Veículo: Exame
Editoria: Notícias
Data: 22/03/2019
Link: https://exame.abril.com.br/revista-exame/os-sete-pecados-da-vale/
Título: Os sete pecados da Vale que levaram à tragédia de Brumadinho
Os erros de gestão e de governança que fizeram da mineradora protagonista de duas tragédias — e que nublam seu futuro
Por Denyse Godoy, Mariana Desidério, Natália Flach e Renata Vieira
Dezenove dias depois do rompimento da barragem do córrego do feijão, na cidade de Brumadinho, em Minas Gerais, que deixou 200 mortos e 108 desaparecidos, o então presidente da mineradora Vale, Fabio Schvartsman, foi convidado a responder a perguntas de deputados numa audiência pública na Câmara Federal. Em 6 horas de questionamentos, ele disse uma frase que acabaria marcando sua passagem pela mineradora: “A Vale é uma joia brasileira, que não pode ser condenada por um acidente que aconteceu em sua barragem”.
A declaração foi o estopim de uma ampla discussão entre deputados dispostos a tirar uma casquinha de uma das maiores tragédias ambientais e humanas do Brasil. E causou uma leva de questionamentos sobre a postura de Schvartsman, em particular, e da própria Vale, de seus executivos, conselheiros e investidores.
Nas semanas que se seguiram ao rompimento, a Vale montou duas linhas próprias de investigação para identificar as causas e os eventuais culpados por Brumadinho. Uma delas é comandada pela ex-ministra do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie; outra, pelo escritório americano de advocacia Skadden, Arps, Slate, Meagher & Flom. A meta é encontrar as respostas em até seis meses.
Também destacou um grupo de mais de 1.000 operários para munir de informações promotores e investigadores. Enviou mais de 400 funcionários para apoiar as vítimas na região de Brumadinho. Anunciou a doação de 100.000 reais para as famílias de cada uma das vítimas. E fechou um acordo para pagar indenização a até 100.000 pessoas que de alguma forma foram afetadas pelo rompimento. Os acordos de indenização com os familiares das vítimas devem ser selados assim que terminarem as buscas e, segundo têm dito executivos da companhia, serão “generosos”.
Mas o problema é mais fundo: a maior mineradora do país segue tratando Brumadinho como uma tragédia isolada, de causas até aqui desconhecidas. “Se não houvesse falha, a barragem não teria rompido”, diz um executivo da mineradora ouvido em condição de anonimato. “Mas até o momento não vejo onde erramos, ou o que poderíamos ter feito diferente.” Um conselheiro da empresa reforça: “Alguma falha houve, mas não sabemos qual”. Segundo cerca de 40 analistas, consultores e especialistas em gestão, mineração e sustentabilidade ouvidos por EXAME nas últimas semanas, a postura revela uma visão míope da tragédia — aliás, a segunda em três anos, após o rompimento da barragem do Fundão, na também mineira Mariana, no fim de 2015, que pertencia à Samarco, uma associação entre a Vale e a australiana BHP Billiton.
Para superar Brumadinho, superar mesmo, a Vale não precisa fechar as portas, sair de Minas Gerais ou deixar o minério de ferro para trás. Precisa, isso sim, repensar sua estratégia de longo prazo, sua visão de sustentabilidade, sua relação com as comunidades vizinhas e com seus funcionários, sua política de governança, seus controles internos.
Tragédias nem sempre trazem respostas imediatas, e é até natural que leve tempo para que grandes companhias entendam o efeito duradouro de eventos teoricamente imprevisíveis. São os cisnes-negros descritos pelo matemático libanês Nassim Nicholas Taleb. Quando, em 2010, a explosão numa plataforma da petroleira BP lançou mais de 5 milhões de barris de petróleo no Golfo do México, seu presidente, Tony Hayward, classificou o episódio como “modesto”. Acabou demitido seis meses depois por pressão até do presidente americano na época, Barack Obama.
A BP conseguiu tirar do mar somente um quinto do que foi vazado — o acidente custou a saúde de plantas, peixes e dos setores de pesca e turismo no litoral americano. A explosão custou à companhia 65 bilhões de dólares, que estão sendo pagos até hoje. Seja pelos custos financeiros, seja pelo dano de imagem, após a saída de Hayward a BP se dedicou a repensar o negócio. Sua logomarca mudou, para um sol verde e amarelo. A empresa hoje tem 13 fazendas de energia eólica nos Estados Unidos, além de projetos de biocombustíveis em diversos países do mundo — no Brasil, opera usinas de produção de etanol.
O episódio de queda e recuperação da BP é apontado por executivos da Vale como um exemplo do que pode vir a ser feito pela mineradora. Para isso, falta à empresa, antes de mais nada, reconhecer seus pecados. Nas páginas seguintes, EXAME elenca sete falhas da Vale, uma companhia que extrai 400 milhões de toneladas de minério de ferro por ano e está cotada em 260 bilhões de reais na bolsa. As causas e as responsabilidades pela tragédia continuam sendo apuradas pela própria empresa e por autoridades.
No início de março, após requisição do Ministério Público, Schvartsman, três diretores e um grupo de dez funcionários da Vale deixaram temporariamente os cargos. O presidente interino é Eduardo Bartolomeo, antes diretor de metais básicos da companhia. Ele fica no comando pelo menos até 30 de abril, quando um novo conselho de administração será escolhido pelos investidores. A troca no conselho e a possível mudança na diretoria são desafios a mais no tortuoso processo de reconstrução da Vale.
A FALTA DE UMA LINHA DIRETA ENTRE O CHÃO DE FÁBRICA E O CONSELHO IMPEDIU QUE ALERTAS FOSSEM EMITIDOS
Para a polícia e o ministério público de minas gerais, a Vale tinha ciência dos riscos de ruptura da barragem e das graves consequências possíveis. Entre os depoimentos que corroboram a tese está o de Cristina Malheiros, engenheira da Vale, então responsável pela barragem de Brumadinho. Cristina disse que havia reportado aos superiores os riscos da estrutura, segundo seu depoimento. De acordo com o Ministério Público, a consultoria de engenharia Tractebel se recusou a assinar um documento atestando a segurança da barragem 1 em Brumadinho em setembro de 2018. A Vale, então, segundo a promotoria, trocou a Tractebel pela consultoria Tüv Süd, que já havia atestado a segurança da barragem em junho e assinou novamente o documento em setembro. A Vale e a Tractebel não comentam. A Tüv Süd disse que está investigando seus processos internos e causas para o desastre.
No papel, a estrutura de compliance da mineradora está desenhada para que ameaças do tamanho da Barragem do Feijão não passassem despercebidas. A companhia tem quatro instâncias de monitoramento de risco, que emitem relatórios periódicos sobre estabilidade feitos por técnicos como Cristina. Segundo a empresa, foram feitas 46 apresentações em um ano e meio. A empresa tem uma gerência de riscos corporativos, além de comitês de risco na diretoria executiva e no conselho de administração, e uma área de conformidade dedicada à prevenção de corrupção de agentes públicos.
De novembro de 2015, quando aconteceu o desastre com a Samarco em Mariana, a dezembro de 2018, o tema da segurança das barragens foi abordado em 22 reuniões de conselho e 42 encontros dos comitês de apoio ao conselho, como o de gestão de riscos e o de sustentabilidade. “Para avaliar riscos duas variáveis são consideradas: probabilidade e impacto. É comum que, quando a probabilidade de um evento é baixa, o conselho deixe de olhar para a gravidade das potenciais consequências”, diz Herbert Steinberg, diretor da consultoria Mesa Corporate Governance.
O que não havia na Vale para tornar mais eficaz o monitoramento, e apressar alertas necessários, é algo que já se tornou uma regra em companhias com estruturas de compliance bem estruturadas: um canal que é como um telefone sem fio entre o chão de fábrica e o conselho. O ideal é que qualquer funcionário tenha uma linha direta para denunciar riscos diretamente a um comitê independente. Foi o que fez a construtora Odebrecht como parte das mudanças implementadas depois da Operação Lava-Jato.
É também o que fez a montadora alemã Volkswagen. Em setembro de 2015, seu presidente mundial, Martin Winterkorn, renunciou ao cargo após um escândalo de adulteração em testes de emissão de poluentes dos carros da marca. Na época, dois elementos foram apontados como causas do escândalo: uma cultura de liderança falha e um conselho de administração omisso.
“Se os mecanismos internos não são capazes de detectar os erros, a empresa deve ser responsabilizada”, diz Wagner Giovanini, diretor da consultoria Compliance Total. “Se não há um ambiente em que as pessoas se sintam seguras para apontar o que está errado sem medo, não adianta nada o registro escrito do que é moralmente ético”, diz Alexandre Di Miceli, fundador da consultoria Direzione, especializada em governança. Segundo o Ministério Público, a área de geotecnia da Vale “atuou de forma sistemática para alcançar declarações de estabilidade de barragens de estruturas que não atendiam aos parâmetros legais e estipulados pela própria empresa”. A Vale não comenta.
O fato é que os controles estabelecidos pela Vale não funcionaram como deveriam. Fica agora o desafio de tornar essas regras realmente efetivas.
A FALTA DE UM CONTROLADOR DEFINIDO E DE UM CONSELHO ATUANTE DEU PODER EXCESSIVO AOS EXECUTIVOS
A Vale não se livrou totalmente da ingerência política ao deixar de ser uma companhia pública em 1997. Entre os seus principais acionistas, continuam os maiores fundos de pensão de servidores de empresas estatais: Previ, do Banco do Brasil; Petros, da Petrobras; Funcef, da Caixa Econômica Federal; e Fundação Cesp, da empresa paulista de energia elétrica privatizada em 2018. Até dois anos atrás, os fundos constituíam uma sociedade chamada Litel, que detinha 58% na Valepar, holding que controlava 34% da Vale.
Em fevereiro de 2017, os acionistas da Valepar — que incluíam a Bradespar, um braço de participações acionárias do banco Bradesco, o BNDES e o grupo japonês Mitsui — decidiram desfazer a própria Valepar. Ao final do processo, previsto para terminar em 2020, a Vale deve virar uma companhia sem um controlador ou acionista de peso. Embora tenha a vantagem de evitar que os minoritários fiquem nas mãos de um sócio poderoso, na crise um dono tende a fazer falta.
O rompimento da barragem de Brumadinho pegou a Vale no meio da transição na governança e, a rigor, sem um capitão no navio. Enquanto a direção e o conselho da Vale têm dito que as atitudes tomadas após o desastre se pautam pela cautela para que injustiças não sejam cometidas, analistas e especialistas veem ausência de pulso do conselho para tomar as decisões mais duras. Essas medidas têm sido provocadas pelo Ministério Público, que pediu o afastamento de Fabio Schvartsman e outras 13 pessoas.
Dos 12 conselheiros, a Previ indicou três, enquanto a Bradespar indicou dois e o Mitsui, um. Nenhum desses acionistas respondeu a perguntas sobre como acompanhava o gerenciamento de riscos da Vale, sua visão para o futuro da companhia e a atuação dos conselheiros indicados. Entre esses executivos, nove são oriundos da área financeira e apenas dois têm experiência prévia em mineração, sendo um destes o representante dos trabalhadores. Pessoas próximas ao conselho dizem que os membros entendem que sua função é de controle e consultoria, e não de atuação direta na gestão. “O conselho recebe regularmente apresentações da diretoria executiva e, em todas elas, sempre constou que todas as barragens estavam seguras e eram certificadas interna e externamente”, diz a mineradora em um comunicado.
A tragédia da Vale expõe uma dificuldade inerente às companhias brasileiras. Como grande parte das empresas locais de capital aberto tem controlador definido, os conselheiros acabam sendo próximos aos donos. Quando o presidente é um executivo de fora com personalidade forte, ele também determina a direção a seguir sem muita contestação do colegiado. Ou seja, o conselho acaba apitando pouco. A Vale, mesmo antes da tragédia, se encontrava no meio de um processo de mudança do conselho. A saída do ex-ministro da Fazenda Eduardo Guardia e de Gueitiro Genso, ex-presidente da Previ e ex-diretor do Banco do Brasil, é dada como certa na reformulação esperada para 30 de abril. A nova chapa precisa ser divulgada até o fim de março.
A VALE DEMOROU A REAGIR APÓS A PRIMEIRA TRAGÉDIA E NÃO TOMOU MEDIDAS BÁSICAS PARA EVITAR NOVO DESASTRE
Como foi possível que um raio tenha caído duas vezes no mesmo lugar? Um questionamento recorrente sobre Brumadinho é como a Vale não se precaveu mesmo após o rompimento da Barragem do Fundão, da Samarco, que matou 19 pessoas em Mariana em 2015. A Samarco era controlada meio a meio pela Vale e pela mineradora australiana BHP Billiton. Houve um jogo de empurra entre os controladores para não assumir a responsabilidade pela tragédia. “A Vale não se envolveu o suficiente para aprender com Mariana”, diz um consultor que conhece de perto a empresa.
Quatro meses depois do desastre de Mariana, foi criada a Fundação Renova para tratar dos programas de indenização, reparação e restauração das cidades atingidas. Sob fortes críticas a seu modelo, a fundação se estabeleceu como o novo rosto das empresas envolvidas e se juntou a uma rede de parceiros — governos, ONGs e universidades — para dar conta de um sem-número de tarefas, desde o cadastramento de atingidos até frentes de reflorestamento ao longo do rio poluído pela ruptura da barragem. Algumas das compensações mais importantes só começaram a andar recentemente, como a reconstrução do vilarejo de Bento Rodrigues.
Após Mariana, a Vale decidiu eliminar as 19 barragens a montante que ainda tem. Desse total, nove estão em processo de desmontagem (como é o caso da de Brumadinho, inclusive) e as restantes seguem intactas. Agora, a Vale diz que todas serão descomissionadas, um processo que pode demorar de um a três anos. Hoje, está evidente que o ritmo foi incrivelmente lento. Outra medida que deveria ter sido tomada era uma revisão de conceitos básicos de segurança, como retirar refeitórios e prédios administrativos de áreas de risco, como não aconteceu em Brumadinho.
Segundo engenheiros e consultores ouvidos por EXAME, a Vale também não aproveitou como poderia, nas próprias operações, o padrão de monitoramento que passou a ser utilizado nas barragens da Samarco, como radares de precisão, drones e medidores de pressão para acompanhar em tempo real a situação dessas estruturas. A empresa afirma que implantou novos sistemas de alerta de 2016 a 2019. Não foram suficientes.
UMA PRESSÃO PARA MANTER DIVIDENDOS E RESULTADOS CRESCENTES CONTRASTA COM CORTES NA MANUTENÇÃO
O rompimento da barragem de Brumadinho pegou a vale num momento de especial euforia. Segundo projeções internas de seus executivos, a Vale estava no caminho para terminar 2019 como a maior mineradora do planeta. Seu valor de mercado pouco antes do rompimento da barragem batia perto dos 77 bilhões de dólares, cerca de 23 bilhões a menos do que a segunda colocada, a anglo-australiana Rio Tinto, e 41 bilhões de dólares a menos do que a tradicional líder do setor, a BHP (sócia da Vale na Samarco). A diferença vinha encurtando.
De janeiro de 2017 para cá, o valor de mercado da Vale cresceu cerca de 40%, enquanto BHP e RT subiram na casa dos 10%. Schvartsman navegava em águas tranquilas após uma queda brusca no preço dos minérios em 2014 e 2015, que havia derrubado os resultados da Vale. A geração de caixa, que chegou a 7,1 bilhões de dólares em 2015, foi para 17, 3 bilhões em 2018. Nessa toada, a remuneração do grupo de diretores estatutários da mineradora passou de 12 milhões de dólares para 30 milhões.
O momento coincidia com a entrada em operação da maior mina da Vale, a S11D, em Carajás, no Pará, de onde era possível extrair minério de ferro a um custo de apenas 8 dólares a tonelada, ante 11 em Minas Gerais. Ainda assim, era comum executivos relembrarem, dentro da companhia, que a grande distância para a China e os elevados custos de transporte obrigam a Vale a continuar buscando mais e mais eficiência. A alta pressão por resultados é uma reclamação comum entre entidades sindicais e ex-funcionários da Vale ouvidos pela reportagem.
Os investidores não têm do que reclamar. De 2008 a 2017 a Vale distribuiu cerca de 60% do lucro líquido como remuneração aos acionistas, proporção bem acima da mínima indicada no estatuto, de 25%. No período, foram entregues perto de 37 bilhões de dólares aos acionistas como dividendos ou juros sobre capital próprio. Em 2015, ano em que ocorreu o desastre da Samarco, a companhia teve prejuízo de 12,6 bilhões de dólares. Ainda assim, distribuiu 1,5 bilhão aos acionistas. A Vale afirma que “o valor foi pago com base em reservas de lucros acumulados”. A mudança na estrutura acionária aprovada em 2017 trazia ainda mais potencial de valorização.
Enquanto isso, os investimentos em manutenção caíram. Em 2014, foram de 4 bilhões de dólares. No ano seguinte, ficaram em 2,8 bilhões. Em 2017 chegaram a 2,2 bilhões de dólares. Os investimentos em pilhas e barragens de rejeitos também tiveram queda significativa: de 474 milhões de dólares em 2014 para 202 milhões em 2017. O investimento em saúde e segurança, por sua vez, baixou de 359 milhões de dólares em 2014 para 207 milhões em 2017, uma queda de 42%. A Vale afirma que a redução nos investimentos em manutenção se deve a uma “política de alocação de capital mais rigorosa”. Ainda segundo a empresa, 10% da remuneração dos diretores está associada a metas de saúde e segurança, 10% a metas de sustentabilidade e 20% a metas de “iniciativas estratégicas”. Os outros 60% estão associados a metas econômico-financeiras alinhadas ao pagamento de dividendos — ou seja, miram o curto prazo.
FALTA À EMPRESA OUVIR SEUS STAKEHOLDERS E REPENSAR O NEGÓCIO A PARTIR DE PREMISSAS SUSTENTÁVEIS
A sustentabilidade empresarial já foi entendida como uma maneira de medir e compensar efeitos negativos de um negócio. A ideia mais atual é o inverso: pensar o negócio a partir de premissas sustentáveis. É o que se vê na fabricante de cosméticos Natura: a empresa mantém um relacionamento próximo de 20 anos com quase 3.000 famílias de comunidades extrativistas na Amazônia. “É preciso que haja uma causa que justifique a existência da empresa para além da geração de lucro”, afirma Alexandre Di Miceli, da consultoria Direzione.
Dentro dessa ótica, segundo especialistas consultados por EXAME, a visão de sustentabilidade da Vale — e de grande parte das companhias brasileiras, é bom que se diga — está em algum lugar entre os anos 90 e o início do século 20. A companhia cumpre os manuais, mas não vai muito além disso. E coleciona episódios de indisposição com comunidades vizinhas a suas operações.
No Pará, estado que abriga a maior e mais moderna operação da Vale — o complexo S11D, em Parauapebas —, emergem conflitos gerados por protestos de comunidades do entorno da Estrada de Ferro Carajás, ferrovia de 972 quilômetros que corta 27 cidades do Pará ao Maranhão para escoar a produção de minério da empresa. Entre os motivos de confronto estão pedidos de construção de passarelas para os pedestres atravessarem a ferrovia em segurança.
Segundo a própria Vale, em 2017 houve 266 ameaças de interdição na Estrada de Ferro Carajás e, dessas, 232 foram “neutralizadas”, isto é, a empresa conseguiu impedir a interrupção do tráfego de trens. Ainda segundo a Vale, 14 acidentes foram registrados ao longo da ferrovia em 2017, com sete vítimas fatais. De acordo com o Justiça nos Trilhos, uma rede de movimentos sociais ao longo do corredor ferroviário de Carajás, há outros problemas: a poluição sonora causada pelos trens da empresa e rachaduras provocadas pelo movimento das composições em casas próximas.
Nem todos os problemas são solucionáveis, evidentemente, mas há diferentes formas de a empresa se posicionar. “A Vale tem uma resistência em ouvir vozes críticas, e isso gera um quadro de imposição sem diálogo”, afirma Danilo Chammas, advogado do Justiça nos Trilhos. A Vale afirma que, conforme estudos da Agência Nacional de Transportes Terrestres, a ferrovia Carajás encerrou 2018 como a mais segura do país. E a empresa analisa a viabilidade da construção de novas passarelas.
