Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 22/09/2018
Título: UFJF sedia 1ª Feira Orgânica na próxima segunda-feira
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) sedia a partir desta segunda-feira (24) a 1ª Feira Orgânica. Com a participação da associação Monte de Gente Interessada em Cultivo Orgânico (Mogico), único coletivo certificado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Juiz de Fora, o evento será realizado das 16h às 20h, no estacionamento do prédio da Reitoria.
De acordo com a instituição, estão previstas nove edições semanais, às segundas-feiras, até o dia 19 de novembro. Além dos produtos como frutas, verduras, legumes, queijos, grãos, pães, bolos, entre outros, a iniciativa também irá promover atividades para o público, como ioga, rodas de conversa, esclarecimento de dúvidas e uma apresentação de violão e voz, feita por um produtor.
Uma vez por mês, a feira terá formato ampliado, envolvendo produtores de artesanato, buscando tornar o espaço mais dinâmico.
A iniciativa é idealizada pelo programa Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (Intecoop), vinculado a Pró-reitoria de Extensão (Proex) da UFJF e, inicialmente, apenas com a participação dos integrantes da Mogico, porque todos os produtores precisam ser certificados.
De acordo com a consultora da Intecoop, Juliana Macário, a intenção da feira é propiciar a familiarização da comunidade acadêmica e do público externo com os alimentos orgânicos e os produtores, promovendo um espaço de exposição e discussão sobre a produção e escoamento de alimentos orgânicos.
Em Juiz de Fora, os interessados em trabalhar com a alimentação orgânica para obter a certificação necessitam recorrer ao Organismo Participativo de Avaliação da Qualidade Orgânica (Opac), credenciado pelo Mapa, no Rio de Janeiro.
Juliana Macário destacou que há um projeto dentro da Intecoop para auxiliar na criação de uma Opac na cidade, porque a demanda por certificação na região tem aumentado. “A feira é uma forma de provocarmos esses grupos e instituições que queiram atuar na rede e contribuir para esse processo de fortalecimento da produção de orgânicos na área”, destacou a consultora, nas informações divulgadas pela Diretoria de Imagem Institucional da UFJF.
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Veículo: Nova Escola
Editoria: Práticas Inspiradoras
Data: 22/09/2018
Link: https://novaescola.org.br/conteudo/9827/uma-horta-na-escola
Título: Uma horta na escola
O que é
Projeto Orgânicos na Escola, um dos eixos do Programa Mundo Meu Micromundos – Criatividade, Inovação e Conexão Social, uma iniciativa do Instituto Francisca de Souza Peixoto, no município de Cataguases, Minas Gerais. A iniciativa é vencedora do prêmio Desafio Aprendizagem Criativa Brasil 2017 , promovido pela Fundação Lemann , pelo MIT Media Lab e pela Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa .
Quem fez?
Liliane de Paula Mendonça, gestora de projetos do Instituto Francisca de Souza Peixoto, professora, especialista em Gestão Pública e mestra em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), com apoio da Companhia Industrial Cataguases e da Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Leopoldina (MG) – as escolas da microrregião da Zona da Mata estão sob essa jurisdição.
Pode te inspirar porque…
Fortalece a relação da escola e comunidade e abre tempo e espaço para a reflexão coletiva e o desenvolvimento do cultivo da horta de produtos orgânicos, cuja produção pode ser destinada para o consumo de todos.
Etapas
Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Anos
6º ao 9º e 1º ao 3º.
Conteúdos
Biologia, Geografia, Língua Portuguesa e Matemática
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Esportes
Data: 23/09/2018
Título: ‘Trigêmeas’ compartilham sonhos e a paixão pelo futsal
As três usam chuteiras verde-amarelas e uniforme rosa, e até os cabelos combinam. Luana, 16 anos, Camilla, 17 e Bruna Salles, 20, vieram de uma família de 12 irmãos, todos apaixonados pelo futebol. Vendo os mais velhos jogarem, as três meninas cresceram batendo bola pelas ruas do Bairro Dom Bosco, Zona Oeste de Juiz de Fora. Para seguirem no sonho de uma carreira profissional como atletas, elas passaram por clubes e projetos, até serem protagonistas na criação da equipe Futsal Feminino UFJF, projeto de extensão da Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid) da universidade, que começou oficialmente no início deste mês. E, durante toda essa trajetória, elas permaneceram assim, unidas.
“Trigêmeas! Todos chamam a gente assim, mesmo não sendo”, comenta, rindo, Camilla Salles. “Quando sabem que não é assim, chamam de Salles. Mas a gente até entra na brincadeira e falamos que somos trigêmeas mesmo.” A confusão não é para menos. As três são parecidas de rosto, altura, timidez e até mesmo nos gostos.
Em quadra, a união do trio é ainda mais evidente. Apesar da diferença de categoria – Luana joga no sub-17 e as outras duas já fazem parte do time adulto – elas treinam juntas, compartilham jogadas e dicas. “Nós estamos juntas praticamente 24 horas por dia, e aqui não é diferente”, conta Camilla. “Estamos sempre apoiando uma à outra, se uma tem dificuldade a outra vai e ajuda”, reforça.
