Veículo: Rádio Itatiaia

Editoria: Política

Data: 29/12/2018

Link:  http://radioitatiaiajf.com.br/executivo-anuncia-novo-secretario-de-saude/

Título: Executivo anuncia novo secretário de Saúde

29 de dezembro de 2018  Redação

O novo secretário da Saúde foi anunciado nesta sexta-feira, 28, pelo prefeito Antônio Almas.

Trata-se do enfermeiro Paulo Cesar de Oliveira.

Ele é funcionário de carreira da Prefeitura desde 1983. Já atuou como chefe do Departamento de Vigilância Sanitária por 11 anos e coordenador do

Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

Recentemente foi coordenador de enfermagem do SAMU Regional.

Paulo César de Oliveira tem 62 anos e dois filhos. É graduado pela UFJF, com Especialização em Saúde Pública pela UFMG e Mestrado pela Faculdade de Medicina (UFJF).

Paulo assume a vaga da economista Elizabeth Jucá, que vai assumir a Secretaria de Impacto Social do governo de Romeu Zema.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Política

Data: 30/12/2018

Link:  https://tribunademinas.com.br/noticias/politica/30-12-2018/edificacoes-da-cidade-podem-ganhar-iptu-verde.html

Título: Edificações da cidade podem ganhar ‘IPTU Verde’

A medida, se aprovada, vai conceder descontos no valor original do IPTU do imóvel e aplica-se a construções novas e reformas, desde que possuam práticas sustentáveis comprovadas

Por Bárbara Riolino

30/12/2018 às 06h16

*Colaborou Renato Salles

Criar e tirar do papel edificações sustentáveis são o grande desafio da construção civil nos dias de hoje, no entanto, tramita na Câmara Municipal projeto de lei que visa a incentivar este tipo de prática em Juiz de Fora. De autoria dos vereadores Antônio Aguiar (MDB) e Rodrigo Mattos (PHS), a matéria quer criar um programa de certificação sustentável, denominado de IPTU Verde, que concederá descontos de até 10% no IPTU original a imóveis que comprovarem a adoção de medidas e ações que reduzam o consumo de recursos naturais e os impactos ao meio ambiente.

O IPTU Verde, conforme o projeto, é opcional e pode ser aplicado em imóveis de uso residencial, comercial, misto institucional e industrial, tanto em novos empreendimentos – a serem edificados – quanto imóveis já concluídos e licenciados anteriormente ao programa. A certificação também vale para ampliações e reformas em imóveis existentes. Porém, conforme o projeto, o IPTU Verde não exime o solicitante de cumprir as demais obrigações legais, seja de licenciamento, tributação ou de natureza ambiental.

Segundo Antônio Aguiar, a obtenção do desconto estará atrelada ao somatório de pontos, provenientes de medidas sustentáveis adotadas no imóvel. Ao todo, o IPTU Verde vai abranger 63 modalidades de ações sustentáveis, que resultam num total de 285 pontos. Para a obtenção do desconto, haverá três níveis de pontuação: bronze, prata e ouro, que correspondem, respectivamente, a 50 pontos (5% de desconto), 70 pontos (7%) e 100 pontos (10%).

As práticas sustentáveis incluídas na proposição podem ocorrer de forma individual ou coletiva, ou seja, envolvendo condomínios. Entre os exemplos, há projetos e equipamentos voltados para a gestão sustentável de água, de energia e uso do solo, bem como a adoção de temporizadores em torneiras, reuso de águas negras (contaminadas, esgoto), reaproveitamento de águas pluviais; instalação de telhado/teto verde; plantio de espécies nativas para o sombreamento de calçadas; sistema de aquecimento e energia solar; utilização de luz natural para iluminar o imóvel em boa parte do dia; implantação de área de coleta seletiva, com espaços laváveis, triturador de papel e compactador de lixo, central de resíduos e parcerias com associações que cuidam do lixo; programação de tráfego para o uso de elevadores; vagas para bicicletário na área de estacionamento do condomínio e para veículos elétricos com fonte para recarga; entre outros.

