Estreia nessa terça-feira, 7, às 18h30, o Palco Central, projeto que irá levar mensalmente para o palco do Cine-Theatro artistas de Juiz de Fora e região para dividir o espaço juntamente com o público. O primeiro dia do projeto ficará por conta da banda juiz-forana Blend 87, que lançou no ano passado o álbum “Concebido por acaso na terra”.

Além de trazer artistas, músicos, peças de teatro, dança e performances produzidos em Juiz de Fora ou região para o palco do Central, o objetivo do projeto é fazer com que artistas e público dividam a cena. Ou seja, o palco estará aberto e as pessoas poderão assistir às apresentações lado a lado da atração do dia, de forma intimista, criando um novo jeito de compartilhar e experimentar o espaço.

A proposta, realizada e produzida de forma conjunta entre as equipes da Pró-reitora de Cultura (Procult) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e do Cine-Theatro Central, com aval do Conselho Diretor, foi criada para atender a todos, de forma igualitária, com ingressos distribuídos gratuitamente ou arrecadação com valores populares.

De forma experimental, o projeto tem sua estreia em agosto, e contará com uma edição sempre nas primeiras terças-feiras de cada mês, até dezembro deste ano. Para as primeiras cinco edições, a produção do teatro buscou selecionar artistas locais que trouxessem diversidade de manifestações e expressões artísticas, além de fazer um apanhado entre aqueles que tiveram seus trabalhos lançados recentemente, ou que estivessem desempenhando um importante e constante papel na movimentação e agitação cultural atual da cidade.

Fazem parte da agenda shows com as bandas Blend 87 e Duolhodágua, apresentação do grupo de teatro Corpo Coletivo, intervenções artísticas com o grupo Mercúrio Líquido e um show especial do grupo Choro da Princesa, em homenagem aos 100 anos do músico e compositor Jacob do Bandolim.

Pretendendo prosseguir com as atividades e se expandir, o projeto já conta com um formulário de inscrição para a agenda de ocupação do próximo ano, aberto para propostas de apresentações de música, artes visuais, teatro, performances e literatura, como também para palestras, mostras, seminários e workshops.

Integração
O diretor do Cine-Theatro Central, Luiz Cláudio Ribeiro (Cacáudio, como é conhecido), também é músico, e conta que a ideia do projeto partiu de uma conversa entre amigos, na qual um deles comentou que havia visitado um teatro onde toda a dinâmica do evento acontecia com público e artistas dividindo o palco. “Começamos a trabalhar e pensar na maneira de fazer isso de uma forma para incentivar a produção artística local, que precisa de um espaço que não seja tão grande quanto o Cine-Theatro Central, e que fosse também uma forma de interação entre diversas formas de manifestação artística”, diz Cacáudio.

Além disso, o diretor destaca outro detalhe da nova produção do Central: “O público vai ter acesso pela porta lateral, por onde normalmente quem entra são os artistas. Esperamos que seja uma experiência diferente para o público que participar.”

O Palco Central já promete proporcionar as mais diferentes experiências ao público, considerando seu magnífico espaço: um teatro de inspiração europeia destinado a 1.851 lugares. O diretor acredita ser possível “usá-lo de maneira diferente, fazendo uma maior integração com um público menor, com acesso de forma gratuita, podendo ter o privilégio de estar nesse espaço de contemplação de forma inusitada.”

O produtor cultural Beto Campos, um dos idealizadores do projeto, que integrava também o corpo da produção do Som Aberto, conta que, desde a retomada das atividades do teatro, a equipe vem tentando estabelecer uma agenda com produções artísticas e culturais próprias e que deem preferência e destaque ao cenário da cultura local, não somente às usuais realizações externas. “Identificamos essa demanda e gostaríamos de oferecer a toda comunidade”, diz.

Tendo como ponto de partida atrair o público para apresentações musicais, o projeto se desdobrou em diversas possibilidades: “Logicamente o Palco Central não vai ficar só na música; irá ampliar para todas as artes, como literatura, dança e teatro. Cultura de forma ampliada. A ideia que tivemos do palco ser ocupado não só pelo artista, mas pelo público em geral, é uma nova opção para que o público desfrute de um outro ângulo do Central”, conta o produtor.

Blend 87
A banda Blend 87 é formada por Bruna Marlière (vocal), Douglas Poerner (baixo), Nathan Itaborahy (bateria), Renato da Lapa (violão e guitarra) e Vinícius Steinbach (teclado e escaleta). A banda apresenta músicas autorais que fazem parte do álbum “Concebido por acaso na Terra”, viabilizado pela Lei Murilo Mendes de Incentivo à Cultura, além de releituras de grandes composições, de Gilberto Gil, Belchior, Caetano Veloso, Stevie Wonder e de integrantes do Clube da Esquina. A banda traz ritmos brasileiros, groove-jazz e rock’nroll. Nesse dia, diferente da poesia usada em sua descrição nas redes sociais, suas músicas serão como uma “greta de luz na cidade”, no palco do teatro.

Ouça a banda aqui: https://youtu.be/RAd_WiC_K4M

Ingressos
Os ingressos podem ser retirados gratuitamente de terça a sexta-feira na recepção do Central, das 9h às 12h e das 14h às 17h.

Entrada lateral
A apresentação começa Às 18h30 e o público deverá entrar pela lateral do Teatro, na Galeria Azarias Vilela. O Central fica localizado na Praça João Pessoa s/n, no Centro, em Juiz de Fora.

Outras informações
(32) 3231-4051 – Cine-Theatro Central

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