado, pois muitos materiais disponibilizados serão em inglês, então o aluno precisará ter pelo menos fluência de leitura na língua inglesa.
O aluno poderá se candidatar para participar do programa em Recife-PE, na sede do CESAR, bem como nas regionais do centro de inovação em Sorocaba-SP, Curitiba-PR ou Manaus-AM. No ato da inscrição o candidato poderá assinalar até três opções de cidade em ordem de preferência. Para a edição de 2019.2 o aluno também poderá optar por fazer o CESAR Summer Job em Foz do Iguaçu – PR no PTI ou em Recife-PE no ISI-TICs.
O Programa Summer Job permite que os estudantes obtenham experiência prática na área de tecnologia, além de potencializar habilidades, identificar talentos e proporcionar um ambiente de experimentação rápida para as empresas patrocinadoras. As turmas são formadas por quatro participantes de diferentes cursos, como: Engenharia e Ciência da Computação, Design, Administração, Engenharia Elétrica e Eletrônica, Publicidade e Propaganda, Marketing, entre outros. Nesta edição, que acontece em inglês, conta com a possibilidade de participação de estudantes de outros países.
Cada equipe receberá um desafio com base em questões reais de uma empresa – seja um problema ou uma oportunidade – e, durante seis semanas do período de férias, os estudantes precisarão definir uma solução, prototipar e validar a sua escolha. Os desafios são propostos pelas empresas patrocinadoras, as quais poderão obter soluções para problemas reais e atuais de sua operação.
O CESAR oferece tutoria, metodologias e expertise de sua equipe de profissionais. Os estudantes têm liberdade para definir a melhor solução para o desafio recebido, imersos em um ambiente real de concepção e desenvolvimento de projetos de inovação, além de uma ajuda de custo para as despesas durante o programa.
“O Summer Job é ideal para os estudantes que buscam aprimoramento pessoal e vivência do mercado de trabalho e têm espírito empreendedor. Durante todo o Programa, os participantes serão envolvidos na resolução de um desafio da empresa patrocinadora. juntamente com uma equipe técnica altamente qualificada”, explica o Chief Design Officer do CESAR, Eduardo Peixoto. “Um dos grandes diferenciais é que temos no Programa empresas patrocinadoras que trarão diversos desafios nos quais os estudantes deverão trabalhar, bem como direcionamentos reais de mercado”, reforça Peixoto. “As empresas patrocinadoras do Summer Job também se beneficiam, já que os protótipos gerados durante as atividades poderão ser implementados e virarem produtos inovadores”, explica.
Desde 2012, o CESAR vem realizando edições do Summer Job. Algumas das empresas patrocinadoras das últimas edições foram Fedex Express, Grupo Boticário, Gerdau, Unilever, Globo, Grupo Cornélio Brennand, FCA – Fiat Chrysler Automobiles, entre outras. O Programa já contou com a participação de alunos do ITA, UFPE, Insper (SP), USP (SP), PUC-Rio (RJ), UEA (AM), UFJF (MG), UPE, Universidade Católica de Pernambuco e UFPB.
Para inscrições e outras informações acesse:
http://summerjob.cesar.org.br
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna César Romero
Data: 19/04/2019
Título: Jairo Riani, Denise Rezende com a filha Flávia e Jainer Sales integraram a caravana do Comida di Buteco no Empório do Sabor
Por Cesar Romero
19/04/2019 às 07h30 – Atualizada 20/04/2019 às 16h06
É simples…
Comentário do advogado e professor emérito da UFJF, Paulo Medina sobre o imbróglio envolvendo o ministro Alexandre de Moraes, do STF: “a questão se resume, basicamente, ao seguinte. Adotamos, no Brasil, o chamado sistema acusatório, em que as funções de julgar, acusar ou investigar, e defender são atribuídas a órgãos distintos, isto é, ao Judiciário, ao Ministério Público e à Polícia, bem como ao advogado ou defensor público. Se um juiz se julga ofendido e o caso comporta ação penal, deve representar ao Ministério Público para que adote as providências cabíveis. O sistema acusatório é uma conquista democrática que não pode ser posta em risco. O STF parece agir conforme o sistema inquisitorial. Neste, quem investiga e acusa é quem julga”.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 19/04/2019
Título: UFJF abre licitação para instalação de cantina no Jardim Botânico
Empresas interessadas devem se inscrever até a próxima terça-feira (23), às 14h, no Portal de Compras do Governo.
Por G1 Zona da Mata
19/04/2019 19h19 Atualizado há 3 semanas
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) abriu uma licitação para o uso do espaço físico destinado à instalação de uma cantina no Jardim Botânico. Os interessados em participar do pregão eletrônico devem se inscrever ate as 14h da próxima terça-feira (23).
De acordo com a instituição, o objetivo é atender às demandas rotineiras da comunidade interna e externa nos dias e horários de funcionamento do espaço.
Os concorrentes devem seguir as condições e exigências estabelecidas em edital divulgado no portal www.comprasnet.gov.br
Como fazer?
O licitante deve encaminhar a proposta por meio do sistema eletrônico até a data e horário marcados para abertura da sessão, com base no horário de Brasília (DF).
O pregão será realizado na modalidade “menor lance”. O valor mínimo mensal referente à contrapartida, que será considerado como base para cálculo dos lances a serem oferecidos, é de R$ 741,25, ao qual será acrescida a taxa de água e luz, cujo valor é de R$ 343,15.