Projeto é embasado no Plano Diretor

Mesmo ciente de que o projeto possa incorrer em erro de iniciativa, Antônio Aguiar explica que utilizou como base o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Juiz de Fora, aprovado recentemente pela Câmara Municipal. No artigo que estabelece a Política Ambiental do Município, diz que se buscará, dentre outros objetivos, “fomentar a produção de construções sustentáveis por meio de incentivos fiscais e urbanísticos”. Desta forma, na visão do vereador, cabe ao Poder Público (Legislativo e Executivo) a implementação dessas medidas.

Outra fonte foi o Estatuto das Cidades, que estabeleceu como Diretrizes da Política Urbana a garantia do direito a cidades sustentáveis; a ordenação e o controle do uso do solo, de forma a evitar a poluição e a degradação ambiental; e a adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços, além da expansão urbana compatíveis com os limites da sustentabilidade ambiental, social e econômica do município e do território sob sua área de influência. “Este projeto é aquele que tem os pés no presente, mas os olhos voltados para o futuro. Estamos lidando com itens que são finitos, como água, energia, petróleo. Sem esforço conjunto não vamos mudar essa realidade.”

Na proposição, os vereadores citam legislações similares adotadas em outras cidades e remetem especificamente ao caso de Salvador. Desde 2015, a capital da Bahia possui modelo similar ao sugerido por Antônio e Rodrigo Mattos, possibilitando aos contribuintes soteropolitanos descontos de até 10% no IPTU como forma de incentivar empreendimentos imobiliários sustentáveis. No caso baiano, a iniciativa partiu da própria Prefeitura por meio de decreto municipal e também escalona a cessão de descontos (de 5%, 7% ou 10%). Atualmente, a proposição juiz-forana – que também foi subsidiada por tese de conclusão de curso da Faculdade de Engenharia da UFJF – está sendo analisada pelas comissões temáticas da Câmara antes de ser discutida pelos 19 parlamentares que integram a atual legislatura em plenário.

O vereador destaca que o IPTU Verde possui diversos vieses, como o comercial, pois a partir do momento em que o imóvel passa a ter a certificação, o proprietário pode agregar valor a ele. “Também tem caráter pedagógico, pois chama a atenção das pessoas e investidores para esta nova realidade na cidade. E, de certa forma, quem conviver nesses locais passa a adotar práticas sustentáveis em seu dia a dia. Para o Poder Público, o ganho também é imensurável”, destaca o parlamentar.

Programa na prática

Se aprovado pelo Legislativo e sancionado pelo Executivo, o IPTU Verde envolverá algumas particularidades ao ser colocado em prática. Conforme o projeto de lei, o requerimento para obtenção da pré-certificação, indicando as ações e práticas de sustentabilidade adotadas, deverá estar junto do protocolo do processo de construção (ampliação, reforma, modificação de projeto e substituição de projeto), acompanhado do formulário que listará as práticas sustentáveis adotadas, o projeto de arquitetura e memorial descritivo. Ainda de acordo com a matéria, só serão admitidos os pedidos de pré-certificação de empreendimentos que não tenham pendências relativas ao licenciamento, fiscalização ambiental, mediante a apresentação de declaração do órgão municipal responsável. O processo será analisado pelo órgão licenciador, no prazo de até 60 dias úteis.

A avaliação quanto à pontuação final obtida pelo empreendimento será feita conjuntamente pelos órgãos licenciador e certificador, que poderão assinar convênios com órgãos e entidades de nível Municipal, Estadual e Federal. O projeto ainda indica que a Secretaria de Atividades Urbanas (SAU) será a responsável por emitir a certificação do IPTU Verde. A emissão do certificado ficará condicionada à apresentação das Certidões Negativa de Débitos Imobiliários e Débitos Mobiliários e à inexistência de registro no Cadastro Informativo Municipal (CADIM). Após a emissão e assinatura do alvará de habite-se, o processo será encaminhado à Secretaria Municipal da Fazenda, contendo o Certificado IPTU Verde para as providências cabíveis. E, no alvará de habite-se, deverá constar a anotação de que a edificação foi construída de acordo com a certificação.

