Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 10/10/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/esportes/10-10-2018/sada-cruzeiro-sera-o-adversario-do-jf-volei-na-semifinal-do-mineiro.html

Título: Sada Cruzeiro será o adversário do JF Vôlei na semifinal do Mineiro

Na noite dessa terça-feira (9), o Sada Cruzeiro recebeu o Minas Tênis Clube no Ginásio do Riacho, em Contagem (MG), na última partida da primeira fase do Campeonato Mineiro de Vôlei e, com alguns dos seus principais jogadores, como o central francês Kevin Le Roux, recém-chegado ao time celeste, garantiu a primeira colocação da etapa classificatória com triunfo de 3 sets a 0 (25/23, 25/22 e 25/19). O resultado definiu, portanto, a Raposa como líder na tabela e adversária dos juiz-foranos na semifinal da competição. O duelo será às 19h desta sexta-feira (12), novamente em Contagem.

A outra semifinal será entre o Minas e Lavras Vôlei, também na sexta, mas às 16h30. Após jogos de ida e volta entre as quatro equipes participantes do torneio, o Sada fechou como líder, com 16 pontos, seguido pelo Minas, que somou 14. O terceiro colocado foi o Lavras, detentor de 6 pontos. O JF Vôlei, lanterna, não pontuou, mas o regulamento da competição prevê que todos os participantes avancem à próxima etapa do Estadual.

Todas as partidas do mata-mata do Mineiro ocorrem no Ginásio do Riacho, vantagem obtida pelos cruzeirenses. As vagas na final são confirmadas em jogo único. No sábado, os vencedores das partidas disputam o título às 19h. Antes disso, às 16h30 acontece a disputa do terceiro lugar, novidade nesta edição do Mineiro que agradou o JF Vôlei pelo fato de poder realizar mais uma partida na preparação visando à Superliga B, ainda sem data de largada oficializada, mas com projeção de início para janeiro de 2019.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 10/10/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/10-10-2018/jf-fica-sem-atendimento-de-cirurgia-bariatrica-pelo-sus.html

Título: JF fica sem atendimento de cirurgia bariátrica pelo SUS

A realização de cirurgias bariátricas, popularmente conhecidas como cirurgias de redução de estômago, foi suspensa pelo Hospital Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ). A instituição era a única credenciada para realizar o procedimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Juiz de Fora. A medida foi tomada porque, segundo o hospital, a verba repassada pelo Governo federal para cobrir o custo por cada paciente, cerca de R$ 6.500, não era suficiente para arcar com os gastos totais da cirurgia, incluindo pré e pós operatório e o procedimento em si.

Por contrato, o hospital deveria operar oito pacientes por mês, recebendo, desta forma, R$ 52 mil do Governo federal. No entanto, de acordo com a entidade, o custo total para atender este número de pacientes seria de cerca de R$ 80 mil. O HMTJ explicou à Tribuna que a instituição já estava endividada por conta do atraso nos repasses por parte do Estado de Minas Gerais, cujo valor acumulado seria em torno de R$ 22 milhões, e do Município, chegando a R$ 9 milhões, e optou por suspender as marcações a partir de setembro para que a dívida do hospital não se tornasse mais alta. A instituição ainda esclareceu que os repasses citados não eram destinados às cirurgias bariátricas, mas influenciavam nas contas da instituição.

Ainda conforme o hospital, cerca de 200 pacientes estavam na fila, em processo pré-cirúrgico, quando da tomada da decisão. No entanto, os últimos nove procedimentos, que estavam marcados para o mês de agosto, foram realizados. O HMTJ esclareceu ainda que não suspendeu atendimento aos pacientes que estão em pós-operatório. O diretor administrativo do hospital, Jorge Montessi, informou que o atendimento multiprofissional, que envolve psicólogos, nutricionistas, endocrinologistas, entres outros, continuará pelos próximos 60 dias. Entretanto, novas cirurgias estão suspensas. Pacientes recém-operados, que teriam direito a receber o atendimento multiprofissional por dois anos, receberam um comunicado do hospital de que seriam mais atendidos após passados 60 dias do procedimento.

Respostas

Por meio de nota, a Prefeitura de Juiz de Fora informou que a dívida da PJF com o HMTJ é de R$ 2,3 milhões. “Outros R$ 4 milhões estão sub judice e, portanto, a PJF não reconhece como dívida. R$ 5,3 milhões são dívida do Estado, ou seja, recursos que o Estado deveria passar ao município para ser repassado à instituição, mas como outros tantos milhões, estão em atraso por parte do Estado de Minas”.

O Estado, por sua vez, esclareceu que não participa diretamente do pagamento deste tipo de procedimento, apenas fornece sua contribuição, por meio do Pro-Hosp Incentivo, que tem como objetivo melhorar o desempenho, o acesso e a resolutividade da assistência hospitalar à saúde. “O contrato com o prestador HMTJ para cirurgia bariátrica é realizado pelo município de Juiz de Fora, que detém a gestão de seus prestadores de serviços. Porém, informamos também que, oficialmente, o HMTJ não notificou ao Estado a interrupção do serviço”.

Ainda em nota, sobre os pagamentos pendentes, o Estado afirmou que enfrenta um “crescente déficit financeiro decorrente do aumento de despesas pela insuficiência de receita, refletindo em todos os seus órgãos, bem como na Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). Dessa forma, o Governo de Minas Gerais decretou situação de calamidade financeira no âmbito do Estado, de acordo com o Decreto nº 47.101, de 5 de dezembro de 2016. Diante disso, a SES-MG está se esforçando para honrar os compromissos pactuados, manter suas ações e dar os melhores encaminhamentos possíveis, ante o contexto supracitado”.

Já o Ministério da Saúde esclareceu, também por nota, que a cirurgia bariátrica é paga com os recursos do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (Faec), repassados mediante produção realizada. Para o custeio desses procedimentos, em 2017, foram repassados mais de R$ 579,44 mil para o Fundo Municipal de Saúde de Juiz de Fora (MG). Em 2018, esses repasses foram de R$ 257,49 mil. Ainda segundo o Ministério, de janeiro a junho, o HMTJ realizou 38 procedimentos. O órgão enfatizou que não repassa recurso diretamente aos hospitais, e sim para estados e municípios, para que os mesmos redirecionem a verba.

Demandas não serão absorvidas

A decisão de não aceitar novos pacientes para a realização de cirurgias bariátricas foi tomada em um momento em que o Hospital Universitário da UFJF (HU/UFJF) absorveu demandas que, anteriormente, eram do HMTJ. O HU passou a atender mais pacientes oriundos SUS em serviços de cirurgias, internação, consultas e exames. A medida faz parte do novo aditivo de contrato firmado com a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). No entanto, por meio de nota, o HU informou que não realizará cirurgias bariátricas.

O contrato, com validade até 2021, foi aditivado por 12 meses após a PJF acatar recomendação do Ministério Público Federal (MPF) para que fosse dada prioridade para capacidade instalada do HU, em virtude da Lei 8080/1990. A legislação prevê que o Poder Público priorize a rede pública nas contratualizações para rede. Em tese, o hospital passa a ofertar diversos serviços que eram oferecidos anteriormente no HMTJ.

