Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 19/08/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/esportes/19-08-2018/conheca-as-novas-instalacoes-do-centro-olimpico-da-ufjf.html

Título: Conheça as novas instalações do Complexo Esportivo da UFJF

Falta pouco para o juiz-forano usufruir da nova estrutura do Complexo Esportivo da Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid) da UFJF. A Arena Faefid e o prédio anexo, que receberá o nome de Professor Paulo Roberto Bassoli, estão próximos de serem entregues, após quatro anos de expectativa da comunidade universitária e população em geral. Acompanhada do diretor da Faefid, Jeferson Vianna, a Tribuna visitou as instalações, na última quarta-feira (15), e registrou os detalhes dos novos palcos esportivos da cidade.

O professor confirmou que restam poucas pendências para que o ginásio seja entregue pela Construtora Guia, responsável pelas obras. São elas as licitações dos elevadores, também para o outro prédio, e de uma rampa de 12 metros que ligará o campo de futebol aos vestiários do segundo andar. “Do ginásio, falta o acabamento da parte da frente. A empresa terceirizada que presta serviços para a própria Construtora Guia está um pouco atrasada para a colocação dos vidros e portas. As demais estruturas dependem da negociação direta com a administração superior da faculdade”, explica Jeferson.

A previsão é que ainda em 2018 a Arena Faefid seja inaugurada, com a intenção, inclusive, de que o evento de abertura possa receber grandes equipes de vôlei ou basquete, com entrada gratuita. As negociações já ocorrem com o Botafogo, que disputa a NBB (elite do basquete brasileiro), e até com a Seleção Brasileira de Vôlei sub-20, por meio do técnico Giovane Gávio, juiz-forano.

Já o prédio anexo, que homenageia o antigo professor da Federal, foi entregue pela construtora e, inclusive, vem sendo utilizado para aulas de ginástica. A ideia é que a inauguração ocorra no dia 31 de agosto. “O prédio Paulo Roberto Bassoli já está pronto. (O nome) é uma homenagem que vamos fazer ao nosso ex-diretor, já falecido, que antes recebia esta homenagem no antigo ginásio. Já está em uso com aulas de ginástica, além de lutas e com o espaço destinado também aos laboratórios da pós-graduação.”

Todo o complexo tem como prioridade atender a demanda da Faefid, com mais de 500 alunos, além das pesquisas e dos participantes dos projetos de extensão da Universidade. “É um novo marco na história da Faefid. Além dos novos equipamentos e materiais que recebemos nos últimos anos, teremos um espaço para os alunos das nossas disciplinas da graduação e licenciatura. Também vamos atender os 25 projetos de extensão que a Faefid oferece para as comunidades interna e externa da faculdade. Passam por aqui cerca de mil pessoas por semana realizando diversas atividades esportivas e de lazer e, com isso, vamos dar à comunidade de Juiz de Fora um espaço de melhor qualidade, maior conforto e de um nível muito elevado”, enaltece Jeferson.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 19/08/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/19-08-2018/oficina-com-percussionista-da-nacao-zumbi-nesta-segunda-feira.html

Título: Oficina com percussionista da Nação Zumbi nesta segunda-feira

O percussionista Toca Ogan, integrante da banda Nação Zumbi, é o convidado da próxima edição do projeto “Batuquedelas recebe”, que acontece nesta segunda-feira (20), às 19h, no Centro Cultural Dnar Rocha, no Mariano Procópio. A iniciativa marca os cinco anos de atividades da proposta musical idealizada pela batuqueira Fabrícia Valle, caracterizada pela realização de oficinas com o objetivo de promover a contextualização de saberes e ampliação das redes musicais.

Além de integrar a Nação Zumbi, Toca Ogan é percussionista da banda do cantor Otto e é considerado um dos precursores do movimento ao lado do cantor Chico Science. Ele participa da oficina contando sua trajetória e vai demonstrar seu trabalho por meio do berimbau, compartilhando seu conhecimento com os participantes da oficina, que irão tocar atabaque, ilú ou balde.

Nas edições anteriores, os convidados foram a professora doutora Carolina Bezerra dos Santos Perez, da UFJF, e o compositor e instrumentista LG Lopes, da banda Graveola. As inscrições precisam ser feitas antes da realização do evento. Informações pelas redes sociais do Batuquedelas ou pelo email contatomafuaproducoes@gmail.com . Criado em 2013, o Batuquedelas busca a democratização do acesso ao fazer musical, tendo como público-alvo as mulheres a fim de que estas tenham uma melhora em sua qualidade de vida e uma transformação por meio da música, entre outras questões.

BATUQUEDELAS RECEBE

Segunda-feira, 20, às 19h, no Centro Cultural Dnar Rocha (Rua Mariano Procópio 973 – Mariano Procópio)

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Política

Data: 19/08/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/politica/19-08-2018/oab-promove-debate-sobre-os-30-anos-da-constituicao.html

Título: OAB promove debate sobre os 30 anos da Constituição

Alguns dos principais juristas e constitucionalistas brasileiros têm encontro marcado em Juiz de Fora entre os dias 27 e 31 de agosto. Em homenagem aos 30 anos da Constituição Federal, a OAB Subseção Juiz de Fora, através da Comissão de Direito Constitucional e em parceria com a Escola Superior de Advocacia (ESA), realiza o seminário “30 anos de Constituição: Que país é esse?”. Entre os palestrantes confirmados estão ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), subprocuradora Geral da República, procuradores, desembargadores e professores universitários, que, apesar de áreas de atuação diversas, têm em comum o nome de peso, as diversas publicações e a trajetória reconhecida nacional e internacionalmente (ver quadro). O evento acontece no Teatro Paschoal Carlos Magno.

Segundo o presidente da Comissão de Direito Constitucional da OAB Juiz de Fora e professor de Direito da UFJF, Bruno Stigert, são esperadas cerca de 500 pessoas no evento. O objetivo é debater como está o país após 30 anos da Carta Magna. “Queremos promover um balanço sobre as promessas de 1988, o que foi concretizado e o que falta ser efetivamente concretizado.” Um dos questionamentos que ele levanta é se a Constituição sobreviverá à Operação Lava Jato, Mensalão e processos de impeachment de dois presidentes. “De algum modo, mostra estabilidade, que a Constituição sobreviveu a golpes fortes.”

Na avaliação de Stigert, é chegada a hora de fazer um balanço, principalmente em um período conturbado no que diz respeito a direitos fundamentais, garantias processuais e funcionamento das instituições, sobretudo os três poderes. “É extremamente importante jogar luzes sobre essas questões, permitir reflexões claras, com transparência, críticas e honestas, a fim de que possa, verdadeiramente, buscar o caminho melhor para o nosso país, para as instituições e para a sociedade de um modo geral.” Na sua opinião, o seminário será um espaço em que as pessoas poderão, livremente, manifestar as suas opiniões e dialogar sobre temas importantes, “sendo todos tratados com igual respeito e consideração”.

Tribuna lança caderno no dia 26

O seminário, comenta o presidente da Comissão de Direito Constitucional, caminha paralelamente ao projeto do Grupo Solar de publicar um especial sobre os 30 anos da Constituição. “É extremamente relevante proporcionar um ambiente de debate saudável e qualificado para toda a comunidade.” Na avaliação de Stigert, a credibilidade da OAB e a parceria com o maior grupo de comunicação da cidade foram fundamentais para o sucesso do evento, comprovado antes mesmo de sua realização, mediante a elevada procura pelas inscrições, encerradas nas primeiras três horas após o lançamento.

No próximo dia 5 de outubro, a Constituição Cidadã completa 30 anos de promulgação. Marco da redemocratização brasileira, este momento merece celebração, reflexão e análise. A Tribuna, reiterando seu compromisso com a democracia, a liberdade, os direitos e as garantias fundamentais, mobilizou sua redação para produzir um caderno especial para seus leitores. Assim, no próximo domingo, dia 26, o jornal publicará uma série de reportagens sobre os temas constitucionais mais marcantes, resgatando a história, a sua força simbólica e mostrando os desafios que a Carta Magna ainda impõe ao Brasil. A busca pela maior inclusão social, a luta pela universalização da saúde e educação, o fim das desigualdades e o respeito aos direitos humanos são algumas das aspirações de 30 anos atrás que continuam a exigir ações para que tenhamos uma Constituição viva.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 19/08/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/19-08-2018/fabricio-marques-lanca-biografia-do-jornalista-wander-piroli-em-jf.html

Título: Fabrício Marques lança biografia do jornalista Wander Piroli em JF

Nos textos circulava sangue. Havia veias. Ainda que retratasse a morte. E a vida brotava na literatura de Wander Piroli pelo tato com a realidade das redações jornalísticas. Em 1972, editor do “Estado de Minas”, colocou-se a escrever uma nota sobre um assassinato, gesto incomum para o homem responsável por pensar e conduzir o caderno policial do jornal de Belo Horizonte. Noticiou lirismo num fato de onde escorria sangue: “Que no dia 18 de janeiro, no lugar denominado Suaçuí Pequeno, o lavrador José Pereira Bento chegou em casa e procurou saber de sua mãe, Efigênia Bento, se a comida estava pronta; que a mãe respondeu não está e atirou-lhe uma colher de ferro, sem acertar o alvo, saindo em seguida da cozinha e indo à fonte d’água com uma panela de ferro na mão; que o filho José ficou ofendido, pegou um pedaço de pau da lenha Jacaré que estava ao lado da fornalha e, ato contínuo, também saiu da cozinha e foi atrás de sua mãe Efigênia; que no trajeto já a encontrou de volta, trazendo a mesma panela, porém mais limpa, e que ela — sua mãe — atirou-lhe a panela, mas não teve sorte pela segunda vez; que o filho José olhou bem para o pedaço de pau e não teve dúvida: vibrou-o contra sua mãe Efigênia, atingindo-a no meio da cabeça, na face lateral esquerda e nas regiões frontal e temporal; que a mãe, ao receber os golpes, caiu no terreiro, esperneou e morreu”. Dois anos depois, o fato transmutou-se no conto “De um relatório policial”, presente em “A mãe e o filho da mãe”, um dos mais cultuados livros do jornalista e escritor, que acaba de ser biografado em “Wander Piroli: Uma manada de búfalos dentro do peito” (Conceito Editorial), título da coleção Beagá Perfis, escrito pelo também jornalista e escritor Fabrício Marques, que faz o lançamento em Juiz de Fora nesta segunda, 20, às 19h, no Bar da Fábrica.