A trajetória das irmãs no esporte começou com o convite do treinador do Futsal Matias Barbosa, que as chamaram para integrar o time da cidade vizinha em 2015. As meninas também jogaram pela escola do Vasco em Juiz de Fora, em 2016 e, em agosto do ano passado, passaram a treinar no Dom da Bola, uma parceria do projeto Boa Vizinhança da UFJF com o Instituto Dom Orione. Em agosto desse ano, o Dom de Bola completou um ano, e o crescente interesse de meninas em ingressar na equipe motivou as três irmãs e outras jogadoras a pedir a criação de um time feminino de futsal que representasse a Universidade Federal de Juiz de Fora. “A gente sempre sonhou em treinar na UFJF. Sair de um colégio público para treinar aqui é um nível bem avançado. Temos que agradecer mesmo, porque é um espaço muito bom que sempre quisemos conquistar e conseguimos”, destaca Luana.
O
Ídolos
A sintonia das irmãs é tamanha que, quando o assunto é o time do coração, a resposta é a mesma: “Real Madrid”, dizem em coro. “Era por causa do Cristiano Ronaldo e do Marcelo, mas continuamos torcendo mesmo com a saída do CR7”, explicam Luana e Bruna, e destacam a humildade do atleta português como ponto de admiração. No futebol feminino, a referência também é unânime. A inspiração é a jogadora Marta, da Seleção Brasileira, eleita cinco vezes a melhor jogadora do mundo pela FIFA. “Não só porque ela é a melhor do mundo e já ganhou o prêmio Bola de Ouro. A gente vê também a humildade e o talento dela”.
‘As meninas conquistaram seu espaço’
A equipe de futsal da UFJF já conta com 30 meninas nas categorias sub-15, sub-17 e adulta, treina três vezes por semana e investe na profissionalização de atletas. “O objetivo no Dom da Bola é utilizar o esporte na dimensão social, aqui buscamos promover o potencial esportivo”, explica o coordenador do projeto e professor da Faefid, Marcelo de Oliveira Matta. “No futsal feminino continuamos a trabalhar o lado social, mas o objetivo de estimular o alcance e o potencial esportivo exige maior comprometimento, dedicação, disciplina nos treinamentos e nas competições”, ressalta.
A conquista das meninas em ocupar a quadra da Faefid permitiu um melhor entrosamento da equipe. “Na UFJF, além de termos centralizado os treinos, começamos a trabalhar na quadra, apareceram estagiários e temos mais material, bolas, uniformes. E elas viram que estavam sendo reconhecidas. A partir do momento da formação da equipe, com treinamentos semanais, houve uma evolução bem visível do grupo, técnica e taticamente falando”, explica um dos técnicos e bolsista da Faefid, Tales Carvalho.
Tales relembra que, ainda no Dom da Bola, entre agosto de 2017 e agosto deste ano, o grupo acumulou conquistas. Segundo ele, a equipe sub-17 obteve o segundo lugar na Copa Bahamas no ano passado e, esse ano, ficou com o título na mesma categoria, com a liderança de Luana. “Quando o técnico falou que eu ia ser capitã, não acreditei”, comenta ela orgulhosa. “É bem difícil ser capitã. Para entender essa experiência é só vivendo mesmo”. Para se tornar referência na formação de jogadoras de futsal feminino, o projeto busca agora aumentar o número de integrantes e participações em eventos esportivos, com a intenção de realizar um torneio até o final do ano.
Testes
Para além das competições, as irmãs Camilla e Luana também tiveram a oportunidade de tentar ingressar em um time maior, fora das fronteiras juiz-foranas. No final de agosto, os técnicos do Futsal Feminino UFJF levaram as irmãs para uma seletiva de sub-17 no América, em Belo Horizonte. Camila chegou a passar pela primeira fase e treinou por uma semana com as atletas profissionais da capital. “Eu tinha que dar o meu melhor naquela semana, e nós somos muito apegadas à família, ficar longe de casa foi difícil”, relembra. “A gente sonha em ser jogadora profissional e foi a maior oportunidade que já tivemos. Se surgir outra oportunidade, vou estar com o psicológico mais preparado. Aprendi muito nesse período”, afirma.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 23/09/2018
Título: Melhor visão
A Secretaria de Atividades Urbanas (SAU) doou 1.064 óculos para o Projeto Olho Vivo, desenvolvido pela Faculdade de Enfermagem da UFJF.
Com quatro anos de existência, a iniciativa já passou por oito escolas públicas.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 23/09/2018
Título: Palestra no CAC
Linda Veloso, professora aposentada da UFJF, participa da reunião desta terça-feira, no Centro de Ação Cultural. Mestre em educação, ela faz a palestra: “A questão feminina – evolução histórica”.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cultura
Data: 23/09/2018
Título: Georges Bernanos, o escritor francês que viveu em JF no século XX
A máquina de escrever está numa fazenda hoje localizada num bairro popular de Barbacena. Absolutamente analógica, foi ela quem registrou senão a totalidade, ao menos grande parte de “La France contre les robots” (“A França contra os robôs”), manifesto profético de Georges Bernanos que, muito distante dos computadores e da evolução tecnológica iniciada nos anos finais do século XX e testemunhada no século XXI, foi capaz de alertar para um domínio hoje expresso em cabeças que se iluminam pelas telas de celulares, se guiam, se relacionam e existem apenas por aplicativos. “O perigo não está nas máquinas, senão teríamos de sonhar o absurdo: destruí-las pela força, à maneira dos iconoclastas que, ao quebrar as imagens, se vangloriavam de aniquilar também as crenças. O perigo não está na multiplicação das máquinas, mas no número crescente de homens habituados desde a infância a desejar apenas o que as máquinas podem dar”, escreveu o francês Bernanos, no livro publicado em 1947 em sua terra de origem, para onde havia retornado após um exílio por terras brasileiras, incluindo Juiz de Fora e a vizinha Barbacena, onde hoje está o museu que carrega o seu nome e preserva sua máquina de escrever.
