Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 14/10/2018
Título: Pesquisa da UFJF estuda meios de reduzir as metástases
Os laboratórios ainda parecem ser, no nosso imaginário, lugares distantes, que não são familiares ou conhecidos da maioria dos cidadãos. A preocupação em aproximar a população desse espaço é uma das prioridades da doutora e professora do Instituto de Ciências Biológicas da UFJF, Jacy Gameiro. Ela começou a trabalhar com o câncer de mama em 2010, quando chegou à UFJF. Até aquele momento, a pesquisadora lidava com a imunologia em outras abordagens. Foi por meio do trabalho de uma aluna, que tinha feito especialização em tumor de mama, no Rio de Janeiro, que o tema chegou às mãos de Jacy. Hoje, uma das linhas de estudo do laboratório é a metástase do câncer de mama, que, com o investimento necessário, poderá vir a facilitar o tratamento da doença em sua fase mais agressiva. Esse estudo é o tema da primeira reportagem da série “Outubro Rosa”, da Tribuna, que até o próximo domingo trará várias matérias sobre o câncer de mama e a necessidade de pesquisas e conscientização para combatê-lo.
A primeira abordagem de Jacy em relação a esta neoplasia foi uma interface com a obesidade como um fator não só de desencadeamento do câncer de mama, mas como um agravante no prognóstico. “O que sabemos hoje sobre a obesidade é que se trata de uma doença inflamatória, crônica, de baixo grau. É um indivíduo que tem um perfil inflamatório diferente do indivíduo magro. O câncer de mama parece ter essa relação complexa, que também está presente em outros cânceres. Ele se beneficia desses fatores inflamatórios para que possa crescer e chegar à metástase”, detalha a professora. A metástase é a fase em que o câncer sai de seu sítio primário e vai ocupar outros pontos, espalhando-se por outras partes do corpo. A inflamação, segundo ela, inclusive, pode modular as próprias alterações genéticas, que levam ao crescimento tumoral. Nesse sentido, a obesidade levaria a uma incidência maior de transformações. Depois da modificação da célula, com os fatores inflamatórios relacionados à obesidade, o ambiente é propício para o progresso do tumor. “A obesidade está muito ligada ao desenvolvimento rápido do tumor. Ela está tanto relacionada ao início do câncer, quanto a um pior prognóstico.” Jacy explica que todos os estudiosos do câncer de mama analisam os nichos metastáticos, na fase mais grave da doença. Há, conforme a doutora, vários trabalhos que abordam os locais em que essas células se alojam. Nesse ponto, o estudo da metástase é fundamental, às vezes, mais importante do que o tamanho da massa tumoral, como indicaram testes feitos em camundongos. “A metástase óssea ocorria mais em animais obesos do que nos animais magros, então começamos a pesquisar quais moléculas poderiam estar alteradas, para então aumentar essa ocorrência. Vimos que essas moléculas poderiam ser alvo de tratamento terapêutico.”
Por que se busca tanto o alvo terapêutico para impedir a metástase?
Responsável pelo espalhamento do câncer, a metástase representa a maior dificuldade de controle da doença. Quando uma pessoa está com câncer e faz o acompanhamento, se acontece a metástase óssea, por exemplo, é preciso descobrir de onde vem essa célula. Mas esse trabalho não é fácil. “Quanto mais agressivo é um câncer, mais diferenciada do seu estado normal está essa célula”, afirma Jacy Gameiro. No caso do câncer de mama, quanto mais próxima a célula ainda é de uma glândula mamária, menos agressivo ele é. “Geralmente, na metástase óssea, o formato das células é bem distante do perfil que elas tinham em relação a seu sítio primário. Isso ajuda a compreender porque essa fase é a mais grave para o paciente e porque o tratamento é muito mais difícil em estados metastáticos do que em estados não metastáticos. Temos uma taxa menor de sobrevida do câncer de mama no Brasil, em relação aos outros países, pois eles são diagnosticados muito tardiamente, quando já existe metástase”, explica a pesquisadora.
A partir desse quadro, a prioridade é conter o avanço da metástase. “Hoje, a presença de drogas que não tratem só do tumor, mas também olhem para o microambiente tumoral e impeçam que ele saia deste local primário e fique contido é muito promissora. Vimos que tínhamos duas moléculas alvo, duas metaloproteinases de matriz super expostas e começamos a pensar em um tratamento efetivo, mesmo porque o câncer de mama tem vários subtipos.” Atualmente, a maioria dos cânceres de mama são tratados com cirurgia, com quimioterapia e também com drogas relacionadas a receptores de estrógeno. Mas entre os tipos de câncer de mama, há um chamado de tipo negativo, que não responde à terapia hormonal. “A busca de moléculas que sejam efetivas nesse tipo de tumor é o foco. Elas poderão ser aplicadas em outros tumores também, elas serão essenciais no combate aos cânceres mais agressivos.
