Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Esportes
Data: 04/12/2018
Título: Prédio Anexo ao novo ginásio da UFJF já está funcionando
Apesar de ainda não ter data de inauguração prevista, o Complexo Esportivo da UFJF já está funcionando em partes. Segundo o diretor da Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid), Jeferson Vianna, o prédio Anexo, que deve levar o nome de professor Paulo Roberto Bassoli – em homenagem ao antigo servidor da universidade – já recebe atividades de projetos de extensão, além de aulas da graduação e os laboratórios de pesquisa com aulas da pós graduação, avaliação motora, controle de carga e treinamento de força. O projeto de ginástica rítmica recebe mais de 80 crianças, enquanto nas artes marciais, o judô atende a cerca de 40 jovens matriculados. Existem ainda projetos de dança para todas as idades, além do projeto “De Pernas Pro Ar”, com dança de salão e ginástica para funcionários da universidade.
Entre as pendências do espaço, a sala para treinamento funcional ainda aguarda finalizações. “Estamos montando a sala, mas não conseguimos o piso que era para chegar, mas as empresas não participaram e terá que abrir outro processo para isso. Estávamos contando com o piso para funcionar parcialmente, mas já temos praticamente 80% do equipamento (da sala) e estamos dependendo só da Proinfra para instalar alguns materiais na parede. Essa sala é importante porque vai ajudar também nos projetos de apoio de extensão, como basquete, atletismo e futebol, como parte da preparação dos atletas que praticam essas modalidades”, destaca o diretor.
O laboratório de reabilitação cardíaca também aguarda a chegada de materiais pedidos em licitação, como bicicleta, esteira, equipamento de medida e avaliação com maior precisão. Segundo Vianna, “há uma lista de materiais, inclusive para o laboratório de força: plataforma de força, cadeira hidrocinética de medida de força unilateral, para ajudar a monitorar e controlar o treino dos atletas. Estamos aguardando finalizar as compras para equipar o espaço em dezembro e semestre que vem já ter os equipamentos à disposição”. No momento, a sala funciona para estudo e grupo de pesquisa.
Ginásio aguarda obra de rampa
Já o novo ginásio aguarda pela obra da rampa que deve interligar o campo olímpico e os vestiários de terceiro pavimento. Com cerca de 10 mil m² de construção, a obra, iniciada em junho de 2014, tinha previsão inicial de finalização em 2016, mas sofreu adiamentos e, apesar de entregue, o espaço ainda não foi inaugurado. Na última reportagem publicada pela Tribuna em 19 de agosto deste ano, a previsão era de que ao menos o prédio Anexo fosse aberto até o final de agosto, mas a data foi adiada, na intenção de fazer um evento único para inaugurar os dois espaços.
Segundo a Diretoria de Imagem Institucional da Universidade, as obras do Ginásio Poliesportivo estão finalizadas de acordo com o Contrato 003/2014, no entanto, ainda falta a construção da rampa metálica de aproximadamente 11 metros. Segundo a assessoria, a empresa que fará essa obra foi definida através de processo licitatório, RDC Eletrônico nº 2/2018 (https://bit.ly/2P7Vb5j). A vencedora da licitação foi a empresa Claer Do Brasil Construções e Reformas Eireli ME, de Niterói (RJ), com o valor de R$ 76.046 – R$ 382 abaixo do valor estimado pelo edital. O contrato ainda não foi formalizado e aguarda na fila da Coordenação de Contrato, na Pró-reitoria de Planejamento, e deve ser assinado ainda nos próximos dias.
Segundo o diretor da Faefid da UFJF, Jeferson Vianna, o Ginásio também não conta com elevadores, que podem demorar para chegar. Faltam ainda equipamentos de segurança nos camarotes e na parte de imprensa. “Nas cabines de rádio e TV estamos aguardando a colocação de uma proteção, tipo uma bancada que ficará na frente. Além de telas de proteção atrás dos gols para segurança dos portões e das portas de madeira e os abafadores de som que ficam atrás dos gols”, destaca.
Segundo a assessoria da UFJF, no último 22 de novembro, uma reunião seria agendada com Jefferson Vianna, assim que o diretor da faculdade retornasse de uma viagem a congresso, a fim de discutir uma data de inauguração do Complexo. No entanto a reunião ainda não foi agendada.
Ideia é receber grandes equipes de vôlei e basquete
A construção do Complexo Esportivo teve investimento estimado em cerca de R$ 40 milhões, que compreende também a construção do prédio novo da Faculdade de Comunicação e o Centro de Monitoramento da UFJF. O Ginásio foi equipado com piso de madeira flutuante, que absorve o impacto dos atletas, e o teto de sete mil m² proporciona isolamento acústico. A estrutura conta ainda com oito vestiários, para torcedores, atletas, demais membros das equipes e arbitragem, além de seis cabines de imprensa e um camarote.
O intuito era de que o espaço pudesse auxiliar na recepção das delegações olímpicas internacionais que utilizaram a UFJF para se preparar para a Olimpíada do Rio de 2016. A não entrega da obra, segundo a Construtora Guia, ocorreu por atrasos nos repasses vindos do Governo Federal por até seis meses. A previsão era de que ainda em 2018 a Arena Faefid fosse inaugurada, com a intenção receber grandes equipes de vôlei ou basquete ainda na sua abertura, com entrada gratuita. As negociações já ocorriam com o Botafogo, que disputa a NBB (elite do basquete brasileiro), e até com a Seleção Brasileira de Vôlei sub-20, por meio do técnico Giovane Gávio, juiz-forano. Segundo o diretor Jeferson Vianna, a proposta de trazer grandes jogos ainda está de pé. “Estive recentemente em um congresso em Florianópolis e encontrei o pessoal do Minas Tênis Clube e eles estão interessados em trazer jogos da NBB. Eles se mostraram bastante receptivos à ideia e se colocaram à disposição de trazer a equipe deles para cá. O ginásio merece uma inauguração em grande estilo.”