INTEGRANTE DOS PRINCIPAIS ÍNDICES DE RESPONSABILIDADE CORPORATIVA, A VALE NÃO INTROJETOU AS LIÇÕES
Não faltam índices para medir a responsabilidade social, a ambiental, a eficiência operacional e a gestão de riscos de empresas dos mais variados perfis. Boa parte deles despontou nos últimos 15 anos. Esses índices nasceram com o propósito de guiar investidores a encontrar as empresas mais responsáveis social e ambientalmente para montar suas carteiras. Acompanham, assim, a dinâmica das agências de classificação de risco financeiro. Organizações como S&P, Moody’s e Fitch foram criadas no começo do século 20 e servem de fiel da balança para o mercado verificar os riscos relacionados ao crédito. Sua proliferação ajudou grandes empresas mundo afora a buscar solidez nos balanços. O mesmo vale para os índices de sustentabilidade — pelo menos na teoria.
Dois dos selos mais buscados por empresas brasileiras são o do Índice de Sustentabilidade (ISE), da bolsa B3, e o do Índice Dow Jones de Sustentabilidade, indexado à bolsa de Nova York. Por aqui, a carteira de empresas consideradas sustentáveis reúne 34 ações de 29 companhias que somam cerca de 42% do valor total das ações negociadas na B3. Até 12 de fevereiro deste ano, a Vale era uma das sustentáveis.
A empresa, que já tinha feito parte do índice, deixou de integrá-lo após o desastre de Mariana e voltou a fazer parte no início do ano, depois de obter a pontuação necessária e ser aprovada pelo conselho deliberativo do ISE. O problema é que é possível ser competente na classificação para os índices sem que a empresa necessariamente abrace todas as boas práticas que os norteiam. É, segundo especialistas em sustentabilidade, o caso da Vale, que se estruturou para entrar nos índices mais como uma forma de atrair investidores qualificados do que para adotar as mais modernas práticas do mercado.
Para entrar no ISE, cada empresa precisa responder a sete questionários, além de apresentar comprovação para as respostas de sete questões determinadas por sorteio. Todas as respostas dadas se tornam públicas após o processo — uma maneira de exercer certa pressão sobre o que as empresas declaram. “Por melhores que sejam, esses filtros não são capazes de capturar todos os aspectos relevantes de ética, governança e sustentabilidade de uma empresa”, afirma um consultor de governança que prefere não se identificar. “Esse tipo de filtro só evolui na medida em que o investidor escrutina ainda mais o que as empresas dizem fazer.” Nesse sentido, o fato de a Vale ter entrado para os índices e agora ter surpreendido negativamente seus investidores pode ser um duro golpe. Reconquistar a confiança dos investidores tende a demandar uma revisão geral nas práticas sustentáveis da companhia.
Investidores que miram empresas responsáveis estão, afinal, cada vez mais criteriosos. A gestora global Schroders, que tem 600 bilhões de dólares sob gestão e investe parte desse montante em papéis da Vale, além dos relatórios da administração, consulta mídias sociais e estudos de consultorias independentes para montar sua carteira. “Temos um diálogo constante com os executivos das empresas, mas é difícil ter esse contato direto com todas as comunidades”, afirma Andrew Howard, responsável pelas pesquisas de sustentabilidade da Schroders, em Londres.
A gestora está, no momento, reavaliando a continuidade da alocação em papéis da Vale. “Continuar ou não dependerá da capacidade da diretoria em fazer o que é correto em termos de gestão e o que isso representa em números”, diz Daniel Celano, presidente da Shroders no Brasil.
EM VEZ DE LIDERAR O AVANÇO NA LEGISLAÇÃO, A VALE TRABALHAVA NOS BASTIDORES PARA MANTER O STATU QUO
Um levantamento realizado pela ONG Global Justice Now mostra que, das 100 maiores potências econômicas do mundo, 69 são empresas e só 31 são países. Num cenário em que o poder econômico das corporações se sobrepõe ao de muitos países, é natural que a régua que mede o impacto e o papel socioambiental das empresas tenha subido. Elas vêm sendo cobradas a ser agentes na atualização das leis em benefício da sociedade, e não de seus interesses econômicos. Essa não é a regra no Brasil, e a Vale não é exceção.
Em 2015, a rede BBC revelou que o documento do projeto de lei proposto para o Código de Mineração foi escrito em um computador do escritório de advocacia Pinheiro Neto, que atendia a Vale e a BHP. O documento, assinado pelo então deputado Leonardo Quintão (ex-PMDB-MG), foi alterado em 100 trechos por um sócio do escritório. O Pinheiro Neto na época reconheceu o envolvimento, mas afirmou que o sócio atuou fora do ambiente de trabalho.
O novo Código de Mineração nunca foi à frente. O texto que continua em vigor é, majoritariamente, o de 1967, acrescido de poucas modificações em 2018. Quintão recebeu cerca de 2 milhões de reais de mineradoras nas eleições de 2014. Ele não se reelegeu em 2018. “A relação entre quem define o que é a lei e quem defende o interesse da empresa torna a legislação menos eficiente”, diz Bruno Milanez, pesquisador da Universidade Federal de Juiz de Fora.
Atualizações pontuais têm ocorrido agora, após Brumadinho. A Agência Nacional de Mineração (AMN), criada em 2018 em substituição ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), proibiu em fevereiro que barragens a montante sejam construídas no país. Proibiu também edificações a até 10 quilômetros do curso de rejeitos de uma barragem. Em dez anos, o DNPM recebeu 10% do orçamento previsto — acumulou 120 milhões de reais ante 1 bilhão que deveria ter levado.
A AMN herdou apenas oito fiscais para dar conta de 400 barragens de mineração. Em outra frente, Alexandre Vidigal de Oliveira, secretário de Geologia, Mineração e Transformação Digital do Ministério de Minas e Energia, quer desvincular a relação entre auditorias e mineradoras. Para isso, propõe que a ANM abra um edital para licitar interessados em prestar serviços de fiscalização. As companhias aprovadas entrariam para um sistema que escolheria de forma aleatória as mineradoras a ser visitadas. Até o poder público, quem diria, está buscando respostas a Brumadinho. A Vale, além de descobrir o que ocorreu, pode usar a oportunidade para sair do episódio maior do que entrou.
Atualização feita às 16h do dia 14/03 para incluir esclarecimento enviado pela Vale:
Em nota, a Vale afirma que tem canais de comunicação direta entre a ponta de suas operações e os níveis mais altos na hierarquia da empresa. “A Vale conta com canais estruturados e eficientes, inclusive anônimos, de queixas e reclamações. Qualquer pessoa pode utilizar estes canais, incluindo empregados, fornecedores e membros das comunidades sob influência das operações da empresa”, diz a companhia.
Diz ainda que “vem ampliando seus investimentos em projetos relacionados a Saúde e Segurança, e em 2019 estão previstos para serem empregados R$ 877 milhões, representando um crescimento de 48% com relação ao ano de 2015”.
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Veículo: Rádio Catedral JF
Editoria: Notícias
Data: 22/03/2019
Título: Via-Sacra jovem 10 anos acontece neste domingo, 24 de março
Por Fabíola Castro
Este domingo, 24 de março, será especial para juventude da Arquidiocese de Juiz de Fora. A Via-Sacra Jovem ao Morro do Cristo chega aos seus 10 anos de realização.
A concentração acontecerá a partir das 8h, na Igreja Nossa Senhora de Fátima, localizada próximo ao portão Norte Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Às 8h30, haverá a Santa Missa presidida pelo idealizador da via-sacra, o Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira. Logo após, terá início a caminhada rumo ao Morro do Cristo.
Em 2019, o evento é comemorativo pela 10ª edição, por isso, diversas ações foram preparadas pelo Setor Juventude Arquidiocesano: um subsídio, que foi enviado para as paróquias como motivação para a Via-Sacra, e as camisetas que foram vendidas em vários pontos de Juiz de Fora. E para quem não conseguiu adquirir, elas serão disponibilizadas para compra no evento. Também no dia 24, os jovens ainda poderão adquirir o certificado “Bênção Episcopal” – lembrança de sua participação no encontro.
No trajeto até o Morro do Cristo, são meditados os passos de Jesus rumo à Sua Paixão, Morte e Ressurreição, mistério central da fé cristã. Os jovens conduzem as réplicas de símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) – a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora -, além das 15 cruzes que representam as estações da Via Dolorosa.
Dom Gil fala sobre o evento e chama toda juventude à participar.
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Veículo: Confederação Brasileira de Atletismo
Editoria: Notícias
Data: 22/03/2019
Link: http://cbat.org.br/novo/noticias/noticia.aspx?id=10358
Título: O gari Johnatas Cruz é uma das atrações do Brasil no Mundial de Cross Country de Aarhus
Assessoria de Comunicação da CBAt 22/03/2019
Prata na Copa Brasil Caixa e no Sul-Americano de Cross, novato nas corridas de rua concilia o trabalho na coleta de lixo em São Paulo com o atletismo. Está animado para ir à Europa e ver de perto a força dos africanos
Bragança Paulista – O mineiro Johnatas de Oliveira Cruz (Guarulhos-SP) é uma das atrações da Seleção Brasileira convocada para disputar o Campeonato Mundial de Cross Country, no próximo dia 30 de março, em Aarhus, na Dinamarca. Gari de profissão, em São Paulo, Jonathas descobriu as corridas de rua há três anos.
Em sua primeira temporada no cross country, ganhou a medalha de prata na Copa Brasil Caixa, realizada dia 27 de janeiro, no Parque Ecológico do Tietê, em São Paulo, e garantiu a mesma posição no Sul-Americano de Guayaquil, no Equador, no dia 23 de fevereiro. “Foi um sonho competir pela primeira vez fora do Brasil e voltar com uma medalha e classificado para um Mundial, ainda mais na Europa”, comentou. “Às vezes, nem eu mesmo acredito”, disse Johnatas, que foi o quarto melhor brasileiro na última São Silvestre, ao terminar na 13ª colocação.
“Estou treinando muito, sei que devo enfrentar frio e a força dos africanos. Este é o meu primeiro ano de cross e lá o objetivo é fazer o melhor possível e ganhar experiência. Ver os melhores em ação”, disse o atleta, de 28 anos.
Nascido em São Pedro dos Ferros (MG), Jonathas trabalha das 18:30 às 00:40 na coleta de lixo, em Guaianazes, na Zona Leste de São Paulo. “Tenho tempo de fazer academia, de treinar na rua perto da minha casa em Cidade Tiradentes, de fazer pista duas vezes por semana na Ponte Grande, em Guarulhos.”
Orientado por Lafaiete Luiz, da Secretaria de Esportes de Guarulhos, Johnatas tem 29:30, como melhor resultado nos 10 km, obtido em 2018, na Tribuna FM, em Santos. Este ano, na mesma prova, espera correr abaixo dos 29:00. “Sou novo no atletismo, mas estou treinando muito bem.”
Johnatas mudou-se para São Paulo aos 12 anos. A paixão era o futebol e tentou a sorte em peneiras no São Caetano, Santo André e Corinthians. “Passei em todas, mas não tinha condições financeiras de me manter”, contou.
Então resolveu trabalhar para ajudar a família. Lavou carros, calibrou pneus, foi frentista e caixa em posto de gasolina. Em 2012, conseguiu emprego na EcoUrbis, empresa responsável pela coleta de lixo nas Zonas Sul e Leste de São Paulo. Desde 2005, a empresa promove um programa de incentivo aos funcionários que treinam atletismo. E aí o caminho foi natural. De tanto correr atrás do caminhão, resolveu se arriscar nas corridas de rua.
“Estou feliz e meus sonhos estão apenas começando. Posso pensar mais longe? Acho que posso. Só depende do meu esforço”, disse o corredor, que não esconde o desejo de correr uma maratona e tentar índice olímpico para os Jogos de Tóquio 2020. “Tudo aconteceu tão rápido.”
A Seleção Brasileira de Cross
A delegação brasileira para o Mundial de Aarhus está definida. O chefe será Marcos Paulo Garcia de Andrade (RS), que contará com o apoio da médica Helena Vitória de Oliveira de Camargo (SP), do fisioterapeuta Nelson Guarnier Filho (SP) e dos treinadores Alcides dos Santos Gonçalves Neto (SP) e Alex Sandro de Jesus Lopes (SP).
Gilberto Silvestre Lopes (Pé de Vento-RJ) pediu dispensa. Ele está em Paipa, na Colômbia, em treinamento de altitude, visando a Maratona de Hamburgo, no dia 28 de abril. Para o seu lugar foi chamado Glenison Gilbert de Carvalho (UFJF-MG).
Os atletas convocados são:
Adulto – masculino – 10 km
Johnatas de Oliveira Cruz (Guarulhos-SP)
André Ramos de Souza (Barra do Garças-MT)
Nicolas Antonio Gonçalves (Orcampi Unimed-SP)
Glenison Gilbert de Carvalho (UFJF-MG)
Sub-20 – feminino – 6 km
Jeovana Fernanda dos Santos (ABDA-SP)
Leticia Almeida Belo (Orcampi Unimed-SP)
Bianca Vitória dos Santos (FAE Osasco-SP)
Maria Lucineida Moreira (Projeto Atletismo Campeão-PE)
A equipe brasileira viaja para a Dinamarca na próxima semana com recursos do Programa de Apoio às Seleções Brasileiras da Caixa, a patrocinadora oficial do Atletismo Brasileiro.
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Veículo: Miss News
Editoria: Notícias
Data: 22/03/2019
Título: ‘Quero ser a representante de todas as brasileiras’, diz Miss Brasil 2019 após retorno a Juiz de Fora
22/03/2019
Durante homenagem na Câmara de Vereadores, Júlia Horta conversou com o G1 e falou sobre a preparação para o Miss Universo.
Por Caroline Delgado, G1 Zona da Mata
22/03/2019 18h28
“Quero ser a representante de todas as brasileiras”, afirmou a Miss Brasil e juiz-forana, Júlia Horta, de 24 anos, no retorno a Juiz de Fora. Em uma solenidade na tarde desta sexta-feira (22), na Câmara Municipal , a jornalista formada na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), modelo e influenciadora digital recebeu homenagem dos vereadores e discursou.
Depois de tirar fotos com fãs e atender a imprensa, a Miss Brasil desfilou no carro aberto do Corpo de Bombeiros. O desfile foi até o Bairro Bom Pastor, seguiu sentido ao Bairro Manoel Honório, passou pela Avenida Brasil e retornou à Câmara passando pela Rua Benjamin Constant.
Acompanhada da família, Júlia Horta conversou com o G1 e falou sobre a preparação para o Miss Universo, causas, feminismo e sororidade. Confira abaixo:
Miss Brasil Júlia Horta é homenageada na Câmara em Juiz de Fora
“Feminicídio é enorme”, diz Júlia Horta
Não é apenas na faixa do Miss Universo que Júlia Horta está de olho. A jovem quer representar as milhões de brasileiras, levando feminismo e sororidade como causa e espalhar mensagens para todo o mundo.
Segundo ela, hoje em dia as mulheres ainda sofrem com uma sociedade machista.
“Hoje em dia se discute muito feminismo na sociedade, a sororidade já é uma palavra que todo mundo entende, mas infelizmente o feminicídio é enorme. O assédio que as mulheres passam todos os dias não acaba e isto é muito sério”.
Júlia também acredita que, por ser uma representante, ela poderá levantar a causa do feminismo por todos os lugares e levar conhecimento para as pessoas. “Quando eu ganhei o concurso e levantei essa bandeira e fui muito questionada. Acho que como Miss Brasil, com a visibilidade que eu tenho, o principal para mim, é levar a informação”, explicou.
Miss Brasil 2019, Júlia Horta é homenageada em Juiz de Fora
Preparação
Com uma bagagem de vários concursos, Júlia Horta chegou preparada para o Miss Brasil, que aconteceu no dia 9 de março, conquistando o título entre 26 mulheres, representantes de vários estados do Brasil. Para o Miss Universo não vai ser diferente. O concurso ainda não tem data marcada, mas a juiz-forana já se prepara.
“Eu já estou em São Paulo. Eu fiquei duas semanas antes de voltar para Juiz de Fora. A minha rotina lá é bem focada no Miss Universo. Muita aula de inglês, oratória, passarela. Algumas questões estéticas a trabalhar também e principalmente me envolver no máximo de projetos sociais possíveis”, contou.
Para ganhar o Miss Universo, Júlia terá que quebrar um paradigma. Desde de 1968, o Brasil não conquista o tão sonhado primeiro lugar. Na época, a baiana Martha Vasconcellos atingiu o objetivo.
“Eu sou uma pessoa movida a desafios e é exatamente por isso que eu to aqui. Então eu me sinto muito disposta a correr atrás, pronta nunca, porque a gente sempre pode melhorar, mas eu vou dar tudo de mim. Se Deus quiser esse título vem pro Brasil”, concluiu.
Conquistas
Na trajetória desde 2015, quando venceu o Miss Mundo Minas Gerais, a juiz-forana também ficou em quinto lugar no Miss Mundo Brasil e, em 2016, alcançou o segundo lugar no concurso Rainha Internacional do Café. Em 2017, participou do Miss Mundo Brasil e Miss Turismo Internacional, ficando em terceiro e quinto lugar, respectivamente.
https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2019/03/22/quero-ser-a-representante-de-todas-as-brasileiras-diz-miss-brasil-2019-apos-retorno-a-juiz-de-fora.ghtml
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Veículo: Edição do Brasil
Editoria: Geral
Data: 22/03/2019
Link: http://edicaodobrasil.com.br/2019/03/22/trabalhe-como-uma-mulher/
Título: Trabalhe como uma mulher
Daniel Amaro 22 de março de 2019 Geral 0
Em um mercado dominado por homens, aos poucos elas estão conquistando cada vez mais espaço e mostrando que são capazes. Muitas profissões taxadas como “masculinas” já possuem o sexo feminino no comando. Ainda há muito o que melhorar para termos uma sociedade mais justa e igualitária, mas o caminho já está sendo percorrido. São pilotas de helicóptero, engenheiras, mecânicas, motoristas, jogadoras de futebol, poker, políticas, entre outras funções.
Ao longo do mês de março, o Edição do Brasil lançou a série #OndeElaQuiser, com histórias de mulheres que quebram paradigmas e servem de inspiração e motivação para outras. Na quarta e última reportagem, conversamos com Bárbara Brier, mecânica e consultora automotiva, e Olívia Gomes e Carolina Lacorte, engenheiras civis. Elas falam um pouco sobre a carreira, desafios, empoderamento feminino e como fazem para driblar preconceitos.
Motor de mudanças
Nascida na periferia de Belo Horizonte e de família simples, Bárbara Brier ingressou no mundo da mecânica automotiva ao acaso. Ao terminar o ensino fundamental, precisava de um curso técnico que lhe garantisse uma profissão e um emprego. Ficou sabendo do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e se inscreveu em vários cursos. Sua meta era conseguir a vaga de web design, mas passou para técnica automobilística. Aos poucos, a jovem começou a se interessar muito pela área.
Na época em que fazia o curso, na turma de 15 alunos havia 3 mulheres. “Tive a sorte de ter mais duas colegas. A gente sofria às vezes com piadinhas. Eu sempre tentava não me incomodar, mas aquilo me chateava. Com persistência, foco e força de vontade fui levando”, relembra.
Ao concluir o curso, em 2005, conseguiu um emprego em uma montadora. Logo depois, também ingressou na faculdade de produção industrial e fez pós-graduação. Bárbara foi crescendo na profissão e passou a dar treinamentos para oficinas de todo Brasil. Além da paixão pelos carros, também descobriu que gostava de ensinar.
Ela decidiu dar aulas de mecânica para outras mulheres. “São orientações quanto a manutenção. Existe uma pesquisa mostrando que nós somos as que mais compram automóvel no Brasil e as que mais levam seus veículos em oficinas. O curso de mecânica básica vem para orientar e ajudar essas mulheres. Elas aprendem, por exemplo, o funcionamento do motor e o que é necessário verificar para fazer a manutenção no dia a dia, troca de água e óleo”, explica.
