Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Podcast

Data: 13/09/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/podcast/cultura-podcast/13-09-2018/pequeno-expediente-uma-entrevista-com-o-professor-da-ufjf-leandro-pereira-sobre-o-livro-sobre-plinio-salgado.html

Título: Pequeno Expediente: Uma entrevista com o professor da UFJF Leandro Pereira, sobre o livro sobre Plínio Salgado

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Veículo: Globo Esporte

Editoria: Zona da Mata e Centro-Oeste

Data: 13/09/2018

Link: http://globoesporte.globo.com/mg/zona-da-mata-centro-oeste/videos/t/globo-esporte-zona-da-mata/v/torneio-de-basquete-para-criancas-agita-ufjf-no-fim-de-semana/7016097/

Título: Torneio de basquete para crianças agita UFJF no fim de semana

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 13/09/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/12-09-2018/construcao-de-pontes-de-papel-desafia-graduandos.html

Título: Construção de pontes de papel desafia graduandos

Cerca de 40 estudantes participaram da tradicional competição Pontes de Papel, promovida pela Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), durante a 41ª Semana de Engenharia. Divididos em sete grupos, com seis pessoas em cada um, os estudantes foram desafiados a fazer as pontes de papel-cartão com, no máximo, 30cm. Neste ano, a justificativa da ruptura da estrutura foi incluída como quesito de avaliação, já que a competição considera o peso que cada ponte suporta, entre outros critérios. Durante verificação das pontes, o momento em que elas se partiram foi gravado e a equipe pôde ver as imagens em câmera lenta. Logo depois, os discentes escreveram sobre qual foi o motivo da quebra. A premiação dos três melhores projetos foi feito na noite desta quarta-feira (12).  Em primeiro lugar ficou a Breaking Bridge, Liga 3.0. em segundo e Game of Pontes em terceiro.

Cada uma das sete equipes trabalhou com duas folhas de papel-cartão. “Todos os papéis fornecidos pela organização são do mesmo lote, a fim de manter a igualdade nas propriedades do material. Os grupos também só puderam utilizar cola branca. O uso de colas mais fortes não é aceito. As pontes também não podem ser pintadas”, disse a estudante Thainá Faria Oliveira, que é integrante ativa do Programa de Educação Tutorial (PET) da Faculdade de Engenharia Civil, uma das organizadoras do evento.

A avaliação foi dividida em duas etapas. As pontes foram expostas na UFJF e os alunos votaram para eleger o modelo mais bonito. Já a banca de professores montada para o concurso avaliou a exatidão do protótipo em relação ao projeto, a eficiência da ponte, a estética e a justificativa da ruptura. “A eficiência é medida em qual ponte consegue chegar mais próximo da meta de 10 quilos. Por exemplo: uma ponte ganharia nota máxima se ela se rompesse com dez quilos. Se a ruptura acontecer com oito quilos, ou 12 quilos, ganharia 80 pontos, porque estão afastadas duas casas, para cima ou para baixo do ideal”, esclarece Thainá.

Para a organizadora, a principal contribuição deste tipo de iniciativa é promover vivência prática do conhecimento. “É uma oportunidade de aplicação dos conceitos aprendidos na sala de aula, que podem ser, muitas vezes, muito abstratos, além da sensação de trabalhar em um projeto de engenharia, mesmo que de papel, ainda na graduação.” Os três primeiros colocados foram premiados respectivamente com R$ 350, R$ 250 e R$ 150.

Palitos de Picolé

Enquanto os alunos da UFJF tiveram que testar seus conhecimentos com papel e cola, as inscrições para o concurso que elegerá a melhor ponte feita de palitos de picolé, parte da programação do Minascon, seguem abertas até a sexta-feira (14). A iniciativa é realizada pela Câmara da Indústria da Construção da Federação das Indústrias do Estado de Minas (Fiemg), em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e com o Sindicato da Indústria da Construção Civil de Juiz de Fora (Sinduscon).

O protótipo de ponte mais resistente feito com os palitos e cola branca poderão premiar os vencedores com até R$ 2,5 mil. As inscrições gratuitas podem ser feitas pelo site www.minascon.com.br, e o público-alvo é formado por alunos de cursos técnicos em Edificações e Construção Civil, ou graduandos em Arquitetura, Engenharia Civil, Mecânica e de Produção.

Para a organizadora, a principal contribuição deste tipo de iniciativa é promover vivência prática do conhecimento. “É uma oportunidade de aplicação dos conceitos aprendidos na sala de aula, que podem ser, muitas vezes, muito abstratos, além da sensação de trabalhar em um projeto de engenharia, mesmo que de papel, ainda na graduação.” Os três primeiros colocados foram premiados respectivamente com R$ 350, R$ 250 e R$ 150.

Palitos de Picolé

Enquanto os alunos da UFJF tiveram que testar seus conhecimentos com papel e cola, as inscrições para o concurso que elegerá a melhor ponte feita de palitos de picolé, parte da programação do Minascon, seguem abertas até a sexta-feira (14). A iniciativa é realizada pela Câmara da Indústria da Construção da Federação das Indústrias do Estado de Minas (Fiemg), em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e com o Sindicato da Indústria da Construção Civil de Juiz de Fora (Sinduscon).

O protótipo de ponte mais resistente feito com os palitos e cola branca poderão premiar os vencedores com até R$ 2,5 mil. As inscrições gratuitas podem ser feitas pelo site www.minascon.com.br, e o público-alvo é formado por alunos de cursos técnicos em Edificações e Construção Civil, ou graduandos em Arquitetura, Engenharia Civil, Mecânica e de Produção.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 13/09/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/13-09-2018/jf-tem-quase-130-mil-pessoas-vivendo-em-areas-de-risco.html

Título:JF tem quase 130 mil pessoas vivendo em áreas de risco

Consideradas impróprias ao assentamento humano por estarem subordinadas a riscos naturais ou decorrentes da ação do homem, as áreas de risco são locais sujeitos a enchentes, inundações e deslizamentos. Em Juiz de Fora, existem, atualmente, 90 áreas assim distribuídas por todas as regiões do município, conforme os últimos levantamentos realizados pela Defesa Civil em parceria com o Corpo de Bombeiros e com a UFJF. Dentro dessas áreas foram identificados 299 pontos de risco em quatro níveis (R1, R2, R3 e R4). Cada um deles corresponde ao grau de probabilidade de um evento desastroso ocorrer e causar danos: R1 (probabilidade baixa), R2 (probabilidade média), R3 (probabilidade alta), R4 (probabilidade muito alta). Segundo o mapeamento, mais da metade do total mapeado (54%) referem-se a pontos de risco alto (R3) e muito alto (R4).

