Os pró-reitores de Graduação, Assistência Estudantil e Gestão de Pessoas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Maria Carmen Simões Cardoso de Melo, Marcos Souza Freitas e Kátia Maria Silva de Oliveira e Castro, respectivamente, e o diretor de Ações Afirmativas, Julvan Moreira de Oliveira, participaram na manhã desta segunda-feira, 20, de reunião com estudantes de Educação Física e Arquitetura, e com representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE). O tema do encontro foi o número de intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras) na instituição e as políticas de inclusão para pessoas com deficiência.
O pró-reitor de Assistência Estudantil, Marcos Souza Freitas, esclareceu aos estudantes que a Universidade tem tido dificuldades, devido à restrição de concursos públicos e aos cortes no orçamento, promovidos pelo Ministério da Educação (MEC). “As reivindicações por mais estrutura são legítimas. Temos procurado desde que assumimos, em março de 2016, alternativas para favorecer a inclusão de pessoas com deficiência. Hoje vivemos a escassez de profissionais, para atuação junto a esses alunos. À época de oferta de vagas, nas gestões anteriores, a UFJF não se preparou para a inclusão.”
A pró-reitora de Graduação, Maria Carmen Simões Cardoso de Melo, ressaltou que a legislação determina o ingresso de estudantes com deficiência, mas não prevê como se dará a permanência em igualdade de oportunidades. “Solicitamos ao MEC 33 vagas para intérpretes de Libras e outros profissionais – que seriam lotados nos dois campi da UFJF, Juiz de Fora e Governador Valadares – visando a possibilitar o projeto de inclusão. Desse total solicitado, apenas três vagas nos foram ofertadas.”
A pró-reitora de Gestão de Pessoas, Kátia Maria Silva de Oliveira e Castro, destacou que, desde julho de 2017, a Universidade nomeou seis intérpretes efetivos de Língua Brasileira de Sinais (Libras). “Além disso, um processo de contratação de mais três profissionais celetistas da área está em fase de conclusão. O processo é um pouco demorado, porque alguns profissionais que participaram da seleção não tinham a habilitação exigida pelo MEC. Tivemos apenas seis inscritos. Temos realizado também cursos de capacitação em Libras para docentes e técnico-administrativos em educação (Taes), dentre outras ações, visando a integrar os estudantes com deficiência da melhor forma possível.”
Já o diretor de Ações Afirmativas, Julvan Moreira de Oliveira, afirmou que o compromisso da Diretoria é aprimorar a inclusão na instituição. “Criamos uma comissão de pesquisadores e pessoas ligadas à temática, para pensarmos as estratégias mais adequadas. É preciso o comprometimento de toda a Universidade nesse sentido. É uma angústia lidar com as negativas do MEC quanto aos profissionais para atender as pessoas com deficiência.”
Oliveira fez, ainda, um convite aos discentes, para participação no evento de instauração do Fórum da Diversidade da UFJF, em 28 de agosto. “Convidamos toda a comunidade acadêmica a participar. A intenção é que a construção da política de ações afirmativas da UFJF seja feita de forma dialógica, democrática e participativa, com a representação dos três segmentos da Universidade, e não somente a partir da Diretoria.”