Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Economia
Data: 25/05/2018
Título: Especialista da UFJF dá dicas para economizar combustível
Mesmo sem gasolina e etanol nos postos da cidade, muitos juiz-foranos não podem abrir mão do carro no dia a dia. Por isso, qualquer economia de combustível é bem vinda para reduzir o consumo e andar um pouco mais. A Tribuna conversou com o professor da UFJF Washington Orlando Irrazabal Bohorquez, que é mestre em engenharia de energia, doutor em engenharia aeronáutica e mecânica, e pós-doutor em engenharia aeroespacial. Ele garantiu ser possível reduzir o gasto entre 15% e 20%, adotando medidas relativamente simples. Confira algumas dicas:
Não pise fundo no acelerador
Quanto mais aceleramos, mais combustível gastamos. Por isso, o professor Washington sugere que, se o semáforo estiver prestes a fechar, o ideal é ir reduzindo a velocidade aos poucos, para evitar parar. A velocidade constante deve ser um hábito adotado.
JF + morro = gasto de gasolina
A cidade é composta por muitas ruas e avenidas íngremes. É difícil, mas evitá-las é importante neste momento. Se não tiver jeito, o professor orienta evitar acelerar fundo em subidas longas. “Busque sempre uma velocidade constante. Por isso, antes do morro, tente pegar impulso para não deixar a rotação do motor alta”, informou. Primeira e segunda marchas? Talvez seja possível subir bem devagar, na terceira. Ele também falou sobre o mito de descer morros com o carro desengrenado, o que é considerado perigoso. Para fins de consumo, a economia nem sempre é certa, o que vai depender da velocidade, pois mesmo no ponto morto o motor permanecerá ligado.
Ar condicionado nem pensar!
Felizmente os últimos dias são de baixas temperaturas no município. Mesmo assim, tem gente que não abre mão do conforto do ar condicionado. O problema é que o equipamento que resfria o ar funciona através de um compressor, que é um grande vilão do consumo de combustível. Estima-se que o gasto de gasolina, em centros urbanos, aumente até 30% quando o ar condicionado está ligado.
Evite aparelhos eletrônicos
Todos gostam de ouvir música enquanto dirige. No entanto, neste momento de escassez de combustível, esta prática deve ser evitada. Assim como manter ligado, na tomada do carro, carregadores de celular, aparelhos de GPS ou outro componente eletrônico. “Tudo depende de energia, e a fonte primária é o combustível químico.” Funciona assim: o gerador de energia do veículo vai transformar o combustível em força e eletricidade, que será armazenada na bateria. Se há muitos acessórios ligados, a bateria descarrega, e o gerador vai precisar trabalhar mais. “E para o gerador produzir energia, ele precisa estar em movimento, que é feito pelo motor. Se o consumo de eletricidade for grande, acaba causando impacto na fonte primária, que é a gasolina ou o etanol.”
Mais de um carro na garagem? Escolha o mais básico
A regra é simples: quanto mais simples e fraco for o motor do carro, menor será o consumo de combustível. Ao contrário, quanto maior o número de acessórios, maior será o gasto. Tudo vai depender do modelo, mas de um modo geral, priorize sair com carros populares, com motor 1.0, direção mecânica e poucos componentes eletrônicos.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 25/05/2018
Título: Frio se mantém durante final de semana em Juiz de Fora
A semana mais fria do ano promete estender a condição meteorológica durante este fim de semana. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as temperaturas mínimas podem chegar aos 10 graus, e as máximas aos 28. Esta grande amplitude térmica, de 18 graus, é uma característica da estação atual, o outono. No entanto, seus efeitos são mais sentidos quando há menos nebulosidade, o que não deve ser o caso na cidade. O final de semana pode ser de céu parcialmente nublado, passando a nublado com nevoeiros pela manhã. Segundo o Inmet, não há previsão de chuva para o período.
