Veículo: Nordeste 1
Editoria: Educação e Concursos
Data: 07/01/2019
Título: Ricardo Vélez Rodríguez elenca prioridades de sua gestão no MEC e anuncia novos secretários
By Edilson Campos – 7 de janeiro de 2019
Em cerimônia de transmissão de cargo, nesta quarta-feira, 2, na sede do MEC, em Brasília, o novo ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, destacou quais serão as diretrizes à frente da pasta. “Nossa prioridade será a educação básica, com o desenvolvimento de políticas públicas de combate – principalmente ao analfabetismo –, mas também de fortalecimento da educação em creches e escolas, de jovens e adultos, na educação especial de pessoas portadores de deficiências e na gestão das escolas, para que os estudantes concluam seus estudos no devido tempo”, afirmou.
Vélez Rodríguez foi nomeado na última terça-feira, 1º, durante a cerimônia de posse do presidente da República, Jair Bolsonaro, e do vice-presidente, general Antônio Hamilton Martins Mourão, juntamente com outros 21 ministros.
O novo ministro ressaltou, ainda que sua gestão estará focada em outros setores educacionais essenciais para o desenvolvimento do Brasil, como o ensino profissional tecnológico, as pesquisas científicas e de extensão e a inovação tecnológica nas escolas e universidades, bem como no aperfeiçoamento de programas que incentivem o empreendedorismo para a inserção no mercado de trabalho.
“Daremos atenção especial, também, aos fundos de investimento em educação e ao ensino privado, para fortalecer a qualidade dos cursos oferecidos”, disse. “Nas universidades, vamos melhorar a gestão dos recursos para que haja estímulo às linhas de pesquisa científica e tecnológica que irão fomentar políticas públicas de educação com qualidade. Há um compromisso assumido com o Brasil e a educação de todos”.
Outro ponto para alcançar o sucesso da gestão, na avaliação do ministro, é a aplicação correta e eficaz dos recursos financeiros destinados ao MEC, por meio da Lei Orçamentária Anual (LOA), para a formação e valorização dos professores e profissionais da educação em geral, como gestores e técnicos. Ricardo Vélez Rodríguez também enalteceu a importância do diálogo entre as redes estaduais e municipais de ensino, com o apoio da sociedade, para atender aos anseios da população brasileira na busca pela excelência na educação.
Nova gestão – No primeiro pronunciamento como ministro de Estado da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez relembrou o início da trajetória de Jair Bolsonaro, antes das eleições, quando o nome do então deputado federal ganhou força no país, e destacou o pouco tempo de exposição na TV durante a campanha do presidente eleito.
Segundo o ministro, Jair Bolsonaro abandonou a “zona de conforto dos congressistas” para ouvir as queixas da população, com os altos índices de criminalidade alavancados pelo processo de corrupção que assolou o Brasil nos últimos anos, atingindo “cerca de 14 milhões de famílias com elevadas taxas de desemprego”, para dar esperança aos brasileiros.
“É preciso combater o que se denominou de ideologia de gênero, com a destruição de valores culturais, da família, da igreja, da própria educação e da vida social”, pontuou. “Pautas nocivas não serão mais aceitas e vamos combater o marxismo cultural em instituições de educação básica e superior. O MEC não será um bazar de enriquecimento”.
Agenda – O próximo compromisso oficial de Ricardo Vélez Rodríguez será nesta quinta-feira, 3, quando ele participará da primeira reunião ministerial convocada pelo presidente Jair Bolsonaro. No encontro, o ministro da Educação deverá apresentar o funcionamento de sua pasta diante da nova estrutura administrativa criada pelo governo federal. Para tanto, terá como suporte um relatório técnico atualizado contendo as principais ações de todos os programas da pasta em andamento, incluindo o detalhamento orçamentário.
Perfil – Colombiano naturalizado brasileiro em 1997, Ricardo Vélez Rodríguez tem 75 anos e possui um vasto currículo profissional. É graduado em filosofia pela Universidade Pontifícia Javeriana, da Colômbia, e em teologia, pelo Seminário Conciliar de Bogotá. É mestre em filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e doutor na mesma área pela Universidade Gama Filho, também do Rio de Janeiro.
Durante a trajetória profissional, foi professor em diversas instituições de educação superior brasileiras, incluindo a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e estrangeiras, em países como França, Estados Unidos e na própria Colômbia. Também é professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), instituição que atua na formação de oficiais de alta patente.
Novos secretários – Durante a cerimônia de transmissão de cargo, o ministro Ricardo Vélez Rodríguez apresentou os novos secretários que vão compor o organograma do MEC em sua gestão. São eles: Luiz Antonio Tozi (Secretaria Executiva), Mauro Rabelo (Secretaria de Educação Superior – Sesu), Alexsandro Ferreira de Souza (Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – Setec), Marco Antônio Barroso (Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior – Seres), Tânia Leme de Almeida (Secretaria de Educação Básica – SEB), Bernardo Goytacazes de Araújo (Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação) e Carlos Francisco de Paula Nadalim (Secretaria de Alfabetização).
Para as autarquias federais vinculadas ao MEC, foram anunciados: Anderson Ribeiro Correia (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes), Carlos Alberto Decotelli da Silva (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE), Marcos Vinícius Rodrigues (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Inep) e o general Oswaldo de Jesus Ferreira (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh).
Gestão anterior – O ex-ministro Rossieli Soares aproveitou a ocasião para fazer um balanço do período em que esteve à frente da pasta. Mencionou a dedicação de seu antecessor, Mendonça Filho, para a continuidade e os avanços obtidos durante sua gestão e destacou que ainda há um longo caminho para que a educação brasileira atinja os níveis desejáveis para um país desenvolvido. Em sua avaliação, o Brasil precisa priorizar importantes agendas educacionais para seguir evoluindo.
“Tivemos importantes avanços, como a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a reforma do ensino médio e a revitalização do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD)”, apontou. “A educação básica é o caminho para o crescimento do Brasil e é preciso priorizar a aprendizagem. Agradeço a todos os colaboradores que permitiram o sucesso da gestão”, concluiu.
Assessoria de Comunicação Social
Fonte: portal.mec.gov.br
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Veículo: Rádio FM Itatiaia
Editoria: Cidade
Data: 07/01/2019
Link: http://radioitatiaiajf.com.br/ufjf-libera-as-notas-do-pism-iii-nesta-terca/
Título: UFJF libera as notas do Pism III nesta terça
7 de janeiro de 2019 Redação
A partir das 15h desta terça-feira, 8, candidatos poderão conferir suas notas do Módulo III do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism)
Elas estarão disponíveis no site da Coordenação Geral de Processos Seletivos (Copese) da universidade. O resultado final do Pism III, após os recursos, será publicado no dia 15.
Os recursos sobre as notas divulgadas podem ser feitos somente na quarta-feira, 9, das 9h às 16h, presencialmente na Central de Atendimento ou pelo e-mail vestibular@ufjf.edu.br.
Os candidatos podem solicitar recurso de, no máximo, dois conteúdos e devem pagar taxa de R$ 24 por conteúdo. Para solicitar é preciso ainda preencher formulário a ser disponibilizado na página da Copese.
As datas para a pré-matrícula online e para a matrícula presencial ainda serão divulgadas. Já as notas dos módulos I e II do Pism serão divulgadas no dia 12 de fevereiro às 15h, com pedidos de recurso no dia 13, das 9h às 16h. O resultado final sai no dia 20 do mesmo mês, às 15h.
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Veículo: IED Revista
Editoria: Notícias
Data: 07/01/2019
Link: https://ied.edu.br/revista/noticias/ied-parla-ecologia-e-producao-da-vida-na-amazonia-indigena/
Título: IED PARLA | ECOLOGIA E PRODUÇÃO DA VIDA NA AMAZÔNIA INDÍGENA
7 de janeiro de 2019
A nossa primeira aula aberta deste novo ano está marcada para o dia 24 de janeiro. O curso Master Profissional em Design de Espaços | Metodologia MADEIN recebe o antropólogo Thiago da Costa Oliveira no IED Parla | Ecologia e Produção da Vida na Amazônia Indígena.
Partindo de pesquisas empíricas realizadas entre povos indígenas do rio Negro (AM) e do rio Xingu (PA), Thiago discutirá como as populações indígenas amazônicas projetam e constroem espaços e artefatos. A palestra estará centrada no modo como as técnicas e processos nativos de produção da vida articulam noções específicas de corpos e de territórios que extrapolam ontologias e estéticas ocidentais.
Participe deste encontro e venha conhecer mais sobre a cultura indígena e sua importância para a história.
Estão todos convidados.
Inscreva-se: https://iedr.io/parla-producao-indigena
Conheça o nosso convidado:
Thiago da Costa Oliveira é graduado em História (UFJF) com mestrado, doutorado e pós-doutorado em Antropologia Social (Museu Nacional-UFRJ). É especialista em Antropologia da Arte e da Cultura Material e no estudo das Territorialidades Indígenas Amazônicas. Pesquisa na Amazônia desde 2011, tendo formado coleções etnográficas, realizado filmes documentários, documentações fotográficas e concebido exposições para o Museu do Índio/FUNAI, IPHAN, Ministério da Cultura, SEBRAE e SESC.
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Veículo: Toque de Bola
Editoria: Notícias
Data: 07/01/2019
Título: Bora subir! JF Vôlei começa 2019 com foco na Superliga B. Veja Tabela
[Texto não copiável]
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Veículo: Diário Regional
Editoria: Cidade
Data: 07/01/2019
Título: UFJF abre inscrição para seleção de professores substitutos
Por DIARIO REGIONAL
As inscrições do processo seletivo simplificado para contratação de 24 professores substitutos da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) têm início nesta segunda-feira, 7, e se estendem até o próximo dia 14. As vagas, divulgadas pela Pró-reitoria de Gestão de Pessoas (Progepe), são para os campi de Juiz de Fora, Governador Valadares, para o Colégio de Aplicação João XXIII e podem ser conferidas no link.
O processo é regido pelos editais nº 45 a 67 e 69, bem como pelo edital normativo nº44. As 17 vagas destinadas ao campus sede estão distribuídas entre os institutos de Ciências Humanas (1), Ciências Exatas (2) e Artes e Design (5), além das Faculdades de Serviço Social (1), Medicina (1), Letras (2), Educação (3), Administração e Ciências Contábeis (1) e Arquitetura e Urbanismo (1). No campus avançado de Governador Valadares, abrem-se seis vagas, sendo quatro no Instituto de Ciências da Vida e duas no Instituto de Ciências Sociais Aplicadas. Para o Colégio de Aplicação João XXIII foi destinada uma vaga no Departamento de Letras e Artes.
Inscrições
Não serão cobradas taxas. As inscrições podem ser efetuadas pessoalmente ou por terceiros, diretamente nas secretarias das unidades acadêmicas às quais cada departamento está vinculado, nos dois campi, ou no Colégio de Aplicação João XXIII, na rua Visconde de Mauá 300, bairro Santa Helena, nos horários das 9h às 12h e das 13h às 16h. O período não inclui sábados, domingos, feriados e recessos.
Os requerimentos de inscrição e a respectiva documentação poderão ser enviados via postal, desde que recebidos no setor responsável pelos serviços de protocolo dentro do período estipulado.
Provas
As datas, horários e locais da instalação da banca examinadora podem ser conferidas nos editais. As datas e os horários das provas serão informados pela banca logo após a sua instalação, com a divulgação do cronograma inicial das primeiras provas e do cronograma final, relativo às demais provas.
Remuneração e validade
A remuneração do professor contratado será composta por vencimento básico e retribuição por titulação. Os processos seletivos serão válidos por um ano.
Outras informações: (32) 2102-3930 – Pró-reitoria de Gestão de Pessoas
Fonte: UFJF
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Veículo: Vestibulando Web
Editoria: Educação
Data: 08/01/2019
Link: https://www.vestibulandoweb.com.br/educacao/sisu/vagas-ufjf-sisu-2019-1/
Título: UFJF ofertará 1331 vagas no Sisu 2019/1
Por VestibulandoWeb Atualizado em 08/01/2019 13:21
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) ofertará 1.331 vagas em 57 opções de cursos nos dois campi de Juiz de Fora e Governador Valadares, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2019. Também está publicado a íntegra do Termo de Adesão da UFJF no Sisu 2019/1, documento oficial que detalha quantitativo de vagas; divisão; pesos para as áreas de conhecimento; e cursos que serão ofertados pela instituição.
Os estudantes precisam fazer a inscrição no Sisu 2019/1 entre os dias 22 e 25 de janeiro. Já o resultado da chamada regular do Sisu 2019/1 vai estar disponível no dia 28 do mesmo mês e o período para participar da lista de espera começa no mesmo dia e vai até o dia 4 de fevereiro. Nesta edição do processo, são 1.111 oportunidades para o campus de Juiz de Fora e 220 para Governador Valadares. As vagas são distribuídas em nove grupos de acesso diferentes. Metade delas é destinada à ampla concorrência e outra metade aos demais oito grupos, de acordo com o perfil de cada estudante.
Os interessados em concorrer a uma das vagas no primeiro semestre de 2019 devem ter realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018 e não podem ter zerado a prova de redação. O Sisu vai receber inscrições, exclusivamente pelo site do sistema, dentro do prazo estabelecido. É preciso informar o número de inscrição do Enem 2018 e a senha mais atual cadastrada no sistema. Cada candidato vai poder se inscrever em até duas opções de curso. O procedimento é gratuito.
Participantes na situação de treineiros não podem usar o Enem como instrumento único ou complementar para o acesso ao ensino superior ou para programas governamentais de financiamento ao estudante de educação superior. Os treineiros são aqueles que tenham menos de 18 anos no primeiro dia de aplicação do Enem e que irão concluir o ensino médio letivo após o ano de 2018.
O Ministério da Educação (MEC) ressalta que é importante que os candidatos estejam atentos, porque algumas instituições adotam notas mínimas ou médias mínimas para inscrição em determinados cursos. Sendo assim, se, na hora da inscrição, a nota do candidato não for suficiente para concorrer ao curso, o sistema emitirá mensagem com esta informação.
O candidato deve ficar atento também aos prazos e regras definidos pelo Ministério da Educação (MEC), responsável pelo gerenciamento do sistema, e demais informações disponíveis do grupo escolhido. A matrícula da chamada regular será feita entre os dias 30 de janeiro e 4 de fevereiro. Caso aprovado, o estudante deverá apresentar a documentação correspondente. Na falta dela, poderá perder a vaga. A partir do dia 7 de fevereiro ocorre a convocação dos candidatos em lista de espera pelas instituições.
Resultado do PISM III – 2019
A Coordenação Geral de Processos Seletivos (Copese) da Universidade Federal de Juiz de Fora divulga nesta terça-feira, 8, as notas do Módulo III do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism). As notas estarão disponíveis online, no site da Copese e na Área do Candidato, a partir das 15h. O resultado final do Pism III, após os recursos, será publicado no dia 15.
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Veículo: Vestibulando Web
Editoria: Educação
Data: 08/01/2019
Link: https://www.vestibulandoweb.com.br/educacao/aprovados/resultado-ufjf-notas-pism-iii-2019/
Título: UFJF divulga notas do PISM III – 2019
As notas dos módulos I e II do Pism serão divulgadas no dia 12 de fevereiro às 15h, com pedidos de recurso no dia 13, das 9h às 16h
Por VestibulandoWeb Atualizado em 08/01/2019 13:12
A Coordenação Geral de Processos Seletivos (Copese) da Universidade Federal de Juiz de Fora divulga nesta terça-feira, 8, as notas do Módulo III do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism). As notas estarão disponíveis online, no site da Copese e na Área do Candidato, a partir das 15h. O resultado final do Pism III, após os recursos, será publicado no dia 15.
Os recursos sobre as notas divulgadas podem ser feitos somente na quarta-feira, 9, das 9h às 16h, presencialmente na Central de Atendimento ou pelo e-mail vestibular@ufjf.edu.br. Os candidatos podem solicitar recurso de, no máximo, dois conteúdos e devem pagar taxa de R$ 24 por conteúdo, via guia de recolhimento da União (GRU). Para solicitar é preciso ainda preencher formulário a ser disponibilizado na página da Copese.
Em caso de envio de recurso por e-mail, o candidato deve ficar atento à confirmação de recebimento encaminhada pela Copese. Caso o aluno não a receba, é de sua responsabilidade entrar em contato com o setor pelos telefones (32) 2102-3738 ou (32) 2102-3755 para se certificar do recebimento. Se constatado equívoco na correção das provas, a taxa paga pelo requerente será reembolsada.
As datas para a pré-matrícula online e para a matrícula presencial ainda serão divulgadas pela Coordenadoria de Assuntos e Registros Acadêmicos (Cdara).
Notas dos Pism I e II
As notas dos módulos I e II do Pism serão divulgadas no dia 12 de fevereiro às 15h, com pedidos de recurso no dia 13, das 9h às 16h. O resultado final sai no dia 20 do mesmo mês, às 15h
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Veículo: Caderno do ENEM
Editoria: Fique Ligado!
Data: 08/01/2019
Título: Notas do PISM já podem ser consultadas
O PISM é o vestibular seriado da UFJF. As provas foram realizadas no mês passado por estudantes de todo o ensino médio. As notas foram divulgadas hoje e já podem ser consultadas no site. As notas do Programa de Ingresso Seletivo Misto (PISM) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) já foram divulgadas pela […]
Criado por Jornalismo
Em 8 de janeiro de 2019 O PISM é o vestibular seriado da UFJF. As provas foram realizadas no mês passado por estudantes de todo o ensino médio. As notas foram divulgadas hoje e já podem ser consultadas no site.
As notas do Programa de Ingresso Seletivo Misto (PISM) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) já foram divulgadas pela Coordenação Geral de Processos Seletivos (Copese). Desta vez, as notas são para os estudantes que realizaram o módulo III.
Notas já foram divulgadas
Todas as notas estão disponíveis no site da Copese e na Área do Candidato. Esteja com o número do CPF em mãos, pois ele será necessário para a consulta. O período de recurso sobre as notas também já está aberto. Os candidatos que quiserem, podem solicitar recurso de até dois itens, por uma taxa de R$24,00. É necessário preencher um formulário, que está disponível na página da Copese. Caso seja constatado o erro da questão, o valor é reembolsado para o solicitante. O resultado final do PISM III será divulgado no dia 15 de janeiro, após o período de recurso.
Notas PISM I e II
As notas dos alunos que fizeram os módulos I e II serão divulgadas no dia 12 de fevereiro a partir da 15 horas. Os pedidos de recurso serão no dia 13 de fevereiro e funcionam da mesma forma. O resultado final sai no dia 20 de fevereiro.
PISM
O Pism é um processo de avaliação seriado, onde os candidatos realizaram um prova ao final de cada ano do ensino médio. As provas foram realizadas no mês passado por alunos de todo o ensino médio que buscam uma vaga na UFJF. Nesta edição, muitos alunos faltaram e não realizaram a prova. No dia, choveu bastante na cidade e nós sabemos que, por esse e outros motivos muitos alunos tiveram dificuldades para chegar no local da prova e preparamos um post para te ajudar, caso você seja um deles.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 08/01/2019
Título: Notas do Módulo III do Pism são divulgadas
Resultado final, após envio de recursos, será publicado no dia 15 de janeiro, também às 15h
Por Tribuna
08/01/2019 às 08h11- Atualizada 08/01/2019 às 15h28
A Coordenação Geral de Processos Seletivos (Copese) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) divulgou, na tarde desta terça-feira (8), as notas do Módulo III do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism).
A pontuação está disponível na internet, e pode ser acessada no site da Copese, pelo link que disponibiliza as notas ou na Área do Candidato. O resultado final do Pism III será publicado na próxima terça-feira (15), após a análise dos recursos interpostos.
Segundo a UFJF, os recursos sobre as notas divulgadas podem ser feitos somente nesta quarta-feira (9), das 9h às 16h, de forma presencial, na Central de Atendimento, ou pelo e-mail vestibular@ufjf.edu.br. Os candidatos podem solicitar recurso de, no máximo, dois conteúdos, e devem pagar taxa de R$ 24 por conteúdo, via guia de recolhimento da União (GRU). Para solicitar, é preciso, ainda, preencher um formulário, a ser disponibilizado na página da Copese.
Caso o candidato opte pelo envio de recurso via e-mail, ele deve ficar atento à confirmação de recebimento encaminhada pela Copese. Caso o aluno não a receba, é de sua responsabilidade entrar em contato com o setor pelos telefones (32) 2102-3738 ou (32) 2102-3755 para se certificar do recebimento. Se constatado equívoco na correção das provas, a taxa paga pelo requerente será reembolsada.
Matrícula e outros módulos
As datas para a pré-matrícula online e para a matrícula presencial ainda serão divulgadas pela Coordenadoria de Assuntos e Registros Acadêmicos (Cdara). Já as notas dos módulos I e II do Pism serão divulgadas no dia 12 de fevereiro, às 15h, com pedidos de recurso no dia 13, das 9h às 16h. O resultado final sai no dia 20 do mesmo mês, também às 15h.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 08/01/2019
Título: UFJF libera consulta às notas do módulo III do Pism 2019
Consulta individual do desempenho pode ser conferida no site da Copese. Recursos podem ser enviados nesta quarta (9).
Por G1 Zona da Mata
08/01/2019 17h34 Atualizado há 2 semanas
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) liberou na tarde desta terça-feira (8) as notas individuais do módulo III do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism).
O desempenho de cada aluno pode ser conferido no site da Coordenação Geral de Processos Seletivos (Copese).
O resultado final do Pism, após os recursos, será publicado no dia 15. Os estudantes que quiserem recorrer devem solicitar o formulário na quarta-feira (9), das 9h às 16h, pelo e-mail vestibular@ufjf.edu.br ou presencialmente pela Central de Atendimento. Os recurso precisam ser de, no máximo, dois conteúdos e há uma taxa de R$ 24 por conteúdo.
As datas para a pré-matrícula online e para a matrícula presencial ainda serão divulgadas pela Coordenadoria de Assuntos e Registros Acadêmicos (Cdara).
Já a divulgação das notas dos módulos I e II do Pism serão divulgadas no dia 12 de fevereiro, com pedidos de recurso no dia 13 e o resultado final sai no dia 20 do mesmo mês.
Para outras informações e orientações, os alunos podem entrar em contato com a Copese, pelos telefones (32) 2102-3755 e (32) 2102-3723.
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Veículo: Bol
Editoria: Notícias
Data: 08/01/2019
Título: Mulheres sobrecarregadas e homens desempregados: famílias brasileiras chegam a 2019 ainda em crise
Ingrid Fagundez
Da BBC News Brasil em São Paulo
8 janeiro 2019
Depois que Alexandre perdeu o emprego, Alessandra passou a sustentar a casa
De pé no meio da cozinha, Alessandra aperta os olhos para enxergar as letras pequenas. Ela segura o papel com as duas mãos e treme um pouco.
“Insônia, cefaleia, ideias suicidas…Nossa, você toma algo para ansiedade e pode ter ideias suicidas!”, ri, meio sem jeito.
Caixas com tarjas vermelhas e pretas estão enfileiradas sobre o micro-ondas. É dentro de uma delas que Alessandra guarda a bula.
“Mas você sabe, esse é o melhor ansiolítico que existe!”
Apesar dos efeitos colaterais, são os remédios que ajudam Alessandra, 45, a dormir, acordar e respirar durante crises de asma, bronquite e síndrome do pânico. Essas doenças apareceram há alguns anos, quando sua vida começou a mudar.
Em 2014, o marido de Alessandra deixou um emprego como gerente de logística e não conseguiu arrumar outro. Desde então, é o salário dela como agente de viagens que sustenta a casa, onde também mora uma de suas filhas, de 18 anos e desempregada. Responsável pelas contas, sem carteira assinada, dinheiro no banco ou gastos que ainda possa cortar, Alessandra está cansada e doente. E é assim que ela e sua família chegam a 2019.
O amor na crise: com mulher responsável pelas contas, marido assume tarefas domésticas.
A recente recessão vivida pelo Brasil foi a maior desde os anos 1980, quando o Comitê de Datação de Ciclos Econômicos, da Fundação Getulio Vargas (FGV), começou a medir as crises brasileiras. Em 11 trimestres, entre 2014 e 2016, o PIB do país acumulou uma queda de 8,6%. Nesse período, o desemprego chegou a atingir 14,2 milhões de pessoas e a renda per capita caiu 9,4%, o segundo pior resultado do século. Durante uma das crises mais longas de nossa história, muitas famílias passaram por transformações semelhantes às experimentadas por Alessandra.
Uma delas merece destaque, por influenciar com força as dinâmicas familiares: o protagonismo das esposas, grupo que não tinha salário ou cujo salário era secundário no sustento da casa. Na maioria dos casos, elas são as esposas ou companheiras, enquanto os maridos se identificam como “chefes de família”.
‘Tem semana em que a gente não tem grana’, diz Alessandra sobre mudanças na vida da família após a crise
Um levantamento feito para a BBC News Brasil pelo professor Marcelo Neri, diretor do centro de políticas sociais da FGV, com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), indica que as cônjuges se saíram melhor do que os chefes de família durante a recessão. Elas tiveram aumentos expressivos de renda, horas trabalhadas e participação no mercado de trabalho. Nesta reportagem, o termo será usado no feminino já que 72,5% dos que ocupam esse papel são mulheres, de acordo com a Pnad de 2017. É importante ressaltar que muitas brasileiras também são chefes – 29,28% das brasileiras exercem essa função em casa.
Os dados da Pnad mostram que, entre o segundo trimestre de 2015 e o segundo trimestre 2018, a renda das mulheres do casal cresceu 17,9% enquanto que a dos principais responsáveis pelo domicílio (cuja maioria é de homens) caiu 10,3%. O crescimento da renda do grupo das mulheres cônjuges também ultrapassou o dos jovens, os que mais sofreram com o desemprego – nesse período, a renda dos que se identificavam como filhos encolheu 9,6%.
O bom desempenho, no entanto, não é motivo de comemoração: em sua maioria, os rendimentos das mulheres não melhoraram a situação da família, mas apenas impediram que seus membros ficassem ainda mais pobres.
“A trabalhadora adicional entra no mercado para amortecer a queda de renda da família, como um colchão”, diz Neri.
“Ou seja: há um ganho individual, mas uma perda familiar.”
Na cozinha, enquanto se prepara para sair, Alessandra coloca potes de plástico com seu almoço e lanche da tarde dentro de uma bolsa de tecido.
Depois de empilhá-los, equilibra uma banana sobre eles.
“Está na hora. Vamos?”
O relógio marca 6h15.
O retrocesso
Todos os dias, Alexandre leva Alessandra até o trabalho, no centro de São Paulo
As paredes brancas da casa estão descascadas, sem pintura há algum tempo. O varal no quintal está quebrado. Ao tirar o carro da garagem, Alexandre diz que vai tentar consertá-lo mais tarde.
