Da esquerda para a direita: professor Julio Cesar José da Silva, mestrando Antonio Pedro Nogueira Guimarães, professor Rafael Arromba de Sousa e professora Nivea Maria Melo Coelho (foto: arquivo pessoal)

A utilização de suplementos alimentares derivados do soro do leite, comumente conhecidos como whey protein, tem se popularizado cada vez mais entre os praticantes de musculação. Esse consumo crescente vem estimulando pesquisas acerca da composição e do uso dessas substâncias. Foi pensando nesse contexto, que o mestrando do Programa de Pós Graduação em Química, Antonio Pedro Nogueira Guimarães, desenvolveu sua dissertação “Determinação dos Teores de Cromo e Manganês nas Frações Bioacessíveis de Suplementos Alimentares.”

A investigação pretende dar continuidade ao estudo promovido anteriormente pelo professor orientador, Rafael Arromba de Sousa e o aluno de pós-graduação, Thalles Pedrosa Lisboa, no qual foi emitido um alerta para quantidades irregulares de Cromo nos suplementos alimentares. Nos resultados, a presença do Cromo se mostrou muito acima do declarado pelos fabricantes. A constatação foi de que, para alguns suplementos, com apenas uma dose o usuário atinge ou excede a Ingestão Diária Recomendada (IDR) para esse micronutriente.

Nesses novos passos dados por Guimarães, buscou-se determinar quanto de fato desses minerais – Cromo e Manganês – podem ser absorvidos pelo corpo humano, ou seja, determinar sua bioacessibilidade. Os resultados ainda estão sendo trabalhados, mas há otimismo nas análises, como conta o acadêmico: “os teores de Cromo, a princípio, estariam alarmantes. É algo preocupante e que nos motivou a dar continuidade ao trabalho. Mesmo em processo de finalização e validação dos dados, observamos que os teores não são tão críticos, mas não indicam que podemos fazer uso despreocupadamente, pois não analisamos outras substâncias que compõem os suplementos.”

Segundo o professor orientador, os novos levantamentos foram essenciais para que se tivesse um pouco mais de conhecimento em torno das questões que envolvem a quantidade dos micronutrientes e o seu teor bioacessível.  “Não podemos nos alarmar prontamente, pois a Bioquímica é muito complexa. Apesar da própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avaliar os valores totais, a nutrição moderna está se preocupando com os pequenos números. A bioacessibilidade desses metais foi muito baixa nos ensaios in vitro. Isso nos deixou um pouco mais tranquilos, pois mesmo altos, os teores são poucos absorvidos. Tínhamos a obrigação de avançar até os atuais resultados”, conclui o docente.

Contatos:
Antonio Pedro Nogueira Guimarães (Mestrando)
apedro.ng@hotmail.com

Rafael Arromba de Sousa (orientador – UFJF)
rafael.arromba@ufjf.edu.br

Banca examinadora:
Prof. Dr. Rafael Arromba de Sousa (orientador – UFJF)
Prof. Dr. Julio César José da Silva (UFJF)
Profa. Dra. Nivea Maria Melo Coelho (UFU)

Outras informações:  (32) 2102-3309 Programa de Pós-graduação em Química