Nesta sexta-feira (15) a temperatura mínima registrada pelos termômetros do Inmet, instalados no campus da UFJF, foi de 13,5 graus. A máxima não deve passar dos 22 graus.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cultura
Data: 25/05/2018
Título: Visco realiza show de número 200 neste sábado (26) no Bar da Fábrica
Com quase dez anos de estrada, a banda Visco chega a seu show de número 200. A marca será alcançada neste sábado (26), às 20h (horário de abertura da casa), no Bar da Fábrica, com direito a abertura dos cariocas do Sound Bullet. O repertório vai revisitar a trajetória do grupo, com destaque para as principais canções, e também homenageando artistas que os influenciaram, entre eles Kings of Leon, Pearl Jam, Beatles, Arctic Monkeys, Frank Sinatra e Arcade Fire.
“Estamos há nove anos na estrada, e a sensação é de realização. Consideramos uma marca muito importante, sobretudo por estarmos nesse tempo todo com a formação original”, diz o guitarrista Jean Michel, que integra a Visco com o vocalista Daniel Marques, o baixista Roney Gonçalves e o baterista Michel Pedretti.
Jean ainda tem viva na memória a primeira apresentação da Visco, em abril de 2009, em uma chopada da Facom-UFJF. “Foi bastante divertido e nos deu um bom gás inicial, e começamos nossas primeiras composições. De lá pra cá, evoluímos bastante como músicos, mas sem perder a essência. Veio o primeiro disco, ‘Visco Um’ (2012), o compacto ‘Superficial’ (2016), alguns clipes, shows, viagens e muita história para contar. Esse show marca o fim de um ciclo, já que no segundo semestre começamos a produção do nosso terceiro trabalho de estúdio”, antecipa.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Painel
Data: 25/05/2018
Título: Boulos em JF
O pré-candidato à presidência da República Guilherme Boulos estará em Juiz de Fora, na próxima quarta-feira, quando fará palestra sobre “Desigualdades Sociais e Democracia no Brasil hoje”. O evento terá um formato diferente dos muitos promovidos na UFJF. Será às 19h na arquibancada da Faculdade de Educação Física.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Esportes
Data: 25/05/2018
Título: Juiz-foranos assistem treino da Seleção em Teresópolis
A possibilidade de tirar uma foto, conseguir um autógrafo ou simplesmente ver de perto os ídolos da Seleção Brasileira foi permitida a um número limitado de torcedores nesta sexta (25), na Granja Comary, em Teresópolis (RJ). E o objetivo foi conquistado pelos juiz-foranos Dione Batista e Angélica Domingues. Eles levaram estudantes da Academia de Comércio e atletas do Futebol UFJF, Théo Lamas, Túlio Ladeira, João Guimarães, Thiago Januzzi e Henrique Salgueirinho ao centro de treinamento canário.
“Organizamos isso há algum tempo, nos programamos e inclusive os meninos faltaram aula hoje. Tomara que a gente consiga ver de perto o treino com os garotos, que sonhavam com isso há alguns dias”, destaca Dione, pai de Théo. O grupo esteve pela primeira vez na Granja Comary. Se Théo, Túlio, João e Thiago miravam os craques do setor ofensivo nacional Neymar, Philippe Coutinho e Gabriel Jesus, o jovem Henrique tinha um foco incomum entre os torcedores presentes. “Quero ver o Cássio! Sou flamenguista, não corintiano, mas sou goleiro que nem ele”, conta, tímido. Ao todo, aproximadamente 160 torcedores puderam assistir o treino da Seleção da arquibancada ao lado do campo com atividade. Outras dezenas de apaixonados, por limitação de espaço, ficaram logo atrás, encostados em uma grade.