Bárbara diz que o selo “Oficina Amiga da Mulher” nasceu a partir dos treinamentos. “As que recebem o selo são mais confiáveis e estão preparadas para receber o público feminino. Em Belo Horizonte são 6 locais”.
Construindo o futuro
Saindo da área da mecânica automotiva e passando para engenharia civil, outras duas mulheres ganham destaque. Olívia Gomes e Carolina Lacorte são sócias e proprietárias na Lacorte & Gomes Engenheiras Associadas. Elas são responsáveis por fazer avaliações e perícias, projetos, reformas, problemas estruturais, entre outras atividades da área da construção civil.
Formadas há 4 anos pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), elas se conheceram durante a graduação. “Na época me chamaram para fazer um trabalho como autônoma e convidei a Olívia. A partir disso outras oportunidades apareceram e montarmos uma sociedade. Nosso escritório tem 3 anos”, conta Carolina.
Olívia diz que a maioria de suas clientes são mulheres. “Elas nos procuram pela internet ou ficam sabendo por meio de outras pessoas, pois estão em busca de um atendimento diferenciado e preferem lidar com outras mulheres. A gente fica muito orgulhosa disso, pois na profissão de engenharia existe o estereótipo de ser sempre exercida por homens”.
As duas estão sempre buscando mais conhecimento e se atualizando. Além da graduação, possuem diversos cursos na área. “Acredito que nenhum profissional é completo. A medida que aparecem trabalhos, vamos nos especializando. A Carolina iniciou na faculdade de arquitetura para completar nossa parte de projetos. Eu gosto da área de perícias e gerenciamentos de projetos e corro atrás de cursos com essa temática”, explica Olívia.
Ainda de acordo com ela, quando entrou na faculdade a turma possuía cerca de 60 alunos, com 50 homens e 10 mulheres. “Um dos professores, elogiando, disse que era uma turma bem feminina. Eu não entendi bem na época, mas hoje percebo como essa profissão pode empoderar mulheres. Recentemente, atendemos uma candidata a estágio e ela disse que as turmas hoje em dia estão meio a meio. Isso é um motivo de orgulho para nós”, diz.
Carolina salienta que há menos de 10 anos, os diplomas na universidade onde se formaram saiam com o nome de engenheiro civil e não como engenheira. “Atualmente isso foi mudado e mostra como a profissão se transformou e tem aceitado melhor as mulheres”, comemora.
As duas também dão oficina de empoderamento, chamada “Elas pintam e bordam”. “Já fizemos quatro edições. Elas colocam a mão na massa, aprendem como lixar uma parede, realizar o acabamento e etapas de pintura. Na primeira edição não imaginávamos que seriam tantas queixas contra os homens quando se tratava de reformas”, afirma Carolina.
Muitas mulheres as incentivaram e serviram de inspiração para persistir na profissão. Em um momento de muita dificuldade durante o curso, Carolina pensou em desistir, mas encontrou uma professora que a aconselhou e a motivou a seguir. “Me senti acolhida, passei a me dedicar mais e consegui finalizar a graduação”. Para Olívia, a inspiração vem de sua primeira chefe. “Na época era estagiária e presenciei engenheiros a menosprezando. Fiquei um pouco chocada com a situação. Ela simplesmente não respondeu as provocações. Disse que quando o trabalho estivesse pronto, todos veriam a nossa capacidade”.
Para as mulheres que desejam iniciar na profissão de engenheira, Olívia diz que recebe mensagens pedindo conselhos sobre o assunto. “O segredo é ter carinho, empatia e sororidade. Fazer um bom trabalho e abrir caminhos para futuras engenheiras, assim como muitas abriram para nós. A gente tem que mostrar que o lugar da mulher é onde ela quiser”, conclui.
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Veículo: O Globo
Editoria: Sociedade
Data: 22/03/2019
Título: Já reencarnou? Uma universidade brasileira está interessada em seu relato
O inédito ‘Levantamento Nacional de Casos Sugestivos de Reencarnação’, da Federal de Juiz de Fora, colhe depoimentos de quem acredita se lembrar de ‘vidas passadas’
Élcio Braga
22/03/2019 – 08:01 / Atualizado em 01/04/2019 – 08:36
RIO – O Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde (Nupes), da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), lançou o inédito “Levantamento Nacional de Casos Sugestivos de Reencarnação na População Brasileira”. Na primeira semana de cadastramento on-line, mais de cem pessoas fizeram relatos de lembranças que seriam de uma outra vida.
A pesquisa é liderada pelo psiquiatra e diretor do Nupes, Alexander Moreira-Almeida, em parceria com o professor Jim Tucker, da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos. Foi lá, a partir dos anos 1960, que o psiquiatra Ian Stevenson coordenou, por quase 50 anos, um grupo que investigou uma série de experiências espirituais, entre as quais a reencarnação.
Clique aqui para ler a reportagem completa e saber como será feita essa investigação no Brasil, quais as bases científicas relacionadas a esse tema e como é possível participar.
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Veículo: O Globo
Editoria: Sociedade
Data: 22/03/2019
Título: Relatos de ‘vidas passadas’ são colhidos por pesquisadores em Minas Gerais
‘Levantamento Nacional de Casos Sugestivos de Reencarnação’, da Universidade Federal de Juiz de Fora, colhe depoimentos para depois investigar os mais surpreendentes
Élcio Braga
22/03/2019 – 04:30 / Atualizado em 01/04/2019 – 08:46
RIO – A cena martela a cabeça da advogada Janaína de Franco, de 42 anos, desde a infância: uma moça atravessa uma pacata rua no bairro de Piedade, na Zona Norte do Rio, e se depara com um carro preto em velocidade. Momentos depois, vê a mãe lamentando a morte da jovem, diante do corpo. Janaína acredita que a vítima desse atropelamento, que teria ocorrido entre 1910 e 1920, tenha sido ela, aos 16 anos, em outra vida.
Em busca de casos como esse, o Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde (Nupes), da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), lançou o inédito “Levantamento Nacional de Casos Sugestivos de Reencarnação na População Brasileira”. Na primeira semana de cadastramento on-line, mais de cem pessoas fizeram relatos de lembranças que seriam de uma outra vida.
A pesquisa é liderada pelo psiquiatra e diretor do Nupes, Alexander Moreira-Almeida, em parceria com o professor Jim Tucker, da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos. Foi lá, a partir dos anos 1960, que o psiquiatra Ian Stevenson coordenou, por quase 50 anos, um grupo que investigou uma série de experiências espirituais, entre as quais a reencarnação.
Olhar científico
Agora, a proposta é oferecer às supostas lembranças de outras vidas um olhar mais apurado de psiquiatras e pesquisadores.
— Nosso objetivo é fazer um grande banco de casos de pessoas que relatam suposta memória de vida passada, para que possamos realmente avançar nesse entendimento. Até hoje, a maior parte das pesquisas foi feita nos Estados Unidos e na Europa. A ideia é entender como essas situações acontecem no Brasil, que características possuem e o quanto, efetivamente, essas memórias podem ser sugestivas e precisas em relação a uma alegada vida passada — observa Moreira-Almeida, também coordenador das seções de Espiritualidade e Psiquiatria da Associação Mundial de Psiquiatria e da Associação Brasileira de Psiquiatria.
Na primeira fase, prevista até o fim do ano, haverá, ainda, a verificação de dados e seleção dos casos mais consistentes. A visita aos locais das alegadas memórias dos participantes constará na segunda fase do levantamento, no ano que vem. A pesquisa conta com apoio financeiro da Fundação Bial, que incentiva estudos científicos em neurociências.
— Alguns dos casos sugestivos de reencarnação serão pesquisados in loco, a fim de se investigar com mais detalhes a precisão e possibilidade de acesso da criança ou familiares às informações de uma suposta vida passada — promete Moreira-Almeida.
A maior parte dos relatos, segundo o diretor do Nupes, costuma ser impreciso e genérico, como mostrou estudo de Stevenson com mais de dois mil casos pesquisados.
Um dos casos investigados academicamente foi o de Purnima Ekanayake, nascida em 1987, no Sri Lanka. Segundo o psicólogo Erlendur Haraldsson, da Universidade da Islândia, ela, aos 3 anos, dizia ter sido, em outra encarnação, um homem que morreu atropelado, quando seguia de bicicleta para o templo de Kelaniya, onde vendia incenso da marca Geta Pichcha.
— Quando se foi investigar lá, identificou-se um vendedor cujo irmão vendia incenso da mesma marca, a Geta Pichcha, no templo. E esse irmão morreu realmente atropelado quando ia vender incenso (em 1985) — conta Moreira-Almeida.
O curioso, observa o psiquiatra, é que a lesão que gerou o óbito do vendedor se localizava na mesma área da marca de nascença de Purnima.
— A menina tinha marcas de nascença, manchas brancas, na região abaixo das costelas. O laudo de necropsia do rapaz mostra que a morte se deu por fratura das costelas, mais nas partes baixas. E essas costelas perfuraram o pulmão e o fígado. Essa criança fez ao todo 20 afirmações sobre suposta vida passada: 14 eram verídicas, três eram incorretas e três eram indeterminadas. Não dava pra saber se eram verdadeiras ou não. Esse é um exemplo de um caso que foi bem investigado — ressalta o psiquiatra.
Religião e ciência se unem na busca por explicações
A crença em reencarnações faz parte de várias religiões, como o budismo e o espiritismo, mas também consegue seguidores em outros credos. Alexander Moreira-Almeida pontua que 44% dos católicos brasileiros acreditam em vidas após a morte — o que iria contra os preceitos da própria religião.
— Cerca de uma em cada quatro pessoas no mundo defendem essa crença. Uma em cada três pessoas nos Estados Unidos acredita em reencarnação. No Brasil, segundo dados recentes, 37% acreditam totalmente na reencarnação, 18% têm dúvidas — diz o líder da pesquisa, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora.
Mas não é só a religião que busca respostas sobre esses relatos de vidas passadas. A ciência também busca entender o que exatamente são essas manifestações de supostas memórias em encarnações.
— Entre situações bastante precisas, em que não há evidência de fraude deliberada, a primeira hipótese se chama criptomnésia, uma memória oculta. Será que essa criança teve acesso a essa informação de alguma forma: vendo na televisão, ouvindo alguém comentar, ou visitando um lugar? Mesmo não lembrando conscientemente, ela reproduz essa informação — observa Almeida-Moreira.
Uma outra hipótese refere-se à memória genética. Seria o caso quando, de alguma forma, a pessoa lembra ser, supostamente, a reencarnação do avô ou do bisavô.
— A memória desse avô teria passado geneticamente para ela. Mas, do ponto de vista científico atual, as nossas memórias não passam geneticamente. Não há herança das memórias adquiridas para os nossos descendentes. E, mesmo que isso fosse possível, a maior parte dos casos ocorre fora da família. Não há uma linhagem genética. Não teria como passar essas informações via genética, via biológica — pondera o psiquiatra.
Há mais explicações “menos ortodoxas”, mas dentro do campo científico, conta Moreira-Almeida:
— A criança teria alguma percepção extra-sensorial. Um processo telepático, ou uma clarividência, em que ela obteria informações por vias extrassensoriais sobre aquela outra vida e que ela manifestaria isso. Outra hipótese seria a da sobrevivência da consciência. De alguma forma, efetivamente, aquela consciência, após a morte do corpo físico, sobrevive e ela se manifesta naquela criança.
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Veículo: Blog do BG
Editoria: Diversos
Data: 22/03/2019
Título: Já reencarnou? Relatos de ‘vidas passadas’ são colhidos por pesquisadores em Minas Gerais
‘Levantamento Nacional de Casos Sugestivos de Reencarnação’, da Universidade Federal de Juiz de Fora, colhe depoimentos para depois investigar os mais surpreendentes
A cena martela a cabeça da advogada Janaína de Franco, de 42 anos, desde a infância: uma moça atravessa uma pacata rua no bairro de Piedade, na Zona Norte do Rio, e se depara com um carro preto em velocidade. Momentos depois, vê a mãe lamentando a morte da jovem, diante do corpo. Janaína acredita que a vítima desse atropelamento, que teria ocorrido entre 1910 e 1920, tenha sido ela, aos 16 anos, em outra vida.
Em busca de casos como esse, o Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde (Nupes), da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), lançou o inédito “Levantamento Nacional de Casos Sugestivos de Reencarnação na População Brasileira”. Na primeira semana de cadastramento on-line, mais de cem pessoas fizeram relatos de lembranças que seriam de uma outra vida.
A pesquisa é liderada pelo psiquiatra e diretor do Nupes, Alexander Almeida-Moreira, em parceria com o professor Jim Tucker, da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos. Foi lá, a partir dos anos 1960, que o psiquiatra Ian Stevenson coordenou, por quase 50 anos, um grupo que investigou uma série de experiências espirituais, entre as quais a reencarnação.
Olhar científico
Agora, a proposta é oferecer às supostas lembranças de outras vidas um olhar mais apurado de psiquiatras e pesquisadores.
— Nosso objetivo é fazer um grande banco de casos de pessoas que relatam suposta memória de vida passada, para que possamos realmente avançar nesse entendimento. Até hoje, a maior parte das pesquisas foi feita nos Estados Unidos e na Europa. A ideia é entender como essas situações acontecem no Brasil, que características possuem e o quanto, efetivamente, essas memórias podem ser sugestivas e precisas em relação a uma alegada vida passada — observa Almeida-Moreira, também coordenador das seções de Espiritualidade e Psiquiatria da Associação Mundial de Psiquiatria e da Associação Brasileira de Psiquiatria.
A comprovação de dados nos relatos dos participantes constará na segunda fase do levantamento, no ano que vem. Na primeira fase, prevista até o fim do ano, haverá apenas o cadastramento. A pesquisa conta com apoio financeiro da Fundação Bial, que incentiva estudos científicos em neurociências.
— Alguns dos casos sugestivos de reencarnação serão pesquisados in loco, a fim de se investigar com mais detalhes a precisão e possibilidade de acesso da criança ou familiares às informações de uma suposta vida passada — promete Almeida-Moreira.
A maior parte dos relatos, segundo o diretor do Nupes, costuma ser impreciso e genérico, como mostrou estudo de Stevenson com mais de dois mil casos pesquisados.
Um dos casos investigados academicamente foi o de Purnima Ekanayake, nascida em 1987, no Sri Lanka. Segundo o psiquiatra Erlendur Haraldsson, da Universidade da Islândia, ela, aos 3 anos, dizia ter sido, em outra encarnação, um homem que morreu atropelado, quando seguia de bicicleta para o templo de Kelaniya, onde vendia incenso da marca Geta Pichcha.
— Quando se foi investigar lá, identificou-se um vendedor cujo irmão vendia incenso da mesma marca, a Geta Pichcha, no templo. E esse irmão morreu realmente atropelado quando ia vender incenso (em 1985) — conta Almeida-Moreira.
O curioso, observa o psiquiatra, é que a lesão que gerou o óbito do vendedor se localizava na mesma área da marca de nascença de Purnima.
— A menina tinha marcas de nascença, manchas brancas, na região abaixo das costelas. O laudo de necropsia do rapaz mostra que a morte se deu por fratura das costelas, mais nas partes baixas. E essas costelas perfuraram o pulmão e o fígado. Essa criança fez ao todo 20 afirmações sobre suposta vida passada: 14 eram verídicas, três eram incorretas e três eram indeterminadas. Não dava pra saber se eram verdadeiras ou não. Esse é um exemplo de um caso que foi bem investigado — ressalta o psiquiatra.
Religião e ciência se unem na busca por explicações
A crença em reencarnações faz parte de várias religiões, como o budismo e o espiritismo, mas também consegue seguidores em outros credos. Alexander Almeida-Moreira pontua que 44% dos católicos brasileiros acreditam em vidas após a morte — o que iria contra os preceitos da própria religião.
— Cerca de uma em cada quatro pessoas no mundo defendem essa crença. Uma em cada três pessoas nos Estados Unidos acredita em reencarnação. No Brasil, segundo dados recentes, 37% acreditam totalmente na reencarnação, 18% têm dúvidas — diz o líder da pesquisa, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora.
Mas não é só a religião que busca respostas sobre esses relatos de vidas passadas. A ciência também busca entender o que exatamente são essas manifestações de supostas memórias em encarnações.
— Entre situações bastante precisas, em que não há evidência de fraude deliberada, a primeira hipótese se chama criptomnésia, uma memória oculta. Será que essa criança teve acesso a essa informação de alguma forma: vendo na televisão, ouvindo alguém comentar, ou visitando um lugar? Mesmo não lembrando conscientemente, ela reproduz essa informação — observa Almeida-Moreira.
Uma outra hipótese refere-se à memória genética. Seria o caso quando, de alguma forma, a pessoa lembra ser, supostamente, a reencarnação do avô ou do bisavô.
— A memória desse avô teria passado geneticamente para ela. Mas, do ponto de vista científico atual, as nossas memórias não passam geneticamente. Não há herança das memórias adquiridas para os nossos descendentes. E, mesmo que isso fosse possível, a maior parte dos casos ocorre fora da família. Não há uma linhagem genética. Não teria como passar essas informações via genética, via biológica — pondera o psiquiatra.
Há mais explicações “menos ortodoxas”, mas fora do campo científico, conta Almeida-Moreira:
— A criança teria alguma percepção extra-sensorial. Um processo telepático, ou uma clarividência, em que ela obteria informações por vias extrassensoriais sobre aquela outra vida e que ela manifestaria isso. Outra hipótese seria a da sobrevivência da consciência. De alguma forma, efetivamente, aquela consciência, após a morte do corpo físico, sobrevive e ela se manifesta naquela criança.
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Veículo: Jornais Virtuais
Editoria: Concursos Públicos
Data: 22/03/2019
Link: https://www.jornaisvirtuais.com.br/duas-aprovacoes-atrfb-e-icms-sp-outlet-estrategia-concursos/
Título: duas aprovações (ATRFB e ICMS-SP)!!! – Outlet Estratégia Concursos
22/03/2019 Estratégia Concursos 0 comentários
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Olá, concurseiros!
Meu nome é Rafaela Silva Larcher, tenho 30 anos, sou mineira de Juiz de Fora e formada em Fisioterapia pela UFJF. Atualmente exerço o cargo de Auditora Fiscal da Receita Estadual de São Paulo (ICMS-SP) e sou coach do Estratégia Concursos.
Por meio deste meu primeiro artigo, conto um pouco da minha preparação junto com minhas angústias, medos e superações para alcançar o êxito em dois concursos públicos difíceis em apenas um 1 ano de estudo.
O início de tudo:
Como disse anteriormente, sou formada em Fisioterapia e durante o curso já pensava em não seguir a carreira, porque não me identificava com a profissão e por, infelizmente, ser mal remunerada. Quando acabei a faculdade ainda trabalhei por +- 2 meses e foi nesse tempo que tive a certeza de que não era aquilo que queria para a minha vida.
Por ser formada em uma área em que as oportunidades de concurso público não são tão atraentes, decidi me dedicar pra área fiscal, na qual não era necessário ter diploma em nenhum curso superior específico (regra geral). Mantive o foco desde o início em uma só área, o que fez com que eu não desperdiçasse tempo e energia em “vão”.
Antes mesmo de fazer algum cursinho, comprei uns livros de Direito Administrativo e Constitucional, e um de Português. Estudei estas três matérias sozinha em casa durante um mês, pois estava esperando o próximo módulo de um cursinho presencial iniciar. Foi complicado começar a entender a linguagem jurídica sem nenhuma ajuda, mas foi muito produtivo no sentido de já ir me familiarizando com as matérias.
Aulas no cursinho presencial e preparação pro ATRFB-RFB:
Quando comecei o cursinho (Abril/ 2012) já tinha pesquisado muito sobre o mundo dos concursos então não me desesperei quando os veteranos contavam suas histórias e os professores passavam aulas e mais aulas….rsrs
Minha rotina durante esse período foi assistir aulas durante a manhã no cursinho e no período da tarde/noite estudar em casa a matéria que havia assistido aula no cursinho e mais outras duas diferentes. Conseguia fazer 8hr líquidas/dia, em média.