Escrever para Piroli era exercício laborioso, que envolve leituras e cortes, e também gesto natural, para onde escoa o contato com o mundo. “A invenção é muito importante para o escritor, inventar o que existe”, disse em 1995, sete anos antes de sua morte, em entrevista ao jornal “Felicíssimo”. “A visão dele como escritor foi benéfica para a atividade dele como jornalista e vice-versa. Ele usou nos textos literários muito do que viveu nas redações. Colecionou muitas histórias e acompanhou muitos dramas de assassinatos e espancamentos, que são muito fortes no Brasil, e foram parar nos livros dele”, comenta o biógrafo, chamando atenção para o observador genuíno. “Ele nasceu e morou no bairro Lagoinha, uma região muito conhecida em Belo Horizonte por ser endereço de operários e também dos boêmios, com muitos marginais, prostitutas, uma fauna noturna, muito presente. Ele ainda criança conviveu com isso. E quando foi ser editor de polícia, foi ter outro olhar para o que já havia presenciado”, aponta Fabrício.

No já distante 1963, Piroli começou sua carreira como editor, no jornal “Binômio”, cuja sucursal em Juiz de Fora teve, por bastante tempo, como editor o jornalista Fernando Gabeira. “Em todos os jornais, o Piroli mostrou ter o dom para editar, que é um trabalho invisível, que só aparece quando é para criticar, dizendo que foi mal editado. Quando é bem editado, o crédito acaba indo para o repórter, fotógrafo ou diagramador. Mas esse papel do editor é de ter uma visão de mundo. O Piroli foi um dos primeiros editores do país a trazer pautas atuais para as páginas dos jornais. No início dos anos 1980, quando ninguém falava das minorias, de meio ambiente, ele já estava abordando isso, num ângulo humano. E os títulos que ele fazia eram geniais”, defende Fabrício, cujo trabalho de pesquisa demonstra como Piroli defendeu com unhas e dentes publicações acerca do “Caso Defensor”, sobre um operário torturado por policiais durante a ditadura, que acabou rendendo o Prêmio Esso de Jornalismo ao repórter Geraldo Elísio. “Nem a direção do jornal queria, e ele bancou, falando: ‘Depois que publicar, a gente vê o estrago!’. Ele dava segurança para sua equipe, tomando partido da notícia. Isso soa romântico, mas faz dele uma referência para atitudes numa redação jornalística”, conta o biógrafo.

Com o baú da família aberto, além do agigantado acervo de Piroli na Universidade Federal de Minas Gerais, Fabrício iniciou o trabalho que tomou seu 2017 e o fez mergulhar em entrevistas, reportagens, livros e mais livros. Também realizou 55 entrevistas. E só encontrou um homem querido. “Levei para o editor, que me perguntou: ‘Será que não consegue encontrar ninguém que não gostasse dele, para não ficar um livro muito laudatório?’ Mas ele era um personagem muito carismático, um personagem que faz falta no Brasil de hoje, e um jornalista muito ousado, destemido e corajoso. Como escritor, ele, ao mesmo tempo que tinha muito rigor com a escrita, não levava a literatura tão a sério. Ele colocava amigos e família em primeiro lugar. Preferia pescar a escrever. Sempre que a vida solicitava a presença dele, ele deixava a literatura de lado. Ao mesmo tempo, quando escrevia era para valer”, observa Fabrício, ressaltando uma das principais características de Piroli: a precisão.

Segundo Fabrício, seu biografado conseguiu resolver a relação com a linguagem de uma forma muito econômica. “Os textos dele são muito sintéticos, ele consegue colocar uma história, um mundo de sentimentos e emoções, em poucas palavras. Ele dizia que tinha a pretensão de, no futuro, conseguir escrever um texto só com substantivo, verbo e predicado”, conta, citando, ainda, outro valor do escritor, o humanismo que carregava em seus textos. De personalidade generosa, Piroli não carregava na mala a vaidade de grande parte da intelectualidade. Publicou em pequenas editoras, sem projeção nacional. Mais tarde, teve todos os seus títulos transferidos para a Cosac Naify, que acabou por encerrar as portas. Após a conjunção de fatores que o levaram a ausentar-se das prateleiras, o jornalista e escritor retorna à cena na completa e sensível biografia de Fabrício Marques e nas reedições da editora Sesi-SP.

Um poeta que comunica

Com Wander Piroli, Fabrício Marques compartilha mais que o testemunho da vida, mas, principalmente, a vida partilhada entre o jornalismo e a literatura. Na história de Fabrício, Juiz de Fora é o ponto de partida das duas paixões. “Sempre cito uma frase do Paulo Mendes Campos: ‘Todo homem carrega no peito duas cidades mortas’. Falo brincando que carrego três cidades vivas: Manhuaçu, Belo Horizonte e Juiz de Fora. Das três cidades, aí é a que morei menos tempo, foram seis anos, mas um dos melhores períodos da vida”, comenta ele, que, graduado em Comunicação Social pela UFJF em 1991, partiu para Belo Horizonte no final do ano seguinte. Na bagagem, carregava dois pequenos livros, “Futilidades púbicas”, sua estreia, com projeto gráfico de Knorr, e convite produzido pela artista visual Valéria Faria (atual pró-reitora de Cultura da UFJF) e “Marquises”. “Foram livros despretensiosos, estava começando e conhecia muito pouco de literatura e poesia. Eram textos mais intuitivos, impressionistas. Não os incluo em minha bibliografia oficial, mas são livros por meio dos quais acabei conhecendo outros poetas”, diz, lembrando-se de tê-los enviado, por Correios, para Edimilson de Almeida Pereira e Iacyr Anderson Freitas, contemporâneos de sua admiração.

Na capital mineira, iniciou uma trajetória acadêmica, com mestrado e doutorado, começou a dar aulas e a trabalhar como jornalista. “A poesia ficou em segundo plano”, conta o autor de “A máquina de existir” (Editora Pedra Papel Tesoura), “oficialmente” seu quarto título de poesias. “Fiquei um tempo elaborando o conceito dele, mas, para escrever, levei seis meses. Isso foi em 2014, de janeiro a julho. Lembro que saía para caminhar antes de ir trabalhar, e os poemas iam aparecendo. Foi uma época bem frutífera e um processo bem prazeroso. Eu ia dormir pensando que caminharia no dia seguinte e escreveria mais. Há escritores que têm a disciplina de escrever todos os dias, mas eu sou mais caótico. Escrevo quando aparece o conceito e, num período concentrado, me disciplino até concluir um livro”, explica o autor de “Uma cidade se inventa” (Scriptum), lançado em 2015, e finalista do Jabuti no ano seguinte, no qual investiga entre a cidade que o acolheu e as palavras.

“Belo Horizonte, que é historicamente nova, sempre teve escritores. É uma das raras cidades do mundo que já nasceu com o testemunho de poetas, contistas, romancistas, cronistas. Isso marcou muito a vida da cidade. Tem lugares como o Centro, a Pampulha, a Lagoinha que são sempre citados em livros de escritores de várias gerações, tanto os canônicos, como Carlos Drummond de Andrade, quanto os contemporâneos”, observa. “Moro aqui há mais de 25 anos. Ainda que a literatura e o jornalismo, atividades com que mais lido, tenham sido colocadas em crise nas últimas décadas, aqui a relação entre os livros e a cidade é muito forte. Belo Horizonte tem uma capacidade autodestrutiva, de não preservar seu patrimônio, sua história. Existem iniciativas de preservação. Procuro, nesse contexto, pensar na importância de estar em contato com as pessoas, procurando interferir, de alguma forma, na vida da comunidade em que vivo. Escrevendo livros, fazendo reportagens, ou dando aulas, tenho tentado interferir na vida da cidade”, acrescenta ele, que, comemorando os 20 anos de “Samplers”, sua estreia, ganha, este ano, uma antologia espanhola reverenciando toda a sua produção.

Como seu biografado Wander Piroli, Fabrício Marques surge em “A máquina de existir” apresentando uma literatura precisa, palatável ainda que complexa. O jornalista não lhe foge do corpo e o poeta quer comunicar, parece defender com a obra. “A poesia não precisa ser hermética”, concorda Fabrício, para logo concluir: “Ela precisa comunicar, chegar ao leitor, sem abrir mão do rigor. Esse poema ‘Minha humanidade’, que abre o livro, tem uma linguagem bem acessível, mas com um tom filosófico e metafísico. Apesar de ter sido escrito em 2014 — foi concebido depois das jornadas de junho de 2013, de uma tomada de consciência política da sociedade brasileira —, ele reflete sobre a nossa condição de estar no mundo e no agora. Pensava: como podemos nos relacionar num país em certo sentido periférico, com tantas questões a serem resolvidas?”

“PIROLI: UMA MANADA DE BÚFALOS DENTRO DO PEITO” E “A MÁQUINA DE EXISTIR”

Lançamentos de Fabrício Marques, nesta segunda, 20, às 19h, no Bar da Fábrica (Av. Getúlio Vargas 200 – Centro)

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 19/08/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/19-08-2018/filhos-convivem-com-a-ausencia-e-a-dor-provocadas-pelo-feminicidio.html

Título: Filhos convivem com a ausência e a dor provocadas pelo feminicídio

“Nunca mais vou ver a mamãe? Como eu faço agora?” A pergunta que J., 7 anos, fez ao tio logo após a descoberta da morte da mãe expõe o drama das famílias devastadas pela violência doméstica em Juiz de Fora. Vítima do próprio marido, com quem teve três filhos, Marina Gonçalves Cunha, 35 anos, deu o último boa noite às crianças no apartamento do Bairro São Mateus em 21 de maio de 2018. Quando o menino, na época com 6 anos, e as meninas de 5 e 2 anos acordaram no dia seguinte, a psicóloga não estava mais lá para oferecer o beijo que os esperava a cada manhã. A rotina deles foi brutalmente interrompida após o pai, Pedro Araújo Cunha Parreiras, 38 anos, estrangular a mulher, esconder o corpo dela em um carrinho de supermercado e despejá-la em uma mata na região do Parque da Lajinha no início da madrugada de uma terça-feira. Da noite para o dia, J., M. e V. perderam a mãe e o pai, já que o empresário segue preso pelo crime de feminicídio. Sem compreenderem bem a ausência, os filhos de Marina tentam reencontrá-la na memória. “Quando quiser ver sua mãe, feche os olhos, coloque a mão sobre o coração e pense nela”, respondeu o tio de J. O garoto assimilou o conselho imediatamente. Naquele momento, uma lágrima escorreu do rosto da criança.

Levantamento exclusivo realizado pela oficial de apoio judicial e mediadora, Senira Regina Rocha, 60 anos, aponta que, só este ano em Juiz de Fora, 140 homens foram presos em flagrante por causa da violência doméstica. Significa que, a cada um dia e meio, a polícia localiza e detém um agressor. Para tentar entender o complexo fenômeno da violência que nasce entre quatro paredes e é praticada, geralmente, por quem mais se confia, a Tribuna ouviu especialistas, delegados, juízes e, principalmente, familiares de mulheres que não tiveram nenhuma chance de se defender. Também deu voz às sobreviventes de crimes que são cotidianamente praticados e tolerados por uma multiplicidade de fatores que vão desde o medo até a dependência financeira, afetiva e emocional. O jornal entrevistou, ainda, quem desenvolve trabalhos de acompanhamento junto aos agressores e buscou traçar um perfil sobre homens cuja cultura machista e a criação violenta os ensinaram a enxergar o sexo feminino com olhar de posse, desumanizando a mulher. A matéria publicada neste domingo é a primeira parte das reportagens especiais que tratam do tema.