Autoridades destacam a importância da abertura do Jardim Botânico em Juiz de Fora
Jardim Botânico começa a receber visitas neste domingo em Juiz de Fora
Quase cinco anos após o previsto, Jardim Botânico deve ser inaugurado em março em Juiz de Fora
Vice-diretor fala sobre a bromélia que é a planta símbolo do Jardim Botânico da UFJF
Para participar do certame, os proponentes devem atuar no ramo de atividade compatível com o objetivo da licitação e estar credenciados no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf).
Jardim Botânico
O Jardim Botânico da UFJF está localizado na Rua Coronel Almeida Novaes 246, no Bairro Santa Terezinha. O horário de funcionamento é de terça a sexta e domingo, das 8h às 17h.
Construído dentro da Mata do Krambeck, um dos últimos grandes fragmentos de Mata Atlântica em área urbana do Brasil, o Jardim Botânico está na área antes do antigo Sítio Malícia, com 82,7 hectares de área preservada, equivalentes a 116 campos de futebol.
Uma mobilização impediu que o local se tornasse um condomínio e o terreno foi adquirido em 2010 pela universidade.
É um trecho de mata em regeneração há cerca de 80 anos, com reservas remanescentes do ecossistema da Mata Atlântica. Trata-se de um bioma que possui em torno de 20 mil espécies vegetais, incluindo espécies endêmicas e ameaçadas, como o pau-brasil e o ipê-roxo.
Segundo a UFJF, já foram registradas quatro espécies de serpente (como jararaca, cobra cipó, falsa coral e cobra d’água) e 10 espécies de mamíferos, sendo seis delas de roedores de pequeno porte. Também foram encontrados animais como cachorro-do-mato, lobo-guará, furão-grande, lontra, quati, gato-mourisco, bugio, mico-estrela, sauá, porquinho-da-Índia, capivara, paca e cutia.
No Jardim Botânico, estão abrigadas, pelo menos, 35 espécies de vespas sociais e 60 morfotipos de borboletas e mariposas.
Além de toda a infraestrutura, o visitante poderá conhecer as ruínas da antiga fazenda que existiu no local, inclusive um trecho onde antigamente era uma criação de coelhos. A direção decidiu preservá-los como parte do projeto pedagógico.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 19/04/2019
Título: Aproximadamente 60% das pessoas que vivem em Juiz de Fora estão acima do peso, diz pesquisa da UFJF
Projeto da instituição oferece atendimento e conscientização sobre a obesidade. Nova cartilha será lançada na próxima semana.
Por G1 Zona da Mata
19/04/2019 15h43 Atualizado há 3 semanas
Aproximadamente 60% das pessoas que vivem em Juiz de Fora estão acima do peso ideal, segundo pesquisa da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O percentual é superior à média nacional, que atualmente é de 53,8%.
Durante a pesquisa do Programa de Pós-graduação em Saúde, orientada pelo professor Rogério Baumgratz de Paula, foram colhidas 1.032 amostras de indivíduos de diferentes bairros do município. Os resultaram mostraram que apenas 40% deles estavam com peso adequado.
São considerados indivíduos com sobrepeso aqueles com Índice de Massa Corporal (peso dividido pela altura ao quadrado) com valores entre 25 e 29,9, e obesos os que têm índice igual ou maior do que 30.
Projeto na UFJF oferece atendimento e conscientização sobre obesidade
Atuando desde 2009, o projeto “Atendimento multidisciplinar de pacientes com obesidade e síndrome metabólica” engloba uma equipe multiprofissional médica. O ambulatório acontece todas as sextas-feiras, a partir das 9h.
Para participar do projeto, é necessário ser constatado que o indivíduo está acima do peso, com índice de massa corpórea maior ou igual a 25. O encaminhamento acontece por meio da atenção primária, realizada pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), ou triagem feita no Hospital Universitário (HU). A ação atende Juiz de Fora e região.
Lançamento de cartilha
Na próxima quarta-feira (24), às 11h, na Faculdade de Medicina da UFJF, o projeto irá lançar uma cartilha didática “Prevenindo e Tratando o Excesso de Peso” e a edição temática do HU Revista “Obesidade: da fisiopatologia ao tratamento pretendem conscientizar a população”. O objetivo é conscientizar a população, pesquisadores e profissionais de saúde sobre o tema.
“A mensagem difundida na cartilha propõe um estilo de vida saudável, sem a exigência de uma alimentação cara ou atividades intensas. Resgatar uma alimentação natural e caseira, criar receitas com ingredientes baratos, planejar as refeições dentro do contexto familiar e atividades físicas rotineiras são algumas das orientações”, explica a coordenadora do projeto, Danielle Ezequiel.
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Veículo: JF Clipping
Editoria: Notícias
Data: 19/04/2019
Link: https://www.jfclipping.com.br/2019/04/feriadao-jardim-botanico-abre-nestes-sabado-20-e-domingo-21/
Título: FERIADÃO: JARDIM BOTÂNICO ABRE NESTES SÁBADO, 20, E DOMINGO, 21
Fonte: UFJF
Capturado em 19/04/2019 às 14:35
Funcionamento do Jardim Botânico na Semana Santa
O Jardim Botânico da UFJF havia anunciado o fechamento à visitação de quinta, 18, a domingo, 21. No entanto, o funcionamento foi revisto. A área estará fechada nestas quinta, 18, e sexta, 19. Mas abrirá nestes sábado, 20, e domingo, 21, das 8h às 17h, com última entrada de visitantes às 16h30.