O certificado terá validade de cinco anos, mas conforme o projeto, poderá ser renovado sucessivamente por igual período, enquanto for do interesse do requerente, desde que ele solicite a renovação ao órgão certificador até 180 dias antes do vencimento. O projeto de lei ainda prevê que a descaracterização das ações e práticas de sustentabilidade que justifiquem a concessão do IPTU Verde implicará no cancelamento tanto do certificado quanto do desconto de forma imediata.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 30/12/2018

Link:  https://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/30-12-2018/retrospectiva-e-perspectiva-na-cena-cultural-de-juiz-de-fora.html

Título: Retrospectiva e perspectiva na cena cultural de Juiz de Fora

Esperanças renovadas: O que não chegou em 2018 e pode ser esperado para 2019

Por Mauro Morais

30/12/2018 às 07h05

1968 foi o ano que não terminou, e seus 50 anos ressoaram em 2018, ano que, por sua vez, parece sequer ter começado. A um passo de 2019, a balança da cultura parece ter pendido mais para o vermelho do que para o azul. Em Juiz de Fora, cortes orçamentários prejudicaram substancialmente as iniciativas públicas, principais propulsoras da cena nas últimas décadas. Tanto verbas de incentivo quanto eventos fixos saíram prejudicados. Em contrapartida, artistas independentes se fortaleceram e desenharam outros rumos para a cultura local. Novas casas, novos grupos e novas práticas insurgiram em defesa da arte e em nome da resistência ao açoite do setor. Refletindo o cenário nacional, a cidade também presenciou a crise do mercado editorial, com o enfraquecimento das grandes companhias e redes de livrarias. Mas não perderam o vigor as originais iniciativas, como as dos pequenos editores. A crise, que de tão falada parece íntima, apresentou-se como desafio que o próximo ano parece inspirar. Se numa retrospectiva 2018 é retrato dolorido, numa perspectiva, 2019 é imagem sem foco. O que esperar quando não está esperando? A Tribuna revisa expectativas que ainda estão em tempo de serem realizadas nos próximos 365 dias.

Incentivo à cultura

Nem 2017, nem 2018. Aguardada ao longo do ano, a Lei Murilo Mendes foi, ainda em 2017, anunciada para março deste ano e, mais tarde, projetada para dezembro. Com o decreto assinado em maio pelo Prefeito Antônio Almas, o mecanismo de incentivo cultural já teve seu valor total demarcado em R$ 850 mil e alterações explanadas, como a possibilidade de inscrição virtual e a ampliação do teto dos projetos em R$ 35 mil (anteriormente era R$ 28). Gerando grande impacto na cena cultural local, o hiato ainda deve ressoar pelos próximos meses, já que após o edital ser publicado levarão alguns meses até que os produtos comecem a ser produzidos. Suspenso desde 2016, os patrocínios culturais também não retornaram em 2018, e não há previsão de que voltem no próximo ano, ainda que também se mostre fundamental para a arte local e nacional.

Cine-Theatro Central (Foto: Fernando Priamo)

Espaços culturais

Já lendário, o antigo prédio onde funcionava o DCE, na esquina da Rua Floriano Peixoto com a Avenida Getúlio Vargas, teve sua obra de revitalização concluída ainda em 2017 e, ironicamente, assiste o surgimento de pequenas avarias em sua fachada sem ter se aberto ao público como o espaço cultural prometido pela UFJF. De acordo com a pró-reitora de Cultura da universidade Valéria Faria, o lugar já sedia o Centro de Conservação da Memória/CECOM e o Museu Dinâmico, mas aguarda a conclusão dos estudos para uma nova expografia, o que pode ser feito em 2019. Fechado para reformas nos últimos 12 meses, com esparsas e pontuais aberturas, o Centro Cultural Pró-Música ainda aguarda a revitalização de seu corredor de entrada e demais espaços. Segundo Valéria, a prioridade está em atender as exigências do Corpo de Bombeiros, como também ocorre com o Cine-Theatro Central, cujos segundo e terceiro andares passaram os últimos 365 dias fechados ao público. A previsão da universidade, proprietária do local, é que a maior casa de espetáculos da cidade passe por reformas de adaptação já em janeiro e fevereiro, reabrindo integralmente para as comemorações de seus 90 anos em março. Já o Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, na Avenida Getúlio Vargas, propriedade municipal, também aguarda, há mais de dois anos, que seus pavimentos superiores sejam liberados da restrição de uso sugerida pelo Corpo de Bombeiros. Em 2018, o espaço cultural teve seu primeiro andar liberado, o que deve ser garantido em 2019, mas a Prefeitura não possui a previsão de que o mesmo ocorra no segundo e terceiro andares, onde estão a cinemateca e a agigantada galeria Arlindo Daibert. Há alguns anos subutilizada, a Casa de Cultura da UFJF, no número 3.396 da Avenida Rio Branco, diante da Santa Casa de Misericórdia, espera, conforme aponta a pró-reitora de Cultura, ser aberta como sede da Escola de Artes Pró-Música/UFJF.