17 casos envolvendo feminicídio no Tribunal do Júri desde 2015

Desde 2015, quando a lei do feminicídio foi aprovada, 17 casos tentados e consumados chegaram ao Tribunal do Júri na Comarca de Juiz de Fora, entre eles o de Marina. Deste total, sete já foram julgados, resultando em cinco condenações. Um foi impronunciado – quando não há comprovação da autoria – e outro recebeu medida de segurança por ter sido o autor considerado inimputável, sendo encaminhado para o manicômio judiciário em Barbacena. Outros dez seguem em tramitação. A delegada de Mulheres, Ângela Fellet, explica que o feminicídio é um homicídio qualificado, ou seja, tem pena mais alta, por ser crime hediondo. “O feminicídio entrou no Código Penal como uma das outras qualificadoras do homicídio em 9 de março de 2015. Existe para proteger ainda mais a mulher, para que a pena tenha um caráter inibidor. No feminicídio, o agressor usa da condição de vulnerabilidade da mulher, do sexo feminino, para cometer a violência”, explica.

O caso de Marina, por exemplo, ainda aguarda pronúncia, ou seja, a denúncia de feminicídio foi acatada, mas ainda não foi definido se o réu vai a júri popular. Enquanto o destino de Pedro Parreiras, preso preventivamente, está nas mãos da Justiça, a família da psicóloga tenta se organizar em um mundo sem Marina. Desde que a única filha mulher foi assassinada, a artista plástica Marlene Gonçalves da Cunha, 62 anos, está com a guarda dos três netos, atualmente com 7, 6 e 3 anos. J., o primogênito, ainda vai passar por exame psicossocial a pedido da Justiça para comprovar a denúncia do Ministério Público de que ele presenciou a morte da mãe dentro de casa. “Marcamos psicóloga no dia seguinte (à descoberta do crime). Fomos orientados a contar para eles logo, porque a escola inteira já estava sabendo.”

Segundo ela, a ideia inicial era uma história com marionetes, mas nem tudo saiu como planejado. Além do apoio do marido e do filho, a avó conta com a presença da irmã que morava no Rio de Janeiro. “Ela está comigo me dando uma força. É muita responsabilidade. A morte da Marina teve uma consequência muito grande. Acabou com a vida de todo mundo”, comenta a mãe da psicóloga. Em 19 de junho, quando Marina completaria 36 anos, a família preparou uma festa de aniversário em homenagem a ela. “As crianças passaram o dia desenhando”, contou a avó. Balões e cartazes com mensagens de amor à mãe contornaram a mesa do bolo, enfeitada com flores e fotos da psicóloga. “Eu achava que tinha sido uma mãe perfeita, mas não cheguei aos pés da Marina. Ela teve pressa em ter filhos, parece que pressentia. Eles choram à noite com saudade.”

Encontro com o pai

Uma semana depois de ser preso, em 7 de junho, o empresário acusado de matar Marina obteve o alvará de soltura concedido em caráter liminar por um desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Logo depois que o habeas corpus foi derrubado pelo próprio TJ, no dia 27 do mesmo mês, Marlene levou os filhos para verem o pai no Campus da UFJF. “Ele seria preso novamente, e a mãe dele ligou implorando para deixá-lo ver os meninos. Quis ser humana, apesar da dor que é muito grande.” As crianças ficaram cerca de uma hora com o pai naquele dia. “O que ele fez não tem justificativa”, diz a avó materna.

No dia em que foi morta, Marina havia acabado de chegar de um curso de coaching em São Paulo, onde ficou uma semana. “Ela estava muito triste, parecia ter chorado. Mas eu achei que era cansaço da viagem. Passou a tarde arrumando a minha mala para ter certeza que eu viajaria com eles para o Rio Grande do Sul (dois dias depois)”, contou a artista plástica.

‘Ela não atendeu’

Após a despedida, elas ainda trocaram algumas mensagens. “Eu fiquei ligando, mas ela não atendeu mais. Depois o Pedro falou que ela tinha saído de casa. Pensei que tinha acontecido uma coisa muito séria com a Marina, porque ela só poderia ter surtado para fazer uma coisa dessas. Não tinha levado bolsa e nem celular. Quando eu já estava saindo para ir à delegacia, ele me ligou dizendo que ela havia ligado.” Sem notícias do paradeiro dela, a família foi ludibriada por 17 dias. Após descobrir a verdade, a mãe passou a refletir sobre o comportamento do genro. “Foi muito bárbaro o que ele fez, muito sangue frio.”

Na última terça-feira (14), Marlene não teve forças para prestar depoimento no Tribunal do Júri durante a audiência do caso. “A gente estava no corredor esperando, aí o Pedro passou, e eu me senti muito mal.”

Sem respostas para os questionamentos infantis

Explicar para as crianças o que nem os adultos conseguem entender não é uma tarefa fácil. “Vó, a mamãe vai poder colocar um bracinho no lugar do outro que foi arrancado, como acontece com as bonecas?” A pergunta de A., de apenas 4 anos, deixou a faxineira Maria Aparecida Inácia Magalhães sem palavras. Há dois anos, quando a filha Kacyana Magalhães Silveira, 27, foi internada no CTI do Hospital de Pronto Socorro após ser estuprada, espancada e queimada viva, ela ainda não tinha uma resposta para a menina.

Kacyana, porém, não resistiu aos ferimentos provocados pela agressão cometida em 30 de julho de 2016, cuja gravidade chocou uma cidade inteira. Encontrada dentro de uma valeta em uma região do município conhecida como Serra Pelada, ela estava com os pés amarrados com arame farpado, a calça abaixada na altura do joelho, o rosto sangrando e o tórax incinerado com exposição do osso, sendo identificada somente no dia seguinte. “Quando ligaram do HPS para fazer o reconhecimento de uma moça com as características da Kacyana, a gente estava almoçando. Na hora que eu entrei no HPS, as meninas do hospital já viram semelhança entre nós duas, porque, apesar dos ferimentos graves, minha irmã não estava irreconhecível. Quando cheguei na emergência e olhei pelo vidro, eu disse: é ela. Aí veio todo mundo me dar assistência. O médico disse que ela não teria nem 72 horas de vida”, revelou Poliana, 31 anos.

Kacyana, porém, sobreviveu por dois meses. No CTI, ela soube que o autor do crime de feminicídio, Douglas Justino Machado, que foi preso por tráfico de drogas logo após violentar a jovem, já teria sido identificado. Para a polícia, Douglas contou ter agredido Kacyana porque estava “com muita raiva dela”. Disse que, no dia do crime, deu uma carona para ela com a intenção de cobrar o sumiço de uma droga que estaria sendo guardada por ela. Com uma extensa ficha criminal, que vai de roubo a estelionato, ele admitiu ter provocado o traumatismo craniano nela com o capacete de sua moto. Também confessou ter sido o responsável pelo incêndio no corpo dela, embora não saiba explicar porque a queimou, mas negou o estupro. A família de Kacyana diz que ele estava interessado nela e, como ela se relacionava com outro rapaz, isso teria motivado o crime.

Medo

O fato é que as filhas de Kacyana, que atualmente moram com o pai, também foram afetadas pela violência praticada contra a mãe. M., na época com 7 anos, chegou a confidenciar à avó que ela também poderia ter se tornado uma vítima. “Se estivéssemos com a mamãe, tinha acontecido a mesma coisa com a gente, né, vó”? A pergunta é mais uma daquelas que os adultos não sabem responder. A única certeza da mãe de Kacyana é que o fim dela não precisava ter sido dessa forma. “Eu não sei o que é verdade e o que é mentira e nem o que levou aquele homem a fazer aquilo. Se fosse o caso de droga, ele não iria estuprá-la e fazer tudo que fez. Eu sinto muito mesmo. A Kacyana foi uma filha que me deu trabalho, sim, mas não merecia esse fim. Ninguém merece”, lamentou a faxineira Maria Aparecida Inácia Magalhães.

‘Mamãe desmaiada no chão’

Cuidar da neta L. de 4 anos é prioridade na vida da dona de casa Elaine da Silva Parenti, 53. A menina perdeu precocemente a mãe, Sthefania Parenti Ferreira Novaes, 29, assassinada com três tiros no tórax e abdômen disparados pelo ex-marido e pai da criança, o policial militar Gilberto Ferreira Novaes, 35. Além de ver a mãe morta, a menina ainda foi sequestrada pelo pai, aumentando a angústia da família. O homem não estaria aceitando o fim do relacionamento e já vinha importunando a vítima de forma violenta.

O crime ocorrido no dia 14 de abril deste ano, em Santos Dumont, com cerca de 50 mil habitantes, mobilizou a cidade e o país. Após cinco dias em fuga, o militar acabou capturado em Belo Horizonte, quando tentava conseguir documentos falsos, nas proximidades de um shopping popular, no Centro da capital mineira. Ele estava junto da filha, que ficou sob a tutela da PM até a chegada dos familiares.

Quatro meses depois da tragédia, Elaine e a neta aprendem, um pouco a cada dia, a lidar com a dor da perda. “Eu supunha que ela tinha visto, agora tenho certeza. Um dia me mostrou direitinho o lugar onde Sthefania ficou caída e disse: ‘mamãe desmaiada no chão’.” A avó conta que a menina está sendo acompanhada por uma psicóloga do SUS. “Foi minha irmã quem conseguiu, e ela está melhorando. Estamos fazendo de tudo para agradá-la e brincamos muito com ela para não ficar lembrando.”

As marcas da violência já estavam presentes em L. antes mesmo de a mãe morrer. Um vídeo gravado por Sthefania poucos dias antes do assassinato revela que a menina cantava músicas usando como letra os diálogos mantidos dentro de casa durante as ameaças sofridas pela vítima: “Ai, meu Deus, sai de perto de mim/Você só pensa em matar a minha vida/Você quer destruir a minha vida/Você está parecendo um louco/Eu ligo para a polícia, não faça nada comigo”, reproduzia a menina em forma de canção.

Apesar de tentar apagar as impressões de todo aquele horror, Elaine não deixa a pequena esquecer sua mãe. “Dei um celular para ela com a foto das duas juntas, e ela olha sempre que quer. Falo que a mamãe virou uma estrelinha.”