Centro de Memória
Segundo Vianna, o Ginásio terá uma sala reservada ao Centro de Memória do Esporte, um acervo do professor Carlos Fernando Cunha, reunindo a história do esporte em Juiz de Fora, nas modalidades coletivos e individuais. “É um acervo que vem sendo organizando há bastante tempo, e o pessoal terá oportunidade de ter material físico e fazer consultas, com filmagens passando um pouco da história”, explica.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 04/12/2018
Título: Cerca de 10% dos estudantes faltaram às provas do Pism
Cerca de 10% de estudantes faltaram aos dois dias de provas do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). De acordo com dados da Comissão Permanente de Seleção (Copese) da instituição, dos 34.798 inscritos, 3.466 estudantes se ausentaram no primeiro dia, enquanto 3.475 no segundo. Nesta segunda-feira (3), foram abertos, ao todo, 87 pedidos de recursos para as provas dos três módulos. A Copese julgará os requerimentos e divulgará os resultados no prazo de até 72 horas após sua interposição. Os gabaritos das questões objetivas já estão disponíveis no site da Copese. Durante o processo, três candidatos foram eliminados, sendo dois deles por conta de aparelhos eletrônicos e um porque foi pego colando no exame.
O primeiro dia do processo seletivo foi marcado, especialmente, pela dificuldade de acesso aos locais de exame pelos candidatos. A estudante Gabriela Silva Castelo Branco, moradora do município de Santos Dumont, veio realizar a prova do Pism II em Juiz de Fora, na Unipac, em Granjas Bethânia. Por conta do trânsito intenso, a jovem precisou descer do veículo que se encontrava quando faltavam 30 minutos para as 13h, horário de fechamento dos portões, para seguir o trajeto a pé. No caminho, encontrou outros contratempos como falta de passeio, além de haver situações em que precisou, inclusive, retirar o sapato para correr. “Teve um momento que eu comecei a chorar e fiquei mais ofegante, mas continuei correndo. Não aguentava mais, até que vi a fachada da Unipac. Cheguei lá faltando um minuto para 13h. Estava passando mal de tão nervosa, mas tomei água e me recompus para começar a prova”, relata.
Para fazer as provas do Pism III, a estudante Débora Domingues levou uma hora e 20 minutos para ir do Centro ao Instituto de Ciências Exatas (ICE) no Campus da UFJF no sábado (1º). A jovem optou por utilizar transporte por aplicativo, enfrentando engarrafamento principalmente na Avenida Barão do Rio Branco e próximo à Universidade. “O trânsito estava horrível, mas ainda cheguei um pouco adiantada e consegui relaxar antes de começar a prova”, conta. “Você já chega na prova psicologicamente cansada. Por exemplo, eu consegui ir de carro, mas vi muita gente correndo na chuva para conseguir chegar.”
Para o coordenador do 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio do Instituto Vianna Júnior, Álisson Roberto Damiance Silva, este problema tem sido recorrente durante a realização das provas do Pism, principalmente por aumentar a concentração de pessoas no campus. “Talvez uma adequação que seria interessante é alocar os alunos por CEP. Quando o aluno fizer a inscrição, alocá-lo em colégios e locais perto de seu endereço. Outra coisa a ser pensada é aumentar o transporte público e evitar o acesso de veículos particulares ao campus”, sugere. “São pontos a serem discutidos, propostos e estudados pela UFJF junto com a Settra para ver se seriam efetivos.”
Aumento na procura por táxi e serviços por aplicativo
O aumento na procura por serviços de transporte, como táxis e por aplicativos, foi observada no final de semana devido à realização do Pism. De acordo com o presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativos de Juiz de Fora (Amoaplic/JF), Júlio César Peixe, foi constatado um acréscimo de cerca de 20% nos dois dias do exame. “Foi uma procura muito boa, tanto para os motoristas, quanto para as empresas. Só que teve engarrafamento no sábado, e onde precisávamos de agentes de trânsito para ajudar, eles não estavam”, queixa-se. “Os passageiros estavam descendo no meio do caminho e correndo a pé entre os carros. Achei muito perigoso, além de mostrar uma falta de responsabilidade da Secretaria de Transporte.”
O serviço de táxi também contou com aumento na procura, mas enfrentou contrariedades por conta da retenção. “Teve muita procura, mas os taxistas tiveram dificuldade de atender todo mundo porque ficaram muito tempo parados no engarrafamento”, explica José Moreira de Paula (Zé Paulo), presidente do Sindicato dos Taxistas. “No sábado, por ter movimento normal da cidade, como do comércio, o trânsito ficou pior. Já no domingo, o trânsito não apresentou tanto problema.”
UFJF não cogita separar dias de prova por módulos
Questionada sobre a forma de escolha dos locais de prova, a UFJF informou, por meio de nota, que “ao final do processo de inscrições para os módulos do Pism, a Copese verifica a quantidade de inscritos por módulo e por cidade de aplicação de prova e, com base nessas informações, providencia os locais contando também com instituições parceiras. Em 2018, só em Juiz de Fora, tivemos aproximadamente 24 mil candidatos que foram distribuídos em 33 locais de provas fora da Universidade, além do próprio Campus, Faculdades de Medicina e Fisioterapia e Colégio de Aplicação João XXIII. Esse número de inscritos expõe o contexto de uma dificuldade natural de refinamento de detalhes para atender a solicitações como essa de proximidade.” A instituição explicou, ainda, que as questões relacionadas ao trânsito não são de sua competência e que, ao longo do processo, busca orientar candidatos e familiares “a se programarem para chegar aos locais de prova com antecedência, bem como a utilizarem o transporte público coletivo”. Também interrogada sobre a possibilidade de dividir as provas em dias diferentes para cada módulo, a UFJF informou que “esse assunto não está em pauta atualmente”.