O limite de visitação simultânea é de cem visitantes por vez. Ou seja, à medida que as pessoas forem saindo, novos visitantes entram. Não há limite diário de visitantes e nem de tempo de permanência. A entrada é gratuita.
O acesso de visitantes ocorre pelo portão principal, localizado na Rua Coronel Almeida Novais s/n, Bairro Santa Terezinha, ao lado da Igreja Batista Resplandecente Estrela da Manhã (Ibrem).
Não há estacionamento.
Outras informações: site do Jardim Botânico
Siga o Jardim Botânico nas redes sociais:
Instagram: @jardimbotanicoufjf
Facebook: @jardimbotanicoufjf
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Veículo: Portal F11
Editoria: Notícias
Data: 20/04/2019
Título: Feriadão: Jardim Botânico da UFJF abre nestes sábado, 20, e domingo, 21
O limite de visitação simultânea é de cem visitantes por vez.
Feriadão: Jardim Botânico da UFJF abre nestes sábado, 20, e domingo, 21
O Jardim Botânico da UFJF abrirá nestes sábado, 20, e domingo, 21, das 8h às 17h, com última entrada de visitantes às 16h30.
O limite de visitação simultânea é de cem visitantes por vez. Ou seja, à medida que as pessoas forem saindo, novos visitantes entram. Não há limite diário de visitantes e nem de tempo de permanência. A entrada é gratuita.
O acesso de visitantes ocorre pelo portão principal, localizado na Rua Coronel Almeida Novais s/n, Bairro Santa Terezinha, ao lado da Igreja Batista Resplandecente Estrela da Manhã (Ibrem). Não há estacionamento.
Outras informações: site do Jardim Botânico
Siga o Jardim Botânico nas redes sociais:
Instagram: @jardimbotanicoufjf
Facebook: @jardimbotanicoufjf
Fonte: UFJF
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Veículo: O Tempo
Editoria: Política
Data: 20/04/2019
Link: https://www.otempo.com.br/pol%C3%ADtica/centro-pol%C3%ADtico-agoniza-no-pa%C3%ADs-1.2170682
Título: Centro político agoniza no país
Para especialistas, fenômeno é mundial e prejudica busca por discussão ampla
Por BRUNO MATEUS
20/04/19 – 03h00
Se 2018 representou a ascensão de Jair Bolsonaro à Presidência e o fortalecimento de seu partido, o PSL, o período eleitoral do ano passado também atestou a forte crise pela qual passam centro e centro-direita, representados pelos tradicionais PSDB e MDB, protagonistas de outrora que caíram no descrédito da população.
Pulverizados pela polarização PT-PSL, as duas legendas tiveram votações pífias na disputa pelo Palácio do Planalto e também sofreram derrotas significativas no Congresso Nacional, onde perderam dezenas de cadeiras tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado.
“A atual crise é da centro-direita, historicamente representada pelos dois partidos, que perderam espaço para a extrema direita”, afirma o cientista político da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Paulo Roberto Figueira Leal.
Para o acadêmico, o enfraquecimento do centro e da centro-direita não é um fenômeno brasileiro, “é uma radicalização em dimensões diferentes, mas acontece em vários países, como Estados Unidos e França, e tem a ver com a internet e com os ciclos da política”.
Figueira explica que, com as redes sociais, as instituições perderam o poder da intermediação com a sociedade, e isso afeta os partidos políticos.
Motivações
Além da Lava Jato e da crise de representatividade da dupla, Figueira Leal argumenta que PSDB e MDB erraram na estratégia de patrocinar o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, já que seriam naturalmente beneficiados com a baixa popularidade da petista. Outro fator que pode explicar esse desgaste é que o governo de Michel Temer (MDB), apoiado pelos tucanos, terminou o mandato extremamente impopular.
De acordo com a cientista política Maria do Socorro Braga, o enfraquecimento do centro é prejudicial ao debate público, já que, quando esse campo se encolhe, a tendência é a discussão política se tornar mais polarizada e, em muitos casos, mais superficial.
“Uma via é que eles moderem esse debate e tentem mostrar uma terceira alternativa, o caminho do meio. Serão PSDB e MDB quem farão isso, ainda que eles tenham ido mais para a direita ao longo dos últimos anos. Esses dois partidos serão muito importantes para balancear os extremos”, avalia.
“O tsunami de 2018 mudou tudo”, diz o membro da executiva nacional do MDB Mauro Lopes, que também é deputado federal. Segundo ele, a Lava Jato, que condenou os principais nomes da legenda, é um dos motivos pelos quais o partido perdeu força nos últimos anos. “Quem não está preso está condenado”, afirma.
“Em 2018, tivemos a maior derrota da nossa história, o centro político foi dizimado. O cidadão, em geral, não gosta de radicalismo, e o centro ficou espremido entre dois extremos. Teremos, agora, o papel de recriá-lo e reorganizá-lo, mas essa missão não será apenas nossa”, diz o secretário geral do PSDB e ex-deputado federal, Marcus Pestana.