Sthefania também deixou um casal de filhos do primeiro casamento: uma menina de 10 e um garoto de 12 anos. “Eles moravam com o pai, e ela pegou a guarda definitiva da filha duas ou três semanas antes de acontecer essa tragédia”, lamenta Elaine. “A menina vem brincar com a irmã nos finais de semana, mas o menino prefere não vir. Ele chorou muito.”

A avó atualmente se divide entre sua casa alugada e a residência da filha, onde tudo aconteceu, no Bairro Córrego do Ouro. Ela sabe que os netos mais velhos compreendem o ocorrido, mas vive as dúvidas sobre qual a melhor forma de tratar a questão com a caçula. “Não sabemos como lidar”, desabafa.

Lei só no papel

Apesar dos enormes avanços da Lei Maria da Penha, sancionada há 12 anos, Elaine da Silva Parenti acredita que, na prática, a norma não teve a eficiência que deveria. “Uma porta ficou marcada com um soco que ele deu. Eu vivia falando com minha filha, e ela achava que ele ia melhorar. Mas tornou a fazer de novo.” A vítima chegou a registrar, pelo menos, quatro boletins de ocorrência contra o ex-companheiro. Em novembro de 2017, ele foi preso após usar a pistola ponto 40 de serviço para ameaçar a ex-mulher. Em fevereiro, houve nova ameaça, mas conseguiu fugir. No mês seguinte, a vítima registrou boletim por agressão após ter sido puxada pelo braço em um desentendimento relacionado à criança. Já no início de abril, a vítima registrou BO de perturbação via telefone.

“Fizemos tudo direitinho, mas acho que houve descaso. Ela chegou a ficar com o corpo todo roxo, e não fizeram nada. Só por que ele era policial? Isso revolta a gente. Se a lei fosse cumprida, ele ficaria com medo, e isso não teria acontecido. Minha filha poderia estar viva”, diz Elaine, acrescentando que tanto Sthefania quanto os avós possuíam medidas protetivas. “Naquela noite, iria ficar com ela, mas depois me disse que não precisava. Se eu estivesse lá, teria me matado também porque, com certeza, eu iria entrar na frente dela. Era minha única filha. Emagreci muito desde que ela morreu. Não me conformo. Que lei é essa? A mulher só está protegida no papel. São muitas perguntas sem respostas.”

O militar segue preso em um Batalhão da PM em Contagem (MG), enquanto corre o processo. Se ele for excluído da corporação, passará à custódia da Justiça Comum. Ainda não há data para o julgamento do crime de feminicídio. Segundo informações do TJMG, também estão em andamento outros dois processos em que Gilberto aparece como autor, e Sthefania como vítima: um de ameaça e outro de lesão corporal decorrente de violência doméstica.

‘O cerne da violência é o machismo’

Desde abril, o descumprimento das medidas protetivas de urgência resulta na prisão do agressor. A mudança em artigo da Lei Maria da Penha é mais uma forma de tentar proteger a mulher. Para a titular da delegacia especializada, Ângela Fellet, as medidas protetivas são eficientes sim e o que houve de mais inovador na norma. “O mero descumprimento da medida protetiva passou a ser considerado crime. Se o agressor não for pego em flagrante, instauro inquérito por descumprimento das medidas protetivas para, depois, indiciá-lo”, explica Ângela, que vê na violência doméstica um ciclo vicioso. “Todas nós, de qualquer classe social, já fomos vítima de violência doméstica, porque a partir do momento que um namorado impede que a gente use uma determinada roupa, que vá a determinado lugar, que saia sozinha com as amigas, isso é violência psicológica, ele está de certa forma te dominando, o que não acontece ao contrário. Eu, como Delegada de Mulheres, afirmo já ter sido vítima de violência psicológica diversas vezes em relacionamentos anteriores. Primeiro a vítima começa a sofrer agressões verbais, violência psicológica e, se a vítima cede, passa-se depois para as agressões morais – xingamentos, humilhações -, e aí a violência vai crescendo para a violência física e sexual, porque, mesmo casada, não existe obrigação de a mulher ter relação sexual com o marido se ela não quiser. Cabe mesmo delito de estupro nesse caso. Então passa para as agressões físicas, sexuais, podendo chegar até a morte”, afirma a delegada.

Para ela, o problema atinge todas as classes sociais, sendo mais visível entre classes menos favorecidas por causa da dependência financeira. A dependência emocional, no entanto, também está presente, além do medo de perder a guarda dos filhos ou de fazer com que eles sofram diante de uma separação. “Tem ainda a crença que o homem vai mudar, porque o marido agride, depois tem a fase do arrependimento, do perdão, ela perdoa, ele acha que vai ser sempre assim, aí age uma segunda vez. O alcoolismo e as drogas são outro problema e grandes fatores para os agressores. A gente não está lidando apenas com uma questão de segurança, mas de saúde pública. O machismo também está presente, porque muitos homens olham a mulher como um ser inferior ou se sentem donos dela.”

Senira Regina Rocha, oficial de apoio judicial e mediadora, lembra que é preciso um olhar multiprofissional para lidar com violência doméstica. “Não é um crime comum. Na grande massa da violência doméstica você está lidando com relacionamentos, com famílias, com homens que aprenderam a ser violentos no correr de toda a vida. O cerne da violência é o machismo. Desde pequenininha te ensinam que o seu irmãozinho pode jogar bola e você tem que cuidar de boneca, arrumar e limpar a casa. A gente ainda não conseguiu mudar nem a visão das empresas que não pagam as mulheres o mesmo que os homens. E aí tem um candidato a Presidência da República que diz que as mulheres têm que ganhar menos mesmo. Acho que vai levar gerações pra gente começar a ver mudança nesse tipo de coisa.”

Filhas esperaram 9 anos por condenação de pai

O ano era 2009: às vésperas do Réveillon, L. e C., de 10 e 12 anos, viram a mãe ferida, ensanguentada no corredor de acesso à residência onde moravam, na Avenida Olegário Maciel, no Bairro Paineiras, região central. O comerciante Marcos André Canavellas Pereira, 49, inconformado com o pedido de separação, atacou a mulher e mãe de suas duas filhas com arma branca, causando, pelo menos, seis perfurações cortantes. A vendedora Jomara Amaral tinha 38 anos e muitos planos pela frente, como passar a virada daquele ano em Cabo Frio (RJ) com as meninas. Mas sua vontade de viver não superou a violência que sofreu. .

“Foi muito difícil para todo mundo. Eu estava em Cabo Frio e até desmaiei na praia. Tive que vir embora às pressas. Minha mãe criou as meninas, mas até hoje não sabemos como ficou a cabeça delas, porque é um assunto que não gostam de comentar. A C. fez 20 anos e cursa engenharia. A L., de 18, não está estudando. Acho que foi a mais afetada. Ela era muito grudada na Jomara”, conta a irmã da vítima, a despachante Denise Amaral, 49 anos.

Na época do crime, ainda não estava em vigor a lei do feminicídio. A dor da família foi agravada pela sensação de impunidade, já que Marcos permaneceu solto por quase nove anos, até ser condenado a 22 anos de prisão no último dia 17 de julho, quando saiu preso do Tribunal do Júri. “Após a condenação, as filhas disseram só que ele teve o que mereceu e que agora teria que pagar”, explica Denise.

Trauma

Da mesma faixa etária que as filhas de Jomara, a sobrinha da vítima e estudante de direito, Juliana Amaral, 21, viveu o trauma junto com as primas, que foram morar na mesma casa que ela, até o falecimento da avó, no final do ano passado. “Minha vó morreu sem ver a justiça ser feita, mas acreditava na justiça divina. Graças a Deus agora tivemos esse alívio com a condenação. Mas o assassinato da minha tia acabou com a vida da minha vó também. Ela já era velhinha e teve a responsabilidade de acabar de criar as meninas”, desabafa Juliana.

Também com 12 anos na época, a estudante lembra ter ficado “espantada” com o homicídio da tia. “Foi um choque para mim. Ela era minha segunda mãe. A C. me contou que a última coisa que a mãe falou quando estava caída no chão foi que, independente do que acontecesse, amava muito elas.” Para Juliana, o tempo de espera pela prisão aumentou a ferida. “L. nunca teve contato, sempre morreu de medo do pai. A C. tentou conviver com ele por um tempo, mas depois tomou ódio dele. Cresceram sem os dois. Nem quiseram ir ao julgamento. Ainda é uma dor muito grande para elas.”

Maior conscientização

Integrante do coletivo feminino Maria Maria, Laiz Perrut, 27 anos, pontua que casos de feminicídio estão vindo mais à tona e ganhando repercussão porque antes eram tratados como homicídios comuns. “Isso chega na sociedade e cria mais conscientização. A violência sempre aconteceu, mas os esclarecimentos estão contribuindo para as mulheres se sentirem mais seguras. O julgamento da Jomara demorou, mas teve uma condenação. Ele matou, foi preso e vai responder. Não vai ficar por isso mesmo.”

A militante destaca que, embora o agressor mire a vida da mulher, acaba impactando de forma profunda muita gente em volta, sobretudo as crianças que ficam. “Quando acontece um crime desse, toda a família sai prejudicada. Os filhos perdem a mãe, que foi morta, e o pai, que foi o assassino. Tanto no caso da Jomara, quanto no da Marina, os filhos passaram a ser criados pela avós. É um trauma muito grande para essas crianças, porque a mãe morreu praticamente na frente delas.”

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 20/08/2018

Link:  https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/20-08-2018/estudantes-protestam-contra-assedio-na-ufjf.html

Título: Estudantes protestam contra assédio na UFJF

Estudantes do Diretório Acadêmico Murílio de Avellar Hingel, do curso de Pedagogia, organizaram uma manifestação contra abusos sexuais e morais denunciados dentro da Faculdade de Educação (Faced) e ainda lembraram outros casos suspeitos ocorridos no Campus da UFJF. O protesto contou com a participação discente do Programa de Pós-Graduação em Educação, do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e dos Coletivos Marielle Franco, Maria Maria e Levante Popular da Juventude. O objetivo foi levantar a discussão sobre as formas de combater os abusos e os instrumentos de denúncia e acompanhamento. O protesto desta segunda-feira (20) se seguiu a outro ato silencioso ocorrido na última semana na Faced, quando cartazes denunciando a situação foram espalhados pela unidade. Com as ações, as estudantes chamam a atenção para dois casos suspeitos de assédio sexual e moral, que foram denunciados por alunas do setor e cujo processo de apuração ainda não foi finalizado.