Com a transferência destes serviços, no entanto, o HMTJ deixou de receber o que chama de “verba da ortopedia”, usada, segundo Jorge Montessi, para “melhorar toda a estrutura do hospital. A ortopedia, que atende doentes com fraturas, de alta morbidade, precisa de recurso. Agora tivemos que adequar a instituição ao que ela pode fazer com dignidade”. Com essa verba, segundo o diretor administrativo, o HMTJ conseguia manter as cirurgias bariátricas e demais procedimentos envolvidos, o que deixou de ocorrer.

Falta de notificação

Assim como a Secretaria de Estado de Saúde, a Secretaria de Saúde da PJF informou à Tribuna que não recebeu notificação, por parte do HMTJ, da suspensão dos atendimentos. “Até este momento, a secretaria não foi notificada pelo HMTJ sobre a suspensão do serviço, o que deveria ter sido feito assim que tomaram a decisão. Após ficar sabendo do problema por matéria da imprensa no último mês, a secretaria solicitou informações ao HMTJ, para tomar as providências cabíveis, mas ainda não obteve retorno”.

O Conselho Municipal de Saúde também questiona a falta de notificação. Segundo o secretário executivo do órgão, Jorge Ramos, o Conselho solicitou um pedido de informação ao HMTJ, já que não obteve nenhum contato por parte do hospital. “O SUS não pode ficar refém dos prestadores de serviço”, disse à Tribuna.

Em resposta aos questionamentos, Jorge Montessi, diretor administrativo do HMTJ, justificou. “Não notificamos porque não paramos de atender. Nós não vamos aceitar mais pacientes novos, mas os pacientes que já estão em pós-operatório imediato, vamos continuar atendendo, independente do custo. Quando formos interromper o serviço, vamos notificar o Conselho e a Prefeitura”.

Prejuízo para a população

A dona de casa Tatiana Rodrigues Martins, 36 anos, recebeu a notícia de que as marcações estavam suspensas quando compareceu, no dia 27 de agosto, à consulta com o cirurgião, que, na ocasião, agendaria o procedimento. Ela conta que o médico não a atendeu. Tatiana deu início aos procedimentos para realizar a cirurgia havia cerca de nove meses, e o impedimento foi um choque. “Eu fui com toda a papelada xerocada, com tudo pronto para marcar a minha cirurgia, e me deram a notícia de que estava suspenso. Chorei demais da conta. Tem dias em que fico muito deprimida, porque não tem previsão de voltar. Está bem difícil”.

Tatiana diz que buscou o programa por já apresentar alguns problemas de saúde. “Por conta da pressão alta, o mal-estar de estar com o sobrepeso, a pré-diabetes e a tendência da família”. A cirurgia significaria uma nova vida para a dona de casa, que esperava diversos benefícios com a realização do procedimento. “Poder brincar com a minha filha, acompanhar ela, poder comprar uma roupa normal, porque a gente não acha roupa para comprar, e a qualidade de vida, que é o principal”.

“Para quem tem obesidade não é fácil emagrecer 12, 14, 16 quilos. Da noite para o dia você não vai emagrecer, é muito difícil. E eu consegui, e agora, como faço para manter? Porque se o programa voltar e eu tiver engordado, eles não vão me operar. Eu ligo para o hospital sempre, e a informação que tenho é que não tem previsão de voltar”, diz Tatiana

Para estar apta à cirurgia, Tatiana emagreceu 16 quilos, mas teme que seu esforço tenha sido em vão. “Para quem tem obesidade não é fácil emagrecer 12, 14, 16 quilos. Da noite para o dia você não vai emagrecer, é muito difícil. E eu consegui, e agora, como faço para manter? Porque se o serviço voltar e eu tiver engordado, eles não vão me operar. Eu ligo para o hospital sempre, e a informação que tenho é que não tem previsão de voltar. Fiz uma reclamação na ouvidoria”.

A doméstica Ieda Maria de Andrade, 46 anos, que foi operada em julho, deu entrada no serviço também há cerca de nove meses. Ela tinha uma consulta com a nutricionista marcada, mas que não sabia se poderia ser atendida, pois já tinha completado dois meses após a operação. “Eles repassaram para a gente em uma reunião que iam dar atendimento até dois meses depois da cirurgia. Teve paciente que tinha consulta marcada com o endocrinologista e não recebeu o atendimento.” Diante da possibilidade de não ser atendida, Ieda tem dúvidas de como se alimentar corretamente. “O que eu vou fazer? Como vou saber com o que posso me alimentar? A nutricionista explica tudo o que eu posso comer, como fazer… Vai ser um prejuízo muito grande”.

A paciente, que atualmente está desempregada, explica que, apesar de ter plano de saúde, o mesmo daria cobertura apenas para a endocrinologista. “O plano não cobre nutricionista, não cobre psicólogo, vou ter que pagar. E como eu vou pagar se eu não estou trabalhando?”. Apesar das dificuldades atuais, ela conta que, desde o início do processo, perdeu 28 quilos, e que a cirurgia melhorou sua qualidade de vida. “Para mim, que tenho artrite reumatóide, quase não saía da cama, porque era uma dificuldade muito grande, porque eu pesava 142 quilos, e esses 28 que eu eliminei já me fazem levar outra vida. É muito bom, o programa não pode parar”.

Benefícios

O cirurgião do aparelho digestivo Victor Cangussu, que atuava no serviço de cirurgias bariátricas no HMTJ, pontua os benefícios que a cirurgia pode trazer para quem, de fato, precisa dela. “Os pacientes do programa de cirurgia bariátrica têm obesidade em graus avançados, grau dois ou obesidade mórbida, e, na maioria dos casos, eles também são portadores de doenças associadas, como hipertensão arterial e diabetes mellitus. A cirurgia tem o potencial de controlar e até erradicar essas doenças, o que reduz o uso diário de medicamento, impede a ocorrência de complicações danosas à saúde.”

Além da melhoria da saúde física, o procedimento e a perda de peso consequentes dele contribuem para melhorar a saúde mental dos pacientes. “A perda de peso após a cirurgia devolve autoestima e qualidade de vida que esse paciente deixou de ter, que são comumente prejudicadas pela obesidade.” O especialista lamenta a suspensão do serviço. “Infelizmente é um prejuízo enorme à população. A obesidade é uma das doenças mais prevalentes no nosso meio hoje, e no momento, a população de Juiz de Fora e região encontra-se desassistida”, conclui Victor.

A Ouvidoria Municipal de Saúde informou que, até setembro, recebeu 13 reclamações por parte de pacientes. “Estamos cientes da suspensão do ambulatório de cirurgia bariátrica por parte do HMTJ, e já estamos tomando providências junto às secretarias municipal e estadual e junto ao Hospital Maternidade Terezinha de Jesus, para a retomada do serviço. Não houve ainda comunicado oficial sobre tal suspensão, por isso, a Secretária de Saúde já fez notificação ao hospital pedindo informações”, conclui a Ouvidoria, em nota.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 10/10/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/10-10-2018/33-cursos-da-regiao-alcancam-nota-maxima-em-avaliacao-do-mec.html

Título: 33 cursos da região alcançam nota máxima em avaliação do MEC

Trinta e três cursos de instituições de ensino superior privadas e particulares de Juiz de Fora, da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) e Universidade Federal de Viçosa (UFV) receberam nota máxima no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). Os resultados foram divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) nesta terça-feira (9).