Alessandra senta no banco do passageiro para o trajeto de uma hora até o trabalho, no centro de São Paulo. Ela fala sobre o que mudou nos últimos anos.
“Tem semana em que a gente não tem grana. Não tem. Se eu te falar que tem dez reais na carteira é mentira”, ela diz, olhando pela janela.
“A gente nunca foi extremamente consumista…Mas começamos a ir ao shopping já almoçados, para não gastar, e a pesquisar muito só para comprar um par de tênis. Vendemos carro, cortamos telefone fixo, TV…É apertado.”
O desemprego e a perda do poder de compra que ele traz geram sofrimento, diz a professora da Unicamp e presidente da Associação Brasileira de Estudos do Trabalho Angela Araújo. Isso porque, ao longo do tempo, tais condições obrigam as famílias a repensarem até as pequenas escolhas: optar por roupas mais baratas e às vezes diminuir a quantidade de comida.
“A classe média e média baixa sofreram muito com a crise. As famílias não conseguiram manter o padrão de vida, que se tornou descendente. E a tendência ainda é essa: de queda.”
Alexandre, 49, trabalhava em distribuidoras de alimento há 20 anos quando, em 2014, depois de desentendimentos com colegas, pediu demissão. Ele tinha experiência, dinheiro guardado e, antes de procurar uma vaga, decidiu tirar alguns meses de descanso. Ao começar a enviar currículos, notou algo diferente. Os amigos também estavam desempregados, sua antiga empresa havia fechado e nas entrevistas, em vez dos dez candidatos habituais, 40 disputavam os cargos mais altos.
“Foi quando eu percebi que o mercado estava sumindo”, ele diz, dando de ombros.
“É muito estressante você não ter grana para fazer o que fazia”, Alessandra interrompe.
“A gente saia todo final de semana, né, Alê?”, ela vira para o marido enquanto o trânsito para na avenida. “A gente dava uma volta no sábado ou no domingo, ia comer fora. Agora deixamos de ter lazer…”
Na agência de viagens, onde ganha pouco mais de R$ 4 mil por mês, Alessandra manteve sua função. Seu salário, que então ajudava a pagar as contas, tornou-se o único da casa.
Contratam-se mulheres
Em períodos de crise, os empregadores preferem contratar ou manter mulheres em suas empresas, dizem professores entrevistados pela BBC News Brasil. Apesar de a taxa de desemprego ser tradicionalmente maior entre elas, durante recessões os empresários são guiados pela necessidade: mulheres têm salários menores do que homens e, em geral, aceitam condições de trabalho menos garantidas.
Em 2017, de acordo com a Pnad, os homens ganhavam, em média, 29,7% a mais do que as mulheres.
“Elas têm uma formação melhor, mais escolaridade, mas salários menores. Ganhar menos ou aceitar emprego em condições piores, sem carteira, é uma característica do emprego feminino que atrai as empresas. As empresas querem reduzir custos, se livrar das leis trabalhistas. É uma questão de sobrevivência”, diz a professora do Departamento de Economia da PUC Anita Kon.
As mudanças estruturais no mercado brasileiro foram fundamentais para permitir que mulheres como Alessandra se tornassem provedoras durante a crise, acrescenta a professora Angela Araújo.
Uma dessas transformações foi o crescimento, na última década, do setor de serviços de educação e saúde, onde elas são maioria. Desde o começo dos anos 2010, esse tipo de ocupação ultrapassou os serviços domésticos como a função que mais emprega brasileiras.
Por trás da expansão dos serviços, explicam os entrevistados, está a multiplicação de sistemas privados de educação e saúde – faculdades e clínicas particulares -, muitos deles contratantes de empresas terceirizadas. Por causa disso, os professores alertam que boa parte dessas vagas oferece condições precárias de trabalho.
Para a economista e professora da UFRJ Lena Lavinas, a flexibilização, impulsionada pela reforma trabalhista, também pode ter ajudado a entrada ou permanência das mulheres em seus cargos. Com a possibilidade de negociação direta entre patrão e funcionário e de contratos de trabalho intermitente com salários mais baixos, por exemplo, a resistência à contratação de mulheres – por receio de que engravidem ou faltem para se dedicar aos filhos – é menor.
Alessandra recebe como Pessoa Jurídica desde 2016. Ela pediu para ser mandada embora porque não conseguia mais pagar o colégio da filha caçula e queria ganhar sua rescisão para quitar as mensalidades. Sua chefe sugeriu que ficasse, mas deixasse de ter a carteira assinada. Hoje Alessandra recebe o salário sem descontos e passou a trabalhar mais – ligações e mensagens fora do horário comercial são comuns.
Se setores marcados pela presença feminina cresceram na última década, o mesmo não se pode dizer dos “masculinos”. A construção civil foi a campeã em demissões em 2017. Foram 104 mil vagas fechadas, como mostram dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). A indústria de transformação demitiu 20 mil pessoas.
Alexandre diz que já em 2014 percebia que seu setor não ia bem.
“Às vezes estourava em vendas e daqui a pouco não vendia nada. Antes de sair, vi que as empresas diziam que não dava para pagar a distribuição.”
Enquanto Alexandre dirige, Alessandra conta sobre quando deixou o emprego para acompanhar o marido em uma transferência. Então, seu salário era apenas um complemento.
“Uma vez fiquei fora do mercado por três meses e só depois comecei a procurar emprego. Quando a gente foi para o interior, fiquei parada mais de um ano”, ela diz.
“Falei pra ela ‘se quiser, trabalha, se não quiser, fica em casa’. Quando ela ficou desempregada, era diferente. Não era tão ruim…”, Alexandre continua a explicação, olhando pelo retrovisor.
As trajetórias profissionais das mulheres costumam ter um movimento de entrada e saída do mercado para se adaptar ao itinerário da família, explica a professora do Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Juiz de Fora Ana Claudia Moreira Cardoso. E seria por isso que muitas não conseguem subir na hierarquia profissional e permanecem auxiliares no sustento da casa.
“Essas entradas e saídas também são uma maneira de manter a desigualdade, porque você não está dando as mesmas chances para os dois sexos. Elas perdem a oportunidade de construir uma carreira”, diz Cardoso, que estudou a vivência dos trabalhadores e os processos de negociação coletiva em seu doutorado.
Além dela, outros professores entrevistados pela BBC News Brasil defendem que, apesar de consistente e representativa de uma luta por autonomia, a entrada das mulheres na força de trabalho aconteceu pela porta lateral.
Nos últimos anos, sobrecarregada de trabalho, Alessandra desenvolveu várias doenças
Seus salários sempre foram inferiores aos dos homens e encarados como uma “ajuda”; elas eram e são maioria nos empregos de tempo parcial, para dar conta das tarefas domésticas; e as funções que ocupavam ainda se parecem muito com as ditas “atividades femininas”: o cuidado, em diferentes acepções.
“O maior espaço que encontram são as funções parecidas com as que já faziam no domicílio, que é o cuidado do outro: saúde, educação, serviços domésticos. Entende-se que mulheres são boas para cuidar”, diz Cardoso.
No entanto, mesmo com todas essas dificuldades, trabalhar tornou-se parte da identidade feminina, pondera a socióloga e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro Bila Sorj. Segundo ela, é improvável que mulheres que agora veem seus rendimentos tornarem-se tão importantes para a sobrevivência da família voltem a ficar em casa.
“Isso não regride porque elas realmente se percebem como trabalhadoras, como tendo uma participação no mundo público. A mulher considera que participar do mercado é um valor.”
Todas essas transformações mexem com as definições tradicionais de “chefes de família” e “cônjuges”.
“Ela é a única que põe um dinheiro em casa. Eu só ponho uns trocados”, Alexandre comenta, enquanto o carro se aproxima do centro de São Paulo.
“Ela virou a chefe da família”, ele diz, ao estacionar em frente a um dos prédios cinzas da rua da Consolação. Alessandra abre a porta, bolsa e sacola em mãos, seguida pelo marido. Na calçada, fumam um último cigarro.
Ela vai passar as próximas oito horas no escritório; ele será motorista para um aplicativo de táxi. É assim que tira seus “trocados”.
O motorista
Alexandre demorou a aceitar que ser motorista era sua única opção. Foram dois anos de currículos recusados até ser convencido a tentar.
“No começo eu não queria”, ele diz ao voltar para o carro. “Eu tinha um cargo de chefia e você ainda está em cima do pedestal: não tem mais dinheiro, mas se acha conde, duque…”
O telefone toca. Ele tem um novo passageiro.
De acordo com os professores entrevistados, a crise econômica e os altos níveis de desemprego que os brasileiros experimentam há anos são, claro, determinantes para o desânimo observado hoje. Mas eles ressaltam que há algo a mais nesse cenário: uma mudança profunda das vagas oferecidas, cada vez mais flexíveis e frágeis.
À recessão, dizem, soma-se o contexto da reforma trabalhista, texto aprovado em 2017 que regulamentou contrários temporários e intermitentes e permitiu a negociação direta entre empregadores e empregados. Para esses especialistas, o Brasil seguiu uma tendência mundial de fragilizar as contratações, tornando-as mais esporádicas e sem garantias.
O professor de sociologia do trabalho da Unicamp Ricardo Antunes afirma que essas transformações fazem parte do que é chamado de quarta revolução industrial ou indústria 4.0. Nela, estaria incluída a substituição, como motor da economia, da indústria – um setor de relações trabalhistas bem estruturadas – pelos serviços, onde essas trocas são mais flexíveis.
“A precarização é ainda mais intensa aqui porque a sociedade brasileira já nasceu sob a égide do trabalho escravo – só que hoje ele é de outro tipo. O empresário acha que só por dar trabalho é um benfeitor.”
Enquanto segue em busca de outros passageiros, Alexandre conta que hoje, em entrevistas de emprego, as condições oferecidas são diferentes das que estava acostumado: são muitas exigências para um salário menor.
“O que eles querem? Que você seja PJ (pessoa jurídica) e receba R$ 3 mil para montar toda uma operação de logística”, ele diz, enquanto o aplicativo apita.
“Chega num ponto em que você fala ‘beleza, eu vou’. Mas sei que esse tipo de coisa não dá certo…”
Como Alessandra passou a trabalhar muito, Alexandre assumiu as tarefas domésticas
Empregos digitais
Diretamente implicadas nessa nova fase estão as plataformas digitais, acrescenta a professora Ana Claudia Moreira Cardoso. Os aplicativos de táxi usados por Alexandre, por exemplo, seriam um símbolo do tipo de relação trabalhista para o qual o Brasil estaria caminhando: virtuais e efêmeras.
“Muitas dessas empresas de plataforma digital tentam se vender como sinônimo de autonomia e liberdade, dizendo que o trabalhador vai ser independente. As pessoas compram isso mas, quando entram, percebem que é uma falácia porque, se querem ter rendimento, precisam trabalhar pra caramba. A liberdade cai por terra.”
“Hoje diminuiu até o ganho do motorista de aplicativo porque todo dia aumenta cem carros na rua”, Alexandre diz, dando de ombros.
Tudo o que ele ganha vai para compras básicas no supermercado.
“Para o cara fazer um bom dinheiro precisa trabalhar doze, catorze horas por dia”, diz.
Uma crise longa combinada a novas formas de encarar o trabalho seria a receita ideal para despertar um sentimento nos brasileiros: o medo.
Em junho do ano passado, o Índice de Medo de Desemprego da Confederação Nacional da Indústria (CNI) atingiu um dos piores resultados da série histórica, com 67,9 pontos. Calculado desde 1996, o indicador melhorou um pouco em setembro (65,7), mas ainda assim está muito acima da média histórica, de 49,7 pontos.
Dirigindo seu carro em direção à zona leste, onde prefere continuar o dia como motorista, Alexandre fala que aprendeu com a experiência do aplicativo. Ouvir os desabafos das pessoas lhe deu perspectiva sobre sua própria vida.
“Você vira meio que um psicólogo”, ele pondera, avançando sob os viadutos da Radial Leste.
“É uma terapia e tanto. Você percebe que não é o único que está ruim. Numa semana peguei uma gerente de RH que iria mandar dois mil funcionários embora.”
Ele entra em uma rua lateral e aponta para a direita.
“Olha isso, há uns meses não tinha morador de rua aqui. É como eu disse, sempre pode ser pior…”
Numa praça, folhas de papelão e barracas cobrem os canteiros. Um grupo de homens está sentado em roda, passando uma garrafa de vidro de mão em mão.
A sobrecarga
Quando Alexandre e Alessandra se reencontram, às 18h, dão um beijo rápido e fumam mais um cigarro em frente ao escritório, na República. Ainda é dia por efeito do horário de verão e uma luz amarela cai sobre os prédios do centro de São Paulo.
“Não gosto desse horário”, Alessandra diz, já dentro do carro. “Parece que estou fazendo algo errado, que não trabalhei.”
“Que besteira”, Alexandre ri. “Como foi lá?”
“Tudo bem. Hoje estou bem”, Alessandra responde, olhando pela janela enquanto eles avançam pelas ruas da Sé, cheias de homens e mulheres apressados.
“Aproveitamos esse momento para fazer piada”, Alexandre diz à reportagem, batucando com as mãos no volante.
“Senão, ninguém aguenta.”
Ele pede que Alessandra abra um vídeo no WhatsApp. Ela segura o celular e estende o braço em direção ao para-brisa, para que o marido consiga assistir. Com sotaque caipira, um YouTuber anuncia as “cinco dicas para você que é pobre”.
Com os olhos na tela, Alessandra ri, o rosto relaxado. Mas não é sempre assim.
Alexandre busca a mulher toda semana porque ela já teve crises de pânico e desmaiou no ônibus ao voltar do trabalho. Ela também chegou a passar mal dentro do carro.
Alessandra tira uma bombinha de asma da bolsa e aperta o tubo de plástico duas vezes, com o bocal entre os lábios.
“Ela tem uma farmácia aqui. Já virei sócio das farmácias do bairro”, Alexandre brinca.
“Não é só a pressão do trabalho, é toda a situação. Ela estava trampando que nem doida para colocar comida na mesa, fazia isso e aquilo, limpava e ainda tentava agradar”, diz, sacodindo a cabeça.
‘Todo homem é machista’, diz Alexandre, sobre dificuldade de assumir tarefas domésticas
Além do trabalho fora de casa, mulheres sempre dedicaram mais tempo às tarefas domésticas do que os homens. Com muitas delas tornando-se as principais responsáveis pela renda no Brasil, a tendência à sobrecarga é inegável, dizem os entrevistados pela BBC.
Dados da Pnad Contínua de 2017 mostram que as mulheres dedicam, em média, 20,9 horas semanais a afazeres domésticos e no cuidado de parentes ou moradores, enquanto os homens gastam metade desse tempo: 10,8 horas.
“O que acontece e acontecerá ainda é uma sobrecarga, enquanto os homens não se convencerem de que é preciso dividir”, diz a professora Hildete Melo, da Universidade Federal Fluminense, que há décadas estuda mercado de trabalho e relações de gênero. “E agora, nesse cenário, a mulher trabalha ainda mais.”
Todas essas cobranças levam a um adoecimento que não é só físico, mas mental. A professora Ana Cardoso explica que transtornos como depressão, ansiedade e síndrome do pânico são mais comuns nos serviços, setor bastante feminino, enquanto que em postos identificados como masculinos, em fábricas ou construtoras, os danos físicos são mais frequentes.
“Se a gente pensar que estamos em uma sociedade na qual ainda não se reconhece o adoecimento mental como verdadeiro, nem pelo público, nem pelo Estado, até a doença delas têm menos valor.”
Há, no entanto, quem veja a crise como oportunidade de reverter padrões de comportamento.
“É mais frequente hoje você ter maridos que realizem tarefas ditas femininas porque estão desempregados: lavar roupa, cozinhar. Isso vem de um movimento duplo, que inclui a luta feminina e feminista, mas também o papel secundário que os homens começaram a ter em razão do desemprego”, diz o professor Ricardo Antunes, da Unicamp.
Foi isso que aconteceu com Alessandra e Alexandre. Às quartas, ele faz faxina.
“O Alê deu um salto nesse negócio de machismo, de orgulho”, Alessandra conta no meio do trajeto de volta, quando a noite já caiu.
“Ele aspira, passa pano, tira pó. Antes ele trabalhava que nem um louco e não tinha tempo, né. E a gente sempre teve quem ajudasse na casa. Essa mudança foi um pulo para nós dois”, ela sorri.
Quando o carro volta à garagem, na Vila Industrial, a rua está vazia, como no começo da manhã. Antes de entrar em casa, eles se apoiam no portão de ferro e fumam mais um cigarro.
Ali ao lado está o Subaru 1991 que Alexandre comprou há quatro anos, quando ainda estava empregado.
“Era meu sonho de consumo”, ele diz, o cigarro queimando entre os dedos.
Seu plano era reformar o carro, o que ele começou por conta própria, mas precisou interromper. Até o licenciamento deixou de pagar.
“Eu não tirava da garagem mesmo”, ele dá de ombros.
Apoiada no Subaru, Alessandra chama o marido.
“Lembra, Alê? Antes a gente costumava ir para o Guarujá no fim de semana só para sujar a bunda de areia e voltar.”
Alexandre sorri.
“Agora não dá mais”, ela diz.
Alessandra pega o saco de pão que vai servir de jantar e entra em casa. São 20h30.
A faxina
A manhã de quarta-feira está clara e silenciosa na Vila Industrial. É o silêncio das casas vazias: adultos no trabalho, crianças na escola, e uma ou outra senhora a cruzar a rua.
Alexandre aparece no portão de chinelos verde e amarelo, camiseta do Corinthians e bermuda surrada.
É dia de faxina.
Em 2016, quando o dinheiro que tinha guardado acabou e não havia emprego à vista, ele ficou preocupado.
Em meio a entrevistas frustradas, a preocupação virou agitação, que se transformou em raiva, desânimo e inércia, até desembocar numa depressão
“Eu apagava tudo quanto era luz, ligava o videogame e ficava lá sentado. Para mim, eu só dava despesa. Quando você perde tudo, sua autoestima vai embora”, ele diz, tomando um café preto em pé na cozinha.
“Em 2017, virei aquela norte-coreano: queria explodir o mundo.”
Alexandre falou em sair de casa, porque se sentia um estorvo para a família. Nesse meio tempo, Alessandra começou a apresentar sinais de síndrome do pânico. Sentia falta de ar, não conseguia ficar em lugares fechados, estava cansada o tempo todo. A cada fim de semana, mostrava-se mais lenta para limpar.
“Fiquei cego”, Alexandre diz, enquanto coloca o copo de café na pia, sobre o resto da louça suja.
“Me via como vítima, só que não percebia que Alessandra estava doente. Até que um dia nós sentamos e conversamos. Aí vi que estava tudo errado”, diz, apertando as mãos.
Ele segue para o quarto para fazer a cama. Agita o lençol de elástico, ajusta-o ao redor do colchão e passa a mão sobre o tecido para que fique liso. Sacode os travesseiros e então estende a colcha sobre tudo.
Estudiosos do tema apontam que a divisão de tarefas é um dos principais empecilhos para que homens e mulheres sejam mais iguais no mercado de trabalho. Em The Gender Revolution: Gender & Society (A Revolução de Gênero: Gênero e Sociedade, em tradução livre), a socióloga americana Paula England observa que as mulheres têm mais incentivos para arranjar empregos e adotar comportamentos antes tidos como masculinos, enquanto os homens são desestimulados – por questões financeiras e culturais – a assumir atividades femininas. Dessa forma, as transformações ocorreriam só de um lado: as mulheres saem para o mercado, mas os homens não dedicam mais tempo à casa.
Como os incentivos não mudam, as diferenças também não diminuem. De acordo com uma análise do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), entre 1995 e 2009, a porcentagem de pessoas que fazem atividades domésticas ficou estável: mulheres sempre em torno de 90% e homens oscilando entre 46% e 50%.
Enquanto encera o chão da sala, Alexandre conta que encarar a faxina foi difícil. E não apenas por que não sabia que panos de chão e toalhas não podem ser lavados juntos. Ele diz que foi complicado, como homem, assumir essas tarefas.
“Todo homem é machista”, ele explica, pingando o lustra móveis no piso de taco. “Me abalava que ela pagava tudo, até o cigarro. Mas o cara precisa entender que não estamos mais na década de 1940.”
Mas o caso de Alessandra e Alexandre é uma exceção?
A maioria dos entrevistados acredita que há, sim, uma melhora na divisão das tarefas, mas eles divergem sobre seu alcance e profundidade. Alguns dizem que as mudanças são pequenas e estão concentradas nas classes altas e nos centros urbanos, onde há mais diálogo sobre esses assuntos.
A expectativa de todos está nos jovens.
“Os homens mais jovens são uma esperança. Começamos a ter exemplos minoritários de maridos que cozinham, lavam louça, tomam conta de criança, isso já é evidente nas classes sociais mais altas. Nas mais baixas, ainda é difícil”, diz a professora emérita da UFRJ Alice Rangel de Paiva Abreu, que tem um longo histórico de pesquisa sobre gênero e trabalho.
Para Abreu, essas alterações tímidas estão ligadas ao debate sobre os direitos da mulher, mais presentes nas conversas do brasileiro.
O mesmo tom é adotado pela professora Ana Cardoso: em suas pesquisas, percebeu que jovens parecem querer construir uma relação mais igualitária com suas companheiras. Ela atribui essa percepção à maior presença das mulheres no mercado. Segundo Cardoso, quando a regra era a mulher ficar em casa e o homem sair para ganhar dinheiro era mais difícil que o marido a encarasse como igual. Mas, à medida que começa a tornar-se independente, ela desperta uma nova visão sobre si mesma e faz com que o homem a veja de forma diferente.
A filha mais velha de Alessandra e Alexandre vive com o namorado no centro de São Paulo. No apartamento que dividem com três gatos, Talita, de 24 anos, conta que seu companheiro não só faz sua parte na limpeza, como gasta mais tempo do que ele nessas atividades.
“No geral, tenho certeza que ele faz mais coisas do que eu. Já perdi as contas das vezes em que cheguei no trabalho e ele tinha limpado tudo sozinho.”
Depois que Alessandra desmaiou no ônibus ao voltar do trabalho, Alexandre passou a buscar a mulher no trabalho
Futuro
Talita é professora de inglês e teve vários ofertas de emprego nos últimos anos. O mesmo não vale para a caçula da família, Ana, de 18 anos. Depois de terminar o colégio particular, cujas últimas mensalidades foram pagas com atraso, Ana não conseguiu passar na faculdade que desejava nem arranjar um emprego. Juntou-se, então, aos “nem-nem”, grupo de jovens que não trabalha nem estuda e já representam 23% do total dos brasileiros entre 15 e 24 anos, segundo pesquisa do Ipea.
Mas agora Ana prepara-se para estudar Economia numa faculdade onde será bolsista.
Cercado pelas cadeiras da mesa de jantar, que espalhou pela sala durante a faxina, Alexandre diz que a filha sempre quis ser economista. “Nunca mudou, você vê só.”
Ele suspira. “Mas já falei que elas precisam sair do país, não tem mais o que fazer aqui.”
As palavras que melhor definem a visão de futuro dos brasileiros, para a professora Ana Cardoso, são “falta de perspectiva”.
Há alguns anos, diz, acreditava-se que um curso superior seria suficiente para conseguir uma boa vaga. Tal crença não apenas caiu por terra, em razão dos altos níveis de desemprego, como a diminuição da renda tirou a possibilidade de estudo das classes mais baixas.
No caso dos chefes de família, Cardoso explica, a perspectiva é negativa porque quando a economia melhorar, sua inserção pode não acontecer via carteira assinada, mas por contrato temporário, e seu salário não deverá ser maior do que o recebido antes.
Duas noites antes, ao chegar do trabalho, Alessandra falava sobre o futuro quando Alexandre decidiu contar uma piada.
“Você sabe por que a esperança é a última que morre?”, ele disse.
“Porque ela é a primeira que vai embora!”
Alessandra deu um tapa no ombro do marido.
“Tiramos coisas boas desse momento, acredito que vai melhorar”, ela sorriu, antes de juntar-se a Alexandre na risada.
— —
Veículo: BBC Brasil
Editoria: Economia
Data: 08/01/2019
Link: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-46642273
Título: Mulheres sobrecarregadas e homens desempregados: famílias brasileiras chegam a 2019 ainda em crise
Ingrid Fagundez
Da BBC News Brasil em São Paulo
8 janeiro 2019
Depois que Alexandre perdeu o emprego, Alessandra passou a sustentar a casa
De pé no meio da cozinha, Alessandra aperta os olhos para enxergar as letras pequenas. Ela segura o papel com as duas mãos e treme um pouco.
“Insônia, cefaleia, ideias suicidas…Nossa, você toma algo para ansiedade e pode ter ideias suicidas!”, ri, meio sem jeito.
Caixas com tarjas vermelhas e pretas estão enfileiradas sobre o micro-ondas. É dentro de uma delas que Alessandra guarda a bula.
“Mas você sabe, esse é o melhor ansiolítico que existe!”
Apesar dos efeitos colaterais, são os remédios que ajudam Alessandra, 45, a dormir, acordar e respirar durante crises de asma, bronquite e síndrome do pânico. Essas doenças apareceram há alguns anos, quando sua vida começou a mudar.
Em 2014, o marido de Alessandra deixou um emprego como gerente de logística e não conseguiu arrumar outro. Desde então, é o salário dela como agente de viagens que sustenta a casa, onde também mora uma de suas filhas, de 18 anos e desempregada. Responsável pelas contas, sem carteira assinada, dinheiro no banco ou gastos que ainda possa cortar, Alessandra está cansada e doente. E é assim que ela e sua família chegam a 2019.
O amor na crise: com mulher responsável pelas contas, marido assume tarefas domésticas
A recente recessão vivida pelo Brasil foi a maior desde os anos 1980, quando o Comitê de Datação de Ciclos Econômicos, da Fundação Getulio Vargas (FGV), começou a medir as crises brasileiras. Em 11 trimestres, entre 2014 e 2016, o PIB do país acumulou uma queda de 8,6%. Nesse período, o desemprego chegou a atingir 14,2 milhões de pessoas e a renda per capita caiu 9,4%, o segundo pior resultado do século. Durante uma das crises mais longas de nossa história, muitas famílias passaram por transformações semelhantes às experimentadas por Alessandra.
Uma delas merece destaque, por influenciar com força as dinâmicas familiares: o protagonismo das esposas, grupo que não tinha salário ou cujo salário era secundário no sustento da casa. Na maioria dos casos, elas são as esposas ou companheiras, enquanto os maridos se identificam como “chefes de família”.
‘Tem semana em que a gente não tem grana’, diz Alessandra sobre mudanças na vida da família após a crise
Um levantamento feito para a BBC News Brasil pelo professor Marcelo Neri, diretor do centro de políticas sociais da FGV, com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), indica que as cônjuges se saíram melhor do que os chefes de família durante a recessão. Elas tiveram aumentos expressivos de renda, horas trabalhadas e participação no mercado de trabalho. Nesta reportagem, o termo será usado no feminino já que 72,5% dos que ocupam esse papel são mulheres, de acordo com a Pnad de 2017. É importante ressaltar que muitas brasileiras também são chefes – 29,28% das brasileiras exercem essa função em casa.