É na região Leste da cidade, com cerca de 35 bairros, que se concentram mais de 40% dos pontos de risco apontados pelo mapeamento, sendo a maioria de grau R3 (alto). Linhares, Três Moinhos e São Tarcísio são bairros de destaque em relação à existência de tais situações.

Pesquisa divulgada em junho deste ano, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que o município tem 25% da sua população vivendo fora das condições ideais. São 128.946 pessoas morando em áreas de risco. Em Minas Gerais, segundo maior estado do país com população vivendo em áreas de risco, Juiz de Fora aparece atrás apenas de Ribeirão das Neves, na Grande Belo Horizonte, onde 179.314 pessoas ou 60,5% da população total estão ameaçadas, e da capital, com 389.218 habitantes em áreas de risco (16,4% da população total). No ranking nacional, em número bruto de habitantes expostos, Juiz de Fora ocupa a nona colocação, enquanto Ribeirão das Neves está na sétima posição e Belo Horizonte na quarta, atrás de Salvador (BA), São Paulo e Rio de Janeiro. De acordo com a pesquisa, Minas tem 1.377.577 habitantes vulneráveis, em 139 municípios monitorados. O número é inferior somente ao do Estado de São Paulo, com 1.521.386 pessoas em áreas de riscos.

A estatística foi obtida por meio de cruzamento de dados do mapeamento de áreas de risco, realizado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e do Censo Demográfico 2010 do próprio IBGE. Dessa maneira, criou-se o conceito de Base Territorial Estatística de Áreas de Risco (Bater). Trata-se de um conjunto de recortes espaciais definidos especificamente para permitir a associação dos dados demográficos do Censo 2010 às áreas de risco existentes no banco de dados do Cemaden. Para determinar o que é ou não área de risco, o IBGE considerou locais onde fenômenos naturais, como chuvas, são capazes de provocar condições adversas. Entre elas, estão, por exemplo, enchentes e desabamento de imóveis.

No Brasil, a pesquisa mapeou 27.660 áreas de risco em 872 municípios monitorados. Neste contingente, detectou-se 8.270.127 habitantes em perigo. A maior atenção fica por conta da Região Sudeste, onde 4.266.301 pessoas estão desamparadas nas 308 cidades estudadas.

Relevo acidentado

A combinação de fatores, como a existência de assentamentos precários junto a encostas e córregos e o relevo acidentado, resulta em grande número de áreas de risco em Juiz de Fora. Em relação ao relevo, a cidade apresenta altitudes variando de valores próximos a 500 e mil metros, das quais estima-se que cerca de 2% do território juiz-forano é plano, 15% das terras são típicas de serras e os 83% restantes são terrenos acidentados. Para o subsecretário da Defesa Civil, Jefersson Rodrigues, a topografia da cidade seria uma das principais razões para a posição do município alcançada no ranking. “Temos uma região de topografia acidentada e um vale com um rio, que são duas condições que temos de lidar. Em Ribeirão das Neves, que tem mais de 50% da população em área de risco, a causa principal são as enchentes. Aqui, temos o relevo acidentado e o rio e ainda há os assentamentos precários nesses locais”, ressalta.

De acordo com o chefe da seção de Planejamento do 4º Batalhão de Bombeiros, capitão Acácio Tristão Gouvêa, a forte precipitação, característica da região, também deve ser levada em conta no que se refere ao posicionamento de Juiz de Fora no ranking nacional. “Apesar de nosso histórico nos últimos anos ser positivo, sem grandes desastres relacionados à chuva. Estamos sempre em alerta, quando tem início o período das chuvas. Sempre dependemos do volume e do período de precipitação. Se chove muito em pouco tempo, nossa preocupação aumenta”, destaca o militar, acrescentado que é prerrogativa do Corpo de Bombeiros estar sempre próximo da comunidade, emitindo alertas, a fim de deixar a população precavida. “Dependendo do volume de chuva, a orientação é sempre deixar as áreas de risco.”

Jefersson Rodrigues pontua que, no tempo de chuva, a Defesa Civil registra de três a quatro boletins de ocorrência por dia. “Os meses de maior demanda são dezembro e janeiro, sempre relacionados à precipitação. Na época de seca, são os cortes verticais em terrenos que geram mais demanda”, afirma, destacando que a ação do homem tem grande contribuição para os riscos à população.

Deslizamentos de encostas

De acordo com o subsecretário da Defesa Civil, Juiz de Fora tem um plano de contingenciamento, o qual envolve diversos órgãos da Prefeitura e de outros setores da sociedade. Conforme ele, numa ocasião de emergência, primeiro se determina o grau do desastre com a finalidade de avaliar ou não uma intervenção geral. “Dependendo dessa avaliação, usa-se toda a estrutura da Prefeitura, com o acionamento da Secretaria de Obras, do Demlurb e da Secretaria de Saúde, entre outros. Pode-se decretar situação de calamidade, pois assim é possível adquirir instrumentos sem burocracia, sem licitação, tendo o apoio do estado. A Defesa Civil estadual compõe um dos órgãos que fazem parte do plano de contingenciamento. Preparamos abrigos temporários para retirada das pessoas, verificamos se há parentes que podem acolher. Contamos com as paróquias que estão próximas aos locais onde as pessoas moram, para esses abrigos temporários. Além disso, há os programas sociais, como o aluguel social, para encaminhamento de famílias, e, mais à frente, há o encaminhamento para programas habitacionais, como o Minha Casa Minha Vida.”