Eventos

Tradicionais na cidade, os festivais de fotografia (JFFoto) e de teatro foram alguns do eventos que não viram 2018 passar. Em compensação, tanto as exposições fotográficas quanto as encenações de artes cênicas foram substituídas por iniciativas independentes, o JF Fotográfico e o Ato de Rebeldia, respectivamente. Ainda não confirmados, tais eventos são aguardados, tanto os produzidos pela Prefeitura, quanto os feitos por coletivos e grupos de artistas. Interrompido após casos de violência, o Som Aberto, que tomou o campus da universidade ao longo de 2017 e não apareceu em 2018, ainda não tem previsão de ser retomado. Segundo a pró-reitora de cultura Valéria Faria, o evento foi encerrado por questões de segurança e pode não retornar na agenda do juiz-forano.

Linguagens artísticas

Inaugurado em março deste ano, um dos maiores presentes para a cultura de Juiz de Fora em 2018, o Teatro Paschoal Carlos Magno chega a 2019 somando algumas indefinições, como a presença de uma administração direta e de um café no local, além de uma agenda fixa. Demanda da classe, a presença de um equipado palco italiano deve gerar prometidas novas experiências artísticas na cidade, o que ainda não se deu em 2018, ainda que ocupações distintas do complexo já tenham sido feitas, com sucesso. Com mais salas de cinema do que no início dessa década, a cidade também não alcançou a diversidade em sua oferta cinematográfica. Baseada em blockbusters, a agenda na cidade é comum aos diferentes espaços, distinguindo-se, apenas, pelos horários. Voltada para o público cinéfilo, a Sessão Vitrine Petrobras, com exibição no Cinemais do Alameda Shopping, foi a responsável por trazer à cidade produções nacionais prestigiadas, como o recente “Tinta bruta”. Em 2019, o programa leva às telonas, já em janeiro, o elogiado “Temporada”, filme que segundo a revista norte-americana Variety “mostra um Brasil além dos estereótipos”.

Museus

A imagem do Museu Nacional no Rio de Janeiro, em chamas, que chocou 2018 e voltou os olhos do mundo para os muitos museus que se espalham pelo globo também fez voltarem as atenções dos juiz-foranos para o Museu Mariano Procópio, que neste ano não teve nenhuma nova área aberta, mas variou a exposição das peças na Galeria Maria Amália, dando dinamismo ao local que também recebeu, em novembro, uma apresentação da Orquestra Acadêmica da UFJF ao lado das esculturas e objetos históricos. Anunciada pelo Prefeito Antônio Almas em novembro, a reforma administrativa que poderá fundir o museu à Funalfa deve ser colocada em votação na Câmara Municipal logo nos próximos meses. A fusão, no entanto, ainda não está confirmada. E após o pedido de demissão de Antônio Carlos Duarte, superintendente da Fundação Museu Mariano Procópio, e sua desistência da decisão num prazo de duas semanas pode sinalizar a alteração de perspectiva para a principal museu da cidade, com um dos mais importantes acervos sobre o Brasil Império no país.

