Veículo: TV Integração – Globo
Editoria: MGTV
Data: 28/07/2018
Título: Centro de Ciências comemora um ano da nova sede no campus da UFJF
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 28/07/2018
Título: Obras da BR-440 poderão ser integralmente retomadas
As obras da rodovia BR-440, na Cidade Alta, poderão ser integralmente retomadas em breve. A possibilidade será avaliada por uma equipe da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), que fará uma vistoria no município segunda-feira (30). De acordo com a Superintendência de Projetos Prioritários (Suppri), “serão coletadas informações para subsidiar a conclusão da análise do processo de regularização ambiental, da eventual ligação da nova estrada com a BR-040”. Atualmente, a Empa/SA, empreiteira contratada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), atua no local para concluir a construção da galeria do córrego. Dos 308 metros previstos, 50 já foram finalizados. Esta intervenção, que começou em junho, deve durar até quatro meses. Além da canalização, uma licença prévia emitida pela Semad em maio autorizou a construção de três passarelas elevadas para pedestre.
A retomada parcial da obra foi possível graças a um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado entre os órgãos do Estado e da União. De acordo com o documento, as intervenções no córrego de São Pedro são para evitar alagamentos nas ruas adjacentes à via em construção. Em reportagem da Tribuna de Minas em maio deste ano, a Semad informou que a autorização foi dada porque as obras na galeria e construção das passarelas não dependiam de outras concessões. Porém, as demais intervenções, como conclusão do pavimento e eventual ligação da nova estrada com a BR-040, só poderiam ser executadas após a emissão da licença ambiental.
Segundo o representante da Associação dos Moradores Impactados pela Construção da BR-440 (Amic-BR-440), Luiz Cláudio Santos, a comunidade não está de acordo com a construção das passarelas e pretende buscar meios legais para impedi-la. “A discordância geral dessa etapa de retomada é com relação a autorização para construção das passarelas. É desnecessário e um desperdício de dinheiro público”, explica. “Estamos realizando trabalho de conscientização com políticos da cidade, e se nada for feito administrativamente, estamos pensando fazer, em agosto, uma tentativa de intervenção judicial neste ponto”, conta o representante. Ele justifica a posição contrária às passarelas pelo fato de a finalização da rodovia ainda não ter sido aprovada. O equipamento para a travessia de pedestre só fará sentido se, de fato, a via for concluída.Conforme Rafael Pimenta, professor de direito e advogado representante da associação, a comunidade deve se reunir nos próximos dias para discutir as ações jurídicas a serem tomadas. “Os autores interessados na paralisação da obra vão se reunir para tratar das passarelas. A questão principal é o abuso do Poder Público contra o dinheiro público e contra a população”, diz o advogado.
Um morador da Avenida Pedro Henrique Krambeck, via paralela à BR-440, que preferiu não se identificar, diz que, ao invés de gastar dinheiro com as passarelas, o Dnit deveria aplicar o recurso para melhorar a canalização do córrego. Ele relatou que algumas casas no trecho sofreram com recuo de água no último período de chuvas. Na opinião do cidadão, as galerias que estão sendo construídas deveriam ser mais largas para comportar maior volume de água. “Ao chover muito forte, acho que a galeria não dá conta. Algumas casas ainda têm recuo de água, e a gente vai lutando com isso. A maior parte das pessoas não é favorável a rodovia, vai tirar parte da qualidade de vida da Cidade Alta.”
Para Luiz Santos, na realidade, o problema dos alagamentos só “vai trocar de lugar” com esta intervenão de agora. “A proposta da comunidade é que, ao invés de gastar milhões com a passarela, que essa verba seja destinada para obras que possam acabar com esses alagamentos. Com a obra, o alagamento que hoje existe abaixo do Bairro Jardim Casablanca vai ser transportado para o Democrata.”
Canalização poderá resultar em novos pontos de alagamentos, diz especialista
Com a canalização do córrego do Bairro São Pedro, pode ocorrer, de fato, alagamentos em outros pontos da cidade, de acordo com o engenheiro e coordenador do Núcleo de Análise Geoambiental (Nagea) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Cézar Barra. Isso porque, segundo ele, a canalização não permite que a água infiltre, como acontece naturalmente no córrego. “O canal é de concreto, liso, e essa água desce para parte baixa da bacia, para bairros como Vale do Ipê, Democrata, sem nenhuma dificuldade. Ela desce concentrada e em volume maior. Em uma situação mais extrema, pode atingir também o Mariano Procópio”, explica Barra. “No mundo inteiro estão quebrando canais para recuperar os córregos, para tentar que esses córregos tenham área de filtração, tenham as margens e a vegetação preservadas. Quando canaliza, tudo isso acaba sendo ignorado e realmente pode causar problemas.”
Com a eliminação da vida aquática e ausência de luz solar e oxigenação, segundo o engenheiro, “o córrego vai virar um escoador de esgoto”. “A maioria dos condomínios da Cidade Alta não faz tratamento de esgoto, desta forma, existe uma concentração muito grande de esgoto no córrego de São Pedro. Tampando esse córrego, teremos um problema sério com a fauna. Não vai ter vida nessa água, vai ter só praga, animais que conseguem viver nessa situação ruim”, argumenta. “Acaba que isso também atinge o Rio Paraibuna, que está sendo despoluído, mas quando chega o córrego com poluição de São Pedro, o impacto é muito grande.”
Além disso, a construção das galerias mostrou-se insuficiente, como apontou estudo realizado pelo Nagea. As obras contam com galerias de três celas, quando, na verdade, deveriam ser quatro. “Do nosso ponto de vista, as dimensões dessa canalização são insuficientes para escoar as águas que chegam até elas, tanto do córrego, quanto das chuvas”, explica o engenheiro.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 28/07/2018
Título: Fórum Popular quer fiscalizar setor assistencial de JF
O imbróglio envolvendo a Casa de Passagem, que foi fechada no início do mês, foi o estopim para a criação do Fórum Popular de Assistência Social, formado pelo Fórum de Coletivos e Mulheres Feministas de Juiz de Fora (8M, Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro, Coletivo Marielle Franco, Coletivo Maria Maria, Coletivo LGBT Comunista e Movimento Mulheres em Luta), pela Fundação Maria Mãe, pelo DA da Faculdade de Serviço Social da UFJF, pelo Centro de Referência dos Direitos Humanos, pelo Movimento Negro Unificado, pela Unidade Classista, pelo Sintufejuf e pelo Sinserpu.
O objetivo, como destacam os movimentos sociais que o compõem, é lutar pela mudança de perfil na assistência social, na cidade, para que seja, de fato, garantia de promoção de cidadania. Mesmo com a habilitação da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra) pelo Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS), permitindo o funcionando da Casa de Passagem, o fórum, concebido para atuar de forma horizontal, sem uma coordenação centralizada, afirma que irá fiscalizar os processos de chamamentos públicos, responsáveis pela seleção das entidades que irão prestar serviços de assistência social para o município.
De acordo com um de seus representantes, o coordenador do Movimento Negro Unificado, Paulo Azarias, a formação do colegiado partiu da discussão que os movimentos sociais vêm fazendo do que consideram como retrocesso na área de assistencial. “Temos visto o fim de programas que atendiam à camada mais vulnerável da sociedade. Esse público tem sido penalizado, o que culminou com esse processo traumático do fechamento da Casa de Passagem“, afirma Azarias.