No ano em que sua tradução chega ao Brasil, “Le France contre les robots” desembarca numa turnê por teatros do país, em projeto da Aliança Francesa. Em adaptação do ator Jean-Baptiste Sastre e do neto Gilles Bernanos, o espetáculo com direção de Hiam Abbass, atriz palestina de “Blade Runner 2049” e “O visitante”, tem apresentação com legenda em português nesta terça, 25, às 17h, no auditório da Faculdade de Letras da UFJF. Projetando o pensamento do escritor para o século que ele não conheceu, ainda que tenha antevisto, a peça revela a atualidade e de um homem pleno de sentidos, que saiu de seu país para refletir sobre ele, e o fez em Minas Gerais, onde chegou pouco depois de lançar “Os grandes cemitérios sob a Lua”, no qual registra: “É verdade que a cólera dos imbecis inunda o mundo todo. Podem rir, se quiserem, ela não poupará ninguém, nada, ninguém, é incapaz de perdoar. Evidentemente, os doutrinários de direita ou de esquerda, cujo ofício é esse, continuarão a classificar os imbecis, enumerarão suas espécies e gêneros, definirão cada grupo segundo as paixões e os interesses dos indivíduos que o compõem, sua ideologia particular”. Bernanos vive.
O profeta da guerra escolheu o paraíso
Com seis filhos pequenos e a esposa, Georges Bernanos fez uma pequena parada no porto do Rio de Janeiro, antes de, finalmente, desembarcar no Paraguai, onde esperava fixar-se. Não imaginava, porém, a comoção que sua rápida passagem por terras brasileiras faria. A intelectualidade carioca aguardava-lhe com entusiasmo, num calor diametralmente oposto ao frio que deixara para trás numa França de amarguras. “Ele veio para o Brasil porque estava desgostoso com a política da França. Segundo ele, o governo se deixava levar na conversa de Hitler, e mesmo a opinião pública ia nesse sentido. Bernanos era muito conhecido pelo livro ‘Journal d’un curé de campagne’ (‘Diário de um pároco de aldeia), que era muito lido pelo clero. Em 1932, o governo não via ameaça de guerra, mas Bernanos acreditava, e deixou seu país porque não conseguia viver nesse ambiente de certeza da guerra”, conta Bernard Marcel Crochet, professor aposentado de língua e literaturas francesas da Faculdade de Letras da UFJF, estudioso da obra do conterrâneo.
“Ele ia para o Paraguai, porque o sonho de infância que tinha era indo para lá. Mas quando chegou se deparou com uma descrição que desfazia totalmente as ideias que ele tinha sobre aquele país. O desejo dele era se instalar lá e fazer, junto de outros franceses, um tipo de colônia”, aponta Crochet, indicando que a mudança de planos se deu, justamente, pela acolhida na parada. Da capital, então, Bernanos partiu para Itaipava, até que o bispo Dom Justino convidou-lhe para conhecer Juiz de Fora, onde imediatamente instalou-se, morando numa propriedade no Bairro Retiro. “Ele vinha sempre ao Centro escrever num bar que ficava na esquina em frente à praça do Cine-Theatro Central. Aqui ele chegou a redigir um livro pequeno que se chama ‘Scandale de la vérité’ (‘Escândalo da verdade’), onde assina ‘Juiz de Fora, janeiro, 1939’. Daqui ele foi para Vassouras. Lá ainda existe a casa, e a dona uma vez contou para mim que quando ele saiu, deixou uma banheira cheia de livros. E ela guarda, em homenagem a Bernanos, a banheira cheia de livros ainda”, ilustra o professor.
Os planos de se tornar fazendeiro levaram, meses depois, o escritor e sua família até Pirapora, na região Norte de Minas Gerais. O negócio naufragou. Na memória dos filhos, o dom do patriarca era mesmo a escrita. E Barbacena foi o destino seguinte do homem, que, ao conhecer o imóvel numa região empobrecida da cidade na Zona da Mata, não gostou, até perguntar o nome do imóvel. Cruz das Almas, responderam-lhe. “Ele ficou por causa do nome”, conta Crochet, sobre o lugar onde hoje funciona um museu que reúne acervo fotográfico e mobiliário da época de seu ilustre morador. Por quatro anos, Bernanos manteve-se no município vizinho, esporadicamente visitando Juiz de Fora. “Ele vinha, sobretudo, para encontrar pessoas como os escritores Henrique José Hargreaves e Maria Madalena Ribeiro de Oliveira, também vinha fazer compras e se atualizar dos acontecimentos da França”, observa o professor, acrescentando que em terras juiz-foranas o escritor encontrava, ainda, o profissional que lhe fazia as botas ortopédicas que precisou usar depois de uma queda de moto. No fim da Segunda Guerra Mundial, Georges Bernanos recebeu um telegrama do ex-primeiro ministro general Charles de Gaulle. O recado era curto: “Seu lugar está aqui, na França”. Bernanos concordou e se foi.