Mas, nesse tempo, logo tive uma surpresa: saiu o edital da Receita Federal!!!!
E outra surpresa maior ainda: as provas de auditor e analista seriam no mesmo dia!!! Passei quase uma semana sem conseguir me concentrar direito pensando qual seria minha estratégia, pois ao mesmo tempo em que sabia que minhas chances de passar para AFRFB eram quase nulas, também não era meu sonho ser ATRFB, mesmo sabendo também que não seria nada fácil. Bem…depois de analisar bastante resolvi prestar a prova para analista. Apertei os estudos e com isso tinha dia que fazia 11hr líquidas de estudo (a média ficou em torno de 10hr/dia).
Junto com as aulas no cursinho estudei por alguns livros e, também, pelas apostilas do Estratégia para as outras matérias. Não pegava vários materiais da mesma disciplina, pois achava que isso ia me confundir, e como o tempo, também, era curto devia aproveitá-lo da maneira mais eficiente possível.
Durante a minha preparação pra RFB tive outra surpresa: saiu a autorização pro ICMS-SP!!! Não podia perder essa oportunidade, pois haveria muitas vagas, teria a chance de me tornar fiscal e a remuneração era uma das melhores dos Fiscos do Brasil. Assim, fiquei dias na dúvida se começava já minha preparação pro ICMS ou se continuava focada somente no ATRFB. Optei pela segunda opção.
O dia das provas e resultado de ATRFB:
As provas de ATRFB aconteceram em setembro/2012 e semanas antes já havia conseguido cumprir 95% do edital, então quando fui fazer as provas tinha certeza que tinha dado meu máximo durante esses quase 6 meses de preparação e que se aprovação não viesse nesse momento, a culpa seria do tempo.
Dias depois da realização das provas, conferi o gabarito e vi que tinha acertado quase 80% das questões. Logo fui procurar posts no Fórum Concurseiros pra ver como os outros tinham ido. Postei minha nota no ranking e percebi que estava com GRANDES chances de me classificar pra prova discursiva. Assim, não perdi tempo e comecei a estudar para essa fase. Participei de um grupo de troca de redações que me ajudaram muito, tanto na técnica como no conteúdo. Comprei, também, alguns materiais no Estratégia focados especificamente nessa etapa.
A prova discursiva foi um pouco diferente do que imaginava, pois gerou muitas dúvidas sobre o conteúdo da resposta que a ESAF (banca organizadora) queria. Mas, graças a Deus, obtive êxito nessa fase e consegui 94 pontos de 100 (perdi pontos somente na parte da gramática).
Estava confiante para o resultado e quando saiu, minha expectativa se confirmou: APROVADA entre os 30 primeiros!!!!! Minha ficha demorou a cair, pois eu mesma não acreditava tanto assim no meu potencial…rsrsr. Era formada em uma área totalmente diferente das matérias cobradas no concurso e tinha passado no meu PRIMEIRO concurso!!! Era um SONHO…
Preparação pro ICMS-SP:
Após a aprovação pro ATRFB “me dei” duas semanas de férias e logo depois iniciei com força total minha preparação pro ICMS-SP. Agora mais confiante do que nunca, porém sabia que seria uma batalha difícil, pois, afinal, era um concurso pra auditor fiscal em que o nível dos candidatos era altíssimo. Pra minha sorte, e de muitos outros concurseiros, o edital demorou a sair, então ainda dispunha de um tempo razoável para me preparar melhor.
Pesquisei sobre algumas bibliografias das matérias principais (Legislação e Contabilidade) e, assim, comecei meus estudos. Em algumas matérias revisava o que já tinha estudado pra analista, em outras comecei do zero e, em outras nem “peguei” (Direito Civil, Penal e Comercial), porque sabia que não ia ter tempo pra estudar todas, então tinha que me concentrar nas que tinham maior peso. Além disso, não era exigido mínimo por matéria nesta prova.
Consegui manter meu ritmo de 10hr líquidas/dia, mas com muita mais dificuldade do que na época do concurso de ATRBF, pois já estava bastante cansada.
Os dias das provas e resultado ICMS-SP:
Durante o fim de semana das provas fiquei bastante tranquila, devido ao fato de já ter passado em um concurso e de ter a certeza que tinha feito minha parte durante a preparação. Sabia que as provas seriam muito cansativas, então nos dias que as antecederam meu ritmo de estudo foi bem devagar (nunca gostei de estudar em véspera).
Quando fui conferir os gabaritos das provas quase levei um susto com a P1, pois meu desempenho em português não tinha sido dos melhores. Porém, após conferir a P2 e P3 minhas esperanças voltaram, tinha ido bem. Consegui aproximadamente 75% de acerto nas três provas, nem acreditava, pois nem eu mesma colocava tanta fé assim em mim…rsrsr
Foi mais de um mês angustiante para a divulgação do resultado, mas no final PASSEI entre os primeiros 110 aprovados!!!
Foi uma sensação indescritível, pois tinha apostado tudo nessa vida de concurseira e com apenas 1 ano de estudos intensos havia atingido meu objetivo final: AUDITORA FISCAL!!!
Técnica de estudo:
Não tinha uma técnica muito bem formada, acho que fiz um mix de tudo que já tinha lido dos outros concurseiros.
Fiz muito pouco resumo, pois achava que ia me ocupar um tempo muito grande, e este estava bastante curto. O que mais fiz foi estudar grifando as partes mais importantes dos textos, ai quando ia revisar lia principalmente essas partes grifadas. Além de ter feito muuuuitos exercícios (perdi até a conta de quantos foram…rsrs).
Acho que o que me ajudou muito, também, foi o rodízio de matérias (ciclos de estudo). Estudava em média umas cinco por dia, no máximo duas horas cada. Isso fez com que minha concentração ficasse constante durante todo o dia de estudo. Também não seguia uma ordem muito rígida das matérias, sempre tentava mesclar uma de exatas com uma de direito, por exemplo, costumava estudar o que estava afim no momento, porém sempre prestando atenção pra ver se não estava estudando muito uma e pouco outra.
E acho que uns dos meus aliados mais importante nessa preparação foi o cronômetro! Acredito ser muito importante você poder conferir o seu real tempo de estudo e assim se planejar e controlar melhor.
Mensagem final:
Não foi fácil, mas que vale muito a pena, isso vale!!!!! O mais importante nessa jornada é você conciliar bons materiais com uma técnica de estudo eficiente, um bom planejamento e ter muito FOCO. Muitas renúncias aconteceram nesse período, porém tenho certeza que faria novamente tudo do mesmo jeito! Muitos acreditaram que eu não conseguiria tão rápido, mas isso foi um incentivo pra mim, me dando mais forças ainda para lutar!!!
Não desistam do seu SONHO jamais, só vence quem acredita nele e corre atrás!!!! Vencer os outros não chega a ser uma grande vitória. Vitorioso aquele que consegue vencer a si mesmo combatendo seus vícios e controlando suas paixões. A vitória sobre nós mesmos é muito mais difícil. Ela requer mais coragem mais disciplina e mais decisão. Se você não conseguir na primeira vez tente de novo.
O simples fato de tentar de novo já será sua primeira vitória. Espero que a minha história possa servir de inspiração para muitos de vocês! Se você se identificou com ela e quiser saber um pouco mais, deixe aqui seu comentário ou me mande um email.
Estamos JUNTOS nessa!! 😉
Abraços.
Rafaela Larcher
Coach do Estratégia Concursos
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 22/03/2019
Título: Quero ser a representante de todas as brasileiras’, diz Miss Brasil 2019 após retorno a Juiz de Fora
Durante homenagem na Câmara de Vereadores, Júlia Horta conversou com o G1 e falou sobre a preparação para o Miss Universo.
Por Caroline Delgado, G1 Zona da Mata
22/03/2019 18h28 Atualizado há um mês
“Quero ser a representante de todas as brasileiras”, afirmou a Miss Brasil e juiz-forana, Júlia Horta, de 24 anos, no retorno a Juiz de Fora. Em uma solenidade na tarde desta sexta-feira (22), na Câmara Municipal , a jornalista formada na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), modelo e influenciadora digital recebeu homenagem dos vereadores e discursou.
Depois de tirar fotos com fãs e atender a imprensa, a Miss Brasil desfilou no carro aberto do Corpo de Bombeiros. O desfile foi até o Bairro Bom Pastor, seguiu sentido ao Bairro Manoel Honório, passou pela Avenida Brasil e retornou à Câmara passando pela Rua Benjamin Constant.
Acompanhada da família, Júlia Horta conversou com o G1 e falou sobre a preparação para o Miss Universo, causas, feminismo e sororidade. Confira abaixo:
Miss Brasil Júlia Horta é homenageada na Câmara em Juiz de Fora
“Feminicídio é enorme”, diz Júlia Horta
Não é apenas na faixa do Miss Universo que Júlia Horta está de olho. A jovem quer representar as milhões de brasileiras, levando feminismo e sororidade como causa e espalhar mensagens para todo o mundo.
Segundo ela, hoje em dia as mulheres ainda sofrem com uma sociedade machista.
“Hoje em dia se discute muito feminismo na sociedade, a sororidade já é uma palavra que todo mundo entende, mas infelizmente o feminicídio é enorme. O assédio que as mulheres passam todos os dias não acaba e isto é muito sério”.
Júlia também acredita que, por ser uma representante, ela poderá levantar a causa do feminismo por todos os lugares e levar conhecimento para as pessoas. “Quando eu ganhei o concurso e levantei essa bandeira e fui muito questionada. Acho que como Miss Brasil, com a visibilidade que eu tenho, o principal para mim, é levar a informação”, explicou.
Miss Brasil 2019, Júlia Horta é homenageada em Juiz de Fora
Preparação
Com uma bagagem de vários concursos, Júlia Horta chegou preparada para o Miss Brasil, que aconteceu no dia 9 de março, conquistando o título entre 26 mulheres, representantes de vários estados do Brasil. Para o Miss Universo não vai ser diferente. O concurso ainda não tem data marcada, mas a juiz-forana já se prepara.
“Eu já estou em São Paulo. Eu fiquei duas semanas antes de voltar para Juiz de Fora. A minha rotina lá é bem focada no Miss Universo. Muita aula de inglês, oratória, passarela. Algumas questões estéticas a trabalhar também e principalmente me envolver no máximo de projetos sociais possíveis”, contou.
Para ganhar o Miss Universo, Júlia terá que quebrar um paradigma. Desde de 1968, o Brasil não conquista o tão sonhado primeiro lugar. Na época, a baiana Martha Vasconcellos atingiu o objetivo.
“Eu sou uma pessoa movida a desafios e é exatamente por isso que eu to aqui. Então eu me sinto muito disposta a correr atrás, pronta nunca, porque a gente sempre pode melhorar, mas eu vou dar tudo de mim. Se Deus quiser esse título vem pro Brasil”, concluiu.
Conquistas
Na trajetória desde 2015, quando venceu o Miss Mundo Minas Gerais, a juiz-forana também ficou em quinto lugar no Miss Mundo Brasil e, em 2016, alcançou o segundo lugar no concurso Rainha Internacional do Café. Em 2017, participou do Miss Mundo Brasil e Miss Turismo Internacional, ficando em terceiro e quinto lugar, respectivamente.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 22/03/2019
Título: Provas para cargos de magistério do IF Sudeste são suspensas
Certame aconteceria no próximo domingo (24); provas para técnicos-administrativos são mantidas
Por Tribuna
22/03/2019 às 21h48- Atualizada 23/03/2019 às 14h25
Após determinação judicial, estão suspensas as provas para cargos do Magistério Federal da Carreira do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (Professores/Docentes) do IF Sudeste-MG. O certame aconteceria neste domingo (24), em Juiz de Fora.
A suspensão decorre da determinação para a reserva de 6 vagas no total aos candidatos autodeclarados negros ou pardos. A decisão foi proferida pelo juiz Marcelo Mota de Oliveira e assinada nesta sexta-feira (22). A instituição destaca que as novas informações referentes à nova data estarão disponíveis no site da Fundação Cefet Minas.
O exame referentes aos Editais nº 1/2018 e 2/2018, para o provimento de cargos técnicos-administrativos em educação, no entanto, está mantidos para este domingo (24). A publicação do resultado final do concurso está prevista para junho. O certame terá validade de dois anos, a contar da homologação do resultado final para cada cargo/localidade, podendo ser prorrogado por igual período, a critério da administração.
Provas não contarão com esquema de trânsito
Não haverá esquema especial para o tráfego durante a realização do certame, que acontecerá no Campus da UFJF. Segundo informações da Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra), a solicitação para organização do trânsito e acréscimo de linhas de ônibus foi feita pela Fundação Cefet Minas apenas na manhã dessa sexta (22), inviabilizando, assim, os trâmites burocráticos necessários.
“A Settra trabalha com planejamento para garantir o bom resultado das operações de trânsito a partir de grandes eventos, o que demanda semanas e até meses de preparação, como é o caso do Enem e do Pism. Em algumas situações, é necessária a produção de placas de sinalização e faixas, organização de escala de serviços das equipes de trânsito (como agentes e outros servidores), além da comunicação com os consórcios de ônibus, que também precisam definir escalas e se organizar, entre outras ações”, informa a nota divulgada pela assessoria de comunicação da PJF.
Para acesso à UFJF neste domingo, conforme informa o comunicado, estão disponíveis as linhas 544, 548, 549, 560, 590 e 755 (acesso pelo Pórtico Sul) e 530, 531, 532, 533, 534, 540, 541, 542, 547, 599 (acesso pelo Pórtico Norte). A Settra orienta, ainda, que inscritos cheguem cedo ao local para evitar transtornos.
Foi reproduzido em: JF Clipping
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna César Romero
Data: 22/03/2019
Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/22-03-2019/a-203.html
Título: Renata Procópio, Ana Paula de Souza e Ricardo Resende clicados na noite de abertura do Privilège
Por Cesar Romero
22/03/2019 às 07h30 – Atualizada 21/03/2019 às 20h05
Voo Livre
A jornalista e professora Renata Vargas foi aprovada no doutorado em História da UFJF.
Foi reproduzido em: JF Clipping
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 23/03/2019
Título: Arquidiocese promove neste domingo a 10ª Via-Sacra Jovem em Juiz de Fora
A expectativa é de reunir 6 mil participantes. Concentração começa às 8h na Igreja Nossa Senhora de Fátima para caminhada até o Morro do Cristo.
Por G1 Zona da Mata
23/03/2019 16h00 Atualizado há 4 semanas
A 10ª Via-Sacra Jovem ao Morro do Cristo será realizada neste domingo (24) em Juiz de Fora. A concentração começa às 8h, na Igreja Nossa Senhora de Fátima, localizada próximo ao portão Norte da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
A expectativa é de reunir 6 mil jovens das 91 paróquias das cidades da Arquidiocese de Juiz de Fora.
Às 8h30, haverá missa presidida por Dom Gil Antônio Moreira, que divulgou um vídeo no perfil da Arquidiocese em uma rede social convidando os jovens a participarem. O arcebispo foi o idealizador da iniciativa em 2010.
Após a celebração, começa o cortejo até o Morro do Cristo. No trajeto, são meditados os passos de Jesus rumo à Sua Paixão, Morte e Ressurreição, mistério central da fé cristã. Os jovens conduzem as réplicas de símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) – Cruz dos Jovens e Ícone de Nossa Senhora -, e as 15 cruzes que representam as estações da Via Dolorosa.
Em 2019, o evento tem caráter comemorativo, por isso um arquivo com informações para ajudar na preparação para a Via-Sacra foi enviado às paróquias para ser trabalhado pelas expressões juvenis e turmas de Crisma.
O objetivo é oferecer um caminho que leve a juventude a assumir um estilo de vida a partir da experiência do encontro constante com Cristo Crucificado – Ressuscitado, para uma Igreja em saída e anunciadora da alegria do Evangelho.
Além disso, está à venda uma camisa especial da 10ª edição em diferentes pontos da cidade. Os jovens ainda poderão adquirir o certificado “Bênção Episcopal”, como lembrança da participação no encontro.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 23/03/2019
Título: Provas para vagas de magistério do IF Sudeste são suspensas por ordem da Justiça Federal
Novas datas serão divulgadas no site da organizadora do evento. Provas para técnico-administrativo estão mantidas neste domingo (24) em Juiz de Fora.
Por G1 Zona da Mata
23/03/2019 11h46 Atualizado há 4 semanas
As provas para as 31 vagas de magistério do Instituto Federal de Educação do Sudeste de Minas Gerais (IF Sudeste) em Juiz de Fora, marcadas para este domingo (24), foram suspensas. Já o exame para os 11 cargos Técnicos-Administrativos em Educação, previstos em dois editais, estão mantidos e serão realizados no campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
De acordo com a nota publicada no site oficial do Instituto, a Justiça Federal determinou, em tutela provisória de urgência, a suspensão das provas dissertativas e de múltipla escolha para todos os cargos do Magistério Federal da Carreira do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico. Eles são referentes ao Edital nº 3/2018, publicado em dezembro de 2018.
A suspensão decorre da determinação para a reserva de seis das 31 vagas aos candidatos autodeclarados negros ou pardos para este concurso público.
De acordo com o IF Sudeste, as novas informações referentes ao certame serão disponibilizadas no site da Fundação Cefet Minas, organizadora do concurso.
Trânsito
A Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) explicou que não foi possível montar esquema especial para tráfego durante a realização das provas do concurso do IF Sudeste no domingo (24).
“A solicitação de mais linhas de ônibus e de organização do trânsito feita pela Fundação Cefetminas, só foi feita à Settra no final da manhã desta sexta-feira (22), menos de 48h do início dos exames, portanto fora do tempo hábil para a definição de estratégia de deslocamentos, mobilização de agentes e das empresas de transporte coletivo e divulgação aos candidatos e população em geral sobre o plano definido”, informou em nota a Settra.
De acordo com a nota, o planejamento das operações de trânsito a partir de grandes eventos demanda semanas e até meses de preparação.
“Em algumas situações, é necessária a produção de placas de sinalização e faixas, organização de escala de serviços das equipes de trânsito (como agentes e outros servidores), além da comunicação com os consórcios de ônibus, que também precisam definir escalas e se organizar, entre outras ações”, diz o texto.
Neste domingo, os candidatos do concurso do IF Sudeste têm à disposição as seguintes linhas:
– Pórtico Sul – linhas 544, 548, 549, 560,590 e 755;
– Pórtico Norte – linhas 530,531,532,533,534,540,541,542,547,599.
O posicionamento divulgado pela Prefeitura ressaltou ainda que, neste domingo (24), haverá uma alteração no trânsito da região, solicitada e programada há vários meses, para a realização da Corrida de Rua da Unimed.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Esportes
Data: 23/03/2019
Título: Toninho Buda: o homem que já correu 100 mil quilômetros
Engenheiro, que começou a correr há 35 anos por conta de sua saúde fragilizada, conviveu com Raul Seixas e tem um registro minucioso de todos os treinos, maratonas e provas realizadas, é categórico: “Sucesso é a tua prova”
Por Bruno Kaehler
23/03/2019 às 17h03- Atualizada 24/03/2019 às 08h10
Das sociedades alternativas, Antônio Walter Sena Júnior, o popular Toninho Buda, 69 anos, leva no coração a companhia de Raul Seixas, as terapias e influências para toda a vida. Alternativa não é, contudo, a verdade exposta em cada palavra ou passos do engenheiro civil, educador físico e atleta. É intrínseca. Assim como em entrevista à Tribuna, a intensidade e a transparência de Toninho Buda o fazem, dia após dia, crescer. E certamente impulsionaram o maratonista a registrar, em 25 de fevereiro deste ano, na UFJF, a significativa marca de 100 mil quilômetros corridos desde 1985.
