Formada por 33 alunos da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), a equipe Microraptor ficou em terceiro lugar na competição SAE BRASIL AeroDesign, disputada em São José dos Campos (SP), entre os dias 1º e 4 de novembro. Desta edição, participaram 1.300 estudantes, reunidos em 95 equipes, das melhores faculdades de Brasil, México e Venezuela. Foram quatro dias de intercâmbio de conhecimento e difusão da engenharia aeronáutica. A UFJF foi representada por estudantes das Engenharias Mecânica, Civil e Elétrica, e de Artes e Design e Geografia.
A competição exigia um avião leve e que, ao mesmo tempo, carregasse a maior carga possível. A aeronave também deveria ser totalmente desmontável para ser transportada em uma caixa de 30 litros, no menor tempo possível. O projeto da equipe trouxe grande inovação, como afirma Thomás Demolinari, o capitão da Microraptor: “Para cumprir, trabalhamos com motores importados, os melhores do mercado, e materiais compósitos, que são leves e resistentes, chegando numa aeronave com 2,8 kg, que levava de carga 7,5 kg.”
De acordo com o estudante, a equipe atingiu um patamar de peso carregado nunca antes visto nos oito anos da Microraptor. Assim, foi possível chegar à marca histórica de terceiro colocado da categoria Menor Caixa da Competição e Menor Tempo de Montagem, trazendo o primeiro troféu para Juiz de Fora. A equipe da UFJF também obteve o segundo melhor projeto da competição Micro.
Ao longo dos oito anos em que a Microraptor participa da SAE Brasil Aerodesign, já foram conquistadas menções de Melhor Projeto da Categoria, Menor Caixa da Competição e Menor Tempo de Montagem. “Estamos felizes com nosso desempenho e com o reconhecimento do trabalho duro que tivemos ao longo do ano”, diz Antônio Pancoti, que também é capitão da equipe. Vale lembrar que o aerodesign faz os mesmos cálculos que um avião comercial ou militar. Com a validação que a equipe recebeu da banca de jurados, formada por engenheiros da Embraer, os estudantes seguirão com a metodologia de estudo e desenvolvimento do projeto, inovando e aprendendo novas técnicas.
“Voltamos da competição motivados para 2019. Iremos agora aguardar o lançamento do novo desafio, que deve sair só no início do ano que vem. Enquanto isso, investiremos em gestão de conhecimento e capacitação dos membros para que o nível da equipe continue alto”, afirma Demolinari. De acordo com ele, a rotatividade dos membros é grande e, por isso, precisam trabalhar para não perder o que foi desenvolvido ao longo do ano. Pancoti fala que, mantendo os conhecimentos adquiridos e desenvolvendo novas habilidades, a equipe terá “total condição para chegar com um projeto inovador e competitivo na próxima edição”.