Ele reitera que o Fórum Popular de Assistência Social pretende vigiar a seleção das entidades prestadoras de serviços no setor social. “A sociedade não sabe quais critérios são usados. Vamos cobrar transparência”, pontua Azarias, acrescentando: “Atuaremos junto ao Comitê Intersetorial de Políticas para Pessoas em Situação de Rua e a outros movimentos sociais para garantir uma assistência social que seja efetivamente produtora de cidadania.”
Secretária diz que lei vem disciplinar e dar transparência
O chamamento público é uma imposição da Lei Federal 13.019 de 2014 e visa à transparência ao estabelecer uma nova relação do Poder Público com as organizações da sociedade civil para concessão de recursos. Segundo a secretária de Desenvolvimento Social da Prefeitura de Juiz de Fora, Tammy Claret, antes de a legislação entrar em vigor, a assistência social contratava serviços por meio de convênios, às vezes, em razão da oferta de alguma entidade ou até mesmo pela proximidade dela com o Poder Público. A lei começou a valer em 1º de janeiro de 2017. Todavia, em Juiz de Fora, como o Município mantinha convênios com previsão de conclusão no final de 2017, ela só passou a vigorar em janeiro deste ano. “Agora, a seleção das entidades da área de assistência social tem uma série de quesitos a serem cumpridos. A lei vem disciplinar e dar transparência para todo o processo, regularizando e democratizando acesso ao recurso público”, afirma Tammy.
A secretária explica que o chamamento público, por meio de edital, prevê regras para o certame e expõe o termo de referência, que antecipa o serviço que a Prefeitura precisa e aquele que a entidade concorrente terá que prestar, além dos critérios de pontuação. “O processo torna-se público e diferente do que era até então, pois era possível fazer convênio com a instituição sem haver critérios. O acesso democrático permite que qualquer entidade capacitada possa concorrer, e a que apresentar a melhor proposta vença”, ressalta Tammy, acrescentando que os editais estão publicados no site da Prefeitura. Ela ainda explica que, para o chamamento, foi criada uma comissão para seleção das entidades. “Essa comissão é formada por cinco membros que são funcionários efetivos com fé pública. Todos os cidadãos e até os movimentos sociais podem, se tiverem prova que não houve lisura nesses processos, procurar o órgão específico e fazer denúncia, apresentando provas, pois seremos os primeiros a pedir a apuração, lembrando que as regras para o chamamento dão prazos para recorrer.”
Situação da população de rua é uma das preocupações
O Fórum Popular de Assistência Social irá realizar reuniões ordinárias, mas ainda não definiu a periodicidade dos encontros. “Vamos avaliar o impacto desses chamamentos nas vidas das pessoas, porque entendemos que toda a cidade é atingida pelo aumento que vemos de moradores em situação de rua, pelo corte de benefícios, como auxílio-moradia”, pontua Azarias. Ele também enxerga com preocupação a falta de avanço para a colocação em prática do Plano de Políticas Públicas para Pessoas em Situação de Rua que, desde 2016, quando foi elaborado e apresentado pelo Comitê Pop Rua, aguarda o andamento dos trâmites para sua aprovação por parte do Poder Executivo. “Isso evidencia uma falta de sensibilidade por parte da Administração em, minimamente, discutir o tema. Esse plano já tem algum tempo que foi elaborado em cima de critérios técnicos, de participação de moradores em situação de rua, e percebemos o aumento dessa população. Esse é o problema mais grave que temos hoje nesse setor”, avalia o coordenador do Movimento Negro Unificado, ressaltando que: “Essa é uma situação que só vai ter sucesso se a Administração dialogar com os movimentos sociais.”
Em matéria publicada pela Tribuna, no último dia 6, quando esse mesmo tema foi abordado, a Secretaria de Desenvolvimento Social informou que o Plano de Políticas Públicas para Pessoas em Situação de Rua, devido à sua complexidade, foi analisado, tendo sido elaborado um parecer com as alterações necessárias para dar andamento ao processo. A pasta também afirmou que a intenção é apresentá-lo na próxima reunião mensal com o Comitê. Acerca do corte do auxílio-moradia, a pasta afirmou que se trata de um beneficio eventual, para auxiliar a pessoa em situação de vulnerabilidade social ou em risco habitacional, que será incluída no auxílio através de um relatório social. Devido ao cumprimento da Lei Federal 13.019, o programa passará por uma reordenação. Segundo a Secretaria, não há registro sobre a participação de moradores em situação de rua no auxílio-moradia.
Crise
Integrante do Fórum, laiz perrut diz que grupo se propõe a pensar em como interferir no setor (Foto: Marcelo Ribeiro/Arquivo/TM)
A militante Laiz Perrut, que faz parte do coletivo Maria Maria, também é integrante do fórum. Para ela, a assistência social na cidade vive uma crise. “Nos propomos a pensar em como podemos interferir nessas situações. No caso das mulheres em situação de rua, vamos acompanhar esse trabalho, porque esse cenário é muito grave. Esse tempo de frio complica ainda mais a condição delas.”
Invisibilidade da população LGBT
A proposta do Fórum Popular de Assistência Social também é reivindicar políticas públicas voltadas à população LGBT. Na visão da secretária política do Coletivo LGBT Comunista, Kenia Borges, a comunidade de gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais ou transgêneros é a mais vulnerabilizada, porque é atingida por diversas questões, inclusive as que se referem à situação de rua e ao trabalho sexual. Elas são colocadas para fora de casa, porque a família não aceita a identidade de gênero e, assim, recorrem à prostituição. Para Kenia, essa população acaba sendo penalizada mais de uma vez, porque o Poder Público também colabora para a invisibilidade desse segmento. “Tanto que não existe, na cidade, conselho que trate de políticas para a população LGBT e não existem políticas públicas na assistência social”, argumenta Kenia.
Segundo ela, a entrada do Coletivo LGBT no fórum tem o objetivo de questionar onde e de que forma essa população é atendida. “Sabemos que é atendida na Saúde em alguns momentos. Temos dados nacionais, mas não temos dados municipais.” Conforme a militante, há situações óbvias sem respostas. “Uma travesti de Juiz de Fora, por exemplo, em situação de rua é direcionada para o albergue masculino, para o albergue feminino? Qual tratamento diferenciado é dado para ela? No campo do trabalho formal, por exemplo, elas não têm acesso a empregos por conta do preconceito. A população LGBT é segregada aos piores postos de trabalho. Poucas chegam à universidade e lá são discriminadas. A expectativa de vidas das travestis e das transexuais é de 35 anos hoje no Brasil, o que é uma violência. Então, pensar que essas pessoas não dependem de assistência social é, no mínimo, irresponsabilidade.”
No que tange à questão do albergue, Tammy diz que a resposta vem de como essa travesti se entende, se homem ou mulher. “Temos uma orientação de respeito à identificação dele enquanto pessoa, independente de ser homem ou mulher, se identifica-se como homem ou como mulher. Além disso, temos a Casa de Passagem onde eles podem fazer a higiene, jantar, tomar banho, dormir e tomar café da manhã. Para as pessoas muito fragilizadas, do ponto de vista de saúde, temos o acolhimento institucional que é misto, servindo tanto para homens como para mulheres.”