O tucano diz que o avanço de Jair Bolsonaro e do PSL enfraqueceu, de fato, o centro e a centro-direita, mas os partidos, de acordo com o ex-deputado, não são adversários no mesmo campo político: “O Bolsonaro representa a extrema direita. Ele soube preencher um espaço, foi uma oportunidade histórica”.
Apesar de concordar com o fator PSL, Mauro Lopes afirma que o partido não terá fôlego para se colocar como protagonista no jogo político. “O PSL está desarticulado, é uma ilusão tremenda. Os eleitores estão entusiasmados com o Bolsonaro, que até hoje não sabe a que veio”, decreta.
Narrativa antipolítica foi decisiva na urna
Para a cientista política Maria do Socorro Braga, o recente discurso que reduz a importância das legendas como interlocutores da sociedade atingiu em cheio MDB e PSDB. “Há uma tentativa de setores da sociedade de colocar os partidos como se todos fossem iguais, junto com uma tentativa de quebra das instituições democráticas”, afirma.
Para Paulo Roberto Figueira Leal, a narrativa antipolítica é determinante para explicar os revezes das siglas: “Se você analisar em termos proporcionais, PSDB e MDB são os que mais perderam parlamentares. Os maiores atingidos foram esses dois partidos”.
Sobre o futuro e uma possível aliança com o governo Bolsonaro, Maria do Socorro pondera que nenhuma das duas legendas sabe com clareza se abraça o projeto do governo. “Há um grupo no PSDB, por exemplo, que tende a apoiar, mas a ala mais antiga do partido não quer. Até o MDB, que sempre foi mais fisiológico, não sabe ao certo para onde vai nesse sentido”, diz.
ENTREVISTA
Maria do Socorro Braga
Cientista política da Universidade Federal de São Carlos (UFSca)
As eleições de 2018 foram determinantes para que MDB e PSDB chegassem a essa situação de crise?
O auge desse desgaste foi em 2018, mas 2016 já indicava a queda. O PSDB foi o que mais perdeu. A eleição de 2018 demonstrou que ambas as legendas estão mesmo em decadência. Falta uma militância forte aos dois partidos. Estamos em um momento em que as grandes legendas vão ter que se readaptar e se reconstruir para atuar nessa nova conjuntura. Nesse sentido, PSDB e MDB estão com muita dificuldade. O enfraquecimento dos dois partidos tem um elemento em comum: a atuação da Lava Jato nas grandes legendas. PSDB e MDB foram muito atingidos. Além disso, tem uma somatória de fatos, como o desencantamento da população com as siglas tradicionais e uma narrativa de antipolítica que os atinge muito forte.
Há uma receita para esses partidos recuperarem a força que tinham em outros tempos?
É importante sinalizar que esses partidos precisam se readaptar e ser mais programáticos, propor alternativas. Isso traz credibilidade às legendas. Hoje, o eleitor cobra muito mais da classe política. MDB e PSDB precisam de renovação do quadro de lideranças, ter mais mulheres e jovens participando das decisões, dialogar mais com movimentos sociais e setores que ainda não conseguiram entrar no jogo político. As duas legendas sabem como funciona a máquina governamental, é hora de mostrar que eles têm força – não é à toa que ficaram anos e anos se revezando no poder.
A ascensão do PSL prejudicou esses dois partidos?
A ascensão da legenda se deve muito às redes sociais e ao descrédito da população com os partidos de centro-direita. O PSL também usou muito bem o discurso contra o PT, contra a velha política, e isso atinge, obviamente, MDB e PSDB. A ideia era que o eleitor não podia eleger o comunismo do PT, essa ideia absurda, nem políticos corruptos. Em cenários como esse, de crise econômica, propostas populistas como as do PSL se frutificam muito forte. No entanto, o PSL não é nada. Se comparado aos partidos tradicionais, ele não tem estrutura.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 20/04/2019
Título: Clínica de Direitos oferece assistência para grupos vulneráveis
Intuito de projeto de extensão da UFJF é monitorar poderes públicos no que diz respeito às decisões acerca dos direitos fundamentais, com foco na defesa das minorias
Por Marcos Araújo
20/04/2019 às 17h20
Colocar a universidade na vanguarda de ações que envolvam a garantia e a proteção de direitos fundamentais, com olhar multidisciplinar sobre as questões e priorizando demandas que terão impacto social. Esse é o mote que deverá seguir a Clínica de Direitos Fundamentais e Transparência, criada como projeto de extensão da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que irá trabalhar para ofertar assistência jurídica a grupos vulneráveis, a fim de que este público tenha acesso aos próprios direitos. O coordenador do projeto e professor da Faculdade de Direito, Bruno Stigert, pontua que, ao partir para a defesa das minorias pelas vias legislativas ou judiciais, a clínica vai monitorar os poderes públicos, principalmente o Executivo e o Legislativo, no que diz respeito às suas decisões acerca dos direitos fundamentais.