O primeiro da fila
Antes mesmo da aglomeração de torcedores na entrada da Granja, o sergipano Fábio Santos, 33 anos, já assegurava sua presença na arquibancada reservada aos fãs. Por volta das 6h, ele foi o primeiro a chegar na entrada do CT da Seleção. Radicado em Macaé (RJ), ele relatou à Tribuna a vontade especial de ver o camisa 10 canário pela primeira vez. “Vim acompanhar o treinamento da equipe, ver como o elenco está como conjunto e um pouco de como é a preparação para a Copa. E será especial poder ver o Neymar pela primeira vez, nunca o vi jogar sem ser na TV”, conta. De coração rubro-negro carioca, Fábio aproveitou para dar um palpite sobre a convocação. “No Flamengo, o Diego tinha como ser chamado, mas por estar em evidência nesse momento, acredito que o Paquetá poderia ter sido a revelação da Copa neste ano. Seria um diferencial, uma carta na manga do Tite”, avalia.
Para Fábio, iniciativas como a dele, de estar mais próximo da Seleção, perdeu força nas últimas décadas. “Se for pensar de 1994 para cá, vejo uma diferença drástica. A euforia era muito grande com Romário e Bebeto, depois (em 2002) com o corte de cabelo do Ronaldo Fenômeno… ficou para a história. Hoje acredito que o calor humano diminuiu, mas o amor continua. Mas as restrições de hoje, o fato de a comissão técnica fechar o treino acaba afastando um pouco o time do torcedor”, opina.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 25/05/2018
Título: Saiba quais serviços estão comprometidos em Juiz de Fora e região
Hospitais
O Hospital Universitário da UFJF informou que, no final desta quinta-feira (24), algumas medidas foram tomadas visando garantir a continuidade e segurança dos pacientes já internados em suas unidades, em especial a manutenção do serviço de terapia renal substitutiva (hemodiálise). Foram anunciadas a suspensão de todos os internamentos e o cancelamento dos procedimentos cirúrgicos eletivos. O HU-UFJF informa ainda que monitoramentos serão realizados e que novas providências poderão ser tomadas e comunicadas, caso o movimento de paralisação persista.
Educação
O Conselho Superior da UFJF decidiu pela suspensão das aulas e de parte das atividades administrativas, a princípio, até domingo (27), às 12h, quando novo comunicado será emitido pela Administração Superior.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 25/05/2018
Título: PJF adia Corredor Cultural e suspende serviços públicos na segunda-feira
Frota de ônibus segue reduzida em, pelo menos, 50%
Em nova reunião na manhã desta sexta-feira, os empresários do setor de transporte coletivo informaram à Settra a situação dos estoques de diesel para os próximos dias e reflexos da redução na operação de quinta. Foi decidido que a racionalização no entrepico precisa continuar reduzida em, pelo menos, 50%. O horário de pico continua com quadro normal, com racionalização de linhas nos bairros onde há maior oferta no mesmo itinerário.
“Sábado e segunda, além do próprio domingo, funcionarão com quadro de horário de domingo, uma vez que já foi sentida a queda na demanda em função de paralisação das atividades da UFJF, rede escolar estadual, ponto facultativo em serviços públicos, visando garantir reserva de combustível para operar o serviço pelo maior tempo possível”, informou, em nota, a assessoria de comunicação do Cinturb.
Conforme o consórcio, o melhor meio de informação dos horários para evitar espera nos pontos é o uso do aplicativo Citá Mobi, pois, conforme visto quinta-feira, “refletiu bem o movimento das linhas, com baixo índice de procura e reclamações diretamente nas ouvidorias das empresas”.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 25/05/2018
Título: Protesto dos caminhoneiros chega ao 5º dia e compromete setores na Zona da Mata e Campo das Vertentes
A manifestação dos caminhoneiros chega nesta sexta-feira (25) ao quinto dia nas rodovias da Zona da Mata e Campo das Vertentes. As polícias rodoviárias confirmaram que os pontos de manifestação permanecem os mesmos registrados na quinta-feira (24) e afetam 10 municípios.
O protesto, que começou na última segunda-feira (21), é contra o aumento nos preços dos combustíveis, as condições das rodovias e o preço dos pedágios.
Diante dos reflexos dos movimentos, prefeituras da região anunciaram medidas de contingenciamento, decretaram situação de emergência e pedem apoio aos moradores. Universidades e institutos suspenderam aulas e hospitais adiaram cirurgias eletivas.