“A emoção é a gratidão por tudo, sempre. Por ter encontrado primeiro a macrobiótica, por volta de 1976, e depois a corrida de rua. Corro desde 1985, já vou fazer 70 anos. A Linha do Equador tem pouco mais de 40 mil km, então são duas voltas e meia na Terra. E dá uma média de 8km por dia. Mas no final de tudo, gratidão, porque consegui recuperar a saúde e continuo mantendo com a ajuda de muitas pessoas e instituições”, conta Toninho, que escolheu a UFJF para atingir a distância por se sentir em casa, após 22 anos de estudos com graduações, pós-graduações e especializações no local de ensino.
“A emoção é a gratidão por tudo, sempre. Corro desde 1985, já vou fazer 70 anos. A Linha do Equador tem pouco mais de 40 mil km, então são duas voltas e meia na Terra”
Ao todo, Toninho Buda participou de 17 maratonas e 34 meia-maratonas, além de centenas de corridas. Cada quilômetro superado foi religiosamente documentado. “Sempre anotei tudo e guardei em caixas, tenho umas 200 de documentos e etc. Minhas primeiras anotações de corrida foram em um calendário, em setembro de 1985. Não sabia aonde ia dar aquilo, mas todos os dias anotava quantos quilômetros eu corria, em quanto tempo e em que hora do dia foi. Do calendário passei para uma coisa um pouco mais organizada. Peguei uma folha grande, em 1986, e segui anotando. Colocava a soma mensal e anual. Aí fiz um padrão. Tenho mais de cem folhas de anotações. Quando passo mal do fígado, tenho enjoo, problema de dente… fui acompanhando, anotando, até chegar nos 100 mil km”, explica.
‘Pô, Toninho, valeu a pena’
“Os 100 mil km significam uma marca, referência. Tem um camarada, um controvertido mago inglês, Mr. (Aleister) Crowley, que disse que ‘sucesso é a tua prova’. Muitas vezes você acha que não gosta do seu emprego, a sua família é cheia de problemas, mas se você cuida de si… se esforça, mas parece que tudo dá errado, que nada vai para frente. De repente você começa a observar alguns sinais. Quase todos os meus amigos de infância, por exemplo, já morreram. E você começa a observar que a morte bate cada vez mais perto. É um texto que escrevi quando meu pai morreu. Vou fazer 70 anos e como estou? Saio na rua e ainda consigo correr 10km, 20km. Vou voltar a correr os meus 20 e tantos e uma maratona. É isso. Sucesso é a tua prova. Mas esse sucesso não é ganhar uma medalha de super-homem. É você observar no dia a dia que está resistindo. Que realiza suas coisas com dificuldades, mas que está vivo. Não chegou ainda à grande derrota final. Todos nós somos condenados à morte. Acho que a forma de morrer é que vai dizer como você viveu a vida. Acredito nisso e aprendi com o (Tomio) Kikushi, da macrobiótica. Uma parte é genética. Mas o principal, e acredito nisso, vivi 22 anos na Universidade, o conhecimento pode mudar muita coisa, definir seu destino de uma forma muito diferente. E nem tinha observado esse número, mas quando vi estava chegando a 100 mil. Que legal, que número bonito. É uma marca, algo que fala ‘pô, Toninho, valeu a pena’.”
Viva, viva! Viva sociedade alternativa!
Antes de assíduo corredor, Toninho conheceu as sociedades alternativas. Conviveu com Raul Seixas, ídolo pessoal e nacional. Áreas distintas em relação ao esporte, sim. Mas no centro de tudo, uma única linha de chegada: a saúde. “De uma certa forma, minha convivência com Raul Seixas teve relação com o início nas corridas. As pessoas entravam nas sociedades alternativas normalmente por sexo, drogas e rock’n roll. E eu não. Entrei pela porta dos fundos, porque tinha uma saúde muito ruim e fui procurar as terapias alternativas. Sempre me preocupei muito com alimentação, a medicina alternativa. E com isso conheci, também, o outro lado das sociedades alternativas, em que o Raul Seixas era o grande líder. Me aproximei dele, o trouxemos em Juiz de Fora em 1983, no 1º Festival de Rock. Paulo Coelho também conheci em 1981. Tivemos uma convivência considerável nos anos 1980. Até que o Raul morreu em 1989, uma dor muito grande para mim, mas continuo até hoje nesse processo, mesmo com a Educação Física. Minha influência é muito grande nesse lado alternativo, sempre”, relembra.
Nessa época, uma fala do pai o tocou. O fez refletir. E sua vida mudou. “Sempre tive problemas digestivos graves. Nos anos 1970 eu almoçava meio-dia e vomitava às 19h sem fazer digestão. Era horrível. E isso acabou. Até hoje tenho problemas de dentes. Bebida nunca pude. Droga nenhuma, aliás acho que isso me salvou. Levei um susto que um amigo, Calegário, que trabalhou comigo nos anos 1970, faleceu com 63 anos de idade. Vou fazer 70, meu pai morreu com 62 anos. Ele implicava comigo quando comecei a fazer macrobiótica, dizia que eu estava anêmico. Anêmico é alguma coisa muito fraca. E resolvi procurar a corrida de rua justamente por isso. Se eu estou anêmico, o que é um esporte pesado? Aí me disseram da corrida. E assim comecei em 1985. Dois anos depois já fui fazer a Maratona do Rio e, em seguida, a de Vitória.”
2h59min42s: uma marca para ser lembrada
Como maratonista, Toninho Buda compartilhava dois sonhos comuns entre os corredores de provas de 42km. E o atleta exalta a honra de poder ter conquistado ambos. “Um é correr a Maratona de Nova York. Consegui em 2004, em 3h18min30s, a maior maratona do mundo na época. Com 34 mil pessoas em um país distante. Foi maravilhoso. O outro é fazer uma maratona abaixo de 3 horas”, relata.
Toninho completou a Maratona de São Paulo, em 2003, em 2h59min42s, aos 53 anos de idade, na que seria sua melhor performance da carreira. “Tive que sofrer demais. Aliás, agradeço a Viviany Anderson por ter batido o recorde porque treinava com ela. Ela estava tentando voltar à linha de ponta em 2003. E eu ia para Ewbanck da Câmara e vinha de lá, 35km a 4min10s por quilômetro. Isso que me deu condição de fazer uma maratona abaixo de 3 horas com 53 anos. Quero agradecer a Viviany. Essas pessoas, os grandes atletas, puxam a gente.”
Outros dois episódios na vida de atleta de Toninho jamais serão esquecidos. “A primeira medalha na faixa etária, dia 26 de abril de 1987, na II Corrida da Inconfidência (8,9km), em Vitória (ES), de 10º lugar na categoria 35 a 39 anos. Eu nunca tinha ganhado medalha em coisa alguma na vida! E ao concluir minha primeira maratona, na Maratona Internacional do Rio de Janeiro, em 22 de agosto de 1987, em 3h11min56s.”
A coleção composta por mais de 300 medalhas de provas como as do Ranking juiz-forano, fica em segundo plano. “Uma vez uma senhora falou comigo: ‘Nossa, quantas medalhas você tem! Você devia fazer uma exposição disso!’. E eu disse que para mim não valia nada. Você precisa de estímulo externo. Mas não só isso. A parte mais importante não é a externa. É você cuidar da saúde, ter responsabilidade com você mesmo para cuidar da sua família, do trabalho e aguentar a vida que está cada vez mais difícil. Tem gente que vai correr parecendo um astronauta. Preocupa com a força do seu coração. Isso é o mais importante.”
Na linha de chegada na UFJF, emoção com amigos
Toninho chamou seleto grupo de amigos para presenciar um dos momentos mais importantes de sua história como atleta. Ao cruzar a faixa dos 100mil km, ele foi aplaudido por colegas da equipe SuperAmigos, UFJF e corrida. Um deles é o professor de atletismo Marcus Vinícius, 32 anos, amigo de classe de Toninho e companheiro fundador de equipe de atletismo da Faefid.
“Tenho muito a agradecer ao Toninho, entusiasta do esporte. Meu primeiro contato com o atletismo foi com ele, montando uma equipe em 2005, no primeiro semestre do curso de Educação Física. Isso mudou minha vida e o Toninho sempre me incentivou. É muito especial celebrar esses 100 mil km de um entusiasta do esporte e que vive ele com muito amor, dedicação e carinho. Tenho certeza de que com essa vitalidade que ele tem vai mudar a vida de muitas pessoas, igual mudou a minha”, ressalta Marquinhos.
Referência esportiva nacional, a professora de Educação Física e atleta Viviany Anderson, 49, também foi convocada. Ela foi uma das responsáveis pelo tempo inferior a 3 horas de Toninho na Maratona de São Paulo. “O Toninho começou a correr em 1985 e eu em 1987. Éramos amigos de corrida, amantes do atletismo. E em 2003, ele sabendo da minha experiência de corredora, pediu que eu passasse uma planilha de treinamento para correr a maratona porque tinha o sonho de fazer abaixo de 3 horas. Muito detalhista, engenheiro, acostumado com os números, eu disse que era um dos meus, porque sempre fui muito técnica nos treinos. E foi fácil treinar o Toninho. Corria ao lado dele. O acompanhei no mesmo quarto de hotel, porque não adianta só a parte física. A psicológica na maratona é mais importante. Fui dar segurança a ele e deu certo. É um excelente atleta e é fácil treinar pessoas assim, que confiam na treinadora”, relembra Viviany.
Desabafo e protesto contra o abandono do esporte
Toninho acompanhou, também, a história da corrida juiz-forana nas últimas décadas. E não deixou de protestar, em desabafo pela esperança de dias melhores e maior valorização ao atletismo local.
“Para ganhar uma medalha no Ranking era barra pesada. Juiz de Fora é um celeiro de grandes corredores. Tem Geraldo de Assis, Viviany Anderson, o próprio Ronaldo da Costa começou aqui, e assim por diante. São muitos. Na minha faixa etária, por exemplo, vários corredores que estão entre os melhores do Brasil até hoje. E o Ranking também é muito respeitado no Brasil. Nos anos 1990 tinha cerca de 22 a 24 corridas por ano. Para ganhar uma medalha como a que eu consegui, você não podia faltar corrida. O nível, hoje, caiu muito. Uma das coisas que acho que prejudicou muito foi em 2010 quando tiraram a premiação de faixa etária. Isso desestimula muito. Faço esse protesto. Estou vendo que as corridas estão voltando com a premiação por faixa etária. É muito importante. A maioria dos corredores que ganham na faixa etária têm uma rotina de treino igual a de um atleta profissional. É gente que corre, e muito, todo dia. É uma rotina muito pesada e isso precisa ser reconhecido. Você abandonar o esporte, como o país está fazendo… encerraram o atletismo brasileiro, não tem patrocínio para o atletismo olímpico. O pessoal está no meio da rua com o chapéu na mão. Aliás não é só o atletismo. O vôlei, futebol, tudo. É um negócio pavoroso.”
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Veículo: V9 Vitoriosa
Editoria: Esportes
Data: 23/03/2019
Título: Gari mineiro Johnatas Cruz representa o Brasil no Mundial de Cross Country, na Dinamarca
Enviado por: Redação V9 23/03/2019
O mineiro Johnatas de Oliveira Cruz (Guarulhos-SP) é uma das atrações da Seleção Brasileira convocada para disputar o Campeonato Mundial de Cross Country, no próximo dia 30 de março, em Aarhus, na Dinamarca. Gari de profissão, em São Paulo, Jonathas descobriu as corridas de rua há três anos.
Em sua primeira temporada no cross country, ganhou a medalha de prata na Copa Brasil Caixa, realizada dia 27 de janeiro, no Parque Ecológico do Tietê, em São Paulo, e garantiu a mesma posição no Sul-Americano de Guayaquil, no Equador, no dia 23 de fevereiro. “Foi um sonho competir pela primeira vez fora do Brasil e voltar com uma medalha e classificado para um Mundial, ainda mais na Europa”, comentou. “Às vezes, nem eu mesmo acredito”, disse Johnatas, que foi o quarto melhor brasileiro na última São Silvestre, ao terminar na 13ª colocação.
“Estou treinando muito, sei que devo enfrentar frio e a força dos africanos. Este é o meu primeiro ano de cross e lá o objetivo é fazer o melhor possível e ganhar experiência. Ver os melhores em ação”, disse o atleta, de 28 anos.
Nascido em São Pedro dos Ferros (MG), Jonathas trabalha das 18:30 às 00:40 na coleta de lixo, em Guaianazes, na Zona Leste de São Paulo. “Tenho tempo de fazer academia, de treinar na rua perto da minha casa em Cidade Tiradentes, de fazer pista duas vezes por semana na Ponte Grande, em Guarulhos.”
Orientado por Lafaiete Luiz, da Secretaria de Esportes de Guarulhos, Johnatas tem 29:30, como melhor resultado nos 10 km, obtido em 2018, na Tribuna FM, em Santos. Este ano, na mesma prova, espera correr abaixo dos 29:00. “Sou novo no atletismo, mas estou treinando muito bem.”
Johnatas mudou-se para São Paulo aos 12 anos. A paixão era o futebol e tentou a sorte em peneiras no São Caetano, Santo André e Corinthians. “Passei em todas, mas não tinha condições financeiras de me manter”, contou.
Então resolveu trabalhar para ajudar a família. Lavou carros, calibrou pneus, foi frentista e caixa em posto de gasolina. Em 2012, conseguiu emprego na EcoUrbis, empresa responsável pela coleta de lixo nas Zonas Sul e Leste de São Paulo. Desde 2005, a empresa promove um programa de incentivo aos funcionários que treinam atletismo. E aí o caminho foi natural. De tanto correr atrás do caminhão, resolveu se arriscar nas corridas de rua.
“Estou feliz e meus sonhos estão apenas começando. Posso pensar mais longe? Acho que posso. Só depende do meu esforço”, disse o corredor, que não esconde o desejo de correr uma maratona e tentar índice olímpico para os Jogos de Tóquio 2020. “Tudo aconteceu tão rápido.”
A Seleção Brasileira de Cross
A delegação brasileira para o Mundial de Aarhus está definida. O chefe será Marcos Paulo Garcia de Andrade (RS), que contará com o apoio da médica Helena Vitória de Oliveira de Camargo (SP), do fisioterapeuta Nelson Guarnier Filho (SP) e dos treinadores Alcides dos Santos Gonçalves Neto (SP) e Alex Sandro de Jesus Lopes (SP).
Gilberto Silvestre Lopes (Pé de Vento-RJ) pediu dispensa. Ele está em Paipa, na Colômbia, em treinamento de altitude, visando a Maratona de Hamburgo, no dia 28 de abril. Para o seu lugar foi chamado Glenison Gilbert de Carvalho (UFJF-MG).
Os atletas convocados são:
Adulto – masculino – 10 km
Johnatas de Oliveira Cruz (Guarulhos-SP)
André Ramos de Souza (Barra do Garças-MT)
Nicolas Antonio Gonçalves (Orcampi Unimed-SP)
Glenison Gilbert de Carvalho (UFJF-MG)
Sub-20 – feminino – 6 km
Jeovana Fernanda dos Santos (ABDA-SP)
Leticia Almeida Belo (Orcampi Unimed-SP)
Bianca Vitória dos Santos (FAE Osasco-SP)
Maria Lucineida Moreira (Projeto Campeão-PE)
A equipe brasileira viaja para a Dinamarca na próxima semana com recursos do Programa de Apoio às Seleções Brasileiras da Caixa, a patrocinadora oficial do Atletismo Brasileiro.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cultura
Data: 23/03/2019
Título: 90 anos: Conheça a trajetória do Cine-Theatro Central
Cronologia traça história de momentos de glória e superação do teatro inaugurado em 30 de março de 1929
Por Mauro Morais
23/03/2019 às 16h55
1926
Quatro amigos – Francisco Campos Valadares, Químico Corrêa, Diogo Rocha e Gomes Nogueira – compram o barracão de ferro e as telhas de zinco do Polytheama, um precário teatro da cidade instalado no terreno entre a rua São João e a antiga rua da Califórnia, hoje Halfeld, onde hoje fica o Central.
1927
Os quatro fundam, em junho, a Companhia Central de Diversões. Raphael Arcuri, da Companhia Industrial e Construtora Pantaleone Arcuri, assinam o projeto do novo imóvel, mas o orçamento ultrapassa as finanças do grupo e o arquiteto se torna o quinto sócio do empreendimento.
1928
Italiano radicado em Juiz de Fora, o pintor Ângelo Bigi faz a ornamentação artística interna do prédio, com cenas mitológicas e um medalhão central com as efígies de grandes mestres da música.
1929
No dia 30 de março o Cine-Theatro Central abre suas portas, numa solenidade que contou com apresentação de orquestra e exibição do filme mudo “Esposa alheia”, em oito atos.
1930
A opereta “Cavalleria rusticana”, do italiano Mascagni torna-se o prefixo das sessões no teatro, em exibições ao vivo, no fosso. Antes disso, porém, na recepção aos espectadores, o grupo tocava no foyer. Anos mais tarde, o Central torna-se a primeira sala da cidade a oferecer o som, novidade tecnológica registrada em um disco de 16 polegadas.
1955
O Teatro Experimental de Ópera de Juiz de Fora é criado e faz do Central cenário de seus concertos líricos até início dos anos 1970.
1968 – Começa o I Festival de Música Popular Brasileira de Juiz de Fora, que ganhou outras cinco edições e chegou ao fim em 1973, marcando a história da música local e nacional.
1970
Leila Diniz apresenta o cultuado espetáculo “Tem banana na banda”, resgatando o teatro de revista. Dois anos depois a atriz, ícone da libertação sexual, morre num acidente aéreo.
1980
Inicia uma década crítica para a cultura nacional e as plateias se esvaziam no teatro, desafiando produtores a criarem um novo modelo de negócio.
1983
O prédio é tombado pela Prefeitura como patrimônio arquitetônico e histórico municipal. O gesto responde a um crescente movimento de revalorização do lugar e luta por sua proteção.
1994
A Universidade Federal de Juiz de Fora, com recursos do Ministério da Educação de Itamar Franco, compra o imóvel da Companhia Franco-Brasileira. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tomba o prédio como patrimônio federal e é dada largada ao movimento pela revitalização do teatro.
1996
Um projeto é inscrito no programa de incentivo à cultura nacional para a captação de R$ 2 milhões para a reforma, que começa em janeira. A recuperação inclui troca de telhado, atualização das instalações elétricas, das poltronas e camarotes, instalação de equipamentos e mecânica cênica, além de recuperação de toda a pintura artística. Em 14 de novembro de 1996 o Cine-Theatro Central é oficialmente reinaugurado.
1997
Primeira vez o teatro recebe o Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga, em sua oitava edição. O evento organizado pelo Centro Cultural Pró-Música, hoje também pertencente à UFJF, que levou importantes concertos e óperas ao lugar.
2001
Disco duplo com repercussão internacional, “Esquinas”, de João Bosco é gravado no teatro.
2004
O primeiro DVD de visibilidade nacional e internacional é gravado no espaço: “Ser Minas tão Gerais”, do grupo Ponto de Partida com participação de Milton Nascimento e do coral Meninos de Araçuaí.
2016
O Corpo de Bombeiros determina o impedimento de acesso ao segundo e terceiro andares do teatro (que incluem balcão nobre, galeria e camarotes), alegando a necessidade de ajustes que garantam maior segurança ao local e possibilitem o recebimento do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).
2019
Segundo andar do prédio recebe corrimãos e guarda-corpos, além de sinalizações e outros pequenos reparos, possibilitando sua reabertura para o show do cantor compositor Milton Nascimento. Obras permanecem no terceiro andar, visando a reabertura para a comemoração dos 90 anos da casa.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cultura
Data: 23/03/2019
Título: Alceu Valença faz show para celebrar 90 anos do Central
Aniversário do Central terá show da Orquestra Ouro Preto com Alceu Valença no sábado (30) e Palco Central e Feira de Discos no domingo (31)
Por Mauro Morais
23/03/2019 às 16h42
As comemorações do nonagésimo aniversário do Cine-Theatro Central serão marcadas por dois eventos no próximo fim de semana. O primeiro deles será no sábado (30), quando se dá os 90 anos de sua inauguração, com a apresentação da Orquestra Ouro Preto com o cantor e compositor Alceu Valença, no espetáculo “Valencianas”. A apresentação gratuita terá ingressos sorteados entre a comunidade acadêmica da UFJF e a população em geral.