Esse tipo de atuação já existe em outras universidades, como nas federais de Minas Gerais (UFMG) e do Rio de Janeiro (UFRJ) e também na Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), nas quais as clínicas vêm exercendo seu papel em grandes casos no país. “O monitoramento que pretendemos fazer acontece na produção legislativa, onde a clínica fica atenta aos atos do Poder Legislativo local, estadual e federal, com a eventual propositura de ajuste ao que está sendo proposto. Caso isso não seja possível, poderemos demandar, judicialmente, solicitando a declaração de inconstitucionalidade da lei”, explica Stigert. Os atos do Poder Executivo também serão alvo dessa fiscalização, sobretudo no que tange as execuções de políticas públicas locais. “Num primeiro momento, visamos a um diálogo com as instituições, uma vez que temos material humano extremamente qualificado, plural e competente. Esse material humano são os acadêmicos de Direito, de Psicologia, de História e de Medicina, que se debruçam sobre as questões e oferecem pareceres, memoriais e manifestações técnicas sobre questões relevantes de direitos fundamentais”, destaca o professor.
Os grupos vulneráveis são o público-alvo para o qual a clínica pretende direcionar seus atendimentos. “Percebemos como grupo vulnerável aquelas pessoas que possuem direitos previstos na Constituição e que possuem características subjetivas peculiares, como os negros, as mulheres, os LGBTTI, os quilombolas, os índios e as pessoas de determinados cultos religiosos. Apesar de haver proteção desses direitos na Constituição, eles não são garantidos numa dimensão adequada, porque compõem uma esfera de minorias culturais. Todos os poderes são majoritários. O Legislativo e o Executivo são eleitos por voto majoritário, o Judiciário nem é eleito. Então, de um modo geral, a política funciona atendendo interesse das maiorias, e as minorias acabam sendo deixadas de lado no processo legislativo e na execução das políticas públicas. Nosso maior objetivo é fazer uma intervenção nesse cenário”.
Impacto social e atendimento multidisciplinar
Na visão da coordenadoria do projeto e dos acadêmicos que fazem parte dele, é preciso ter o entendimento de que a Clínica de Direitos Fundamentais e Transparência irá dar prioridade para as demandas que terão impacto social em média e larga escala. Isso significa dizer que o projeto pretende atuar em casos que possam reproduzir os mesmos direitos para pessoas que estejam vivenciando a mesma situação. “Ou seja, para todos os idosos que têm direitos violados, para todas as crianças portadoras de necessidades especiais e assim por diante. Nossa prioridade é compreender a dimensão de uma violação de direitos fundamentais em escala média ou grande, que chamamos de massiva, e, a partir dessa constatação, atuar”, afirma Bruno Stigert.
Ele adianta que o grupo, atualmente, trabalha na prestação de auxílio jurídico a uma mulher transexual, que tem a sua mudança de registro civil negada por um cartório. “Mesmo havendo resolução do Conselho Nacional de Justiça e decisão do Supremo Tribunal Federal, o aparato burocrático dificulta o acesso dessas pessoas aos direitos que elas possuem”, destaca o professor.
Segundo Stigert, para o atendimento do caso que envolve uma pessoa transexual, a clínica conta com um quadro multidisciplinar. “Nossa abordagem precisa de pessoas com competências médicas, psicológicas e outras competências para receber esse público da forma que merece. Tendo em vista o seu sofrimento, a sua dor, o dano que lhe foi causado e, a partir dessa abordagem, deixar essa pessoa à vontade para dizer como se sente, como percebe a violação de seu direito e até mesmo para sabermos até que ponto podemos ajudá-la. Por esta razão, essa abordagem multidisciplinar é fundamental, porque cada indivíduo é um e tem a percepção do seu sofrimento e da sua dor e, muitas vezes, o Direito sozinho não dá resposta adequada para essas questões”.
O professor também lembra que, quando a clínica estava em processo de criação, numa fase de experimentação, ainda em 2018, um caso teve a atenção do grupo. “A situação já vinha sendo objeto de monitoramento da imprensa local, especialmente da Tribuna de Minas, e tinha relação com o projeto Infância sem Pornografia proposto por um vereador local e já estava em situação de apreciação de veto ou não pelo prefeito. Dialogamos com o corpo jurídico da Prefeitura no sentido de entender que em tal projeto havia dispositivos que violavam a Constituição. A partir desse diálogo, a Procuradoria Geral do Município produziu um parecer pedindo veto de quatro artigos. O veto foi derrubado, mas o autor do projeto fez um substitutivo tirando os artigos controversos e deixando só os incontroversos”, lembra o coordenador, acrescentando: “O interessante neste caso é que o diálogo institucional proporcionado pela clínica, lá no seu surgimento, fez com que o Executivo tivesse atenção especial com aquela demanda e desempenhasse a sua função de controle externo aos atos do Poder Legislativo, fazendo com que um projeto de lei, nitidamente, inconstitucional fosse transformado em constitucional e aprovado sem os artigos que violavam direitos fundamentais de professores, de grupos culturais e religiosos específicos.”
Como ter acesso à clínica
Pessoas que tenham demandas e que percebam que sua situação é vivenciada por um grupo podem procurar a clínica, que funciona na Avenida Itamar Franco 998. O atendimento acontece às terças e quinta-feiras, de 13h às 17h. O telefone para contato é 3215-5654 e existe a possibilidade de agendamento. A clínica também está no Instagram e no Facebook. “Estamos ligados e atentos a qualquer tipo de manifestação, de denúncia, de questionamento, de dúvida, de possível agendamento, tendo em vista que o atendimento será de acordo com a demanda da pessoa e suas características subjetivas e identitárias. É importante que a gente faça essa marcação adequada, para que nosso grupo multidisciplinar se mobilize para esse atendimento diferenciado”, enfatiza Stigert.