Segunda causa de morte entre mulheres
O ambiente para a pesquisa dentro da UFJF é favorável, segundo Jacy Gameiro, principalmente na área de saúde. “Departamentos como o de Química colaboram muito com o ICB (Instituto de Ciências Biológicas), eles produzem análogos, as moléculas que testamos aqui. Na Medicina também temos o apoio do corpo docente, que é muito bom. O curso de Medicina da UFJF é muito desenvolvido.” Agora, ela salienta que é preciso casar a pesquisa básica e a pesquisa aplicada. “A pesquisa aplicada, principalmente voltada para o câncer de mama, na Medicina, é muito estatística. Ela se baseia em termos epidemiológicos, mas precisamos de mecanismos que levem às alterações, para que se possa fazer uma interferência maior, tanto medicamentosa, quanto terapêutica e de prevenção.” A vocação da UFJF para a pesquisa em saúde adianta muito esse processo. “Estar com essa pesquisa dentro do ICB da UFJF que tem esse direcionamento para a área da saúde é muito importante. Temos vários programas de pós-graduação na Medicina: um focado em saúde coletiva, outro em saúde brasileira, que têm olhares diferentes, mas podem trabalhar muito juntos. O câncer de mama tem uma incidência alta tanto em Minas Gerais, quanto no resto do país. É a segunda maior causa de mortes entre mulheres, então ter uma pesquisa desse porte, que pode gerar tantos resultados, acaba ratificando a posição da UFJF nesse setor, no qual ela é bem forte.”
Entraves
O que faz com que o andamento da pesquisa não seja como o esperado é a dificuldade de acesso aos recursos. Embora exista cooperação entre as unidades acadêmicas e outras entidades, como a Embrapa, os recursos de agências de fomento não têm chegado aos laboratórios, em função da crise. “Tivemos uma aquisição importante de equipamentos pelos editais do CT Infra do CNPQ, quando o governo cooperava. Esses últimos dois anos dificultaram muito a situação, tivemos implicações muito sérias nos recursos financeiros. Equipamentos nós temos, mas precisamos fazê-los rodarem. Agora estamos precisando de dinheiro de consumo e estamos empacados nisso”, relata a professora Jacy. Ela relembra que o trabalho já tem verba prevista em edital da Fapemig, no entanto, os recursos ainda não foram liberados e não há previsão.
As consequências sobre essa demora ainda não são calculáveis. “O que estamos perdendo é algo muito grande em termos de tempo, de formação de nova mão de obra especializada, em perpetuação ou movimentação daquela ideia. Não temos impedimento de estrutura física, nem de colaborações tanto de grupos internos, quanto externos. Precisamos de dinheiro para que possamos fazer o que sabemos fazer.” Se as condições fossem totalmente favoráveis hoje, Jacy estima que se chegaria em ensaios de fase dois em até quatro anos, o que é rápido em termos de ciência. É importante entendermos que um ano perdido em pesquisa implica em muitos outros de danos.”
O ponto em que se pretende chegar com esse estudo é conseguir abrir conversas com empresas de saúde, da área farmacêutica que possam fazer os testes clínicos de fase um, dois e três, que são os mais avançados e são aplicados antes de o medicamento chegar ao mercado. “Temos muito potencial, mas o que acontece hoje, no Brasil, são medicamentos descobertos por grupos estrangeiros. Precisamos investir nesse desenvolvimento agora, para ter retorno financeiro no futuro. O câncer é uma doença que assola, independente da cor, raça, estado financeiro. É claro que ela vai ser mais grave para uns, menos grave para outros, mas, ainda assim, o impacto seria muito grande. Inclusive no SUS, que poderia usar os nossos recursos, brasileiros, com um custo muito menor.”
A população e os cientistas
Jacy defende que é preciso mudar o olhar que se tem para a ciência e a tecnologia, que não entende a pesquisa como patrimônio brasileiro, mesmo possuindo uma diversidade grande de plantas, princípios ativos e pessoas com formação necessária para avançar nesse âmbito. “As pessoas precisam tomar consciência sobre o que a ciência pode fazer por elas. Melhorar a comunicação entre a população e os cientistas é fundamental. Então, junto com o trabalho de prevenção, que é feito, as pessoas precisam abraçar a causa. Quando temos pesquisas com humanos, as pessoas se mostram abertas, permitem a coleta do sangue, tudo com acompanhamento da comissão de ética, assinatura do termo de consentimento e esclarecimento. Mas notamos essa receptividade muito forte. Faltam as pessoas compreenderem a dimensão da ciência no tratamento de doenças importantes.”
Impacto positivo
Há em toda terapia um grupo de indivíduos cujo organismo não responde. Isso acontece, inclusive, com vacinas. A possibilidade de conseguir atingir até as pessoas que são resistentes a esses medicamentos, com um tratamento que não seja tóxico como alternativa, é uma aspiração do estudo do grupo de Jacy Gameiro. “Essas moléculas poderiam diminuir o tempo de quimioterapia, radioterapia, o que traria benefícios não só para os pacientes, quanto para os planos de saúde e para o SUS, porque teriam uma terapia muito mais efetiva e menos tóxica. Colocar uma alternativa como essa no mercado e possibilitar que alguém que no momento não é atendido pelas opções existentes possa ser, é algo incrível.”