Já presente em outras oportunidades no palco do Central, em concertos como “Latinidade” e “Oito Estações: Vivaldi e Piazzolla”, a Orquestra Ouro Preto desta vez apresenta para o público o projeto idealizado em 2010 e iniciado em 2012 para comemorar os 40 anos da carreira de Alceu Valença. Era a oportunidade de unir o repertório erudito e popular, típico dos projetos da orquestra criada no ano 2000, com a modernidade pop dos músicos se encontrando com ritmos nordestinos como frevo, coco e mandacaru, além da voz de Alceu.
O projeto rendeu um CD de mesmo nome lançado em 2014, com o registro de uma apresentação no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, que venceu o prêmio de Melhor Álbum de MPB da edição de 2015 do Prêmio da Música Brasileira. O espetáculo tem início apenas com a Orquestra Ouro Preto no palco, executando a suíte “Valenciana”, de Mateus Freire”, com trechos da obra do artista pernambucano, que em seguida entra com seu violão para acompanhar os demais músicos. Essa parte da apresentação conta com sucessos como “Belle de Jour”, “Anunciação”, “Sino de ouro”, “Tropicana”, “Coração bobo” e “Cavalo de pau”, entre outras. Depois, Alceu volta a dar espaço apenas para a orquestra, que faz suas interpretações para diversos hits do artista, entre eles “Estação da Luz”, “Acende a luz” e “Porto da saudade”. Alceu Valença retorna então para a parte final do concerto.
Atrações de domingo
Para encerrar as celebrações, a parte externa do teatro recebe, no domingo (31), a partir do meio-dia, uma edição especial do projeto Palco Central, com a Feira de Discos de Juiz de Fora, que reúne apresentações de DJs, músicos, colecionadores de discos, mesas expositoras e produtores. Dentre as atrações, estão os DJs Ruan e Lagartixa, da festa “Inferninho”; Alex Paz, do Rio de Janeiro; Pedro Paiva, do projeto Vinil é Arte; Gramboy, da festa Bang!; Juca, da festa “Avalanche”; e Snup-in. Outras atrações são as bandas Eminência Parda e A Zagaia.
Orquestra Ouro Preto
Sábado (30), às 21h, no Cine-Theatro Central (Praça João Pessoa s/n – Centro). Entrada franca, mediante sorteio de convites para cadastrados. Informações: https://www2.ufjf.br/cat/90anos
Palco Central e Feira de Discos
Domingo (31), das 12h às 20h, na Praça João Pessoa, em frente ao Central
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cultura
Data: 23/03/2019
Título: Importante e imponente ontem e hoje, Central completa 90 anos
Em fase final de adaptações para conseguir auto do Corpo de Bombeiros, Central reabre segundo andar e espera liberar galeria até final de abril para comemorar seus 90 anos
Por Mauro Morais
23/03/2019 às 16h40- Atualizada 23/03/2019 às 17h15
Era hábito abrir as cerca de 70 janelas no início do dia e fechá-las ao fim do expediente. Um funcionário da Companhia Franco-Brasileira, que por mais de cinco décadas administrou o Cine-Theatro Central, ficava encarregado do serviço. Era comum que as sessões noturnas acontecessem com as janelas e cortinas abertas. “Nunca precisou de ar-condicionado, porque o vento entrava por um lado e saía pelo outro”, recorda-se Waltencir Parizzi, nascido dois anos depois da inauguração do espaço, que ocorreu em 30 de março de 1929, há 90 anos. No local cercado por pinturas de Angelo Bigi, Waltencir passou mais de cinco décadas de sua vida. “Foi meu único emprego”, orgulha-se ele, que chegou à casa aos 14 anos. “Eu estudava e trabalhava. Comecei no escritório, como contínuo, passei a gerente do escritório, depois porteiro, gerente do cinema, gerente geral e terminei como assistente da diretoria. Tudo o que é de cinema eu conheço”, diz ele, conhecedor de cada canto do agigantado imóvel entre as ruas Halfeld e São João. “A instalação elétrica de lá é uma coisa linda.”
Os 90 exigem cuidado
Rodeado por prédios, num mundo cada vez mais quente e ar cada vez mais poluído, o Central perdeu o antigo hábito. Ainda assim, os barulhos externos, muitos, insistem em invadir o casarão, assim como o cheiro que brota das cozinhas vizinhas, de restaurante e bares das galerias laterais. A realidade é outra. O prédio, no entanto, mantém-se grandioso, fruto da longa restauração pela qual passou em 1996 e também das pequenas reformas que se sucedem desde então, como a atual. O som do trabalho da serralheria, abaixo do palco, é incessante. “Para o teatro funcionar completamente, precisamos do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, o que só vamos conseguir depois que satisfizermos todas as exigências. Para cumprir esse plano, a universidade assinou um TAC, Termo de Ajuste de Condutas, junto ao Ministério Público, comprometendo-se a executar essas obras, o que foi feito há dois anos”, diz Luiz Cláudio Ribeiro, diretor do teatro, referindo-se a adequações como a instalação de guarda-corpos, corrimãos e sinalizações para casos de emergência, reivindicações que fizeram o segundo e terceiro andares terem seus acessos impedidos.
Tombado como patrimônio municipal e federal – gestos que garantiram sua preservação no coração da cidade -, o prédio tem aumentada a burocracia para passar por reformas. As atuais modificações, por isso, foram licitadas e são executadas por uma empresa especializada em imóveis protegidos por lei. Reaberto para o show de Milton Nascimento, no último dia 15, o balcão nobre já conta com um guarda-corpo ao longo da mureta da plateia, corrimãos e sinalizações. As alterações na galeria, contudo, ainda estão em processo. Todo o guarda-corpo atual será reajustado, e a escada de acesso aos banheiros receberão uma plataforma e novos degraus, para conferir maior segurança aos espectadores. A previsão é que toda a adequação esteja concluída até o final de abril. O ar-condicionado, adianta o diretor, mantém-se distante da realidade. “Fazer a instalação de ar-condicionado que tenha eficiência razoável é muito caro. Só o projeto é em torno de R$ 80 mil, como já vimos. Com a execução, é mais de R$ 1,5 milhão. Fica muito custoso para o orçamento da universidade. Fazer o projeto é até possível, mas não adianta se não temos a perspectiva de execução da obra. Por isso, acaba não entrando nas prioridades atuais.”
Engenheiro civil por formação, o atual diretor do Central é professor do departamento de Estatística da UFJF. Doutor em demografia, Luiz Cláudio Ribeiro pesquisa demografia estatística aplicada à saúde. Conhecido pelo apelido Cacáudio, é um multi-instrumentista, compositor e cantor, que subiu ao palco do teatro há mais de 20 anos. Em 2018, entrou em cena acompanhando a cantora Luciana D’Ávila. Este ano, prepara-se para tocar no show de Joãozinho da Percussão. “O fato de ser músico, engenheiro e trabalhar com os números contribui para essa função que exerço. As pessoas pensam no glamour do teatro, mas no dia a dia o que vale é a gestão do espaço, pensando as obras e serviços que precisam ser executados”, garante ele, que há um ano e nove meses assumiu o trabalho com três temores: o fogo, os cupins e as infiltrações. Imediatamente tratou de mobilizar a equipe de 22 funcionários para fazerem, todos, um curso de brigadista. Também solicitou toda a discupinização do prédio e, antes da temporada de chuvas, pediu uma revisão em toda a porção superior do prédio.
Uma história em muitos atos
O professor e pesquisador José Alberto Pinho Neves corre contra o tempo para emplacar ainda este ano um livro sobre os 90 anos do Cine-Theatro Central. Ele coordena a publicação, que além de textos dele tem as participações de Antônio Colchete e Marcos Olender, em projeto desenvolvido há anos pelo trio, tratando de diversos aspectos do Central em suas nove décadas de existência – e até mesmo antes.
“Uma das partes do livro, escrita por mim, é dedicada às reminiscências do teatro local, indo de meados do século XIX até a inauguração do Cine-Theatro Central, mostrando a vocação que existia para o teatro na cidade, que teve vários espaços dedicados a este fim, sendo o primeiro deles organizado pelo Barão de Bertioga, e como se dava esse movimento”, antecipa Pinho Neves. “Depois surgiram outros espaços, devido à necessidade de maior conforto para o público, e o Central é a coroação do auge econômico de Juiz de Fora.”
Além da trajetória do teatro na cidade antes de 1929, o autor também preparou para o livro uma completa linha cronológica do Cine-Theatro Central. “Ela vai mostrar as transformações do espaço, a passagem do cinema mudo para o sonoro, relembra as personalidades que se apresentaram por aqui, como Bidu Sayão, Leila Diniz, os festivais de música, as companhias de teatro. É uma cronologia ‘contada’ com outras vozes, principalmente em relação à aquisição do Central pela UFJF, graças ao Itamar Franco.”
Quanto ao prédio em si, José Alberto Pinho Neves também preparou um texto sobre o pintor italiano Angelo Bigi, responsável pela pintura decorativa no interior do Cine-Theatro Central. Marcos Olender ficou responsável por analisar a parte arquitetônica da edificação, incluindo aí o arquiteto responsável (Raphael Arcuri), e Antônio Colchete trata do espaço ocupado pelo Central no contexto urbano na área onde se localiza. De acordo com o pesquisador, a parte textual do livro está praticamente pronta; após definir a programação visual, eles pretendem negociar a edição do trabalho com a pró-reitoria de Cultura da UFJF a fim de ter o projeto impresso e distribuído ainda em 2019.
3 mil pessoas numa sessão
“Segunda e terça-feira eram dias de filmes de aventura, ação ou faroeste. Quarta-feira tinha a sessão feminina, com quatro horários das 15h30 às 21h30, quando as mulheres pagavam meia-entrada para assistirem a filmes românticos ou musicais. “Quando terminavam as sessões, dava para sentir o perfume das mulheres. Elas se arrumavam muito, como eles também, para irem ao cinema”, lembra-se Waltencir Parizzi, antigo gestor do cinema. Às quintas-feiras, ainda, repetiam-se os filmes do dia anterior, mas sem descontos. Sexta-feira, sábado e domingo eram ocupados por filmes policiais e de ação. “Lotava o cinema. Eu punha três mil pessoas numa sessão”, orgulha-se Parizzi, elencando os filmes de maior bilheteria do cinema, que na metade do século era a maior e mais prestigiada diversão do juiz-forano. “Sangue e areia”, de 1941, com Tyrone Power, Linda Darnell e Rita Hayworth, levou multidões ao cinema com a história de um filho de toureiro famoso que vive entre o amor de duas mulheres e o sonho em seguir os passos do pai. “Ben-Hur”, “Sempre no meu coração”, “Sansão e Dalila”, “O corcunda de Notre Dame” e “King Kong” também foram campeões nas quatro bilheterias do lugar.
Outras duas sessões especiais dinamizavam a programação da grande sala. Uma delas era a infantil, chamada Sessão Mickey, que exibia desenhos da Walt Disney durante as tardes de domingo. A outra, voltada apenas para os homens, era sempre aos sábados, à meia noite, com produções “sensuais”. “Naquela época, uma moça de maiô já era uma loucura”, ri Parizzi, responsável pela seleção das obras de todos os dias e horários. “Eles (a Companhia Franco-Brasileira) me pegavam aqui, e eu ia para o Rio (de Janeiro). Todas as empresas produtoras americanas tinham os folhetos dos filmes que estavam lançando. Eu separava os folhetos por sala de cinema. Esse vai para o Central, esse para o Palace, esse para o Glória, e assim vai. Só de ver os folhetos, eu sabia para qual cinema ele iria”, lembra-se o filho de um mecânico italiano e de uma descendente de alemães, que hoje é avô de quatro netos, criou os três filhos que teve com Tereza trabalhando no Central.
“O que você acha, Waltencir?”. A pergunta, feita pelo diretor da empresa que gerenciava mais de uma dúzia de cinemas em Juiz de Fora e mais de uma centena Brasil afora, referia-se à possível troca das poltronas do Cine-Theatro Central, em madeira. “Se mudar as cadeiras vai esquentar muito. Não vai dar para assistir a um filme de três horas com outras três mil pessoas na sala”, respondeu o juiz-forano. A ideia da Companhia Franco-Brasileira, no entanto, era sofisticar ainda mais o espaço. A sugestão de Parizzi, portanto, foi estofar apenas os assentos. Mas daria trabalho, adiantou o funcionário. Dito e feito. “Teve que abrir uma oficina só para consertar as cadeiras”, conta ele, que, anos depois, numa viagem ao Rio de Janeiro, à sede da empresa, viu uma longa fila formada na Cinelândia, para uma sessão de filme de arte. Parizzi achou arriscado trazer a ideia para Juiz de Fora, mas a direção da Franco-Brasileira não arredou pé. A saída, então, foi mudar o escritório para o Cine Palace e, no lugar, fazer uma reforma para sediar o Cine Festival. A pequena sala, no segundo andar do Central, foi inaugurada com pompa e circunstância. “Não deu certo. Passado o alvoroço do início, começou a cair a renda”, lembra o gerente, que uma vez mais enxergou uma resolução: exibir os filmes que estavam saindo de cartaz, como uma segunda chance. Deu certo.
‘A ocupação é intensa’
O palco que no passado recebeu Procópio Teixeira, Oscarito, Grande Otelo, óperas e festivais, hoje serve mais às apresentações musicais. Imponente, não perde um elogio de quem assume seu palco. “A ocupação do teatro é muito intensa. Ano passado tivemos um número de espetáculos artísticos maior do que tivemos em 2017. O teatro entrou como parceiro de algumas produções, como o show de 89 anos e o show do Stanley Jordan e Dudu Lima, além do projeto Palco Central. Para este ano, até o momento, temos menos demanda do que esperávamos”, pontua o diretor Cacáudio, apontando que os editais de chamada pública e Luz da Terra receberam 49 projetos para serem executados até abril de 2020. Ainda, a demanda espontânea possibilita a ocupação das datas restantes. “Aluguel é uma fonte importante de renda para o teatro. No entanto, os recursos que chegam não ficam aqui, por que são depositados diretamente na conta da União, por meio de uma guia de recolhimento. Tem um número de convênio, e esse dinheiro retorna para a universidade. Por meio de um acordo com o reitor, esses recursos, quando possível, retornam ao teatro”, explica o gestor, apontando, ainda, para outro importante papel do gigante. “Tenho muito cuidado ao falar de sustentabilidade, porque esse é um teatro público, e temos uma função de estimular a produção artística local, por exemplo, e não podemos pensar no teatro só para obter lucro.”
*Colaborou o repórter Júlio Black
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Veículo: Conecta Classificados
Editoria: Notícias
Data: 23/03/2019
Título: Provas para as ondas do magistério do IF Sudeste são suspensa por ordem da Justiça Federal | Zona da Mata | G1
Março 23, 2019 Conecta MG – Zona da Mata 0
As provas para as 31 vagas de ensino do Instituto Federal de Educação do Sudeste de Minas Gerais (IF sudeste) em Juiz de Fora, agendado para este domingo (24), foram suspensas. Já o exame para 11 cargos Técnicos-Administrativos em Educação, a que se referem os dois avisos, são mantidos , e será realizado no campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), brasil.
De acordo com a nota publicada no site oficial do Instituto, a justiça Federal determinou, em que a guarda provisória de urgência, a suspensão das provas abertas e de múltipla escolha para todos os cargos do Magistério Federal Carreira de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico. Eles são chamados para o Anúncio, não. 3/2018, publicado em dezembro de 2018.
A suspensão decorre da determinação para a reserva de seis dos 31 vagas para candidatos auto negros ou mulatos para este concurso público.
De acordo com o CASO do Sudeste, as novas informações sobre o evento estarão disponíveis no site da Fundação Cefet Minas, o organizador do concurso.
Tráfego
O Departamento de Transporte e Trânsito (Settra), explicou que não foi possível montar esquema especial de trânsito durante a realização das provas do concurso do IF Sudeste no domingo (24).
“O pedido de mais linhas de ônibus, e a organização do trânsito feitas pela Fundação Cefetminas, só foi feito para Settra no final da manhã desta sexta-feira (22), menos de 48 horas do início dos exames, portanto, fora do tempo, para a definição da estratégia de deslocamento, a mobilização de agentes e empresas de transporte e de divulgação para os candidatos e a população em geral sobre a televisão”, informou em nota a Settra.
De acordo com a nota, o planejamento de operações de trânsito a partir de eventos de grande demanda semanas e até meses de preparação.
“Em algumas situações, é necessário para a produção de sinais e bandeiras, organização de uma variedade de serviços de equipas de tráfego (tais como agentes e outros servidores), e a comunicação com os consórcios de ônibus, que também precisa definir escalas e organizar, entre outras ações”, diz o texto.
Neste domingo, os candidatos do concurso do IF Sudeste têm acesso aos seguintes linhas: o Pórtico Sul – linhas 544, 548, 549, 560,590 e 755; – Pórtico Norte – linhas 530,531,532,533,534,540,541,542,547,599.
A posição divulgada pela Cidade também apontou que, neste domingo (24), haverá mudanças no trânsito da região, conforme solicitado e agendado há vários meses, para a realização da Corrida de Rua da Unimed.
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Veículo: Aventuras na História
Editoria: Curiosidades
Data: 23/03/2019
Título: OS 10 MAIORES REVOLUCIONÁRIOS DE TODOS TEMPOS
Especialistas elegem os homens que mudaram os rumos da humanidade: ofereceram novos modelos para a humanidade em dez campos do conhecimento
FABIO MARTON PUBLICADO EM 23/03/2019, ÀS 12H00
Algumas pessoas vêm ao mundo para tirar tudo do lugar. Gente como Albert Einstein, que deitou por terra tudo o que era tido pela base mais sólida da ciência por quase 200 anos – e que, sem querer, mudou a geopolítica mundial. Ou Ernesto Che Guevara, o argentino que falou nas Nações Unidas apontando o dedo aos Estados Unidos, um Davi latino-americano enfrentando o Golias que faz sombra a todo o continente. Alguns deixam em seu rastro a beleza e a precisão: Leonardo da Vinci, um dos maiores gênios da História, e não apenas nas artes, que aplicou a ciência à pintura para fazer do quadro uma janela cristalina, por vezes mais real que a realidade. Outros são adeptos da destruição: Napoleão Bonaparte, que empurrou com canhões as reformas do liberalismo exaltado da Revolução Francesa, princípios os quais ele próprio havia traído.
A AH pediu ajuda a um time de mais de 50 especialistas para escolher os maiores revolucionários de todos os tempos, em suas áreas de atuação. Surgiram surpresas, como Alberto Santos Dumont. O brasileiro tido por muitos como “o pai da aviação” foi eleito na categoria inventor. Outros nomes gigantescos, antes escolhidos por historiadores, voltam a estas páginas, porque são inevitáveis: Jesus Cristo e o próprio Einstein, para ficar em dois exemplos. A seguir, aqueles que mudaram o mundo – ou, ao menos, a parte dele ao qual se dedicaram – decisivamente.
- Religião | Jesus Cristo
Não faltavam candidatos a revolucionário na Judeia do século 1. A palavra “messias” tinha um sentido diferente da conotação mística que os cristãos aprenderam a associar a ela. O messias seria quem, por métodos certamente violentos, expulsaria os romanos e restituiria a independência a Israel. Nesse sentido, Jesus não podia ser contado entre eles. Toda a tragédia de origem do cristianismo depende do fato de Jesus não ser revolucionário, mas um inocente condenado à morte na cruz.
Jesus nasceu num mundo dominado por uma potência escravocrata, guiada por ideias de glória expansionista. Na Judeia, onde se cultuava o Deus único, predominavam os sentimentos de profundo rancor e vingança contra os romanos, e o ódio fratricida aos judeus que se aproximavam dos dominadores. Foi nesse contexto que surgiu aquele homem dizendo aos judeus que deveriam oferecer a outra face quando agredidos por um centurião. Ou para “dar a César o que é de César”. Ou “meu reino não é deste mundo” – o prometido messias não vinha trazer mudança política. Era uma mensagem de paz radical, e subversiva aos valores da época, tanto dos judeus quanto dos romanos. Também era um profeta dos pobres, que afirmou que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha que um rico entrar no reino dos céus.