Festas

O carnaval é certo, a comemoração, nem tanto. O cancelamento dos desfiles de escolas de samba em 2018 pode se repetir em 2019. Segundo a Liga Independente das Escolas de Samba de Juiz de Fora, não há saídas. A Funalfa, no entanto, ainda não se pronunciou sobre o assunto, mas confirmou a realização do Corredor da Folia, que inclui blocos, festas e shows na cidade. Proposto em 2018, o edital de incentivo à requalificação das escolas de samba ainda não saiu do papel. Anunciado, em fevereiro passado pelo então superintendente da Funalfa Rômulo Veiga, substituído por Zezinho Mancini em maio, o documento previa a distribuição de R$ 150 mil para que as agremiações retomassem suas potências sociais e culturais na cidade. Na ocasião, o gestor afirmou que o modelo para o edital seria debatido com os presidentes das escolas de samba.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 30/12/2018

Link:  https://tribunademinas.com.br/noticias/esportes/30-12-2018/juiz-foranos-marcam-presenca-na-corrida-de-sao-silvestre.html

Título: Juiz-foranos marcam presença na corrida de São Silvestre

Pelo menos 130 juiz-foranos participam da corrida de rua mais famosa da América Latina nesta segunda (31), véspera do Ano Novo, entre eles Marcos Aurélio Cesário, que foi 5º lugar na Volta da Pampulha na categoria Deficientes Visuais

Por Fabiane Almeida, estagiária sob supervisão de Carla da Hora

30/12/2018 às 06h11

130 atletas de Juiz de Fora irão participar da mais tradicional corrida de rua da América Latina, a 94ª Corrida Internacional de São Silvestre. Entre eles estão Amanda Oliveira (Fac. Ed. Física Granbery/Cria UFJF), Jocemar Corrêa (Pé de Vento) e Marcos Aurélio Cesário Henrique (Super Amigos), acompanhado do guia Gedair Reis (JF Paralímpico). Enquanto alguns percorrem os 15km pelas ruas e avenidas da capital paulista em busca de baixar seus tempos e cumprir metas, outros correm pelo prazer de completar o desafio e celebram a chegada de 2019. Com cerca de 30 mil corredores em uma grande festa, a prova também é uma oportunidade de inclusão, num clima de confraternização. Pela programação dos organizadores, a categoria cadeirante terá início às 8h20. O pelotão de elite feminino terá largada às 8h40. E, às 9h, terá a partida do pelotão de elite masculino e atletas da categoria geral.

Após subir ao pódio como o quinto colocado na categoria Deficientes Visuais Masculino nos 18km da Volta Internacional da Pampulha esse ano, Marcos Aurélio, 51 anos, se prepara para mais um desafio na São Silvestre, pela quarta vez ao lado do guia Gedair Reis, 63, natural de Manhumirim (MG). Nessa edição, a dupla almeja completar a prova em 1h35min. “Nossa expectativa é largar e chegar, para isso a gente se prepara durante o ano”, comenta Marcos. “No meio do percurso vemos nosso andamento e vamos dosando para conseguir chegar bem e vibrar, porque a chegada é uma comemoração que não tem igual”, diz.

Os dois atletas se conheceram em 2010, quando Marcos retornava ao esporte após perder grande parte da visão, e Gedair passava a se dedicar como guia para deficientes visuais na Associação dos Cegos. “Ao assistir um professor correr com dois deficientes aquilo foi me cativando a ajudar. É muito diferente porque sou os olhos do rapaz”, conta Gedair, que pratica a corrida desde 2004.

Cuidado e diálogo

Além das subidas, descidas e o calor com os quais já estão acostumados, para completar a prova a dupla considera outros desafios. “No nosso caso, pela deficiência, tem que tomar muito cuidado, porque são muitas pessoas juntas e sai todo mundo louco. Então o cuidado do guia com o atleta é muito grande, porque ele tem que resguardar tanto a ele quanto a mim, é muito tenso. Mas temos o prazer de poder passar os obstáculos” comenta Marcos. “Vamos fazer a prova porque sabemos que temos lugar especial para a largada, mas um minuto atrás de nós sai a multidão com pessoas muito mais velozes”, completa o guia. “Antes de começar a descer a Consolação, eles estão nos ultrapassando e vem aquela avalanche em cima dos PCDs (pessoas com deficiência), pedindo passagem. Mas uns dois ou três quilômetros dá para correr tranquilo.”