A avaliação é baseada em levantamento feito anualmente com universitários de todo o país. A cada três anos, uma área de conhecimento distinta é avaliada. Em 2017, os cursos da área de ciências exatas, licenciaturas e “áreas afins” foram avaliados, como análise e desenvolvimento de sistemas, gestão da produção industrial, gestão da tecnologia da informação, e redes de computadores.

O objetivo é avaliar o desempenho dos estudantes em relação a conhecimentos, competências e habilidades desenvolvidas ao longo do curso, além da qualidade das graduações oferecidas pelas instituições.

O levantamento leva em consideração uma prova geral, com dez questões, aplicada para alunos de cursos das áreas que estão sob avaliação. Há ainda uma prova de habilidades específicas, que varia de acordo com o curso.  No recorte feito pela Tribuna, 122 cursos foram examinados. A escala de conceitos da prova varia de 1 a 5, sendo que os conceitos 1 e 2 são considerados insatisfatórios para o MEC.

Dos 33 cursos com nota máxima (conceito 5) no Enade, mais da metade (18), são cursos oferecidos em Juiz de Fora, sendo 17 da UFJF e um do Instituto Vianna Júnior. O restante dos cursos com nota máxima são cursos ofertados pela UFV (12) e pela UFSJ (3). De cada três cursos avaliados, as instituições públicas de ensino da região conseguiram atingir a nota máxima em um curso. O Instituto Vianna Júnior, por sua vez, só teve o curso de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas avaliado nesta edição.

Outros 44 cursos foram avaliados com conceito 4 na avaliação, e nove graduações foram examinadas com conceito 3. A lista inclui, além de cursos da UFJF, UFV e UFSJ, graduações do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF), Estácio Juiz de Fora, Faculdade do Sudeste Mineiro (Facsum), Faculdade Doctum, Faculdade Metodista Granbery, IF Sudeste e Universidade Salgado de Oliveira (Universo).

Em novembro, o Ministério da Educação divulgará outros dois indicadores: o Conceito Preliminar de Curso (CPC) e o Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC). Esses dois, também derivados dos resultados do Enade e de outros insumos, ditam a regulação dos cursos e nas instituições de ensino exercida pelo MEC.

Resultado negativo

Nove cursos da região tiraram nota insatisfatória (conceito 2) na última edição do Enade.  Quando o resultado é insatisfatório (notas 1 e 2), penalidades podem ser aplicadas. Em casos graves, pode haver, inclusive, proibição de novos vestibulares ou o fechamento do curso. Em todo o país, 33,1% dos 10.570 cursos avaliados estão nessa categoria.

Em Juiz de Fora, os cursos de Pedagogia (Licenciatura/Ensino a Distância – UFJF), Filosofia (Bacharelado – CES/JF), Educação Física (Licenciatura – Universo), Sistemas de Informação (CES/JF), Engenharia Elétrica (UFJF), Engenharia de Produção (Doctum) e Engenharia Ambiental (Doctum) tiveram resultado insatisfatório para o Ministério da Educação. Na região, o curso de bacharelado de História, na UFSJ, e de Engenharia, da UFV, também dividem essa condição.

Por meio de nota, a UFJF afirmou que está analisando os resultados, mas só poderá fazê-lo de forma mais precisa quando obtiver os relatórios do Enade por curso, que trazem informações detalhadas sobre os desempenhos dos estudantes que participaram do exame.

O CES/JF informou que, com relação ao curso de Filosofia, apenas dois alunos fizeram a prova. ‘Se um aluno foi bem e outro não, isso leva a nota para baixo”, exemplifica. Sobre o curso de Sistema de Informação, a instituição afirmou que houve alto índice de abstenção, pois muitos alunos fizeram a prova depois de terem concluído as disciplinas eletivas há muito tempo, restando apenas o trabalho de conclusão de curso.

Já a Doctum, por meio de nota, informou que o “resultado do Enade é um dos componentes do CPC (Conceito Preliminar de Curso), que está atrelado ao aluno apenas.” Ainda segundo o posicionamento da instituição, “os cursos são constantemente avaliados pela equipe interna, buscando melhorias contínuas e passam sistematicamente por processos de atualização curricular, para atender aos novos desafios da formação e atuação em um mercado de trabalho em transformação.”

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Veículo: Metrópoles

Editoria: Justiça

Data: 10/10/2018

Link: https://www.metropoles.com/distrito-federal/justica-distrito-federal/carmelita-brasil-e-homenageada-por-50-anos-de-servico-publico

Título: Carmelita Brasil é homenageada por 50 anos de serviço público

A desembargadora Carmelita Indiano Americano do Brasil Dias, titular da 2ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Dormitórios (TJDFT) e Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE/DF), foi agraciada com a medalha comemorativa pelos 50 Anos de Serviço Público na quarta-feira (10/10), no Gabinete da Presidência do TJDFT.

Mineira, natural de Manhumirim, a desembargadora é graduada em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e mestre em Direito e Estado pela Universidade de Brasília. Foi professora de Direito Constitucional na UFJF, de 1973 a 1984, diretora da Escola Superior da Magistratura do DF, onde lecionou Direito Civil, e professora de Direito Civil do Instituto dos Magistrados do DF (Imag-DF).

Antes, atuou como advogada por 13 anos e ingressou no TJDFT como juíza de direito substituta em 1984. Em 1991 foi promovida a Juíza de Direito da 1ª Vara de Família de Brasília, e em 2002, por antiguidade, ao cargo de Desembargadora. Ela ingressou na Justiça do DF em 1984 e foi promovida a desembargadora em 2002. Carmelita foi vice-presidente do TJDFT entre 2014 e 2016, e, até assumir a presidência do TRE-DF, atuava como vice-presidente.

Como desembargadora foi titular da Comissão de Jurisprudência do TJ, em 2008, e da Comissão de Acompanhamento de Estágio Probatório de Juízes de Primeiro Grau, de 2010 a 2012. Ocupou o cargo de 1ª Vice-Presidente do TJDFT no biênio 2014-2016, e o de Vice-Presidente e Corregedora do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), no biênio 2016-2018, sendo a atual Presidente da Corte eleitoral local.

Condecorações

A magistrada já foi condecorada com as Medalhas do Mérito Judiciário e Eleitoral do TJDFT e do TRE-DF, respectivamente, com a Comenda da Ordem do Mérito do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) e com a Medalha da Ordem do Mérito Brasília, do Governo do Distrito Federal.

Cunhada pela Casa da Moeda do Brasil, a medalha foi instituída pelo Decreto-Lei 51.061/61 e é concedida ao funcionário que completa meio século de vida atuando em prol do serviço público, sem cometer falta grave.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 10/10/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/10-10-2018/edital-do-colegio-joao-xxiii-sofre-novas-alteracoes.html

Título: Edital do Colégio João XXIII sofre novas alterações

O Colégio de Aplicação João XXIII publicou, nesta quarta-feira (10), uma nova retificação do edital de sorteio para 75 vagas para o 1º ano do Ensino Fundamental, destinadas a crianças nascidas a partir de 1º de janeiro de 2012 a 31 de março de 2013. As mudanças autorizam a inscrição de crianças que já se encontram matriculadas e frequentando instituições educacionais de educação infantil (creche ou pré-escola), ainda que sua data de nascimento seja posterior ao dia 31 de março. A retificação também acrescenta a necessidade de comprovação de matrícula e frequência nessas escolas.