Exames
A prevenção continua sendo fundamental, apesar das alterações que foram acontecendo com o tempo. O autoexame já não é tão massivamente recomendado, porque indica tumores em tamanhos em que eles representam um risco maior, então a maneira mais incisiva e eficaz seria a realização de ultrassonografias e mamografias regulares. Fora isso, qualquer alteração deve ser vista com rapidez. A incidência sobe progressivamente em mulheres com mais de 35 anos, especialmente nas que têm mais de 50 anos. As mulheres que engravidaram tardiamente, menstruaram antes dos 12 anos e/ou tiveram menopausa depois dos 55 anos também devem ficar muito atentas. “Queremos uma incidência menor de câncer de mama, mas também precisamos lembrar que isso é algo global, que envolve educação e prevenção, melhor fator nutricional, melhores condições de vida, porque o estresse pode gerar a doença e que as pessoas também entendam que também há mutações genéticas que favorecem o desenvolvimento do câncer. No entanto, é importante salientar que há muitas pessoas trabalhando incansavelmente em busca de novas terapias.”
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Editorial
Data: 14/10/2018
Link: https://tribunademinas.com.br/opiniao/editorial/14-10-2018/saude-e-prioridade.html
Título: Saúde é prioridade
Reduzir recursos para a pesquisa, sobretudo na área de saúde, é comprometer o futuro da população, como ora ocorre na falta de meios para o enfrentamento ao câncer de mamaUm ano perdido em pesquisas implica muitos danos. A pertinente observação é da professora doutora Jacy Gameiro, do Instituto de Ciências Biológicas da UFJF, ao tratar de investimentos nos projetos de combate ao câncer de mama. No Outubro Rosa, a Tribuna adere ao projeto de discussão do tema por ser uma questão importante para a sociedade. É a segunda maior causa de morte de mulheres, mas o seu enfrentamento ainda não chegou a patamares adequados. Além dos recursos, há o desconhecimento de uma boa parcela da população, que considera simples métodos – como apalpar a mama – suficientes para detectar a doença.
Como bem destacou a pesquisadora, a mamografia é um exame que deve ser frequente e em faixas etárias cada vez mais baixas. Com a mudança de hábito e o envolvimento intenso da mulher em várias frentes, a doença já não tem mais data marcada, podendo ocorrer em qualquer etapa. Por isso, a prevenção é estratégica como política de governo. O mês é emblemático para o incremento de discussões, mas a pauta deve ser permanente, a fim de reduzir esse flagelo que se acentua nos tempos atuais.
Quando os recursos se escasseiam na pesquisa, há sempre o risco de comprometimento do futuro. Qualquer atraso implica danos que a própria sociedade irá pagar no decorrer do tempo. O avanço não se dá pelo simples insight do “efeito eureca”. Pesquisa é coisa séria e exige tempo e muito trabalho. Quando não há recursos, o comprometimento é um dado que pode ter graves consequências.
O contingenciamento de verbas para a saúde é um problema a ser enfrentado. Não se desconhece a crise econômica que afeta todas as frentes, mas tirar a pesquisa da lista de prioridades é um contrassenso, sobretudo pelos danos futuros. É necessário investir na saúde da população, e, quando esta deixa de ser prioridade, é o próprio Governo que paga a conta, já que o aumento de doenças acaba sendo uma demanda em alta no sistema. Desta forma, olhar à frente é atentar para a importância do trabalho científico, como ocorre nos países desenvolvidos com resultados que repercutem na visível qualidade de vida de seus habitantes.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 14/10/2018
Título: Evento debate 50 anos dos acontecimentos de 1968
No ano em que os acontecimentos de 1968 completam 50 anos, a Faculdade de Comunicação da UFJF promove, a partir desta segunda-feira (15), o XVI Encontro Regional de Comunicação (Erecom). Com o tema “1968 – lembrar e pensar”, o evento visa discutir os marcos deste ano, como o início das grandes mobilizações estudantis contra a ditadura militar no Brasil e o Tropicalismo, a partir da ótica da comunicação.
A programação será composta por mesas temáticas, grupos de trabalho, exposição fotográfica, minicursos e eventos culturais. O evento é gratuito e contará com a participação de jornalistas e fotojornalistas de todo o país que vivenciaram os eventos da época, além de pesquisadores renomados.
Uma das convidadas é jornalista Denise Assis, com passagens por veículos como Veja, Isto É, Jornal do Brasil, o Globo, e O Dia. Autora dos livros “Propaganda e cinema a Serviço do Golpe” e “Imaculada”, ela debaterá a representação dos fatos de 1968 nas páginas dos jornais na época. A mesa-redonda acontece no dia 15, às 14h, no prédio da Faculdade de Comunicação.