Não há registro de Jesus enquanto viveu. Ainda hoje, as fontes sobre sua vida são os Evangelhos. Então não se sabe se foi morto porque alguém percebeu o potencial subversivo de suas palavras. O fato é que, após sua morte, a religião foi perseguida e manteve-se nas camadas mais baixas da população, seguida por escravos e soldados de baixa patente, por quase três séculos. Até que, no que é considerado um milagre pela Igreja Católica, o imperador Constantino se converteu, em 312, durante uma batalha. Em uma geração, o cristianismo saltou de minoria perseguida para maioria, e logo seria transformado em perseguidor.
Mesmo com o cristianismo “oficializado”, o espírito subversivo se manteve latente. A abolição da escravidão, a liberação feminina, a assistência aos necessitados, o voto universal: ideias alienígenas ao pensamento da Antiguidade Clássica. E que, de certa forma, podem ter sua certidão de nascimento atestada na Judeia do século 1, com um humilde profeta que tratava prostitutas e leprosos da mesma forma que seus mais fiéis discípulos.
O escritor Frei Betto nota essa contradição. Afirma que seu voto em Jesus foi “não por ter fundado uma religião, e sim por ter proposto um modelo civilizatório baseado na relação amorosa e na partilha dos bens”.
- Invenção: Santos Dumont
Numa lista com Alexander Graham Bell, James Watt e Thomas Edison, pode parecer patriotada que a eleição para o maior revolucionário entre os inventores tenha escolhido o mineiro Alberto Santos Dumont. Vale lembrar que Dumont personifica a imagem ideal que o Brasil quer para si: um país civilizado, que oferece contribuições cruciais para o mundo, com extrema generosidade.
O artista plástico Guto Lacaz menciona Dumont como aquele que “conquistou o voo controlado com os mais leves e com os mais pesados que o ar”. E o engenheiro Luiz Rocha fala dele como o “inventor do melhor meio de transporte do mundo, o avião”. Dumont, no Brasil, simplesmente “inventou o avião”. Sem fugir da polêmica, a história é um pouco mais complicada que isso. A relevância do brasileiro não está na primazia. Ele não foi o primeiro a apresentar um avião funcional, o que é a razão por que os norte-americanos irmãos Wright são considerados os inventores no resto do mundo.
Em agosto de 1908, os Wright se apresentaram em Le Mans, na França. Os franceses ficaram boquiabertos. O Flyer era o primeiro avião prático do mundo, capaz de voo controlado, dando voltas, subindo e descendo. Não era um protótipo que andava em linha reta, a distância era medida em quilômetros, não metros, e o voo em minutos, até horas, não segundos. O avião já era uma realidade.
A razão do segredo dos norte-americanos é o medo que tinham que alguém roubasse seu invento. Eles haviam passado dois anos sem voar para assegurar suas patentes. Tudo no Flyer era patenteado. A ideia era ter o monopólio da indústria de aviação. Quem quisesse um avião, teria de comprar deles.
E aí que entra a contribuição de Dumont – e a sua generosidade. Ele, que não foi ver as apresentações dos irmãos Wright, continuou a trabalhar no Demoiselle, que se tornaria o segundo avião funcional, mais rápido que o Flyer, e primeiro a ser produzido em série. Diferente do modelo norte-americano, tudo no Demoiselle era aberto – o inventor brasileiro não apenas não patenteava nada, mas incentivava as pessoas a copiarem livremente. Mais de cem deles foram produzidos, e neles pioneiros da aviação, como o francês Roland Garros, fizeram seus primeiros voos. Certos conceitos do Demoiselle, como o trem de pouso em triciclo e a “cauda”, os controles aerodinâmicos em posição traseira, se tornariam universais.
- Medicina | Alexander Fleming
A revolução de Alexander Fleming é a que mais afeta o dia a dia de todo mundo. Fleming é o pai dos antibióticos, remédios capazes de destruir bactérias e que salvaram um número incontável de vidas. Boa parte delas de crianças, particularmente suscetíveis a doenças bacterianas. Até os anos 40, mesmo os países ricos tinham altas taxas de mortalidade infantil, com uma em cada 20 pessoas não chegando à idade adulta.
Fleming tornou-se um revolucionário por acidente. “A sorte desempenhou um grande papel na vida de Fleming”, afirma Kevin Brown, historiador e arquivista do Museu do Laboratório Alexander Fleming, em Londres. Em 1928, o biólogo escocês, já beirando os 50 anos, estudava uma cultura de estafilococos, bactérias geralmente inofensivas, em seu bagunçado laboratório no Hospital St. Mary, parte da Universidade de Londres. Era, de acordo com Brown, um cientista do século 19 em pleno século 20, trabalhando sozinho e livre para estudar como quisesse: “Seu laboratório era extremamente primitivo”. Em vez de arrumar tudo para evitar contaminações, Fleming empilhava as placas numa bancada em um canto do laboratório, e notou que uma delas apareceu mofada. “Engraçado”, comentou. Em vez de jogar fora o exemplo contaminado, como se faria em um laboratório profissional, resolveu estudá-lo mais atentamente. Notou que o mofo estava matando as bactérias.
O mofo era o Penicillium chrysogenum, que aparece em comida estragada. É parente de fungos usados há séculos para fazer salames e queijos azuis – a ação bactericida também serve para preservar comida. Fleming descobriu que o truque funcionava com bactérias perigosas, isolou a substância com que o fungo estava liquidando os microrganismos e a chamou de penicilina. Mas não acreditou que ela pudesse ter utilidade prática, porque não pensou como poderia ser criada em nível industrial.
Foi apenas no início dos anos 1940, com o trabalho de outros cientistas – em laboratórios organizados –, que a droga tornou-se viável. Sua estreia foi na Segunda Guerra, quando salvou a vida de soldados e civis atingidos por armas inimigas, que poderiam ter sucumbido a infecções. Desde o surgimento dos antibióticos, vários horrores que assombraram a humanidade ficaram para os livros de História. Lepra e tuberculose, cujo “tratamento” era isolar o paciente em sanatórios, passaram a ter cura. Pneumonia deixou de ser o caminho do hospital ao necrotério. Coqueluche, difteria e meningite pararam de matar crianças. E doenças sexualmente transmissíveis, como gonorreia, sífilis e cancro, passaram a ser assunto de piada em mesas de bar.
- Filosofia | Platão
Platão é um dos primeiros e maiores gigantes da filosofia. Discutiu sobre um pouco de tudo, inclusive amor – que ele preferia homossexual, mas não físico, de onde vem o “amor platônico”. Em filosofia, platonismo acabou relacionado a certo tipo de idealismo místico, fundado na noção que ideias existem de forma pura, independentemente das pessoas que as pensem. Uma ideia que soa exótica, mas que seduziu inúmeros filósofos. “Ao longo dos séculos, as ideias de Platão e Aristóteles puxaram e arrastaram a civilização ocidental em diferentes direções”, afirma o historiador Arthur L. Herman, em The Cave and The Light, Plato Versus Aristotle.
Platão é possivelmente a maior razão por que a filosofia em si sobreviveu. Seu mestre, Sócrates, pode ter sido o fundador. Mas, se dependesse só dele, tudo poderia ter acabado como um boato vago contado em Atenas por uma ou duas gerações, de um velhinho maluco que irritava as pessoas com sua conversa esquisita e acabou forçado a tomar cicuta. Sócrates, afinal, não deixou nada escrito, e era contra a ideia. Ele via a filosofia como um diálogo vivo entre duas pessoas.
Quando Platão resolveu escrever justamente esses diálogos – que nunca vamos saber até que ponto são fiéis ao que ele realmente ouviu, se ouviu e se Sócrates realmente existiu – transformou a arte de um artista solitário em disciplina acadêmica. A palavra, aliás, vem de uma segunda revolução de Platão, e a outra forma como ele manteve viva a filosofia. A Academia, fundada por ele em 387 a.C., foi a primeira instituição de ensino superior do mundo. Até então, ninguém havia imaginado que o homem precisasse continuar a aprender depois da infância.
O platonismo é relacionado ao culto às ideias abstratas, mas isso não quer dizer que Platão ficava olhando nuvens. Ao contrário, tinha muito o que dizer sobre a vida. Ele é o autor de República, o primeiro tratado de filosofia política e proposta de sociedade ideal imaginada por um filósofo. Na utopia platônica, não haveria propriedade privada, a educação seria uniformizada pelo Estado, as classes sociais seriam rígidas, o treinamento militar, severo, e poesia e ficção, banidas. Essa sociedade totalitária seria regida por reis-filósofos.
Se a ideia “perfeita” pode soar alienígena hoje em dia, a inspiração de Platão estava logo ali, ao sul de Atenas. Era Esparta, onde a educação e classes sociais eram rigidamente controladas, a arte era pouca e o dinheiro, malvisto. “A cidade era a antítese da anarquia democrática de Atenas, e a educação organizada dos jovens acabava encantando os filósofos”, afirma o historiador britânico Paul Cartledge, da Universidade de Cambridge.
- Militar | Napoleão Bonaparte
Ao legendário Arthur Wesley, o Duque de Wellington, foi perguntado quem era o maior general de todos os tempos. Sua resposta: “Nesta era, na era passada, em qualquer era, Napoleão”. Wellington foi o general que derrotou o francês em Waterloo. Napoleão herdou e corrompeu – ou salvou, dependendo para quem se perguntar – uma revolução que não era sua. Ele acabou com a República Francesa, para exportar seus ideais à força, pelas botas de seus soldados, no que custaria a vida de até 6 milhões de europeus. “Napoleão não foi o pai do caos. Era o herdeiro do caos, tanto em casa quanto no exterior”, afirmou o falecido historiador militar Robert B. Asprey em The Rise of Napoleon Bonaparte (sem tradução).
Logo após a monarquia ser dissolvida, em 1792, a recém-criada República Francesa entrou em guerra com os reinos vizinhos. Durante essa década, o oficial nascido na Ilha da Córsega, de uma família italiana, acabou tomando parte de diversas campanhas, subindo vertiginosamente na carreira. Era então aliado dos jacobinos, a ala mais radical dos revolucionários. Em meio a uma dessas guerras, em 1799, acabou tornando-se o “cônsul” do país, num golpe que acabou com a autoridade da República. Em 1804, receberia do papa Pio VII uma coroa hereditária de Imperador da França, acabando de vez com qualquer máscara de republicanismo.
A monarquia não significou paz. Napoleão deixaria a Europa de joelhos, exportando a Revolução Francesa para o continente. Como fez isso é algo que faz parte de seu mito, porque não há resposta óbvia. As táticas napoleônicas estavam ao alcance de qualquer Exército. Ele não inventou nada – e se gabava disso. Disse que, após 60 batalhas, não havia aprendido nada que não soubesse na primeira.
A infantaria era o cerne da força. Cabia à cavalaria atrapalhar os movimentos da infantaria inimiga, deixando-a em posição vulnerável. A artilharia botava todo mundo para correr, se conseguisse chegar à posição de ataque. O truque era fazer isso, e Napoleão, oficial de artilharia, era mestre em usar canhões, de forma móvel e atuando em conjunto com o resto das tropas. Outra de suas habilidades particulares era jogar com as expectativas do inimigo, posicionando-se com falsas ofensivas e manobras de flanco. Para mover-se sempre em vantagem, contava com uma rede de inteligência e comunicação, que incluiu a criação dos primeiros telégrafos do mundo. Do Exército revolucionário, Napoleão herdou a ideia de recrutamento em massa, um contingente gigantesco de alistados obrigatoriamente e treinados em pouco tempo. Esses recrutas também formaram a primeira força ideológica da História, um Exército lutando em terras estrangeiras não em nome de um monarca, mas de uma ideia, da revolução.
- Comportamento | Mahatma Gandhi
Às vezes a causa não é tão importante quanto o método. A maior causa de Mahatma Gandhi foi a independência da Índia, dominada pelo Império Britânico desde 1858. Isso ele conseguiu em 15 de agosto de 1947, ainda que com uma amarga frustração. O pais acabou partido em dois, Índia e Paquistão, por causa de diferenças religiosas. E unir hindus e islâmicos foi uma de suas grandes causas de vida. Outra, a abolição do sistema de castas na Índia, está na Constituição do país – mas ainda hoje sites de relacionamento mencionam a casta dos candidatos, e pessoas de castas inferiores continuam a ocupar a escala mais baixa da sociedade.
“A luta pela paz e seu exemplo de resistência passiva mudaram a História de seu país e nos serve para repensar todas as formas de violência ainda perpetradas por nações bélicas e neoimperialistas pelo mundo contemporâneo”, diz Andrea Casa Nova Maia, da Universidade Federal Fluminense. Vivendo entre três continentes e três religiões, ele acabou conciliando as ideias de cada uma para criar um novo tipo de humanismo. O mais central é a ahimsa, o princípio da não violência. Inspirado no anarquista cristão russo Liev Tolstói, com quem se correspondeu na juventude, Gandhi decidiu que, o que quer que fizesse, seria por meios pacíficos. Um de seus bordões: “Há muitas causas pelas quais estou disposto a morrer, mas nenhuma pela qual estou preparado a matar”.
Nascido na Índia sob domínio britânico, estudou direito em Londres e tentou se estabelecer como advogado na Índia, sem sucesso. Conseguiu emprego na África do Sul, outra colônia do Império, em 1893. Conheceu uma sociedade segregada, onde brancos, negros, indianos e mestiços tinham espaços e leis próprios. Assim começou sua carreira de ativista político.
Em 1915, voltou para a Índia, onde se filiou ao Congresso Nacional Indiano, do qual se tornaria líder. Em um de seus momentos mais famosos, em 1930, convenceu o país inteiro a fabricar sal ilegalmente, quebrando o monopólio britânico. Logo, toda a Índia estava se recusando a pagar impostos e desafiando outras leis abertamente, um gigantesco ato de desobediência civil. Quando confrontados pela polícia, os manifestantes simplesmente aceitavam apanhar ou ser alvejados.
Gandhi foi preso, e nenhuma concessão foi feita. Mas as imagens e notícias do protesto, e a nobreza de seus manifestantes, correram o mundo. Moralmente, o Império havia sido derrotado, e seria questão de tempo até o domínio ruir de vez.
- Ciência | Albert Einstein
É preciso um certo tipo de pessoa para responder quatro grandes desafios da física no mesmo ano. Alguém que, com isso, torna inválidas as bases mais fundamentais do conhecimento, estabelecidas 200 anos antes. E faz isso aos 26 anos de idade… nas horas vagas de um emprego maçante, sem acesso a uma biblioteca ou a colegas de profissão. Bem, há de se convir, não existe esse tipo de pessoa. Albert Einstein era um só. “Um dos maiores nomes da ciência do século 20, ousou desafiar conceitos profundamente enraizados, como espaço e tempo, com a Teoria da Relatividade”, afirma o historiador da ciência José Goldfarb, da PUC-SP.
Einstein refundou a física em 1905, com quatro artigos publicados no periódico Annalen der Physik, de Berlim. Provou que a física quântica e a teoria atômica eram reais e lançou as bases da Teoria da Relatividade, que mudou para sempre a percepção de espaço e tempo. E também registrou a famosa equação E=mc², pela qual a energia obtida pela fissão nuclear é a massa multiplicada pelo quadrado da velocidade da luz, que é aproximadamente 300 mil km/s. O que dá uma ideia do poder das bombas atômicas que ela previu.
Essa revolução em particular, ainda que de profundas consequências, não estava na mente do pacato cientista que, por toda sua vida, foi um pacifista, uma figura pública notória. Einstein pensava de forma prática. Aceitou a ideia de que, se os aliados não fizessem a bomba,os nazistas a fariam primeiro, e mandou uma carta ao presidente Franklin Roosevelt aconselhando-o a iniciar o programa nuclear, em 1939. Com o resultado em Hiroshima e Nagasaki, ele se arrependeu amargamente.
Há uma parte menos falada, e totalmente involuntária, da contribuição de Einstein. Nos 200 anos que o precederam, a física parecia escrita em pedra, uma ciência inabalável. Einstein provou que o mundo era mais complicado do que se imaginava e que toda a ciência podia cair por terra diante de uma nova descoberta. E esse impacto devastador foi sentido bem longe dos laboratórios. A ciência perdeu sua aura de infalibilidade. Durante o século 20, intelectuais começaram a duvidar da própria possibilidade do conhecimento científico, ou das intenções dos cientistas, muitas vezes reforçando preconceitos ou estruturas de poder da sociedade.
O resultado indireto disso foi a onda de ideais e pregadores anticientíficos, místicos e bichos-grilos, que vem desde os anos 60. Outra revolução acidental, que, tal como a bomba atômica, Albert Einstein provavelmente não aprovaria.
- Política | Che Guevara
Se a revolução tem uma face, é a de Ernesto Che Guevara. Che se tornou a voz da revolução socialista mundial ao fazer seu impactante discurso nas Nações Unidas em 11 de dezembro de 1964, no qual provocou os Estados Unidos, acusando o país de “matar suas próprias crianças” (os negros) e convocou os trabalhadores da América Latina a “mover novamente a roda da História”. Durante o discurso, dois dissidentes cubanos tentaram assassiná-lo. Ele respondeu com humor, dizendo que isso tudo “deu à coisa mais sabor”.
No púlpito da ONU, estava o homem que havia posto o mundo à beira da Terceira Guerra. Como arquiteto da aproximação entre o novo Estado cubano e a União Soviética, Che foi a figura por trás da Crise dos Mísseis de 1962, quando ogivas nucleares foram instaladas na ilha. A grande obra de Che, e a única na qual realmente teve sucesso, foi a Revolução Cubana. Em 1956, ele embarcou do México para Cuba com os exilados Fidel e Raúl Castro, Camilo Cienfuegos e outros 78 revolucionários. Por dois anos, lutou nas florestas da Sierra Maestra contra a ditadura de Fulgencio Batista. Conseguiu algumas façanhas militares brilhantes.
Depois, deixou as armas de lado e participou da construção do Estado socialista. “Che tornou-se radical onde tinha que ser radical. Ele uniu uma força que era, de outra forma, um balaio de gatos, de adolescentes fugidos, aventureiros, democratas-cristãos e meia dúzia de comunistas”, afirma o historiador Jon Lee Anderson, autor de Che, uma Biografia. Tornou-se ministro da Fazenda e tomou parte das campanhas de reforma agrária e da erradicação do analfabetismo.
Mas a conquista cubana ficou pequena. Desde sua viagem de motocicleta pela América do Sul, em 1948, ele havia aprendido a enxergar o continente como uma só entidade. Sua vida de revolucionário internacional começaria com uma experiência distante. Em 1965, rumou para o Congo, em crise após obter a independência da Bélgica. A campanha foi um desastre. Che sofreu com doenças tropicais e sua coluna armada se despedaçou moralmente. O direitista Mobutu Sese Seko tomou o poder, massacrou a rebelião e ficou na presidência até 1997.
Che decidiu focar seus esforços na América Latina. Chegou à Bolívia no final de 1966. Numa ação da CIA, em outubro de 1967, 1800 soldados cercaram os menos de 50 guerrilheiros comandados por Che. Morreu como mártir, “um homem que, na morte, pareceu transcender a ideologia que o fez famoso, e tornar-se uma figura admirada por amigos e inimigos”, de acordo com Anderson.
- Arte | Leonardo Da Vinci
A expressão “homem da Renascença” representa alguém capaz de ser muito competente em atividades distintas. Mas o fato é que a maioria dos homens da Renascença era, como hoje, especialista em seu ofício. Cristóvão Colombo não pintava. Maquiavel não desenhava engenhos de guerra. Michelangelo não inventava máquinas voadoras – ainda que esse fosse quem chegasse mais perto, atuando como arquiteto e escultor.
O “homem da Renascença” era um só. Leonardo da Vinci entra nesta lista como o mais votado na categoria arte, mas também foi um finalista nas categorias invenção e engenharia. Era alguém que ora poderia estar pintando A Última Ceia, depois projetar tanques de guerra e máquinas voadoras, mais tarde se dedicar a estudos de anatomia humana, e ainda voltar-se para a escultura, antes de se dedicar outra vez à pintura.