Foco na proteção, vigilância e acesso a direitos
A secretária de Desenvolvimento Social, Tammy Claret, explica que a assistência social trabalha num tripé, com foco na proteção social, vigilância socioassistencial e acesso a direitos. “Esses três pilares como proposta primeira à inclusão de todo cidadão nesse tripé. Partimos do princípio da equidade, que começa com a oferta, de acordo com a necessidade da cidade e de cada família atendida. Então é uma política cujos termos são transversais, como a questão da sexualidade, da vulnerabilidade, da violência contra a mulher, da inclusão do idoso, da pessoa com deficiência.”
A titular da pasta também explica que as ações estão divididas em proteção básica e especial. “A básica é nossa porta de entrada, que são os Cras (Centro de Referência de Assistência Social), cujo objetivo é o atendimento ao núcleo familiar. Se nesse núcleo há deficiente, idoso, pessoa homoafetiva, todos esses aspectos serão trabalhados. Se tiver violação de direitos e vínculos rompidos, o trabalho é feito pelo Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social). Além disso, temos um conjunto de profissionais que compõem a equipe dos Cras, do Creas, que, com todos os nossos serviços, formam uma rede. Toda nossa política de assistência é voltada para fazermos um restabelecimento da conexão social. Não temos um olhar específico, mas global para fazer interseções, a fim de que essas pessoas sejam respeitadas e fazerem uma construção social digna.” Atualmente, a Prefeitura conta com 11 Cras e três Creas.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 29/07/2018
Título: Obra milionária em Jardim Botânico pode não sair do papel
Próximo de inaugurar o Jardim Botânico, a UFJF tem que lidar com um problema causado por um projeto milionário, que até agora não saiu do papel: o teleférico e o trenó de montanha. Previstos para funcionarem em parte dos 85 hectares que compõem o empreendimento, não há o menor sinal de que os equipamentos irão, de fato, funcionar. Enquanto a atual gestão da universidade enfrenta a limitação de recursos para garantir o início das visitações ao importante espaço verde, mais de R$ 23 milhões foram gastos somente nesses projetos, e, pior, correm o risco de serem desperdiçados. A Tribuna descobriu que as seis cabines, orçadas em R$ 11,378 milhões, estão há quatro anos guardadas em dois contêineres na Suíça. Para trazer o material ao Brasil, cuja garantia expirou em 2016, a UFJF teria que desembolsar mais de R$ 1,6 milhão, a fim de proceder a importação, dinheiro que a instituição já afirmou não dispor (ver fac-símile 1). Se não for remetido ao país, o teleférico poderá ser incorporado ou alienado pela fabricante suíça Rowema AG, como já ameaçou a empresa estrangeira. Seria uma forma de cobrir as despesas mensais de armazenagem de 23 toneladas de material, que está em torno de 10 mil francos suíços, cerca de R$ 40 mil por mês.
Por e-mail, o gerente geral da Rowema em Dübendorf, Andreas Knapp, confirmou para a Tribuna a guarda do equipamento e até se dispôs a fotografá-lo para o jornal mediante autorização da Topus Construtora, empresa brasileira que iniciou as obras do teleférico e intermediou a compra junto à Rowema. Sediada em Belo Horizonte, a Topus está em litígio contra a UFJF. De acordo com o processo que corre na 2ª Vara do Tribunal Regional Federal (TRF1), em Juiz de Fora, a empresa mineira que paralisou as atividades nas estações de lançamento e reenvio do teleférico, localizadas no Bairro Santa Terezinha e Alto Eldorado, cobra mais de R$ 5 milhões da UFJF por diversos descumprimentos contratuais. A Topus exige, ainda, o encerramento do contrato.
Procurados pela Tribuna por e-mail e telefone, representantes e advogados da empresa não demonstraram interesse em se manifestar sobre o assunto. Apesar de as obras estarem suspensas há mais de dois anos, placas da Topus ainda podem ser vistas na entrada do Jardim Botânico e no que seria a estação de reenvio do teleférico. No local, porém, fechado com cadeado, a única movimentação é de um cachorro mantido no prédio inacabado e de dois vigias da Adcon, terceirizada da UFJF, que se revezam na função de “proteger” o patrimônio.
Conforme outdoor instalado na entrada do Jardim Botânico, o teleférico deveria ter sido entregue em 1º de abril de 2014. A UFJF, principal interessada no assunto, afirmou que não pode se manifestar neste momento sobre o assunto, alegando segredo de justiça. Disse apenas que, tão logo a nova gestão assumiu o comando da universidade, entrou com recurso na justiça, solicitando o envio do teleférico ao Brasil. Até agora não existe acordo sobre isso.
UFJF poderá ter que devolver mirante
A polêmica em torno do teleférico não se restringe ao valor da obra, mas à viabilidade de funcionamento e de uso de um espaço que seria transformado em uma das principais atividades de lazer da cidade. A previsão era de que os visitantes sairiam de dentro do Jardim Botânico, em Santa Terezinha, onde uma parte da estação de lançamento pode ser vista, e seguiriam, por transporte aéreo, em cabines, até o Alto Eldorado, onde está parcialmente instalada a estação de reenvio. Lá de cima, avistariam a Zona Norte da cidade e parte dos 291 hectares que compõem o espaço conhecido como Mata do Krambeck, a maior reserva de Mata Atlântica em área urbana do país.
Antes da estação de reenvio começar a ser construída, havia um mirante na parte alta do Eldorado que foi doado pelo Município para a UFJF em 2014 (ver fac-símile 2). A escritura de doação da área de 23.824 metros quadrados, orçada em R$ 4,8 milhões, prevê que a UFJF inicie as atividades em dez anos, caso contrário, terá que devolver o espaço para o Município. O prazo expira em 2024.
O mirante era utilizado como lazer por toda a cidade e, principalmente, pelos moradores do bairro periférico que realizavam até um famoso festival de pipa na área, que chegou a ser conhecido não só em Juiz de Fora, mas na região. “Agora não temos mais nada, nem o local para os meninos brincarem de pipa. Do teleférico, há apenas as torres instaladas em meio ao vazio”, atesta Rosa Pires de Oliveira, 39 anos, moradora do prolongamento da Rua Adelaide Maria da Conceição, onde o asfalto ainda não chegou.
A indignação é compartilhada pelo presidente da Associação de Moradores do Eldorado, Luiz Cláudio Cardoso, 56. Segundo ele, o início das obras trouxe a expectativa de melhorias na infraestrutura do bairro, carente de equipamentos urbanos e com vias precárias e estreitas. “Hoje o teleférico virou um elefante branco, que fica ali fechado, sem acesso ao público. Iríamos ter lazer, atrair o público e benefícios para o bairro, e, ao longo do tempo, a gente viu que não foi isso que aconteceu. O que vimos é uma obra parada, onde há mato alto e não se sabe como e quando ficará pronta”, afirma.
Encosta
Outra questão que preocupa moradores da região é a instabilidade da encosta na qual estava sendo erguida a estação de reenvio. Segundo Luiz Cláudio, 13 casas foram interditadas pela Defesa Civil, em 2012, em virtude do risco de queda do talude nas residências localizadas na Rua Doutor Sebastião de Andrade, no Eldorado. Do alto da via, é possível observar parte da construção parada. “Ninguém falou pra gente que eles estariam construindo algo no topo. Nos deixaram a Deus dará. Se pediram pra gente sair por causa de uma rachadura aqui na parte debaixo, por que deixaram fazer uma obra tão pesada em cima de uma estrutura condenada?”, questionou a moradora de uma das residências localizadas na área Lidiane Domingos Dutra, 31.