‘Os pobres salvariam o mundo’
Crítico mordaz, Georges Bernanos, hoje com oito títulos traduzidos no Brasil pelo selo É Realizações, não era afeito às concessões. “O livro ‘Journal d’un curé de campagne’ (‘Diário de um pároco de aldeia) ganhou o prêmio de melhor romance francês em 1936 e foi muito difundido no alto clero. Esse livro deveria servir de modelo para todos os padres. Ele criticou muito, nos primeiros anos da guerra, como os católicos, padres e bispos, acompanhavam o movimento apoiando a direita muito mais do que as pessoas que precisavam. Ele tinha palavras duras para esses religiosos que se deixavam levar sem perceber que a teoria da raça pura invadia a Europa toda”, comenta o professor Bernard Marcel Crochet, demarcando outro olhar atual para os dias que correm. Ainda que prezasse pela coerência, Bernanos voltou atrás em algumas ocasiões, como em sua defesa da monarquia, que seguiu até ele deparar-se com um mundo de crueldades perpetradas por Hitler, horrores que via no distanciamento geográfico e numa aproximação ideológica.
“Desde 1942, ele se comunicava com De Gaulle, envolvido com os boletins da resistência na França. Ele se mobilizou espiritual e intelectualmente. Quando a família voltou para a França, alguns filhos dele colaboraram com a defesa do país, por uma França Livre”, pontua Crochet, citando que Bernanos chegou a lutar na primeira guerra e, após seu regresso do exílio, recusou títulos e até mesmo o convite para ser ministro da educação. “Não combinava com a personalidade dele”, pontua o professor juiz-forano, cujo mestrado investiga a obra “Les enfants humiliés”, ainda sem tradução no Brasil, mesmo sendo considerada como o mais brasileiro de seus escritos.
“Nesse livro que estudei ele é muito voltado para o tema da pobreza. Ele dizia que os ‘enfants’ são os pobres, que iriam salvar o mundo. Ele escreve que os pobres sofrem, mas aguentam com paciência o sofrimento e sonhando em um dia estarem melhores, por isso, seriam eles quem salvariam o mundo”, ressalta Crochet, apontando, ainda, para a própria condição de Bernanos. “Ele tinha uma família numerosa, de seis filhos, e sempre viveu na pobreza, porque o que ganhava era gasto em casa”, explica, referindo-se a um intelectual capaz de anos antes prever a Segunda Guerra Mundial e, também cercado pelas tristes coincidências, como a que dá conta de sua morte, experiência próxima à do protagonista de “Diário de um pároco de aldeia”, vitimado por um câncer como o escritor, morto em 1948, três anos após seu retorno à França.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Política
Data: 23/09/2018
Título: Indefinição ainda marca disputa presidencial
Há quatro anos, a disputa presidencial entrava nas últimas duas semanas de campanha com um cenário que apontava para um segundo turno entre a ex-presidente Dilma Roussef (PT) e Marina Silva (Rede, à época no PSB). A petista buscava a reeleição e tinha entre 37% e 36% das intenções de votos, segundo os levantamentos de Datafolha e Ibope. Marina tinha 30%. Mais distante, o senador Aécio Neves (PSDB) ainda procurava um atalho para chegar ao Palácio do Planalto e tinha entre 17% e 19% do eleitorado. Quatorze dias depois, as urnas revelaram uma arrancada do tucano, que obteve 33,5% da votação válida. Ele avançou na disputa e foi derrotado por Dilma por uma diferença próxima dos três milhões de votos, cerca de 3% dos votos nominais.
“Em determinado momento, parecia que o Aécio ia abrir a boca do jacaré e vencer a eleição. Aliás, aconteceu um fenômeno interessante. Ele chegou a virar na penúltima semana, antes do segundo turno, mas o PT voltou à frente quando o Lula se envolveu mais com a campanha”, lembra o cientista político e professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Eduardo Condé. A história recente do país é apenas um dos fatores para especialistas ouvidos pela Tribuna lembrarem que eleição não se define de véspera, e os próximos dias serão decisivos para a tomada de posição do eleitorado
Apesar de os últimos levantamentos dos principais institutos de pesquisa do país apontarem para um cenário em que Jair Bolsonaro (PSL) aparece consolidado na primeira posição, com intenção de voto na casa de 28%, de acordo com as últimas amostragens estimuladas de Ibope e Datafolha; e de Fernando Haddad (PT) seguir ganhando corpo desde sua oficialização como candidato após o indeferimento da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) ainda se esforçam para permanecer na disputa, mantendo assim o cenário de imprevisibilidade. “Tem uma tendência de Bolsonaro ir para o segundo turno, tem. Tem uma tendência do Haddad ir, tem. Ciro está fora do jogo? Imagino que não. A Marina também. Aqueles da parte de baixo, vinagre. A incógnita é o Alckmin. Não podemos garantir que não haverá um movimento de eleitorado que leve o Alckmin para um patamar capaz de embolar um pouco a disputa”, considera Condé, lembrando ainda outros nomes que estão na disputa, mas com baixo desempenho nas pesquisas de intenção de votos como Álvaro Dias (Podemos), João Amoêdo (Novo), Henrique Meirelles (MDB), Cabo Daciolo (Patriota), Vera Lúcia (PSTU), Guilherme Boulos (PSOL), João Goulart Filho (PPL) e Eymael (DC).