Em Juiz de Fora, motoboys e taxistas fecharam nesta sexta uma das pistas da Avenida Barão do Rio Branco, sentido Bairro Manoel Honório, na altura do Parque Halfeld em um protesto em apoio aos caminhoneiros.
Educação
As universidades federais de São João del Rei (UFSJ) e de Juiz de Fora (UFJF), além do Instituto Federal (IF) Sudeste suspenderam aulas em oito campi em seis cidades do Estado.
Saúde
Hospitais da região suspenderam cirurgias eletivas por causa da falta de sangue e por dificuldade de abastecimento de insumos, como reflexo da paralisação dos caminhoneiros. O Consórcio Intermunicipal de Saúde para Gerenciamento da Rede de Urgência e Emergência Macro Sudeste (Cisdeste) informou que conseguiu manter os atendimentos realizados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na quinta, mas que a situação ainda é preocupante para 94 municípios da região.
A Agência de Cooperação Intermunicipal em Saúde Pé da Serra (Acispes), comunicou irá suspender os serviços na próxima segunda-feira (28). A medida será tomada porque os micro-ônibus que fazem o transporte de pacientes dos 26 municípios consorciados estão sem combustível. Os procedimentos dos pacientes de Juiz de Fora e região, que estavam agendados para a data em questão, serão compensados, conforme disponibilidade das agendas. As coletas de sangue, fezes e urina de pacientes de Juiz de Fora, serão mantidas.
Transporte
Desde a manhã de quinta, há redução dos ônibus urbanos em circulação, principalmente fora dos horários de pico. A ideia é racionalizar combustível.
Eventos
Juiz de Fora adiou eventos de comemoração do aniversário de 168 anos. O Aerofest teria a presença da Esquadrilha da Fumaça e o Corredor Cultural estavam previstos para este fim de semana, mas não vão ocorrer por causa do impedimento de transporte de várias atrações, fornecedores e serviços exigidos para a manutenção das programações. Ainda não há confirmação de nova data para realização dos eventos.
Aeroportos
O Aeroporto Regional Presidente Itamar Franco, em Goianá, informou que o abastecimento das aeronaves que operam regularmente no local deve ser mantido até sábado (26). “Como a falta de combustível já impacta outros aeroportos no país, é importante que os passageiros com viagens marcadas para essas datas entrem em contato com as companhias aéreas para verificar a previsão dos voos”, diz o texto.
O Aeroporto da Serrinha, em Juiz de Fora, funciona normalmente nesta sexta.
Confira o impacto nas cidades da região
Juiz de Fora
O Sindicato dos Transportadores Escolares de Juiz de Fora e Região realizou uma manifestação na manhã desta sexta-feira. Cerca de cem vans, segundo os organizadores, se concentraram no Terreirão do Samba e se deslocaram por ruas da região central até a BR-040, onde encontraram com os caminhoneiros e levararam água, café, biscoitos e alimentos básicos.
A Prefeitura, o Aeroclube e a Associação Juiz-forana de Modelismo anunciaram na tarde de quinta-feira o cancelamento do evento “Aerofest – Um Brinde a JF”, previsto para este final de semana no Aeroporto Municipal Francisco Álvares de Assis (Serrinha).
“Apesar dos esforços da organização para viabilizar a realização do evento e a demonstração da Esquadrilha da Fumaça, o desabastecimento inviabiliza o cumprimento de todos os requisitos estabelecidos pelo seu protocolo de segurança, tão importante e necessário a eventos desta natureza, bem como toda a infraestrutura exigida para garantir serviços de qualidade ao público”, diz a nota divulgada no site do Executivo.
Na manhã desta sexta, a Prefeitura cancelou também a realização do Corredor Cultural, que estava previsto para este fim de semana. A decisão será publicada no Atos do Governo de sábado (26). Os eventos foram cancelados por causa do impedimento de transporte de várias atrações, fornecedores e serviços exigidos para a manutenção da programação.