“Rememorar este período nos ajuda a pensar o tempo de hoje, a compreender melhor o curso da história e a agir de forma coerente sobre a realidade que se impõe. Houve uma concentração e uma aceleração de acontecimentos, que sinalizaram a constituição de um novo paradigma de ordenamento do mundo, em especial na comunicação: as inovações tecnológicas, como os satélites, possibilitaram a rápida circulação das informações, que se deslocaram da esfera local para a global. Assim, as imagens das guerras, dos protestos juvenis e dos movimentos pelos direitos civis tiveram impacto em todo o mundo”, ressalta a professora e uma das organizadoras do evento, Christina Musse.
O evento contará, também, com uma sessão cultural todos os dias à noite, na qual serão lançados os documentários “Comissão da Verdade em Minas Gerais” e “Vozes da Resistência”, produzidos pela Comissão da Verdade de Minas Gerais. A programação conta também com o Sarau Marginal com a leitura da peça O Rei da Vela por membros e ex-membros do Grupo de Divulgação. A programação completa está disponível no site www.facebook.com/erecomufjf. O encontro acontece até a próxima quarta-feira (17).
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 14/10/2018
Título: Engenheira do ano
Pela primeira vez em 85 anos, o Clube de Engenharia vai homenagear uma mulher como Engenheira do Ano. Karla Kiffer Moraes, formada pela UFJF, tem uma belíssima trajetória profissional e hoje ocupa a diretoria da Logus Arcadis, no Rio. A grande festa da engenharia, com homenagens a outros profissionais, será dia 7 de dezembro, no Olympo.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Outras ideias
Data: 14/10/2018
Título: Com a própria história, Andréia comprova: “É preciso a chuva para florir”
“Superei muita coisa”, diz Andréia de Oliveira. A voz está embargada. Os olhos, marejados. “Faria tudo de novo. Sairia da minha cidade, com medo, e enfrentaria o que enfrentei para chegar até aqui. Pude mudar a minha perspectiva”, acrescenta, emocionada, a mulher de 34 anos, 15 deles vivendo em Juiz de Fora. “O melhor que pude fazer por mim fiz e continuo fazendo. Hoje não tenho casa própria, não tenho carro e outros bens materiais, mas tenho um pouco de saber. Hoje sei conversar melhor, sei escrever, consigo discutir alguns assuntos. O acesso à educação me fez a mulher que sou”, emociona-se, recordando o início do trajeto, ainda aos 3 anos, quando a mãe pegava-lhe pelo braço rumo à escola. “Naquele tempo, convivia com um pai que batia na minha mãe na frente da gente. Meus irmãos se revoltaram muito com isso, eu também. Quando fui crescendo, minha mente foi tomando isso como coisa que não quero para minha vida. Quando ele parou de beber, deixou de ser agressivo. Vinte e cinco anos da minha vida passei vendo ele bem, ainda que fosse muito machista”, conta ela, única mulher entre três irmãos naturais da pequena Bias Fortes. “Para conseguir fazer o ensino médio, que era noturno, quase tive que levar um padre lá em casa para convencer meu pai. Meu pai me levava e me buscava. Eu era a única filha buscada no ensino médio”, rememora, aos risos, uma corajosa mulher que fez dos próprios muros mirantes para outra existência.
A casa dos pais
O pai, Sebastião, conhecido como Peixe Frito, era letrado, mas passou pouco tempo na escola, foi pedreiro em boa parte da vida e também sapateiro, eletricista, dentre outros ofícios que assumiu até morrer em 2014. A mãe, criada na zona rural, estudou ainda menos. “Junta palavras e assina o nome”, conta Andréia. Os irmãos não se profissionalizaram. A própria história Andréia quis escrever de outro modo. Desde pequena. Aos 7, vendo a mãe depressiva, aprendeu a cozinhar para a família no fogão a lenha feito de terra e pintado com tabatinga, um tipo de argila que se apresenta com colorações diversas. Fogão a gás mesmo, a menina só encontrou aos 15. “Nossa casa era de chão batido, e nem banheiro tinha. Era um quarto, uma sala e uma cozinha. Era de telha, as camas eram de madeira, o estrado era feito com paus, e os colchões, de capim ou palha. Eu não gostava daquilo, mas não tinha outra forma, porque ou dormia naquilo ou não dormia. Não tinha água encanada. Para lavar roupa e vasilha, íamos numa área coletiva que tinha água, e todo mundo da comunidade ia. Tinha um revezamento e uma fila de quem chegava primeiro. Não me esqueço de ver minha mãe saindo de casa com a bacia na cabeça para lavar roupa ou vasilhas. Também não tinha luz, usávamos uma lamparina de querosene. A casa era do meu avô e ficou para o meu pai. Nasci dentro dessa casa, que fica no bairro que é considerado o mais pobre da cidade. Tanto que nem tinha nome bonito: era o Barranco. Os terrenos eram todos da igreja. É, até hoje, a periferia da cidade e o lugar dos mais pobres. Com o passar dos anos, a ribanceira onde ficava a casa começou a ceder por causa das chuvas. A casa perigava cair com a gente dentro, mas não tínhamos para onde ir. Lá em Bias Fortes tem vilas da igreja, dos Vicentinos, que é onde fomos morar”, lembra Andréia, que naquele início de adolescência viu, dias após sair da casa, o morro engolir a construção durante uma madrugada chuvosa. Foi, então, que ela descobriu que banho não era só de bacia. O banheiro da vila, porém, era coletivo. “Era um monte de casinhas num corredor e, no final, tinham tanques e o banheiro coletivo”, conta. No lugar, todos os cinco Oliveiras dormiam numa só cama. “Para sair da cama, tínhamos que sentar e descer, não tinha como sair pela lateral. Aquilo me incomodava. Eu via amigas que tinham quarto e eu não tinha nenhuma possibilidade.” Ainda.