Os dados da Pnad mostram que, entre o segundo trimestre de 2015 e o segundo trimestre 2018, a renda das mulheres do casal cresceu 17,9% enquanto que a dos principais responsáveis pelo domicílio (cuja maioria é de homens) caiu 10,3%. O crescimento da renda do grupo das mulheres cônjuges também ultrapassou o dos jovens, os que mais sofreram com o desemprego – nesse período, a renda dos que se identificavam como filhos encolheu 9,6%.
O bom desempenho, no entanto, não é motivo de comemoração: em sua maioria, os rendimentos das mulheres não melhoraram a situação da família, mas apenas impediram que seus membros ficassem ainda mais pobres.
“A trabalhadora adicional entra no mercado para amortecer a queda de renda da família, como um colchão”, diz Neri.
“Ou seja: há um ganho individual, mas uma perda familiar.”
Na cozinha, enquanto se prepara para sair, Alessandra coloca potes de plástico com seu almoço e lanche da tarde dentro de uma bolsa de tecido. Depois de empilhá-los, equilibra uma banana sobre eles.
“Está na hora. Vamos?”
O relógio marca 6h15.
O retrocesso
Todos os dias, Alexandre leva Alessandra até o trabalho, no centro de São Paulo
As paredes brancas da casa estão descascadas, sem pintura há algum tempo. O varal no quintal está quebrado. Ao tirar o carro da garagem, Alexandre diz que vai tentar consertá-lo mais tarde.
Alessandra senta no banco do passageiro para o trajeto de uma hora até o trabalho, no centro de São Paulo. Ela fala sobre o que mudou nos últimos anos.
“Tem semana em que a gente não tem grana. Não tem. Se eu te falar que tem dez reais na carteira é mentira”, ela diz, olhando pela janela.
“A gente nunca foi extremamente consumista…Mas começamos a ir ao shopping já almoçados, para não gastar, e a pesquisar muito só para comprar um par de tênis. Vendemos carro, cortamos telefone fixo, TV…É apertado.”
O desemprego e a perda do poder de compra que ele traz geram sofrimento, diz a professora da Unicamp e presidente da Associação Brasileira de Estudos do Trabalho Angela Araújo. Isso porque, ao longo do tempo, tais condições obrigam as famílias a repensarem até as pequenas escolhas: optar por roupas mais baratas e às vezes diminuir a quantidade de comida.
“A classe média e média baixa sofreram muito com a crise. As famílias não conseguiram manter o padrão de vida, que se tornou descendente. E a tendência ainda é essa: de queda.”
Alexandre, 49, trabalhava em distribuidoras de alimento há 20 anos quando, em 2014, depois de desentendimentos com colegas, pediu demissão. Ele tinha experiência, dinheiro guardado e, antes de procurar uma vaga, decidiu tirar alguns meses de descanso. Ao começar a enviar currículos, notou algo diferente. Os amigos também estavam desempregados, sua antiga empresa havia fechado e nas entrevistas, em vez dos dez candidatos habituais, 40 disputavam os cargos mais altos.
“Foi quando eu percebi que o mercado estava sumindo”, ele diz, dando de ombros.
“É muito estressante você não ter grana para fazer o que fazia”, Alessandra interrompe.
“A gente saia todo final de semana, né, Alê?”, ela vira para o marido enquanto o trânsito para na avenida. “A gente dava uma volta no sábado ou no domingo, ia comer fora. Agora deixamos de ter lazer…”
Na agência de viagens, onde ganha pouco mais de R$ 4 mil por mês, Alessandra manteve sua função. Seu salário, que então ajudava a pagar as contas, tornou-se o único da casa.
Contratam-se mulheres
Em períodos de crise, os empregadores preferem contratar ou manter mulheres em suas empresas, dizem professores entrevistados pela BBC News Brasil. Apesar de a taxa de desemprego ser tradicionalmente maior entre elas, durante recessões os empresários são guiados pela necessidade: mulheres têm salários menores do que homens e, em geral, aceitam condições de trabalho menos garantidas.
Em 2017, de acordo com a Pnad, os homens ganhavam, em média, 29,7% a mais do que as mulheres.
“Elas têm uma formação melhor, mais escolaridade, mas salários menores. Ganhar menos ou aceitar emprego em condições piores, sem carteira, é uma característica do emprego feminino que atrai as empresas. As empresas querem reduzir custos, se livrar das leis trabalhistas. É uma questão de sobrevivência”, diz a professora do Departamento de Economia da PUC Anita Kon.
As mudanças estruturais no mercado brasileiro foram fundamentais para permitir que mulheres como Alessandra se tornassem provedoras durante a crise, acrescenta a professora Angela Araújo.
Uma dessas transformações foi o crescimento, na última década, do setor de serviços de educação e saúde, onde elas são maioria. Desde o começo dos anos 2010, esse tipo de ocupação ultrapassou os serviços domésticos como a função que mais emprega brasileiras.
Por trás da expansão dos serviços, explicam os entrevistados, está a multiplicação de sistemas privados de educação e saúde – faculdades e clínicas particulares -, muitos deles contratantes de empresas terceirizadas. Por causa disso, os professores alertam que boa parte dessas vagas oferece condições precárias de trabalho.
Para a economista e professora da UFRJ Lena Lavinas, a flexibilização, impulsionada pela reforma trabalhista, também pode ter ajudado a entrada ou permanência das mulheres em seus cargos. Com a possibilidade de negociação direta entre patrão e funcionário e de contratos de trabalho intermitente com salários mais baixos, por exemplo, a resistência à contratação de mulheres – por receio de que engravidem ou faltem para se dedicar aos filhos – é menor.
Alessandra recebe como Pessoa Jurídica desde 2016. Ela pediu para ser mandada embora porque não conseguia mais pagar o colégio da filha caçula e queria ganhar sua rescisão para quitar as mensalidades. Sua chefe sugeriu que ficasse, mas deixasse de ter a carteira assinada. Hoje Alessandra recebe o salário sem descontos e passou a trabalhar mais – ligações e mensagens fora do horário comercial são comuns.
Se setores marcados pela presença feminina cresceram na última década, o mesmo não se pode dizer dos “masculinos”. A construção civil foi a campeã em demissões em 2017. Foram 104 mil vagas fechadas, como mostram dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). A indústria de transformação demitiu 20 mil pessoas.
Alexandre diz que já em 2014 percebia que seu setor não ia bem.
“Às vezes estourava em vendas e daqui a pouco não vendia nada. Antes de sair, vi que as empresas diziam que não dava para pagar a distribuição.”
Enquanto Alexandre dirige, Alessandra conta sobre quando deixou o emprego para acompanhar o marido em uma transferência. Então, seu salário era apenas um complemento.
“Uma vez fiquei fora do mercado por três meses e só depois comecei a procurar emprego. Quando a gente foi para o interior, fiquei parada mais de um ano”, ela diz.
“Falei pra ela ‘se quiser, trabalha, se não quiser, fica em casa’. Quando ela ficou desempregada, era diferente. Não era tão ruim…”, Alexandre continua a explicação, olhando pelo retrovisor.
As trajetórias profissionais das mulheres costumam ter um movimento de entrada e saída do mercado para se adaptar ao itinerário da família, explica a professora do Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Juiz de Fora Ana Claudia Moreira Cardoso. E seria por isso que muitas não conseguem subir na hierarquia profissional e permanecem auxiliares no sustento da casa.
“Essas entradas e saídas também são uma maneira de manter a desigualdade, porque você não está dando as mesmas chances para os dois sexos. Elas perdem a oportunidade de construir uma carreira”, diz Cardoso, que estudou a vivência dos trabalhadores e os processos de negociação coletiva em seu doutorado.
Além dela, outros professores entrevistados pela BBC News Brasil defendem que, apesar de consistente e representativa de uma luta por autonomia, a entrada das mulheres na força de trabalho aconteceu pela porta lateral.
Nos últimos anos, sobrecarregada de trabalho, Alessandra desenvolveu várias doenças
Seus salários sempre foram inferiores aos dos homens e encarados como uma “ajuda”; elas eram e são maioria nos empregos de tempo parcial, para dar conta das tarefas domésticas; e as funções que ocupavam ainda se parecem muito com as ditas “atividades femininas”: o cuidado, em diferentes acepções.
“O maior espaço que encontram são as funções parecidas com as que já faziam no domicílio, que é o cuidado do outro: saúde, educação, serviços domésticos. Entende-se que mulheres são boas para cuidar”, diz Cardoso.
No entanto, mesmo com todas essas dificuldades, trabalhar tornou-se parte da identidade feminina, pondera a socióloga e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro Bila Sorj. Segundo ela, é improvável que mulheres que agora veem seus rendimentos tornarem-se tão importantes para a sobrevivência da família voltem a ficar em casa.
“Isso não regride porque elas realmente se percebem como trabalhadoras, como tendo uma participação no mundo público. A mulher considera que participar do mercado é um valor.”
Todas essas transformações mexem com as definições tradicionais de “chefes de família” e “cônjuges”.
“Ela é a única que põe um dinheiro em casa. Eu só ponho uns trocados”, Alexandre comenta, enquanto o carro se aproxima do centro de São Paulo.
“Ela virou a chefe da família”, ele diz, ao estacionar em frente a um dos prédios cinzas da rua da Consolação. Alessandra abre a porta, bolsa e sacola em mãos, seguida pelo marido. Na calçada, fumam um último cigarro.
Ela vai passar as próximas oito horas no escritório; ele será motorista para um aplicativo de táxi. É assim que tira seus “trocados”.
O motorista
Alexandre demorou a aceitar que ser motorista era sua única opção. Foram dois anos de currículos recusados até ser convencido a tentar.
“No começo eu não queria”, ele diz ao voltar para o carro. “Eu tinha um cargo de chefia e você ainda está em cima do pedestal: não tem mais dinheiro, mas se acha conde, duque…”
O telefone toca. Ele tem um novo passageiro.
De acordo com os professores entrevistados, a crise econômica e os altos níveis de desemprego que os brasileiros experimentam há anos são, claro, determinantes para o desânimo observado hoje. Mas eles ressaltam que há algo a mais nesse cenário: uma mudança profunda das vagas oferecidas, cada vez mais flexíveis e frágeis.
À recessão, dizem, soma-se o contexto da reforma trabalhista, texto aprovado em 2017 que regulamentou contrários temporários e intermitentes e permitiu a negociação direta entre empregadores e empregados. Para esses especialistas, o Brasil seguiu uma tendência mundial de fragilizar as contratações, tornando-as mais esporádicas e sem garantias.
O professor de sociologia do trabalho da Unicamp Ricardo Antunes afirma que essas transformações fazem parte do que é chamado de quarta revolução industrial ou indústria 4.0. Nela, estaria incluída a substituição, como motor da economia, da indústria – um setor de relações trabalhistas bem estruturadas – pelos serviços, onde essas trocas são mais flexíveis.
“A precarização é ainda mais intensa aqui porque a sociedade brasileira já nasceu sob a égide do trabalho escravo – só que hoje ele é de outro tipo. O empresário acha que só por dar trabalho é um benfeitor.”
Enquanto segue em busca de outros passageiros, Alexandre conta que hoje, em entrevistas de emprego, as condições oferecidas são diferentes das que estava acostumado: são muitas exigências para um salário menor.
“O que eles querem? Que você seja PJ (pessoa jurídica) e receba R$ 3 mil para montar toda uma operação de logística”, ele diz, enquanto o aplicativo apita.
“Chega num ponto em que você fala ‘beleza, eu vou’. Mas sei que esse tipo de coisa não dá certo…”
Como Alessandra passou a trabalhar muito, Alexandre assumiu as tarefas domésticas
Empregos digitais
Diretamente implicadas nessa nova fase estão as plataformas digitais, acrescenta a professora Ana Claudia Moreira Cardoso. Os aplicativos de táxi usados por Alexandre, por exemplo, seriam um símbolo do tipo de relação trabalhista para o qual o Brasil estaria caminhando: virtuais e efêmeras.
“Muitas dessas empresas de plataforma digital tentam se vender como sinônimo de autonomia e liberdade, dizendo que o trabalhador vai ser independente. As pessoas compram isso mas, quando entram, percebem que é uma falácia porque, se querem ter rendimento, precisam trabalhar pra caramba. A liberdade cai por terra.”
“Hoje diminuiu até o ganho do motorista de aplicativo porque todo dia aumenta cem carros na rua”, Alexandre diz, dando de ombros.
Tudo o que ele ganha vai para compras básicas no supermercado.
“Para o cara fazer um bom dinheiro precisa trabalhar doze, catorze horas por dia”, diz.
Uma crise longa combinada a novas formas de encarar o trabalho seria a receita ideal para despertar um sentimento nos brasileiros: o medo.
Em junho do ano passado, o Índice de Medo de Desemprego da Confederação Nacional da Indústria (CNI) atingiu um dos piores resultados da série histórica, com 67,9 pontos. Calculado desde 1996, o indicador melhorou um pouco em setembro (65,7), mas ainda assim está muito acima da média histórica, de 49,7 pontos.
Dirigindo seu carro em direção à zona leste, onde prefere continuar o dia como motorista, Alexandre fala que aprendeu com a experiência do aplicativo. Ouvir os desabafos das pessoas lhe deu perspectiva sobre sua própria vida.
“Você vira meio que um psicólogo”, ele pondera, avançando sob os viadutos da Radial Leste.
“É uma terapia e tanto. Você percebe que não é o único que está ruim. Numa semana peguei uma gerente de RH que iria mandar dois mil funcionários embora.”
Ele entra em uma rua lateral e aponta para a direita.
“Olha isso, há uns meses não tinha morador de rua aqui. É como eu disse, sempre pode ser pior…”
Numa praça, folhas de papelão e barracas cobrem os canteiros. Um grupo de homens está sentado em roda, passando uma garrafa de vidro de mão em mão.
A sobrecarga
Quando Alexandre e Alessandra se reencontram, às 18h, dão um beijo rápido e fumam mais um cigarro em frente ao escritório, na República. Ainda é dia por efeito do horário de verão e uma luz amarela cai sobre os prédios do centro de São Paulo.
“Não gosto desse horário”, Alessandra diz, já dentro do carro. “Parece que estou fazendo algo errado, que não trabalhei.”
“Que besteira”, Alexandre ri. “Como foi lá?”
“Tudo bem. Hoje estou bem”, Alessandra responde, olhando pela janela enquanto eles avançam pelas ruas da Sé, cheias de homens e mulheres apressados.
“Aproveitamos esse momento para fazer piada”, Alexandre diz à reportagem, batucando com as mãos no volante.
“Senão, ninguém aguenta.”
Ele pede que Alessandra abra um vídeo no WhatsApp. Ela segura o celular e estende o braço em direção ao para-brisa, para que o marido consiga assistir. Com sotaque caipira, um YouTuber anuncia as “cinco dicas para você que é pobre”.
Com os olhos na tela, Alessandra ri, o rosto relaxado. Mas não é sempre assim.
Alexandre busca a mulher toda semana porque ela já teve crises de pânico e desmaiou no ônibus ao voltar do trabalho. Ela também chegou a passar mal dentro do carro.
Alessandra tira uma bombinha de asma da bolsa e aperta o tubo de plástico duas vezes, com o bocal entre os lábios.
“Ela tem uma farmácia aqui. Já virei sócio das farmácias do bairro”, Alexandre brinca.
“Não é só a pressão do trabalho, é toda a situação. Ela estava trampando que nem doida para colocar comida na mesa, fazia isso e aquilo, limpava e ainda tentava agradar”, diz, sacodindo a cabeça.
‘Todo homem é machista’, diz Alexandre, sobre dificuldade de assumir tarefas domésticas
Além do trabalho fora de casa, mulheres sempre dedicaram mais tempo às tarefas domésticas do que os homens. Com muitas delas tornando-se as principais responsáveis pela renda no Brasil, a tendência à sobrecarga é inegável, dizem os entrevistados pela BBC.
Dados da Pnad Contínua de 2017 mostram que as mulheres dedicam, em média, 20,9 horas semanais a afazeres domésticos e no cuidado de parentes ou moradores, enquanto os homens gastam metade desse tempo: 10,8 horas.
“O que acontece e acontecerá ainda é uma sobrecarga, enquanto os homens não se convencerem de que é preciso dividir”, diz a professora Hildete Melo, da Universidade Federal Fluminense, que há décadas estuda mercado de trabalho e relações de gênero. “E agora, nesse cenário, a mulher trabalha ainda mais.”
Todas essas cobranças levam a um adoecimento que não é só físico, mas mental. A professora Ana Cardoso explica que transtornos como depressão, ansiedade e síndrome do pânico são mais comuns nos serviços, setor bastante feminino, enquanto que em postos identificados como masculinos, em fábricas ou construtoras, os danos físicos são mais frequentes.
“Se a gente pensar que estamos em uma sociedade na qual ainda não se reconhece o adoecimento mental como verdadeiro, nem pelo público, nem pelo Estado, até a doença delas têm menos valor.”
Há, no entanto, quem veja a crise como oportunidade de reverter padrões de comportamento.
“É mais frequente hoje você ter maridos que realizem tarefas ditas femininas porque estão desempregados: lavar roupa, cozinhar. Isso vem de um movimento duplo, que inclui a luta feminina e feminista, mas também o papel secundário que os homens começaram a ter em razão do desemprego”, diz o professor Ricardo Antunes, da Unicamp.
Foi isso que aconteceu com Alessandra e Alexandre. Às quartas, ele faz faxina.
“O Alê deu um salto nesse negócio de machismo, de orgulho”, Alessandra conta no meio do trajeto de volta, quando a noite já caiu.
“Ele aspira, passa pano, tira pó. Antes ele trabalhava que nem um louco e não tinha tempo, né. E a gente sempre teve quem ajudasse na casa. Essa mudança foi um pulo para nós dois”, ela sorri.
Quando o carro volta à garagem, na Vila Industrial, a rua está vazia, como no começo da manhã. Antes de entrar em casa, eles se apoiam no portão de ferro e fumam mais um cigarro.
Ali ao lado está o Subaru 1991 que Alexandre comprou há quatro anos, quando ainda estava empregado.
“Era meu sonho de consumo”, ele diz, o cigarro queimando entre os dedos.
Seu plano era reformar o carro, o que ele começou por conta própria, mas precisou interromper. Até o licenciamento deixou de pagar.
“Eu não tirava da garagem mesmo”, ele dá de ombros.
Apoiada no Subaru, Alessandra chama o marido.
“Lembra, Alê? Antes a gente costumava ir para o Guarujá no fim de semana só para sujar a bunda de areia e voltar.”
Alexandre sorri.
“Agora não dá mais”, ela diz.
Alessandra pega o saco de pão que vai servir de jantar e entra em casa. São 20h30.
A faxina
A manhã de quarta-feira está clara e silenciosa na Vila Industrial. É o silêncio das casas vazias: adultos no trabalho, crianças na escola, e uma ou outra senhora a cruzar a rua.
Alexandre aparece no portão de chinelos verde e amarelo, camiseta do Corinthians e bermuda surrada.
É dia de faxina.
Em 2016, quando o dinheiro que tinha guardado acabou e não havia emprego à vista, ele ficou preocupado.
Em meio a entrevistas frustradas, a preocupação virou agitação, que se transformou em raiva, desânimo e inércia, até desembocar numa depressão
“Eu apagava tudo quanto era luz, ligava o videogame e ficava lá sentado. Para mim, eu só dava despesa. Quando você perde tudo, sua autoestima vai embora”, ele diz, tomando um café preto em pé na cozinha.
“Em 2017, virei aquela norte-coreano: queria explodir o mundo.”
Alexandre falou em sair de casa, porque se sentia um estorvo para a família. Nesse meio tempo, Alessandra começou a apresentar sinais de síndrome do pânico. Sentia falta de ar, não conseguia ficar em lugares fechados, estava cansada o tempo todo. A cada fim de semana, mostrava-se mais lenta para limpar.
“Fiquei cego”, Alexandre diz, enquanto coloca o copo de café na pia, sobre o resto da louça suja.
“Me via como vítima, só que não percebia que Alessandra estava doente. Até que um dia nós sentamos e conversamos. Aí vi que estava tudo errado”, diz, apertando as mãos.
Ele segue para o quarto para fazer a cama. Agita o lençol de elástico, ajusta-o ao redor do colchão e passa a mão sobre o tecido para que fique liso. Sacode os travesseiros e então estende a colcha sobre tudo.
Estudiosos do tema apontam que a divisão de tarefas é um dos principais empecilhos para que homens e mulheres sejam mais iguais no mercado de trabalho. Em The Gender Revolution: Gender & Society (A Revolução de Gênero: Gênero e Sociedade, em tradução livre), a socióloga americana Paula England observa que as mulheres têm mais incentivos para arranjar empregos e adotar comportamentos antes tidos como masculinos, enquanto os homens são desestimulados – por questões financeiras e culturais – a assumir atividades femininas. Dessa forma, as transformações ocorreriam só de um lado: as mulheres saem para o mercado, mas os homens não dedicam mais tempo à casa.
Como os incentivos não mudam, as diferenças também não diminuem. De acordo com uma análise do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), entre 1995 e 2009, a porcentagem de pessoas que fazem atividades domésticas ficou estável: mulheres sempre em torno de 90% e homens oscilando entre 46% e 50%.
Enquanto encera o chão da sala, Alexandre conta que encarar a faxina foi difícil. E não apenas por que não sabia que panos de chão e toalhas não podem ser lavados juntos. Ele diz que foi complicado, como homem, assumir essas tarefas.
“Todo homem é machista”, ele explica, pingando o lustra móveis no piso de taco. “Me abalava que ela pagava tudo, até o cigarro. Mas o cara precisa entender que não estamos mais na década de 1940.”
Mas o caso de Alessandra e Alexandre é uma exceção?
A maioria dos entrevistados acredita que há, sim, uma melhora na divisão das tarefas, mas eles divergem sobre seu alcance e profundidade. Alguns dizem que as mudanças são pequenas e estão concentradas nas classes altas e nos centros urbanos, onde há mais diálogo sobre esses assuntos.
A expectativa de todos está nos jovens.
“Os homens mais jovens são uma esperança. Começamos a ter exemplos minoritários de maridos que cozinham, lavam louça, tomam conta de criança, isso já é evidente nas classes sociais mais altas. Nas mais baixas, ainda é difícil”, diz a professora emérita da UFRJ Alice Rangel de Paiva Abreu, que tem um longo histórico de pesquisa sobre gênero e trabalho.
Para Abreu, essas alterações tímidas estão ligadas ao debate sobre os direitos da mulher, mais presentes nas conversas do brasileiro.
O mesmo tom é adotado pela professora Ana Cardoso: em suas pesquisas, percebeu que jovens parecem querer construir uma relação mais igualitária com suas companheiras. Ela atribui essa percepção à maior presença das mulheres no mercado. Segundo Cardoso, quando a regra era a mulher ficar em casa e o homem sair para ganhar dinheiro era mais difícil que o marido a encarasse como igual. Mas, à medida que começa a tornar-se independente, ela desperta uma nova visão sobre si mesma e faz com que o homem a veja de forma diferente.
A filha mais velha de Alessandra e Alexandre vive com o namorado no centro de São Paulo. No apartamento que dividem com três gatos, Talita, de 24 anos, conta que seu companheiro não só faz sua parte na limpeza, como gasta mais tempo do que ele nessas atividades.
“No geral, tenho certeza que ele faz mais coisas do que eu. Já perdi as contas das vezes em que cheguei no trabalho e ele tinha limpado tudo sozinho.”
Depois que Alessandra desmaiou no ônibus ao voltar do trabalho, Alexandre passou a buscar a mulher no trabalho
Futuro
Talita é professora de inglês e teve vários ofertas de emprego nos últimos anos. O mesmo não vale para a caçula da família, Ana, de 18 anos. Depois de terminar o colégio particular, cujas últimas mensalidades foram pagas com atraso, Ana não conseguiu passar na faculdade que desejava nem arranjar um emprego. Juntou-se, então, aos “nem-nem”, grupo de jovens que não trabalha nem estuda e já representam 23% do total dos brasileiros entre 15 e 24 anos, segundo pesquisa do Ipea.
Mas agora Ana prepara-se para estudar Economia numa faculdade onde será bolsista.
Cercado pelas cadeiras da mesa de jantar, que espalhou pela sala durante a faxina, Alexandre diz que a filha sempre quis ser economista. “Nunca mudou, você vê só.”
Ele suspira. “Mas já falei que elas precisam sair do país, não tem mais o que fazer aqui.”
As palavras que melhor definem a visão de futuro dos brasileiros, para a professora Ana Cardoso, são “falta de perspectiva”.
Há alguns anos, diz, acreditava-se que um curso superior seria suficiente para conseguir uma boa vaga. Tal crença não apenas caiu por terra, em razão dos altos níveis de desemprego, como a diminuição da renda tirou a possibilidade de estudo das classes mais baixas.
No caso dos chefes de família, Cardoso explica, a perspectiva é negativa porque quando a economia melhorar, sua inserção pode não acontecer via carteira assinada, mas por contrato temporário, e seu salário não deverá ser maior do que o recebido antes.
Duas noites antes, ao chegar do trabalho, Alessandra falava sobre o futuro quando Alexandre decidiu contar uma piada.
“Você sabe por que a esperança é a última que morre?”, ele disse.
“Porque ela é a primeira que vai embora!”
Alessandra deu um tapa no ombro do marido.
“Tiramos coisas boas desse momento, acredito que vai melhorar”, ela sorriu, antes de juntar-se a Alexandre na risada.
— —
Veículo: R7
Editoria: Economia
Data: 08/01/2019
Título: Mulheres sobrecarregadas e homens desempregados: famílias brasileiras chegam a 2019 ainda em crise
Durante uma das crises econômicas mais longas do país, muitas mulheres passaram a trabalhar mais para compensar o desemprego do marido e dos filhos; vários maridos sem trabalho, entretanto, resistem a aceitar domésticas
BBC NEWS BRASIL ECONOMIA por BBC NEWS BRASIL 08/01/2019 – 07h10
De pé no meio da cozinha, Alessandra aperta os olhos para enxergar as letras pequenas. Ela segura o papel com as duas mãos e treme um pouco.
“Insônia, cefaleia, ideias suicidas…Nossa, você toma algo para ansiedade e pode ter ideias suicidas!”, ri, meio sem jeito.
Caixas com tarjas vermelhas e pretas estão enfileiradas sobre o micro-ondas. É dentro de uma delas que Alessandra guarda a bula.
“Mas você sabe, esse é o melhor ansiolítico que existe!”
Apesar dos efeitos colaterais, são os remédios que ajudam Alessandra, 45, a dormir, acordar e respirar durante crises de asma, bronquite e síndrome do pânico. Essas doenças apareceram há alguns anos, quando sua vida começou a mudar.