No início da semana, a instituição já havia realizado alterações no cronograma de realização do sorteio. O período para solicitar a isenção de taxa de inscrição passou a ser de 15 a 19 de outubro, enquanto o resultado desse pedido ficou para 24 de outubro. Com a mudança, o período para interposição de recurso sobre o resultado da isenção alterou para 25 e 26 de outubro, e o resultado final da isenção estará disponível a partir de 29 de outubro. Já a inscrição no sorteio deverá ser realizada de 29 de outubro a 12 de novembro. As demais datas foram mantidas.

O valor da inscrição é de R$ 42 e deve ser feita pelo site www.ufjf.br/joaoxxiii, através do preenchimento de requerimento, informando o número do CPF do candidato. A inscrição só será efetivada após confirmação do pagamento do boleto bancário para os candidatos não isentos. Além das 75 vagas previstas, serão sorteados mais 25 candidatos suplentes para casos de desistência. O sorteio é público, aberto aos interessados e será realizado no dia 24 novembro, às 9h30, na quadra do Colégio de Aplicação.

O edital completo com todas as alterações pode ser conferido no site do Colégio, por meio do link www.ufjf.br/joaoxxiii  .

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Notícias

Data: 10/10/2018

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2018/10/10/colegio-joao-xxiii-divulga-mais-uma-alteracao-em-edital-para-sorteio-de-vagas.ghtml

Título: Colégio João XXIII divulga mais uma alteração em edital para sorteio de vagas

O Colégio João XXIII divulgou nesta quarta-feira (10) mais uma alteração no edital para sorteio de 75 vagas para o 1º ano do ensino fundamental.

As mudanças são referentes à permissão de inscrição de crianças que já se encontram matriculadas e frequentando creches ou pré-escolas, mesmo que as datas de nascimento delas sejam posteriores ao dia 31 de março.

Foi acrescentada ao edital a informação de que é necessário comprovação de matrícula e frequência nas instituições educacionais de Educação Infantil.

Podem concorrer crianças nascidas a partir de 1º de janeiro de 2012 a 31 de março de 2013. O novo edital está disponível no site do colégio e, além das 75 vagas, serão sorteados mais 25 suplentes.

O período de solicitação da isenção de taxa de inscrição é de 15 a 19 de outubro e resultado do pedido está previsto para o dia 24 de outubro.

O período para recurso sobre o resultado da isenção será entre 25 e 26 de outubro e o resultado final estará disponível a partir de 29 de outubro.

A inscrição no sorteio vai de 29 de outubro a 12 de novembro. Os responsáveis pelos estudantes devem acessar a página da escola, preencher o Requerimento de Inscrição, informar o número do CPF do candidato, emitir e imprimir o boleto para pagamento da taxa de R$ 42.

A inscrição só será efetivada após o preenchimento do requerimento da Inscrição e a confirmação do pagamento do boleto bancário para os candidatos não isentos.

Para pedir a isenção, os candidatos devem fornecer o número de Identificação Social (NIS), imprimir o protocolo de solicitação e estar regulamente inscrito no CadÚnico atendendo a faixa de renda estabelecida pelo decreto nº 6.135 de 2007.

O sorteio será realizado no dia 24 novembro de 2018, às 9h30, na quadra do Colégio de Aplicação João XXIII. Os interessados poderão acompanhar. Neste ano não será exigida a presença de um representante do candidato.

O resultado será divulgado a partir das 10h do dia 26 de novembro de 2018, no site do Colégio de Aplicação; na entrada, próximo à portaria e no mural da escola, próximo à secretaria.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 11/10/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/11-10-2018/evento-na-ufjf-discute-papel-da-ciencia-para-reducao-de-desigualdades.html

Título: Evento na UFJF discute papel da ciência para redução de desigualdades

Com intuito de debater o papel da ciência para o avanço sustentável da sociedade, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) realiza entre o dia 16 e 20 de outubro a sétima edição da Jornada de Divulgação Científica. O evento gratuito acontece no Centro de Ciências e no Instituto de Ciências Humanas (ICH) da unidade.

Este ano, a temática do evento é “Ciência para a redução das desigualdades”, a mesma escolhida para a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. O tema é diretamente relacionado aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Neste ano,  serão realizadas oficinas científicas e culturais durante toda a realização da jornada. Ao todo, serão 15 oficinas aliadas às atividades voltadas para o público em geral. Os temas das oficinas são variados, trazendo desde propostas de técnicas agroecológicas e manejo de bambus até a discussão sobre o incentivo para o ingresso de meninas na ciência.

As inscrições para as oficinas são gratuitas e feitas por telefone, através dos números (32) 2102-6913 ou (32) 2102-6914. A programação completa está disponível no site do evento.

Além das palestras, a jornada contará também com a Exposição Marie Curie – uma homenagem com painéis que contam a história e a carreira da cientista ganhadora do prêmio Nobel – e a Feira de Matemática.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Coluna Cesar Romero

Data: 11/10/2018

Link:https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/11-10-2018/neyde-baldi-ladeada-pela-neta-joana-e-as-filhas-monica-cristina-e-bia-no-elegante-coq-inaugural.html

 Título: Hora de gratidão

Sandra Arbex aposentou na UFJF e não coordena mais o Polo de Ensino, Pesquisa e Extensão na área do Envelhecimento.Em mensagem à sua equipe ela destacou o “comprometimento das funcionárias com o programa de extensão da Faculdade de Serviço Social.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Coluna Cesar Romero

Data: 11/10/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/11-10-2018/neyde-baldi-ladeada-pela-neta-joana-e-as-filhas-monica-cristina-e-bia-no-elegante-coq-inaugural.html

Título: Antenado

Quem frequenta o Campus da UFJF para a prática de exercícios físicos tem observado o desrespeito de alguns na utilização dos espaços disponíveis. A ciclovia, por exemplo, vem sendo ocupada, indevidamente, pela turma da caminhada e corredores, dificultando, assim, a circulação das ‘bikes’.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Meu carro e Cia

Data: 11/10/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/especiais/carro-e-cia/11-10-2018/inventor-juiz-forano-cria-cambio-cvt-adaptavel-a-onibus-e-caminhoes.html

Título: Inventor juiz-forano cria câmbio CVT adaptável a ônibus e caminhões

O passageiro possivelmente nunca dirigiu um ônibus, mas certamente sabe que as marchas precisam ser trocadas. Quando o veículo está muito pesado, a mudança no câmbio é perceptível, principalmente em aclives. Se é desconfortável para os usuários, pior mesmo é para os motoristas. Afinal, além do estresse provocado pelo próprio trânsito, a condução em si é extremamente cansativa para o corpo. Aliás, não é incomum o afastamento do trabalho desses profissionais em razão das dores crônicas, principalmente nas costas, braços e ombro. O câmbio automático seria uma solução, muito embora esta não seja uma realidade em toda a frota.

Para resolver este problema dos motoristas de ônibus – e também dos caminhoneiros – um inventor juiz-forano desenvolveu um sistema de transmissão de velocidade continuada, o conhecido CVT (sigla para o termo inglês “continuously variable transmission”), que pode ser adaptado para veículos originalmente de câmbio manual. O CVT criado pelo policial rodoviário federal aposentado José Carlos de Amorim, 71 anos, é chamado de CVTH, pois funciona através de hibridação, tecnologia presente nos carros que funcionam com combustível fóssil e energia cinética.