Também por meio de nota, a Settra explicou que já previa o trânsito intenso nas regiões próximas aos locais de prova e, por conta disso, montou um planejamento com operações em regiões mais críticas. “Em alguns pontos, houve proibição de estacionamento, alteração de circulação na tentativa de dar mais fluidez ao tráfego. Os agentes atuam no monitoramento, orientação e direcionamento do trânsito em alguns pontos. No entanto, a chuva e o excesso de veículos contribuíram para lentidão no Campus. Por isso também a pasta sempre reforça o número de ônibus e orienta para que seja feita a utilização do transporte coletivo, o que resultaria em menos carros circulando. A Settra ainda fará reunião para avaliação de como foi o trânsito neste dois dias de prova.”
Transporte coletivo
De acordo com o representante do Consórcio Via JF, Rodrigo Reis, foram disponibilizados todos os ônibus programados pela Settra, mas o serviço também foi prejudicado devido às retenções. “O trânsito estava caótico na cidade inteira, inclusive para transporte por aplicativo estava difícil, já que havia um volume de gente muito grande”, explica. “Nós fomos impactados pelo trânsito de forma acima da média.”
A assessoria da Astransp também observou dificuldades por conta do tráfego intenso e que, em relação à disponibilização de veículos extras, as empresas seguiram determinação da Settra.
Professores comentam processo seletivo
As provas dos três módulos do Pism estavam dentro do conteúdo previsto, de acordo com o coordenador do Vianna Júnior, Álisson Roberto Damiance Silva. “Geralmente os alunos têm mais dificuldade no Pism I, pela maturidade. É o primeiro ano que fazem. Já no Pism II, estão um pouco mais habituados. O conteúdo também ajuda, e a prova é sempre mais dentro de um nível de cobrança que eles conseguem fazer melhor, e isso foi normal.” No módulo I, de acordo com o coordenador, os alunos apresentaram dificuldades, principalmente, nas provas de física e matemática, mas em um nível possível de serem resolvidas. “A prova foi bem elaborada, pode diferenciar o aluno que estudou do que não estudou.”
Já no Pism III, além de física e matemática, de acordo com Álisson, houve uma grande dificuldade também entre os alunos que realizaram a prova de filosofia. De maneira geral, o profissional faz uma boa avaliação do processo seletivo. “O Pism é uma forma de ingresso muito positiva para nossa região. Nós o valorizamos demais, assim como o Enem.”
Complexas para muitos alunos, as provas de matemática foram coerentes com o que o edital do processo seletivo apresentava, de acordo com o professor da disciplina do Instituto Metodista Granbery, Júlio César Amaral dos Santos. “Apesar da prova não ter sido muito complexa, talvez não tenha tido um índice de acerto muito alto nas questões devido à dificuldade natural que os alunos têm com a matemática”, explica. “É uma disciplina que envolve um raciocínio diferente do que o aluno está acostumado a empregar: algumas vezes abstrato, outras vezes analítico.”
Segundo o professor, não houve ambiguidades ou “pegadinhas” nas questões aplicadas. “A ideia é que os alunos que se prepararam corretamente, fizeram os exercícios e trabalharam ao longo do ano fizessem uma prova tranquila nesse final de semana”, afirma. “Em cada prova houve uma ou outra questão em que o aluno precisaria se empenhar um pouco mais para resolver, mas, de maneira geral, as provas estavam bem acessíveis.”
Resultados
As notas do módulo III estarão disponíveis a partir do dia 8 de janeiro, e o resultado final, após recursos, está previsto para ser divulgado no dia 15. Já os candidatos dos outros módulos poderão acessar as notas no dia 12 de fevereiro, com resultado previsto para o dia 15.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cultura
Data: 04/12/2018
Título: Professor da UFJF lança ficção gótica existencialista
A estrada é longa, a capa não mente. São muitas as paisagens que se desvendam no decorrer de “Malditos” (Penalux Editora), livro que Anderson Pires da Silva lança nesta terça-feira (4), às 19h30, na Arteria. O horizonte inclui as muitas camadas, não apenas das narrativas, mas também das referências que o professor de literatura da Faculdade de Letras da UFJF desenvolve nas 218 páginas de seu romance de estreia, da poesia aos quadrinhos, passando pelo rock’n’roll e pelas próprias “facadas que já tomou”. Fluida, envolvente e absolutamente curiosa, a leitura se desenrola na tentativa de decifrar o que, capítulo por capítulo, parece cada vez mais indecifrável.
Já nas primeiras frases, o protagonista Orlando – seria uma referência ao romance de Virginia Woolf?! – é um advogado que em busca de poder e riqueza se envolve em complexos esquemas de corrupção que, por sua vez, relacionam a uma sinistra seita. Um ambientalista desequilibra os planos gananciosos. Sem que haja mocinhos ou vilões, a trama segue estrada afora ganhando tensão e energia. “Uma ficção para ser lida como captação do não edificante, evidenciando, através de seu modo singular, uma crítica necessária a um mundo regido pelo egoísmo e a pose. Um mundo que precisa ratear para deixar passar o motor da vida”, destaca o também professor e escritor Luiz Fernando Medeiros na orelha da obra.