Em 2014, o marido de Alessandra deixou um emprego como gerente de logística e não conseguiu arrumar outro. Desde então, é o salário dela como agente de viagens que sustenta a casa, onde também mora uma de suas filhas, de 18 anos e desempregada. Responsável pelas contas e pela limpeza, sem carteira assinada, dinheiro no banco ou gastos que ainda possa cortar, Alessandra está cansada e doente. E é assim que ela e sua família chegam a 2019.
A recente recessão vivida pelo Brasil foi a maior desde os anos 1980, quando o Comitê de Datação de Ciclos Econômicos, da Fundação Getulio Vargas (FGV), começou a medir as crises brasileiras. Em 11 trimestres, entre 2014 e 2016, o PIB do país acumulou uma queda de 8,6%. Nesse período, o desemprego chegou a atingir 14,2 milhões de pessoas e a renda per capita caiu 9,4%, o segundo pior resultado do século. Durante uma das crises mais longas de nossa história, muitas famílias passaram por transformações semelhantes às experimentadas por Alessandra.
Uma delas merece destaque, por influenciar com força as dinâmicas familiares: o protagonismo das esposas, grupo que não tinha salário ou cujo salário era secundário no sustento da casa. Na maioria dos casos, elas são as esposas ou companheiras, enquanto os maridos se identificam como “chefes de família”.
Um levantamento feito para a BBC News Brasil pelo professor Marcelo Neri, diretor do centro de políticas sociais da FGV, com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), indica que as esposas se saíram melhor do que os chefes de família durante a recessão. Elas tiveram aumentos expressivos de renda, horas trabalhadas e participação no mercado de trabalho. Nesta reportagem, o termo será usado no feminino já que 72,5% dos que ocupam esse papel são mulheres, de acordo com a Pnad de 2017. É importante ressaltar que muitas brasileiras também exercem a função de chefes em suas casas.
Os dados da Pnad mostram que, entre o segundo trimestre de 2015 e o segundo trimestre 2018, a renda das mulheres do casal cresceu 17,9% enquanto que a dos principais responsáveis pelo domicílio (cuja maioria é de homens) caiu 10,3%. O crescimento da renda do grupo das mulheres cônjuges também ultrapassou o dos jovens, os que mais sofreram com o desemprego – nesse período, a renda dos que se identificavam como filhos encolheu 9,6%.
O bom desempenho, no entanto, não é motivo de comemoração: em sua maioria, os rendimentos das mulheres não melhoraram a situação da família, mas apenas impediram que seus membros ficassem ainda mais pobres.
“A trabalhadora adicional entra no mercado para amortecer a queda de renda da família, como um colchão”, diz Neri.
“Ou seja: há um ganho individual, mas uma perda familiar.”
Na cozinha, enquanto se prepara para sair, Alessandra coloca potes de plástico com seu almoço e lanche da tarde dentro de uma bolsa de tecido. Depois de empilhá-los, equilibra uma banana sobre eles.
“Está na hora. Vamos?”
O relógio marca 6h15.
O retrocesso
As paredes brancas da casa estão descascadas, sem pintura há algum tempo. O varal no quintal está quebrado. Ao tirar o carro da garagem, Alexandre diz que vai tentar consertá-lo mais tarde.
Alessandra senta no banco do passageiro para o trajeto de uma hora até o trabalho, no centro de São Paulo. Ela fala sobre o que mudou nos últimos anos.
“Tem semana em que a gente não tem grana. Não tem. Se eu te falar que tem dez reais na carteira é mentira”, ela diz, olhando pela janela.
“A gente nunca foi extremamente consumista…Mas começamos a ir ao shopping já almoçados, para não gastar, e a pesquisar muito só para comprar um par de tênis. Vendemos carro, cortamos telefone fixo, TV…É apertado.”
O desemprego e a perda do poder de compra que ele traz geram sofrimento, diz a professora da Unicamp e presidente da Associação Brasileira de Estudos do Trabalho Angela Araújo. Isso porque, ao longo do tempo, tais condições obrigam as famílias a repensarem até as pequenas escolhas: optar por roupas mais baratas e às vezes diminuir a quantidade de comida.
“A classe média e média baixa sofreram muito com a crise. As famílias não conseguiram manter o padrão de vida, que se tornou descendente. E a tendência ainda é essa: de queda.”
Alexandre, 49, trabalhava em distribuidoras de alimento há 20 anos quando, em 2014, depois de desentendimentos com colegas, pediu demissão. Ele tinha experiência, dinheiro guardado e, antes de procurar uma vaga, decidiu tirar alguns meses de descanso. Ao começar a enviar currículos, notou algo diferente. Os amigos também estavam desempregados, sua antiga empresa havia fechado e nas entrevistas, em vez dos dez candidatos habituais, 40 disputavam os cargos mais altos.
“Foi quando eu percebi que o mercado estava sumindo”, ele diz, dando de ombros.
“É muito estressante você não ter grana para fazer o que fazia”, Alessandra interrompe.
“A gente saia todo final de semana, né, Alê?”, ela vira para o marido enquanto o trânsito para na avenida. “A gente dava uma volta no sábado ou no domingo, ia comer fora. Agora deixamos de ter lazer…”
Na agência de viagens, onde ganha pouco mais de R$ 4 mil por mês, Alessandra manteve sua função. Seu salário, que então ajudava a pagar as contas, tornou-se o único da casa.
Contratam-se mulheres
Em períodos de crise, os empregadores preferem contratar ou manter mulheres em suas empresas, dizem professores entrevistados pela BBC News Brasil. Apesar de a taxa de desemprego ser tradicionalmente maior entre elas, durante recessões os empresários são guiados pela necessidade: mulheres têm salários menores do que homens e, em geral, aceitam condições de trabalho menos garantidas.
Em 2017, de acordo com a Pnad, os homens ganhavam, em média, 29,7% a mais do que as mulheres.
“Elas têm uma formação melhor, mais escolaridade, mas salários menores. Ganhar menos ou aceitar emprego em condições piores, sem carteira, é uma característica do emprego feminino que atrai as empresas. As empresas querem reduzir custos, se livrar das leis trabalhistas. É uma questão de sobrevivência”, diz a professora do Departamento de Economia da PUC Anita Kon.
As mudanças estruturais no mercado brasileiro foram fundamentais para permitir que mulheres como Alessandra se tornassem provedoras durante a crise, acrescenta a professora Angela Araújo.
Uma dessas transformações foi o crescimento, na última década, do setor de serviços de educação e saúde, onde elas são maioria. Desde o começo dos anos 2010, esse tipo de ocupação ultrapassou os serviços domésticos como a função que mais emprega brasileiras.
Por trás da expansão dos serviços, explicam os entrevistados, está a multiplicação de sistemas privados de educação e saúde – faculdades e clínicas particulares -, muitos deles contratantes de empresas terceirizadas. Por causa disso, os professores alertam que boa parte dessas vagas oferece condições precárias de trabalho.
Para a economista e professora da UFRJ Lena Lavinas, a flexibilização, impulsionada pela reforma trabalhista, também pode ter ajudado a entrada ou permanência das mulheres em seus cargos. Com a possibilidade de negociação direta entre patrão e funcionário e de contratos de trabalho intermitente com salários mais baixos, por exemplo, a resistência à contratação de mulheres – por receio de que engravidem ou faltem para se dedicar aos filhos – é menor.
Alessandra recebe como Pessoa Jurídica desde 2016. Ela pediu para ser mandada embora porque não conseguia mais pagar o colégio da filha caçula e queria ganhar sua rescisão para quitar as mensalidades. Sua chefe sugeriu que ficasse, mas deixasse de ter a carteira assinada. Hoje Alessandra recebe o salário sem descontos e passou a trabalhar mais – ligações e mensagens fora do horário comercial são comuns.
Se setores marcados pela presença feminina cresceram na última década, o mesmo não se pode dizer dos “masculinos”. A construção civil foi a campeã em demissões em 2017. Foram 104 mil vagas fechadas, como mostram dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). A indústria de transformação demitiu 20 mil pessoas.
Alexandre diz que já em 2014 percebia que seu setor não ia bem.
“Às vezes estourava em vendas e daqui a pouco não vendia nada. Antes de sair, vi que as empresas diziam que não dava para pagar a distribuição.”
Enquanto Alexandre dirige, Alessandra conta sobre quando deixou o emprego para acompanhar o marido em uma transferência. Então, seu salário era apenas um complemento.
“Uma vez fiquei fora do mercado por três meses e só depois comecei a procurar emprego. Quando a gente foi para o interior, fiquei parada mais de um ano”, ela diz.
“Falei pra ela ‘se quiser, trabalha, se não quiser, fica em casa’. Quando ela ficou desempregada, era diferente. Não era tão ruim…”, Alexandre continua a explicação, olhando pelo retrovisor.
As trajetórias profissionais das mulheres costumam ter um movimento de entrada e saída do mercado para se adaptar ao itinerário da família, explica a professora do Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Juiz de Fora Ana Claudia Moreira Cardoso. E seria por isso que muitas não conseguem subir na hierarquia profissional e permanecem auxiliares no sustento da casa.
“Essas entradas e saídas também são uma maneira de manter a desigualdade, porque você não está dando as mesmas chances para os dois sexos. Elas perdem a oportunidade de construir uma carreira”, diz Cardoso, que estudou a vivência dos trabalhadores e os processos de negociação coletiva em seu doutorado.
Além dela, outros professores entrevistados pela BBC Brasil defendem que, apesar de consistente e representativa de uma luta por autonomia, a entrada das mulheres na força de trabalho aconteceu pela porta lateral.
Seus salários sempre foram inferiores aos dos homens e encarados como uma “ajuda”; elas eram e são maioria nos empregos de tempo parcial, para dar conta das tarefas domésticas; e as funções que ocupavam ainda se parecem muito com as ditas “atividades femininas”: o cuidado, em diferentes acepções.
“O maior espaço que encontram são as funções parecidas com as que já faziam no domicílio, que é o cuidado do outro: saúde, educação, serviços domésticos. Entende-se que mulheres são boas para cuidar”, diz Cardoso.
No entanto, mesmo com todas essas dificuldades, trabalhar tornou-se parte da identidade feminina, pondera a socióloga e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro Bila Sorj. Segundo ela, é improvável que mulheres que agora veem seus rendimentos tornarem-se tão importantes para a sobrevivência da família voltem a ficar em casa.
“Isso não regride porque elas realmente se percebem como trabalhadoras, como tendo uma participação no mundo público. A mulher considera que participar do mercado é um valor.”
Todas essas transformações mexem com as definições tradicionais de “chefes de família” e “cônjuges”.
“Ela é a única que põe um dinheiro em casa. Eu só ponho uns trocados”, Alexandre comenta, enquanto o carro se aproxima do centro de São Paulo.
“Ela virou a chefe da família”, ele diz, ao estacionar em frente a um dos prédios cinzas da rua da Consolação. Alessandra abre a porta, bolsa e sacola em mãos, seguida pelo marido. Na calçada, fumam um último cigarro.
Ela vai passar as próximas oito horas no escritório; ele será motorista para um aplicativo de táxi. É assim que tira seus “trocados”.
O motorista
Alexandre demorou a aceitar que ser motorista era sua única opção. Foram dois anos de currículos recusados até ser convencido a tentar.
“No começo eu não queria”, ele diz ao voltar para o carro. “Eu tinha um cargo de chefia e você ainda está em cima do pedestal: não tem mais dinheiro, mas se acha conde, duque…”
O telefone toca. Ele tem um novo passageiro.
De acordo com os professores entrevistados, a crise econômica e os altos níveis de desemprego que os brasileiros experimentam há anos são, claro, determinantes para o desânimo observado hoje. Mas eles ressaltam que há algo a mais nesse cenário: uma mudança profunda das vagas oferecidas, cada vez mais flexíveis e frágeis.
À recessão, dizem, soma-se o contexto da reforma trabalhista, texto aprovado em 2017 que regulamentou contrários temporários e intermitentes e permitiu a negociação direta entre empregadores e empregados. Para esses especialistas, o Brasil seguiu uma tendência mundial de fragilizar as contratações, tornando-as mais esporádicas e sem garantias.
O professor de sociologia do trabalho da Unicamp Ricardo Antunes afirma que essas transformações fazem parte do que é chamado de quarta revolução industrial ou indústria 4.0. Nela, estaria incluída a substituição, como motor da economia, da indústria – um setor de relações trabalhistas bem estruturadas – pelos serviços, onde essas trocas são mais flexíveis.
“A precarização é ainda mais intensa aqui porque a sociedade brasileira já nasceu sob a égide do trabalho escravo – só que hoje ele é de outro tipo. O empresário acha que só por dar trabalho é um benfeitor.”
Enquanto segue em busca de outros passageiros, Alexandre conta que hoje, em entrevistas de emprego, as condições oferecidas são diferentes das que estava acostumado: são muitas exigências para um salário menor.
“O que eles querem? Que você seja PJ (pessoa jurídica) e receba R$ 3 mil para montar toda uma operação de logística”, ele diz, enquanto o aplicativo apita.
“Chega num ponto em que você fala ‘beleza, eu vou’. Mas sei que esse tipo de coisa não dá certo…”
Empregos digitais
Diretamente implicadas nessa nova fase estão as plataformas digitais, acrescenta a professora Ana Claudia Moreira Cardoso. Os aplicativos de táxi usados por Alexandre, por exemplo, seriam um símbolo do tipo de relação trabalhista para o qual o Brasil estaria caminhando: virtuais e efêmeras.
“Muitas dessas empresas de plataforma digital tentam se vender como sinônimo de autonomia e liberdade, dizendo que o trabalhador vai ser independente. As pessoas compram isso mas, quando entram, percebem que é uma falácia porque, se querem ter rendimento, precisam trabalhar pra caramba. A liberdade cai por terra.”
“Hoje diminuiu até o ganho do motorista de aplicativo porque todo dia aumenta cem carros na rua”, Alexandre diz, dando de ombros.
Tudo o que ele ganha vai para compras básicas no supermercado.
“Para o cara fazer um bom dinheiro precisa trabalhar doze, catorze horas por dia”, diz.
Uma crise longa combinada a novas formas de encarar o trabalho seria a receita ideal para despertar um sentimento nos brasileiros: o medo.
Em junho do ano passado, o Índice de Medo de Desemprego da Confederação Nacional da Indústria (CNI) atingiu um dos piores resultados da série histórica, com 67,9 pontos. Calculado desde 1996, o indicador melhorou um pouco em setembro (65,7), mas ainda assim está muito acima da média histórica, de 49,7 pontos.
Dirigindo seu carro em direção à zona leste, onde prefere continuar o dia como motorista, Alexandre fala que aprendeu com a experiência do aplicativo. Ouvir os desabafos das pessoas lhe deu perspectiva sobre sua própria vida.
“Você vira meio que um psicólogo”, ele pondera, avançando sob os viadutos da Radial Leste.
“É uma terapia e tanto. Você percebe que não é o único que está ruim. Numa semana peguei uma gerente de RH que iria mandar dois mil funcionários embora.”
Ele entra em uma rua lateral e aponta para a direita.
“Olha isso, há uns meses não tinha morador de rua aqui. É como eu disse, sempre pode ser pior…”
Numa praça, folhas de papelão e barracas cobrem os canteiros. Um grupo de homens está sentado em roda, passando uma garrafa de vidro de mão em mão.
A sobrecarga
Quando Alexandre e Alessandra se reencontram, às 18h, dão um beijo rápido e fumam mais um cigarro em frente ao escritório, na República. Ainda é dia por efeito do horário de verão e uma luz amarela cai sobre os prédios do centro de São Paulo.
“Não gosto desse horário”, Alessandra diz, já dentro do carro. “Parece que estou fazendo algo errado, que não trabalhei.”
“Que besteira”, Alexandre ri. “Como foi lá?”
“Tudo bem. Hoje estou bem”, Alessandra responde, olhando pela janela enquanto eles avançam pelas ruas da Sé, cheias de homens e mulheres apressados.
“Aproveitamos esse momento para fazer piada”, Alexandre diz à reportagem, batucando com as mãos no volante.
“Senão, ninguém aguenta.”
Ele pede que Alessandra abra um vídeo no WhatsApp. Ela segura o celular e estende o braço em direção ao para-brisa, para que o marido consiga assistir. Com sotaque caipira, um YouTuber anuncia as “cinco dicas para você que é pobre”.
Com os olhos na tela, Alessandra ri, o rosto relaxado. Mas não é sempre assim.
Alexandre busca a mulher toda semana porque ela já teve crises de pânico e desmaiou no ônibus ao voltar do trabalho. Ela também chegou a passar mal dentro do carro.
Alessandra tira uma bombinha de asma da bolsa e aperta o tubo de plástico duas vezes, com o bocal entre os lábios.
“Ela tem uma farmácia aqui. Já virei sócio das farmácias do bairro”, Alexandre brinca.
“Não é só a pressão do trabalho, é toda a situação. Ela estava trampando que nem doida para colocar comida na mesa, fazia isso e aquilo, limpava e ainda tentava agradar”, diz, sacodindo a cabeça.
Além do trabalho fora de casa, mulheres sempre dedicaram mais tempo às tarefas domésticas do que os homens. Com muitas delas tornando-se as principais responsáveis pela renda no Brasil, a tendência à sobrecarga é inegável, dizem os entrevistados pela BBC.
Dados da Pnad Contínua de 2017 mostram que as mulheres dedicam, em média, 20,9 horas semanais a afazeres domésticos e no cuidado de parentes ou moradores, enquanto os homens gastam metade desse tempo: 10,8 horas.
“O que acontece e acontecerá ainda é uma sobrecarga, enquanto os homens não se convencerem de que é preciso dividir”, diz a professora Hildete Melo, da Universidade Federal Fluminense, que há décadas estuda mercado de trabalho e relações de gênero. “E agora, nesse cenário, a mulher trabalha ainda mais.”
Todas essas cobranças levam a um adoecimento que não é só físico, mas mental. A professora Ana Cardoso explica que transtornos como depressão, ansiedade e síndrome do pânico são mais comuns nos serviços, setor bastante feminino, enquanto que em postos identificados como masculinos, em fábricas ou construtoras, os danos físicos são mais frequentes.
“Se a gente pensar que estamos em uma sociedade na qual ainda não se reconhece o adoecimento mental como verdadeiro, nem pelo público, nem pelo Estado, até a doença delas têm menos valor.”
Há, no entanto, quem veja a crise como oportunidade de reverter padrões de comportamento.
“É mais frequente hoje você ter maridos que realizem tarefas ditas femininas porque estão desempregados: lavar roupa, cozinhar. Isso vem de um movimento duplo, que inclui a luta feminina e feminista, mas também o papel secundário que os homens começaram a ter em razão do desemprego”, diz o professor Ricardo Antunes, da Unicamp.
Foi isso que aconteceu com Alessandra e Alexandre. Às quartas, ele faz faxina.
“O Alê deu um salto nesse negócio de machismo, de orgulho”, Alessandra conta no meio do trajeto de volta, quando a noite já caiu.
“Ele aspira, passa pano, tira pó. Antes ele trabalhava que nem um louco e não tinha tempo, né. E a gente sempre teve quem ajudasse na casa. Essa mudança foi um pulo para nós dois”, ela sorri.
Quando o carro volta à garagem, na Vila Industrial, a rua está vazia, como no começo da manhã. Antes de entrar em casa, eles se apoiam no portão de ferro e fumam mais um cigarro.
Ali ao lado está o Subaru 1991 que Alexandre comprou há quatro anos, quando ainda estava empregado.
“Era meu sonho de consumo”, ele diz, o cigarro queimando entre os dedos.
Seu plano era reformar o carro, o que ele começou por conta própria, mas precisou interromper. Até o licenciamento deixou de pagar.
“Eu não tirava da garagem mesmo”, ele dá de ombros.
Apoiada no Subaru, Alessandra chama o marido.
“Lembra, Alê? Antes a gente costumava ir para o Guarujá no fim de semana só para sujar a bunda de areia e voltar.”
Alexandre sorri.
“Agora não dá mais”, ela diz.
Alessandra pega o saco de pão que vai servir de jantar e entra em casa. São 20h30.
A faxina
A manhã de quarta-feira está clara e silenciosa na Vila Industrial. É o silêncio das casas vazias: adultos no trabalho, crianças na escola, e uma ou outra senhora a cruzar a rua.
Alexandre aparece no portão de chinelos verde e amarelo, camiseta do Corinthians e bermuda surrada.
É dia de faxina.
Em 2016, quando o dinheiro que tinha guardado acabou e não havia emprego à vista, ele ficou preocupado.
Em meio a entrevistas frustradas, a preocupação virou agitação, que se transformou em raiva, desânimo e inércia, até desembocar numa depressão
“Eu apagava tudo quanto era luz, ligava o videogame e ficava lá sentado. Para mim, eu só dava despesa. Quando você perde tudo, sua autoestima vai embora”, ele diz, tomando um café preto em pé na cozinha.
“Em 2017, virei aquela norte-coreano: queria explodir o mundo.”
Alexandre falou em sair de casa, porque se sentia um estorvo para a família. Nesse meio tempo, Alessandra começou a apresentar sinais de síndrome do pânico. Sentia falta de ar, não conseguia ficar em lugares fechados, estava cansada o tempo todo. A cada fim de semana, mostrava-se mais lenta para limpar.
“Fiquei cego”, Alexandre diz, enquanto coloca o copo de café na pia, sobre o resto da louça suja.
“Me via como vítima, só que não percebia que Alessandra estava doente. Até que um dia nós sentamos e conversamos. Aí vi que estava tudo errado”, diz, apertando as mãos.
Ele segue para o quarto para fazer a cama. Agita o lençol de elástico, ajusta-o ao redor do colchão e passa a mão sobre o tecido para que fique liso. Sacode os travesseiros e então estende a colcha sobre tudo.
Estudiosos do tema apontam que a divisão de tarefas é um dos principais empecilhos para que homens e mulheres sejam mais iguais no mercado de trabalho. Em The Gender Revolution: Gender & Society (A Revolução de Gênero: Gênero e Sociedade, em tradução livre), a socióloga americana Paula England observa que as mulheres têm mais incentivos para arranjar empregos e adotar comportamentos antes tidos como masculinos, enquanto os homens são desestimulados – por questões financeiras e culturais – a assumir atividades femininas. Dessa forma, as transformações ocorreriam só de um lado: as mulheres saem para o mercado, mas os homens não dedicam mais tempo à casa.
Como os incentivos não mudam, as diferenças também não diminuem. De acordo com uma análise do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), entre 1995 e 2009, a porcentagem de pessoas que fazem atividades domésticas ficou estável: mulheres sempre em torno de 90% e homens oscilando entre 46% e 50%.
Enquanto encera o chão da sala, Alexandre conta que encarar a faxina foi difícil. E não apenas por que não sabia que panos de chão e toalhas não podem ser lavados juntos. Ele diz que foi complicado, como homem, assumir essas tarefas.
“Todo homem é machista”, ele explica, pingando o lustra móveis no piso de taco. “Me abalava que ela pagava tudo, até o cigarro. Mas o cara precisa entender que não estamos mais na década de 1940.”
Mas o caso de Alessandra e Alexandre é uma exceção?
A maioria dos entrevistados acredita que há, sim, uma melhora na divisão das tarefas, mas eles divergem sobre seu alcance e profundidade. Alguns dizem que as mudanças são pequenas e estão concentradas nas classes altas e nos centros urbanos, onde há mais diálogo sobre esses assuntos.
A expectativa de todos está nos jovens.
“Os homens mais jovens são uma esperança. Começamos a ter exemplos minoritários de maridos que cozinham, lavam louça, tomam conta de criança, isso já é evidente nas classes sociais mais altas. Nas mais baixas, ainda é difícil”, diz a professora emérita da UFRJ Alice Rangel de Paiva Abreu, que tem um longo histórico de pesquisa sobre gênero e trabalho.
Para Abreu, essas alterações tímidas estão ligadas ao debate sobre os direitos da mulher, mais presentes nas conversas do brasileiro.
O mesmo tom é adotado pela professora Ana Cardoso: em suas pesquisas, percebeu que jovens parecem querer construir uma relação mais igualitária com suas companheiras. Ela atribui essa percepção à maior presença das mulheres no mercado. Segundo Cardoso, quando a regra era a mulher ficar em casa e o homem sair para ganhar dinheiro era mais difícil que o marido a encarasse como igual. Mas, à medida que começa a tornar-se independente, ela desperta uma nova visão sobre si mesma e faz com que o homem a veja de forma diferente.
A filha mais velha de Alessandra e Alexandre vive com o namorado no centro de São Paulo. No apartamento que dividem com três gatos, Talita, de 24 anos, conta que seu companheiro não só faz sua parte na limpeza, como gasta mais tempo do que ele nessas atividades.
“No geral, tenho certeza que ele faz mais coisas do que eu. Já perdi as contas das vezes em que cheguei no trabalho e ele tinha limpado tudo sozinho.”
Talita é professora de inglês e teve vários ofertas de emprego nos últimos anos. O mesmo não vale para a caçula da família, Ana, de 18 anos. Depois de terminar o colégio particular, cujas últimas mensalidades foram pagas com atraso, Ana não conseguiu passar na faculdade que desejava nem arranjar um emprego. Juntou-se, então, aos “nem-nem”, grupo de jovens que não trabalha nem estuda e já representam 23% do total dos brasileiros entre 15 e 24 anos, segundo pesquisa do Ipea.
Mas agora Ana prepara-se para estudar Economia numa faculdade onde será bolsista.
Cercado pelas cadeiras da mesa de jantar, que espalhou pela sala durante a faxina, Alexandre diz que a filha sempre quis ser economista. “Nunca mudou, você vê só.”
Ele suspira. “Mas já falei que elas precisam sair do país, não tem mais o que fazer aqui.”
As palavras que melhor definem a visão de futuro dos brasileiros, para a professora Ana Cardoso, são “falta de perspectiva”.
Há alguns anos, diz, acreditava-se que um curso superior seria suficiente para conseguir uma boa vaga. Tal crença não apenas caiu por terra, em razão dos altos níveis de desemprego, como a diminuição da renda tirou a possibilidade de estudo das classes mais baixas.
No caso dos chefes de família, Cardoso explica, a perspectiva é negativa porque quando a economia melhorar, sua inserção pode não acontecer via carteira assinada, mas por contrato temporário, e seu salário não deverá ser maior do que o recebido antes.
Duas noites antes, ao chegar do trabalho, Alessandra falava sobre o futuro quando Alexandre decidiu contar uma piada.
“Você sabe por que a esperança é a última que morre?”, ele disse.
“Porque ela é a primeira que vai embora!”
Alessandra deu um tapa no ombro do marido.
“Tiramos coisas boas desse momento, acredito que vai melhorar”, ela sorriu, antes de juntar-se a Alexandre na risada.