“Quando uma mulher faz uma denúncia sobre assédio, outras mulheres que passaram pela mesma situação, com o mesmo professor, tomam coragem de denunciar. O intuito não é só dar visibilidade às queixas, mas mostrar a existência do assédio como um todo na universidade”, explicou a integrante do Maria Maria, Laiz Perrut. O trabalho de acolhimento dos coletivos, embora não seja especializado, ajuda as vítimas a encontrarem caminhos para assistência e resposta aos casos. “Agora que contamos com a ouvidoria, temos um caminho importante, porque lá é instaurado o processo, depois ele volta para a unidade e, quando finda, retorna para a Reitoria. A Delegacia da Mulher também pode e deve ser procurada, desde que seja a vontade da mulher. Mas a importância de passar pela ouvidoria é porque, como processo interno, prevê a sanção para o assediador”.

A manifestação gerou pressão. Outros relatos surgiram, não só dentro da Faced, mas também em outras unidades. “Infelizmente, esses casos não são isolados. Como o movimento corre em sigilo, não podíamos expor os envolvidos. Mas aproveitamos esse espaço para nos manifestar contra o assédio. Pretendemos unir as instituições, os movimentos estudantis, diretores e coordenadores, para que levem essa pauta para discussão nos conselhos superiores”, disse a presidente do DA da Educação, Talita Toschi. A intenção é que a questão seja levada para fora dos muros da universidade. “O assédio está aí, as mulheres estão sofrendo. Elas não sabem que podem se manifestar, e nós temos que levar essa informação, promover a justiça, porque há muito sofrimento envolvido”, reforça Maria Laura Barbosa. Ainda de acordo com Talita, a presença dos coletivos torna mais forte a ação. “Nossos corpos têm que estar juntos, tem que haver uma sororidade. Essa união dá muito mais força para as reivindicações. Depois que ficamos sabendo desse caso, vieram memórias na nossa cabeça, sofremos fora daqui. É uma empatia imensa, precisamos estar juntas.”

Conhecimento público

O diretor da Faculdade de Educação, Álvaro Quelhas, explicou que houve uma conversa com as alunas diante da solicitação delas. “O tema é de conhecimento público pelo uso de cartazes, consideramos legítimo esse posicionamento, da mesma forma como somos contrários a qualquer tipo de assédio moral ou sexual. Na verdade, o tema não é novo para nós, temos grupos de pesquisa que atuam na área e já tiveram inúmeras oportunidades de discussão sobre isso academicamente. Agora vivemos o tema de maneira diferente. Observamos os trâmites adequados e temos lidado com a denúncia de maneira preliminar.” Ainda de acordo com ele, a expectativa é de que o processo seja finalizado com os devidos esclarecimentos e encaminhamentos dados pela Administração Superior.

A UFJF se pronunciou por meio de nota dizendo que, “no que tange ao trâmite legal, houve uma comissão de sindicância e um processo administrativo que seguiu o rito normal. A comissão já terminou os trabalhos e o processo se encontra na Procuradoria Federal”.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Notícias

Data: 20/08/2018

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2018/08/20/estudantes-da-ufjf-se-mobilizam-para-pedir-interpretes-de-libras.ghtml

Título: Estudantes da UFJF se mobilizam para pedir intérpretes de Libras

Estudantes do curso de Educação Física da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) fizeram uma manifestação nesta segunda-feira (20) pela falta de intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras) para alunos com deficiência auditiva na instituição.

Após a manifestação, que foi da Faculdade de Educação Física até a Faculdade de Educação, os alunos se reuniram com a Pró-Reitoria de Graduação da UFJF (Prograd). A assessoria da instituição disse que está empenhada na inclusão de pessoas com deficiência e que nomeou, desde julho de 2017, cinco intérpretes efetivos em Libras.

A ação desta segunda foi motivada pela história de Hiago da Silva, um estudante do primeiro período do curso. Desde o início do período letivo, que começou no dia 6 de agosto, ele assiste às aulas sem o acompanhemento adequado.

Com a ajuda de uma estudante do curso de Letras da UFJF, o jovem contou ao MGTV que, após sua aprovação, constatou que não teria o atendimento de um intérprete de libras e sentiu que enfrentaria dificuldades durante o curso.

A UFJF disse ainda que um processo de contratação de três profissionais da área está em fase de conclusou. Foram demandadas ao Ministério da Educação (MEC) 33 vagas para a contratação de intérpretes de Libras, mas apenas três foram oferecidas.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 20/08/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/20-08-2018/estudantes-fazem-protesto-na-ufjf-por-mais-acessibilidade.html

Título: Alunos protestam por inclusão na UFJF

Um cartaz se destacava entre o grupo de 80 estudantes da UFJF, que realizou protesto na manhã dessa segunda-feira (20), no campus da instituição. A peça mencionava o tema da última redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2017, que tratava dos “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”. O ato foi motivado pela situação enfrentada pelo estudante Hiago Thales Furtado da Silva, da Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid), mas também contou com a presença da aluna Ana Lua Oliveira, do curso de Arquitetura e Urbanismo, que vive a mesma dificuldade. Embora surdos, eles não teriam acesso a um intérprete para Língua Brasileira de Sinais (Libras), o que compromete o desempenho acadêmico de ambos.

O movimento foi organizado pelo Diretório Acadêmico (DA) Carlos Campos Sobrinho da Faefid que, junto com a direção da unidade, a Atlética e a Empresa Júnior da Faculdade, questiona a dificuldade de acesso do calouro à acessibilidade. Na Câmara Federal, um projeto de lei, em tramitação desde 2015, torna obrigatória a presença de tradutor e intérprete de Libras em salas de aulas, dos ensinos médio e superior. Atualmente, o projeto aguarda parecer do relator na Comissão de Finanças e Tributação. Eles percorreram o anel viário, pararam na Faculdade de Educação, onde também fizeram um alerta sobre a situação, seguiram em direção à Faculdade de Letras, onde repetiram o gesto e, em seguida, foram recebidos no Anfiteatro da Reitoria, pelos pró-reitores de Graduação, Assistência Estudantil, Gestão de Pessoas e pelo diretor de Ações Afirmativas, que ouviram e responderam as demandas dos estudantes.

O problema, no entendimento dos manifestantes, seria maior do que os casos específicos de Hiago e Ana Lua. Eles apontam que a graduação de Letras/Libras também sofre com a falta de intérpretes e instrutores, que auxiliam os estudos.

“Todas as 16 licenciaturas precisam fazer a disciplina de Libras, e ela não é acessível. Temos três turmas, e é impossível conseguir vagas para todos. Então fica mais grave, porque a própria formação em Libras demanda profissionais”, reforça Raquel.

Embora demonstre felicidade por ter sido aprovado para o curso, Hiago se preocupa com a dificuldade em acompanhar os conteúdos transmitidos pelos professores.

O estudante ficou surpreso com a mobilização dos colegas. “Eles não precisavam fazer isso, mas eles escolheram me ajudar. Somos uma família, e isso me deixa muito feliz. Espero que a gente consiga fazer com que a UFJF melhore na inclusão”, afirmou o calouro de Educação Física.

“Essa é uma realidade de toda a UFJF. São inúmeros os casos de condições que atrapalham pessoas com deficiência a permanecer na UFJF, não é uma exclusividade dos surdos. Sem sair da própria Faefid, os elevadores estão sem funcionar. Quem tem uma dificuldade de locomoção e precisa acessar os pisos superiores não consegue. Há um avanço que é a contratação de um intérprete que está em andamento e foi uma solicitação do Diretório ao Conselho Superior da UFJF. É muito pouco diante da demanda, mas é um avanço”, avaliou Victor Victor, presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE).

‘Estamos limitados por questões governamentais’

De acordo com o pró-reitor de Assistência Estudantil e Educação Inclusiva, Marcos Souza Freitas, é prioritária a capacitação dos técnicos administrativos em Educação e dos docentes, embora ele mesmo tenha pontuado que essa formação não é rápida. Os pró-reitores admitiram a falta de docentes e de intérpretes no curso de Letras/Libras e eles lembram que o curso forma professores e não intérpretes, o que gera uma demanda reprimida grande. Eles definiram uma nova agenda com uma comissão formada após a conversa com os estudantes, para continuar discutindo o assunto e levantando proposições. “Lutamos contra um padrão hegemônico de exclusão. As demandas são muitas e muito diferentes, por isso, enfrentamos muitas dificuldades. É óbvio que eles têm direito, mas, quando chegam nas unidades, os professores realmente não sabem lidar. Nunca quisemos enganar ninguém, mas estamos limitados por questões governamentais.”

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Veículo: TV Integração – Globo

Editoria: MGTV

Data: 20/08/2018

Link: http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/videos/v/alunos-da-ufjf-se-mobilizam-pela-falta-de-interpretes/6957896/

Título: Alunos da UFJF se mobilizam pela falta de intérpretes

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Notícias

Data: 20/08/2018

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2018/08/20/jovem-tem-celular-roubado-dentro-do-campus-da-ufjf.ghtml

Título: Jovem tem celular roubado dentro do campus da UFJF

Uma jovem de 25 anos teve o celular roubado por um ladrão armado de faca dentro do Campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O caso foi registrado na noite de sábado (18)

De acordo com a vítima, ela foi abordada, ameaçada e o ladrão fugiu em uma bicicleta.

Segundo a Diretoria de Imagem Institucional, o roubo ocorreu próximo à Faculdade de Direito e as imagens das câmeras de monitoramento próximas foram encaminhadas para a Polícia Civil, que irá investigar o caso.

Com base na descrição, Polícia Militar (PM) e a equipe de vigilância da UFJF fizeram uma ronda. Um suspeito chegou a ser detido, mas não foi reconhecido pela vítima.

Quem tiver informações que ajudem na investigação pode repassar, de forma anônima, pelo telefone da PM, 190, ou pelo Disque-Denúncia Unificado (DDU), 181.

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Veículo: Rádio CBN

Editoria: Podcast

Data: 20/08/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/podcast/sociedade/20-08-2018/ufjf-no-ar-a-importancia-do-voto.html

Título: UFJF no AR- A importância do voto

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Veículo: Brasil Escola

Editoria: Notícias

Data: 20/08/2018

Link: https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/noticias/ufjf-encerra-periodo-inscricoes-no-vestibular-2018-ead/343375.html

Título: UFJF encerra período de inscrições no Vestibular 2018 EaD

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, finaliza nesta segunda-feira, dia 20 de agosto, o prazo para inscrições em seu Vestibular 2018 para cursos a distância (EaD). Os interessados devem se inscrever pela internet pagando uma taxa no valor de R$ 120.

Em alguns casos, a instituição recebeu pedidos de isenção. O resultado, com a relação de beneficiados foi liberado no dia 15 de agosto e pode ser conferido neste link.

Nesta edição, a UFJF disponibiliza 750 vagas em graduações ministradas no âmbito da Universidade Aberta do Brasil (UAB), sendo que 50% estão reservadas para estudantes de escolas públicas. São oferecidas oportunidades para os cursos de Administração Pública, Educação Física, Física, Matemática e Química.