“Quando criei os personagens de ‘Malditos’ fiz como um puro exercício de imaginação. Acho que o ponto em comum entre esses personagens e os meus últimos poemas, principalmente, é uma inquietação existencial e um certo sentimento de fracasso nas relações humanas”, comenta o escritor, em entrevista à Tribuna, referindo-se ao caráter existencialista que marca o livro logo na capa, onde apresenta o subtítulo “ficção gótica existencialista”, ponto de partida de nossa conversa.
Tribuna – O que seria a ficção gótica existencialista de “Malditos”?
Anderson Pires da Silva – Bem, desde o início de minha produção literária, nunca me senti representado nos rótulos que têm me colocado. Então, ao concluir a versão final de “Malditos”, coloquei este subtítulo “ficção gótica existencialista” para deixar claro ao leitor do que se trata a obra. “Existencialista” está no sentido camusiano (Albert Camus) do termo, quando a vida é para os indivíduos uma coisa absurda e angustiante. O elemento gótico está na ambientação soturna, a presença constante da morte e o clima de mistério que conduz a trama.
E o que seria esse mundo da literatura passada que o mundo de “Malditos” deixa para trás?
Eu roubei essa frase da introdução da série Zumbis Marvel. Minha intenção não era dizer que “deixei para trás” uma forma de literatura que considero passada, mas com a qual não tenho mais nada a ver, isto é, essa literatura centrada no personagem-escritor (quase sempre o loser charmoso), em primeira pessoa, meio autobiográfica, meio autoficcional, às vezes baseada em traumas familiares. “Malditos” é uma reação a isso, uma obra de ficção com personagens imaginários e qualquer semelhança com a realidade foi uma mera coincidência.
“‘Malditos’ é uma reação a isso, uma obra de ficção com personagens imaginários e qualquer semelhança com a realidade foi uma mera coincidência”
De que ponto partiu a sua ideia para ‘Malditos”?
A ideia original surgiu em 2005, quando passava pela região de Tabuleiro e havia uma neblina sobre o rio e, ao fundo, vi uma casa estilo colonial, que na penumbra do crepúsculo, me pareceu um lugar mal-assombrado. Fiquei com essa cena na cabeça durante os anos seguintes até tomar a forma de uma narrativa de horror. E eu queria escrever uma obra em prosa diferente do que eu havia feito antes com “Los paranoias” (que foi publicada em capítulos no fanzine “Urgh!”), que era uma narrativa em primeira pessoa, centrada no personagem-escritor, cômica, meio autobiográfica… Aí, em 2009, eu criei uma página no blogspot e comecei a publicar em capítulos a primeira versão de “Malditos”.
Logo nas primeiras páginas surgem os meandros de um esquema de corrupção envolvendo políticos e uma empreiteira. Qual a ligação dessa construção narrativa com a realidade brasileira atual?
Foi uma fortuita coincidência. Até os editores da Penalux publicarem “Malditos”, eu recebi muito “não” das editoras, que consideravam o enredo do romance fantasioso demais. E agora não parece tanto. Na real, esse já é um tema clássico na literatura brasileira, analisar a corrupção política e moral sob o ponto de vista da ganância e da busca violenta por poder. Então, quando a realidade brasileira começa a se aproximar desse imaginário ficcional é sinal que nossos piores pesadelos começam a se realizar.
“Quando a realidade brasileira começa a se aproximar desse imaginário ficcional é sinal que nossos piores pesadelos começam a se realizar”
Você também retrata questões relativas ao patriarcado. De que maneira elas dialogam com os dias de hoje? Houve preocupação sua em dosar esse contato com a realidade de forma a não se limitar a uma narrativa documental?
Foi o Luiz Fernando Medeiros que colocou essa questão. Enquanto eu escrevia o romance, em nenhum momento pensava que estava tratando de “questões relativas ao patriarcado”. Não conscientemente. Aí o Luiz Fernando afirma que o romance “tece o necrológico do patriarcalismo”. E ele diz isso em função das personagens femininas, que considera não emancipadas ou empoderadas. Mas não diria que elas são submissas, o que há nelas é um sentimento de angústia, pois não se sentem amadas nem pelos homens e nem pelo mundo que as cerca. Nesse sentido, os personagens masculinos podem representar as formas de violência social e simbólica associadas hoje à ideia de patriarcalismo, como a atitude autoritária e a exploração dos sentimentos femininos. Não que esse fosse o meu propósito. Muitos escritores hoje adotam uma atitude crítica de negação ao “macho alfa branco” e às formas patriarcais de nossa sociedade, as identificando com a opressão às mulheres e, por extensão, a outros grupos marginalizados, os negros e os gays, assim estão mais próximos tanto do prêmio Jabuti quanto de uma carta papal de canonização. Eu não estou entre esses escritores. Muito menos tenho as costas quentes, pelo contrário, eu tenho as costas marcadas pelas facadas que tomei.
O livro traz muitos diálogos, o que dá outro ritmo à narrativa. Qual o valor do ritmo, sempre uma questão muito fundamental para a poesia, nessa sua prosa longa?
Minha principal influência na escrita de “Malditos” foi o romance “O casamento” de Nelson Rodrigues. É uma obra-prima. A composição de “Malditos” deve muito a esse romance, ao modo como o Nelson fechava cada capítulo com um gancho para o capítulo posterior, de forma que você não consegue largar o livro. O narrador impessoal e implacável. Os diálogos são fundamentais para revelar o caráter psicológico dos personagens. Eu não gosto desses romances em que há um narrador que já diz ao leitor como o personagem é. Essa é uma lição que aprendemos com Aristóteles: o caráter dos personagens se revela pelas ações que praticam e sem diálogos não há ação, e sem ação não há narrativa. A não ser que você seja um Samuel Beckett.