Por meio de nota, a Secretaria de Meio Ambiente (SMA) informou que o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema) concedeu, em 2013, uma licença de instalação para a construção do teleférico. A licença, válida por dois anos, foi renovada em 2015 e encontra-se vencida, uma vez que se expirou em 2017. No entanto, a pasta afirma que a recente publicação da uma nova Deliberação Normativa do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), em março deste ano, retirou a atividade de instalação de teleféricos da listagem de atividades passíveis de licenciamento ambiental. Ou seja, a UFJF não precisará de licença ambiental caso um dia retome a obra.
Com relação ao terreno doado à Universidade, a pasta afirma que, após o prazo de dez anos, a previsão legal é que, não havendo a construção/instalação da estação, o imóvel seja revertido ao Município automaticamente.
Sobre a reclamação feita pelos moradores, a Defesa Civil informou, em nota, que que o problema de deslizamento do local é antigo e não teve qualquer interferência da obra, que está situada “acima do barranco e distante” da interdição, “não gerando qualquer impacto ou problema para encosta”. Segundo a nota, a obra trouxe benefícios para população, pois contemplou a captação e direcionamento da água da chuva que caía na parte de cima do barranco e descia em grande volume pela encosta. A pasta conclui, lembrando que existe um projeto de contenção em aprovação no Ministério das Cidades, orçado em R$ 8,5 milhões, que depende de recursos e aprovação para licitação e execução.
Capacidade de carga
Como o mirante deu lugar a uma estação inacabada, a grande questão dos moradores é quanto ao uso do teleférico, se, um dia, ele vier a ser instalado. É que a maioria não tem recursos para usufruir de um lazer pago, única forma de garantir a manutenção de um equipamento desta natureza. Outro ponto polêmico diz respeito à capacidade de carga do Jardim Botânico: 300 pessoas por dia. O número não garante a rotatividade necessária para manter um investimento milionário como o teleférico.
Além do teleférico, há ainda um trenó de montanha, no valor de R$ 4,3 milhões, que também está se deteriorando por falta de uso. Quando o material foi adquirido, em 2014, a Rodoviário Camilo dos Santos Filho Ltda, unidade Park Sul Juiz de Fora, foi a primeira depositária do equipamento que hoje não está mais sob os cuidados da empresa. Atualmente, o trenó e toda a estrutura de suporte e instalação estão sendo mantidos em um galpão do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (Caed).
O equipamento teria como finalidade transportar visitantes e pesquisadores para outras áreas preservadas do jardim, com acesso a trilhas onde poderiam ser observadas espécies nativas, serpenteando parte da vegetação do Jardim Botânico, como uma espécie de montanha russa. Sentado em um carrinho, o condutor tem o controle do objeto para realizar a descida, decidindo em que velocidade quer andar através do sistema de freios. O empreendimento serviria não apenas para fomentar o lazer no espaço, mas para possibilitar o acesso de visitantes e trânsito de pesquisadores para áreas remotas da vegetação do Jardim Botânico.
MPF e TCU investigam possíveis irregularidades na licitação
Os problemas envolvendo a obra do teleférico estão sob investigação do Ministério Público Federal (MPF) e do Tribunal de Contas da União (TCU). Em fevereiro deste ano, o MPF abriu inquérito civil para investigar possível favorecimento de uma empresa na elaboração do projeto de instalação do teleférico em 2011. Já o TCU tem uma representação aberta para apurar possível sobrepreço do teleférico.
A suspeita do MPF é de que “o responsável técnico pelo projeto executivo de implantação de equipamentos no Jardim Botânico da Instituição seria o dono da empresa que intermediou a compra dos teleféricos”. O processo corre na Procuradoria da República em Juiz de Fora, cujo promotor titular é Marcelo Borges Mattos Medina, o mesmo responsável pelas ações e investigações da Operação Editor, que investiga irregularidades nas obras do Hospital Universitário da UFJF. O inquérito tramita em sigilo.
Não é a primeira vez que as suspeitas de favorecimentos aparecem no processo de licitação do Jardim Botânico. No que tramita na 2ª Vara da Justiça Federal, a Construtora Topus e a própria Universidade já comentaram essa possibilidade em audiência (ver fac-símile 3). A UFJF chegou a abrir uma sindicância administrativa em setembro de 2017 para apurar dados orçamentários e financeiros relativos à compra do teleférico e do trenó de montanha. O procedimento segue em andamento na instituição.
O que está sendo questionado é se houve conflito de interesses na licitação. De acordo com os autos, os advogados que representam a Topus afirmaram, em 22 de janeiro de 2018, que “o teleférico especificado pela UFJF na fase licitatória era exclusivo de um único fornecedor, localizado na Suíça, que detinha um único representante oficial credenciado no Brasil”.
Procurada, a responsável pelo projeto executivo, a M3V Empreendimentos, afirmou não ter conhecimento do Inquérito Civil instaurado no Ministério Público Federal e que não vai comentar o assunto. Sobre o andamento do processo, o Tribunal de Contas da União disse que a representação foi aberta no início de 2018 e corre em sigilo.
UFJF pretende inaugurar Jardim Botânico ainda este ano
Apesar do impasse envolvendo o teleférico, a UFJF trabalha para inaugurar o Jardim Botânico ainda em 2018, após mais de três anos de atraso. Desde que assumiu a gestão da universidade, em 2016, o reitor Marcus David determinou que fossem iniciados estudos de propostas condizentes com o atual cenário político e econômico da instituição para traçar um plano que pudesse viabilizar a conclusão do espaço.
A nova gestão pretendia realizar a abertura do espaço ao público e para a pesquisa em março de 2018. Atualmente, a UFJF realiza obras finais de infraestrutura, bem como a instalação das redes de água, esgoto e energia. A expectativa é que o local receba 300 pessoas por dia. Cem vagas seriam reservadas às escolas e as outras 200 preenchidas mediante demanda espontânea.
Além da pesquisa e da educação, o jardim reserva atrações que reforçam o turismo local, como lagos com decks, espaços de exposição, bromeliário e orquidários. Recentemente, a instituição selecionou 28 estudantes bolsistas para atuar no projeto pedagógico de educação ambiental, que vai orientar as visitas.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 29/07/2018
Título: Ouro no pódio
A paratleta Gévelyn Cássia Almeida de Quadros, pós-graduanda da UFJF, conquistou medalhas nas três modalidades em que competiu no primeiro Parapan Americano Universitário -o Fisu Games – em São Paulo. Ela foi medalha de ouro em lançamento de dardos e arremesso de peso e prata no arremesso de disco.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cultura
Data: 29/07/2018
Título: MAM-SP evidencia relação de Ismael Nery e Murilo Mendes
Ismael Nery estava internado num sanatório em Corrêas, distrito de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, vitimado pela tuberculose, e mesmo assim não parava de desenhar. Os trabalhos, contudo, relevam-no em diferentes fragilidades, e ele acabava por amassar e descartar tudo. O amigo Murilo Mendes, entre a generosidade e a consciência de posteridade, combinou com as cuidadoras do lugar que resgatassem os papeis do lixo e os guardassem. Após a morte de Ismael, aos 33 anos, em 1934, o poeta juiz-forano reuniu seus escritos e telas e tratou logo de dar a visibilidade que acreditava merecedora. Em “Ismael Nery: feminino e masculino”, exposição em cartaz até o dia 11 de agosto no Museu de Arte Moderna de São Paulo, no Parque Ibirapuera, a amizade tem lugar de destaque. Um não existiria plenamente sem o outro.