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Veículo: Rádio Canavial
Editoria: Notícias
Data: 08/01/2019
Link: http://www.radiocanavial.com.br/noticia-11985
Título: Ricardo Vélez Rodríguez elenca prioridades de sua gestão no MEC e anuncia novos secretário
Em cerimônia de transmissão de cargo, nesta quarta-feira, 2, na sede do MEC, em Brasília, o novo ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, destacou quais serão as diretrizes à frente da pasta. “Nossa prioridade será a educação básica, com o desenvolvimento de políticas públicas de combate – principalmente ao analfabetismo –, mas também de fortalecimento da educação em creches e escolas, de jovens e adultos, na educação especial de pessoas portadores de deficiências e na gestão das escolas, para que os estudantes concluam seus estudos no devido tempo”, afirmou.
Vélez Rodríguez foi nomeado na última terça-feira, 1º, durante a cerimônia de posse do presidente da República, Jair Bolsonaro, e do vice-presidente, general Antônio Hamilton Martins Mourão, juntamente com outros 21 ministros.
O novo ministro ressaltou, ainda que sua gestão estará focada em outros setores educacionais essenciais para o desenvolvimento do Brasil, como o ensino profissional tecnológico, as pesquisas científicas e de extensão e a inovação tecnológica nas escolas e universidades, bem como no aperfeiçoamento de programas que incentivem o empreendedorismo para a inserção no mercado de trabalho.
“Daremos atenção especial, também, aos fundos de investimento em educação e ao ensino privado, para fortalecer a qualidade dos cursos oferecidos”, disse. “Nas universidades, vamos melhorar a gestão dos recursos para que haja estímulo às linhas de pesquisa científica e tecnológica que irão fomentar políticas públicas de educação com qualidade. Há um compromisso assumido com o Brasil e a educação de todos”.
Outro ponto para alcançar o sucesso da gestão, na avaliação do ministro, é a aplicação correta e eficaz dos recursos financeiros destinados ao MEC, por meio da Lei Orçamentária Anual (LOA), para a formação e valorização dos professores e profissionais da educação em geral, como gestores e técnicos. Ricardo Vélez Rodríguez também enalteceu a importância do diálogo entre as redes estaduais e municipais de ensino, com o apoio da sociedade, para atender aos anseios da população brasileira na busca pela excelência na educação.
Nova gestão – No primeiro pronunciamento como ministro de Estado da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez relembrou o início da trajetória de Jair Bolsonaro, antes das eleições, quando o nome do então deputado federal ganhou força no país, e destacou o pouco tempo de exposição na TV durante a campanha do presidente eleito.
Segundo o ministro, Jair Bolsonaro abandonou a “zona de conforto dos congressistas” para ouvir as queixas da população, com os altos índices de criminalidade alavancados pelo processo de corrupção que assolou o Brasil nos últimos anos, atingindo “cerca de 14 milhões de famílias com elevadas taxas de desemprego”, para dar esperança aos brasileiros.
“É preciso combater o que se denominou de ideologia de gênero, com a destruição de valores culturais, da família, da igreja, da própria educação e da vida social”, pontuou. “Pautas nocivas não serão mais aceitas e vamos combater o marxismo cultural em instituições de educação básica e superior. O MEC não será um bazar de enriquecimento”.
Agenda – O próximo compromisso oficial de Ricardo Vélez Rodríguez será nesta quinta-feira, 3, quando ele participará da primeira reunião ministerial convocada pelo presidente Jair Bolsonaro. No encontro, o ministro da Educação deverá apresentar o funcionamento de sua pasta diante da nova estrutura administrativa criada pelo governo federal. Para tanto, terá como suporte um relatório técnico atualizado contendo as principais ações de todos os programas da pasta em andamento, incluindo o detalhamento orçamentário.
Perfil – Colombiano naturalizado brasileiro em 1997, Ricardo Vélez Rodríguez tem 75 anos e possui um vasto currículo profissional. É graduado em filosofia pela Universidade Pontifícia Javeriana, da Colômbia, e em teologia, pelo Seminário Conciliar de Bogotá. É mestre em filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e doutor na mesma área pela Universidade Gama Filho, também do Rio de Janeiro.
Durante a trajetória profissional, foi professor em diversas instituições de educação superior brasileiras, incluindo a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e estrangeiras, em países como França, Estados Unidos e na própria Colômbia. Também é professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), instituição que atua na formação de oficiais de alta patente.
Novos secretários – Durante a cerimônia de transmissão de cargo, o ministro Ricardo Vélez Rodríguez apresentou os novos secretários que vão compor o organograma do MEC em sua gestão. São eles: Luiz Antonio Tozi (Secretaria Executiva), Mauro Rabelo (Secretaria de Educação Superior – Sesu), Alexsandro Ferreira de Souza (Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – Setec), Marco Antônio Barroso (Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior – Seres), Tânia Leme de Almeida (Secretaria de Educação Básica – SEB), Bernardo Goytacazes de Araújo (Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação) e Carlos Francisco de Paula Nadalim (Secretaria de Alfabetização).
Para as autarquias federais vinculadas ao MEC, foram anunciados: Anderson Ribeiro Correia (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes), Carlos Alberto Decotelli da Silva (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE), Marcos Vinícius Rodrigues (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Inep) e o general Oswaldo de Jesus Ferreira (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh).
Gestão anterior – O ex-ministro Rossieli Soares aproveitou a ocasião para fazer um balanço do período em que esteve à frente da pasta. Mencionou a dedicação de seu antecessor, Mendonça Filho, para a continuidade e os avanços obtidos durante sua gestão e destacou que ainda há um longo caminho para que a educação brasileira atinja os níveis desejáveis para um país desenvolvido. Em sua avaliação, o Brasil precisa priorizar importantes agendas educacionais para seguir evoluindo.
“Tivemos importantes avanços, como a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a reforma do ensino médio e a revitalização do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD)”, apontou. “A educação básica é o caminho para o crescimento do Brasil e é preciso priorizar a aprendizagem. Agradeço a todos os colaboradores que permitiram o sucesso da gestão”, concluiu.
FONTE: MEC – Assessoria de Comunicação Social
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Veículo: Rádio Ivoti FM
Editoria: Notícias
Data: 08/01/2019
Link: http://www.radioivoti.com.br/noticia-11984
Título: Ricardo Vélez Rodríguez é nomeado ministro da Educação
O filósofo Ricardo Vélez Rodríguez foi nomeado nesta terça-feira, 1º, como ministro da Educação do governo do presidente da República, Jair Bolsonaro. O ato de nomeação de Vélez e dos outros 21 ministros da nova gestão do país foi assinado pelo presidente Jair Bolsonaro logo após a cerimônia de sua posse como 38º presidente da República e do general Antônio Hamilton Martins Mourão como seu vice-presidente.
O início da gestão de Ricardo Vélez Rodríguez no Ministério da Educação ocorre, oficialmente, nesta quarta-feira, 2, quando será realizada a cerimônia de transmissão de cargo, na sede do MEC, em Brasília. Na quinta-feira, 3, Rodríguez participará da primeira reunião ministerial convocada por Jair Bolsonaro, evento confirmado pela secretaria da Casa Civil da Presidência da República.
No encontro, o primeiro desafio do ministro da Educação será o de organizar o funcionamento de sua pasta dentro da nova estrutura administrativa criada pelo Governo Federal, assim como os demais ministérios. O novo titular do MEC, inclusive, já tem em mãos um relatório técnico atualizado contendo as principais ações de todos os programas da pasta em andamento, incluindo o detalhamento orçamentário.
Perfil – Colombiano naturalizado brasileiro, Ricardo Vélez Rodríguez tem 75 anos e possui um vasto currículo profissional. É graduado em Filosofia pela Universidade Pontifícia Javeriana, da Colômbia, e em Teologia, pelo Seminário Conciliar de Bogotá. É mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e doutor na mesma área pela Universidade Gama Filho, também do Rio de Janeiro.
Durante a trajetória profissional, foi professor em diversas universidades brasileiras, incluindo a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e estrangeiras, em países como França, Estados Unidos e na própria Colômbia. Também é professor-emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), instituição que atua na formação de oficiais de alta patente.
Posse presidencial – Em seu discurso de posse, o presidente da República, Jair Bolsonaro, destacou os desafios para o Brasil voltar a crescer nas principais áreas, como economia, saúde, segurança, educação e política externa. Ele reafirmou seu compromisso com o combate ao que denomina ideologia de gênero. “Vamos unir o nosso povo, valorizar a família, respeitar as religiões e nossa tradição judaico-cristã, combater a ideologia de gênero, conservando os nossos valores. O Brasil voltará a ser um país livre das amarras ideológicas”, afirmou.
Jair Bolsonaro reiterou que sua gestão não gastará mais do que arrecada, que os contratos serão cumpridos e que seu mandato fará “reformas estruturantes”. Ele pediu o apoio dos congressistas para as propostas que enviará ao Congresso Nacional e que conta com esta contribuição para libertar o Brasil da corrupção. “Trabalharei incansavelmente para que o Brasil encontre seu destino e se torne uma grande nação”, disse.
A educação também foi destaque no pronunciamento de Jair Bolsonaro. Ele ressaltou que, para colocar em prática o projeto que a maioria do povo brasileiro democraticamente escolheu, é preciso combater a ideologização das crianças e a desvirtuação dos direitos humanos, restabelecendo padrões éticos e morais, fazendo as reformas necessárias e desburocratizando o governo. “Vamos priorizar a educação básica, a educação das nossas crianças e adolescentes, que são o futuro do Brasil”, concluiu.
FONTE: MEC – Assessoria de Comunicação Social
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Veículo: Rádio Ivoti FM
Editoria: Notícias
Data: 08/01/2019
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Título: Ricardo Vélez Rodríguez elenca prioridades de sua gestão no MEC e anuncia novos secretários
Em cerimônia de transmissão de cargo, nesta quarta-feira, 2, na sede do MEC, em Brasília, o novo ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, destacou quais serão as diretrizes à frente da pasta. “Nossa prioridade será a educação básica, com o desenvolvimento de políticas públicas de combate – principalmente ao analfabetismo –, mas também de fortalecimento da educação em creches e escolas, de jovens e adultos, na educação especial de pessoas portadores de deficiências e na gestão das escolas, para que os estudantes concluam seus estudos no devido tempo”, afirmou.
Vélez Rodríguez foi nomeado na última terça-feira, 1º, durante a cerimônia de posse do presidente da República, Jair Bolsonaro, e do vice-presidente, general Antônio Hamilton Martins Mourão, juntamente com outros 21 ministros.
O novo ministro ressaltou, ainda que sua gestão estará focada em outros setores educacionais essenciais para o desenvolvimento do Brasil, como o ensino profissional tecnológico, as pesquisas científicas e de extensão e a inovação tecnológica nas escolas e universidades, bem como no aperfeiçoamento de programas que incentivem o empreendedorismo para a inserção no mercado de trabalho.
“Daremos atenção especial, também, aos fundos de investimento em educação e ao ensino privado, para fortalecer a qualidade dos cursos oferecidos”, disse. “Nas universidades, vamos melhorar a gestão dos recursos para que haja estímulo às linhas de pesquisa científica e tecnológica que irão fomentar políticas públicas de educação com qualidade. Há um compromisso assumido com o Brasil e a educação de todos”.
Outro ponto para alcançar o sucesso da gestão, na avaliação do ministro, é a aplicação correta e eficaz dos recursos financeiros destinados ao MEC, por meio da Lei Orçamentária Anual (LOA), para a formação e valorização dos professores e profissionais da educação em geral, como gestores e técnicos. Ricardo Vélez Rodríguez também enalteceu a importância do diálogo entre as redes estaduais e municipais de ensino, com o apoio da sociedade, para atender aos anseios da população brasileira na busca pela excelência na educação.
Nova gestão – No primeiro pronunciamento como ministro de Estado da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez relembrou o início da trajetória de Jair Bolsonaro, antes das eleições, quando o nome do então deputado federal ganhou força no país, e destacou o pouco tempo de exposição na TV durante a campanha do presidente eleito.
Segundo o ministro, Jair Bolsonaro abandonou a “zona de conforto dos congressistas” para ouvir as queixas da população, com os altos índices de criminalidade alavancados pelo processo de corrupção que assolou o Brasil nos últimos anos, atingindo “cerca de 14 milhões de famílias com elevadas taxas de desemprego”, para dar esperança aos brasileiros.
“É preciso combater o que se denominou de ideologia de gênero, com a destruição de valores culturais, da família, da igreja, da própria educação e da vida social”, pontuou. “Pautas nocivas não serão mais aceitas e vamos combater o marxismo cultural em instituições de educação básica e superior. O MEC não será um bazar de enriquecimento”.
Agenda – O próximo compromisso oficial de Ricardo Vélez Rodríguez será nesta quinta-feira, 3, quando ele participará da primeira reunião ministerial convocada pelo presidente Jair Bolsonaro. No encontro, o ministro da Educação deverá apresentar o funcionamento de sua pasta diante da nova estrutura administrativa criada pelo governo federal. Para tanto, terá como suporte um relatório técnico atualizado contendo as principais ações de todos os programas da pasta em andamento, incluindo o detalhamento orçamentário.
Perfil – Colombiano naturalizado brasileiro em 1997, Ricardo Vélez Rodríguez tem 75 anos e possui um vasto currículo profissional. É graduado em filosofia pela Universidade Pontifícia Javeriana, da Colômbia, e em teologia, pelo Seminário Conciliar de Bogotá. É mestre em filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e doutor na mesma área pela Universidade Gama Filho, também do Rio de Janeiro.
Durante a trajetória profissional, foi professor em diversas instituições de educação superior brasileiras, incluindo a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e estrangeiras, em países como França, Estados Unidos e na própria Colômbia. Também é professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), instituição que atua na formação de oficiais de alta patente.
Novos secretários – Durante a cerimônia de transmissão de cargo, o ministro Ricardo Vélez Rodríguez apresentou os novos secretários que vão compor o organograma do MEC em sua gestão. São eles: Luiz Antonio Tozi (Secretaria Executiva), Mauro Rabelo (Secretaria de Educação Superior – Sesu), Alexsandro Ferreira de Souza (Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – Setec), Marco Antônio Barroso (Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior – Seres), Tânia Leme de Almeida (Secretaria de Educação Básica – SEB), Bernardo Goytacazes de Araújo (Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação) e Carlos Francisco de Paula Nadalim (Secretaria de Alfabetização).
Para as autarquias federais vinculadas ao MEC, foram anunciados: Anderson Ribeiro Correia (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes), Carlos Alberto Decotelli da Silva (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE), Marcos Vinícius Rodrigues (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Inep) e o general Oswaldo de Jesus Ferreira (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh).
Gestão anterior – O ex-ministro Rossieli Soares aproveitou a ocasião para fazer um balanço do período em que esteve à frente da pasta. Mencionou a dedicação de seu antecessor, Mendonça Filho, para a continuidade e os avanços obtidos durante sua gestão e destacou que ainda há um longo caminho para que a educação brasileira atinja os níveis desejáveis para um país desenvolvido. Em sua avaliação, o Brasil precisa priorizar importantes agendas educacionais para seguir evoluindo.
“Tivemos importantes avanços, como a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a reforma do ensino médio e a revitalização do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD)”, apontou. “A educação básica é o caminho para o crescimento do Brasil e é preciso priorizar a aprendizagem. Agradeço a todos os colaboradores que permitiram o sucesso da gestão”, concluiu.
FONTE: MEC – Assessoria de Comunicação Social
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Veículo: Rádio Ibiaçá FM
Editoria: Notícias
Data: 08/01/2019
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Título: Ricardo Vélez Rodríguez elenca prioridades de sua gestão no MEC e anuncia novos secretários
Em cerimônia de transmissão de cargo, nesta quarta-feira, 2, na sede do MEC, em Brasília, o novo ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, destacou quais serão as diretrizes à frente da pasta. “Nossa prioridade será a educação básica, com o desenvolvimento de políticas públicas de combate – principalmente ao analfabetismo –, mas também de fortalecimento da educação em creches e escolas, de jovens e adultos, na educação especial de pessoas portadores de deficiências e na gestão das escolas, para que os estudantes concluam seus estudos no devido tempo”, afirmou.
Vélez Rodríguez foi nomeado na última terça-feira, 1º, durante a cerimônia de posse do presidente da República, Jair Bolsonaro, e do vice-presidente, general Antônio Hamilton Martins Mourão, juntamente com outros 21 ministros.
O novo ministro ressaltou, ainda que sua gestão estará focada em outros setores educacionais essenciais para o desenvolvimento do Brasil, como o ensino profissional tecnológico, as pesquisas científicas e de extensão e a inovação tecnológica nas escolas e universidades, bem como no aperfeiçoamento de programas que incentivem o empreendedorismo para a inserção no mercado de trabalho.
“Daremos atenção especial, também, aos fundos de investimento em educação e ao ensino privado, para fortalecer a qualidade dos cursos oferecidos”, disse. “Nas universidades, vamos melhorar a gestão dos recursos para que haja estímulo às linhas de pesquisa científica e tecnológica que irão fomentar políticas públicas de educação com qualidade. Há um compromisso assumido com o Brasil e a educação de todos”.
Outro ponto para alcançar o sucesso da gestão, na avaliação do ministro, é a aplicação correta e eficaz dos recursos financeiros destinados ao MEC, por meio da Lei Orçamentária Anual (LOA), para a formação e valorização dos professores e profissionais da educação em geral, como gestores e técnicos. Ricardo Vélez Rodríguez também enalteceu a importância do diálogo entre as redes estaduais e municipais de ensino, com o apoio da sociedade, para atender aos anseios da população brasileira na busca pela excelência na educação.
Nova gestão – No primeiro pronunciamento como ministro de Estado da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez relembrou o início da trajetória de Jair Bolsonaro, antes das eleições, quando o nome do então deputado federal ganhou força no país, e destacou o pouco tempo de exposição na TV durante a campanha do presidente eleito.
Segundo o ministro, Jair Bolsonaro abandonou a “zona de conforto dos congressistas” para ouvir as queixas da população, com os altos índices de criminalidade alavancados pelo processo de corrupção que assolou o Brasil nos últimos anos, atingindo “cerca de 14 milhões de famílias com elevadas taxas de desemprego”, para dar esperança aos brasileiros.
“É preciso combater o que se denominou de ideologia de gênero, com a destruição de valores culturais, da família, da igreja, da própria educação e da vida social”, pontuou. “Pautas nocivas não serão mais aceitas e vamos combater o marxismo cultural em instituições de educação básica e superior. O MEC não será um bazar de enriquecimento”.
Agenda – O próximo compromisso oficial de Ricardo Vélez Rodríguez será nesta quinta-feira, 3, quando ele participará da primeira reunião ministerial convocada pelo presidente Jair Bolsonaro. No encontro, o ministro da Educação deverá apresentar o funcionamento de sua pasta diante da nova estrutura administrativa criada pelo governo federal. Para tanto, terá como suporte um relatório técnico atualizado contendo as principais ações de todos os programas da pasta em andamento, incluindo o detalhamento orçamentário.
Perfil – Colombiano naturalizado brasileiro em 1997, Ricardo Vélez Rodríguez tem 75 anos e possui um vasto currículo profissional. É graduado em filosofia pela Universidade Pontifícia Javeriana, da Colômbia, e em teologia, pelo Seminário Conciliar de Bogotá. É mestre em filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e doutor na mesma área pela Universidade Gama Filho, também do Rio de Janeiro.
Durante a trajetória profissional, foi professor em diversas instituições de educação superior brasileiras, incluindo a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e estrangeiras, em países como França, Estados Unidos e na própria Colômbia. Também é professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), instituição que atua na formação de oficiais de alta patente.
Novos secretários – Durante a cerimônia de transmissão de cargo, o ministro Ricardo Vélez Rodríguez apresentou os novos secretários que vão compor o organograma do MEC em sua gestão. São eles: Luiz Antonio Tozi (Secretaria Executiva), Mauro Rabelo (Secretaria de Educação Superior – Sesu), Alexsandro Ferreira de Souza (Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – Setec), Marco Antônio Barroso (Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior – Seres), Tânia Leme de Almeida (Secretaria de Educação Básica – SEB), Bernardo Goytacazes de Araújo (Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação) e Carlos Francisco de Paula Nadalim (Secretaria de Alfabetização).
Para as autarquias federais vinculadas ao MEC, foram anunciados: Anderson Ribeiro Correia (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes), Carlos Alberto Decotelli da Silva (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE), Marcos Vinícius Rodrigues (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Inep) e o general Oswaldo de Jesus Ferreira (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh).
Gestão anterior – O ex-ministro Rossieli Soares aproveitou a ocasião para fazer um balanço do período em que esteve à frente da pasta. Mencionou a dedicação de seu antecessor, Mendonça Filho, para a continuidade e os avanços obtidos durante sua gestão e destacou que ainda há um longo caminho para que a educação brasileira atinja os níveis desejáveis para um país desenvolvido. Em sua avaliação, o Brasil precisa priorizar importantes agendas educacionais para seguir evoluindo.
“Tivemos importantes avanços, como a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a reforma do ensino médio e a revitalização do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD)”, apontou. “A educação básica é o caminho para o crescimento do Brasil e é preciso priorizar a aprendizagem. Agradeço a todos os colaboradores que permitiram o sucesso da gestão”, concluiu.
FONTE: MEC – Assessoria de Comunicação Social
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Veículo: RCI
Editoria: Notícias
Data: 08/01/2019
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Título: Ricardo Vélez Rodríguez é nomeado ministro da Educação
O filósofo Ricardo Vélez Rodríguez foi nomeado nesta terça-feira, 1º, como ministro da Educação do governo do presidente da República, Jair Bolsonaro. O ato de nomeação de Vélez e dos outros 21 ministros da nova gestão do país foi assinado pelo presidente Jair Bolsonaro logo após a cerimônia de sua posse como 38º presidente da República e do general Antônio Hamilton Martins Mourão como seu vice-presidente.
O início da gestão de Ricardo Vélez Rodríguez no Ministério da Educação ocorre, oficialmente, nesta quarta-feira, 2, quando será realizada a cerimônia de transmissão de cargo, na sede do MEC, em Brasília. Na quinta-feira, 3, Rodríguez participará da primeira reunião ministerial convocada por Jair Bolsonaro, evento confirmado pela secretaria da Casa Civil da Presidência da República.
No encontro, o primeiro desafio do ministro da Educação será o de organizar o funcionamento de sua pasta dentro da nova estrutura administrativa criada pelo Governo Federal, assim como os demais ministérios. O novo titular do MEC, inclusive, já tem em mãos um relatório técnico atualizado contendo as principais ações de todos os programas da pasta em andamento, incluindo o detalhamento orçamentário.
Perfil – Colombiano naturalizado brasileiro, Ricardo Vélez Rodríguez tem 75 anos e possui um vasto currículo profissional. É graduado em Filosofia pela Universidade Pontifícia Javeriana, da Colômbia, e em Teologia, pelo Seminário Conciliar de Bogotá. É mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e doutor na mesma área pela Universidade Gama Filho, também do Rio de Janeiro.
Durante a trajetória profissional, foi professor em diversas universidades brasileiras, incluindo a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e estrangeiras, em países como França, Estados Unidos e na própria Colômbia. Também é professor-emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), instituição que atua na formação de oficiais de alta patente.
Posse presidencial – Em seu discurso de posse, o presidente da República, Jair Bolsonaro, destacou os desafios para o Brasil voltar a crescer nas principais áreas, como economia, saúde, segurança, educação e política externa. Ele reafirmou seu compromisso com o combate ao que denomina ideologia de gênero. “Vamos unir o nosso povo, valorizar a família, respeitar as religiões e nossa tradição judaico-cristã, combater a ideologia de gênero, conservando os nossos valores. O Brasil voltará a ser um país livre das amarras ideológicas”, afirmou.
Jair Bolsonaro reiterou que sua gestão não gastará mais do que arrecada, que os contratos serão cumpridos e que seu mandato fará “reformas estruturantes”. Ele pediu o apoio dos congressistas para as propostas que enviará ao Congresso Nacional e que conta com esta contribuição para libertar o Brasil da corrupção. “Trabalharei incansavelmente para que o Brasil encontre seu destino e se torne uma grande nação”, disse.
A educação também foi destaque no pronunciamento de Jair Bolsonaro. Ele ressaltou que, para colocar em prática o projeto que a maioria do povo brasileiro democraticamente escolheu, é preciso combater a ideologização das crianças e a desvirtuação dos direitos humanos, restabelecendo padrões éticos e morais, fazendo as reformas necessárias e desburocratizando o governo. “Vamos priorizar a educação básica, a educação das nossas crianças e adolescentes, que são o futuro do Brasil”, concluiu.
FONTE: MEC – Assessoria de Comunicação Social
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Veículo: Rádio Biguaçu
Editoria: Notícias
Data: 08/01/2019
Link: http://www.radiobiguacu.com.br/noticia-11985
Título: Ricardo Vélez Rodríguez elenca prioridades de sua gestão no MEC e anuncia novos secretários
Em cerimônia de transmissão de cargo, nesta quarta-feira, 2, na sede do MEC, em Brasília, o novo ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, destacou quais serão as diretrizes à frente da pasta. “Nossa prioridade será a educação básica, com o desenvolvimento de políticas públicas de combate – principalmente ao analfabetismo –, mas também de fortalecimento da educação em creches e escolas, de jovens e adultos, na educação especial de pessoas portadores de deficiências e na gestão das escolas, para que os estudantes concluam seus estudos no devido tempo”, afirmou.
Vélez Rodríguez foi nomeado na última terça-feira, 1º, durante a cerimônia de posse do presidente da República, Jair Bolsonaro, e do vice-presidente, general Antônio Hamilton Martins Mourão, juntamente com outros 21 ministros.
O novo ministro ressaltou, ainda que sua gestão estará focada em outros setores educacionais essenciais para o desenvolvimento do Brasil, como o ensino profissional tecnológico, as pesquisas científicas e de extensão e a inovação tecnológica nas escolas e universidades, bem como no aperfeiçoamento de programas que incentivem o empreendedorismo para a inserção no mercado de trabalho.
“Daremos atenção especial, também, aos fundos de investimento em educação e ao ensino privado, para fortalecer a qualidade dos cursos oferecidos”, disse. “Nas universidades, vamos melhorar a gestão dos recursos para que haja estímulo às linhas de pesquisa científica e tecnológica que irão fomentar políticas públicas de educação com qualidade. Há um compromisso assumido com o Brasil e a educação de todos”.
Outro ponto para alcançar o sucesso da gestão, na avaliação do ministro, é a aplicação correta e eficaz dos recursos financeiros destinados ao MEC, por meio da Lei Orçamentária Anual (LOA), para a formação e valorização dos professores e profissionais da educação em geral, como gestores e técnicos. Ricardo Vélez Rodríguez também enalteceu a importância do diálogo entre as redes estaduais e municipais de ensino, com o apoio da sociedade, para atender aos anseios da população brasileira na busca pela excelência na educação.