Os candidatos podem se inscrever para duas modalidades de seleção: Provas Tradicionais ou Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No primeiro caso, serão oferecidas 70% das vagas, enquanto que na segunda possibilidade serão disponibilizadas 30% das oportunidades.

Provas

Segundo o Edital do Vestibular, os que optarem por fazer as provas da UFJF terão acesso ao comprovante de inscrições, com informações sobre os locais de provas, no dia 11 de setembro. O exame está marcado para 16 de setembro e será aplicado das 9h às 13h.

Neste caso, os vestibulandos deverão responder 50 questões objetivas, sobre as disciplinas do ensino médio. Haverá aplicação de provas nas cidades em que estão localizados os polos de atendimento presencial, a saber: Boa Esperança, Governador Valadares, Juiz de Fora, Salinas e Sete Lagoas.

Enem

Já os estudantes que desejarem concorrer às vagas oferecidas via Enem, precisam ter participado do exame do MEC em 2016 ou 2017. Neste caso, a UFJF vai considerar a soma das pontuações obtidas em cada área do exame, inclusive na Redação.

Resultados

No dia 21 de setembro será liberado o resultado final, com a lista de aprovados neste vestibular. O Edital de Matrículas, com prazos e procedimentos, deve ser disponibilizado posteriormente.

Veja outros detalhes no site da Copese/UFJF ou no Edital do Vestibular.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 20/08/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/20-08-2018/ciencia-ao-bar-comemora-um-ano-com-palestra-de-professor-premiado-pela-capes.html

Título: Ciência ao bar comemora um ano com palestra de professor premiado pela Capes

Trezentos e sessenta e cinco dias, 19 edições, mil participantes, 20 pesquisadores palestrando. O projeto Ciência ao Bar comemora um ano de existência nesta quarta-feira (22). Para marcar a data, a 20ª edição do evento terá a presença do professor do curso de Sociologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Dmitri Fernandes, que lançará o livro Sentinelas da Tradição, baseado em sua tese de doutorado, que trata sobre a sociologia da música, vencedora do prêmio Capes de melhor tese da área em 2011. Dmitri falará ao público sobre os aspectos políticos, econômicos e sociais por trás do gosto musical. O evento ocorrerá na quarta-feira, às 19h, no Bar Arteria, que fica na Rua Chanceler Oswaldo Aranha, 535, São Mateus.

Para o organizador do Ciência ao Bar, Lucas Miranda, o melhor em poder comemorar a data é ver que o evento está resistindo e se solidificando. “O fato de ser um evento de divulgação científica, o primeiro em Juiz de Fora neste formato, e independente, ele está resistindo. A gente não tem vínculo com a UFJF, apesar de a universidade nos apoiar bastante e a também não temos vínculo com nenhuma empresa. Recebemos um patrocínio, mas ele é pequeno. Vemos também que cada vez mais as pessoas se interessam pelo assunto”.

Lucas conta que o projeto serve de modelo e inspiração para o universo da divulgação científica de outros estados. “Alguns pesquisadores me procuram para participar do evento como palestrantes. Eu recebi convites para dar palestras sobre divulgação científica. Pessoas de outros estados me procuraram porque querem criar uma espécie de Ciência ao Bar em suas cidades”.

Se depender do organizador, projetos para fazer o evento crescer não vão faltar na nova idade. A expectativa é diversificar mais as temáticas do Ciência ao Bar e atingir nichos cada vez mais diferentes, envolver mais instituições de ensino e pesquisa na cidade, bem como mais setores da UFJF. Também quer trazer novos pesquisadores, que tenham renome nacional, para eventos especiais, produzir um podcast de divulgação científica pautado principalmente pelas apresentações do Ciência ao Bar e incentivar ou realizar, através de parcerias, novas atividades de divulgação científica, em outros espaços e para outros públicos.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 20/08/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/esportes/20-08-2018/jf-volei-participara-do-campeonato-carioca.html

Título: JF Vôlei participará do Campeonato Carioca

A primeira competição oficial do JF Vôlei na temporada 2018/2019 será o Campeonato Carioca. A equipe local anunciou na tarde desta segunda-feira (20) o retorno ao torneio estadual após oito anos anos, quando foi vice-campeão, com primeira partida já no domingo (26), às 15h, contra o Tijuca Tênis Clube, no ginásio adversário, no Rio de Janeiro. A presença juiz-forana no torneio só foi possível por convite da Federação de Voley-Ball do Rio de Janeiro e a aceitação direta da Federação Mineira de Vôlei.

O Campeonato Carioca terá quatro times na fase classificatória. Além de JF Vôlei e Tijuca TC, Botafogo e Flamengo também entram em quadra. O quarteto se enfrenta na primeira etapa do torneio em duelos de ida. Após cada equipe realizar três partidas, com última rodada no dia 16 de setembro, a dona da melhor campanha avança à decisão do Estadual, em jogo contra o Sesc-RJ, agendado, à princípio, para o dia 22 de setembro, no Rio de Janeiro.

Depois de encarar o Tijuca TC, o JF Vôlei visita o Botafogo em 2 de setembro e fecha a primeira fase do torneio com duelo diante do Flamengo duas semanas depois, no dia 16. Segundo o técnico do JF Vôlei, Marcão, a oportunidade de estar em quadra é fundamental no crescimento do time.

“Conheço muito bem nossos meninos jogando individualmente. Coletivamente vai servir para testá-los antes do Mineiro. A escola carioca é muito interessante, especialmente em volume de defesa e de jogo. A participação é fundamental para ver esses meninos jogando coletivamente, colocando em prática o que estão treinando, especialmente em relação ao volume de jogo e controle de bola, além de já começar a desenhar a equipe pensando no Mineiro e, principalmente, para a Superliga B”, analisa.

Como Vôlei UFJF, e em parceria com a Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt (Funcab), de Niterói (RJ), o projeto juiz-forano foi vice-campeão carioca em 2010, após derrota na decisão para o Volta Redonda. Esta foi a última disputa do Estadual carioca pela equipe, sob comando, à época, de Maurício Bara, hoje diretor técnico do time.

O JF Vôlei ainda irá disputar o Campeonato Mineiro, agendado para setembro, com foco na Superliga B, que deve ocorrer apenas a partir de janeiro de 2019.

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Veículo: O tempo

Editoria: Super FC

Data: 20/08/2018

Link: https://www.otempo.com.br/superfc/v%C3%B4lei/jf-v%C3%B4lei-aproveita-proximidade-com-o-rj-para-participar-do-carioca-1.2016322#

Título: JF Vôlei aproveita proximidade com o RJ para participar do Carioca

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Veículo: Globo Esporte

Editoria: Vôlei

Data: 20/08/2018

Link: https://globoesporte.globo.com/mg/zona-da-mata-centro-oeste/volei/noticia/jf-volei-anuncia-participacao-no-campeonato-carioca-de-2018.ghtml

Título: JF Vôlei anuncia participação no Campeonato Carioca de 2018

O JF Vôlei anunciou na tarde desta segunda-feira a participação em mais uma competição no calendário 2018. O time confirmou participação no Campeonato Carioca de vôlei deste ano. A competição será realizada entre os dias 26 de agosto e 22 de setembro, no Rio de Janeiro. A estreia será neste domingo, diante do Tijuca, às 15h, no Ginásio do Tijuca Tênis Clube.

A participação foi viabilizada após convite da Federação do Rio de Janeiro e liberação da Federação Mineira de Vôlei (FMV). O treinador do JF Vôlei, Marcos Henrique, que planejava amistosos antes da estreia do Campeonato Mineiro, em 7 de setembro, define como fundamental a participação no Carioca.

Conheço muito bem nossos meninos jogando individualmente. Coletivamente vai servir para testá-los antes do Mineiro. A escola carioca é muito interessante, especialmente em volume de defesa e de jogo. A participação é fundamental para ver esses meninos jogando coletivamente, colocando em prática o que estão treinando, especialmente em relação ao volume de jogo e controle de bola, além de já começar a desenhar a equipe pensando no Mineiro e, principalmente, para a Superliga B – disse.

O Campeonato Carioca será disputado por quatro equipes, que se enfrentam na fase classificatória: Botafogo, Flamengo, JF Vôlei e Tijuca TC. Quem somar mais pontos garante vaga na final, diante do Sesc-RJ, em partida marcada inicialmente para o dia 22 de setembro, no Rio de Janeiro. As datas não coincidem com as rodadas do Campeonato Mineiro.

Confira as datas dos jogos:

1ª rodada – 26/08 – Tijuca TC x JF Vôlei – 15h – Ginásio do Tijuca Tênis Clube – Rio de Janeiro

2ª rodada – 02/09 – Botafogo x JF Vôlei – 17h – Ginásio do Botafogo F.R – Rio de Janeiro

3ª rodada – 16/09 – Flamengo x JF Vôlei – 17h – Ginásio do C.R Flamengo – Rio de Janeiro

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 21/08/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/esportes/21-08-2018/jf-volei-abre-mineiro-contra-o-sada-cruzeiro-na-ufjf.html

Título: JF Vôlei abre Mineiro contra o Sada Cruzeiro na UFJF

Poucas horas após o JF Vôlei anunciar a participação no Campeonato Carioca, a Federação Mineira de Vôlei (FMV) divulgou a tabela do Campeonato Mineiro, que terá a participação do time juiz-forano ao lado do Sada Cruzeiro, Minas Tênis Clube e o estreante Lavras Vôlei. A competição começa no dia 7 de setembro, com duelo entre o JF Vôlei e os cruzeirenses inicialmente marcado para as 17h, no Ginásio da UFJF, visto que a nova Arena Faefid ainda não tem data de inauguração confirmada.

Na primeira etapa do Mineiro, a equipe local, do técnico Marcão, enfrentará os três adversários duas vezes, sendo uma delas em Juiz de Fora e outra como visitante. Após confrontos entre si de ida e volta, os quatro clubes avançam às semifinais, com o primeiro colocado encarando o quarto e o segundo medindo forças com o terceiro lugar, em cruzamento olímpico. A única diferença em relação ao sistema de disputa da última edição do Estadual é que a fase final do torneio irá contar com disputa de terceiro lugar.

Tanto o Campeonato Mineiro quanto o Carioca servem como preparação da equipe juiz-forana para a Superliga B, que deve ser iniciada em janeiro de 2019. Com as novas datas confirmadas, o JF Vôlei terá ao menos nove jogos entre o próximo domingo (26) e o dia 3 de outubro, sem contar com mais duas partidas pelo mata-mata do Mineiro, sem datas definidas até o momento.