Em aberto
Cientista político e professor da Universidade Federal do Paraná, Emerson Urizzi Cervi tem visão diferente e considera que, apesar do bom desempenho nas pesquisas e a curva de crescimento nas projeções de voto, ainda não é possível sequer cravar a presença de Jair Bolsonaro no segundo turno. “Se olharmos só para os números frios, estes cinco candidatos (Bolsonaro, Haddad, Ciro, Alckmin e Marina) têm condições de avançar para o segundo turno. Faria um porém para o caso da Marina, em que o número frio não revela a tendência de queda acentuada apresentada nas últimas semanas. Ao contrário do que aconteceu com Aécio em 2014, o Alckmin não cresce, mas oscila sem apresentar uma tendência de queda. Apesar disto, não considero que Bolsonaro já esteja no segundo turno, pois ele tem um voto que não é dele, mas de um eleitorado descontente. Não há um ‘bolsonarismo’ o sustentando. Há uma rejeição ao sistema como um todo, construída ao longo do tempo, que pode levá-lo para o segundo turno, mas isto ainda pode se desidratar”, avalia.
Para Emerson, a situação de maior imprevisibilidade no cenário eleitoral, às vésperas da eleição, se justifica pelo fato de o país, a partir de 2014, ter entrado em uma espécie de fim do ciclo político eleitoral que se estendeu por duas décadas. “Trata-se de algo que já havia dado sinais em 2014, mas ficou retardado para 2018, que é um fenômeno que aconteceria em algum momento: o fim do ciclo político bipartidário das eleições nacionais brasileiras, que começou em 1994, em que apenas dois partidos tinham mais de dois terços dos votos. O que acontece agora é que não temos mais esta bipartidarização, mas uma distribuição maior das intenções de voto. Esta distribuição também se dá por outros motivos. Hoje, temos um eleitor que é um eleitor raivoso com o sistema e que tende a não mirar os partidos tradicionais, o que favorece tal distribuição de votos.”
Próximas semanas devem registrar movimentação de votos
Especialista em Big Data e consultor-chefe da BTB, o cientista político Renato Dolci também considera que o jogo eleitoral permanece em aberto. “A campanha ainda não está fechada, mas os cenários começam a apontar que, independentemente do candidato, teremos um quadro eleitoral radicalizado em torno de um eixo PT-antipetismo. O que antes se configurava como PT versus PSDB parece ter mudado, por conta do perfil de Jair Bolsonaro, que somatiza duas características que parecem ser relevantes para parte do eleitorado: não ter medo de falar o que pensa e não ser réu em processos ligados à corrupção. É muito cedo e prematuro para afirmar que esta é uma tendência eleitoral, pois se trata apenas de uma eleição e que ainda nem foi finalizada. E na política, o fator ‘imprevisibilidade’ é sempre uma carta a ser jogada, principalmente com tantos atores envolvidos neste processo”, considera o especialista. Dolci, porém, afirma que “PT e PSL apresentam as chances mais claras de se projetarem para o segundo turno”.
Com a proximidade do dia 7 de outubro, Dolci considera que ainda há espaço para movimentação do eleitorado, o que deve se acentuar e ficar mais evidente com a proximidade do pleito. “O eleitor parece se movimentar para não eleger aquilo que odeia ao invés de eleger o que de fato acredita. Dependendo de como os cenários se mostrarem – e Bolsonaro e Haddad lideram não apenas a intenção de votos mas também a rejeição dos eleitores -, os eleitores podem considerar novos votos úteis para repelir aquele que odeiam e assim, mudar novamente os candidatos que vão disputar o segundo turno”, destaca, não descartando que as pesquisas podem ter peso na decisão final dos eleitores. Para Eduardo Condé, o cenário eleitoral deve ficar mais claro a partir dos levantamentos a serem publicados no início da última semana que antecede as eleições. Aí, já teremos um quadro em que o Haddad já terá feito todo o processo de transferência de votos que ele herda do ex-presidente Lula.
Polarização é fator de preocupação e desafio para futuro governo
O possível avanço de duas candidaturas com grande índice de rejeição preocupa os especialistas ouvidos pela reportagem, em um cenário em que pode existir embate entre Bolsonaro, que tem rejeição superior a 40%, e Haddad, alvo do antipetismo que cresceu no país a partir de 2014. “O ‘day after’ não depende apenas do nome, mas de tudo que está ao redor dele”, afirma o professor e cientista político Emerson Urizzi Cervi. Para ele, o perfil do eleito pode ser um elemento facilitador ou complicador para tocar o país após um pleito que pode se decidir em um cenário de grande polarização.