“Murilo Mendes sempre foi um cidadão do mundo, alguém que conheceu muitos artistas. Ele, por mais incrível que pareça, foi quem projetou, na Itália, o (Alberto) Magnelli. Aqui em Juiz de Fora temos uma coleção imensa do Magnelli, que o Murilo recebeu por ter divulgado o trabalho dele. O Murilo Mendes marcou muitos nomes internacionais, artistas da contemporaneidade, dentre eles o Ismael, um amigo que deixou um legado e também recebeu o legado do convívio com o poeta. É uma amizade tão profunda que essa convivência enriqueceu a cultura brasileira, pela busca poética, filosófica, religiosa, na sabedoria suprema da realização humana”, comenta a pesquisadora Marisa Timponi, que em parceria com a também pesquisadora Leila Barbosa lançou “Ismael Nery e Murilo Mendes: reflexos” (UFJF/MAMM), indicado ao Prêmio Jabuti.
A publicação juiz-forana, editada em 2009, é um dos materiais que compõem a mostra que reverencia a trajetória de Ismael Nery. Além dela, seis obras do acervo do Museu de Arte Murilo Mendes — um óleo sobre tela, uma aquarela e quatro desenhos resgatados no sanatório petropolitano — integram a retrospectiva sob curadoria do experiente crítico de arte Paulo Sérgio Duarte. Da pinacoteca local, apenas o croqui para a capa do livro “Poemas”, de Murilo Mendes, feito em nanquim em 1930 não viajou a São Paulo. Um dos trabalhos mais aclamados da coleção de Murilo, a aquarela “Enseada de Botafogo”, está em “Ismael Nery: feminino e masculino”. Segundo Marisa Timponi, “é um quadro em que vemos um poema do Murilo em imagens. É muito forte a contaminação artística entre os dois.”
O cometa, a dança e o amigo
Em “Saudação a Ismael Nery”, presente em “Poemas”, primeiro livro de Murilo Mendes, publicado em 1930, em Juiz de Fora, pela Dias Cardoso, o poeta se refere ao amigo como um “ente magnético (que) sopra o espírito da vida”. E o magnetismo era tanto que o encontro mostrou-se mais, muito mais que uma congregação. “Nesse poema ele aborda a relação da amizade, e, nessa ligação dele com o outro, nasce o que chamamos de ‘philia aristotelica’, que seria aquela intrínseca, intimamente ligada à virtude e à felicidade. A verdadeira forma da amizade, então, só é possível com o senso de justiça e equidade entre amigos. Essa ‘philia’ vai ser assinalada pelo Murilo quando ele comenta o encontro que teve com o Ismael Nery, em 1921, como um dos três fatos relevantes de sua existência. Além de ele ter encontrado o Ismael, em 1910 viu o cometa Halley passar e, em 1916, viu a dança do Nijinski no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Para Aristóteles, o amigo é um outro eu, e essa possibilidade de autoconhecimento, da plenitude humana, o Murilo viu em sua relação com o Ismael Nery”, observa Marisa Timponi.
Quando Ismael Nery se despede, a perda do amigo gera um impacto superlativo em Murilo Mendes, pontua Leila Barbosa. “Quem descreve isso brilhantemente é o nosso conterrâneo Pedro Nava, que diz da loucura do poeta no velório do amigo. Vários autores afirmam que isso fez a conversão do Murilo, mas nós temos outro enfoque sobre isso. Achamos que o Murilo não se converteu, mas voltou-se mais para a religiosidade, porque nunca deixou de ser católico, e isso era uma das coisas que mais admirava no Ismael. Ele considerava o pintor um ser completo”, defende Leila, precedida por Marisa em sua leitura de uma espécie de poema-unção que Murilo escreve para Ismael: “Não é do homem que recebes a glória, o Verbo te criou desde o princípio para transmitires palavras de vida e para que O mostrasses a outros homens”.
‘Eu sou o marido e a mulher’
O aspecto religioso, bastante presente na exposição “Ismael Nery: feminino e masculino” é, segundo Leila Barbosa, um dos principais eixos da amizade entre Murilo e Ismael. “O Ismael era marxista, um cara que seria ateu, mas era extremamente religioso. E essa religiosidade, o Murilo nomeou por essencialismo: o importante era a essência, que estava no centro, e as coisas secundárias, as aparências, não eram relevantes”, explica a pesquisadora, autora ainda de “A trama poética de Murilo Mendes”, em conjunto com Marisa Timponi. “O próprio Ismael Nery pregava a religião como um pastor. Por outro lado, era um rapaz que vivia dos encontros com as pessoas e falava muito. Murilo já era mais calado e foi tomando nota das coisas”, acrescenta Leila, citando, ainda, a produção poética de Ismael que reverencia Murilo e denuncia o quão complexos se tornaram os amigos após o encontro que transcendia as artes ao se alimentar, sobretudo, dela.
“Eu sou a tangência de duas formas opostas e justapostas/ eu sou o que não existe entre o que existe./ Eu sou tudo sem ser coisa alguma./ Eu sou o amor entre os esposos,/ Eu sou o marido e a mulher,/ Eu sou a unidade infinita/ Eu sou um deus com princípio/ Eu sou poeta!”, escreveu Ismael em seu “Eu”, no qual chama atenção para aspectos de gênero que dão sustentação a diferentes teorias que envolvem Ismael, sua esposa Adalgisa e Murilo num triângulo amoroso. “Como pesquisadoras, não encontramos nada que referendasse isso”, ressalta Leila Barbosa. Nas correspondências trocadas entre Adalgisa e Murilo após a morte de Ismael, cujas cópias podem ser encontradas no acervo do Museu de Arte Murilo Mendes, sobressai, principalmente, o poeta que num gesto amigo discordou dos descartes de Ismael e assegurou-lhe a posteridade.
— —
Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 29/07/2018
Título: Ópera espanhola encerra Festival de Música Colonial Brasileira e Música Antiga em Juiz de Fora
A ópera volta ao Cine-Theatro Central, em Juiz de Fora, para encerrar a 29ª edição do Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga. Neste domingo (29), às 20h, será apresentada a zarzuela Vendado es amor, no es ciego, de José de Nebra, compositor espanhol do século 18.
Feita especialmente para o Festival, de acordo com a direção, será uma noite marcada por ineditismos: não há gravações nem registro de apresentações fora da Espanha. E será a estreia moderna da montagem, apresentada originalmente em 1744.
Será a terceira vez que uma ópera é apresentada no evento: a primeira foi a brasileira Zaíra, de Bernardo José de Souza Queiroz em 2004 e a segunda foi Il Ballo delle Ingrate, de Claudio Monteverdi, no ano passado.
Durante dois dias, entre sons de canto, orquestra, repetições, orientações, martelos e furadeiras, o G1 acompanhou os bastidores dos ensaios e um workshop de cenografia. Integrantes do grupo de mais de 25 pessoas entre cantores, músicos, bailarinos e técnicos contaram como foi passar a semana ensinando, ensaiando, aprendendo e trocando saberes para a apresentação no palco.