A casa dos outros
Da casa que desmoronou, Andréia guarda as lembranças de um lugar que, apesar de muito pobre, era permanentemente limpo. “No verão, quando a gente ia para a escola, minha mãe aguava o chão para quando voltássemos não ter mais poeira”, diz, sorrindo. Passado algum tempo, a família ganhou um lote no mesmo bairro Barranco, mas numa área segura. O pai de Andréia e amigos se juntaram para construir um novo lar. “Meus irmãos tinham vergonha de tudo, e eu tive que sair de casa em casa para pedir material de construção. Ganhei muita coisa: pia de cozinha, cimento, vaso sanitário e muitas outras coisas”, lembra-se a mulher, que enquanto via amigas ganharem festas de 15 anos, ganhava, ela, os irmãos e os pais, uma casa de telha de amianto, horta na área externa e três quartos. “Meu pai sempre me obrigou a ficar no quarto deles. No mesmo quarto do casal tinha uma cama para mim.” Responsável, desde os 10, Andréia ajudava a cuidar das filhas da madrinha e, naquela época, trabalhava numa farmácia da cidade. “Lá conheci pessoas que me ajudaram muito, principalmente a sair de Bias Fortes para estudar e trabalhar. Um deles era um bioquímico que abriu uma farmácia lá. Fui ser a faxineira do lugar e também ajudava a vender os medicamentos. Trabalhava durante o dia e estudava à noite, e ainda ajudava minha mãe em casa e dividia o dinheiro com meu pai. Fiquei até os 18 anos. Ele que me arrumou emprego em Juiz de Fora, na família da ex-mulher dele”, recorda-se. Andréia teve um mês para aceitar a oferta de emprego e convencer os pais. Os pais resistiram, a mãe ficou brigada por meses, mas ela não deu o braço a torcer. Em janeiro, há 15 anos, chegou a Juiz de Fora para morar com uma senhora e trabalhar como empregada doméstica. “Ela queria alguém para morar com ela, pela idade que tinha. Ela sempre teve empregadas que moravam com ela, e a maioria vinha de Bias Fortes, por ela ser de lá. Lembro que vim para arrumar, passar, cozinhar e ser companhia dela. Ela teve um câncer e acabei ficando meses, porque ela morreu em setembro. A filha dela me deu a opção de não continuar. Se eu não quisesse trabalhar como doméstica, poderia. Mas eu tinha medo de não conseguir me manter. Com ela, passei seis anos. Trabalhava e fazia cursinho à noite. No primeiro ano, eu queria fazer vestibular para direito, mas já tinha um pezinho na arte e na cultura. Não passei daquela primeira vez. No segundo e no terceiro anos, tentei comunicação.” Não passou. Ainda.