“Essa é uma lição que aprendemos com Aristóteles: o caráter dos personagens se revela pelas ações que praticam e sem diálogos não há ação, e sem ação não há narrativa. A não ser que você seja um Samuel Beckett”
O Luiz Fernando Medeiros, na orelha do livro, cita o Rubem Fonseca como referência para essa leitura. Em qual medida ele é uma influência nessa sua escrita?
Além do Nelson Rodrigues, outra influência foi Machado de Assis. Há uma revelação em relação à real identidade de um personagem que somente os machadianos irão sacar. Além disso, também peguei de Machado a ideia de usar os títulos dos capítulos como extensão referencial da narrativa, por isso usei a numeração romana. Mas entendo a referência ao Rubem Fonseca, porque “Malditos” tem uma estrutura de romance policial e, nesse campo, Rubem Fonseca é uma referência incontornável, é como o joelho de porco na feijoada.
O rock é uma presença no livro. Qual a potência dessa referência no seu trabalho de escrita?
Há uma série de mistérios no romance, e uma das chaves de decifração está ligada à música e à mítica de Robert Johnson, que foi uma das primeiras figuras lendárias do blues do Delta do Mississipi. O primeiro integrante do famigerado “clube dos 27”, isto é, o time de músicos brilhantes que morreram aos 27 anos – Jimi Hendrix, Kurt Cobain, Amy Winehouse. No meu trabalho de escrita, a música, o rock em particular, é uma referência constante para ampliar o sentido narrativo, é um elemento a mais na composição, como por exemplo quando o casal Orlando e Eva é descrito como dois “perfeitos estranhos”, em referência à música “Perfect strangers” do Deep Purple.
Como foi o desafio de escrever um romance? Como desenvolveu o livro, devagar, com disciplina? O resultado correspondeu ao projeto inicial?
Foi um desafio enorme e fico feliz por tê-lo concluído, não desisti diante das inúmeras recusas para publicá-lo. Eu desenvolvi o livro bem devagar e a cada não recebido por uma editora encarei como um motivo para ir aprimorando o enredo. Em nenhum momento achava que estava indo por um caminho errado, embora os obstáculos fossem muitos, principalmente porque o gênero de horror é muito subestimado em nossa literatura. E esse sempre foi o projeto inicial: compor uma narrativa de horror com os elementos tradicionais da narrativa brasileira, isto é, o realismo policial. E, se possível, colocar um pouco mais de distorção. O resultado final ainda me agrada e eu espero que agrade também aos leitores.
“E esse sempre foi o projeto inicial: compor uma narrativa de horror com os elementos tradicionais da narrativa brasileira, isto é, o realismo policial. E, se possível, colocar um pouco mais de distorção”
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Veículo: G1 Vales
Editoria: Notícias
Data: 04/12/2018
Título: Coral da UFJF, em Governador Valadares, se apresenta nesta terça-feira na cidade
O coral da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), campus Governador Valadares, se apresenta nesta terça-feira (4) no teatro do colégio Franciscano Imaculada da Conceição, a partir das 19h30. Além dos coralistas que interpretarão as canções, a exibição contará com um intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais), como forma de promover a acessibilidade para a comunidade surda.
O grupo tem mais de 60 vozes e levará ao público um repertório diversificado, combinando estilos musicais e o espírito natalino. O coral reunirá na noite, durante uma hora e meia, as mais tradicionais canções de Natal no ritmo do blues, jazz, afro-samba e também da música popular brasileira.
Desde 2016, o coral se apresenta não só em Valadares como em outras cidades de Minas Gerais. Em setembro de 2018, o grupo se apresentou no 24ª Festival Internacional de Coral em Juiz de Fora (MG). O grupo reúne alunos, professores, funcionários da universidade e integrantes da comunidade, e é regido pela maestrina Zilmar Eller.
O colégio Franciscano Imaculada da Conceição fica na rua Tiradentes, 312, Centro. O evento é aberto ao público e a entrada é franca.
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Veículo: Inter TV
Editoria: MGTV
Data: 04/12/2018
Título: Coral da UFJF se apresenta nesta terça-feira a cantata de Natal em Governador Valadares
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 04/12/2018
Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/04-12-2018/a-157.html
Título: 60 de medicina
Hoje, às 9h30, na Faculdade de Medicina da UFJF acontece a solenidade em comemoração aos 60 anos de formatura da primeira turma.
O destacado reumatologista Aloysio Fellet, que recebeu o diploma número um da faculdade, vai falar em nome da turma, paraninfada pelo então presidente Juscelino Kubitschek. Dos 18 formandos também figuram entre os remanescentes, Juracy Neves, Sagrado Lamir David, José Carlos Barbosa, Antônio Carlos Andrés, Ramon Castro e Walter Campos.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 04/12/2018
Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/04-12-2018/a-157.html
Título: Voo livre
A Escola Municipal Carlos Augusto de Assis venceu a 6ª Gincana Ambiental, promovida pelo Campo de Instrução do Exército o e Centro de Educação Ambiental e Cultura, em parceria com a UFJF.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cultura
Data: 04/12/2018
Título: Mostra ‘Viva a vida’ apresenta cartazes de combate ao suicídio
“Ficar frágil feito uma criança / Só por medo ou por insegurança / Ficar bem ou mal acompanhado / Não importa se der tudo errado (…) Tudo isso às vezes só aumenta / A angústia e a insatisfação (…) Nada disso às vezes diminui / A dor e a solidão.” Presente no emblemático álbum “Jesus não tem dentes o País dos Banguelas”, lançado pelos Titãs em 1987, a música “Diversão” pode ter inúmeros significados, e um deles é o desespero, o vazio, desilusão, o medo e a fragilidade que são inerentes à natureza humana. E muitas vezes, sem o apoio e compreensão necessários, pode ter um trágico fim.