O CVTH inicialmente foi desenvolvido e patenteado para funcionar em veículos com chassi grande, como ônibus e caminhão. Mesmo assim, a expectativa do inventor é que a sua solução tecnológica seja aperfeiçoada para, no futuro, funcionar também em carros. O equipamento criado por ele é acoplado no chassi, entre o câmbio e o diferencial. Desta forma, o CVT – que pode inclusive ser removido, sem alterar as características originais do veículo – une-se a uma caixa de engrenagens e se conecta a duas máquinas elétricas, além do motor de combustão interna. Assim, o CVTH passa a fazer a função hoje dada ao motorista, de trocar as marchas.

“O câmbio manual permanece no veículo, pois as características originais não são alteradas. Só que o motorista não vai precisar tocar nelas. Se ele sair da garagem na terceira marcha, vai poder acelerar, frear, parar e voltar à garagem, no fim do dia, ainda na terceira. A mudança passa a ser feita de forma linear, reduzindo a poluição, economizando embreagem e garantindo a máxima eficiência de consumo do motor”, disse, orgulhoso, Amorim, que agora busca parceiros para que a invenção seja colocada em prática em grande escala.

Patente aprovada

Para isso, os primeiros passos já foram dados. O CVTH teve patente aprovada pelo Instituto Nacional de Propriedade Privada (INPI) em julho do ano passado, após um trabalho em conjunto com a empresa Impacto Júnior, de engenharia mecânica, da UFJF. Mês passado, o protótipo foi apresentado em São Paulo, em um congresso internacional promovido pela SAE Brasil, uma instituição mundial voltada à tecnologia e progresso da mobilidade.

“Nosso foco é atingir o mercado internacional. Por esta razão, queremos autorizar não apenas uma, mas várias empresas a trabalharem com o CVTH. Isso também pode reduzir os custos de implantação”, disse Amorim. Segundo ele, o custo estimado será até 50% menor que o necessário hoje para a instalação de um câmbio CVT tradicional.

Projeto de vida

O aposentado de 71 anos classifica o CVTH como o projeto de uma vida. Segundo ele, o interesse aumentou quando trabalhava como policial rodoviário e observava de perto o cansaço dos motoristas profissionais. A vontade foi somada ao conhecimento em mecânica, adquirido quando atuava no Exército Brasileiro. “Também fui mecânico de outras máquinas, como de somar e escrever.” Agora, com a patente próxima a ser oferecida ao mercado, o inventor garante que a missão está cumprida. “Se realizar este projeto, termino esta vida tranquilo e feliz.”

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 11/10/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/11-10-2018/fila-de-espera-para-cirurgias-eletivas-sofre-reducao.html

Título: Fila de espera para cirurgias eletivas sofre redução

A suspensão da realização de cirurgias bariátricas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Juiz de Fora, noticiada pela Tribuna nesta quarta-feira (10), deixou cerca de 200 pacientes em uma fila de espera sem data para serem atendidos. O mesmo acontece com juiz-foranos que aguardam pela realização das cirurgias eletivas. A gradativa espera pelos procedimentos — considerados não urgentes, mas necessários para garantir a qualidade de vida dos pacientes —, é uma realidade para os usuários. Em maio, a Tribuna noticiou a redução do número de usuários na fila de cirurgias eletivas no município, embora a longa espera ainda persistisse. À época, 4.795 pacientes aguardavam procedimentos de diversas especialidades. Novo levantamento feito junto à Secretaria de Saúde da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) revelou contínuo encolhimento na lista de espera desde então, mas milhares de juiz-foranos continuam sem saber quando serão atendidos.

O levantamento, disponibilizado pela assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde, revelou que, entre o dia 23 de abril e o fim do mês de julho, a fila de espera por procedimentos cirúrgicos eletivos teve uma redução de 764 usuários, com 4.031 pacientes na fila. Dentre as especialidades cujas filas de espera diminuíram estão as cirurgias de vias aéreas superiores, pequenas cirurgias de pele, do aparelho geniturinário, cirurgias de mama, orofaciais e oncológicas.

Contudo, mesmo com a redução, alguns pacientes aguardam há meses, já que a fila é extensa para muitas especialidades. Entre janeiro e agosto deste ano, a Ouvidoria de Saúde registrou 78 manifestações sobre a demora na fila de espera. Segundo o órgão, a maioria envolve cirurgias ortopédicas e oftalmológicas.

A partir destas reclamações, conforme explica a ouvidora Samantha Borchear, a ouvidoria cobra do setor de regulação de cirurgias eletivas o agendamento junto à rede prestadora de serviços. “Alguns casos são resolvidos, outros infelizmente não, pois temos aquela antiga e conhecida dificuldade de má remuneração do SUS em alguns procedimentos, afastando os profissionais da rede pública. (Portanto) temos poucos profissionais cirurgiões para dar conta de toda a demanda, que é grande”, expõe. Além disso, outro entrave que contribui para a delonga é a “imensa” fila de cirurgias emergenciais, cuja prioridade de atendimento “acaba por adiar o de quem aguarda pela eletiva”, completa.

Quase mil eletivas por mês

Embora tais entraves deem origem à extensa fila de espera, conforme dados disponibilizados pela Secretaria de Saúde, a rede realiza cerca de cinco mil cirurgias por mês pelo SUS. Destas, cerca de 900 são eletivas. De acordo com a assessoria de comunicação da pasta, o número, contudo, oscila a cada dia. Ainda segundo a secretaria, a média de gastos com cirurgias eletivas é de cerca de R$ 1.436.000 ao mês.

Os procedimentos são realizados por meio dos seguintes hospitais conveniados: Hospital Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ), Hospital Universitário (HU/UFJF), Hospital São Vicente de Paulo, Hospital Regional João Penido, Instituto Clínico, Instituto Oncológico, Associação Feminina de Prevenção e Combate ao Câncer de Juiz de Fora (Ascomcer), Santa Casa de Misericórdia, Clínica Doutor Evandro Ribeiro, além do Hospital Doutor Geraldo Mozart Teixeira (HPS).

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 11/10/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/esportes/11-10-2018/juiz-foranos-disputam-o-mundial-de-ironman-em-kona.html

Título: Juiz-foranos disputam o Mundial de Ironman em Kona

Neste sábado (13), os juiz-foranos Hugo Amaral (VidAtiva) e Thiago Alvim disputam o Mundial de Ironman em Kailua-Kona, no Havaí, na competição que é considerada o crème de la crème do triatlo mundial. A prova acontece duas semanas após os atletas serem campeão e vice da categoria 30 a 34 anos, respectivamente, no Ironman 70.3 no Rio, quando carimbaram o passaporte para o Ironman 70.3 Nice, na França, em setembro de 2019. No desafio na ilha norte-americana, Hugo busca melhorar sua marca para perto de 9h20min e ficar entre os dez primeiros na sua categoria, enfrentando os melhores do mundo nos 3,8km de natação, 180km de ciclismo e 42km de corrida.