Prática e garantia dos direitos
O projeto de extensão conta com a participação de 20 estagiários que se mostram comprometidos com os direitos fundamentais dos grupos minoritários. Para o professor Bruno Stigert, esses estudantes possuem ideais e enxergam na Clínica de Direitos Fundamentais e Transparência a possibilidade de colocar em prática todo o discurso jurídico que aprendem na faculdade. “Percebo que o único espaço possível para isso acontecer são as universidades públicas. E sou audacioso ao dizer isso porque nenhuma universidade privada vai querer se indispor com o Poder Público. Então, a universidade pública, pela autonomia que possui, pode oferecer esse tipo de projeto onde jovens corajosos e com ideal se unem ao requisito técnico e aprendem a trabalhar tecnicamente. Mas, acima de tudo, estão preocupados com um país mais justo, mais solidário, menos desigual e que, portanto, seja uma comunidade política boa para todos os seus membros”, orgulha-se o coordenador do projeto.
Felipe Kelly, de 22 anos, estudante do 3º período de Direito, conta que se interessou por sua participação na clínica pelo fato de poder se aprofundar no direito constitucional com foco nos direitos fundamentais. “Temos a possibilidade de conversar com as pessoas que são as responsáveis por fazer funcionar o que está escrito no papel. Temos o objetivo de trabalhar em todos os níveis, desde a criação da lei e até a sua efetivação por parte do Executivo. Nossa Constituição abrange diversos grupos e, por isso, seu nome é Constituição Cidadã, mas, na realidade, ela não é assim. Está escrito e, quando a pessoa vai buscar o direito, não consegue. Assim, é bom poder colaborar para que os cidadãos tenham esse acesso”, afirma o universitário.
Já a aluna Taís Alvim Vasconcellos, 19, também do 3º período de Direito, diz que ampliar vozes abafadas é o que a levou escolher o curso de Direito e a ingressar no grupo. “É uma forma de a gente conseguir dar voz a grupos que nem sempre são ouvidos ou nem sempre estão em posição de conseguir falar. Como mulher, acho que é uma forma de buscar voz neste mundo onde, geralmente, quem fala são os homens. Acho que estou numa posição de privilégio, porque consigo colocar minha opinião política e debater, pois, quem está no poder nas instituições públicas também são homens. Então eu consigo debater e expor minhas necessidades como mulher no mundo e, assim, dar voz a muitas outras também.”
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Veículo: Blog Conecta Classificados
Editoria: Notícias
Data: 20/04/2019
Título: UFJF abre licitação para a instalação da cantina no Jardim Botânico | Zona da Mata | G1
Abril 20, 2019 Conecta MG – Zona da Mata 0
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) abriu um concurso para o uso do espaço físico para a instalação de uma cantina no Jardim Botânico. Os interessados em participar do pregão eletrônico deverão se inscrever até 14 de próxima terça-feira (23).
De acordo com a instituição, o objetivo é atender as demandas de rotina da comunidade interna e externa, nos dias e horários de funcionamento do espaço.
Os concorrentes devem seguir as condições e requisitos estabelecidos no edital publicado no portal www.comprasnet.gov.br
Como fazer?
O licitante deverá encaminhar a proposta por meio do sistema eletrônico até a data e hora marcadas para a abertura da sessão, com base no horário de Brasília (DF).
O pregão será realizada na forma de “menor lance”. O mínimo mensalmente para o retorno, que será considerado como a base para o cálculo dos lances oferecidos, é de r$ 741,25, o que irá aumentar a taxa de água e luz, cujo valor é de R$ 343,15.
Autoridades destacam a importância da abertura do Jardim Botânico, em Juiz de Fora
Jardim botânico começa a receber visitas neste domingo, em Juiz de Fora
Quase cinco anos depois do esperado, o Jardim Botânico deve ser inaugurado em março, em Juiz de Fora
Vice-diretor fala sobre as bromélias, que é a planta símbolo do Jardim Botânico da UFJF
Para participar no concurso, os proponentes devem atuar em ramo de atividade compatível com o objetivo do processo de licitação, e ser credenciado no Sistema de cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf).
Jardim Botânico
O Jardim Botânico da UFJF, o brasil está localizada na Rua Coronel Almeida Novaes 246, no Bairro de Santa Terezinha. O horário de funcionamento é de terça a sexta e domingo, das 8h às 17h.
Construído dentro da Mata do Krambeck, um dos últimos grandes fragmentos de Mata Atlântica em área urbana do Brasil, o Jardim Botânico é na área antes de o antigo Local de Malícia, com 82,7 hectares de área preservada, o equivalente a 116 campos de futebol.
Uma mobilização impediu que o site se torne um condomínio e o terreno foi comprado em 2010 pela universidade.
É um trecho de mata em regeneração há cerca de 80 anos, com reservas restantes no ecossistema da Mata Atlântica. Este é um bioma que tem cerca de 20 mil espécies de plantas, incluindo espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, como o pau-brasil e ipê-roxo.
De acordo com a UFJF, já foram registradas quatro espécies de cobra (como a jararaca, cobra cipó, falsa coral e da serpente de água) e 10 espécies de mamíferos, das quais seis são roedores de pequeno porte. Também foram encontrados em animais como o cão, mato, lobo-guará, furão-grande, lontra, quati, gato-mourisco, o guariba, o mico-estrela, o sauá, cobaia, capivara, paca e cutia.