Mas a arte não serve apenas para expor nossas mazelas interiores. Ela pode também servir como instrumento para ajudar a encontrar um novo caminho, uma saída, ou despertar nossa atenção para quem, muitas vezes tão próximo, sente-se dolorosamente distante. É com este espírito que a pró-reitoria de cultura da UFJF realizou entre outubro e novembro a primeira edição do concurso “Viva a vida, combate ao suicídio”, com alunos da instituição, cujo resultado pode ser visto em quase sua totalidade a partir desta quarta-feira (5), às 20h, no Espaço Reitoria, na exposição que leva o mesmo nome do concurso e que poderá ser visitada até março de 2019.
No total, participaram 98 alunos de 24 cursos da instituição, a maioria de artes e design, mas também ciências biológicas, econômicas, engenharia, odontologia, geografia, nutrição, educação física, história, química, turismo e veterinária, entre outros, dos campi de Juiz de Fora e Governador Valadares, que rendeu um total de 166 cartazes sobre a importância da conscientização quanto ao combate ao suicídio, em obras que exploram diversos estilos e formas de ajudar a chamar a atenção para a questão. Na estreia da exposição – que contará com a maioria dos 166 trabalhos inscritos – será entregue a premiação de dez cartazes, além de 20 menções honrosas. Os alunos premiados são Ada Medeiros, Giovanni Vicente, Giuliano Pietro, Júlia Perrotti, Júlia Queiroz, Leandro Carvalho, Luiz Otávio Campos, Matheus Nogueira, Renata Dorea e Vitória Rios Baranda.
De acordo com a idealizadora do “Viva a Vida…”, a pró-reitora de cultura Valéria Faria, um dos motivos para a criação do concurso é ao mesmo tempo geral e particular. “(Temos um) alto índice de suicídio no Brasil e, lamentavelmente, um crescente número de casos registrados entre jovens estudantes de universidades brasileiras, inclusive em nossa UFJF, o que preocupa muito”, explica. “Temos notado muita ansiedade, depressão e transtornos mentais diversos. Além das demandas e compromissos da vida estudantil, que impõem novas responsabilidades e desafios aos jovens, estamos enfrentando tempos difíceis com muitas adversidades. Precisamos nos fortalecer nas universidades, mostrar que estamos juntos, que podemos exercitar a livre expressão e o pensamento aberto, sem temer quaisquer forças opressoras.”
Tema de interesse geral
Quase cem alunos se engajarem no concurso, envolvendo mais de 20 cursos da instituição. Foi um número que superou as expectativas da organização, segundo Valéria – o que, em sua perspectiva, mostra que o tema importa a todos e que mesmo áreas não tão próximas à criação artística possuem gente com talento e sensibilidade para participar do concurso. “É natural que os trabalhos dos alunos de design, artes, comunicação e arquitetura tenham apresentado um domínio técnico e formal com algum refinamento superior, afinal há muitas disciplinas nestes cursos que promovem uma investigação mais aprofundada sobre o conhecimento estético e conceitual”, reconhece. “Mas notamos que alunos de áreas de exatas ou científicas também se esforçaram bastante no desenvolvimento de seus trabalhos. Foi gratificante notar este esforço. Gerou resultados muito expressivos.”
O concurso não é apenas para mostrar ou descobrir talentos. Ela tem a esperança de que a mostra no Espaço Reitoria possa ajudar na prevenção de novas ocorrências. “Sou muito otimista em relação a esta questão. Eu acredito no poder da arte como força de mudanças. A arte liberta. Ilumina. Transforma. Recria. Nós podemos viver com um pensamento artístico nas mínimas coisas que fazemos no dia a dia”, diz, esperançosa. “Desejamos que haja uma boa difusão e maior aproveitamento dos trabalhos desenvolvidos nesta exposição, mas, sobretudo, que a mensagem de otimismo e força da exposição alcance o maior número de pessoas.”
Para além da galeria
Estudante do curso de arte e design, Vitória Rios Baranda faz parte do grupo de dez alunos premiados na quarta-feira. Ela, assim como Valéria Faria, acredita que a arte é uma forma de mostrar às pessoas que é possível procurar e encontrar ajuda nos momentos mais difíceis.
“Acho importante (o papel da arte), porque hoje temos mais contato com esse tipo de trabalho nas redes sociais, que ajudam a passar uma mensagem. É possível compartilhar de forma mais fácil, ter um alcance maior”, acredita a artista e estudante, que confessa ter passado por momentos complicados. “Eu tenho problemas de depressão e tenho amigos que convivem com isso ou têm casos na família. É importante levar essa questão para a UFJF, um lugar em que vivemos um momento de mudança, estressante, em que acontecem muitos casos assim. Essa exposição é fundamental para alertar as pessoas para esta situação, ainda mais num espaço em que muita gente encara esse problema.”