“Isto pode ter um impacto grande, principalmente se considerarmos a possibilidade de o eleito ser um político sem habilidade, sem experiência, que não negocia e que não tenha uma estrutura de coligação partidária ao seu lado. Há uma série de elementos institucionais que ajudam o presidente a superar este momento.” Cervi, porém, reforça que as eleições atuais têm as características de fim de ciclo. “É um momento normal. Não estamos vivendo nada de extraordinário. Fim de ciclo político é assim mesmo. Mas fim de ciclo político substituído por alguém que não tenha expertise, de um partido pequeno e sem coligação, pode dificultar muito o início de Governo e nas relações com a população.”
Pesquisas são recorte do momento
Os três especialistas, no entanto, reforçam que as pesquisas devem ser encaradas como fonte de informação, recorte de momento e elemento de identificação de tendências. “Não tenho nenhuma desconfiança de instituto de pesquisa. As pessoas têm uma fantasia de que tudo é manipulado. Não é. São profissionais de mercado que precisam ter credibilidade. Os resultados são auditáveis”, afirma Condé.
Por outro lado, Renato Dolci alerta para os cuidados necessários por aferições feitas sem metodologias e à margem das regras eleitorais, como enquetes. “Enquetes digitais são complicadas porque permitem manipulação simples de registros, como presença de robôs que votam diversas vezes em uma opção e, principalmente, porque vota quem toma contato, o que não configura uma amostra balanceada do país. Estados com maior penetração digital ou candidatos que tenham eleitorado com melhor nível de renda tendem a performar muito melhor neste tipo de sondagem. Outro ponto que vale comentar é que é crime eleitoral realizar pesquisas de intenção de votos na internet, uma vez que não são protocoladas para tal finalidade, seja em páginas ou perfis pessoais”, pontua.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Política
Data: 23/09/2018
Título: Romeu Zema propõe a simplificação do ICMS
Candidato ao Governo do Estado de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) cumpriu, entre sexta-feira (21) e sábado (22), agenda eleitoral na Zona da Mata. Em Juiz de Fora, na sexta, Zema reuniu-se com o empresariado de diversos setores, fez corpo a corpo com o eleitorado nos calçadões das ruas Halfeld e São João e, ainda, participou de debate da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da UFJF. Entre os compromissos, atendeu a imprensa juiz-forana; questionado, explicitou algumas das propostas do plano de governo “Liberdade ainda que tardia”. Reforçou, sobretudo, a redução da máquina pública, a simplificação do ICMS e o emprego como melhor programa social contra a pobreza. Zema, natural de Araxá, é sócio-administrador da empresa Ricardo Zema Participações Ltda. – grupo de diversas atividades econômicas, entre elas o varejo do setor eletrodoméstico e de combustíveis. Terceiro colocado nas pesquisas – detém 7% das intenções de voto conforme a última Datafolha (20) -, coloca-se como candidato “fora do mecanismo”, o que, segundo ele, o faz ter “uma visão diferente do sistema”.
Tribuna – O plano de governo do Partido Novo passa pelo enxugamento da máquina pública. Para tanto, quais seriam as primeiras medidas austeras?
Romeu Zema – Vamos ter, em vez dos atuais 21 secretários, apenas nove, e pretendemos cortar 80% dos cargos comissionados. De memória, posso dizer que não vamos ter as secretarias de Administração Prisional e de Segurança Pública, que serão unificadas. Não teremos a Secretaria de Cultura, que será encampada na de Educação, Esporte e Cultura. Várias serão agrupadas. Vamos, também, correr atrás para reavaliar todos os contratos do Estado porque precisamos reduzir drasticamente a despesa e, simultaneamente, renegociar com o Governo Federal a dívida que o Estado de Minas tem. Isso poderia ter sido feito há quatro anos pelo atual governador. Não foi feito porque a contrapartida exigida pelo Governo Federal eram medidas de austeridade que ele se negou a tomar. E Minas se transformou em um grande cabide de empregos. Isso vai ser feito imediatamente também para aliviar as contas do Estado. Vamos, também, em vez de maltratar as empresas, parar de perdê-las para outros estados. Inclusive, em Juiz de Fora, várias foram para o outro lado da fronteira. Isso tem acontecido em todo o estado. Na hora que tomarmos essas medidas, eu quero começar a atraí-las, simplificando o ICMS e até revendo a carga tributária que está muito discrepante em relação a outros estados, apesar de não ser o momento propício. O déficit impede a redução de impostos. Mas, em um segundo momento, quero reduzi-los.
– Quais seriam então as políticas da pasta conjunta entre Segurança Pública e Administração Prisional para combater os homicídios e, particularmente, os feminicídios?
– Queremos investimentos baratos e efetivos na área de segurança, que já estão disponíveis em todo o mundo no que diz respeito à tecnologia. Queremos que cada policial passe a andar com uma microcâmera em seu uniforme, porque o grande receio hoje de um policial é ferir ou matar um bandido e, depois, responder a um processo pelo resto da vida e até ser exonerado e preso. Quando esse tipo de fato (assassinato de criminoso) ocorre, ele fica indefeso. E, geralmente, a versão do bandido tem prevalecido sobre o policial. A partir do momento que dermos esse respaldo, vamos não só evitar essa injustiça como desafogar o Judiciário, hoje sobrecarregado porque ocorrem milhares de ações dessa natureza. Se todo policial e veículo da polícia estiverem filmando as ações, vamos ter tudo documentado e evitar que os policiais sejam julgados e condenados injustamente.