No Jardim Botânico, são guardados, pelo menos 35 espécies de vespas sociais e 60 morfotipos de borboletas e mariposas.
Além de toda a infra-estrutura, o visitante pode conhecer as ruínas da antiga fazenda que existia no local, incluindo um trecho onde, no passado, foi uma criação de coelhos. A direção decidiu preservá-los como parte de um projeto pedagógico.
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Veículo: Correio Braziliense
Editoria: Especiais
Data: 21/04/2019
Título: O avanço e pioneirismo das mulheres na área da saúde
Conheça a história de mulheres que venceram obstáculos e se destacaram na profissão
BL Bruna Lima postado em 21/04/2019 06:00 / atualizado em 18/04/2019 19:37
Lúcia Willadino Braga não consegue nem quer parar. Combina o conhecimento acumulado, atualidades, pesquisas científicas e a curiosidade para desenvolver metodologias. Volta e meia, depara-se com o que até então era desconhecido e trilha novos caminhos revolucionários. O vício pela constante movimentação fez dela psicóloga, neurocientista, pesquisadora, gestora, diretora, professora e musicista. Porém, mais simples que defini-la pelos títulos que acumula é falar do conceito que a guia: a conexão.
Unindo os múltiplos talentos, a curiosidade e a valorização do olhar humanizado, Lucinha — como gosta de ser chamada — foi peça fundamental para tornar o centro de reabilitação Sarah, inaugurado por Juscelino Kubitschek em 1960, referência mundial nas áreas de medicina e gestão pública. Atualmente, a Rede Sarah conta com nove unidades em todo o Brasil, atende 1,7 milhão de pacientes e tem no comando a mulher que entrou no hospital antes mesmo de se graduar e nunca mais saiu.
Em 1976, a então estudante da Universidade de Brasília (UnB) aproveitou o modelo inovador de Darcy Ribeiro — que possibilita se matricular em matérias de outros cursos — e aliou psicologia, música e neurologia para elaborar um projeto que propunha a reabilitação de crianças com lesões cerebrais a partir da composição de músicas e a manipulação dos parâmetros sonoros.
Pela pesquisa, ganhou uma bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), mas foi com o apoio do doutor Aloysio Campos da Paz que a menina-prodígio conseguiu espaço para desenvolvê-la. Lúcia cresceu no hospital e o hospital cresceu com ela.
“Não existe um hospital como o Sarah, capaz de misturar alta tecnologia, ciência, pesquisa ao humanismo, compaixão. É único o jeito que os profissionais trabalham com os pacientes e as famílias de todas as classes, pensando no contexto médico, social e pessoal”, garante o consultor norte-americano Marc Forman, que há quase quatro décadas vem ao Brasil para acompanhar a performance do hospital.
Nas mais de 50 visitas que fez, ele se aproximou da gestora, com quem desenvolveu inúmeras pesquisas. “Lucinha tem o dom de conectar tudo e todos, sempre, perfeitamente, incansavelmente. Tirando a minha esposa, diria que ela é a mulher mais fantástica que já conheci”, brinca.
A neurocientista é atualmente uma das maiores referências internacionais na área de recuperação de lesões cerebrais. Passou por 76 países e o currículo soma mais de 130 palestras realizadas. Dentre os destaques, estão os estudos sobre plasticidade neuronal e a importância da interação da família e do amor nos tratamentos. No fim da década de 1990, recebeu o título de doutor honoris causa pela Universidade de Reims, em Champagne, na França, sendo a primeira mulher brasileira a conquistar tal honraria.
Cidade escolhida
Nessa extensa e rica trajetória das conexões, decerto a que mereça maior destaque seja aquela que deu sequência a todos as outras: o vínculo com Brasília. Ainda criança, Lucinha, mudou-se para o Planalto Central a tempo de assistir à cerimônia de inauguração.
Desenvolveu-se junto à capital, nos mesmos parâmetros monumentais. Talvez, por isso, a pesquisadora considere impossível se desassociar da cidade do coração. “Eu tenho muito amor por Brasília, a ponto de nenhuma proposta de emprego com aqueles salários de jogador de futebol ser motivo para me fazer mudar de ideia. Minha vida é aqui: meu trabalho, meus amigos e, é claro, minha família”, justifica a presidente do Sarah.
A Universidade de Brasília, inclusive, tem papel importante para esta ligação com a cidade. Na instituição conheceu o marido, Pedro Braga Netto, 65, com quem é casada há 44 anos e teve três filhos. Juntos, estabeleceram desde cedo um olhar próprio do que guiaria o casal. “Criamos nossas próprias regras e a cumplicidade sempre foi algo absolutamente natural. Por isso, eu tenho uma relação maravilhosa com a pessoa que eu amo”, diz ele. Essa é, segundo Pedro, a razão pela qual ambos conseguiram se realizar no âmbito profissional e familiar. “O trabalho não é algo desassociado do restante da vida dela. É peça integrante. Quando se tem prazer, o tempo é ampliado. Além disso, ela consegue organizar tudo de uma maneira incrível.”