“Esse ano não percam, pelo amor de Deus. É uma coisa linda e rara de ser vista, de ser feita e quem puder assistir não vai se arrepender de vir ao Central no domingo à noite”, disse a diretora artística, Rosana Orsini.
A ópera é legendada, com entrada franca. A distribuição dos convites – máximo de quatro por pessoa – acontece no Centro Cultural Pró-Música neste domingo, de 8h30 às 17h30.
Do campo de amoras ao palco do Central
De acordo com a diretora artística e uma das solistas, Rosana Orsini, após a boa recepção que a ópera de Monteverdi teve do público, houve a proposta de realizar outra para encerrar o Festival deste ano. O homenageado, José de Nebra, era compositor da capela real de Madri, que escreveu músicas para órgão, vocal, orquestral, e foram preservadas cinco ou seis óperas.
“Estamos lembrando o aniversário de 250 anos do falecimento de José de Nebra, que foi o maior compositor da espanha no século 18 e muito pouco feito e conhecido fora da Espanha. Acho que é a primeira vez que se faz vocal no Brasil, por isso, pensei que seria interessante propor algo diferente e acho que vai agradar muito ao público”, comentou.
Na zarzuela Vendado es amor, no es ciego, as deusas, Vênus e Diana, disputam a soberania do monte Ida. Vênus decreta que todos aqueles que não se rendam ao amor sejam sacrificados, mas o jovem Anquises, que ainda não se apaixonou, se consagra a Diana, Deusa da castidade e da caça.
Esta ópera é conhecida como zarzuela por ter sido apresentada em um teatro de um palácio real em Madri que recebeu este nome por causa do campo de zarza, que é uma amora.
“Além da linguagem, a diferença dela para a ópera italiana é que muitas vezes ela tem diálogos declamados ao invés de recitativos. Nebra soube como ninguém pegar a tradição da ópera italiana e juntar com musica popular espanhola. Tem trechos realmente populares, seguidillas, fandangos, trechos com castanholas que são de musica popular espanhola dessa época”.
Como transformar madeira, cola, tecido em vento
Neste ano, outra novidade relacionada à ópera foi o workshop de cenografia com os responsáveis pelo cenário da ópera, a cenógrafa e pintora de arte Giorgia Massetani e o cenotécnico e designer de calçados cênicos, Alicio Silva.
Cerca de 15 alunos, de estudantes de Canto, Arquitetura, Artes a artistas plásticos, de diferentes origens e idades passaram a última quinta-feira (26) trocando experiências, ouvindo indicações e participando da montagem do protótipo de uma máquina do vento e do cenário, que veio de São Paulo, para a apresentação.
“E ao participarem da montagem junto com a equipe, eles entendem o processo, criam um laço com o próprio cenário. O que se torna uma lembrança emotiva para a gente poder se aproximar ainda mais do festival”, analisou.
De acordo com ela, o curso foi resultado do interesse por diferentes etapas do processo criativo despertado com a apresentação de Monteverdi em 2017 e também destaca a importância das diferentes habilidades necessárias para uma apresentação artística como a ópera.
“Viemos apresentar quem somos, qual o nosso papel dentro do teatro e os diferentes papeis dos outros técnicos e maquinistas que fazem parte de um espetaculo teatral além do cenógrafo, do diretor, do cantor. Falamos um pouco da formação que tem ou não no Brasil e o que tem em outros países, como na Itália, onde me formei na Academia de Belas Artes de Florença”, contou a cenógrafa.
Segundo o cenotécnico e designer de calçados cênicos, Alício Silva, o Festival apresentou a oportunidade de compartilhar saber e divulgar um campo de trabalho que precisa de profissionais
Para Alício Silva, este é o caminho para fazer a união entre as diferentes gerações – de profissionais mais experientes com os mais novos que estão começando agora.
“É interessante a gente trazer nosso trabalho e deixar uma sementinha, para futuramente a gente voltar para apreciar o trabalho de gente daqui. Essa troca entre os profissionais com o interesse de levantar a bandeira, correr atrás das coisas, construir o nosso processo de cenografia e cenotecnia é o caminho para sobreviver na nossa área”, comentou.
O desafio de ter espaço para criar
Para 2018, a missão era superar a apresentação da ópera de Monteverdi. De acordo com o diretor de cena, Henrique Passini, a primeira diferença será a duração: será apresentada na íntegra, com cerca de 1h40. E todos abraçaram o desafio do processo criativo para a montagem da zarzuela.
“Curiosamente, não há indicações cênicas escritas na partitura. A gente teve que definir a ação de cada cena, quem entrava, quem saía. E não tem referências de montagens anteriores. A informação que temos é que é a primeira vez que ela é montada fora da Espanha e em tempos modernos, só sendo ouvida na estreia, em 1744. Em compensação, a gente está muito mais livre, a gente pode criar. É superdivertido”, garantiu.
A história será contada nas interpretações de solistas como a espanhola Nerea Berraondo (Vênus), do italiano Enrico Vicinanza (Anquises), das brasileiras Rosana Orsini (Eumene), Fabíola Protzner (Brújula), Alexandre Pereira (Titiro), Michele Flores (Selenica) e Luane Voigan (Diana).
Haverá participação dos bailarinos Clara Couto e Osny Fonseca e do coro formado Michelle Flores, Isabela Bianchi, Arlana Vitória, Letícia Almeida, Tamara Medeiros, Sara Fraga, Lucas Miranda e Alexandre Pereira e preparado por Daniela Espíndola.
A direção musical é de Roberto Santamarina, que tocará um dos violinos na orquestra ao lado de Bruna Berbert, Raquel Aranha e Eliézer Isidoro. Além do cravo, Marco Brescia é o maestro preparador e contínuo. Álisson Berbert tocará a viola e Lucas Bracher, o violoncelo.
A iluminação está a cargo de Yuri Simon, os figurinos são de Michele Botelho e a maquiagem, de Gabriela Schembeck.
“Sem dúvida, é uma equipe fantástica de pessoas interdependentes, que conseguem resolver a própria coisa tendo em conta o objeto inteiro, a obra de arte completa. Isso é muito legal”, elogiou Rosana Orsini.
Na equipe, três solistas são de Juiz de Fora. Alexandre Pereira, Michele Flores e Luane Voigan foram aprovados em uma audição para a ópera de 2017. Neste ano foram convidados para a participar da apresentação.
Formada em canto na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e atualmente estudando Mestrado, Luane Voigel, destacou que sempre participou do Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga.
Ela comemorou a oportunidade de estar novamente envolvida com a montagem da ópera. Em 2017, foi uma das “ingratas” de Monteverdi e, neste ano, interpreta uma das protagonistas da zarzuela, a deusa Diana.
O contratenor italiano Enrico Vicinanza, que interpreta Anquises, um dos alvos da desavença entre Vênus e Diana, está pela primeira vez participando do Festival em Juiz de Fora.
“Estou feliz que a Rosana Orsini me convidou e me tenha designado este papel que me permite brincar com a voz. É um lugar mágico, a ópera é incrível porque é puro teatro. A própria música é a direção. E isso é bonito porque une dois mundos importantes para a ópera do mundo, que são Madri e Nápoli, de onde eu venho. E é uma honra representar a minha cidade e a Itália junto do elenco”, afirmou ao G1.
Declarando-se apaixonado pelo que descobriu durante a montagem da zarzuela Vendado es amor, no es ciego, Enrico Vicinanza se desdobra em elogios à experiência em Juiz de Fora.