– O candidato citou a simplificação do ICMS e a revisão da carga tributária. O próprio programa aponta que o Estado pratica as maiores alíquotas do imposto no país. O governo trabalharia com uma reforma tributária?
– Em um primeiro momento, de imediato, simplificaríamos a legislação do ICMS. Se Minas hoje tem mil páginas, o segundo estado mais complexo do Brasil tem 600. Em vez de você precisar de apenas uma pessoa na área fiscal da empresa, precisa de três, de tanta coisa que o Estado exige. Além disso, você tem muitas chances de errar, porque as mudanças são diárias na legislação. Eu quero mudar esse sistema de imediato. Isso não significa queda na arrecadação, nem maior custo para o contribuinte; significa que ele vai ter apenas que trabalhar menos para atender as necessidades do Estado. No que diz respeito às alíquotas, queremos criar cinco ou seis categorias de ICMS. Há, hoje, infinitas categorias. Nós temos um percentual diferente para cada artigo. Isso deixa a vida de quem trabalha com vários itens sujeita a erros, porque as alíquotas mudam constantemente. Nós queremos agrupar essas categorias para simplificar. Em um primeiro momento, talvez não haja queda nas taxas, pois o Estado está quebrado, mas, em seguida, queremos começar. Vamos conversar com setores que afirmam que Minas se tornou inviável para investir para ver o que é possível fazer.
– Nos últimos anos, a Zona da Mata enfrenta uma derrocada econômica, sobretudo no setor industrial, em relação, por exemplo, ao Norte de Minas. Qual seria a relevância da Zona da Mata no Governo Romeu Zema?
– Eu diria que a Zona da Mata está dentro do contexto de simplificação da questão tributária e desoneração de alguns setores prejudicados. Devemos olhar para a Zona da Mata sob as perspectivas de infraestrutura e logística. Sem logística, nenhuma região é competitiva. Temos aqui ótimas escolas, que poderiam ter convênios com empresas. Além disso, devemos ir atrás de empresas que estão em outros estados, ou fora do Brasil, para mostrarmos o potencial da região; temos boa mão-de-obra, estamos próximos do Rio de Janeiro, nem tão longe de São Paulo e Belo Horizonte. É uma região que tem tudo para ter muito mais empresas do que teve, inclusive, no passado. Minas não tem hoje condições de competir com outros estados. Mas vamos voltar a ser competitivos. Vamos colocar o pagamento do funcionalismo público em dia, mas a previsão é que leve dois anos. O nosso projeto, vale lembrar, é de médio a longo prazo.
– Quais seriam as políticas de enfrentamento ao desemprego?
– Minas Gerais precisa parar de atrapalhar, perturbar e perseguir quem trabalha, investe e gera emprego. Nós temos a legislação tributária mais complexa do Brasil e as maiores alíquotas de ICMS. Vamos, também, rever a legislação ambiental, porque qualquer pessoa que queira empreender é considerada, pelo governo, a priori, um bandido ambiental. Qualquer fazendeiro que queira uma outorga de água está aguardando há anos e não consegue melhorar a produtividade de sua propriedade; não consegue fazer novos investimentos. Quero que sejam punidos exemplarmente, presos e condenados – inclusive com propriedades expropriadas -, aqueles que poluírem o ambiente e não assumirem a culpa.
– A legenda compreende que é possível delegar algumas funções do Estado para outros setores por meio de concessões, parceria público-privadas e privatizações. A saúde passaria necessariamente por uma gestão compartilhada pelos setores público e privado?
– Com certeza. Um Estado falido, que não tem sequer dinheiro para comprar remédios para pacientes em situações graves, vai ter recursos para concluir um hospital como o Regional de Juiz de Fora? Vamos atrás de instituições filantrópicas e sociais da área de saúde para que concluam e passem a operar os nove hospitais regionais de Minas. Esses hospitais vão atender tanto o SUS quanto os planos privados.
– O Governo Romeu Zema, assim como qualquer governo de situação, dependeria de apoio na Assembleia Legislativa para aprovar projetos considerados necessários pela legenda. Entretanto, o Partido Novo defende, como princípio, a ausência de coligações. Como funcionarão as negociações políticas?
– A questão de simplificar o ICMS, por exemplo, dependeria somente da Secretaria da Fazenda. O Executivo tem muita margem de manobra por si só para regulamentar uma série de questões. Entretanto, vamos ter uma bancada na Assembleia, o que viria a facilitar o nosso trabalho. Além disso, sempre fui aberto ao diálogo. Quero sentar com todos os 77 deputados para saber os seus problemas e, também, que eles fiquem cientes que o nosso governo estará lá para representar o mineiro e, não, alguma facção ou corporação. Temos que passar por um aprimoramento cultural da nossa classe política, que, geralmente, ingressa no Estado para colocar feudos, os quais, cada um, tenta puxar a corda para o seu lado. E não é dessa maneira que vai funcionar.