O subsecretário considera que os deslizamentos de encostas são o que mais trazem riscos para a população do município. “Residências construídas de forma precária em áreas de invasão onde não há fiscalização e falta de orientação acabam provocando acidentes. Isso era mais corriqueiro há cerca de dez anos, o trabalho da Defesa Civil de monitoramento de área de risco, iniciado em 2007, contribui para a diminuição dos acidentes, porque passou-se a catalogar as áreas, levando em consideração a topografia, situações onde há descarte de lixo, pesando a encosta, locais com vegetação não condizente, com muita água, condições de drenagem ruim e outros fatores que contribuem para os acidentes, mas o principal é a instalação de pessoas em áreas mais vulneráveis. Esse levantamento culminou em diversos projetos de prevenção”, afirma Rodrigues, acrescentando que o mapeamento dá condições para o apontamento de soluções de problemas, sempre em parceria com a UFJF e o Corpo de Bombeiros.

A Defesa Civil enfatiza que esse mapeamento está em constante atualização, a qual garante representatividade das condições atuais de vulnerabilidade da população no município, levando em consideração obras realizadas e em andamento e demais medidas de redução de risco.

Troca de informações como medida de prevenção

Para o chefe da seção de Planejamento do 4º Batalhão de Bombeiros, capitão Acácio Tristão Gouvêa, é de suma importância realizar o mapeamento das áreas de risco. “Identificar os locais que estão mais carentes, que possuem maior vulnerabilidade e maior perigo é necessário a fim de solicitar à Defesa Civil recursos e ações junto aos órgãos responsáveis, para realização de obras de estabilização, contenção de talude, de canalização e serviços estruturais com a finalidade de diminuir a vulnerabilidade. A partir desse mapeamento, numa localidade em que a população está mais fragilizada, podemos realizar simulados, alertando a comunidade, estabelecendo planos de contingência de como agir, por exemplo, numa área de risco de deslizamento, no período da chuva”, ressalta o militar.

Segundo ele, sob a ótica da prevenção, o Corpo de Bombeiros procura atuar próximo à comunidade, integrado com outros órgãos, como a Defesa Civil e a UFJF. O capitão pontua que o 4º Batalhão é responsável por 90 municípios da região, sendo que só a unidade de Juiz de Fora atua em outras 30 cidades, o que aumenta a importância das parcerias. “Incentivamos as cidades a criarem a Compdec (Conselho Municipal de Proteção e Defesa Civil), que auxilia neste trabalho de levantamento de área de risco, prestando informações. Junto com a UFJF e a Defesa Civil, temos procurado fazer o levantamento de áreas de risco. Esse trabalho já foi feito nas cidades de Bicas e de Rio Preto. Assim, nosso objetivo, além de identificar esses pontos, é fazer boletins de ocorrências e acompanhar previsões meteorológicas. Por meio de uma rede, trocamos informações sobre previsão de chuva e alterações climáticas de relevância.”

Conforme o militar, os bombeiros são capacitados para lidar com situações em áreas de risco, uma vez que recebem, em sua formação, cursos ministrados pela Defesa Civil estadual, além de cursos on-line destinados à tropa. “Recentemente, fizemos um curso a distância, que capacitou mais de 400 pessoas, abrangendo militares de outras localidades, para classificação de níveis de risco no mapeamento das áreas”, observa. O capitão alerta que, apesar de sua corporação possuir alto conhecimento para lidar com as respostas numa situação de crise, é impossível prescindir das medidas de prevenção. “Antes de construir numa área, siga todas as exigências que o município estabelece. Que o local não seja uma área de risco, não seja área de preservação permanente, que não seja local de invasão ou aterros. Deve-se procurar sempre a orientação, pois toda obra deve ter um engenheiro responsável”, ressalta, acrescentando: “Já a pessoa que se encontra numa área de risco deve sempre ficar em alerta aos sinais, como trincas, rachaduras e ruídos. Nos momentos de chuva forte, ao identificar qualquer um desses sinais, o local deve ser abandonado. O morador deve procurar um vizinho ou parente que more em local seguro.”

Convênio de R$ 56 milhões para obras de redução de riscos

Nos últimos anos, como aponta a Defesa Civil, os estudos para levantamento das áreas de riscos proporcionaram informações e critérios para realização de intervenções que eliminaram os riscos iminentes identificados, através de obras de contenção e drenagem para redução de riscos, realizadas com recursos obtidos por conta de convênio entre o Município e o Ministério das Cidades, que prioriza pontos de risco alto e muito alto. Conforme o órgão, são R$ 56 milhões, que já contemplaram 17 áreas; outras cinco estão com obras em andamento, totalizando cerca de R$ 27 milhões da verba total, com aprovação dos projetos pelo Governo Federal. Segundo a Defesa Civil, já foram beneficiados os bairros Borboleta, Vila Fortaleza, Parque Guarani, Santa Cruz, Santa Tereza, JK, Três Moinhos, Grajaú, Ladeira, Nossa Senhora de Lourdes, São Geraldo, Granjas Bethânia e Jardim da Lua. O órgão também destaca que estão em andamento obras nos bairros Carlos Chagas, Jardim Natal, Linhares e Nossa Senhora de Lourdes. Informa ainda que, além desses serviços com recursos externos, a Secretaria de Obras realiza intervenção de contenção de pequeno e médio porte com investimento próprio. De acordo com a Defesa Civil, nos últimos seis anos, foram mais de 200 obras realizadas na cidade.

Multiplicadores

O órgão também informa que realiza trabalhos preventivos através de palestras em escolas, nos centros de Referência de Assistência Social (Cras) e eventos diversos, contando com a Associação dos Agentes Voluntários de Proteção de Defesa Civil (Avadec), que capilariza ações de prevenção, disseminação de conhecimento e percepção de risco junto às comunidades. A Defesa Civil ressalta que, nos últimos anos, centenas de famílias até então residentes em áreas de risco foram realocadas em habitações seguras através do Programa Minha Casa, Minha Vida e assinala que realiza trabalhos ligados à avaliação da liberação de novas ocupações regulares e de ligação de água a título precário em residências localizadas em áreas identificadas como de risco. Ainda conforme a Defesa Civil, a existência de uma rede de pluviômetros e de réguas fluviométricas permite a coleta de dados diários relacionados às chuvas e vazões de rios no município.