“É uma equipe muito forte, tem um diretor ótimo e cada personagem tem árias fantásticas. Eu não sei qual é a minha favorita, uma mais bela que a outra. E no fim, eu sempre me apaixono pelas que não canto. O coro tem uma função grega com intervenções que contam uma história. Espero dar uma contribuição válida ao festival, lembrando que, se trabalho bem, é graças a equipe que te faz atuar bem”, disse o contratenor.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Podcast
Data: 30/07/2018
Título: UFJF no Ar- A Profissão dos caminhoneiros
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 30/07/2018
Título: Mais de 1.200 formandos colam grau esta semana na UFJF
A UFJF promove nesta semana as cerimônias de colação unificadas. Ao todo, 1.234 estudantes devem receber diplomas, nesta segunda (30) e também na terça-feira (31), em seis horários distintos, no Cine-Theatro Central. De acordo com a instituição, é necessário que o formando chegue ao local uma hora e 30 minutos antes da sua cerimônia, para assinar o termo de colação, vestir a beca e ser posicionado corretamente na fila.
Além da pontualidade, os alunos devem estar atentos a todos os requisitos para receber o diploma, como o lançamento das últimas notas no sistema. Há também a obrigatoriedade da apresentação do “nada consta” da Biblioteca Central no dia da colação, caso o aluno não tenha regularizado sua situação até o dia 20. São consideradas pendências os materiais emprestados e multas não pagas.
UFJF alerta para situação com o Enade
Segundo a UFJF, os alunos dos cursos que fazem parte do ciclo de 2018 do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) que, por algum motivo, não realizarem a prova em novembro, não poderão colar grau no final do ano, nem no final do primeiro semestre de 2019.
A medida faz parte do novo edital lançado pelo Ministério da Educação (MEC), que alterou a forma da Universidade regularizar a situação do aluno. Em setembro, o MEC vai publicar uma portaria para os alunos que estão irregulares e se formam no próximo semestre.
Para os estudantes que tiveram o curso avaliado no ano passado, é necessário estar em dia com a prova para que possam formar. Já os alunos que colarem grau até o dia 31 de julho, dos cursos que ainda serão avaliados neste ano, estão aptos para formar.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 30/07/2018
Título: Fogo consome vegetação no Bairro Dom Bosco
Um incêndio, iniciado no fim da tarde desta segunda-feira (30), consumiu a vegetação seca aos fundos da Rua Manoel Lopes Silva, no Bairro Dom Bosco. O incêndio é visível nas proximidades da Rua Vicente Begheli, entre a saída do Pórtico Sul da UFJF e o Hospital Monte Sinai, Cidade Alta de Juiz de Fora.
As chamas tomaram um terreno baldio, próximo a casas localizadas ao fim da Rua Manoel Lopes Silva. Conforme os populares, as residências estavam seguras embora o fogo já atingisse as proximidades. “Eu cheguei em casa por volta de 17h do trabalho e as primeiras chamas já tomavam parte do terreno”, contou a moradora Cristina Lourenço.
Acionado, o Corpo de Bombeiros enviou uma equipe ao local, mas, quando chegou, as chamas já haviam se apagado, sem necessidades de maiores trabalhos. Não houve vítimas.
— —
Veículo: SIMI
Editoria: Notícias
Data: 30/07/2018
Link: http://www.simi.org.br/noticia/Conheca-a-startup-vencedora-do-Empreenda-Em-Acao
Título: Conheça a startup vencedora do Empreenda. Em Ação!
Nos dias 25, 26 e 27 de julho, as históricas igrejas de Ouro Preto foram pano de fundo para uma competição de empreendedorismo e muita inovação. O Centro de Convenções da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) sediou a etapa final do Empreenda. Em Ação!, que desafiou estudantes de diversas universidades mineiras a desenvolverem soluções inovadoras dentro das salas de aulas e levá-las para o mercado.
O evento foi dividido em três etapas. Na primeira, projetos de todas as regiões do estado se apresentaram para uma banca de avaliadores que deram feedbacks e selecionaram os melhores projetos para a fase seguinte. Durante a segunda etapa, além das bancas de avaliação das startups, os empreendedores tiveram a oportunidade de receber mentorias e assistir palestras de especialistas de instituições do ecossistema de inovação. Na fase final, a banca avaliadora analisou o amadurecimento dos projetos durante os três dias de evento e definiu os primeiros colocados do programa.
O professor Álvaro Pereira Júnior, fundador do Empreenda. Em Ação!, explica que o programa tem como finalidade ampliar o leque de possibilidades dos alunos de graduação e transformar as pesquisas realizadas em sala de aula em empresas. “O objetivo do programa é diminuir a distância entre a universidade e o mercado, especificamente o mercado empreendedor. A gente quer que o estudante perceba que ele não necessariamente precisa trabalhar para uma empresa, mas que pode pensar também em empreender.”
A equipe vencedora do Empreenda. Em Conexão!, etapa final do Empreenda. Em Ação!, foi a MicroPelt, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que desenvolveu um expositor refrigerado de pequenas dimensões que permite a venda por impulso de produtos perecíveis. “É muito bom levar esse feedback positivo para a casa. A gente veio e fez por merecer. Nossa meta é nos inserir de vez no mercado dentro de um ano e com um produto cada vez melhor”, comemora a mestranda na área de sistemas eletrônicos, Kátia Melo.
O segundo lugar ficou com a startup Sorbet, que consiste em um probiótico a base de superfrutas brasileiras, e a terceira colocada foi a FireEye, que desenvolveu uma ferramenta para ajudar na prevenção e combate de incêndios florestais. Os três melhores projetos do Empreenda. Em Conexão! também conquistaram o Prêmio Gerdau de Inovação Universidade-Mercado, fruto de uma parceria entre o Empreenda. Em Ação! e a Gerdau.
O programa Empreenda. Em Ação! contou com 90 disciplinas de 15 universidades mineiras. A ideia é fazer com que esse número cresça ainda mais nas próximas edições.
— —
Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 30/07/2018
Título: Músicos compartilham práticas e processos de criação com artistas e estudantes em Juiz de Fora
Juiz de Fora recebe a 2ª edição do projeto “Territórios de Invenção” com os músicos Marina Cyrino e Matthias Koole. As inscrições são gratuitas e estão abertas até a próxima segunda-feira (6) nas redes sociais do projeto.
São disponbilizadas 25 vagas para a ação, que está prevista para outras quatro cidades mineiras. Em Juiz de Fora, ocorre de 20 a 31 de agosto, no Instituto de Artes e Design (IAD) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
A flautista Marina Cyrino e o violonista e guitarrista Matthias Koole pretendem explorar aspectos técnicos da música de concerto, desde a interpretação de partituras até a forma de se tocar um instrumento.
O projeto vai promover, de julho a outubro, residenciais artísticas para compartilhar práticas e processos de criação em música e performance com artistas e estudantes mineiros.
— —
Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 31/07/2018
Título: UFJF oferece 700 vagas em cursos de educação a distância para pós-graduação
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) está com inscrições abertas para quatro cursos de pós-graduação de ensino a distância. São 700 vagas para quem já concluiu o ensino superior e têm interesse em se especializar em alguma área de ensino. As inscrições seguem até o dia 27 de agosto.