Por mais visionário que fosse, a maioria de seus projetos acabou ficando no papel. Foi como artista que ele acabou eternizado. “Leonardo é para a Renascença o que Marcel Duchamp é para a arte contemporânea. O artista que cria o momento, que encarna sua época”, afirma o artista plástico Alexis Iglesias, diretor da Escola Livre de Arte Havana.
A palavra Renascença foi cunhada pelo pintor Giorgio Vasari em 1550, em seu livro Vida dos Artistas. Significava o renascimento da técnica perdida da Antiguidade, mas também do interesse no ser humano e em estudar e copiar a natureza. Para Vasari, Leonardo marca o início da Alta Renascença, o período de auge do movimento. Quando começou a pintar, aos 14 anos, na oficina de seu mestre, Verrocchio, as grandes novidades eram a perspectiva e o trabalho de sombras e volumes. Mas tudo ainda tinha uma certa cara “medieval”, um tanto sombria, pesada e solene, com temas quase exclusivamente religiosos. Isso é visível mesmo nos primeiros quadros de Da Vinci. É a evolução da sua pintura (diga-se, uma produção relativamente pequena) que mostra o exato momento dessa passagem.
Baseado em seus estudos de anatomia humana, de observações da natureza e experiências com luz, Da Vinci criou imagens cada vez mais realistas, atento aos detalhes de como funcionavam músculos, tendões e posturas corporais, mas também foi capaz de infundi-las de vida, de expressão. De uma outra atitude que não era mais a de ansiar pelo Paraíso enquanto se aguentava a vida terrena. De objetos de recordação religiosa, os quadros se tornaram uma janela para a vida. A própria composição dos quadros de Leonardo, quase sempre triangular, era uma manifestação de harmonia, uma razão redescoberta, que podia compreender a natureza.
- Engenharia | James Watt
Foi a maior de todas as revoluções – e, possivelmente, a mais contestada. A não ser que você esteja lendo a revista numa cabana feita de palha de coco em uma praia deserta, é provável que absolutamente nenhum objeto à sua volta existiria sem ela. Ok, você está na praia deserta? Sem ela, não teria esta revista em mãos. A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra com a criação do primeiro motor a vapor prático, por James Watt, mudou o mundo como nenhuma outra. Pela primeira vez, a humanidade se viu livre do suor da própria testa, e capaz de empregar uma força muito maior que antes era possível. Também implicava um novo tipo de liberdade. “O homem estava livre dos ventos e dos animais como meios de transporte”, diz Guto Lacaz, que votou em Watt para a lista de inventores.
Mas Watt não era um inventor – ao menos não com sua principal contribuição. Ele simplesmente aperfeiçoou um motor a vapor criado mais de seis décadas antes por Thomas Newcomen, que havia encontrado algum uso limitado na indústria carvoeira, operando bombas que drenavam as minas. O aperfeiçoamento foi, aparentemente, mínimo. Watt adicionou uma câmara separada de condensação, de forma que o vapor não tivesse de se condensar no pistão, o que fazia com que se esfriasse, desperdiçando energia. O antigo movimento de pêndulo foi transformado em rotatório.
Essas modestas melhorias fizeram com que os motores gastassem 75% menos combustível, e pudessem ser usados em outras aplicações. “Um fato marcante foi a introdução, em 1782, do motor a vapor na indústria da tecelagem”, afirma Maria Teresa Gomes Barbosa, da Universidade Federal de Juiz de Fora. Nessa indústria, eles encontram outra máquina avançada, o tear mecânico de Jacquard, criando a primeira parceria entre o poder do vapor e a sofisticação de equipamentos complexos.
Máquinas são invenções antigas. Existem desde a Antiguidade, quando os gregos criaram as engrenagens, no século 4 a.C. Mas, por toda a História, a Era da Máquina nunca começou porque elas dependiam ou da força humana direta, que puxava cordas e manivelas, ou da ação de rios, vento ou força animal. Nunca ocuparam papel central na economia. O motor de Watt, e todos os tipos de motores que surgiram depois, permitiram que máquinas pudessem ser criadas e movidas, e as indústrias conseguissem se instalar em qualquer lugar. Milhões migraram dos campos para as cidades – e o valor dos produtos, antes feitos por artesãos, um a um, também despencou.
Os eleitores:
RELIGIÃO
Frei Betto: religioso e escritor, um dos expoentes da Teologia da Libertação
José Ulisses leva: padre, doutor em História Eclesiástica, professor da PUC-SP
Sérgio Figueiredo Ferretti: antropólogo, estudioso da religião, ligado à Universidade Federal do Maranhão
Wellington Teodoro da Silva: professor de Ciências da Religião pela PUC-MG, presidente da Associação Brasileira de História das Religiões
Patrícia Simone do Prado: mestre em Ciência da Religião pela PUC-MG
Justin McDaniel: chefe do Departamento de Estudos Religiosos da Universidade da Pensilvânia (EUA)
Jorge Cláudio Ribeiro Jr.: professor do Departamento de Teologia da PUC-SP
INVENÇÃO
Luiz Rocha: engenheiro de computação, criador do site inventeaqui.com.br
Wagner Fafá: economista, presidente do Instituto Brasileiro de Inovação, que organiza o Salão do Inventor Brasileiro
Carlos Mazzei: especialista em Marketing, presidente da Associação Nacional dos Inventores
Guto lacaz: designer e artista plástico multimídia
Lester Faria: engenheiro aeronáutico, chefe do Laboratório de Guerra Eletrônica do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA)
MEDICINA
Sanjoy Bhattacharya: diretor do Centro para as Histórias Globais da Saúde, Universidade de York, Reino Unido
Alexander Medcalf: historiador da medicina, Universidade de York, Reino Unido
André Mota: coordenador do Museu da Faculdade de Medicina, USP
Gustavo Tarelow: historiador, pesquisador do Museu da Faculdade de Medicina, USP
Everton Reis Quevedo: historiador, diretor técnico do Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul
FILOSOFIA
William Child: professor de Filosofia na Universidade de Oxford, Reino Unido
André Porto: professor de Filosofia na Universidade Federal de Goiás
Helton Machado Adverse: do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Minas Gerais
Rachel Gazolla de Andrade: professora de Filosofia da PUC-SP e Faculdade de Filosofia São Bento
Katia Genel: professora de Filosofia da Universidade de Paris 1, Sorbonne
Denis Coitinho: professor de Filosofia da Unisinos
Adriano Naves de Brito: professor de Filosofia da Unisinos
MILITAR
Carlos Roberto Carvalho Daróz: historiador militar, professor do Colégio Militar do Recife
Manuel Rolph Cabeceiras: coordenador do Grupo de Estudos de História Militar da Universidade Federal Fluminense
Francisco Eduardo Alves de Almeida: professor da Escola de Guerra Naval, membro do Instituto Geográfico e Histórico Militar Brasileiro
Ricardo Pereira Cabral: professor da Escola de Guerra Naval
César Machado Domingues: professor da Universidade Estácio de Sá, editor da Revista Brasileira de História Militar
Coronel Luiz Carlos Carneiro de Paula: historiador militar, secretário do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil
Marcos Ribeiro Correa: oficial aposentado, historiador militar, membro do Instituto Geográfico e Histórico Militar Brasileiro
Manuel Cambeses Jr.: membro emérito do Instituto Geográfico e Histórico Militar Brasileiro
COMPORTAMENTO
Archie Brown: professor emérito de Política, Universidade de Oxford, Reino Unido
Pedro Paulo Funari: arqueólogo e historiador, livre-docente da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Andrea Casa Nova Maia: historiadora, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Lincoln Ferreira Secco: historiador, professor da Universidade de São Paulo (USP)
Mary del Priore: historiadora, colaboradora de AVENTURAS NA HISTÓRIA, autora de História do Amor no Brasil e diversos outros
CIÊNCIA
José Luiz Goldfarb: vice-coordenador da pós-graduação em História da Ciência, PUC-SP
Lester Faria: engenheiro aeroespacial, professor do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA)
Phillip A. Sharp: biólogo molecular, professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT), EUA
Steven Pinker: psicólogo evolutivo canadense, professor do MIT
Marcos Veríssimo: físico molecular, professor da Universidade Federal Fluminense
POLÍTICA
Archie Brown: professor emérito de Política, Universidade Oxford, Reino Unido
Pedro Paulo Funari: arqueólogo e historiador, livre-docente da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Andrea Casa Nova Maia: historiadora, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Lincoln Ferreira Secco: historiador, professor da Universidade de São Paulo (USP)
Mary del Priore: historiadora, colaboradora de AVENTURAS NA HISTÓRIA, autora de História do Amor no Brasil e diversos outros
Leandro Narloch: jornalista e escritor, autor da série Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, ex-editor de AVENTURAS NA HISTÓRIA
ARTE
Dercy Aparecido Pereira: coordenador do curso de Artes Visuais do Centro Universitário Belas Artes, São Paulo
Alexis Iglesias: artista plástico cubano, formado na Universidade de Havana, diretor da Escola Livre de Arte Havana
Paulo Antônio de Menezes Pereira da Silveira: historiador da arte, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Luiz Octávio Rocha: professor da pós-graduação do Centro Universitário Belas Artes, São Paulo
Peter Childs: professor de design no Imperial College of London, Reino Unido
ENGENHARIA
Maria Teresa Gomes Barbosa: professora do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Juiz de Fora
Marcelo Hazin: professor de Engenharia de Produção da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Suzana França Dantas Daher: professora de Engenharia de Produção da UFPE
Adiel T. Almeida Filho: professor de Engenharia de Produção, UFPE
Frederico Barbieri: engenheiro automotivo, professor do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), São Paulo
Leônidas Sadoval Júnior: matemático e físico, professor do Insper
Fábio Orfali: matemático e engenheiro químico, professor do Insper
Irineu Gustavo NogueirA Gianesi: engenheiro de produção, diretor de Novos Projetos Acadêmicos do Insper
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Veículo: Rádio Itatiaia JF
Editoria: Cidade
Data: 23/03/2019
Link: http://radioitatiaiajf.com.br/if-sudeste-tem-provas-para-professores-suspensas/
Título: IF Sudeste tem provas para professores suspensas
23 de março de 2019 Redação
A Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) informou que não haverá esquema especial para atender ao concurso do IF Sudeste. Isso, porque, segundo a secretaria, a “solicitação de mais linhas de ônibus e de organização do trânsito, pedida pela Fundação Cefetminas, só foi feita à Settra no final da manhã de sexta-feira, 22, menos de 48h do início dos exames, portanto fora do tempo hábil para a definição de estratégia de deslocamentos, mobilização de agentes e das empresas de transporte coletivo e divulgação aos candidatos e população em geral sobre o plano definido.”
A Itatiaia entrou em contato com a assessoria de comunicação do IF Sudeste para saber o posicionamento a respeito do caso, mas não obtivemos êxito.
A Settra informou também que os agentes estarão mobilizados neste domingo em outros eventos previamente agendados.
Como a Itatiaia já informou, estão suspensas as provas para professores do IF Sudeste, em Juiz de Fora. A decisão é do juiz Marcelo Mota de Oliveira e assinada na sexta-feira. O juiz suspendeu as provas para que sejam destinadas 6 vagas no total para pessoas autodeclaradas negras ou pardas. No entanto, estão mantidas as provas dos editais para o provimento de cargos Técnicos-Administrativos em educação. O exame acontece neste domingo.
“Nota de esclarecimento da Settra
A Secretaria de Transporte e Trânsito informa que não será possível montar esquema especial para tráfego durante a realização das provas do concurso do IF Sudeste no próximo domingo (24), no Campus da UFJF. A solicitação de mais linhas de ônibus e de organização do trânsito, feita pela Fundação Cefetminas, só foi feita à Settra no final da manhã desta sexta-feira (22), menos de 48h do início dos exames, portanto fora do tempo hábil para a definição de estratégia de deslocamentos, mobilização de agentes e das empresas de transporte coletivo e divulgação aos candidatos e população em geral sobre o plano definido. Cabe ressaltar que a Settra trabalha com planejamento para garantir o bom resultado das operações de trânsito a partir de grandes eventos, o que demanda semanas e até meses de preparação, como é o caso do ENEM e do PISM. Em algumas situações, é necessária a produção de placas de sinalização e faixas, organização de escala de serviços das equipes de trânsito (como agentes e outros servidores), além da comunicação com os consórcios de ônibus, que também precisam definir escalas e se organizar, entre outras ações. Na mesma data das provas, inclusive, haverá uma alteração no trânsito da região, solicitada e programada há vários meses, para a realização da Corrida de Rua da Unimed. A Settra orienta que é importante que os inscritos cheguem cedo ao local de prova, fazendo uso das linhas convencionais que atendem o local, evitando assim qualquer tipo de transtorno. No domingo, os candidatos do concurso do IF Sudeste têm à disposição as seguintes linhas:
Pórtico Sul – Linhas 544, 548, 549, 560,590 e 755; Pórtico Norte – Linhas530,531,532,533,534,540,541,542,547,599. Todas essas informações foram transmitidas à organização do concurso ainda na tarde desta sexta-feira.”
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Veículo: Diário Regional
Editoria: Destaque da Semana
Data: 24/03/2019
Título: Estudo sugere que bebês a partir do sexto mês guiem sua própria alimentação
Por DIARIO REGIONAL 24 De Março De 2019
Diferentemente dos filhotes de outras espécies, o ser humano nasce inteiramente dependente de um adulto para sobreviver. Não consegue se movimentar sozinho e precisa de auxílio para a maioria das atividades essenciais para manter a vida. A alimentação até os 6 meses de idade, por exemplo, deve se basear somente na ingestão de leite materno. A partir desse ponto, a introdução alimentar tradicional é basicamente estabelecida com preparações em consistência pastosa, mediante o uso de colher. Os pais/cuidadores são os responsáveis pela definição dos momentos de início e término das refeições, do volume e da velocidade em que elas são realizadas. Dessa forma, os bebês começam a se nutrir através da decisão de um adulto e são alimentados passivamente.
Porém, o método baby-led weaning (BLW), difundido principalmente nos Estados Unidos e na Europa, sugere que bebês, a partir do sexto mês de idade, já têm capacidade motora para guiarem a própria ingestão. Bebês com crescimento e desenvolvimento adequados são aptos a iniciarem o consumo de alimentos em pedaços, sendo desnecessárias alterações substanciais de consistência (papas ou purês, por exemplo). Nessa abordagem, os bebês têm acesso à comida da família, na consistência habitual, sendo encorajados a pegarem os alimentos sozinhos e a levá-los à boca, sem o uso de colher. Os pais/cuidadores atuam em caráter intermediário, devendo apenas disponibilizar alimentos palpáveis e saudáveis, em um ambiente agradável, para que os bebês possam exercitar suas habilidades motoras.
Com objetivo de revisar as constatações científicas a respeito do método BLW no âmbito da alimentação complementar de bebês, pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva e do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) realizaram um estudo de revisão da literatura sobre o tema, disponível em inglês. A pesquisa ganhou destaque midiático ao ser abordada em matérias de jornais de grande circulação. “A divulgação midiática acerca da existência e eficácia do BLW é de grande relevância, porque oportuniza a exposição de conteúdos com respaldo científico e, portanto, o estabelecimento de discussões robustas, baseadas em evidências. Além disso, gera um efeito cascata a favor da democratização do acesso à informação, contribuindo, assim, para a desconstrução do recorte social ligado à prática do método”, afirma Felipe Neves, um dos pesquisadores por trás do estudo.
O bebê responsável por sua alimentação
Os alimentos que são ofertados devem se basear na aceitação dos bebês, que varia de acordo com as necessidades individuais: são eles que regulam qual tipo de comida, a quantidade da mesma e o ritmo no qual será consumida em cada refeição. A implementação do BLW também requer sinais de destreza relativos ao desenvolvimento, incluindo equilíbrio postural para se manter sentado com pouco ou nenhum auxílio, bem como estabilidade para alcançar, agarrar e conduzir os alimentos à boca, cabendo a um profissional de saúde avaliar as especificidades dos bebês e prescrever as recomendações mais apropriadas aos respectivos contextos familiares.
“As principais evidências que dispomos na literatura demonstraram que os bebês adeptos ao BLW foram mais propensos a consumir os mesmos alimentos ingeridos pela família e a compartilhar os momentos de refeição. Além disso, exibiram maior autorregulação da saciedade e menor exigência alimentar”, revela Neves. Alguns pesquisadores ainda acreditam que a introdução deste método ameniza o risco de obesidade, defendendo duas hipóteses que possivelmente justificam a maior probabilidade de desenvolvimento de hábitos saudáveis em bebês introduzidos no BLW. A primeira se refere ao aspecto qualitativo: os alimentos comumente ingeridos no período inicial do BLW são frutas e legumes frescos ao invés de ultraprocessados; já segunda aborda o aspecto quantitativo: os bebês tendem a exibir um melhor controle sobre o quanto comem, porque são eles que levam os alimentos à boca, ingerindo, dessa forma, apenas o suficiente.
BLW no Brasil
Nenhum estudo disponível na literatura avaliou a população do Brasil, apenas de países da Europa e da América do Norte, o que restringe a extrapolação de certas constatações para a realidade brasileira. “A prática do BLW, assim como o ato de comer em si, envolve uma série de determinantes socioculturais, mais do que qualquer parâmetro estritamente biológico. Existem muitas questões não esclarecidas e, para isso, precisamos de novas pesquisas com níveis elevados de evidência”, explica Neves. Atualmente, dando sequência à linha de pesquisa, o grupo está realizando um estudo original na região Sudeste do país para avaliar as percepções de profissionais de saúde que atuam em pediatria (ou subárea afim) acerca do BLW. “Isso certamente responderá algumas das perguntas que estão em aberto e servirá de apoio para a fundamentação de outras hipóteses a serem pesquisadas no futuro”, conclui.
Fonte: UFJF
Foi reproduzido em: JF Clipping
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Veículo: Toque de Bola
Editoria: Notícias
Data: 24/03/2019
Link: https://www.toquedebola.esp.br/2019/03/nao-deu-jf-volei-luta-mas-e-eliminado-da-superliga-b/
Título: Não deu! JF Vôlei luta mas é eliminado da Superliga B
[Texto não copiável]
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Veículo: Globo Esporte
Editoria: Notícias
Data: 24/03/2019
Título: JF Vôlei perde para o Lavras e cai nas quartas de final da Superliga Masculina B
No terceiro e decisivo jogo da série, time de Juiz de Fora sai derrotado por 3 sets a 0 fora de casa. Lavras Vôlei avança à semifinal
Por GloboEsporte.com — Lavras, MG
24/03/2019 09h13 Atualizado há 4 semanas
Lavras e JF Vôlei fizeram o terceiro e decisivo jogo das quartas de final da Superliga Masculina B na noite deste sábado em Lavras, e o time da casa levou melhor por 3 sets a 0. Mas não teve vida fácil. Com a série melhor de três jogos empatada, as duas equipes fizeram uma partida muito disputada no ginásio da UFLA, com o último set chegando aos incríveis 38 a 36 no placar. O Lavras Vôlei venceu com parciais de 25/22, 25/22 e 38/36.
Com a vitória, o Lavras chegou à segunda vitória na série, avançou à semifinal. Botafogo, Blumenau e Anápolis também avançam. O JF Vôlei fica pelo caminho na Superliga. A Confederação Brasileira de Voleibol divulgará as datas e horários dos confrontos em breve.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna César Romero
Data: 24/03/2019
Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/24-03-2019/a-205.html
Título: Gigi Fonseca com modelito total ‘black’
Por Cesar Romero
24/03/2019 às 08h00 – Atualizada 25/03/2019 às 15h27
Aprovação no mestrado
A nutricionista Tânia Bicalho, que desenvolve o Projeto Música Popular Nutritiva, foi aprovada no mestrado em comunicação e sociedade pela UFJF. Ela vai pesquisar a influência da mídia na alimentação de crianças.
Foi reproduzido em: JF Clipping
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