Edital para obras no Grajaú, Linhares e Santa Luzia

No final de agosto, a Prefeitura lançou o edital de licitação para selecionar a empresa responsável para a execução de obras de contenção nos bairros Grajaú e Linhares, ambos na Zona Leste, e Santa Luzia, na Zona Sul. Conforme o edital, divulgado no dia 27 do último mês, o custo estimado da obra é de R$ 3.824.707,42. A empresa que será contratada terá prazo de dez dias úteis para dar início aos serviços a contar da data de recebimento da ordem de serviço. O prazo para execução da obra será de 14 meses. A concorrência está prevista para o dia 2 de outubro.

No Grajaú, as obras estão previstas para a Rua Rosa Sffeir, orçadas em R$ 1.847.535,27, com a execução de serviços de muro à flexão com estaca raiz, solo grampeado verde e drenagem. Ainda no mesmo bairro, entre a ruas Miguel Jacob e Rosa Sffeir, obras de solo grampeado verde e drenagem, orçadas em R$ 312.949,76. No Santa Luzia, os serviços estão previstos para a Rua Antônio Hespanhol Celeste, com intervenções de cortina atirantada, aterro em solo cimento e drenagem. Já entre as ruas Margarida da Costa e Avenida Santa Luzia, serão executados serviços de muro à flexão com estaca raiz, rip rap e drenagem. As ações estão orçadas em R$ 1.289.293,02. No Linhares, as ruas contempladas são Boto e Diva Garcia, com execução de obras de solo grampeado com concreto projetado e drenagem. O recurso a ser utilizado é da ordem de R$ 374.929,43.

Os recursos são provenientes do Ministério das Cidades e fazem parte do total de R$ 56 milhões do convênio assinado com o Município, que prioriza áreas de risco alto e muito alto.

Direito de voltar a sonhar

A notícia de lançamento do edital para as obras, no Grajaú, devolveu à moradora Maria Auxiliadora Ferreira, de 62 anos, o direito de sonhar. Há sete anos e meio, a casa em que morava, na Rua Rosa Sffeir, foi interditada pela Defesa Civil, depois que um barranco, que divide a via da Rua Miguel Jacob, cedeu e colocou sua propriedade em risco. A propriedade tem dois pavimentos e, além da ação do tempo, tem sido alvo de vandalismo e furtos. Uma das janelas foi levada no mês passado. Armários embutidos, pias e torneiras também já foram furtados. O piso está coberto de barro. “Agora, minha casa está toda depredada. Só existe mais uma janela de alumínio, porque as outras foram todas levadas. As portas arrombadas. É fácil entrar aqui na hora que quiserem. Minha casa está sendo destruída”, lamenta Auxiliadora.

Antes do imóvel ser interditado, ela morava com os dois filhos solteiros no local. “Hoje, eles casaram e moram em outros lugares. Quando precisamos deixar o nosso lar, fui morar na casa de uma amiga, depois tive que alugar uma casa e arrumar dinheiro emprestado para o aluguel. Nestes anos todos, meus móveis foram sendo perdidos. A cada mudança iam apodrecendo e quebrando. Tive que trocar todos”, lembra.

A moradora, desde janeiro de 2011, quando sua casa foi interditada, aguarda solução e guarda o desejo de voltar a desfrutar do imóvel que comprou, realizando um sonho antigo. “Nos fundos da minha casa, passava o esgoto da rua de cima e nunca foi cuidado pelo Poder Público, começando a dar problemas. Eu comprei a casa em 2008 e, em janeiro de 2010, caiu o primeiro barranco, descendo árvores inclusive. A queda foi em cima de um muro de arrimo e não atingiu a casa. Precisei entrar na Justiça contra a Prefeitura, e a Justiça mandou uma ordem para a realização de uma obra com urgência, que foi realizada. Mas o serviço não deu em nada, porque, em janeiro do ano seguinte, desceu tudo. Fui obrigada a deixar meu imóvel junto com meus filhos”, conta a aposentada.

Desde então, além das mudanças de casas, Maria Auxiliadora convive com a depressão, que a obrigou a fazer tratamento psicológico e psiquiátrico. “Minha vida foi, totalmente, afetada. É triste você ter o sonho de ter uma casa, conseguir comprá-la e, um ano e meio depois, ser obrigada a deixá-la. A vida me deu uma rasteira e ainda tenho que pagar o IPTU do imóvel interditado, pois meu nome foi para a dívida ativa, devendo R$ 2.600 dessa casa condenada.”

Planos não faltam para quando Auxiliadora voltar a dispor de seu lar. “A notícia desse edital é muito positiva e me devolve o direito de sonhar. Mesmo que, futuramente, eu arrume a casa e venda, mas pode ser que volte a morar lá. Tenho o projeto de dividir o imóvel em dois, já que são dois andares, para dividir com meu filho, a esposa dele e meus dois netos. Serão uma companhia para mim. Será a realização de um outro sonho, pois deixamos de morar juntos depois que tivemos que sair da casa.”

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 14/09/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/14-09-2018/projeto-estreita-lacos-entre-pesquisadores-e-alunos-de-escolas-publicas.html

Título: Projeto estreita laços entre pesquisadores e alunos de escolas públicas

Se hoje há cura para muitas doenças, jogos que ajudam crianças no processo de aprendizagem, celulares mais inteligentes, carros e edificações mais eficientes e ecologicamente corretos, é porque foram descobertas tecnologias que permitiram esta evolução. No meio deste processo, há pessoas que dedicaram sua vida profissional – e ainda dedicam -, a buscar novos conhecimentos para que a sociedade possa se beneficiar. E para que as pessoas conheçam de perto a realidade de quem produz conhecimento científico, o projeto de extensão “A ciência que fazemos”, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), retomou, nesta semana, as visitas às escolas públicas da cidade. O objetivo é estreitar os laços entre pesquisadores da instituição e estudantes da educação básica, de forma a desmistificar o trabalho e despertar o interesse dos alunos para a ciência.