Confira como está o calendário de embates do JF Vôlei:

25/08 – 15h – Tijuca TC x JF Vôlei – Ginásio do Tijuca TC/Rio de Janeiro – Campeonato Carioca

02/09 – 17h – Botafogo x JF Vôlei – Ginásio do Botafogo/Rio de Janeiro – Campeonato Carioca

07/09 – 17h – JF Vôlei x Sada Cruzeiro – Ginásio UFJF – Campeonato Mineiro

09/09 – 11h – JF Vôlei x Minas TC – Ginásio UFJF – Campeonato Mineiro

11/09 – 20h – Minas TC x JF Vôlei – Ginásio Pelezão/Três Corações – Campeonato Mineiro

16/09 – 17h – Flamengo x JF Vôlei – Ginásio do Flamengo/Rio de Janeiro – Campeonato Carioca

19/09 – 20h – Lavras Vôlei x JF Vôlei – Ginásio LTC/Lavras – Campeonato Mineiro

27/09 – 19h30 – JF Vôlei x Lavras Vôlei – Ginásio UFJF – Campeonato Mineiro

03/10 – 20h – Sada Cruzeiro x JF Vôlei – Ginásio do Riacho/Contagem – Campeonato Mineiro

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Veículo: TV Integração – Globo

Editoria: Bom Dia Minas

Data: 21/08/2018

Link: http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/videos/v/estudantes-da-ufjf-se-mobilizam-para-pedir-interprete-de-libras/6960711/

Título: Estudantes da UFJF se mobilizam para pedir intérprete de Libras

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 21/08/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/21-08-2018/protesto-pede-interprete-de-libras-para-aluno-na-ufjf.html

Título: Protesto pede intérprete de Libras para aluno na UFJF

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Veículo: Super Esportes MG

Editoria: Notícias

Data: 21/08/2018

Link: https://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/cruzeiro/1,10,1,15/2018/08/21/noticia_volei,497533/cruzeiro-tem-data-de-estreia-confirmada-no-campeonato-mineiro-de-volei.shtml

Título: Cruzeiro tem data de estreia confirmada no Campeonato Mineiro de Vôlei

O Cruzeiro tem data marcada para estrear no Campeonato Mineiro de Vôlei 2018. A rodada de abertura da competição será no dia 7 de setembro, feriado comemorativo ao Dia da Independência do Brasil. Nesse dia, o clube celeste enfrenta o JF Vôlei, no Ginásio da Universidade Federal de Juiz de Fora.

A estreia do Cruzeiro diante da torcida, no Ginásio Riachão, será apenas no dia 3 de outubro, também em confronto contra a equipe juiz-forana. O Estadual contará com mais dois clubes além da agremiação celeste e do time de Juiz de Fora: Minas Tênis Clube e Lavras Vôlei.

A fase classificatória contará com 12 jogos a serem realizados entre 7 de setembro e 9 de outubro. As datas das partidas da fase final ainda não estão definidas. Na fase decisiva, os times se enfrentam em cruzamento olímpico, em jogo único.

Em busca do nono título seguido no Campeonato Mineiro, o Cruzeiro conta com um elenco com peças diferentes do que terminou a temporada passada. As saídas do levantador Nico Uriarte, do ponteiro Leal e do central Simón, deram espaço às contratações de Sandro, Sander e Le Roux, possíveis substitutos dentro de quadra.

VEJA A TABELA DA PRIMEIRA FASE DO CAMPEONATO MINEIRO DE VÔLEI

7 de setembro SEX – 17h – JF Vôlei x Cruzeiro – Ginásio UFJF

9 de setembro – 11h – JF Vôlei x Minas TC – Ginásio UFJF

11 de setembro – 20h – Minas TC x JF Vôlei – Ginásio Pelezão/Trê Corações

13 de setembro –  20h – Minas TC x Lavras Vôlei – Ginásio Pelezão/Trê Corações

15 de setembro – 19h – Minas TC x Cruzeiro – Ginásio Pelezão/Trê Corações

17 de setembro – 20h – Lavras Vôlei x Minas TC – Ginásio LTC/Lavras

19 de setembro – 20 – Lavras Vôlei x JF Vôlei – Ginásio LTC/Lavras

21 de setembro – 20h – Lavras Vôlei x Cruzeiro – Ginásio LTC/Lavras

27 de setembro – 19h30 – JF Vôlei x Lavras Vôlei – Ginásio UFJF

3 de outubro – 20h – Cruzeiro x JF Vôlei – Ginásio do Riacho/Contagem

5 de outubro – 20h – Cruzeiro x Lavras Vôlei –  Ginásio do Riacho/Contagem

9 de outubro – 20h – Cruzeiro x Minas TC –  Ginásio do Riacho/Contagem

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 21/08/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/21-08-2018/juiz-de-fora-recebe-encontro-de-bandas-militares.html

Título: Juiz de Fora recebe encontro de bandas militares

Acontece nesta quarta-feira (22) o XIII Encontro de Bandas Militares em Juiz de Fora. O evento será realizado no Cine-Theatro Central e faz parte das comemorações da Semana do Soldado, promovida pela 4ª Brigada de Infantaria Leve (Montanha). A apresentação está marcada para as 19h, com apresentação de composições nacionais e internacionais das bandas do 10º Batalhão de Infantaria Leve (Juiz de Fora), 11º Batalhão de Infantaria de Montanha (São João Del Rei), 32º Batalhão de Infantaria Leve (Petrópolis), da 4ª Região de Polícia Militar de Minas Gerais e da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAr), sediado em Barbacena.

O ingresso da entrada é adquirido mediante a entrega de um quilo de alimento não perecível ou um litro de leite longa vida. Os alimentos arrecadados serão doados às instituições beneficentes da cidade. A retirada será feita até quarta-feira, das 9h às 16h, em tenda montada em frente ao Cine-Theatro Central.

As entradas estão disponíveis também no Comando da 4ª Brigada de Infantaria Leve (Montanha), que fica Rua Mariano Procópio 970 e na 12ª Circunscrição do Serviço Militar , localizada na Praça Presidente Antônio Carlos, s/n – Centro – “Praça do Canhão”. E ainda no Colégio Militar de Juiz de Fora, que fica na Avenida Presidente Juscelino Kubitschek 5.200, Bairro Nova Era, Zona Norte; e no Hospital Geral de Juiz de Fora, sediado na Rua General Deschamps Cavalcanti, s/n, Bairro Fábrica, também na Zona Norte.

A Semana do Soldado

Ainda dentro das comemoração da Semana do Soldado, uma cerimônia será realizada na sexta-feira (24), às 10h, no 10º Batalhão de Infantaria Leve, no Bairro Fábrica, Zona Norte.

Nos próximo sábado (25) e domingo (26), de 8h às 17h,  haverá uma exposição de material de emprego militar no Campus da UFJF,.

Também na Universidade, no domingo, acontece a 31ª corrida Duque da Caxias, a largada será às 8h.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Coluna Cesar Romero

Data: 21/08/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/21-08-2018/duda-pavam-a-miss-brasil-gay-2018-yakira-queiroz-e-ciro-alencar.html

Título: Antenado

Em boa hora – antes da temporada de chuvas – a Defesa Civil, UFJF e Corpo de Bombeiros se reuniram para uma atualização dos chamados mapas de risco. Que, lamentavelmente e segundo dados do IBGE, situam Juiz de Fora entre as três cidades mineiras (atrás apenas de Belo Horizonte e Ribeirão da Neves) com maior número de habitantes em áreas vulneráveis a deslizamentos e outros acidentes.

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Veículo: Diário Regional

Editoria: Cidade

Data: 21/08/2018

Link: https://diarioregionaljf.com.br/2018/08/21/ufjf-abre-inscricoes-para-tres-cursos-a-distancia-e-gratuitos/

Título: UFJF abre inscrições para três cursos a distância e gratuitos

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) está com inscrições abertas para três cursos de capacitação de professores na área de inclusão escolar. O objetivo é capacitar os profissionais a estimularem a participação de pessoas com deficiências nas aulas. As inscrições se encerram entre os dias 26 e 27 de Agosto.

Os cursos são:

  1. Aperfeiçoamento em Atendimento Educacional Especializado (AEE)
  2. Aperfeiçoamento em Audiodescrição na Escola
  3. Especialização em Esportes e Atividades Físicas Inclusivas para Pessoas com Deficiência

Informações e inscrições: http://bit.ly/2MuRd9F ou www.ngime.ufjf.br

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Veículo: Diário Regional

Editoria: Cidade

Data: 21/08/2018

Link: https://diarioregionaljf.com.br/2018/08/21/disponivel-o-resultado-dos-pedidos-de-isencao-para-o-pism-2019/

Título: Disponível o resultado dos pedidos de isenção para o Pism 2019

Está disponível o resultado do pedido de isenção para as provas do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) 2019. Para conferir o resultado, o candidato deve acessar o mesmo site de cadastramento da inscrição na Área do Candidato. Ao todo foram 12.212 pedidos de isenção, sendo 11.264 deferidos. Na edição de 2018, foram protocolados 9.045 pedidos.

Os candidatos puderam fazer o requerimento por meio de uma entre três opções de modalidade. Pelo Cadastro Único (CadÚnico), 514 alunos tiveram seu pedido deferido, e 272 indeferidos. Pela modalidade Escola Pública, 10.298 estudantes conseguiram a isenção, e 565 não conseguiram; já por meio da opção Bolsa em Escola Particular, 452 pedidos contaram com deferimento, e 111 com indeferimento.

Em relação aos módulos das provas, 5.933 candidatos ao Módulo I do Pism 2019 foram isentos da taxa das provas, e outros 493 não conseguiram isenção. Dos participantes do Módulo II, 2.960 conseguiram se isentar do pagamento da inscrição, e 278 não conseguiram o deferimento. Já entre os alunos que farão provas do Módulo III, 2.362 tiveram o pedido deferido, e 166 tiveram o pedido indeferido.

A efetivação da inscrição, no entanto, será concluída apenas ao final do prazo (até dia 27 de agosto). No caso dos estudantes que não conseguirem a isenção, tendo seu pedido indeferido, é preciso gerar, no mesmo site de cadastro da inscrição, a Guia de Recolhimento da União (GRU) e efetuar normalmente o pagamento da taxa até as 20h do dia 28 de agosto. O prazo é o mesmo para aqueles que não solicitaram a isenção do pagamento. O boleto do Pism 2019 deve ser pago exclusivamente no Banco do Brasil.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Notícias

Data: 21/08/2018

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2018/08/21/ufjf-oferece-vagas-em-disciplinas-para-graduados-e-alunos-de-outras-instituicoes.ghtml

Título: UFJF oferece vagas em disciplinas para graduados e alunos de outras instituições

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) está oferecendo disciplinas de graduação que podem ser cursadas por formados e estudantes de outras instituições de ensino federais.

O pedido de matrícula para as matérias deve ser realizado no dia 23 de agosto, das 8h às 20h, na Central de Atendimento (CAT) da universidade, que fica no prédio da Reitoria, em Juiz de Fora.