Desde que começou a carreira no triatlo há oito anos, o sonho do atleta era competir a maior prova da modalidade no arquipélago. Esse ano, Hugo realiza o feito pela terceira vez, tendo disputado também em 2016 e 2017. A classificação para a edição deste ano no Havaí aconteceu em maio, em Florianópolis (SC), quando concluiu a prova em 9h5min, alcançando o 4º lugar na categoria e 17º geral. Com a experiência de provas anteriores, Hugo avalia as características do próximo desafio. “O percurso no Havaí é muito desafiador. Na maioria das provas vale usar roupa de borracha na natação, que flutua e esquenta o corpo. Como lá é muito quente, essa roupa não vale, então o atleta não flutua tanto, o que torna a prova mais lenta. Além disso, o mar é mais agitado que no Brasil. No ciclismo é um calor insuportável e venta também, um clima parecido com o do Nordeste. Como eu já conheço o circuito, vou com uma visão melhor do que quem vai pela primeira vez.”

Estratégia

É a primeira vez que Hugo disputa duas provas longas em um intervalo tão curto. No entanto, com planejamento desde maio, ele acredita estar bem preparado e destaca seus pontos fortes. “A minha natação é muito forte, sempre saio na frente na água e começo a pedalar entre os primeiros. Como eu vim da natação, tenho essa facilidade. No ciclismo, eu pedalo bem legal, consigo pedalar entre os primeiros colocados, já na corrida eu sofria um pouco. Fiz um trabalho do ano passado para cá para melhorar o ciclismo e a corrida. Se eu fizer o mesmo ciclismo, mas sair descansado para correr, vou correr melhor. Meu foco foi esse em Florianópolis e foi o que deu certo, corri quase 20 minutos melhor. É isso que quero fazer no Havaí.”, avalia.

De obrigação a paixão

A inserção do esporte na vida de Hugo Amaral começou por segurança. Aos três anos de idade, os pais do atleta o matricularam na natação por precaução para quando a família fosse à praia. “Começou como uma obrigação, mas a partir de um certo momento comecei a gostar, e o meu castigo se tornou não ir à natação. Foi meu maior hobby até os 19 anos. Já fiz outros esportes, mas o que mais foquei foi a natação, fui campeão e recordista mineiro e participei de campeonatos brasileiros”, relembra.

Formado em educação física pela UFJF, em 2009 Hugo fundou a empresa VidAtiva com outros sócios, que também presta consultoria em corridas, e ele começou a praticar a modalidade para ensinar. O ciclismo veio por influência do pai, a quem acompanhava em passeios de bike ainda adolescente.

“Comecei a treinar o ciclismo aos 22 anos e focava provas off road, com mountain bike e participava do XTerra. Em 2010 ganhei na minha categoria no circuito e, em 2012, comecei como profissional. Em 2015 tive uma mudança na carreira, abandonei o mountain bike e foquei nas provas de asfalto e Ironman, quando consegui a primeira classificação para o Mundial no Havaí.”

Aos 31 anos, Hugo considera que ainda tem muito a evoluir no esporte. “Oito anos é uma carreira curta, porque no esporte de enduro se chega no auge próximo a dez anos de prática. Sei que depois dos 36 ou 37 anos o rendimento cai, mas ainda estou jovem e posso melhorar bastante.”

No dia-a-dia, o atleta concilia o esporte com o trabalho na consultoria esportiva. Como treinador, ele atende a mais de 40 triatletas em Juiz de Fora e região. Em 2015, quando começou a focar nos mundiais de Ironman, procurou o auxílio do treinador Eduardo Braz, de São Paulo. Em Juiz de Fora, o atleta conta com o apoio de Pedro Itaberano na musculação e do fisioterapeuta Guilherme Mendonça. A alimentação fica por conta da esposa Anelise Rezende, especialista em nutrição esportiva.

Influências

A dedicação ao triatlo também é influência do primo Lucas Leite e do atleta Thiago Machado (falecido em 2005), com quem nadava no clube Bom Pastor. “O Thiago foi um dos grandes triatletas brasileiros de provas curtas. Eu sempre via os dois participando de provas e trazendo resultados. E é legal que, da mesma forma que me espelhei neles, agora meus alunos se espelham em mim. Eu tento mostrar o caminho que fiz, os erros e acertos e ensinar a melhor forma para alcançar os objetivos. O triatlo é um esporte que precisa ter paciência e ser dedicado, é uma maneira mais saudável e divertida de se viver e conheço gente do mundo inteiro graças às provas que fiz.”

Para sentir o clima

Hugo Amaral desembarcou no Havaí em 2 de outubro e junto com ele está seu ex-aluno, o atleta Thiago Alvim, que se prepara para seu primeiro mundial. Thiago se classificou para a competição em abril deste ano, no Ironman de Porto Elizabeth, na África do Sul. Com a marca de 9h37, terminou em 12º na categoria 30-34 anos e 62ª colocação geral. No último Ironman 70.3 no Rio, há 13 dias, Thiago chegou logo atrás de Hugo, como vice-campeão, com a marca de 4h19min.

A antecedência para chegar ao local de prova é uma precaução para que os atletas se recuperem da competição anterior e se acostumem com as características climáticas do arquipélago. “O circuito é muito bonito, mas extremamente quente, quase quarenta graus o tempo todo. Temos que tomar muito cuidado com a hidratação e reposição de sais minerais”, ressalta Thiago.

Com treinamento intenso desde 1º de agosto, ele define a última semana como um período de polimento. “Diminuímos os treinos e procuramos descansar mais. O circuito de natação no mar já está demarcado e estamos treinando lá. Fazemos as três modalidades com menos tempo de treino, mais ou menos três horas por dia. Nadamos no horário da prova para sentir a maré e pedalamos também no horário pra sentir se tem vento. É importante treinar junto com o Hugo, pois dá estimulo e ele é um cara experiente, embora seja mais novo.”

No próximo mês, Thiago completa cinco anos como triatleta. Desde então já esteve em mais dois pódios na maior competição do mundo: além da conquista deste ano, foi o quinto colocado na categoria no Ironman da Flórida e quarto lugar no Ironman 70.3 no Rio, ambos em 2017. Neste sábado, o atleta planeja fazer um tempo abaixo de 10 horas de prova e destaca a competitividade na sua categoria. “De 30 a 34 anos e 35 a 39 são as categorias mais difíceis, pois é quando o corpo está na melhor forma para o enduro. Nas provas que fazemos, quem ganha na classificação geral costumam estar nessas faixas.”

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 12/10/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/esportes/12-10-2018/jf-volei-tem-missao-ardua-contra-o-sada-cruzeiro.html

Título: JF Vôlei tem missão árdua contra o Sada Cruzeiro

Encarar o Sada Cruzeiro já é uma tarefa árdua para qualquer time do mundo. Como jogar, então, contra a equipe mais vitoriosa do Brasil nos últimos anos em partida que vale uma vaga na final do Campeonato Mineiro? Esta é a missão do JF Vôlei, que aposta na força e na ousadia para surpreender a máquina de títulos azul nesta sexta-feira (12), às 19h, no Ginásio do Riacho, em Contagem (MG), em partida única da semifinal do torneio estadual.

“Nós vamos chegar no nosso melhor nível em toda a temporada. Mudaram várias coisas do primeiro jogo até essa semifinal, como o entrosamento, o ritmo de jogo, a confiança e o preparo físico. Devemos errar muito menos, sacar melhor, acreditar mais e tenho certeza de que vamos entrar com confiança, força e ousadia!”, analisa o levantador juiz-forano, Tarik, em sua segunda passagem pela equipe local.