Nova gestão – No primeiro pronunciamento como ministro de Estado da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez relembrou o início da trajetória de Jair Bolsonaro, antes das eleições, quando o nome do então deputado federal ganhou força no país, e destacou o pouco tempo de exposição na TV durante a campanha do presidente eleito.
Segundo o ministro, Jair Bolsonaro abandonou a “zona de conforto dos congressistas” para ouvir as queixas da população, com os altos índices de criminalidade alavancados pelo processo de corrupção que assolou o Brasil nos últimos anos, atingindo “cerca de 14 milhões de famílias com elevadas taxas de desemprego”, para dar esperança aos brasileiros.
“É preciso combater o que se denominou de ideologia de gênero, com a destruição de valores culturais, da família, da igreja, da própria educação e da vida social”, pontuou. “Pautas nocivas não serão mais aceitas e vamos combater o marxismo cultural em instituições de educação básica e superior. O MEC não será um bazar de enriquecimento”.
Agenda – O próximo compromisso oficial de Ricardo Vélez Rodríguez será nesta quinta-feira, 3, quando ele participará da primeira reunião ministerial convocada pelo presidente Jair Bolsonaro. No encontro, o ministro da Educação deverá apresentar o funcionamento de sua pasta diante da nova estrutura administrativa criada pelo governo federal. Para tanto, terá como suporte um relatório técnico atualizado contendo as principais ações de todos os programas da pasta em andamento, incluindo o detalhamento orçamentário.
Perfil – Colombiano naturalizado brasileiro em 1997, Ricardo Vélez Rodríguez tem 75 anos e possui um vasto currículo profissional. É graduado em filosofia pela Universidade Pontifícia Javeriana, da Colômbia, e em teologia, pelo Seminário Conciliar de Bogotá. É mestre em filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e doutor na mesma área pela Universidade Gama Filho, também do Rio de Janeiro.
Durante a trajetória profissional, foi professor em diversas instituições de educação superior brasileiras, incluindo a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e estrangeiras, em países como França, Estados Unidos e na própria Colômbia. Também é professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), instituição que atua na formação de oficiais de alta patente.
Novos secretários – Durante a cerimônia de transmissão de cargo, o ministro Ricardo Vélez Rodríguez apresentou os novos secretários que vão compor o organograma do MEC em sua gestão. São eles: Luiz Antonio Tozi (Secretaria Executiva), Mauro Rabelo (Secretaria de Educação Superior – Sesu), Alexsandro Ferreira de Souza (Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – Setec), Marco Antônio Barroso (Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior – Seres), Tânia Leme de Almeida (Secretaria de Educação Básica – SEB), Bernardo Goytacazes de Araújo (Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação) e Carlos Francisco de Paula Nadalim (Secretaria de Alfabetização).
Para as autarquias federais vinculadas ao MEC, foram anunciados: Anderson Ribeiro Correia (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes), Carlos Alberto Decotelli da Silva (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE), Marcos Vinícius Rodrigues (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Inep) e o general Oswaldo de Jesus Ferreira (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh).
Gestão anterior – O ex-ministro Rossieli Soares aproveitou a ocasião para fazer um balanço do período em que esteve à frente da pasta. Mencionou a dedicação de seu antecessor, Mendonça Filho, para a continuidade e os avanços obtidos durante sua gestão e destacou que ainda há um longo caminho para que a educação brasileira atinja os níveis desejáveis para um país desenvolvido. Em sua avaliação, o Brasil precisa priorizar importantes agendas educacionais para seguir evoluindo.
“Tivemos importantes avanços, como a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a reforma do ensino médio e a revitalização do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD)”, apontou. “A educação básica é o caminho para o crescimento do Brasil e é preciso priorizar a aprendizagem. Agradeço a todos os colaboradores que permitiram o sucesso da gestão”, concluiu.
FONTE: MEC – Assessoria de Comunicação Social
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Veículo: Rádio Educadora AM
Editoria: Notícias
Data: 08/01/2019
Link: http://radioeducadorafb.com.br/noticia-11984
Título: Ricardo Vélez Rodríguez é nomeado ministro da Educação
O filósofo Ricardo Vélez Rodríguez foi nomeado nesta terça-feira, 1º, como ministro da Educação do governo do presidente da República, Jair Bolsonaro. O ato de nomeação de Vélez e dos outros 21 ministros da nova gestão do país foi assinado pelo presidente Jair Bolsonaro logo após a cerimônia de sua posse como 38º presidente da República e do general Antônio Hamilton Martins Mourão como seu vice-presidente.
O início da gestão de Ricardo Vélez Rodríguez no Ministério da Educação ocorre, oficialmente, nesta quarta-feira, 2, quando será realizada a cerimônia de transmissão de cargo, na sede do MEC, em Brasília. Na quinta-feira, 3, Rodríguez participará da primeira reunião ministerial convocada por Jair Bolsonaro, evento confirmado pela secretaria da Casa Civil da Presidência da República.
No encontro, o primeiro desafio do ministro da Educação será o de organizar o funcionamento de sua pasta dentro da nova estrutura administrativa criada pelo Governo Federal, assim como os demais ministérios. O novo titular do MEC, inclusive, já tem em mãos um relatório técnico atualizado contendo as principais ações de todos os programas da pasta em andamento, incluindo o detalhamento orçamentário.
Perfil – Colombiano naturalizado brasileiro, Ricardo Vélez Rodríguez tem 75 anos e possui um vasto currículo profissional. É graduado em Filosofia pela Universidade Pontifícia Javeriana, da Colômbia, e em Teologia, pelo Seminário Conciliar de Bogotá. É mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e doutor na mesma área pela Universidade Gama Filho, também do Rio de Janeiro.
Durante a trajetória profissional, foi professor em diversas universidades brasileiras, incluindo a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e estrangeiras, em países como França, Estados Unidos e na própria Colômbia. Também é professor-emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), instituição que atua na formação de oficiais de alta patente.
Posse presidencial – Em seu discurso de posse, o presidente da República, Jair Bolsonaro, destacou os desafios para o Brasil voltar a crescer nas principais áreas, como economia, saúde, segurança, educação e política externa. Ele reafirmou seu compromisso com o combate ao que denomina ideologia de gênero. “Vamos unir o nosso povo, valorizar a família, respeitar as religiões e nossa tradição judaico-cristã, combater a ideologia de gênero, conservando os nossos valores. O Brasil voltará a ser um país livre das amarras ideológicas”, afirmou.
Jair Bolsonaro reiterou que sua gestão não gastará mais do que arrecada, que os contratos serão cumpridos e que seu mandato fará “reformas estruturantes”. Ele pediu o apoio dos congressistas para as propostas que enviará ao Congresso Nacional e que conta com esta contribuição para libertar o Brasil da corrupção. “Trabalharei incansavelmente para que o Brasil encontre seu destino e se torne uma grande nação”, disse.
A educação também foi destaque no pronunciamento de Jair Bolsonaro. Ele ressaltou que, para colocar em prática o projeto que a maioria do povo brasileiro democraticamente escolheu, é preciso combater a ideologização das crianças e a desvirtuação dos direitos humanos, restabelecendo padrões éticos e morais, fazendo as reformas necessárias e desburocratizando o governo. “Vamos priorizar a educação básica, a educação das nossas crianças e adolescentes, que são o futuro do Brasil”, concluiu.
FONTE: MEC – Assessoria de Comunicação Social
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Veículo: Rádio A Voz FM
Editoria: Notícias
Data: 08/01/2019
Link: http://www.radioavozfm.com.br/noticia-11985
Título: Ricardo Vélez Rodríguez elenca prioridades de sua gestão no MEC e anuncia novos secretários
Em cerimônia de transmissão de cargo, nesta quarta-feira, 2, na sede do MEC, em Brasília, o novo ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, destacou quais serão as diretrizes à frente da pasta. “Nossa prioridade será a educação básica, com o desenvolvimento de políticas públicas de combate – principalmente ao analfabetismo –, mas também de fortalecimento da educação em creches e escolas, de jovens e adultos, na educação especial de pessoas portadores de deficiências e na gestão das escolas, para que os estudantes concluam seus estudos no devido tempo”, afirmou.
Vélez Rodríguez foi nomeado na última terça-feira, 1º, durante a cerimônia de posse do presidente da República, Jair Bolsonaro, e do vice-presidente, general Antônio Hamilton Martins Mourão, juntamente com outros 21 ministros.
O novo ministro ressaltou, ainda que sua gestão estará focada em outros setores educacionais essenciais para o desenvolvimento do Brasil, como o ensino profissional tecnológico, as pesquisas científicas e de extensão e a inovação tecnológica nas escolas e universidades, bem como no aperfeiçoamento de programas que incentivem o empreendedorismo para a inserção no mercado de trabalho.
“Daremos atenção especial, também, aos fundos de investimento em educação e ao ensino privado, para fortalecer a qualidade dos cursos oferecidos”, disse. “Nas universidades, vamos melhorar a gestão dos recursos para que haja estímulo às linhas de pesquisa científica e tecnológica que irão fomentar políticas públicas de educação com qualidade. Há um compromisso assumido com o Brasil e a educação de todos”.
Outro ponto para alcançar o sucesso da gestão, na avaliação do ministro, é a aplicação correta e eficaz dos recursos financeiros destinados ao MEC, por meio da Lei Orçamentária Anual (LOA), para a formação e valorização dos professores e profissionais da educação em geral, como gestores e técnicos. Ricardo Vélez Rodríguez também enalteceu a importância do diálogo entre as redes estaduais e municipais de ensino, com o apoio da sociedade, para atender aos anseios da população brasileira na busca pela excelência na educação.
Nova gestão – No primeiro pronunciamento como ministro de Estado da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez relembrou o início da trajetória de Jair Bolsonaro, antes das eleições, quando o nome do então deputado federal ganhou força no país, e destacou o pouco tempo de exposição na TV durante a campanha do presidente eleito.
Segundo o ministro, Jair Bolsonaro abandonou a “zona de conforto dos congressistas” para ouvir as queixas da população, com os altos índices de criminalidade alavancados pelo processo de corrupção que assolou o Brasil nos últimos anos, atingindo “cerca de 14 milhões de famílias com elevadas taxas de desemprego”, para dar esperança aos brasileiros.
“É preciso combater o que se denominou de ideologia de gênero, com a destruição de valores culturais, da família, da igreja, da própria educação e da vida social”, pontuou. “Pautas nocivas não serão mais aceitas e vamos combater o marxismo cultural em instituições de educação básica e superior. O MEC não será um bazar de enriquecimento”.
Agenda – O próximo compromisso oficial de Ricardo Vélez Rodríguez será nesta quinta-feira, 3, quando ele participará da primeira reunião ministerial convocada pelo presidente Jair Bolsonaro. No encontro, o ministro da Educação deverá apresentar o funcionamento de sua pasta diante da nova estrutura administrativa criada pelo governo federal. Para tanto, terá como suporte um relatório técnico atualizado contendo as principais ações de todos os programas da pasta em andamento, incluindo o detalhamento orçamentário.
Perfil – Colombiano naturalizado brasileiro em 1997, Ricardo Vélez Rodríguez tem 75 anos e possui um vasto currículo profissional. É graduado em filosofia pela Universidade Pontifícia Javeriana, da Colômbia, e em teologia, pelo Seminário Conciliar de Bogotá. É mestre em filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e doutor na mesma área pela Universidade Gama Filho, também do Rio de Janeiro.
Durante a trajetória profissional, foi professor em diversas instituições de educação superior brasileiras, incluindo a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e estrangeiras, em países como França, Estados Unidos e na própria Colômbia. Também é professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), instituição que atua na formação de oficiais de alta patente.
Novos secretários – Durante a cerimônia de transmissão de cargo, o ministro Ricardo Vélez Rodríguez apresentou os novos secretários que vão compor o organograma do MEC em sua gestão. São eles: Luiz Antonio Tozi (Secretaria Executiva), Mauro Rabelo (Secretaria de Educação Superior – Sesu), Alexsandro Ferreira de Souza (Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – Setec), Marco Antônio Barroso (Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior – Seres), Tânia Leme de Almeida (Secretaria de Educação Básica – SEB), Bernardo Goytacazes de Araújo (Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação) e Carlos Francisco de Paula Nadalim (Secretaria de Alfabetização).
Para as autarquias federais vinculadas ao MEC, foram anunciados: Anderson Ribeiro Correia (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes), Carlos Alberto Decotelli da Silva (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE), Marcos Vinícius Rodrigues (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Inep) e o general Oswaldo de Jesus Ferreira (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh).
Gestão anterior – O ex-ministro Rossieli Soares aproveitou a ocasião para fazer um balanço do período em que esteve à frente da pasta. Mencionou a dedicação de seu antecessor, Mendonça Filho, para a continuidade e os avanços obtidos durante sua gestão e destacou que ainda há um longo caminho para que a educação brasileira atinja os níveis desejáveis para um país desenvolvido. Em sua avaliação, o Brasil precisa priorizar importantes agendas educacionais para seguir evoluindo.
“Tivemos importantes avanços, como a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a reforma do ensino médio e a revitalização do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD)”, apontou. “A educação básica é o caminho para o crescimento do Brasil e é preciso priorizar a aprendizagem. Agradeço a todos os colaboradores que permitiram o sucesso da gestão”, concluiu.
FONTE: MEC – Assessoria de Comunicação Social
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Veículo: Rádio Cidade RS FM
Editoria: Notícias
Data: 08/01/2019
Link: http://www.radiocidaders.fm.br/noticia-11985
Título: Ricardo Vélez Rodríguez elenca prioridades de sua gestão no MEC e anuncia novos secretários
Em cerimônia de transmissão de cargo, nesta quarta-feira, 2, na sede do MEC, em Brasília, o novo ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, destacou quais serão as diretrizes à frente da pasta. “Nossa prioridade será a educação básica, com o desenvolvimento de políticas públicas de combate – principalmente ao analfabetismo –, mas também de fortalecimento da educação em creches e escolas, de jovens e adultos, na educação especial de pessoas portadores de deficiências e na gestão das escolas, para que os estudantes concluam seus estudos no devido tempo”, afirmou.
Vélez Rodríguez foi nomeado na última terça-feira, 1º, durante a cerimônia de posse do presidente da República, Jair Bolsonaro, e do vice-presidente, general Antônio Hamilton Martins Mourão, juntamente com outros 21 ministros.
O novo ministro ressaltou, ainda que sua gestão estará focada em outros setores educacionais essenciais para o desenvolvimento do Brasil, como o ensino profissional tecnológico, as pesquisas científicas e de extensão e a inovação tecnológica nas escolas e universidades, bem como no aperfeiçoamento de programas que incentivem o empreendedorismo para a inserção no mercado de trabalho.
“Daremos atenção especial, também, aos fundos de investimento em educação e ao ensino privado, para fortalecer a qualidade dos cursos oferecidos”, disse. “Nas universidades, vamos melhorar a gestão dos recursos para que haja estímulo às linhas de pesquisa científica e tecnológica que irão fomentar políticas públicas de educação com qualidade. Há um compromisso assumido com o Brasil e a educação de todos”.
Outro ponto para alcançar o sucesso da gestão, na avaliação do ministro, é a aplicação correta e eficaz dos recursos financeiros destinados ao MEC, por meio da Lei Orçamentária Anual (LOA), para a formação e valorização dos professores e profissionais da educação em geral, como gestores e técnicos. Ricardo Vélez Rodríguez também enalteceu a importância do diálogo entre as redes estaduais e municipais de ensino, com o apoio da sociedade, para atender aos anseios da população brasileira na busca pela excelência na educação.
Nova gestão – No primeiro pronunciamento como ministro de Estado da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez relembrou o início da trajetória de Jair Bolsonaro, antes das eleições, quando o nome do então deputado federal ganhou força no país, e destacou o pouco tempo de exposição na TV durante a campanha do presidente eleito.
Segundo o ministro, Jair Bolsonaro abandonou a “zona de conforto dos congressistas” para ouvir as queixas da população, com os altos índices de criminalidade alavancados pelo processo de corrupção que assolou o Brasil nos últimos anos, atingindo “cerca de 14 milhões de famílias com elevadas taxas de desemprego”, para dar esperança aos brasileiros.
“É preciso combater o que se denominou de ideologia de gênero, com a destruição de valores culturais, da família, da igreja, da própria educação e da vida social”, pontuou. “Pautas nocivas não serão mais aceitas e vamos combater o marxismo cultural em instituições de educação básica e superior. O MEC não será um bazar de enriquecimento”.
Agenda – O próximo compromisso oficial de Ricardo Vélez Rodríguez será nesta quinta-feira, 3, quando ele participará da primeira reunião ministerial convocada pelo presidente Jair Bolsonaro. No encontro, o ministro da Educação deverá apresentar o funcionamento de sua pasta diante da nova estrutura administrativa criada pelo governo federal. Para tanto, terá como suporte um relatório técnico atualizado contendo as principais ações de todos os programas da pasta em andamento, incluindo o detalhamento orçamentário.
Perfil – Colombiano naturalizado brasileiro em 1997, Ricardo Vélez Rodríguez tem 75 anos e possui um vasto currículo profissional. É graduado em filosofia pela Universidade Pontifícia Javeriana, da Colômbia, e em teologia, pelo Seminário Conciliar de Bogotá. É mestre em filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e doutor na mesma área pela Universidade Gama Filho, também do Rio de Janeiro.
Durante a trajetória profissional, foi professor em diversas instituições de educação superior brasileiras, incluindo a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e estrangeiras, em países como França, Estados Unidos e na própria Colômbia. Também é professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), instituição que atua na formação de oficiais de alta patente.
Novos secretários – Durante a cerimônia de transmissão de cargo, o ministro Ricardo Vélez Rodríguez apresentou os novos secretários que vão compor o organograma do MEC em sua gestão. São eles: Luiz Antonio Tozi (Secretaria Executiva), Mauro Rabelo (Secretaria de Educação Superior – Sesu), Alexsandro Ferreira de Souza (Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – Setec), Marco Antônio Barroso (Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior – Seres), Tânia Leme de Almeida (Secretaria de Educação Básica – SEB), Bernardo Goytacazes de Araújo (Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação) e Carlos Francisco de Paula Nadalim (Secretaria de Alfabetização).
Para as autarquias federais vinculadas ao MEC, foram anunciados: Anderson Ribeiro Correia (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes), Carlos Alberto Decotelli da Silva (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE), Marcos Vinícius Rodrigues (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Inep) e o general Oswaldo de Jesus Ferreira (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh).
Gestão anterior – O ex-ministro Rossieli Soares aproveitou a ocasião para fazer um balanço do período em que esteve à frente da pasta. Mencionou a dedicação de seu antecessor, Mendonça Filho, para a continuidade e os avanços obtidos durante sua gestão e destacou que ainda há um longo caminho para que a educação brasileira atinja os níveis desejáveis para um país desenvolvido. Em sua avaliação, o Brasil precisa priorizar importantes agendas educacionais para seguir evoluindo.
“Tivemos importantes avanços, como a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a reforma do ensino médio e a revitalização do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD)”, apontou. “A educação básica é o caminho para o crescimento do Brasil e é preciso priorizar a aprendizagem. Agradeço a todos os colaboradores que permitiram o sucesso da gestão”, concluiu.
FONTE: MEC – Assessoria de Comunicação Social
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Veículo: Rádio Cidade RS FM
Editoria: Notícias
Data: 08/01/2019
Link: http://www.radiocidaders.fm.br/noticia-11984
Título: Ricardo Vélez Rodríguez é nomeado ministro da Educação
O filósofo Ricardo Vélez Rodríguez foi nomeado nesta terça-feira, 1º, como ministro da Educação do governo do presidente da República, Jair Bolsonaro. O ato de nomeação de Vélez e dos outros 21 ministros da nova gestão do país foi assinado pelo presidente Jair Bolsonaro logo após a cerimônia de sua posse como 38º presidente da República e do general Antônio Hamilton Martins Mourão como seu vice-presidente.
O início da gestão de Ricardo Vélez Rodríguez no Ministério da Educação ocorre, oficialmente, nesta quarta-feira, 2, quando será realizada a cerimônia de transmissão de cargo, na sede do MEC, em Brasília. Na quinta-feira, 3, Rodríguez participará da primeira reunião ministerial convocada por Jair Bolsonaro, evento confirmado pela secretaria da Casa Civil da Presidência da República.
No encontro, o primeiro desafio do ministro da Educação será o de organizar o funcionamento de sua pasta dentro da nova estrutura administrativa criada pelo Governo Federal, assim como os demais ministérios. O novo titular do MEC, inclusive, já tem em mãos um relatório técnico atualizado contendo as principais ações de todos os programas da pasta em andamento, incluindo o detalhamento orçamentário.
Perfil – Colombiano naturalizado brasileiro, Ricardo Vélez Rodríguez tem 75 anos e possui um vasto currículo profissional. É graduado em Filosofia pela Universidade Pontifícia Javeriana, da Colômbia, e em Teologia, pelo Seminário Conciliar de Bogotá. É mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e doutor na mesma área pela Universidade Gama Filho, também do Rio de Janeiro.
Durante a trajetória profissional, foi professor em diversas universidades brasileiras, incluindo a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e estrangeiras, em países como França, Estados Unidos e na própria Colômbia. Também é professor-emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), instituição que atua na formação de oficiais de alta patente.
Posse presidencial – Em seu discurso de posse, o presidente da República, Jair Bolsonaro, destacou os desafios para o Brasil voltar a crescer nas principais áreas, como economia, saúde, segurança, educação e política externa. Ele reafirmou seu compromisso com o combate ao que denomina ideologia de gênero. “Vamos unir o nosso povo, valorizar a família, respeitar as religiões e nossa tradição judaico-cristã, combater a ideologia de gênero, conservando os nossos valores. O Brasil voltará a ser um país livre das amarras ideológicas”, afirmou.
Jair Bolsonaro reiterou que sua gestão não gastará mais do que arrecada, que os contratos serão cumpridos e que seu mandato fará “reformas estruturantes”. Ele pediu o apoio dos congressistas para as propostas que enviará ao Congresso Nacional e que conta com esta contribuição para libertar o Brasil da corrupção. “Trabalharei incansavelmente para que o Brasil encontre seu destino e se torne uma grande nação”, disse.
A educação também foi destaque no pronunciamento de Jair Bolsonaro. Ele ressaltou que, para colocar em prática o projeto que a maioria do povo brasileiro democraticamente escolheu, é preciso combater a ideologização das crianças e a desvirtuação dos direitos humanos, restabelecendo padrões éticos e morais, fazendo as reformas necessárias e desburocratizando o governo. “Vamos priorizar a educação básica, a educação das nossas crianças e adolescentes, que são o futuro do Brasil”, concluiu.
FONTE: MEC – Assessoria de Comunicação Social
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Veículo: G1
Editoria: Economia
Data: 08/01/2019
Título: Mulheres sobrecarregadas e homens desempregados: famílias brasileiras chegam a 2019 ainda em crise
Por BBC News Brasil em São Paulo
8 janeiro 2019
Depois que Alexandre perdeu o emprego, Alessandra passou a sustentar a casa
De pé no meio da cozinha, Alessandra aperta os olhos para enxergar as letras pequenas. Ela segura o papel com as duas mãos e treme um pouco.
“Insônia, cefaleia, ideias suicidas…Nossa, você toma algo para ansiedade e pode ter ideias suicidas!”, ri, meio sem jeito.
Caixas com tarjas vermelhas e pretas estão enfileiradas sobre o micro-ondas. É dentro de uma delas que Alessandra guarda a bula.
“Mas você sabe, esse é o melhor ansiolítico que existe!”
Apesar dos efeitos colaterais, são os remédios que ajudam Alessandra, 45, a dormir, acordar e respirar durante crises de asma, bronquite e síndrome do pânico. Essas doenças apareceram há alguns anos, quando sua vida começou a mudar.
Em 2014, o marido de Alessandra deixou um emprego como gerente de logística e não conseguiu arrumar outro. Desde então, é o salário dela como agente de viagens que sustenta a casa, onde também mora uma de suas filhas, de 18 anos e desempregada. Responsável pelas contas, sem carteira assinada, dinheiro no banco ou gastos que ainda possa cortar, Alessandra está cansada e doente. E é assim que ela e sua família chegam a 2019.
O amor na crise: com mulher responsável pelas contas, marido assume tarefas domésticas
A recente recessão vivida pelo Brasil foi a maior desde os anos 1980, quando o Comitê de Datação de Ciclos Econômicos, da Fundação Getulio Vargas (FGV), começou a medir as crises brasileiras. Em 11 trimestres, entre 2014 e 2016, o PIB do país acumulou uma queda de 8,6%. Nesse período, o desemprego chegou a atingir 14,2 milhões de pessoas e a renda per capita caiu 9,4%, o segundo pior resultado do século. Durante uma das crises mais longas de nossa história, muitas famílias passaram por transformações semelhantes às experimentadas por Alessandra.
Uma delas merece destaque, por influenciar com força as dinâmicas familiares: o protagonismo das esposas, grupo que não tinha salário ou cujo salário era secundário no sustento da casa. Na maioria dos casos, elas são as esposas ou companheiras, enquanto os maridos se identificam como “chefes de família”.
‘Tem semana em que a gente não tem grana’, diz Alessandra sobre mudanças na vida da família após a crise
Um levantamento feito para a BBC News Brasil pelo professor Marcelo Neri, diretor do centro de políticas sociais da FGV, com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), indica que as cônjuges se saíram melhor do que os chefes de família durante a recessão. Elas tiveram aumentos expressivos de renda, horas trabalhadas e participação no mercado de trabalho. Nesta reportagem, o termo será usado no feminino já que 72,5% dos que ocupam esse papel são mulheres, de acordo com a Pnad de 2017. É importante ressaltar que muitas brasileiras também são chefes – 29,28% das brasileiras exercem essa função em casa.
Os dados da Pnad mostram que, entre o segundo trimestre de 2015 e o segundo trimestre 2018, a renda das mulheres do casal cresceu 17,9% enquanto que a dos principais responsáveis pelo domicílio (cuja maioria é de homens) caiu 10,3%. O crescimento da renda do grupo das mulheres cônjuges também ultrapassou o dos jovens, os que mais sofreram com o desemprego – nesse período, a renda dos que se identificavam como filhos encolheu 9,6%.
O bom desempenho, no entanto, não é motivo de comemoração: em sua maioria, os rendimentos das mulheres não melhoraram a situação da família, mas apenas impediram que seus membros ficassem ainda mais pobres.
“A trabalhadora adicional entra no mercado para amortecer a queda de renda da família, como um colchão”, diz Neri.
“Ou seja: há um ganho individual, mas uma perda familiar.”
Na cozinha, enquanto se prepara para sair, Alessandra coloca potes de plástico com seu almoço e lanche da tarde dentro de uma bolsa de tecido.
Depois de empilhá-los, equilibra uma banana sobre eles.
“Está na hora. Vamos?”
O relógio marca 6h15.