O primeiro assunto abordado em uma das visitas foi a pesquisa na área de design de games. Por meio de um bate-papo, estudantes da Escola Estadual Duque de Caxias conversaram com a professora e pesquisadora do Instituto de Artes e Design (IAD/UFJF), Letícia Perani. Durante a palestra, Letícia explicou como funciona a sua pesquisa e os pontos que devem ser elaborados para se criar e compreender um game.

“Por ser uma área em que os jovens já possuem um interesse natural, o projeto nos ajuda a mostrar a eles que os games podem ser estudados e virem a se tornar um emprego e uma fonte de renda. Ou seja, permite aproximar o conhecimento científico do dia a dia do aluno. Assim, eles percebem que o pesquisador é um trabalhador como qualquer outro, e o seu meio de trabalho é a ciência”, destaca Letícia. Ela acrescenta, ainda, que fazer parte do “A ciência que fazemos” é uma forma de contribuir para que os jovens entendam o valor e o papel de uma universidade pública na educação brasileira.

Para a escola, na visão da professora Gisele Lima Reis, responsável por manter a ponte entre a UFJF e o Duque de Caxias, o projeto proporciona um intercâmbio em que os dois lados saem ganhando. “A aproximação da UFJF com a educação básica demonstra que a área acadêmica não está tão distante da realidade dos alunos. É uma via de mão dupla que faz com que as partes entendam as suas realidades. Quando a UFJF vem até a escola, ou quando nós levamos os alunos até ela, eles ficam mais motivados e percebem que a escola não precisa ser só a sala de aula. Isto desperta a curiosidade deles e uma série de questionamentos, que eles precisam pesquisar para saberem um pouco mais”, aponta.

O piloto que virou realidade

A ideia de expor um pouco dos bastidores da produção científica da UFJF por meio do “A ciência que fazemos” surgiu em outubro de 2017, quando alguns encontros foram realizados como uma experiência piloto. Em agosto deste ano, a iniciativa foi aprovada como Projeto de Extensão da UFJF, ou seja, passou a ser definida como estratégica para que a instituição se aproxime da sociedade. A meta, até o fim do ano, é promover cerca de 20 visitas às escolas. A expectativa para 2019 é que o projeto passe a entrar no calendário escolar, para que sejam realizados, pelo menos, quatro encontros em cada unidade cadastrada. “A ideia é priorizar a escola pública. Para isso, fomos à Superintendência Regional de Ensino (SRE) para fortalecer o projeto e ampliá-lo para outras escolas, principalmente aquelas localizadas em regiões mais afastadas e até em distritos, para aquelas que nunca pensaram em se aproximar da UFJF”, destaca a coordenadora de Divulgação Científica e uma das responsáveis pelo “A ciência que fazemos”, Bárbara Duque.

A coordenadora explica, ainda, que a iniciativa tem o intuito de fazer com que o pesquisador se torne um divulgador da ciência que produz, saindo do laboratório e indo às escolas, tornando o processo horizontalizado. “Por outro lado, o pesquisador mostra ao estudante que ele é uma pessoa comum e que se dedica ao conhecimento cientifico, a elaborar novas tecnologias. O interessante é que essa aproximação aconteça em um momento importante para os alunos, que é quando eles estão identificando a área que querem seguir”, comenta.

O projeto conta com 30 pesquisadores cadastrados, mas Bárbara acredita que o número pode aumentar. “Temos um potencial muito grande para expansão, já que todos os pesquisadores têm interesse em participar. A gente percebe que é uma demanda represada e a nossa função é fazer essa mediação, promover essa interação. É importante para o pesquisador divulgar o seu trabalho, inclusive, para que a sociedade se torne mais conhecedora, mais crítica, e que perceba o prejuízo quando há cortes. A conta é simples: se não se produz, se importa, mas num valor muito mais alto”, reflete.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 14/09/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/14-09-2018/hora-de-visitar-os-museus-de-jf-com-muitas-atracoes-na-semana.html

Título: Hora de visitar os museus de JF, com muitas atrações na semana

Três instituições de Juiz de Fora participam, de segunda-feira (17) a domingo (23), da 12ª edição do projeto Primavera de Museus, promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). O Museu Mariano Procópio, o Museu de Arte Murilo Mendes (Mamm) e o Museu Ferroviário realizam uma série de atividades a partir do tema deste ano, que é “Celebrando a educação em museus”. Um dos objetivos do Primavera de Museus é divulgar, promover e valorizar as instituições locais, a fim de reforçar seu relacionamento com a sociedade.

No Museu Mariano Procópio, as atividades passam por campanhas educativas, visitas técnicas, mediadas e interativas em família, exposição interativa, apresentação musical e oficinas, entre outras. Na segunda-feira (17), das 9h às 17h, serão realizadas visitas técnicas com colaboradores da própria instituição. De terça-feira (18) a sábado (21), haverá visitas mediadas (com destaque para os jardins do museu, a história da família Ferreira Lage, os prédios históricos e a exposição “Esplendor das formas”); a campanha educativa “O que é o museu”, com alunos da rede municipal de ensino; exibição contínua do filme “Vozes da memória” em um telão na Galeria Maria Amália; a exposição “A arte do tempo”, com relógios do acervo do museu; e exposição interativa que serve de complemento à experiência do visitante na galeria.

Na quinta-feira (20), acontece a visita interativa em família, em que as crianças de 7 a 11 anos podem participar acompanhadas de pais ou responsáveis. As vagas são limitadas e devem ser reservadas por meio do telefone 3690-2007. No mesmo dia, às 9h, haverá visita mediada para alunos de Libras (Língua Brasileira de Sinais); já educadores e estudantes de nível superior podem assistir ao filme “Novas formas de se pensar a educação brasileira”, que será seguido por uma mesa-redonda a respeito do tema. As vagas são limitadas e podem ser reservadas pelo 3690-2027.