Para Marcos, é o diálogo que irá garantir a melhor experiência durante o trajeto e ajuda a tornar a atividade prazerosa. É através da fala de Gedair que Marcos se orienta à respeito do percurso e é atualizado sobre quantos quilômetros já foram percorridos. “Como eu já via antes, tudo que ele vai narrando para mim vem à mente. As cores, as paisagens, as igrejas, os monumentos históricos de São Paulo, as pessoas cumprimentando a gente, o pessoal fantasiado, tudo vai vindo à mente, vou arquivando e processando. E é muito gostoso”, conta Marcus. Depois de tantos anos correndo juntos, a dupla também desenvolveu uma tradição, realizada sempre a poucos metros da linha de chegada, o ponto de comemoração. “Nas últimas dezenas de metros, ele chega sozinho ao som das palmas”, conta Gedair. “Fico de frente para ele, de costas para a chegada, e ele acompanha o som. É a liberdade dele de fazer o que quiser com as mãos livres.”

Jocemar quer fazer marca perto de 47min

Com a bagagem de seis títulos no Ranking de Corrida de Rua de Juiz de Fora e o 14º lugar geral na última Volta da Pampulha, Jocemar Corrêa (Pé de Vento) tem planos ainda maiores para a 94ª edição da São Silvestre, largando na frente junto aos atletas da elite. Em sua terceira participação, o corredor pretende não apenas superar a 67ª colocação que alcançou em 2008, como também bater a marca de cerca de 47min e terminar entre os dez primeiros gerais.

“Minha meta é ficar entre os dez geral e fazer uma boa marca, porque vai estar forte esse ano, tem três quenianos vindo, são os melhores do mundo, e fora os brasileiros e os latinos que vêm correr. Como esse ano estou treinando há três meses para essa prova, corri a Pampulha e consegui recuperar da anemia, estou vindo bem mais forte. É um ritmo muito puxado, mas se conseguir encaixar com os outros atletas dá para ir bem até Brigadeiro, quando são três quilômetros de subida: parte em que todo corredor reclama, com exceção dos quenianos”, conta o atleta de 33 anos.

Com cinco quilômetros de descida logo na largada e outros dez de subida e descida, Jocemar avalia o circuito como um trajeto pesado, e o novo horário da prova se torna um desafio a mais. “Tem algumas curvas perigosas que precisa ter cuidado para fazer. O percurso esse ano é o mesmo, o que muda é por ser de manhã, antes era à tarde, com isso pode estar muito quente, mas estou torcendo para o dia estar melhor. Se chover durante a prova dá para completar, o ruim é se chover antes, porque larga com o asfalto molhado, mas estamos preparados para correr de qualquer forma”, comenta.

Depois de um ano de conquistas, Jocemar diz se sentir ainda mais confiantes para sua última prova de 2018. “Senti uma melhora muito grande e estou muito forte. Corri duas provas semanas atrás, fiquei em primeiro geral em Três Rios (RJ) e em Guarani (MG), sendo que duas provas de um dia para o outro não é fácil de correr. Além disso, tinha quatro anos que não vencia o Ranking de Juiz de Fora, foi um ano muito bom para mim. Quero fechar com chave de ouro e, se Deus quiser, conseguir me destacar para ter mais patrocínio e sonhar para ser como outros atletas que podem continuar treinando”, planeja.

Estreia na elite

Quem também estará entre a elite é a atleta Amanda Oliveira (Fac. Ed. Física Granbery/Cria UFJF), 21. Este ano, ela venceu todas as provas do Ranking de Juiz de Fora das quais participou, além de terminar como sexta colocada na etapa final do Troféu Brasil de Atletismo, nos 5.000 metros. Em sua estréia entre as atletas de destaque, a meta da corredora é fazer a marca de 57min30s e chegar entre as vinte primeiras. Nos anos anteriores, Amanda fez bonito na São Silvestre, terminando em 25º geral em 2015 e 26º em 2016, sendo duas vezes campeã na categoria 18-19 anos.

“Já participei duas vezes, nas duas consegui uma excelente colocação, fui a primeira mulher logo atrás da elite em 25º em 2015 e venci na minha categoria. Estou muito feliz porque só de estar entre as melhores já é uma conquista grande, porque é muito difícil alcançar essa meta, tem que ter um índice para sair na elite. Quero dar o meu melhor e conseguir baixar bem meu tempo. As estrangeiras que dominam o pódio e também as brasileiras que estão conseguindo ficar entre as cinco, mas vou dar o meu máximo”, planeja a corredora natural de Mercês (MG).