O otimismo do jogador responsável pela armação final das jogadas do JF Vôlei é explicado pelo técnico Marcão. “Tivemos uma semana muito boa, me deixou muito feliz. Treinamos muito o controle do saque viagem, porque com certeza o adversário terá um saque pesado deste tipo, e gostei da resposta dos meninos. Também treinamos ataque e muito o saque, porque se não sacarmos bem, fica difícil de jogar. Mas estou bem confiante não só em fazer um jogo bom, mas de tentar surpreender, porque é um novo campeonato. Tudo zerou”, destaca o comandante.

Até aqui, o JF Vôlei encarou o Cruzeiro em duas oportunidades. A primeira ocorreu na abertura do Mineiro, no dia 7 de setembro, com derrota por 3 sets a 0 (21/25, 16/25, 17/25) na UFJF. O Sada repetiu o placar em Contagem, no último dia 3, mas com triplo 25/19. De lá para cá, Marcão evidencia o crescimento coletivo e crê na necessidade da mudança de postura dos atletas.

“Apesar das derrotas, fomos bem nos primeiros jogos contra eles. Agora já nos conhecem, somos estudados, o que causa mais dificuldades. Mas devemos pegar estas partidas como referência para melhorar, e não um padrão. A gente amadureceu, criou uma casca interessante. De diferente, agora, talvez deve ser a nossa postura. Precisamos ser agressivos e buscar diminuir os erros, mas sem perder o poder de ataque, porque quando deixamos de agredir tivemos mais problemas do que em partidas que fomos muito ofensivos e erramos bastante. Temos que criar essa identidade de um time forte, agressivo e, com a sequência de treinos, com certeza vamos diminuir os erros”, avalia.

O JF Vôlei deve iniciar o duelo com o levantador Tarik (Leo), o ponteiro Vitão improvisado como oposto, os centrais Lucão e Symon, os pontas Thiago e Antony, e o líbero Athos. A equipe segue sem o meio de rede juiz-forano Diego Almeida, que sofreu uma luxação no ombro.

Adversário conhecido a menos de 72h da semifinal

A preparação do JF Vôlei durante quase todos os dias foi com a projeção de duelo sem adversário definido. Isto porque o Sada Cruzeiro só sacramentou a liderança da primeira fase do Mineiro no final da noite da terça-feira (9), após bater o Minas e ultrapassar o rival de Belo Horizonte (MG) na tabela. Como o JF Vôlei foi o lanterna nos pontos corridos, sem uma vitória sequer, e o regulamento prevê a classificação de todos os quatro participantes, o duelo de opostos foi oficializado. Sem saber quem enfrentaria na maior parte da preparação, o trabalho do técnico local, especialista também na coleta e utilização de dados, foi fundamental.

“Sou da estatística, fizemos um trabalho muito bacana de pegar dados das equipes como a maioria da direção dos saques. Fiz um resumo de tudo e peguei a maior incidência para treinar em cima disso. Com o adversário definido só faço alguns ajustes para cada jogador, mas a maior incidência de saque viagem, por exemplo, tanto do Minas, como do Sada, é de sacar mais da posição 1 e da 6 nos cantos de quadra, então já pensamos nisso para ficar preparados”, exemplifica.

Jogo no sábado

O outro duelo pela semifinal, entre Minas Tênis Clube e Lavras Vôlei, ocorre às 16h30 desta sexta. As quatro equipes voltam à quadra no sábado (13). Às 16h30 está prevista a disputa do terceiro lugar, novidade nesta edição do Estadual. Às 19h, encerrando a competição, começa a disputa pelo título mineiro de 2018.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 12/10/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/esportes/12-10-2018/ultramaratonista-juiz-forana-participa-do-rio-ultra-24h.html

Título: Ultramaratonista juiz-forana participa do Rio Ultra 24h

Cada passada de Simone Andrade, 37 anos, aproxima a estudante de Educação Física do equilíbrio físico e mental. Às 21h deste sábado (13), cerca de quatro anos após inserir a caminhada em sua apertada rotina de trabalhadora, estudante e mãe, a atleta local faz sua primeira ultramaratona. E, apesar de competir em uma pista de apenas 400m, ela terá à sua frente um dos principais palcos esportivos do mundo. Simone correrá a prova de 12h do Rio Ultra 24h no Estádio de Atletismo Célio de Barros, estrutura que compõe o Complexo Esportivo do Maracanã, ao lado do lugar que recebe, no mesmo dia, o clássico Fla-Flu, mas às 17h.

“Essa ultra é o fechamento de um ciclo que começou com a caminhada, os 5km, os 10km e depois a Meia Maratona. E nesses quatro anos de corrida foram muitas experiências diárias. A corrida funciona para mim como um momento em que eu descanso, e não uma competição. É porque é um momento meu, feito para mim, quando descanso da correria do dia a dia. É um relaxamento e onde procuro e encontro o meu equilíbrio. Se estou cansada, corro para descansar. Se estou feliz, corro. Se não estou bem, vou porque sei que ficarei melhor. Cada um tem que procurar aquilo que faz bem para si. É o que importa. O que muda é que saltei dos 21km para a ultra. Não fiz uma maratona ainda. Isso vai tornar essa prova ainda mais especial, um presente. Digo que o que é novo assusta, mas tenho certeza de que o que está por vir é algo muito bom e papai do céu vai dar forças suficientes para eu trazer esse resultado à nossa cidade”, conta Simone.

E foram justamente as sensações proporcionadas pelo esporte que encantaram a atleta. No sábado, ela terá mais um misto de sentimentos ao fazer algo inédito em sua trajetória. “Tenho certeza de que será maravilhoso para mim e para meu professor e amigo, Daniel (Fontinelli), que vai comigo. Como aluna de Educação Física, vou ter uma visão muito ampla do que é tudo isso por vivenciar a prática do esporte e estudar sobre. Vai servir de experiência para o futuro. E será a primeira vez que vou ao Maracanã. Nunca fui nem para ver um jogo! Chegarei como expectadora, porque os meninos das 24h já estarão competindo, e às 21h começo a minha prova.”

Apesar de não se apegar a metas, Simone buscou aproveitar cada espaço de tempo de folga que conseguia para se preparar e pensar em uma distância significativa. “Fiz treinos na pista da UFJF de rodagem ao lado do Daniel. Ele vai nesses treinos comigo para marcar tempo, observar e orientar. Não tive como conversar com pessoas que já viveram isso. Então o professor tem conversado muito comigo sobre o ponto estratégico para não chegar e querer um resultado alto. Coloquei como meta fazer com tranquilidade e segurança em primeiro lugar, porque não é uma prova simples de ser realizada. Espero que dê para correr uns 80km. É uma distância simbólica, considerável.”