O retrocesso
Todos os dias, Alexandre leva Alessandra até o trabalho, no centro de São Paulo
As paredes brancas da casa estão descascadas, sem pintura há algum tempo. O varal no quintal está quebrado. Ao tirar o carro da garagem, Alexandre diz que vai tentar consertá-lo mais tarde.
Alessandra senta no banco do passageiro para o trajeto de uma hora até o trabalho, no centro de São Paulo. Ela fala sobre o que mudou nos últimos anos.
“Tem semana em que a gente não tem grana. Não tem. Se eu te falar que tem dez reais na carteira é mentira”, ela diz, olhando pela janela.
“A gente nunca foi extremamente consumista…Mas começamos a ir ao shopping já almoçados, para não gastar, e a pesquisar muito só para comprar um par de tênis. Vendemos carro, cortamos telefone fixo, TV…É apertado.”
O desemprego e a perda do poder de compra que ele traz geram sofrimento, diz a professora da Unicamp e presidente da Associação Brasileira de Estudos do Trabalho Angela Araújo. Isso porque, ao longo do tempo, tais condições obrigam as famílias a repensarem até as pequenas escolhas: optar por roupas mais baratas e às vezes diminuir a quantidade de comida.
“A classe média e média baixa sofreram muito com a crise. As famílias não conseguiram manter o padrão de vida, que se tornou descendente. E a tendência ainda é essa: de queda.”
Alexandre, 49, trabalhava em distribuidoras de alimento há 20 anos quando, em 2014, depois de desentendimentos com colegas, pediu demissão. Ele tinha experiência, dinheiro guardado e, antes de procurar uma vaga, decidiu tirar alguns meses de descanso. Ao começar a enviar currículos, notou algo diferente. Os amigos também estavam desempregados, sua antiga empresa havia fechado e nas entrevistas, em vez dos dez candidatos habituais, 40 disputavam os cargos mais altos.
“Foi quando eu percebi que o mercado estava sumindo”, ele diz, dando de ombros.
“É muito estressante você não ter grana para fazer o que fazia”, Alessandra interrompe.
“A gente saia todo final de semana, né, Alê?”, ela vira para o marido enquanto o trânsito para na avenida. “A gente dava uma volta no sábado ou no domingo, ia comer fora. Agora deixamos de ter lazer…”
Na agência de viagens, onde ganha pouco mais de R$ 4 mil por mês, Alessandra manteve sua função. Seu salário, que então ajudava a pagar as contas, tornou-se o único da casa.
Contratam-se mulheres
Em períodos de crise, os empregadores preferem contratar ou manter mulheres em suas empresas, dizem professores entrevistados pela BBC News Brasil. Apesar de a taxa de desemprego ser tradicionalmente maior entre elas, durante recessões os empresários são guiados pela necessidade: mulheres têm salários menores do que homens e, em geral, aceitam condições de trabalho menos garantidas.
Em 2017, de acordo com a Pnad, os homens ganhavam, em média, 29,7% a mais do que as mulheres.
“Elas têm uma formação melhor, mais escolaridade, mas salários menores. Ganhar menos ou aceitar emprego em condições piores, sem carteira, é uma característica do emprego feminino que atrai as empresas. As empresas querem reduzir custos, se livrar das leis trabalhistas. É uma questão de sobrevivência”, diz a professora do Departamento de Economia da PUC Anita Kon.
As mudanças estruturais no mercado brasileiro foram fundamentais para permitir que mulheres como Alessandra se tornassem provedoras durante a crise, acrescenta a professora Angela Araújo.
Uma dessas transformações foi o crescimento, na última década, do setor de serviços de educação e saúde, onde elas são maioria. Desde o começo dos anos 2010, esse tipo de ocupação ultrapassou os serviços domésticos como a função que mais emprega brasileiras.
Por trás da expansão dos serviços, explicam os entrevistados, está a multiplicação de sistemas privados de educação e saúde – faculdades e clínicas particulares -, muitos deles contratantes de empresas terceirizadas. Por causa disso, os professores alertam que boa parte dessas vagas oferece condições precárias de trabalho.
Para a economista e professora da UFRJ Lena Lavinas, a flexibilização, impulsionada pela reforma trabalhista, também pode ter ajudado a entrada ou permanência das mulheres em seus cargos. Com a possibilidade de negociação direta entre patrão e funcionário e de contratos de trabalho intermitente com salários mais baixos, por exemplo, a resistência à contratação de mulheres – por receio de que engravidem ou faltem para se dedicar aos filhos – é menor.
Alessandra recebe como Pessoa Jurídica desde 2016. Ela pediu para ser mandada embora porque não conseguia mais pagar o colégio da filha caçula e queria ganhar sua rescisão para quitar as mensalidades. Sua chefe sugeriu que ficasse, mas deixasse de ter a carteira assinada. Hoje Alessandra recebe o salário sem descontos e passou a trabalhar mais – ligações e mensagens fora do horário comercial são comuns.
Se setores marcados pela presença feminina cresceram na última década, o mesmo não se pode dizer dos “masculinos”. A construção civil foi a campeã em demissões em 2017. Foram 104 mil vagas fechadas, como mostram dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). A indústria de transformação demitiu 20 mil pessoas.
Alexandre diz que já em 2014 percebia que seu setor não ia bem.
“Às vezes estourava em vendas e daqui a pouco não vendia nada. Antes de sair, vi que as empresas diziam que não dava para pagar a distribuição.”
Enquanto Alexandre dirige, Alessandra conta sobre quando deixou o emprego para acompanhar o marido em uma transferência. Então, seu salário era apenas um complemento.
“Uma vez fiquei fora do mercado por três meses e só depois comecei a procurar emprego. Quando a gente foi para o interior, fiquei parada mais de um ano”, ela diz.
“Falei pra ela ‘se quiser, trabalha, se não quiser, fica em casa’. Quando ela ficou desempregada, era diferente. Não era tão ruim…”, Alexandre continua a explicação, olhando pelo retrovisor.
As trajetórias profissionais das mulheres costumam ter um movimento de entrada e saída do mercado para se adaptar ao itinerário da família, explica a professora do Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Juiz de Fora Ana Claudia Moreira Cardoso. E seria por isso que muitas não conseguem subir na hierarquia profissional e permanecem auxiliares no sustento da casa.
“Essas entradas e saídas também são uma maneira de manter a desigualdade, porque você não está dando as mesmas chances para os dois sexos. Elas perdem a oportunidade de construir uma carreira”, diz Cardoso, que estudou a vivência dos trabalhadores e os processos de negociação coletiva em seu doutorado.
Além dela, outros professores entrevistados pela BBC News Brasil defendem que, apesar de consistente e representativa de uma luta por autonomia, a entrada das mulheres na força de trabalho aconteceu pela porta lateral.
Nos últimos anos, sobrecarregada de trabalho, Alessandra desenvolveu várias doenças
Seus salários sempre foram inferiores aos dos homens e encarados como uma “ajuda”; elas eram e são maioria nos empregos de tempo parcial, para dar conta das tarefas domésticas; e as funções que ocupavam ainda se parecem muito com as ditas “atividades femininas”: o cuidado, em diferentes acepções.
“O maior espaço que encontram são as funções parecidas com as que já faziam no domicílio, que é o cuidado do outro: saúde, educação, serviços domésticos. Entende-se que mulheres são boas para cuidar”, diz Cardoso.
No entanto, mesmo com todas essas dificuldades, trabalhar tornou-se parte da identidade feminina, pondera a socióloga e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro Bila Sorj. Segundo ela, é improvável que mulheres que agora veem seus rendimentos tornarem-se tão importantes para a sobrevivência da família voltem a ficar em casa.
“Isso não regride porque elas realmente se percebem como trabalhadoras, como tendo uma participação no mundo público. A mulher considera que participar do mercado é um valor.”
Todas essas transformações mexem com as definições tradicionais de “chefes de família” e “cônjuges”.
“Ela é a única que põe um dinheiro em casa. Eu só ponho uns trocados”, Alexandre comenta, enquanto o carro se aproxima do centro de São Paulo.
“Ela virou a chefe da família”, ele diz, ao estacionar em frente a um dos prédios cinzas da rua da Consolação. Alessandra abre a porta, bolsa e sacola em mãos, seguida pelo marido. Na calçada, fumam um último cigarro.
Ela vai passar as próximas oito horas no escritório; ele será motorista para um aplicativo de táxi. É assim que tira seus “trocados”.
O motorista
Alexandre demorou a aceitar que ser motorista era sua única opção. Foram dois anos de currículos recusados até ser convencido a tentar.
“No começo eu não queria”, ele diz ao voltar para o carro. “Eu tinha um cargo de chefia e você ainda está em cima do pedestal: não tem mais dinheiro, mas se acha conde, duque…”
O telefone toca. Ele tem um novo passageiro.
De acordo com os professores entrevistados, a crise econômica e os altos níveis de desemprego que os brasileiros experimentam há anos são, claro, determinantes para o desânimo observado hoje. Mas eles ressaltam que há algo a mais nesse cenário: uma mudança profunda das vagas oferecidas, cada vez mais flexíveis e frágeis.
À recessão, dizem, soma-se o contexto da reforma trabalhista, texto aprovado em 2017 que regulamentou contrários temporários e intermitentes e permitiu a negociação direta entre empregadores e empregados. Para esses especialistas, o Brasil seguiu uma tendência mundial de fragilizar as contratações, tornando-as mais esporádicas e sem garantias.
O professor de sociologia do trabalho da Unicamp Ricardo Antunes afirma que essas transformações fazem parte do que é chamado de quarta revolução industrial ou indústria 4.0. Nela, estaria incluída a substituição, como motor da economia, da indústria – um setor de relações trabalhistas bem estruturadas – pelos serviços, onde essas trocas são mais flexíveis.
“A precarização é ainda mais intensa aqui porque a sociedade brasileira já nasceu sob a égide do trabalho escravo – só que hoje ele é de outro tipo. O empresário acha que só por dar trabalho é um benfeitor.”
Enquanto segue em busca de outros passageiros, Alexandre conta que hoje, em entrevistas de emprego, as condições oferecidas são diferentes das que estava acostumado: são muitas exigências para um salário menor.
“O que eles querem? Que você seja PJ (pessoa jurídica) e receba R$ 3 mil para montar toda uma operação de logística”, ele diz, enquanto o aplicativo apita.
“Chega num ponto em que você fala ‘beleza, eu vou’. Mas sei que esse tipo de coisa não dá certo…”
Como Alessandra passou a trabalhar muito, Alexandre assumiu as tarefas domésticas
Empregos digitais
Diretamente implicadas nessa nova fase estão as plataformas digitais, acrescenta a professora Ana Claudia Moreira Cardoso. Os aplicativos de táxi usados por Alexandre, por exemplo, seriam um símbolo do tipo de relação trabalhista para o qual o Brasil estaria caminhando: virtuais e efêmeras.
“Muitas dessas empresas de plataforma digital tentam se vender como sinônimo de autonomia e liberdade, dizendo que o trabalhador vai ser independente. As pessoas compram isso mas, quando entram, percebem que é uma falácia porque, se querem ter rendimento, precisam trabalhar pra caramba. A liberdade cai por terra.”
“Hoje diminuiu até o ganho do motorista de aplicativo porque todo dia aumenta cem carros na rua”, Alexandre diz, dando de ombros.
Tudo o que ele ganha vai para compras básicas no supermercado.
“Para o cara fazer um bom dinheiro precisa trabalhar doze, catorze horas por dia”, diz.
Uma crise longa combinada a novas formas de encarar o trabalho seria a receita ideal para despertar um sentimento nos brasileiros: o medo.
Em junho do ano passado, o Índice de Medo de Desemprego da Confederação Nacional da Indústria (CNI) atingiu um dos piores resultados da série histórica, com 67,9 pontos. Calculado desde 1996, o indicador melhorou um pouco em setembro (65,7), mas ainda assim está muito acima da média histórica, de 49,7 pontos.
Dirigindo seu carro em direção à zona leste, onde prefere continuar o dia como motorista, Alexandre fala que aprendeu com a experiência do aplicativo. Ouvir os desabafos das pessoas lhe deu perspectiva sobre sua própria vida.
“Você vira meio que um psicólogo”, ele pondera, avançando sob os viadutos da Radial Leste.
“É uma terapia e tanto. Você percebe que não é o único que está ruim. Numa semana peguei uma gerente de RH que iria mandar dois mil funcionários embora.”
Ele entra em uma rua lateral e aponta para a direita.
“Olha isso, há uns meses não tinha morador de rua aqui. É como eu disse, sempre pode ser pior…”
Numa praça, folhas de papelão e barracas cobrem os canteiros. Um grupo de homens está sentado em roda, passando uma garrafa de vidro de mão em mão.
A sobrecarga
Quando Alexandre e Alessandra se reencontram, às 18h, dão um beijo rápido e fumam mais um cigarro em frente ao escritório, na República. Ainda é dia por efeito do horário de verão e uma luz amarela cai sobre os prédios do centro de São Paulo.
“Não gosto desse horário”, Alessandra diz, já dentro do carro. “Parece que estou fazendo algo errado, que não trabalhei.”
“Que besteira”, Alexandre ri. “Como foi lá?”
“Tudo bem. Hoje estou bem”, Alessandra responde, olhando pela janela enquanto eles avançam pelas ruas da Sé, cheias de homens e mulheres apressados.
“Aproveitamos esse momento para fazer piada”, Alexandre diz à reportagem, batucando com as mãos no volante.
“Senão, ninguém aguenta.”
Ele pede que Alessandra abra um vídeo no WhatsApp. Ela segura o celular e estende o braço em direção ao para-brisa, para que o marido consiga assistir. Com sotaque caipira, um YouTuber anuncia as “cinco dicas para você que é pobre”.
Com os olhos na tela, Alessandra ri, o rosto relaxado. Mas não é sempre assim.
Alexandre busca a mulher toda semana porque ela já teve crises de pânico e desmaiou no ônibus ao voltar do trabalho. Ela também chegou a passar mal dentro do carro.
Alessandra tira uma bombinha de asma da bolsa e aperta o tubo de plástico duas vezes, com o bocal entre os lábios.
“Ela tem uma farmácia aqui. Já virei sócio das farmácias do bairro”, Alexandre brinca.
“Não é só a pressão do trabalho, é toda a situação. Ela estava trampando que nem doida para colocar comida na mesa, fazia isso e aquilo, limpava e ainda tentava agradar”, diz, sacodindo a cabeça.
‘Todo homem é machista’, diz Alexandre, sobre dificuldade de assumir tarefas domésticas
Além do trabalho fora de casa, mulheres sempre dedicaram mais tempo às tarefas domésticas do que os homens. Com muitas delas tornando-se as principais responsáveis pela renda no Brasil, a tendência à sobrecarga é inegável, dizem os entrevistados pela BBC.
Dados da Pnad Contínua de 2017 mostram que as mulheres dedicam, em média, 20,9 horas semanais a afazeres domésticos e no cuidado de parentes ou moradores, enquanto os homens gastam metade desse tempo: 10,8 horas.
“O que acontece e acontecerá ainda é uma sobrecarga, enquanto os homens não se convencerem de que é preciso dividir”, diz a professora Hildete Melo, da Universidade Federal Fluminense, que há décadas estuda mercado de trabalho e relações de gênero. “E agora, nesse cenário, a mulher trabalha ainda mais.”
Todas essas cobranças levam a um adoecimento que não é só físico, mas mental. A professora Ana Cardoso explica que transtornos como depressão, ansiedade e síndrome do pânico são mais comuns nos serviços, setor bastante feminino, enquanto que em postos identificados como masculinos, em fábricas ou construtoras, os danos físicos são mais frequentes.
“Se a gente pensar que estamos em uma sociedade na qual ainda não se reconhece o adoecimento mental como verdadeiro, nem pelo público, nem pelo Estado, até a doença delas têm menos valor.”
Há, no entanto, quem veja a crise como oportunidade de reverter padrões de comportamento.
“É mais frequente hoje você ter maridos que realizem tarefas ditas femininas porque estão desempregados: lavar roupa, cozinhar. Isso vem de um movimento duplo, que inclui a luta feminina e feminista, mas também o papel secundário que os homens começaram a ter em razão do desemprego”, diz o professor Ricardo Antunes, da Unicamp.
Foi isso que aconteceu com Alessandra e Alexandre. Às quartas, ele faz faxina.
“O Alê deu um salto nesse negócio de machismo, de orgulho”, Alessandra conta no meio do trajeto de volta, quando a noite já caiu.
“Ele aspira, passa pano, tira pó. Antes ele trabalhava que nem um louco e não tinha tempo, né. E a gente sempre teve quem ajudasse na casa. Essa mudança foi um pulo para nós dois”, ela sorri.
Quando o carro volta à garagem, na Vila Industrial, a rua está vazia, como no começo da manhã. Antes de entrar em casa, eles se apoiam no portão de ferro e fumam mais um cigarro.
Ali ao lado está o Subaru 1991 que Alexandre comprou há quatro anos, quando ainda estava empregado.
“Era meu sonho de consumo”, ele diz, o cigarro queimando entre os dedos.
Seu plano era reformar o carro, o que ele começou por conta própria, mas precisou interromper. Até o licenciamento deixou de pagar.
“Eu não tirava da garagem mesmo”, ele dá de ombros.
Apoiada no Subaru, Alessandra chama o marido.
“Lembra, Alê? Antes a gente costumava ir para o Guarujá no fim de semana só para sujar a bunda de areia e voltar.”
Alexandre sorri.
“Agora não dá mais”, ela diz.
Alessandra pega o saco de pão que vai servir de jantar e entra em casa. São 20h30.
A faxina
A manhã de quarta-feira está clara e silenciosa na Vila Industrial. É o silêncio das casas vazias: adultos no trabalho, crianças na escola, e uma ou outra senhora a cruzar a rua.
Alexandre aparece no portão de chinelos verde e amarelo, camiseta do Corinthians e bermuda surrada.
É dia de faxina.
Em 2016, quando o dinheiro que tinha guardado acabou e não havia emprego à vista, ele ficou preocupado.
Em meio a entrevistas frustradas, a preocupação virou agitação, que se transformou em raiva, desânimo e inércia, até desembocar numa depressão
“Eu apagava tudo quanto era luz, ligava o videogame e ficava lá sentado. Para mim, eu só dava despesa. Quando você perde tudo, sua autoestima vai embora”, ele diz, tomando um café preto em pé na cozinha.
“Em 2017, virei aquela norte-coreano: queria explodir o mundo.”
Alexandre falou em sair de casa, porque se sentia um estorvo para a família. Nesse meio tempo, Alessandra começou a apresentar sinais de síndrome do pânico. Sentia falta de ar, não conseguia ficar em lugares fechados, estava cansada o tempo todo. A cada fim de semana, mostrava-se mais lenta para limpar.
“Fiquei cego”, Alexandre diz, enquanto coloca o copo de café na pia, sobre o resto da louça suja.
“Me via como vítima, só que não percebia que Alessandra estava doente. Até que um dia nós sentamos e conversamos. Aí vi que estava tudo errado”, diz, apertando as mãos.
Ele segue para o quarto para fazer a cama. Agita o lençol de elástico, ajusta-o ao redor do colchão e passa a mão sobre o tecido para que fique liso.
Sacode os travesseiros e então estende a colcha sobre tudo.
Estudiosos do tema apontam que a divisão de tarefas é um dos principais empecilhos para que homens e mulheres sejam mais iguais no mercado de trabalho. Em The Gender Revolution: Gender & Society (A Revolução de Gênero: Gênero e Sociedade, em tradução livre), a socióloga americana Paula England observa que as mulheres têm mais incentivos para arranjar empregos e adotar comportamentos antes tidos como masculinos, enquanto os homens são desestimulados – por questões financeiras e culturais – a assumir atividades femininas. Dessa forma, as transformações ocorreriam só de um lado: as mulheres saem para o mercado, mas os homens não dedicam mais tempo à casa.
Como os incentivos não mudam, as diferenças também não diminuem. De acordo com uma análise do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), entre 1995 e 2009, a porcentagem de pessoas que fazem atividades domésticas ficou estável: mulheres sempre em torno de 90% e homens oscilando entre 46% e 50%.
Enquanto encera o chão da sala, Alexandre conta que encarar a faxina foi difícil. E não apenas por que não sabia que panos de chão e toalhas não podem ser lavados juntos. Ele diz que foi complicado, como homem, assumir essas tarefas.
“Todo homem é machista”, ele explica, pingando o lustra móveis no piso de taco. “Me abalava que ela pagava tudo, até o cigarro. Mas o cara precisa entender que não estamos mais na década de 1940.”
Mas o caso de Alessandra e Alexandre é uma exceção?
A maioria dos entrevistados acredita que há, sim, uma melhora na divisão das tarefas, mas eles divergem sobre seu alcance e profundidade. Alguns dizem que as mudanças são pequenas e estão concentradas nas classes altas e nos centros urbanos, onde há mais diálogo sobre esses assuntos.
A expectativa de todos está nos jovens.
“Os homens mais jovens são uma esperança. Começamos a ter exemplos minoritários de maridos que cozinham, lavam louça, tomam conta de criança, isso já é evidente nas classes sociais mais altas. Nas mais baixas, ainda é difícil”, diz a professora emérita da UFRJ Alice Rangel de Paiva Abreu, que tem um longo histórico de pesquisa sobre gênero e trabalho.
Para Abreu, essas alterações tímidas estão ligadas ao debate sobre os direitos da mulher, mais presentes nas conversas do brasileiro.
O mesmo tom é adotado pela professora Ana Cardoso: em suas pesquisas, percebeu que jovens parecem querer construir uma relação mais igualitária com suas companheiras. Ela atribui essa percepção à maior presença das mulheres no mercado. Segundo Cardoso, quando a regra era a mulher ficar em casa e o homem sair para ganhar dinheiro era mais difícil que o marido a encarasse como igual. Mas, à medida que começa a tornar-se independente, ela desperta uma nova visão sobre si mesma e faz com que o homem a veja de forma diferente.
A filha mais velha de Alessandra e Alexandre vive com o namorado no centro de São Paulo. No apartamento que dividem com três gatos, Talita, de 24 anos, conta que seu companheiro não só faz sua parte na limpeza, como gasta mais tempo do que ele nessas atividades.
“No geral, tenho certeza que ele faz mais coisas do que eu. Já perdi as contas das vezes em que cheguei no trabalho e ele tinha limpado tudo sozinho.”
Depois que Alessandra desmaiou no ônibus ao voltar do trabalho, Alexandre passou a buscar a mulher no trabalho
Futuro
Talita é professora de inglês e teve vários ofertas de emprego nos últimos anos. O mesmo não vale para a caçula da família, Ana, de 18 anos. Depois de terminar o colégio particular, cujas últimas mensalidades foram pagas com atraso, Ana não conseguiu passar na faculdade que desejava nem arranjar um emprego. Juntou-se, então, aos “nem-nem”, grupo de jovens que não trabalha nem estuda e já representam 23% do total dos brasileiros entre 15 e 24 anos, segundo pesquisa do Ipea.
Mas agora Ana prepara-se para estudar Economia numa faculdade onde será bolsista.
Cercado pelas cadeiras da mesa de jantar, que espalhou pela sala durante a faxina, Alexandre diz que a filha sempre quis ser economista. “Nunca mudou, você vê só.”
Ele suspira. “Mas já falei que elas precisam sair do país, não tem mais o que fazer aqui.”
As palavras que melhor definem a visão de futuro dos brasileiros, para a professora Ana Cardoso, são “falta de perspectiva”.
Há alguns anos, diz, acreditava-se que um curso superior seria suficiente para conseguir uma boa vaga. Tal crença não apenas caiu por terra, em razão dos altos níveis de desemprego, como a diminuição da renda tirou a possibilidade de estudo das classes mais baixas.
No caso dos chefes de família, Cardoso explica, a perspectiva é negativa porque quando a economia melhorar, sua inserção pode não acontecer via carteira assinada, mas por contrato temporário, e seu salário não deverá ser maior do que o recebido antes.
Duas noites antes, ao chegar do trabalho, Alessandra falava sobre o futuro quando Alexandre decidiu contar uma piada.
“Você sabe por que a esperança é a última que morre?”, ele disse.
“Porque ela é a primeira que vai embora!”
Alessandra deu um tapa no ombro do marido.
“Tiramos coisas boas desse momento, acredito que vai melhorar”, ela sorriu, antes de juntar-se a Alexandre na risada.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Colunas
Data: 08/01/2019
Título: Ecossistema de startups em Minas Gerais
Por Por Weslem Faria, Izak Carlos, Inácio Fernandes, Almir Oliveira e Leandro Venâncio
08/01/2019 às 07h00 – Atualizada 08/01/2019 às 07h19
Encontrar a solução para algum problema é sempre a ambição de qualquer empreendedor. Quando utilizam tecnologia e inovação, com um modelo de negócios de baixo custo e alta capacidade de crescimento, estas soluções são chamadas de startups. O mercado das startups cresceu rápido no Brasil nos últimos anos, devido a diversos fatores, como por exemplo, a crise econômica de 2014, que fez com que diversas pessoas, sem emprego, buscassem empreender com baixo custo. Nesse contexto, o Estado de Minas Gerais destaca-se como a região com segundo maior número de startups do Brasil, cerca de 12% do mercado brasileiro em 2018 segundo a Associação Brasileira de Startups (ABS).
A capital mineira, Belo Horizonte, desde 2005 quando o Google comprou a startup Akawan que desenvolve sistemas de busca, vem se firmando como
um pólo de inovação e tecnologia no estado. Denominada de San Pedro Valley, uma analogia ao Vale do Silício, essa região de Belo Horizonte
acomoda mais de 300 empresas, criando assim um ambiente de troca de experiência e inovação. Já em Juiz de Fora o número de startups é menor, 47
segundo a ABS. Na cidade, o CRITT (Centro regional de inovação e transferência de tecnologia) destaca-se como principal incubadora e a Universidade Federal de Juiz de Fora como a principal estrutura de formação.
Além disso, o governo do Estado de Minas Gerais tem fornecido grande apoio para esse nicho. Em 2014 foi criado o SEED (Startups and Entrepreneurship Ecosystem Development), programa do Governo que investe em startups mineiras com intuito de desenvolver a cultura empreendedora e diminuir as barreiras burocráticas para se empreender no Brasil. O programa já auxiliou 192 startups, que juntas já faturaram mais de 30 milhões gerando centenas de empregos, além da atração de R$10 milhões em investimento privado de 2014 a 2018.
Desse modo, torna-se clara a importância desse ecossistema inovador para o Estado de Minas Gerais, criando empregos e gerando renda para o
estado. Ademais, o crescimento de startups mineiras gera uma importante mão-de-obra qualificada para a difusão da cultura empreendedora e soluções para o cotidiano do mineiro. Uma startup mineira que tornou-se referência em todo Brasil foi a Sympla, empresa que facilita a compra de ingressos para os mais diversos eventos por meio de um aplicativo. Nesse movimento, quem ganha é a sociedade, que poderá contar cada vez mais com soluções viáveis, com custos menores, em menor tempo.