Na sexta-feira (21), está programada para as 15h um “Aulão no museu’, ação educativa aberta às instituições de ensino interessadas em promover aulas externas no parque do museu; já o Coro Acadêmico da UFJF se apresenta às 16h na Galeria Maria Amália. Dentre as atrações de sábado (22), estão o evento Encontros no Jardim, com início às 9h, oferecendo oficinas, brincadeiras e música; às 14h, uma atividade conjunta com o Mamm e Museu Ferroviário, por meio dos alunos do curso de turismo da UFJF; no mesmo horário, no parque do museu, acontece a Brincafeira de Livros, com cantinho da leitura, venda de livros infantis e outras atividades. No domingo (23), a única atividade tem início às 8h30: é a oficina de palhagologia, que trabalha o universo do palhaço, do improviso, do corpo cômico e a relação com as crianças.

Música e novas mostras

O Museu de Arte Murilo Mendes (Mamm) funcionará em horário especial na próxima semana devido à Primavera de Museus: das 9h às 22h, de segunda a sexta-feira, e do meio-dia às 18h, no sábado e domingo. Dentre as atrações, abertura de exposição, visitas ao acervo da instituição, apresentações musicais e palestras.

A programação do Mamm na segunda-feira terá a abertura da exposição “A ferro e fogo”, reunindo esculturas em ferro oxidado feitas pelo artista Jorge dos Anjos a partir de suas referências culturais. Às 14h, acontece a visita mediada especial “Terceira idade vai ao museu”, para idosos de instituições como o Abrigo Santa Helena e Lar dos Idosos Santa Luiza de Marilac. No mesmo horário, e também às 16h, acontece a ação “Laboratórios de portas abertas”, em que os visitantes poderão conhecer o trabalho dos laboratórios de conservação e restauração de papel, pintura e esculturas do Mamm. A atividade será realizada também na sexta-feira.

A terça-feira reserva outra atividade para a terceira idade, com a “Biblioteca para a terceira idade”. Será uma leitura mediada de excertos dos livros “A Idade do Serrote” e “Chronicas Mundanas”, de Murilo Mendes, agendada para as 14h. No mesmo horário, acontece a palestra “A memória na construção da poética de Murilo Mendes”, com as pesquisadoras e professoras Marisa Timponi e Leila Barbosa; mais tarde, às 20h, é a vez da palestra “Encontro com o artista”, com Jorge dos Anjos, em que ele falará de seu trabalho.

Na quarta-feira, Leila Barbosa e Marisa Timponi ministram novamente a palestra sobre a memória na poética de Murilo Mendes, também às 14h. Depois, às 19h, o Coro Acadêmico da UFJF apresenta o concerto “Do universal ao brasileiro”, marcado por composições eruditas e populares. Na quinta-feira, a única atividade é a palestra “Encontro de educadores de museus”, com o arte-educador do Museu do Amanhã (Rio de Janeiro), Ademildes José de Freitas, que acontece às 19h.

Além do repeteco do “Biblioteca para a terceira idade” e “Laboratórios de portas abertas”, ambos às 14h na sexta-feira, o Mamm tem como atração o recital de canto e piano com os pianistas Fernando Vago e Juliana Costa e o cantor Guilherme Oliveira, com peças musicais de Beethoven, Bember e Dorival Caymmi, entre outros. No sábado e domingo, a instituição realiza uma ação educativa em conjunto com os museus Mariano Procópio e Ferroviários, com visitas orientadas pelos alunos do curso de turismo da UFJF.

Além das atividades em parceria com o Mamm e Mariano Procópio, o Museu Ferroviário agendou duas atrações para o Primavera de Museus. A primeira acontece na terça-feira, com a estreia do projeto Cine Cultura Livre, que terá a exibição às 18h do filme “O menino da internet”, seguido por debate com os professores Daniel Cavalcante, Elis Frizzoni e Gabi Rigueira. Já na sexta-feira acontece às 18h um aulão aberto coordenado pelos professores Waldyr Imbroisi, Jodenir Souza e Henrique Chaves, cujo tema será o conhecimento, os estudos e o saber através dos tempos.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 14/09/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/esportes/14-09-2018/11a-semana-paralimpica-comeca-neste-sabado.html

Título: 11ª Semana Paralímpica começa neste sábado

Para o matiense Anceves José Ribeiro, conhecido como Prego, 43 anos, a bocha surgiu como a porta de saída de um quadro depressivo. O autista Jader Rocha, 32, por sua vez, tem na corrida e na natação auxílios fundamentais em seu desenvolvimento social. Exemplos de superação como os desta dupla não faltam e serão ainda mais visíveis a partir deste sábado (15), às 10h, no Ginásio da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL, na Avenida Rui Barbosa, 530, Santa Terezinha) na abertura da 11ª Semana Paralímpica, evento promovido pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) que envolve pessoas com deficiência na prática de esportes adaptados.

Participam da competição quaisquer deficientes auditivos, físicos, intelectuais, visuais ou múltiplos que fizeram inscrição com antecedência no site da PJF. De segunda (17) a sábado (22) serão disputadas bocha, polybat (tênis de mesa com barras laterais), futebol paralímpico, goalball, atletismo e natação. É um dos momentos do ano em que paratletas como Prego e Jader irão mostrar a familiares, amigos e a si mesmos a evolução obtida na saúde e na qualidade de vida, recompensa da regular prática esportiva através do JF Paralímpico, programa da SEL.

Há 19 anos, Prego saía de uma comemoração numa cachoeira para o hospital. “Em um mergulho raso, ele quebrou as 5ª e 7ª vértebras. Ficou muito ruim, o médico na época tinha dado 72 horas de vida, mas Deus não deu. Ele era muito triste no início e pensava que não poderia fazer mais nada. Ficou muito tempo deitado na cama. Isso até conhecer a bocha, que mudou a vida dele”, conta a mãe do paratleta, a aposentada Ângela Maria das Graças.

Com a prática esportiva, iniciada no JF Paralímpico há quatro anos, Prego pareceu renascer. “Mudou tudo. Antes eu ficava muito tempo dentro de casa, parado, mas com a bocha eu saio, disputo campeonatos. Distrai muito a cabeça, é bom para espairecer. Todos do programa são tranquilos, as pessoas têm que ver e participar. A bocha melhorou a minha vida e pode ajudar mais pessoas”, conta o paratleta.