Lúcia parece conseguir multiplicar as horas do dia. Como se não bastasse a gestão de nove hospitais, palestras mundo afora e revisão de artigos para as mais renomadas revistas científicas, é agora professora do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA). “Costumo dizer: se precisar de algo urgente, então peça para uma pessoa bem-ocupada, porque são elas que vão aceitando as tarefas”, brinca. Para ela, o importante é fazer tudo com amor, o sentimento que move, fortalece e é o elo entre todas as relações.
Encontro e superação no cerrado
Se tem uma coisa que Martha Margaretta Karin Engel de Souza não gostava quando criança era de passar perto de uma agulha. Mas isso nem de longe foi motivo para que a primeira filha nascida no Brasil da família de imigrantes alemães buscasse seu espaço para além da Colônia Uvá, no interior do Goiás.
Ela queria poder trilhar seus caminhos. Para isso, formou-se enfermeira e encontrou nas terras vermelhas que abrigariam a nova capital federal a chance de construir a própria história.
“Nessa época, as mulheres tinham três opções: ser professora, enfermeira ou ficar em casa cuidando de filho e marido. Como eu vivia em uma colônia de alemães e mal falava o português corretamente, muito menos daria conta de ensinar”, conta Martha, hoje com 84 anos.
Em 1958, quando trabalhava no Hospital da Cruz Vermelha, em São Paulo, recebeu uma visita que completaria o vazio que ainda buscava preencher. Era o presidente Juscelino Kubitschek falando à equipe médica sobre a revolução que acontecia no meio do cerrado. “A vontade que eu tive era sair dali com o presidente. Era uma oportunidade de melhorar de vida, ficar mais perto dos meus pais e, o mais importante: fazer história.”
Com a ajuda da irmã mais velha e também enfermeira, Úrsula Engel, foi escolhida para treinar atendentes para trabalhar no Hospital Distrital (atual Hospital de Base). As duas e uma terceira enfermeira de Belo Horizonte, Agda Stemler, pousaram em Brasília em outubro de 1959 e abraçaram a missão de ensinar o bê-á-bá da enfermagem. “A gente convocava as pessoas pelo alto-falante. As aulas teóricas eram no chão mesmo.”
Martha socorreu milhares de pioneiros acidentados e ajudou nos partos dos primeiros filhos de Brasília. Encabeçou as primeiras campanhas de vacinação e, durante o período, doenças como poliomielite e sarampo foram erradicadas.
Perseverança
Aqui também se casou com o pediatra Luiz Alves de Souza e teve seus três filhos: Luiz, Walter e Rodrigo. O médico até tentou levá-la para Piauí. Não durou três meses no Nordeste para que, mesmo grávida, ela decidisse voltar. “Brasília sempre foi o meu lugar”, lembra, sorrindo.
O marido é quem foi atrás dela e, ao longo da vida, teve que aprender a deixar o jeitão cabra macho para ser companheiro. “Vi todo esse processo do meu pai. Um homem que se recusava a fazer compras no supermercado, anos depois, lavando a louça satisfeito. Minha mãe tem essa habilidade. Ela constrói, melhora e agrega. Se hoje estamos aqui, é porque fez tudo isso com amor e garra”, conta o filho mais velho, Luiz Engel.
Aos 84 anos, com um simples ‘posso te ajudar?’, Martha dá conforto e cura à alma dos filhos, seis netos, incontáveis amigos e qualquer um que transite pelas ruas de Brasília.
Renascimento na capital
Enquanto a mente pensa alto, a base firme mantém o equilíbrio necessário para que ela alce voo. E foi na cidade-avião que a médica oftalmologista Danielle Couto Jampaulo enxergou o lugar perfeito para tornar realidade o maior desejo profissional. Em setembro de 2016, nasceu a Viva Oftalmologia.
Desde criança, sabia que queria ser médica. “Dizia que precisava ajudar as pessoas doentes”, conta a mãe, Jane Couto. Nascida no Rio de Janeiro, aos 18 anos, ingressou em medicina na Universidade Federal de Juiz de Fora (MG) e voltou para a Cidade Maravilhosa em 2007, onde fez residência e especialização em oftalmologia.
Mas quem conquistou a carioca foi a revolucionária Brasília. Em 2010, chegou à capital para fazer uma subespecialização em retina e vítreo. O que era para ser uma experiência de apenas 365 dias, acabou se tornando um projeto para a vida inteira. “É uma cidade fantástica, que também traduz todos os conceitos que eu imaginei para minha clínica. A Viva é a cara de Brasília: moderna, planejada e prática”, afirma a médica.
Não só pela capital federal o coração de Danielle bateu mais forte. Aqui, ela conheceu e se casou com Mário Jampaulo, também oftalmologista e sócio da empresa. Sob a gestão de Danielle, a clínica foi eleita referência nacional, sul-americana e latino-americana. A médica também recebeu, por duas vezes, o título de empresária do ano.
“É uma mulher talentosa, generosa e muito humana. Uma líder nata”, resume a gerente administrativa, Gabriela Dutra.
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Veículo: Diário Regional
Editoria: Coluna Eduardo Gomes
Data: 21/04/2019
Link: https://diarioregionaldigital.com.br/2019/04/21/dia-d-4/
Título: “Dia D”
Por Eduardo Gomes 21 De Abril De 2019
FOTOSSÍNTESE
Foi belíssimo o concerto de outono que teve abertura de gala no Forum da Cultura da UFJF. Com muitos aplausos se apresentaram Elmir Santos (voz) e Juliana Costa (piano).
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