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Veículo: Hypeness
Editoria: Notícias
Data: 08/01/2019
Título: Escolas de elite do Sudeste criticam ministro da Educação em carta
por: Redação Hypeness
Um bloco formado por escolas construtivas de elite de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais divulgou carta ao ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, para que ele “não permita que o país entre numa rota de retrocesso”.
O texto faz críticas ao discurso de Rodriguez, dizendo que suas falas até o momento “deixam a desejar”. “Com tanto lastro intelectual, é difícil acreditar que V. Exa considere a Escola sem Partido ‘providência fundamental’”. Lembrando que o ministro defendeu o projeto em seu blog pessoal.
Para os colégios dos três estados do Sudeste, os defensores da chamada ‘despartidarização do ensino’ são um “grupo de amadores, que carece de saberes básicos sobre educação e que divulga fantasias sobre influência de partidos políticos sobre estudantes dentro de escolas de Ensino Fundamental e Médio”.
Os colégios desqualificaram o temor de uma suposta ‘doutrinação marxista’
A carta é assinada por instituições como a Escola da Vila, localizada na zona oeste de São Paulo e a Escola Viva, na zona sul da capital paulista. As mensalidades dos colégios estão na casa dos R$ 4 mil.
O ensino construtivista enxerga o conhecimento como algo construído pelo estudante, por meio de interesses e curiosidades. Sempre com acompanhamento do professor. O diferencial é pensar o aprendizado para além da transmissão de conteúdo, justamente para o surgimento da visão crítica.
O conceito está distante de filosofias planejadas pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL). O presidente, o ministro da Educação e outros nomes defendem uma educação calçada apenas em matemática, química e geografia. De acordo com o presidente, existe em marcha no Brasil uma “doutrinação marxista”.
O novo ministro quer acabar com o uso da palavra diversidade
“São muitas e complexas as razões que trouxeram a Educação Básica aos péssimos resultados que se repetem há alguns anos. Mas, certamente, entre as muitas principais delas, não estão ideologias de esquerda”, pontua o manifesto.
Além das escolas de São Paulo, a carta ao ministro Ricardo Vélez Rodriguez é assinada pelo Balão Vermelho e o Colégio Mangabeiras Parque, ambos de Belo Horizonte e a Escola Parque, instalada na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
Fim da secretaria da diversidade
Em apenas uma semana de governo, o ministro da Educação acabou com a Secadi (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão) para criar uma estrutura batizada de Modalidades Especializadas.
A pasta responsável pelo ensino de Libras está extinta
Seguindo a lógica defendida pelo presidente, será instituída também a chamada secretaria da alfabetização, supostamente distante de nichos sociais. Com isso, temas relacionados com a defesa dos direitos humanos e educação étnico-raciais, ficam enfraquecidas. A palavra diversidade, praticamente proibida.
Vélez é de origem colombiana. O novo ministro é filósofo e professor emérito da Escola de Comando e estado-maior do Exército e professor associado aposentado da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora).
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Veículo: Folha de São Paulo
Editoria: Opinião
Data: 08/01/2019
Link: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/01/fantasmas-do-ensino.shtml
Título: Fantasmas do ensino
Ministro escolhe auxiliares sem experiência de gestão e dá ênfase ao revanchismo ideológico
8.jan.2019 às 2h00
Como o chanceler Ernesto Araújo, o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, dá grande peso ao embate ideológico em suas manifestações. Em boa parte, os discursos de ambos coincidem —o que, infelizmente, ainda diz muito pouco sobre os planos do governo para o ensino público.
Tome-se como exemplo o pronunciamento de Vélez ao assumir o cargo, em que se destacou o compromisso de combater, “com denodo”, o “marxismo cultural hoje presente em instituições de educação básica e superior”.
Tampouco faltaram menções ao que se considera uma “onda globalista”, da qual faria parte a “ideologia de gênero” e cujos objetivos incluiriam solapar “a família, a igreja, a escola, o Estado e a pátria”.
Não se pode admitir, pontificou o ministro, que agências internacionais inoculem no país “pautas nocivas aos nossos costumes”.
Trata-se, como se vê, de uma extrapolação paranoica do ideário do movimento batizado de Escola sem Partido. De preocupações legítimas de pais com pregações doutrinárias, especialmente esquerdistas, em sala de aula, descamba-se para teorias conspiratórias sem amparo em nenhum tipo de pesquisa rigorosa.
Se tomar ao pé da letra a missão que se impôs, Vélez tende a criar novos riscos para o ensino nacional, tais como a censura e o denuncismo. Mais provável, porém, é que perca um tempo valioso no combate a fantasmas.
Nos momentos mais relevantes de seu discurso, o ministro afirmou que vai priorizar temas de fato centrais, como a educação básica, em especial a alfabetização, e a valorização do professor. Não apresentou, contudo, um plano de ação.
Suas primeiras medidas não se mostraram promissoras —e nem tanto pela extinção da secretaria responsável por ações de diversidade, aparentemente mais motivada pela birra com a palavra do que por alguma estratégia gerencial.
Preocupante foi a escolha de nomes para o segundo escalão. Seria de esperar que Veléz compensasse a sua inexperiência administrativa cercando-se de técnicos competentes e conhecedores dos meandros da máquina pública.
Entretanto 3 das 6 seis secretarias da pasta serão chefiadas por ex-alunos seus na Universidade Federal de Juiz de Fora. Nenhum deles possui experiência em gestão.
O MEC é uma estrutura gigantesca, que abriga mais de 40% dos servidores civis do Executivo federal. Tem pela frente enormes desafios na regulação e no financiamento do ensino público, num cenário de severa restrição orçamentária.
Dispõe ainda de conhecimento acumulado ao longo de décadas, que não pode ser substituído por cruzadas ideológicas.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 09/01/2019
Título: Museu de Arte Murilo Mendes abre inscrições para oficinas de férias em Juiz de Fora
Serão formadas duas turmas para o projeto. Atividades são gratuitas e vagas limitadas.
Por G1 Zona da Mata
09/01/2019 18h45 Atualizado há um mês
O Museu de Arte Murilo Mendes (Mamm) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) abriu nesta quarta-feira (9) inscrições para oficinas de férias. As vagas são limitadas.
O projeto é realizado em duas semanas: a primeira, entre 22 e 25 de janeiro, voltada para crianças de sete a nove anos; e a segunda, entre 29 de janeiro e 1º de fevereiro, para a faixa etária de 10 a 12 anos.
As atividades ocorrerão sempre das 13h às 17h e as crianças terão a oportunidade de conhecer mais sobre o funcionamento e a estrutura do museu e do Memorial Itamar Franco.
As inscrições devem ser feitas pelo telefone (32) 3229-7621, das 9h às 18h. A participação é gratuita, mas os responsáveis devem preparar lanches das crianças para os dias das oficinas.
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Veículo: UOL
Editoria: Blog de Jamildo
Data: 09/01/2019
Link: https://blogs.ne10.uol.com.br/jamildo/2019/01/09/inquisicao-moderna/
Título: Vice-prefeito do Recife critica ministro da Educação e MEC, no governo Bolsonaro
Publicado por jamildo em Notícias às 10:31
Inquisição moderna
Por Luciano Siqueira, em artigo especial para o blog
É relativamente frequente – infelizmente – altos cargos na gestão pública serem ocupados por personalidades incompetentes e boquirrotas.
Quando isso acontece, muitas vezes se diz que o Fulano ou Fulana está ali dizendo muita bobagem e metendo os pés pelas mãos, porém conta com uma equipe competente que faz as coisas acontecerem.
Não é uma boa fórmula, mas ocorre.
No novo ciclo político brasileiro que emergiu das urnas de outubro, e que pretende se marcar por uma espécie de moderna Inquisição – se é que algo tão obscurantista e antidemocrático pode receber a alcunha de moderno -, em várias áreas do governo central são incompetentes o chefe e sua equipe.
O insuspeito jornal Folha de S. Paulo denunciou ontem, em editorial, que o ministro da Educação, o colombiano naturalizado brasileiro Ricardo Vélez Rodríguez, ?escolhe auxiliares sem experiência de gestão e adota o revanchismo ideológico.
À semelhança do chanceler Ernesto Araujo – anota a Folha -, o titular da Educação dá ênfase exagerada ao embate ideológico e diz quase nada sobre os planos do governo para o ensino público.
Parece delirar ao reafirmar a todo instante o compromisso de combater, “com denodo”, o “marxismo cultural hoje presente em instituições de educação básica e superior”.
Tal como o seu colega do Itamaraty, promete enfrentar a “onda globalista”, da qual faria parte a “ideologia de gênero” e cujos objetivos incluiriam solapar “a família, a igreja, a escola, o Estado e a pátria”.
Na esteira desse discurso, evidente que pode surgir nas estruturas educacionais públicas o denuncismo e a perseguição próprios dos regimes ditatoriais.
Mas a equipe que poderia cuidar do “deixa disso” e arrostar os desafios da pasta? Quase ninguém com experiência qualificada na área.
Três ocupantes de secretariais setoriais, são ex-alunos de Rodriguez na Universidade Federal de Juiz de Fora, sem qualquer experiência de gestão.
Nessa linha e com o beneplácito do capitão presidente, o MEC começa a viver uma página triste de sua história, com gente sem eira nem beira com a responsabilidade de encarar enormes desafios, tendo à frente um improvisado Torquemada.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 09/01/2019
Título: Inquérito apura imagens de jovens ostentando armas no Chapadão
Em um dos vídeos suspeito atira para o alto e, no outro, sete rapazes exibem armamentos
Por Vivia Lima
09/01/2019 às 19h16- Atualizada 10/01/2019 às 16h01
A Delegacia Especializada em Homicídios instaurou inquérito para apurar os vídeos de jovens ostentando armas em um evento realizado no Chapadão, no Bairro Dom Bosco, Cidade Alta, em plena luz do dia. As imagens circulam nas redes sociais desde a última semana. A investigação é presidida pelo delegado titular da Especializada, Rodrigo Rolli, e detalhes não foram repassados à reportagem. Já o delegado regional Armando Avólio garantiu que, nos próximos dias, a comunidade terá uma resposta.
Pelo menos duas publicações foram divulgadas logo após a passagem de ano, quando, segundo moradores, as imagens teriam sido gravadas. Em um dos vídeos, um suspeito atira para o alto e, no outro, sete rapazes exibem armamentos e cantam uma música. Em determinando momento, um deles diz “só na testa viado”, apontando a arma para sua própria cabeça. Outro jovem mostra três armas e aparenta estar usando um colete balístico.
A Polícia Militar confirmou que as imagens são do Chapadão, mas não afirmou se os fatos aconteceram no dia 1º de janeiro de 2019. A apuração do setor de inteligência deve revelar se os vídeos foram gravados, de fato, durante baile realizado nessa data, assim como se o suposto colete era o mesmo usado pelas forças armadas. Anteriormente, como informou a própria corporação, operações foram realizadas para garantir a segurança no local, já que os eventos convocados pelas redes sociais são irregulares, uma vez que não possuem autorização dos órgãos públicos. No entanto, a concentração de pessoas ocorreu tanto no Natal, quanto no Réveillon, sem o uso de música ou qualquer outro fator que configurasse uma festa, informou a PM.
Somente pela avaliação das imagens a PM informou que os integrantes poderão responder pelos crimes de ameaça, porte ilegal de arma de fogo e formação de quadrilha.
Problemas recorrentes
Há um ano e cinco meses no comando da 99ª Companhia da Polícia Militar, o capitão Flávio Luiz de Campos, responsável pela segurança da Cidade Alta, que engloba 72 bairros e condomínios, garantiu que a PM já enfrentava problemas com relação aos bailes realizados de maneira clandestina no Chapadão anteriormente a este período de fim de ano. Um duplo homicídio ocorreu no local, em abril de 2017, ao final de um deste eventos. Charles Patrick Carvalho de Souza, 25 anos, e Pedro Paulo Mendes, 21, morreram depois de serem baleados por criminosos. O rapaz mais velho era o condutor do veículo interceptado por atiradores, e seu corpo foi localizado dentro do automóvel na Rua Silvério da Silveira. O carro só parou depois de chocar-se com outros sete que estavam estacionados na Rua Antônio Marinho Saraiva. O rapaz mais novo, apesar de ter sido socorrido, não resistiu aos tiros no tórax e na cabeça e veio a óbito horas depois. Um terceiro ocupante, 22, teve ferimentos no braço, recebeu atendimento médico e foi liberado.
No ano passado, um garoto, 17, e uma mulher, 37, também foram vítimas de tentativa de homicídio durante uma festa no Chapadão. Uma das vítimas contou à PM que bandidos encapuzados chegaram ao endereço e, em determinado momento, deram início a uma troca de tiros com outras pessoas. Os dois foram feridos e deram entrada no hospital Monte Sinai. Apesar de a unidade afirmar que os atendimentos dos dois ocorreu dentro da normalidade, houve denúncia de que dois criminosos teriam invadido o hospital a fim de “terminarem o serviço”. À época, a motivação do tiroteio não foi esclarecida pela PM.
Combate à criminalidade
Para evitar crimes violentos como estes, além de roubos e tráfico de drogas, a PM vem realizando operações na localidade. Na avaliação da corporação, tais ações têm surtido efeito. No carnaval de 2018, de acordo com dados divulgados pela PM a pedido da Tribuna, foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão no Bairro Dom Bosco durante uma única manobra, que contou com a participação de 120 policiais. No mesmo ano, foram desencadeadas 268 operações e apreendidas quatro armas de fogo. No período, a PM contabilizou oito roubos e um homicídio, contra dez assaltos e três mortes violentas em 2017. No comparativo com o ano passado, o número de operações foi maior, sendo desencadeadas 301 ações. Para a PM, a queda representa a eficácia do trabalho desenvolvido na comunidade e as apreensões realizadas em anos anteriores. “As recorrentes batidas que desencadeamos no bairro têm tranquilizado moradores e coibido ações criminosas”, afirmou Campos.
Apesar do decréscimo nas estatísticas, o comandante pontuou que há subnotificação de crimes. “Muitos deles, principalmente os roubos, caem na conta da 32ª Cia. da PM, pois é responsável pela região Sul. É sabido que moradores do Dom Bosco cometem assaltos, principalmente a frequentadores do shopping. Entretanto, os dados são registrados pela 32ª, uma vez que ali é divisa de área.”
O comandante disse ainda temer que durante o período carnavalesco esses números aumentem. “Nossa preocupação é para o caso de não haver eventos oficiais realizados pela Prefeitura, pois, assim, há maior possibilidade de eles organizarem este tipo de baile irregular. É um período propício para a ocorrência de crimes”, garantiu o policial. A Prefeitura já confirmou a realização do Corredor da Folia para este ano, entretanto, a Funalfa esclareceu que, pelo menos até 2018, os blocos carnavalescos do Bairro Dom Bosco não faziam parte da programação oficial. Para isso, é necessário preencher um cadastro e cumprir uma série de determinações e requisitos, não apenas da Prefeitura como também do Corpo de Bombeiros.
Aproximação com a comunidade
Outra medida adotada pela PM são os projetos de aproximação com a comunidade, desenvolvidos com moradores em parceria com Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Por meio de projetos de extensão, as instituições buscam ressignificar o espaço. Em 2018, de janeiro a setembro, pelo menos 27 casos de roubos e furtos foram registrados na universidade e nas proximidades de acesso ao campus, conforme dados do sistema de Registro de Eventos de Defesa Social (Reds). Em um único fim de semana, porém, o número de casos subiu para 33, com mais seis assaltos. Buscando a mudança desta realidade, a universidade desenvolve 24 projetos de extensão ligados ao Programa Boa Vizinhança, que atendem o Bairro Dom Bosco e adjacências. “A população participa ativamente de iniciativas nas áreas de educação, cultura, saúde e direitos humanos e justiça, e conta com parcerias com escolas e Organizações Não Governamentais”, garantiu a universidade, em nota.
A instituição ressaltou também que por meio da Pró-Reitoria de Extensão são desenvolvidas ações pontuais coordenadas, como a realizada no dia 10 de agosto de 2018, nas quais são atendidas demandas dos moradores, como atendimentos nas áreas de saúde e de assistência jurídica, por exemplo. A iniciativa também foi lembrada pelo capitão Flávio Campos, que destacou que já há, em estudo, novos projetos por parte da PM. “Aquela comunidade possui muitas casas inacabadas, sem reboco, e conseguimos parceria com lojas de materiais de construção para que os próprios moradores terminem suas moradias e vivam num local mais digno. Está também nos planos melhorar a escada de acesso entre a Universidade e o bairro, que é usada como rota de fuga, mas também é usada pelos trabalhadores que utilizam o transporte público. A grande maioria é gente de bem, por isso, temos que apostar neles e não em uma minoria desordeira”, finalizou.
(Nota da redação: Na manhã desta quinta-feira, após a publicação desta reportagem, a Funalfa informou que, até 2018, os blocos carnavalescos do Bairro Dom Bosco não estavam autorizados a promover eventos dentro da programação do Corredor da Folia)
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Veículo: Acessa.com
Editoria: Educação
Data: 09/01/2019
Título: Notas do Pism III já estão disponíveis para consulta no site da UFJF
Da redação
As notas do Módulo III do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) já estão disponíveis para consulta no site da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Os resultados foram divulgados na tarde desta terça-feira, 8 de janeiro, na página da Copese e na Área do Candidato. O resultado final do Pism III, após os recursos, será publicado no dia 15.
Os recursos sobre as notas divulgadas podem ser feitos somente na quarta-feira, 9, das 9h às 16h, presencialmente na Central de Atendimento ou pelo e-mail vestibular@ufjf.edu.br. Os candidatos podem solicitar recurso de, no máximo, dois conteúdos e devem pagar taxa de R$ 24 por conteúdo, via guia de recolhimento da União (GRU). Para solicitar é preciso ainda preencher formulário a ser disponibilizado na página da Copese.
Em caso de envio de recurso por e-mail, o candidato deve ficar atento à confirmação de recebimento encaminhada pela Copese. Caso o aluno não a receba, é de sua responsabilidade entrar em contato com o setor pelos telefones (32) 2102-3738 ou (32) 2102-3755 para se certificar do recebimento. Se constatado equívoco na correção das provas, a taxa paga pelo requerente será reembolsada.
As datas para a pré-matrícula online e para a matrícula presencial ainda serão divulgadas pela Coordenadoria de Assuntos e Registros Acadêmicos (Cdara).
Notas dos Pism I e II
As notas dos módulos I e II do Pism serão divulgadas no dia 12 de fevereiro às 15h, com pedidos de recurso no dia 13, das 9h às 16h. O resultado final sai no dia 20 do mesmo mês, às 15h.
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Veículo: Diário Regional
Editoria: Cidade
Data: 09/01/2019
Título: “Olhares sobre a UFJF”: concurso de fotografia distribui R$ 7.200 em prêmios
Por DIARIO REGIONAL
A Diretoria de Imagem Institucional da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) abre inscrições para o 2º Concurso de Fotografia “Olhares sobre a UFJF”. Estudantes, servidores e as comunidades de Juiz de Fora e de Governador Valadares podem participar do concurso, capturando os melhores ângulos da instituição. As inscrições estão abertas e podem ser feitas, online, até 30 de março. Confira o edital.
O concurso está organizado em três categorias: profissional, amador e celular, sendo essas divididas em duas subcategorias – colorido e preto e branco. No total, serão premiados 30 fotógrafos. O primeiro e segundo lugar de cada categoria recebem prêmio em dinheiro no valor de R$ 800 e R$ 400, respectivamente, além de um kit de postais. O terceiro, o quarto e o quinto colocados ganham, cada um, um kit de postais. As fotos premiadas serão transformados em postais da UFJF e expostas em mostra planejada pela Diretoria de Imagem.
Segundo o diretor de Imagem Institucional, Márcio Guerra, o concurso busca o olhar externo das pessoas sobre a UFJF. “A segunda edição do concurso de fotografia visa, cada vez mais, a ampliar a identificação dos diversos públicos com a Universidade, a cultivar olhares diferenciados e verificar o que a comunidade observa na instituição, de que forma a vê e como a retratariam neste momento.”
Os participantes devem ter mais 13 anos e não podem ser funcionários ou bolsistas vinculados à Diretoria de Imagem Institucional. As inscrições devem ser feitas exclusivamente pelo formulário online. É necessário possuir conta do Google para o upload da imagem no formulário. O arquivo deve ser enviado em formato JPG, com tamanho máximo de 5mb e resolução mínima de 300 dpi, exceto para a categoria celular.
Inscritos na categoria “profissional” devem enviar, junto à fotografia, conceito ou inspiração da imagem, sua análise semiótica e configurações do momento da captura, como abertura, velocidade, ISO, lente e câmera utilizadas. Na categoria “amador”, os concorrentes também precisam informar as configurações do momento da captura. Para concorrer na categoria “celular”, deve-se enviar somente a fotografia.
O júri responsável por seleção e avaliação das fotografias será nomeado pela Diretoria de Imagem Institucional. O resultado será divulgado no dia 19 de abril, no site da UFJF.
Fonte: UFJF
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Veículo: Diário Regional
Editoria: Cidade
Data: 09/01/2019
Link: https://diarioregionaljf.com.br/2019/01/09/ufjf-disponibiliza-70-vagas-em-cursinho-popular/
Título: UFJF disponibiliza 70 vagas em cursinho popular
Por DIARIO REGIONAL
Democratizar o acesso ao ensino superior é o objetivo principal do cursinho popular Garra, projeto de extensão da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), no campus sede. Com aulas e materiais gratuitos, o cursinho preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) oferece 70 vagas anualmente. Os interessados podem fazer a inscrição a partir desta quarta-feira, 9, até o dia 31 de janeiro.
Como há o limite de 700 participantes no processo seletivo, caso esse número seja atingido, as inscrições são encerradas antes do prazo final. Podem se inscrever quem concluiu o ensino médio ou está cursando o terceiro ano em escola pública, além de bolsistas integrais de escola particular. A Pró-reitora de extensão da UFJF, Ana Lívia de Souza Coimbra, enxerga o projeto de extensão como uma maneira de democratizar o acesso à universidade pública. “É uma possibilidade que a Universidade tem de recepcionar esses alunos mesmo antes deles entrarem na UFJF, além de contribuir para que esses estudantes tenham mais possibilidade de estudar na universidade pública, pois é um direito de todos ter acesso à educação em um nível superior”, ressalta.
A primeira etapa do processo seletivo para ingressar no cursinho é o preenchimento de um formulário de inscrição, que pode ser feito pela internet ou presencialmente. Os locais para inscrição presencial ainda serão divulgados pelo Garra. Já a segunda etapa é a realização de uma prova diagnóstica, no dia 3 de fevereiro, em local a ser definido. Serão 50 questões, que abordam fundamentalmente interpretação de texto e lógica, além de conteúdos básicos. Os aprovados participam de sorteio no dia 5 de fevereiro, no qual 140 candidatos serão sorteados para participarem da fase de entrevistas. O edital está disponível na internet.
Os 70 candidatos convocados para matrícula em primeira chamada serão informados por e-mail e a lista completa será publicada no site do Garra, e na página do Garra, no Facebook, no dia 11 de fevereiro. Das vagas disponibilizadas, sete são reservadas para participantes com mais de 30 anos sem ensino superior e sete para ex-alunos do projeto que, caso não sejam sorteados dentro da reserva de vagas, seguem concorrendo às outras disponíveis. A matrícula presencial ocorre no início do período letivo, no dia 18 de fevereiro.
Outras informações: contato.projetogarra@gmail.com
Fonte: UFJF
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 09/01/2019
Título: Projeto da UFJF disponibiliza 70 vagas em cursinho popular
Curso oferece aulas e materiais gratuitos para que os alunos se preparem para o Enem
Por Tribuna
09/01/2019 às 17h33
Estão abertas as inscrições para o cursinho popular Garra, projeto de extensão da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Com a oferta de 70 vagas anuais, o curso oferece aulas e materiais gratuitos para que os alunos se preparem para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As inscrições são feitas através de formulário online até o dia 31 de janeiro. O edital e o formulário para inscrições online já estão disponíveis no site. Podem se inscrever quem já concluiu o ensino médio ou está cursando o terceiro ano em escola pública. Bolsistas integrais de escolas particulares também podem se cadastrar.
O processo seletivo é limitado a 700 participantes e, caso esse número seja atingido, as inscrições serão encerradas antes do prazo final. A seleção abrange outras três fases, além do formulário de inscrição: uma prova, um sorteio e, por último, uma entrevista. Uma assistente social também auxilia na análise de renda, priorizando pessoas com renda mais baixa.
Segundo a presidente do projeto e estudante de Medicina, Marina Silva, o curso já coleciona números expressivos, com 45 alunos que passaram no Enem de 2017 e outros que aguardam os resultados referentes à prova de 2018. O intuito é democratizar o acesso ao ensino superior, além de oferecer experiência aos alunos da universidade, que atuam como professores no curso. “O projeto foi criado pelos alunos da Faculdade de Medicina em 2015 e tem um duplo objetivo: dar a chance para pessoas que não tem renda para pagar o cursinho privado, mostrar que a educação é o caminho e que eles podem entrar na universidade, que é para todos. O outro impacto é sobre os membros que participam do Garra como professor e coordenador, para mostrarmos uma realidade diferente, dar experiência e plantar uma semente para que, futuramente, eles possam lutar pela educação em escalas maiores”, comenta.
As aulas começam em 18 de fevereiro e devem ser ministradas de segunda a sexta-feira, das 18h30 às 22h30, na Faculdade de Letras do campus sede da UFJF. Mais informações estão disponíveis na página do Facebook, pelo link, e através do e-mail selecao.garra@gmail.com .
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 09/01/2019
Título: Cursinho da UFJF abre inscrições para 70 vagas em Juiz de Fora
Projeto preparatório para o Enem é gratuito; objetivo é democratizar acesso ao ensino superior.
Por G1 Zona da Mata
09/01/2019 15h49 Atualizado há 2 semanas
O cursinho popular da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) abriu nesta quarta-feira (9) as inscrições para 70 vagas.
Os interessados têm até o dia 31 de janeiro para demonstrar interesse, mas há limite de 700 participantes no processo seletivo. Quando este número for atingido, automaticamente as inscrições terminam.
O projeto de extensão Garra tem aulas e materiais gratuitos e prepara para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O objetivo é democratizar o acesso ao ensino superior.
Podem se inscrever quem concluiu o ensino médio ou está cursando o terceiro ano em escola pública, além de bolsistas integrais de escolas particulares.
A primeira etapa é o preenchimento de um formulário de inscrição, que pode ser feito pela internet ou presencialmente. Depois, ocorre uma prova diagnóstica, no dia 3 de fevereiro, com 50 questões de interpretação de texto e lógica, além de conteúdos básicos.
Os aprovados participam de um sorteio, no dia 5 de fevereiro, no qual 140 candidatos irão para a fase de entrevistas.
O resultado final está previsto para o dia 11 de fevereiro.
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