A lista com nomes, códigos e o horários das disciplinas estão disponíveis no site da universidade.

Ao solicitar a matrícula, é preciso que todos os candidatos apresentem cópias do documento de identidade, do Cadastro de Pessoa Física (CPF) e da declaração dos termos e condições.

Para os graduados, seja na UFJF ou em outra instituição, é preciso levar a cópia do histórico escolar, carimbado e assinado pela universidade e cópia do diploma ou da declaração de conclusão do curso.

Já os estudantes de graduação precisam apresentar atestado de vínculo atualizado e cópia do histórico escolar, ambos autenticados pela instituição de origem.

Os pedidos serão analisados pela Coordenadoria de Assuntos e Registros Acadêmicos (Cdara) e o resultado será divulgado no dia 29 de agosto, apenas presencialmente na CAT. Caso o solicitante não possa comparecer ao local na data, deve enviar um representante acompanhado de procuração simples e da cópia de identidade de ambos.

É possível pedir revisão do resultado ou remoção da matrícula em alguma disciplina no dia 30 de agosto. Os requerimentos serão analisados pela Cdara até o dia 5 de setembro, quando será divulgado o resultado final.

Os candidatos aprovados terão até o dia 6 de setembro para pagar a Guia de Recolhimento da União (GRU), no valor de R$ 154, e entregar o comprovante na Central de Atendimento.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 21/08/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/21-08-2018/audiencia-publica-vai-discutir-violencia-domestica-em-jf.html

Título: Audiência pública vai discutir violência doméstica em JF

Uma audiência pública será realizada no dia 29 de agosto, quarta-feira, na Câmara Municipal, para discutir a violência doméstica em Juiz de Fora. A proposição é de Jucelio Maria (PSB), suplente que assumiu o lugar do vereador Cido Reis (PSB), licenciado do cargo em função das eleições 2018. Segundo Jucelio, o objetivo do encontro, marcado para 15h, é buscar discutir caminhos para efetivar cuidados em favor da mulher em Juiz de Fora, cidade que não possui uma Delegacia de Mulheres 24 horas. Desde o último domingo, a Tribuna vem publicando reportagens que mostram o efeito da violência não só junto às vítimas, mas também de seus filhos e familiares. Entre as principais repercussões das matérias está justamente a criação de um debate público sobre o tema considerado tabu e, por isso mesmo, silenciado.

“Precisamos buscar alternativas de atendimento para as mulheres e pensar nos tipos de trabalhos que podem ser feitos junto ao agressor”, comentou Jucelio. A preocupação do vereador tem fundamento. Além da necessidade de criar novos espaços de apoio e acolhimento para as vítimas, é importante olhar para homens que agridem a partir de um viés multiprofissional. Isso é o que defende Senira Regina Rocha, oficial de apoio judicial que é filha de uma família marcada pela violência doméstica. “O agressor tem que ser punido, sim, e sofrer as consequências dos atos dele, mas a violência doméstica não pode ser vista por um olhar unicamente penal. A punição por si só não resolve nada em lugar nenhum. A gente tem que encontrar outros caminhos. A Lei Maria da Penha prevê atendimento para a vítima, não traz nada para o agressor, mas se a gente entender que tem que atender a vítima e mudar o raciocínio desse homem só tem um meio para isso acontecer: através da psicologia, da assistência social”, afirma.

Há oito anos, Senira desenvolveu um projeto que visa a marcação de uma audiência de mediação antes do deferimento da medida protetiva pelo juiz. O objetivo do trabalho é impedir a banalização dos pedidos. “Depois que a Lei Maria da Penha entrou em vigor, a gente observou em Juiz de Fora que, após a medida protetiva ser deferida, existia uma situação de retorno de muitos casais. Desta forma, a medida perdia o sentido, e o medo da gente é que ficasse banalizada. Então, eu sugeri, e os juízes aceitaram, a marcação de uma audiência de mediação. Nessa audiência, se a vítima insiste na medida protetiva e existe uma razão para isso, a gente intima o agressor das medidas protetivas já deferidas em despacho anterior pelo juiz para que ele não se aproxime, não tenha contato com ela, não telefone. Muitas vítimas, porém, pensam que, quando é deferida uma medida protetiva para ela, também está afastando o agressor dos filhos, e isso não é verdade, porque a lei diz que, para afastar o agressor dos filhos, é preciso um estudo social. Então, nessas audiências, a gente esclarece todas essas situações.”

Segundo Senira, se existir uma forma de acordo, ele é feito durante a audiência realizada para intimar o autor sobre as medidas protetivas. Em todas elas, não só a vítima, mas também o agressor, está sempre acompanhado de um representante. No caso das mulheres, geralmente, um defensor público e, no caso dos autores, um advogado nomeado a “Ad Hoc”, ou seja, constituído só para o ato, com base no princípio da ampla defesa, já que a maioria não tem condição de contratar um advogado. “De seis em seis meses, a gente muda os advogados, para não sobrecarregar ninguém”, afirma Senira, que coordena as audiências de mediação realizadas de terça a sexta-feira.

Além de garantir atendimento psicológico às vítimas no Fórum, o projeto de Senira prevê o encaminhamento dos agressores para grupos de atendimento que funcionam na UFJF e na Universo. “A grande maioria dos homens frequenta o grupo de ajuda e começa a entender o caminho que tem que fazer. No começo, muitos tentam justificar a violência dizendo que foram provocados, mas uma boa parte tenta mudar de comportamento”, diz Senira.

O advogado Wagner Valssis, que participou, na condição de “Ad Hoc”, de várias destas audiências, afirma ter sido movido pela ideia de garantir ao autor um julgamento “justo”. Também para salvaguardar a ideia de justiça e afastar as injustiças, entendidas, neste caso, como possíveis arbítrios que podem ser cometidos no afã da condenação.

Delegada defende mais políticas públicas para vítimas

Quanto ao atendimento às vítimas da violência doméstica, o principal endereço é a Casa da Mulher. Funcionando há mais de cinco anos, o serviço já realizou mais de 12 mil atendimentos em sua sede no Bairro Jardim Glória, na região central de Juiz de Fora, onde também funciona a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher. Apesar da iniciativa no município, a delegada Ione Barbosa pontua que ainda é necessária a ampliação das políticas públicas, entre elas o funcionamento de uma delegacia 24 horas voltada exclusivamente para esses casos.

Segundo ela, a Casa oferece apoio psicológico, social e orientação jurídica, mas ainda carece de uma psicóloga profissional, já que recebe todos os crimes de ameaça considerados mais simples. “Nesses casos, as medidas protetivas são realizadas pela Casa da Mulher, ficando as ameaças de morte e outros delitos, como lesão corporal e estupros, para a delegacia”, explica. “É importante ressaltar que está para ser aprovada legislação para possibilitar o próprio delegado a conceder medida protetiva. Atualmente, só podemos requerer, e quem concede é o juiz. Todavia, na maioria das vezes, a vítima requer urgência e não pode esperar. Se aprovada a lei, a vítima poderá sair da delegacia com a medida protetiva em mãos e, caso o agressor a importune, poderá ser preso em flagrante imediatamente, dando maior proteção à vítima”, completa Ione.

Nesses três anos que está à frente da especializada, a policial viu a lei do feminicídio ganhar força e passar a constar até nos boletins de ocorrência. “Esse tratamento especial é necessário, porque é um crime bárbaro, realmente qualificado, matar uma mulher discriminada pela condição de ser mulher.” Uma das investigações que mais marcou a delegada foi o feminicídio de Cíntia Scaldini Aleixo Alves, 21 anos, morta com um tiro no rosto dentro da mercearia de seu amante, 41, no Bairro Santo Antônio, Zona Sudeste. O crime aconteceu no dia 4 de agosto de 2017. “Esse foi um caso típico de menosprezo à mulher. Inclusive teve a ajuda da esposa do comerciante, e os dois foram indiciados por feminicídio, porque ela cooperou para que ele praticasse o crime.” A jovem deixou um filho pequeno.

Coletivos ajudam mulheres a saírem da “bolha de opressão”

Formado por mais de 15 entidades, incluindo coletivos, grupos de mulheres sindicalistas, movimentos estudantis e ligados aos direitos humanos, o Fórum 8M realiza um trabalho em Juiz de Fora voltado para a conscientização sobre os temas que permeiam a violência contra a mulher. Além de oferecer acolhimento às vítimas e seus familiares, partilhando experiências, o movimento busca resgatar na história o patriarcado para tentar explicar muitas coisas que insistem em ficar escamoteadas ou até mesmo escancaradas nas relações cotidianas.

“Mostramos como o patriarcado se enraíza na sociedade e como somos reprodutores desse sistema no qual estamos sempre subjugadas pelo homem. É todo um esquema de poder que precisa ser identificado, para ser compreendido e combatido”, diz uma das integrantes do Fórum 8M, Lucimara Reis. “O aumento das denúncias tem nos deixado felizes, porque significa que, de fato, as mulheres têm procurado sair dessa bolha de opressão.”

Os coletivos de mulheres são recentes, mas Lucimara recorda que a luta é histórica e vem dos movimentos feministas da década de 80. “As pessoas estão se tornando mais conscientes. Um cotidiano de agressões não pode nos parecer normal. A violência contra a mulher tem a ver com dominação e demonstração de força, permitida e incentivada pelo patriarcado. A denúncia deve ser feita para impor fim ao sofrimento, evitar tragédia maior e encorajar outras mulheres.”

A integrante do coletivo Maria Maria, Laiz Perrut, 27 anos, atribui o número maior de denúncias também aos movimentos de mulheres que lutam pelo fim da violência. Segundo ela, as manifestações influenciam vítimas a perderem o medo de denunciar e contribui para a implantação de políticas públicas. “Nem de longe temos o que precisamos, como uma delegacia de mulheres 24 horas e mais profissionais envolvidos. Mas a pressão que os movimentos fizeram desde a promulgação da Lei Maria da Penha também a tornou mais conhecida.”

Laiz lamenta o fato de as leis e as medidas protetivas ainda não conseguirem garantir de forma plena a integridade da vítima. “É preciso ver os sinais de quando a violência pode se tornar mais grave. O acompanhamento da delegacia e da justiça ainda é muito falho, e falta apoio psicológico. A medida não impede o homem de cometer o crime, porque ele não está sendo monitorado o tempo todo. É preciso um conjunto de medidas para que essa mulheres estejam seguras e não sejam mortas.”

A luta do Maria Maria também vai contra o machismo, apontado como raiz do problema. “É uma questão cultural, porque fomos ensinados que o homem é superior à mulher. Qualquer coisa que elas fazem e eles não acham não certo, se sentem no direito de maltratar, de agredir, de assediar e de praticar violência sexual. Temos que quebrar esses paradigmas e mostrar que os homens não podem definir os rumos das mulheres.”

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