A própria casa
Na quarta tentativa, Andréia foi aprovada e entrou em 2008 para o curso de comunicação social da UFJF. No final de 2009, tentou negociar uma redução da carga horária para que fizesse estágio. A patroa não aceitou. “Foi quando meu irmão mais novo veio para Juiz de Fora, e alugamos uma casa em Santa Luzia, por intermédio de uma tia emprestada. Quando vim para cá, encontrei a família do meu pai e fui muito bem recebida”, conta. No período anterior à regularização dos empregados domésticos, Andréia, na insegurança dos dias, por dois meses, após alugar a casa, trabalhou num cinema e também fazendo faxinas. Ao ser contemplada com o apoio estudantil e bolsas de treinamento profissional, Andréia passou a se dividir entre estágios, aulas e faxinas. Algumas nas casas dos colegas de faculdade. Na primeira aula, lembra, a professora pediu que cada aluno escrevesse a sua história para que um colega lesse. “Não sabíamos quem era quem. A gente estava se conhecendo. Primeiramente, levei um susto muito grande, porque achei que, por ser noturno, fosse encontrar mais gente da minha idade e que trabalhasse. Todo mundo era menor de idade, e eu tinha 23 anos. O exercício era escrito por um e lido por outro. Contei que trabalhava como doméstica, morava com uma senhora, e, quando leram a minha história, a professora ficou assustada e depois perguntou quem era. Levantei a mão”, diz. “Tive medo de ficar isolada, por não ter tempo de me enturmar, saindo com eles, mas fui muito bem recebida. Todo mundo entendia o fato de eu não ter muito tempo para fazer trabalhos. Consegui entrar no ritmo dos meus colegas”, pontua ela, que não integrou o fundo de formatura, mas foi convidada para os eventos públicos e lembrada pelos professores. Na colação de grau oficial, os pais, que não gostam de viajar, ainda que muito orgulhosos, não vieram. Os vizinhos representaram a família de Andréia. Seu trabalho final retratou as telenovelas, paixão que a menina cultivou desde que, aos 9, viu a primeira televisão adentrar sua casa. No primeiro emprego como jornalista, a mulher de sorriso fácil assumiu a assessoria de comunicação de um espaço cultural. E fez especialização. Poucos anos depois, foi aprovada no mestrado e pesquisou um grupo de memória de sua Bias Fortes natal. “Tenho a ideia de partir para a área acadêmica”, afirma ela, que hoje atua na área de atendimento do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (Caed), da UFJF. “Gostaria de me tornar professora”, espera ela, que ensina seguindo em frente.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 15/10/2018
Título: Acidente causa lentidão do trânsito no anel viário da UFJF
Um acidente causa lentidão no trânsito na tarde desta segunda-feira (15) no campus na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Um carro capotou no anel viário e a motorista foi socorrida e levada para o Hospital Monte Sinai.
Segundo informações da assessoria da UFJF, os seguranças as universidade acompanham a ocorrência e não há, a princípio, interdição da via, apenas lentidão e retenção no trecho que liga os bairros São Pedro e Dom Bosco.
De acordo com os seguranças, a condutora teria passado mal ao volante e atingido dois veículos que estavam estacionados próximo a uma rotatória. Com o impacto, o carro em que ela estava capotou.
A ocorrência é registrada pela Polícia Militar (PM) e ainda não há previsão de quando o veículo será retirado do local.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 15/10/2018
Título: Capotamento tumultua trânsito no anel viário da UFJF
Um capotamento no interior do campus da Universidade Federal de Juiz de Fora complicou o trânsito no local, na tarde desta segunda-feira (15). O acidente envolveu três veículos, dois com placas de Juiz de Fora e outro, do Rio de Janeiro. Uma pessoa ficou ferida. Segundo informações do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), uma jovem, 21 anos, conduzia um dos veículos quando, segundo seu relato, teria tido um mal súbito e atingido outros dois automóveis. Um deles estava estacionado no anel viário e o outro seguia o fluxo no sentido pórtico Sul.
O carro ocupado por ela capotou na pista e parou com as rodas para cima. A motorista sofreu ferimentos leves, sendo levada pelo Samu a uma unidade de saúde, onde foi atendida e liberada. A batida foi registrada por volta das 15h30. O tráfego no local foi controlado por militares e apresentou lentidão por cerca de uma hora e meia.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 15/10/2018
Título: Rede social ajuda Advocacia-Geral da União a evitar fraude em MG estimada em R$ 4 milhões contra o INSS
Uma investigação, com provas coletadas nas redes sociais de um dos suspeitos, impediu uma fraude em Juiz de Fora que poderia causar prejuízo estimado de R$ 4 milhões aos cofres públicos.
De acordo com informações da Advocacia-Geral da União (AGU) divulgadas neste mês, uma servidora do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) solicitou em nome do filho de 29 anos o recebimento de pensão da tia-avó, com quem alegou que ele seria casado.
O caso foi encaminhado pela Procuradoria Federal em 14 de setembro, com a realização da análise documental e o início da produção da petição inicial logo após o recebimento.
Os advogados da União demonstraram no processo protocolado em 18 de setembro para solicitar o não pagamento da pensão, que a médica falecida, no entanto, era solteira e vivia internada em residências para idosos desde 2008. Fotos dos perfis em redes sociais do rapaz também comprovaram que não havia vínculo entre ele e a tia-avó. O pedido de liminar foi acolhido na 3ª Vara Federal de Juiz de Fora em 19 de setembro.
“O objetivo da União no caso é cancelar o benefício fraudulento e reaver os dois meses de pensão recebidos pelo réu. Já foi determinada a suspensão do pagamento e a AGU comunicou o fato à Procuradoria Federal do INSS, à Advocacia-Geral do estado de Minas Gerais – uma vez que o réu também obteve pensão do estado – e ao Escritório Jurídico da Caixa Econômica Federal, já que o réu havia feito um empréstimo consignado no primeiro mês de benefício”, informou a assessoria da Advocacia Geral da União ao G1.
A AGU explicou que o valor mensal da pensão que o jovem receberia apenas da União era de R$ 6,5 mil. Considerando a expectativa média de vida de 76 anos do brasileiro, ele poderia passar 47 anos recebendo o benefício, causando um prejuízo de cerca de R$ 4 milhões aos cofres públicos.