“É uma prova que precisa ter bastante estratégia por causa das subidas. Tem que saber correr, não pode forçar muito no começo, porque depois pode quebrar. Tem que seguir o seu ritmo, fazer sua corrida, sem pensar na adversária”, comenta. Amanda ressalta ainda as dificuldades que conferem desvantagem diante das adversárias, mas que pretende superar. “A gente corre o ano inteiro e querendo ou não já chega desgastado para a São Silvestre, esses atletas de alto rendimento só correm cinco ou seis corridas durante o ano e chegam mais descansados para a prova, mas tenho confiança e não paro de treinar, estou o ano inteiro sem férias pensando na São Silvestre, que é a prova mais importante do país junto com o Troféu Brasil.

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Veículo: Zine Cultural

Editoria: Blog – Da Redação

Data: 30/12/2018

Link:  https://www.zinecultural.com/blog/planetario-da-ufjf

Título: CONHEÇA OS DETALHES DO PLANETÁRIO DA UFJF!

Por: Tainá Voltas // Categoria: Da Redação // Atualizado em: 30/12/2018 15:14:15

O maior Planetário de Minas Gerais foi inaugurado em março, no dia 16, e… tchan tchan tchan tchan: é aqui da cidade, diretamente do Campus da Universidade Federal de Juiz de Fora.

O Centro de Ciências da UFJF agora está completo e composto por um Planetário, um observatório, espaço interativos e de exposições | Foto: Zine Cultural

Nossas #Zinetes conheceram em primeira mão o funcionamento interno desta iniciativa, além de passearem pelo Centro de Ciências, que antes funcionava no Colégio João XXIII, desde 2006 até 2016! Agora, perto da Praça Cívica da UFJF, o Centro de Ciências, composto por observatório, Planetário, espaços interativos e exposições, oferece à população da cidade e região uma ótima forma de lazer, conhecimento e cultura. Dá só um confere nessa experiência!

“Foi incrível ter a oportunidade de conhecer esse projeto em primeira mão. É emocionante ter acesso à nossa história de evolução, das galáxias, e da vida em si de uma forma tão real, como se estivéssemos vivendo cada detalhe projetado no Planetário. Incrível ver que a iniciativa ganhou formas, saiu do sonho e do papel bem aqui em Juiz de Fora, e agora vai ser capaz de tocar tanta gente. Vale mil visitas e revisitas, é uma cúpula de primeira. Estou apaixonada! Tainá Voltas – #Jornalista do Zine Cultural.

A reunião de apresentação do Planetário ocorreu na manhã de sexta-feira (16/03), em um café especial, com a mesa de abertura formada pelo Diretor de Imagem Institucional Márcio Guerra, Girlene Alves – Vice-reitora da instituição – e o Reitor Marcus David. As Zinetes e os convidados puderam assistir a dois “curta-metragens” em exibição na cúpula do Planetário: As Origens da Vida e Astronomitos.

Mesa de abertura formada pelo Diretor de Imagem Institucional Márcio Guerra, Girlene Alves – Vice-reitora da instituição – e o Reitor Marcus David

Na cúpula de 12 metros de diâmetro, capacidade para 90 pessoas, e com um sistema de projeção Zeiss Skymaster ZKP 4, foram exibidas as películas em modo 3D, com áudio apurado, e qualidade inenarrável. É como se fosse possível tocar no céu de verdade, ou voltar bilhões de anos na história da vida na Terra.

Enquanto o Origens da Vida abordou e aborda a evolução no planeta, o aparecimento das primeiras estrelas e o Big Bang, a projeção Astronomitos é de produção da própria UFJF e deixa todos os que a assistem bem… mas bem pertinho do céu estrelado.

“A nossa exibição Astronomitos ainda não está finalizada. A intenção é que a fechemos e passemos para a produção de outros vídeos para o Planetário. Queremos que a UFJF também seja produtora de vídeos para futuras exibições”. Cláudio Teixeira – Coordenador de Astronomia responsável pelo Planetário da UFJF.

As Zinetes Tatiana Graciano, Rívia Petterman e Tainá Voltas com o Coordenador de Astronomia da UFJF, Cláudio Teixeira. Ao passar para o lado você confere algumas imagens das exibições apresentadas.

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