A área de Gestão Pública oferece 520 vagas para três cursos: Gestão Pública Municipal (GPM), com 180 vagas, Gestão Pública da Organização de Saúde (GPOS), com 180 oportunidades, e Gestão Pública (GP), que tem 160 vagas.
Já o curso de pós-graduação para a área de Atividades Físicas Inclusivas para Pessoas com Deficiência tem como público-alvo licenciados ou bacharéis em Educação Física ou áreas semelhantes, que queiram atuar com alunos que tenham algum tipo de deficiência. São 180 vagas em seis polos de ensino.
Segundo a UFJF, o candidato só pode realizar uma inscrição. O edital, os polos de ensino e a ficha de inscrição estão disponíveis na página do Centro de Educação a Distância (Cead) da instituição. Em caso de dúvidas, o interessado pode, ainda, ligar para o telefone do departamento: (32) 2102-3484.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Esportes
Data: 31/07/2018
Título: JF Vôlei apresenta novo elenco nesta quarta
O novo elenco do JF Vôlei, agora sem a parceria com o Sada Cruzeiro, será apresentado à imprensa e torcida na tarde desta quarta-feira (1), no Ginásio da UFJF. A ideia da diretoria da equipe juiz-forana é revelar as novas caras que estarão em quadra nas disputas do Campeonato Mineiro e da Superliga B na temporada 2018/2019 ao público às 16h.
Em participação no programa Mesa Quadrada da última segunda-feira (30), o supervisor do JF Vôlei, Heglison Toledo, afirmou que o time foi formatado com muitas “pratas da casa” – atletas formados em Juiz de Fora, e que o grupo ainda não está fechado, com a possibilidade de novas chegadas. Os jogadores serão comandados por Marcos Henrique do Nascimento, já anunciado como treinador após ter desempenhado as funções de auxiliar técnico e analista de desempenho da equipe na última temporada.
Marcos Henrique terá, ainda, a companhia do preparador físico Vinícius Figueiroa e do fisioterapeuta Lucas Mostaro, remanescentes do staff de 2017/2018, além da auxiliar Fernanda Brandão e do também auxiliar e analista de desempenho José Augusto Pereira, novidades no corpo técnico. O início dos trabalhos mira o Campeonato Estadual, ainda sem largada definida, mas prevista para setembro.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Editorial
Data: 31/07/2018
Link: https://tribunademinas.com.br/opiniao/editorial/31-07-2018/demanda-coletiva.html
Título: Demanda coletiva
De nada adianta jogar pedra nas administrações passadas quando o problema prevalece e carece de solução. Se houve ilícitos, a eles a lei. Mas é preciso buscar alternativas para resolver os projetos da universidade ora paralisados pela falta de recursos. A atual gestão, desde o seu início, tem se desdobrado para encontrar saídas para o Hospital Universitário e o Parque Tecnológico, entre outros, que são estratégicos não apenas para o mundo acadêmico, e sim para a cidade.
O HU é um projeto ousado que parou por conta de vícios no contrato que devem ser sanados. Do jeito que está, só impõe custos para a entidade sem retorno ou aplicação para os estudantes e a comunidade que recorre aos serviços da instituição. Se pronto, ele irá resolver boa parte do gargalo na área de saúde de Juiz de Fora. Por ser polo e ter gestão plena do SUS, a cidade é responsável pelo atendimento de um expressivo número de municípios
O Parque Tecnológico vai pela mesma via. Ele é estratégico para a região, por ter a vocação de ser um espaço pensante com base na inovação, voltado para o futuro. Mesmo tendo a maior parte de capital da UFJF, ele deve ser visto como um projeto coletivo, com envolvimento dos demais órgãos públicos do município e do setor produtivo. Em vista disso, não é uma luta encabeçada pelo reitor na busca de recursos nos gabinetes de Brasília. É de todos, especialmente dos agentes políticos ora envolvidos na campanha eleitoral.
Na edição de domingo, a Tribuna retratou a situação do Jardim Botânico e de seus equipamentos. A concepção foi positiva, mas a execução pecou por contar com recursos que ainda estavam na dependência da burocracia de Brasília. Daí, há o local, alguns equipamentos já estão instalados, mas outros ainda dependem, até, de importação, como o material retido na Suíça sem perspectiva de ser trazido para a cidade diante da falta de recursos.
Além disso, pesam contra o projeto ações judiciais em curso que impedem a continuidade do processo de instalação. Mas tudo deve ser resolvido no devido tempo. Como já destacou em outras ocasiões o reitor Marcus David, é fundamental dar prioridade ao que já é possível fazer. Que assim seja com o devido respaldo das demais instâncias de Juiz de Fora. Mesmo tendo a UFJF como matriz, são projetos para o município como um todo.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 31/07/2018
Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/31-07-2018/po.html
Título: Médico em destaque
O neurocirurgião Jean Claude Bonfim, do corpo clínico da Santa Casa, foi destaque em matéria do “Fantástico” por ter participado da cirurgia de alta complexidade de Rian Santos Silva (8 anos), que teve um espeto de churrasco cravado no tronco encefálico depois de um acidente quando brincava com amigos em Santa Luzia (BA).
Jean Claude é formado na UFJF – turma de 2003 – e depois de fazer residência no Hospital Salgado Filho, no Rio, passou a trabalhar na Santa Casa, em 2008. A bem sucedida operação, de duas horas, com participação também do médico Iogo de Oliveira Araújo aconteceu no Hospital Calixto Midlej Filho, em Itabuna (BA).
— —
Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 31/07/2018
Título: Canil Municipal promove nova feira de adoção em Juiz de Fora
O Canil Municipal de Juiz de Fora promove no próximo domingo (5) mais uma feira de adoção. O evento será realizado na Praça Cívica de Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e contará com a presença de 27 animais entre cães e gatos.
O veterinário do Canil Municipal, Fábio Valverde, afirmou que esses eventos de estímulo a adoção mobilizam um grande público e cerca de 100% dos gatos e 80% dos cães são adotados.
Fábio também ressaltou que em feiras como estas as pessoas percebem a seriedade do trabalho realizado e, mesmo que não tenham interesse em adotar naquele momento, muitas procuram posteriormente a sede do órgão, que fica na Avenida Francisco Valadares, n°1000, no Bairro Vila Ideal.
Redes sociais
As redes sociais representam uma importante ferramenta de estímulo à adoção em Juiz de Fora. De acordo com a gerente do Departamento de Controle Animal (Dcan), Miriam Neder, as páginas no Facebook e Instagram impulsionam os serviços do Canil Municipal.
Segundo Miriam, cerca de 80% dos pedidos de doação e visitas feitas se devem ao sucesso nessas plataformas.
Nas redes sociais do Canil Municipal é possível encontrar fotos e informações sobre os pets e as formas de adoção, assim como o cadastramento on-line dos interessados.
Em julho, o G1 divulgou que uma campanha do Canil Municipal de Juiz de Fora que usou a Copa do Mundo como incentivo à adoção foi responsável por um reencontro, por adoções e emoções. O poodle cinza “Tite”, por exemplo, que estava entre os cachorros disponibilizados no local, na verdade tinha uma família que procurava por ele há mais de dois meses.
Disque-adoção
Os interessados em adotar um bichinho também podem entrar em contato através do Disque-Adoção, pelo número (32) 3225-9933, ou ir direto ao Canil, que fica na Avenida Francisco Valadares, n° 1.000, no Bairro Vila Ideal.