Atleta dá dica: “É preciso foco e treinar bastante”

Os progressos, como o de Prego, também fazem parte do dia a dia de Jader. Diagnosticado com autismo quando criança, ele teve no direcionamento ao esporte uma espécie de mola propulsora no desenvolvimento corporal, como lembra a mãe, Wilma Rocha. “Quando minha filha nasceu ele teve uma rejeição. Passou por uma crise de vômito, diarreia, rejeitou. Se isolou, não queria conversar com ninguém. Levei ele até um pediatra, que disse que parecia autismo. Eu nem sabia o que era na época, morava em Recife. Fomos descobrir e começar o tratamento um pouco tarde. Depois dos 5 anos que ele começou a participar de escolinhas com acompanhamentos, sempre em escolas especiais. Foi muito difícil, desde então vimos uma evolução. E foi com o esporte que ele melhorou muito, porque ele socializa bem, aquieta, já que o esporte cansa e isso faz ele ficar mais tranquilo. Até diminuímos a quantidade de remédios que ele toma. Isso para mim é um ganho muito grande.”

Desde 2013 no JF Paralímpico, Jader cresceu dentro e fora dos ambientes de prática desportiva, o que faz Wilma levá-lo “em tudo o que tem condições porque o esporte tem sido muito bom para ele”. “Dentro de casa ele se tornou uma pessoa muito organizada. Ele é perfeccionista, tudo dele tem que ser muito certinho, então o esporte tem auxiliado ele a organizar melhor a vida dele, os seus horários”, conta.

Certos são os sorrisos tanto de esportistas, quanto de familiares durante as atividades, como Ângela fez questão de contar à Tribuna. “Hoje me sinto feliz, é só alegria. A bocha ajudou ele (Prego) em tudo. Antes vivia sempre internado, e a partir da bocha ele voltou a ser feliz, se comunica mais e criou amigos.” Hoje um dos principais jogadores de bocha do projeto, Prego também elevou sua confiança e deu dicas na modalidade. “Para ir bem na bocha você precisa de concentração, de foco e treinar bastante”, aconselha.

Professores destacam socialização e reviravoltas pessoais

O JF Paralímpico atende, atualmente, 120 alunos/atletas no atletismo, natação, bocha, futebol paralímpico, goalball e polybat que tenham ou não conhecimento sobre as modalidades de interesse. Ao todo, 12 professores integram o projeto socioesportivo que cresce desde 2013, e possui parceria com a Associação dos Cegos de Juiz de Fora (ACJF), além de contar com o apoio do Sport Club JF e da UFJF, que cedem seus espaços para a realização dos treinamentos.

A supervisora de Esportes Adaptados do Departamento de Lazer e Exercício Físico, Karla Belgo, também coordenadora da Semana Paralímpica, explica que para fazer parte do projeto basta procurar a Secretaria de Esporte e Lazer e levar identidade e atestado médico de aptidão para realizar atividade física. Se for menor de idade, o interessado deve ir acompanhado dos pais.

Entre os 12 professores encarregados pelas aulas, Adriana Guarino é uma das mais antigas e já trabalhava com o goalball desde 2009, em projeto chamado Visão do Esporte, em parceria com a Associação dos Cegos. Também professora de bocha, ela vivenciou histórias de superação das quais se orgulha em fazer parte. “Para mim o mais importante é a mudança de qualidade de vida deles. Temos alunos que chegam aqui no início, não conhecem as cores às vezes e passam a identificar o que é azul, vermelho, branco, no caso da bocha. Passam a ter uma autonomia, desenvolvida por nós com eles. Vão a competições, o que os tiram de casa para outras cidades. Isto expande o conhecimento deles, que começam a ver que a limitação, perto de outros, às vezes com a mesma deficiência, não é como pensavam. Existem alunos nossos que quando foram para uma competição pela primeira vez disseram que não tinham deficiência pelo que conheceram. Isso traz para eles um encorajamento de viver. É o que buscamos levar. Não é porque você está neste estágio que a vida acabou. O esporte resgata a vida deles.”

Professor de Educação Física com hemiparesia (paralisia branda de uma das metades do corpo), Igor Monteiro trabalha tanto no polybat, quanto no futsal adaptado. Cada trabalho é pensado com cuidado para atender os paratletas. “Atendemos as mais diversas deficiências. Desde a intelectual, a paralisia cerebral, pessoas com Síndrome de Down… fazemos a manipulação das regras durante as aulas para que eles consigam interagir com outros colegas e, principalmente, conheçam as possibilidades, as potencialidades e as limitações de seus corpos. É uma realização trabalhar com pessoas com deficiência, conhecer as especificidades de determinadas deficiências e, principalmente, ajudar no desenvolvimento afetivo, cognitivo, social e motor de jovens e adultos”, conta.

Há ainda renomados profissionais da cidade, como o professor de natação Gerson Oliveira, que explica como funciona o trabalho na piscina do Sport Club. “Na natação temos três níveis: o inicial, que são aulas de 40 minutos para o aprendizado, em que trabalhamos com deficientes físicos, pessoas com Síndrome de Down e autistas, por exemplo, além das turmas intermediárias e avançadas. A natação trabalha no mesmo nível que a tradicional, porém fazemos adaptações conforme a capacidade deles de movimentar ou não.Foi um dos primeiros esportes do projeto e já estamos o desenvolvendo com participações em competições.”

Além de Gerson, Giselle Leocádio e Íris Caldeira também dão aulas de natação. Os ensinamentos da bocha e do goalball são de responsabilidade de Adriana e Ivana de Barros. O futebol paralímpico e o polybat têm aulas de Cláudio Rogel. Já o atletismo é praticado sob supervisão e gestão dos professores Silvana Flora, Luiz Letayf, Giselle Leocádio e Ivana de Barros. As histórias ficam para sempre na vida dos envolvidos, como destacou o secretário de Esporte e Lazer, Júlio Gasparette.