Questão de saúde pública
Anteriormente visto com preconceito e sob os mais variados clichês, o suicídio, há anos, vem sendo tratado como questão de saúde pública e, principalmente, como situação que pode ter seus índices diminuídos de forma drástica com os devidos trabalhos de prevenção e conscientização. Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em 2016, mostrou que cerca de 800 mil pessoas cometem suicídio por ano, o que dá a média de uma pessoa tirando a própria vida a cada 40 segundos. Os dados, porém, podem ser maiores, pois muitos países não produzem estatística confiáveis – e ainda há as tentativas que não resultam em morte. Na ocasião, a OMS lembrou ainda que apenas 28 países possuíam uma estratégia nacional de prevenção ao suicídio, e outros poucos incluíam a questão entre suas prioridades de saúde.
Este número faz com que o suicídio esteja entre as dez principais causas de morte no mundo, e é a principal entre jovens na faixa dos 15 aos 29 anos. Outro número apresentado pela OMS mostrou que 75% dos casos ocorrem nos países de baixa e média renda, e que grupos vulneráveis à discriminação, como refugiados e migrantes, indígenas, lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e interssexuais (LGBTI), e pessoas privadas de liberdade estão mais suscetíveis a tentar tirar a própria vida.
No Brasil, levantamento feito pelo Ministério da Saúde aponta que o número de suicídios aumentou 12% no país entre 2011 e 2015, passando de 10.490 mortes (2011) para 11.736 (2015). Esta é, ainda, a quarta maior causa de mortes entre jovens de 15 a 29 anos, e os homens foram responsáveis por 79% deste total. Viúvos, solteiros e divorciados respondem por 60% das mortes, e os indígenas formam 15% dos suicidas.
De acordo com especialistas, diversas ações poderiam diminuir o número de suicídios, entre elas a redução de acesso aos meios utilizados, a introdução de políticas públicas para reduzir o uso exagerado e nocivo do álcool, identificação precoce para o tratamento e cuidados de pessoas com transtornos mentais ou por uso de substâncias, assim como dores crônicas e estresse emocional agudo. Para a OMS, ações como atenção e apoio poderiam prevenir até 90% dos casos.
VIVA A VIDA, COMBATE AO SUICÍDIO
Abertura nesta quarta-feira (5), às 20h. Visitação de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, e sábados, das 9h ao meio-dia, no Espaço Reitoria (Campus UFJF)
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Veículo: Inter TV – Globo
Editoria: Inter TV
Data: 05/12/2018
Título: Coral da UFJF apresenta Cantata de Natal em Governador Valadares
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 05/12/2018
Título: Evento discute relação da mídia com a Declaração Universal dos Diretos Humanos
As relações entre a cobertura da mídia e a Declaração Universal dos Direitos Humanos são alguns dos temas que serão discutidos em evento nesta quinta-feira (6), na Faculdade de Comunicação da UFJF. Intitulado “Mídia e formas de resistência: para declarar os Direitos Humanos”, o evento visa a debater sobre diversas formas de exclusões e retiradas de direitos e entender qual o papel da comunicação neste processo.
De acordo com os organizadores, a ideia é discutir as proposições dos 30 artigos que compõem a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que neste ano completou 70 anos de existência. O documento foi elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU) com fins de assegurar e promover direitos considerados inerentes a todos os seres humanos.
“É necessário discutir essas questões porque para nós a Comunicação também é um direito. A proposta de falar de mídia e formas de resistência é tentar olhar para a mídia tradicional, mas também pensar fora dela, buscando refletir e criar alternativas”, afirma a professora Iluska Coutinho, coordenadora do Núcleo de Jornalismo e Audiovisual.
O evento terá abertura às 14h, com a mesa “Mídia e racismo institucional”, conduzida pelo membro do Coletivo Práxis Negra e estudante da UFJF, Dayvison Wilson, e mediada pelo estudante de Jornalismo da UFJF, Gustavo Luiz Ribeiro. A programação conta, ainda, com momentos culturais e apresentação de resultados das pesquisas desenvolvidas por membros do Núcleo, que abordam temáticas como comunicação pública, resistência, representatividade feminina, dentre outras.
O evento é gratuito, aberto ao público e não exige inscrição prévia. As palestras acontecem na Sala de Demonstração da Faculdade de Comunicação, localizada no Campus da UFJF. A programação completa e detalhes sobre as pesquisas que serão apresentadas podem ser vista no site www.jornalismoaudiovisual.com.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 05/12/2018
Título: 4º Grande Prêmio de Rolimã acontece neste domingo em Juiz de Fora
O 4º Grande Prêmio de Rolimã será realizado, no próximo domingo (9), às 8h, na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Promovida pela Escuderia UFJF – projeto de extensão da Faculdade de Engenharia -, a competição começará às 9h30, depois de o processo de credenciamento dos inscritos. A corrida é realizada em baterias de até quatro carrinhos de rolimã até as finais; a pista, a descida entre o Instituto de Artes e Design (IAD) e a Faculdade de Letras. A prova é organizada anualmente para custear os projetos do grupo.
“O número de baterias depende da quantidade de inscritos, mas, no mínimo, realizaremos 15 baterias. Descem quatro carrinhos, dois se classificam e dois vão para a repescagem. Fazemos toda a repescagem, há os classificados e ainda fazemos semi-finais e finais”, explica Lucas de Oliveira Araújo, estudante de Engenharia Mecânica e organizador da competição. As inscrições podem ser realizadas por meio do link https://goo.gl/BfSpWV até o dia do evento; o custo de participação é de R$ 20, pagos no dia da prova. A prova é dividida em duas categorias: Infantil – entre 11 e 15 anos – e Adulta – a partir de 16.