Desafio

Simone é um dos exemplos cada vez mais frequentes de mulheres ultramaratonistas. Para ela, a participação feminina ainda não é tão grande por desafios do dia a dia que muitas vezes impossibilitam um treinamento adequado. “As provas de longas distâncias para a maioria das mulheres que tem os horários muito reduzidos, por trabalhar, estudar, cuidar de filhos, como eu que tenho uma filha de 16 anos, acabam sendo muito desgastantes. O dia acaba sendo curto para tanta coisa. A rotina é pesada, e você administrar tudo isso para conseguir algum resultado é gratificante, mas o importante mesmo é gostar do que faz. Não sei como dou conta de tudo isso, como me perguntam, mas é muito gostoso fazer uma prova e completar ela de acordo com as minhas expectativas. E conseguir fazer essas 12h será uma satisfação pessoal, algo muito gratificante. Uma realização.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 12/10/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/12-10-2018/peca-inspirada-na-tragedia-de-mariana-estreia-em-jf-nesta-sexta.html

Título: Peça inspirada na tragédia de Mariana estreia em JF nesta sexta

Nenhuma forma de expressão artística, a princípio, é ou precisa ser política. Ao mesmo tempo, porém, toda arte pode ser política – há quem defende que a arte, por si só, já é uma forma de se fazer política, mesmo que inconscientemente -, depende apenas que esta seja a intenção de seu criador ou de que o público, aquele que é provocado, convidado a refletir, assim a compreenda ou dessa forma se aproprie dela.

No caso da Cia. Sala de Giz, a arte tem se tornado uma forma de prática política, seja a partir da discussão de questões de gênero (caso de “O Circo dos Quase Velhos”, de 2015) ou de tragédias como a ocorrida em 5 de novembro do mesmo ano, com o rompimento da barragem de Fundão, localizada no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, que destruiu toda a localidade e provocou a morte de 19 pessoas, sem contar os danos ao meio ambiente que serão sentidos por muitos anos. A catástrofe, a maior do gênero na história brasileira, é o mote do espetáculo “Terra sem acalanto”, que estreia nesta sexta-feira (12), às 20h, no espaço Sala de Giz, e que permanecerá em cartaz até 4 de novembro, com apresentações de sexta a domingo – exceto em 21 de outubro.

O espetáculo foi escrito por um dos integrantes do grupo, Felipe Moratori, e tem direção da carioca convidada Tatiana Henrique. Na história, que parte do real para criar uma metáfora poética, um coveiro (Bruno Quiossa) chega a uma cidade devastada para enterrar mais que as vítimas: é preciso, também, enterrar as memórias e os desejos dos sobreviventes, milagrosamente salvos por estarem protegidos por uma cerca de arame. Ao mesmo tempo, aos poucos ele passa a conhecer pedaços, fragmentos das histórias daqueles que se foram (interpretados pelo próprio Felipe Moratori).

Vivência com os atingidos

Todo o processo de desenvolvimento da peça durou cerca de dois anos e teve origem em várias fontes. Uma delas, conta Felipe, foi a partir das notícias da época do crime ambiental, de como a mídia divulgou a tragédia e o relato das pessoas. A outra foi conviver in loco com o impacto que o rompimento da barragem teve em toda a região, uma vez que os dois atores fazem mestrado na UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto). Por fim, a companhia contou com o auxílio de alunos de diversos cursos da UFJF que fazem pesquisas acadêmicas a respeito do que aconteceu em Mariana.

“Nós tínhamos essa proximidade com a região, de poder ver tudo isso in loco. Uma coisa é acompanhar as notícias, outra é ver o que estava acontecendo lá: o medo, a preocupação de quem temia perder o emprego, placas que pediam a volta da Samarco (empresa responsável pela barragem). Quem vive lá tem questões específicas, micropolíticas. A Tatiana também esteve presente, e foi uma presença fundamental para instigar nosso processo de criação”, diz Felipe.

“Após iniciarmos o processo de reconhecimento de linguagem (ou seja, quais seriam as linhas de trabalho para construção do espetáculo), fizemos essa visita, porque percebíamos como essencial ver as pessoas, o local, ouvir daquele lugar e sobre aquele lugar estando nele mesmo”, relembra Tatiana. “Foi quando tivemos esse impacto: não poder chegar até lá, porque a ’empresa’ impediu! Uma ’empresa’ impede o acesso de brasileiros àquele lugar. Sentimos como uma atmosfera de silenciamento recobrindo o crime, a cidade, as pessoas, os que queriam acompanhar os acontecimentos.”

“Ficaram as perguntas: ‘E agora? Quem é que pode dar essas respostas para a gente? Quem é que a gente pode ouvir?’. Tudo se tornou um grande mito”, acrescenta a diretora. “Foi então que surgiu a primeira fabulação: o que a terra ouviu e viu naquele dia que Deus não conseguiu evitar? O que ela poderia dizer a nós? E se aquela terra de lá se comunica com a terra daqui, essa de agora, que eu e você estamos pisando, se essas terras são uma só, será que podemos ouvir, será que esses elementos podem nos contar então?”

Ao mesmo tempo, Moratori relata o quanto esse processo foi difícil, e a preocupação em não tomar para si as dores alheias. “Os atingidos sempre se sentiam muito desconfiados, invadidos, sem saber que tipo de retorno poderiam ter com essas pessoas os procurando. Era uma questão ética que discutíamos o tempo todo, afinal não era uma experiência nossa, e não era nosso desejo nos apropriar deles. São relatos importantes, mas que precisavam ter um distanciamento da nossa parte.”

O pensamento do ator e dramaturgo é compartilhado pela diretora. “Temos um senso de responsabilidade que não nos permitia seguir por um caminho em que a gente ‘explorasse’ as histórias pessoais, as histórias com nome e sobrenome. Fomos compreendendo que poderíamos investigar e aprofundar pela via dos arquétipos e de alegorias que trouxessem a complexidade do crime e das vidas envolvidas, deixando o espetáculo também fora de uma esfera de julgamento. Isto é, não tratamos de Bem versus Mal, mas das forças de Vida e Morte que estão envolvidas.”

Fragmentos de memórias perdidas

O resultado, acredita Felipe Moratori, foi uma dramaturgia que não fala diretamente do crime ambiental. “A tragédia se transformou numa metáfora poética. A peça não tem exatamente uma linha narrativa, são fragmentos e ações performativas que se inspiram nessa tragédia”, explica Felipe. “Fazer esse personagem (o coveiro) é revisitar as violências que meu corpo já sofreu nessa existência e como ele entende essa violência cotidiana”, pontua Bruno Quiossa. “A partir disso, de todas essas tragédias, junto às minhas vivências, que ocorre a transformação cênica do personagem, pois não posso vivenciar o que os outros passaram. Só é possível tentar entender a partir do que aconteceu comigo mesmo.”

Antes da estreia, a Sala de Giz realizou duas mostras de processo do espetáculo. A primeira foi no Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas da UFOP, e a segunda, no Museu Ferroviário de Juiz de Fora, ambas no início do ano, sendo que esta última serviu para divulgar ao público a campanha de financiamento coletivo (crowdfunding) realizada pela companhia, que não só alcançou como ultrapassou a meta estipulada. “Fomos o primeiro grupo da cidade a realizar esse tipo de campanha, e por isso não tínhamos um parâmetro local sobre como proceder, quanto pedir. Nos inspiramos nos grupos de São Paulo para ter uma ideia. E a campanha foi um sucesso”, comemora Felipe, ressaltando que esta foi uma forma de não ter que esperar por um possível financiamento por meio da Lei Murilo Mendes, que deixou de realizar seu edital em 2017. “Havíamos convidado algumas pessoas, como a Tatiana, e não queríamos adiar e nem esperar por causa da Lei. Foi uma alternativa interessante.”

TERRA SEM ACALANTO

Estreia nesta sexta-feira (12), às 20h. Sexta-feira a domingo (exceto 21 de outubro), às 20h, na Sala de Giz (Rua Mariano Procópio 65). Até 4 de novembro.

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