“Aprendo a cada momento com os professores, pais e mães dos nossos atletas paralímpicos. Semanalmente atendemos mais de 500 pessoas na SEL em várias modalidades e precisamos mostrar para a sociedade de Juiz de Fora o quanto a indústria, o comércio têm condições de fazer um trabalho em apoio a este projeto. Através da preparação física, do esporte, conseguimos estimular as pessoas a viverem com mais alegria, como podemos ver nas atividades do programa. Há pessoas que chegam aqui com problemas físicos e acabam conseguindo fazer coisas que eu não consigo, o que me emociona. Milito no esporte há mais de 60 anos, e aqui na SEL estou aprendendo a viver de novo.”

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Editorial

Data: 14/09/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/opiniao/editorial/14-09-2018/areas-de-risco-3.html

Título: Áreas de risco

Situada entre colinas, Juiz de Fora tem uma topografia propícia a problemas, o que faz dela uma das regiões mais preocupantes nos levantamentos geográficos quando se trata, especialmente, da ocupação das encostas. Uma parcela expressiva da população mora em áreas de risco, como aponta levantamento elaborado pela Defesa Civil em parceria com o Corpo de Bombeiros e com a UFJF. São 90 áreas dentro das quais foram identificados 299 pontos de risco. Em Minas, somente a região de Ribeirão das Neves está com dados mais elevados. Lá, no entanto, o problema são as inundações, que afetam mais de 50% da população.

Com o período das chuvas prestes a começar, a preocupação se acentua, pois, a despeito de todos os mapeamentos e ações realizados pela Defesa Civil, o número de moradores em tais regiões continua em curva crescente, por não encontrar meios de residir em áreas mais adequadas. A crise econômica empurra essa população para setores degradados sem que os riscos sejam levados em conta. Daí, como ocorre todos os anos, a necessidade de campanhas de alerta para que, sobretudo, esses segmentos tomem medidas de precaução.

Todos os anos, a cidade registra deslizamentos, alguns deles com resultados trágicos, sem que a população, mesmo diante de tais ocorrências, mude de atitude. O número de construções irregulares ainda é alto, o que se soma ao modelo de vida adotado, sem qualquer preocupação com o descarte de lixo – quando não há recolhimento -, criando novas condições de risco. A Defesa Civil tem sido pródiga em advertir para tal prática, valendo o mesmo para os Bombeiros, que vira e mexe chamam a atenção para o problema.

A solução é um drama para as prefeituras, cujas verbas são cada vez mais escassas. Em Juiz de Fora, nos últimos anos, foram feitos fortes investimentos que culminaram com obras no Bairro Santa Teresa e na Rua Olga Burnier, mas ainda há um passivo a ser superado que depende de repasses oficiais. E é aí que o jogo embola, pois tanto o Estado quanto a União têm sérias dificuldades em cumprir a sua parte. Com isso, a solução se atrasa, e os problemas se agravam.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Notícias

Data: 15/09/2018

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2018/09/15/ufjf-abre-inscricoes-para-bolsas-em-programa-de-iniciacao-artistica.ghtml

Título: UFJF abre inscrições para bolsas em programa de iniciação artística

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) abre na próxima segunda-feira (17) as inscrições para o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Artística (Pibiart). Serão disponibilizadas 91 bolsas, no valor de R$ 370, com duração de até 12 meses.

Os interessados em participar do processo seletivo devem entregar os projetos na sala da Pró-reitoria de Cultura, no campus de Juiz de Fora, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, até o dia 5 de outubro. A ação busca incentivar e consolidar ações culturais.

Os projetos serão distribuídos em três categorias: Projetos Artísticos-Culturais, Grupos Artísticos e Mediação Artística. Confira os detalhes de cada uma:

  • Projetos Artísticos-Culturais: serão ofertadas 36 bolsas a estudantes de graduação de qualquer curso, que poderão apresentar uma proposta artística ou cultural, aplicada a projetos de todas as linguagens artísticas, com a orientação de um professor responsável.
  • Grupos Artísticos: subdivide-se em dois subgrupos: Grupos Artísticos da UFJF e Grupos Artísticos da UFJF/Procult. No primeiro, serão destinadas 10 bolsas. O professor-proponente pode pleitear as bolsas, que serão destinadas aos alunos participantes do projeto em atividades específicas. À categoria Grupos Artísticos da UFJF/Procult, serão ofertadas 20 vagas nessa categoria que abrange o Coral da UFJF, o Coro Pró-Música, a Orquestra Pró-Música, a Orquestra de Jazz Pró-Música e a Orquestra Sinfônica, dentre outros.
  • Mediação em Artes: os candidatos contemplados serão responsáveis por ministrar aulas para o público em geral, de diversos gêneros artísticos: teoria musical, instrumentos musicais, bem como em linguagens visuais. A modalidade será responsável por 25 bolsas.

O edital e a resolução do Pibiart, assim como os editais e formulários necessários para a inscrição do projeto, estão disponíveis no site da UFJF.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 15/09/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/14-09-2018/votacao-sobre-proposta-de-novo-restaurante-universitario-e-adiada-pelo-consu.html

Título: Votação sobre proposta de novo restaurante universitário é adiada pelo Consu

Tendo em vista a dificuldade de acesso ao Restaurante Universitário (RU) por boa parte dos discentes da UFJF, em função das longas filas e demora para o deslocamento, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) realiza campanha para a construção de uma nova unidade do restaurante. O assunto seria tema de votação na reunião do Conselho Superior (Consu) da instituição, realizada nessa sexta-feira (14), dentro da discussão sobre o orçamento da universidade. A expectativa era colocar a nova unidade dentro da verba do orçamento 2018/2019, que seria destinada a novas obras. Mas de acordo com o DCE, a pauta foi adiada. Em nota o diretório manifestou sua preocupação em não conseguir aprovar a medida em tempo hábil, mantendo as dificuldades de acesso atuais. O DCE também ressaltou a importância do debate qualificado para a aprovação da demanda. Uma nova reunião do Consu para avaliar o tema deve ser realizada no final deste mês.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Coluna Cesar Romero

Data: 15/09/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/15-09-2018/saulo-oliveira-e-nathalia-braga-com-davi-e-antonela-na-churrasqueira-alto-dos-passos.html

Título: Voo livre

Tatyana Hauck Herdy Hill, representando a Prefeitura, é a nova presidente do Conselho Municipal de Turismo. A vice é Alice Arcuri, da UFJF.

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