Embora mais de uma pessoa possa representar a mesma equipe, os carrinhos de rolimã podem apenas descer com uma pessoa no comando. “Normalmente, as equipes têm duas ou três pessoas, fora o pessoal que vem só mesmo assistir e prestigiar o evento. Os três podem pilotar, mas eles competem como uma equipe só. Se cada um quiser competir individualmente, deve fazer a inscrição separada, como se cada um fosse a própria equipe”, detalha Lucas. Tanto maiores de idade quanto menores de idade devem preencher termos de responsabilidade, disponibilizados na página do evento no Facebook.
Fórmula SAE
A renda arrecadada pela Escuderia UFJF é destinada à construção de um carro de Fórmula SAE – competição nacional, estudantil, realizada em Piracicaba (SP) e destinada a alunos de engenharia. Segundo Lucas, o projeto do protótipo elaborado pelo grupo tem custo estimado de R$ 50 mil. “O carro é estilo Fórmula 1, mas com escala de 1:3. Ele não é tão grande quanto um carro de Fórmula 1, mas, também, não é tão pequeno quanto um kart. Na montagem, a gente usa peças de carros e motos.” O alto custo do projeto, conforme o estudante, é justificado pelo regulamento específico da Fórmula SAE. “São 180 páginas detalhando cada parte do carro. A gente tem que seguir o regulamento à risca. O encosto de cabeça do assento, por exemplo, não pode ser qualquer um, tem que ser de uma espuma especial importada, o que encarece o projeto. Nós já temos grande parte das peças. Conseguimos por meio de patrocínio financeiro e permuta.”
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Esportes
Data: 05/12/2018
Título: JF Vôlei faz amistoso nesta sexta com entrada gratuita
Nesta sexta (7), o JF Vôlei disputa o primeiro amistoso antes da Superliga B, que acontece entre 23 de janeiro e 14 de abril. O jogo é contra o Univôlei, no Ginásio da UFJF às 19h30, com entrada gratuita. Segundo o diretor da equipe, Maurício Bara, a partida deve ser a primeira de uma série de amistosos com o objetivo de se prepararem para a competição de 2019. Os dois times juiz-foranos já haviam se enfrentado durante a Copa da Amizade, que encerrou no início de novembro, quando o JF Vôlei se consagrou campeão, após disputar a final contra o Três Rios (RJ).
“Precisamos voltar a jogar”, destaca Maurício Bara. “Está uma dificuldade grande trazer outras equipes para cá, várias ao nosso redor estão jogando na Superliga A e fica difícil agendar. Vamos aproveitar uma equipe amadora da cidade, que tem vários ex-atletas nossos, uma equipe de boa qualidade, para nós readquirirmos o ritmo de jogo e colocar em prática o que temos treinado de uma maneira tranquila. Tenho certeza de que será um bom teste”, destaca.
Segundo o diretor, ainda não há previsão para próximos amistosos, mas a equipe pretende colocar os atletas em quadra o máximo de vezes possível até a Superliga. “A gente queria estar jogando uma vez por semana pelo menos, mas não temos previsões ainda. O que pintar a partir de agora vamos jogar. Participamos o Campeonato Mineiro, depois teve a Copa da Amizade e não conseguimos marcar outro jogo. Estamos na luta até a estreia Superliga B de tentar fazer o maior número de jogos possíveis para que coloque o atleta com uma arbitragem e um adversário diferente, porque é diferente de treinar com o mesmo grupo. São qualidades diferentes que estamos buscando e vamos ver se conseguimos fazer mais jogos.”
Na próxima segunda-feira (10), o JF Vôlei irá realizar o lançamento da Superliga B, às 19h30 no Trade Hotel. O evento pretende divulgar os planos para a competição, além de apresentar os patrocinadores e o calendário da equipe. Segundo Bara, o time aguarda a oficialização da tabela de jogos pela CBV (Confederação Brasileira de Voleibol).
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Veículo: O Tempo
Editoria: Super FC
Data: 05/12/2018
Título: Após 14 anos, apresentador Dudu Monsanto deixa os canais ESPN
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 06/12/2018
Título: UFJF divulga resultado dos recursos do Pism
A Coordenação Geral de Processos Seletivos (Copese) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) divulgou, nesta quinta-feira (6), o resultado dos recursos solicitados referentes às questões e aos gabaritos das provas dos três módulos do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism), ocorridas no último fim de semana.
De acordo com a Copese, houve retificação em uma das questões objetivas do Módulo I. A alteração diz respeito ao gabarito da questão número 8 da prova de Geografia, que passou a considerar as alternativas A e B como corretas. A mudança foi divulgada após as bancas examinadoras analisarem os 87 pedidos de recursos interpostos na última segunda-feira, 3.
Para os candidatos que tiveram o gabarito modificado, a pontuação será atribuída aos que marcaram alguma das alternativas corretas. Não há recurso sobre a decisão final da Copese. Os gabaritos das questões objetivas das provas dos módulos I, II e III já estão disponíveis no site oficial.
Resultados
Os candidatos ao módulo III poderão ter acesso às notas a partir do dia 8 de janeiro e o resultado final, após recursos, está previsto para ser divulgado no dia 15. Já os demais módulos devem ter suas notas divulgadas no dia 12 de fevereiro, com resultado previsto para o dia 15.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 06/12/2018
Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/06-12-2018/plp.html
Título: Fora da TV
Após 14 anos, o narrador e apresentador Dudu Monsanto está deixando a ESPN Brasil. Ontem, pelo Twitter, ele comunicou que a emissora não vai renovar seu contrato. Formado pela UFJF, o competente Dudu participou das coberturas dos Jogos Olímpicos de Pequim (2008), Londres (2012) e Rio (2016), além das Copas da Alemanha (2006), África do Sul (2010) e Brasil (2014).
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