– Como o próprio candidato já deixou claro em suas respostas, o programa de governo é direcionado pela geração de riqueza e pela gestão empresarial. Como os recursos seriam redirecionados à sociedade?
– Quando há geração de empregos, automaticamente, os problemas de educação, saúde e segurança são resolvidos. Então, quando o círculo vicioso é iniciado, os jovens que ficam nas ruas, fazendo parte de gangues, porque não têm empregos, passarão a trabalhar e terão menos chances de passar para a criminalidade e, consequentemente, piorar os índices de segurança. Quando os pais de família se empregam, passam a desfrutar de planos de saúde fornecidos pelas empresas, o que significa menos sobrecarga para o SUS. O desemprego é o grande problema social de Minas e nós queremos resolvê-lo. Adianta nós termos bons hospitais e boa segurança se as pessoas não têm uma vida digna sem renda proveniente de empregos? Do nosso ponto de vista, a grande prioridade é gerar empregos.
– O programa de governo aponta as dificuldades do Estado com o financiamento da previdência pública, cujo gasto representa cerca de 30% do orçamento estatal para o quadro de servidores. O Governo interviria na previdência estadual?
– Vamos rever a aposentadoria do servidor público estadual, porque a expectativa de vida cresceu nas últimas décadas, e o sistema permanece o mesmo. Os meus avós viviam 65 anos e se aposentavam aos 50; conheço, hoje, pessoas se aposentando também aos 50 e vivendo até os 85. A conta não fecha. É uma questão matemática. Os próprios policiais reconhecem que têm uma aposentadoria precoce e que poderiam trabalhar mais tempo. Queremos cortar, principalmente, as aposentadorias absurdas que alguns privilegiados têm. Não é a senhora idosa e aposentada, que foi professora e está recebendo um, dois salários, que é culpada. As grandes culpadas são as aposentadorias de R$ 50 mil, R$ 80 mil, que alguns privilegiados que se apossaram do Estado no passado criaram para eles próprios.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Notícias
Data: 24/09/2018
Título: Editora da UFJF seleciona parceiros de divulgação literária
A Editora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) está com inscrições abertas para seleção de novos parceiros de conteúdo.
O processo seletivo vale para todo o Brasil e os candidatos devem produzir conteúdos para mídias atuais, desde que tenham foco em literatura ou em alguma outra área específica. As inscrições vão até o dia 19 de outubro e podem ser feitas através de um formulário online disponibilizado pela universidade.
Os candidatos que forem selecionados receberão livros publicados pela Editora UFJF e precisarão criar conteúdos a partir deles. É necessário elaborar um roteiro com a previsão de tipo e local de postagem e avisar sobre a data de publicação dos materiais. Além disso, pelo menos uma vez por mês, o parceiro deverá publicar algum conteúdo relacionado às obras ou eventos nas redes sociais da Editora.
A seleção vai considerar critérios como adequação dos conteúdos trabalhados pelos parceiros à linha editorial e público da Editora UFJF. A Comissão Examinadora será composta pela diretoria da Editora e pelos setores de Assessoria de Imprensa e Distribuição e Marketing da universidade.
O resultado da seleção será disponibilizado no dia 29 de outubro, a partir das 14h, no site da Editora UFJF e nas redes sociais.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Mesa quadrada
Data: 24/09/2018
Título: Mesa Quadrada recebe Renato Miranda, professor da UFJF
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 24/09/2018
Título: Começa nesta segunda o 24º Festival Internacional de Coros de Juiz de Fora
O 24º “Festival Internacional de Coros de Juiz de Fora” (Festcoros) começa nesta segunda-feira (24), com concerto de abertura, às 20h, no Cine-Theatro Central, com entrada franca.
Até sábado (29), mais de 50 apresentações reunirão 16 grupos de canto do país e do exterior vão se apresentar em 23 locais distintos em Juiz de Fora, Lima Duarte, Leopoldina, Guarani, Argirita, Maripá de Minas, Chácara, Coronel Pacheco e Rio Novo (confira abaixo a programação completa)
Para os concertos não é necessário ingresso. Dez coros participam da abertura no Central: a Camerata San Andrés, do Paraguai; o grupo Vox Uomini, o Coral Nova Ipanema (RJ), o Coral Apogeu Cant’arte, o Coro Mater Verbi, o Coral da UFJF, o Coral do Colégio Jesuítas e o Coro Acadêmico da UFJF.
Na sexta-feira (28), às 20h, está previsto o Concerto dos Corais Internacionais e Nacionais Visitantes, na Igreja do Rosário. O encerramento do Festcoros será também no palco do Cine-Theatro Central, com a participação de todos os grupos coralistas, no sábado (29), às 20h.
Organizado pela Associação Artística e Cultural Coro Municipal Juiz de Fora, dirigida pela professora Cirinéia Xavier, o Festcoros é o maior evento de música coral do Brasil, e sua realização acontece com o apoio da Prefeitura de Juiz de Fora, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e Pró-Reitoria de Cultura da Universidade Federal de Juiz de Fora.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 24/09/2018
Título: Começa nesta segunda o 24º Festival Internacional de Coros de Juiz de Fora
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Veículo: O Tempo
Editoria: Educação
Data: 24/09/2018
Título: Professora vence prêmio por abordar, nas aulas, o suicídio
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