“Como pontuado, a atuação no caso é a busca do cancelamento da pensão e o ressarcimento ao Erário Federal. Os envolvidos estão sujeitos a punições cíveis, administrativas e criminais”, explicou a Advocacia-Geral da União (AGU) destacando que o processo aguarda a citação do réu e a eventual contestação.
O INSS informou, em nota, que apura todo indício de irregularidade de benefício, seja a partir do trabalho de monitoramento interno ou de denúncias recebidas por meio de seus canais de Ouvidoria.
“Quando há suspeita de envolvimento de servidor, o caso é encaminhado para apuração pela Corregedoria, que abre sindicância ou Processo Administrativo Disciplinar, assegurando o direito de defesa. Finalizado esse processo, as penalidades podem ir de advertência e suspensão até a demissão do servidor”, informou.
“Na esfera judicial, quando for o caso, o acompanhamento desse processo é de responsabilidade da Advocacia-Geral da União, por meio da Procuradoria Federal Especializada do INSS”, conclui o texto.
O G1 entrou em contato com a Justiça Federal solicitando informações e aguarda retornos. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados, por isso, não foi possível contato com a defesa dos suspeitos.
Redes sociais ajudaram a provar tentativa de fraude
Segundo a AGU, o objetivo de mãe e filho era receber a pensão pela morte da tia-avó, morta em julho deste ano aos 94 anos. A médica pediatra era servidora aposentada da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e também recebia aposentadorias do INSS e do Estado de Minas Gerais.
Após a morte, a sobrinha da medica, que é servidora do INSS em Juiz de Fora requereu o pagamento de pensão, apresentando certidão de casamento do filho de 29 anos com a tia-avó.
A AGU explicou que o fato de a sobrinha, por meio de procuração ter apresentado os documentos para requerer a pensão em nome do filho chamou a atenção dos demais servidores do INSS.
Com a ajuda de informações de redes sociais, a Procuradoria Seccional da União em Juiz de Fora, unidade da AGU que atuou no caso, demonstrou que o rapaz levava uma “típica vida de solteiro”. Ele realizava frequente compartilhamento de fotos de diversas viagens e “baladas”, sem qualquer indício de “manutenção de vínculo de casamento” com a tia-avó.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Podcast
Data: 15/10/2018
Título: UFJF No Ar- CPA- Centro de Pesquisas Aplicadas da Universidade
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 15/10/2018
Título: Settra reduz horários de ônibus nesta segunda-feira
Nesta segunda-feira (15) ônibus urbanos de Juiz de Fora estão realizando viagens com 83% da frota de acordo com o quadro de horários dos sábados. A alteração, anunciada pela Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) na quinta-feira (11), ocorreu após o Departamento de Transporte Público (DTP) realizar análises sobre a demanda de passageiros durante feriados, considerando o comportamento dos usuários do transporte coletivo nos anos anteriores. No sábado (13) os ônibus operaram com 71% da frota conforme o quadro de horários dos domingos. Nesta segunda-feira, as instituições de ensino estão sem aulas, por causa do Dia dos Professores.
O leitor Walter Fortunato Júnior disse à Tribuna que o horário alterado prejudicou sua rotina. “O ônibus passa às 11h30, só vou poder pegar outro às 12h45. Tenho que chegar ao trabalho muito mais cedo porque se eu deixar para pegar o outro, chego atrasado. Eles não podem fazer essa troca, pois hoje temos horário comercial normal, no sábado, o comércio para as 14h.” O leitor ainda questionou o dia dos professores como justificativa para a alteração. “Em julho também não tem aula, eles teriam que alterar o mês inteiro se fosse assim”.
Walter não foi o único que reclamou da medida. A advogada Leila Duarte estava no ponto de ônibus do Parque Halfeld nesta manhã, e contou que estava esperando os ônibus 222 e 220, que fazem a linha Bom Pastor há cerca de uma hora. O porteiro Rildo Torres e sua filha Helena, 14 anos, aguardaram a linha 515, que atende o Bairro Aeroporto por mais de 20 minutos. “Não demora tanto assim”, disse Helena. “A gente está notando mais movimento em todos os pontos, porque eu vim da Zona Norte, e vi que os pontos estão mais cheios e uma demora na circulação”, observa Rildo.
A Settra informou que o atendimento aos usuários das linhas 525, 535, 545 e 555 da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) terão atendimento normal. Assim como os veículos que circulam na Zona Rural de Juiz de Fora.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 15/10/2018
Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/15-10-2018/__trashed-10.html
Título: Justiça barra pagamento de pensão a jovem ‘casado’ com a tia-avó
Uma investigação da Procuradoria da Advocacia Geral da União (AGU) em Juiz de Fora evitou, na Justiça Federal, uma tentativa de fraude feita por uma servidora do INSS da cidade com objetivo de beneficiar seu filho com recebimento de pensão por morte. O esquema poderia causar um prejuízo estimado em R$ 4 milhões aos cofres públicos.