A Secretaria de Administração e Recursos Humanos (SARH) determinou a utilização de carros oficiais somente em casos urgentes, para atendimento aos setores de saúde e educação. O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb) vai para priorizar a coleta de lixo domiciliar nos próximos dias. Desta forma, os serviços de capina e roçada ficarão prejudicados a fim de otimizar o uso de combustível.
A Secretaria de Obras e a Companhia de Saneamento Municipal (Cesama) estão otimizando o combustível restante para cobrir as demandas mais urgentes até o final de semana, em regime de plantão. Na Empresa Municipal de Pavimentação e Urbanização (Empav), o serviço tapa-buraco está prejudicado em função de barreira imposta pelos caminhoneiros na saída da usina.
Na área da saúde, o transporte emergencial entre hospitais deve seguir normalmente até a segunda-feira (28). O serviço de coleta de exames de sangue é realizado em casos urgentes. As cirurgias eletivas estão suspensas até que a situação da distribuição de sangue seja normalizada.
A distribuição de remédios e a lavanderia dos hospitais também estão prejudicadas. O serviço de fiscalização sanitária nos estabelecimentos comerciai foi intensificado para acompanhar a situação de acondicionamento dos alimentos nestes locais. A Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) está com fiscais nas ruas e atendendo sob demanda para evitar cobrança abusiva pelos combustíveis e produtos em falta.
Em relação às escolas, a Secretaria de Educação está monitorando a situação e o estoque de gás de cozinha em todas as unidades junto aos diretores, atuando caso a caso. O fornecimento de merenda está mantido pela Secretaria de Agropecuária e Abastecimento (SAA) até a próxima quarta-feira (30).
As unidades do Centro e da Zona Norte do Restaurante Popular podem ter a função prejudicada a partir de segunda (28), em virtude do desabastecimento de gás pela empresa terceirizada.
Quanto ao transporte coletivo, desde a manhã desta quinta, foi adotado um esquema de redução dos ônibus urbanos em circulação fora dos horários de pico para racionalizar combustível. Nos horários de maior demanda, a frota está completa. A previsão da Secretaria de Transportes e Trânsito é que outra avaliação seja feita nesta sexta-feira (25) junto às empresas.
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) suspendeu as aulas desta sexta nos cursos presenciais e a distância, no campus de Juiz de Fora e no Colégio de Aplicação João XXIII. A medida afetou cerca de 1.250 alunos na escola e 16 mil na instituição, de acordo com a Diretoria de Imagem Institucional.
A proposta da administração superior foi aprovada pelo Conselho Superior (Consu) em reunião com a presença de estudantes e diretores de unidade.
As unidades do Restaurante Universitário (RU) em Juiz de Fora funcionarão em horário normal nesta sexta e no final de semana, porém com o cardápio readaptado devido ao desabastecimento de gás.
As aulas também foram suspensas nos campi do Instituto Federal (IF) Sudeste em Juiz de Fora até o fim de semana.
Os Consórcios Integrados de Transporte Urbano (Cinturb) disse que os empresários do setor de transporte coletivo informaram à Settra a situação dos estoques de diesel para os próximos dias e reflexos da redução na operação de ontem.
Foi decidido que a racionalização precisa continuar reduzida em, pelo menos, 50%. O horário de pico continua com quadro normal, com racionalização de linhas nos bairros onde há maior oferta no mesmo itinerário.
A Defensoria Pública da União em Juiz de Fora comunicou ao G1 o adiamento da prova de seleção do Concurso de Estágio em Direito, prevista para domingo (27). O processo conta com 456 inscritos e o novo cronograma ainda não foi divulgado.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 26/05/2018
Título: Saúde funciona com limitações na segunda em Juiz de Fora
A maioria dos hospitais e unidades de saúde de Juiz de Fora vai manter em funcionamento, na segunda-feira (28), apenas serviços essenciais, como atendimento de urgência e emergência. Além das unidades básicas de saúde (UBSs), que não funcionarão na segunda, a Agência de Cooperação Intermunicipal em Saúde Pé da Serra (Acispes) também suspendeu suas atividades, mantendo apenas o serviço de urgência e emergência do Centro Oftalmológico. Outros hospitais que atendem pacientes do SUS pretendem manter os atendimentos, e o Samu funciona normalmente. As cirurgias eletivas foram suspensas em todo o estado.
