A Praça Cívica da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) recebeu, na manhã deste domingo, 9, diversas atividades pertencentes ao projeto Domingo no Campus, em clima de despedida de 2018. A iniciativa – um projeto de extensão da UFJF que conta com recursos de emenda parlamentar de autoria da Deputada Federal Margarida Salomão (PT/MG) – contou com diversas oficinas, marca do já consolidado projeto, que atrai os mais diversos públicos, além da apresentação da Banda Escola Maximiano Nepomuceno e do sorteio de lanches, açaí, chup-chup e distribuição de “squeezes” da UFJF.

 Ao som do DJ Álvaro Capute, mestre de cerimônias oficial do evento, o público presente pôde resgatar de brincadeiras populares, compostas por jogos de rebater, bola, futebol de botão e de prego, dentre outros, assim como realizar oficinas de ginástica para a 3ª idade e musicalização, com o Núcleo de Desenvolvimento Musical Funga Alafia, coordenado pelo professor Estevão Maciel.

“A participação do público é de caráter familiar; as pessoas vão chamando as outras, o que permite que construamos um projeto pedagógico de conhecimento e reconhecimento que utiliza-se de um espaço aberto para falar de cultura brasileira – no meu caso, afro-indígena. A utilização deste espaço nos permite realizar uma evolução constante do projeto, reinventando coisas, testando, dialogando com a empatia do público, o que agrega para os presentes e para os oficineiros”, destaca Maciel.

Os presentes ainda puderam conferir a tradicional contação de histórias da Tia Nilcéia, além de participar das oficinas de montagem de brinquedos com materiais recicláveis e atividades de bordado. A animação foi garantida, também, pela palhaça Paveta, que descontraiu o público.

“É a nossa primeira vez no Domingo no Campus e, embora o tempo não esteja bom, esse tipo de projeto é importante, uma vez que na cidade o espaço público vem sendo confundido com espaços abandonados, sujeitos à violência. Aqui a recreação não é seletiva, permite a interação, a inclusão, muito em conta da boa administração do espaço”, afirma Fabricio de Carvalho Rocha, que trouxe o filho João Vitor, de três anos.

 Também estiveram presentes os projetos de extensão da UFJF “Recicle: técnicas sustentáveis e troca de saberes”, realizado por alunos da Faculdade de Engenharia Sanitária e Ambiental, que busca conscientizar a população sobre a importância da reciclagem e permitir que as experiências pessoais que fizeram efeito sejam compartilhadas com a sociedade; e o de treinamento profissional “Dente da gente: educação em saúde”, realizado por alunos do curso de Odontologia da UFJF, trazendo os ensinamentos necessários para uma boa saúde bucal.

Para a organizadora do evento, Ana Paula Dutra, a realização do Domingo no Campus, no decorrer do ano, em um ambiente de livre acesso, permitiu tornar a UFJF mais acessível ao público externo. “É preciso salientar a importância da utilização da Praça Cívica para o oferecimento das atividades abertas à comunidade. Esperamos continuar o projeto, por este demonstrar a UFJF necessária a muitos, uma Instituição que abre espaços, derruba fronteiras e conta com oficineiros, que já nos acompanham desde 2016 e acreditam na função social que é inerente aos projetos de extensão”.

Banda Escola Maximiano Nepomuceno

Esta edição do Domingo no Campus contou ainda com a participação da Banda Escola Maximiano Nepomuceno, composta por 60 crianças e adolescentes da Escola Estadual Adalgiza de Paula Duque, da cidade de Lima Duarte. Conduzidos pelo maestro José Alves de Souza, os jovens da banda realizam uma atividade extraclasse, e ainda aprendem a tocar instrumentos musicais, como flauta doce, trompete, saxofone, Cajon, dentre outros. 

“A apresentação de hoje foi a prova da competência desses alunos, perfeita, em uma concha acústica, com um público diferente. O aplauso dos presentes é uma motivação, o combustível para incentivá-los a demonstrar o que já aprenderam e a continuarem se dedicando”, pondera Souza, também conhecido como “Menestrel”.

Para o diretor da Escola Estadual Adalgiza de Paula Duque, Paulo Afonso Vieira, a possibilidade de realizar uma apresentação externa à cidade de Lima Duarte é um incentivo à mudança. “A importância é visível, uma vez que a nossa escola vem buscando ser uma instituição aberta a coisas que atraem os alunos. Tínhamos estudantes que, antes do projeto, não viam na escola um ambiente prazeroso. Hoje, através da música, os alunos têm prazer em participar”.

Leonardo Gabriel, de 15 anos, é músico da banda, e já enxerga um futuro na música. “Com a banda eu aprendi a tocar trombone, sax alto, sax tenor, flauta transversal, trompete e bombardino e pude escolher o trombone como meu instrumento preferido. Gosto muito de tocar na banda, e quero fazer parte da banda do exército ou da polícia no futuro”, relata.

Equipe

A equipe realizadora do Domingo no Campus é composta por: Gabriela Machado (oficina de bordado); Jerônimo Lopes e Moacyr dos Santos (resgate de brincadeiras de rua); Vanessa Adriana Cupertino (ginástica para a terceira idade); Ursula Zeringote e Danuza Moraes (brincadeiras com material reciclado para crianças de 0 a 5 anos); Nilcéa Beatriz Braga (contação de histórias); Estevão Maciel (Núcleo de Desenvolvimento Musical Funga Alafia); DJ Álvaro Capute; Juliana de Carvalho e Caroline Mattos (oficina de montagem de brinquedos com materiais recicláveis); Eva Oliveira (pintura facial com artes da Fifia); além dos estudantes e professores dos projetos “Recicle: técnicas sustentáveis e troca de saberes”; “Dente da gente: educação em saúde”; “NASFE educação: projeto aprender para prevenir”; “Moradia legal no entorno da UFJF”; Ana Paula Dutra, Márcio de Oliveira Guerra e Lina Lomeu (Diretoria de Imagem Institucional); Raphaella Salomão, Gustavo Godinho e Lucas Reinck (bolsistas do projeto Domingo no Campus).

 

• facebook
• twitter
• email
• WhatsApp