A tentativa de fraude teve início após a mãe, que é servidora do INSS, solicitar, em nome do filho de 29 anos, o recebimento de pensão da tia-avó, com quem ele era casado desde 2009. À época do matrimônio, a senhora tinha 84 anos, e o rapaz, 19.
No dia 14 de junho de 2018, aos 94 anos, a servidora aposentada da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) veio a falecer. Além da aposentadoria junto à UFJF (Ministério da Educação), a médica recebia ainda aposentadorias do INSS e do Estado de Minas Gerais.
Com a morte, a mãe do rapaz, que é sobrinha da ex-servidora da UFJF, requereu, por meio de procuração, a pensão federal a seu filho. O valor mensal que o jovem receberia, apenas da União, era de R$ 6,5 mil.
Considerando a expectativa média de vida de 76 anos do brasileiro, ele poderia passar 47 anos recebendo o benefício, causando um prejuízo de cerca de R$ 4 milhões aos cofres públicos. O fato chamou a atenção dos demais servidores do INSS, que procederam com a denúncia.
‘Típica vida de solteiro’
Durante as investigações, os advogados da União demonstraram que a médica falecida era, na realidade, solteira e vivia internada em residências para idosos desde 2008. Por meio de apurações feitas nas redes sociais, a AGU comprovou que o jovem levava uma “típica vida de solteiro”, o que incluía frequente compartilhamento de fotos de diversas viagens e “baladas”, sem qualquer indício de “manutenção de vínculo de casamento” com a falecida. Foram analisados conteúdos postados entre 2011 e 2017.
Diante da materialidade dos indícios, a Advocacia Geral da União (AGU) entrou com pedido de suspensão do pagamento na Justiça Federal em Juiz de Fora. “Constata-se que o casamento lavrado, por estar envolto por circunstâncias claras e cristalinas que maculam sua validade, principalmente quanto à assunção de responsabilidades no que se refere à constituição da família e a livre manifestação de votação, não deve ser reconhecido para fins previdenciários”, defendeu a AGU na ação.
Responsável pelo julgamento do caso, o juiz da 3ª Vara Federal, Bruno Savino, acolheu, em caráter de urgência, a suspensão do pagamento da pensão. Na decisão, o magistrado reconheceu que as fotos nas redes sociais demostravam a “típica vida de solteiro” e a “gritante diferença de idade”, confirmando, portanto, a simulação do casamento para “obtenção fraudulenta de benefícios previdenciários”.
“Além da inverossimilhança do suposto relacionamento entre um sobrinho-neto adolescente e sua tia-avó octogenária, as fotos postadas pelo réu em redes sociais, em que não há qualquer menção ao seu insólito casamento, ou mesmo manifestações ou mensagens sobre a perda de sua esposa levam a crer, pelo menos neste momento procedimental de cognição não-exauriente, que tudo não se passou de uma simulação bem engendrada para a obtenção de benefícios previdenciários”, alegou o magistrado.
Sindicância
Diante dos fatos, Savino suspendeu os efeitos do casamento perante a União em razão dos “fortes indícios de fraude”, com consequente interrupção do pagamento a pensão por morte do INSS e da UFJF. O caso segue em tramitação na 3ª vara da Justiça Federal em Juiz de Fora. A mãe do jovem, servidora do INSS, terá a conduta investigada em uma sindicância no órgão.
Procurado nesta segunda (15) para confirmar o recebimento da pensão por parte do Governo de Minas Gerais, o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) confirmou que o jovem teve o pedido de recebimento de pensão deferido em agosto deste ano. No entanto, o órgão informou que a pensão em questão já foi cancelada sem prejuízo de eventuais medidas de natureza criminal.
A Tribuna tentou contato com o réu na ação, mas uma funcionária informou que ele não se encontrava em casa no momento da ligação.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 15/10/2018
Título: Pancadas de chuvas devem ocorrer durante toda a semana
O tempo em Juiz de Fora deve continuar instável, nublado e sujeito a pancadas de chuvas até a sexta-feira (19), segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O cenário se deve ao fluxo de umidade associado a uma frente fria ainda em atividade, próxima ao litoral do Rio de Janeiro e Espírito Santo, que favorecem as zonas de instabilidade. As precipitações podem ser fortes e consideráveis.
Nesta segunda-feira (15), a temperatura máxima registrada pelos termômetros do Inmet, localizados no campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), foi de 20,1 graus. A mínima foi de 16,6 graus.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Painel
Data: 15/10/2018
Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/painel/15-10-2018/pacheco-critica-a-guerra-fiscal.html
Título: Cargo ocupado
Ao contrário do que saiu na coluna de domingo, quando foi dito que estava aberta a vaga do diretor jurídico da Câmara Gustavo Vieira, desde o dia 12 de setembro o advogado André de Assis Moreira, especialista em Direito Público e Gestão Pública pela UFJF, está empossado no cargo. Antes da nomeação, André era o diretor jurídico adjunto do Legislativo.
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