A Santa Casa, o Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus e o HU/UFJF suspenderam as cirurgias eletivas por tempo indeterminado, mas vão manter o atendimento de urgência e emergência e de consultas e exames previamente marcados. O HU suspendeu, também, novas internações, mas informou que o serviço de hemodiálise está funcionando normalmente. A Ascomcer também vai funcionar normalmente, mas, conforme informações da assessoria de comunicação, há preocupação com relação a pacientes moradores de cidades vizinhas, que podem não conseguir chegar a JF por conta da falta de combustíveis. Foram suspensos somente recolhimento de doações e transporte de pacientes para as casas de apoio. O estoque atual de medicamentos e materiais é suficiente para o início da próxima semana, mas, caso a greve persista, existe o receio de que a paralisação impacte os servidos da entidade.
Hemominas
O Hemocentro de JF informou que a distribuição de sangue para a realização de cirurgias eletivas foi retomada na sexta-feira (25). O serviço tinha sido suspenso na quarta em decorrência da falta de estoque.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 26/05/2018
Título: Governo aumenta pressão, mas greve continua nas estradas da região
Educação
-UFJF
As aulas na UFJF estão suspensas até segunda, quando o Conselho Superior irá avaliar novos encaminhamentos. Os serviços administrativos essenciais estão mantidos. O RU irá funcionar com o cardápio adaptado nos últimos dias.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 26/05/2018
Título: Protesto de caminhoneiros entra no 6º dia e prefeitos decretam situação de emergência na Zona da Mata e Campo das Vertentes
Confira o impacto nas cidades da região
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) suspendeu as aulas desta sexta nos cursos presenciais e a distância, no campus de Juiz de Fora e no Colégio de Aplicação João XXIII. A medida afetou cerca de 1.250 alunos na escola e 16 mil na instituição, de acordo com a Diretoria de Imagem Institucional.
Educação
As universidades federais de São João del Rei (UFSJ) e de Juiz de Fora (UFJF), além do Instituto Federal (IF) Sudeste suspenderam aulas em oito campi em seis cidades de Minas Gerais. A Universidade Federal de Viçosa (UFV), até o momento, não comunicou nenhuma alteração nas atividades.
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Veículo: BHAZ
Editoria: Notícias
Data: 26/05/2018
Link: https://bhaz.com.br/2018/05/26/minas-recebe-reflexos-greve/
Título: [Greve dos caminhoneiros] Os reflexos da mobilização em Minas
Juiz de Fora – Zona da Mata mineira
Em relação à saúde, o transporte emergencial entre hospitais deve seguir normalmente até a próxima segunda-feira (28). O serviço de coleta de exames de sangue somente será realizado em casos urgentes. A distribuição de remédios e a lavanderia dos hospitais também estão prejudicadas. O serviço de fiscalização sanitária nos estabelecimentos comerciais foi intensificado para acompanhar a situação de acondicionamento dos alimentos nestes locais. A Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) está fiscalizando as ruas e atendendo sob demanda para evitar cobrança abusiva pelos combustíveis e produtos em falta.
O Sindicato dos Transportadores Escolares de Juiz de Fora e Região realizou uma manifestação com cerca de cem vans. Segundo os organizadores, os motoristas se concentraram no Terreirão do Samba e se deslocaram por ruas da região central até a BR-040, onde encontraram com os caminhoneiros e levararam água, café, biscoitos e alimentos básicos. A Secretaria de Administração e Recursos Humanos (SARH) determinou a utilização de carros oficiais somente em casos urgentes, para atendimento aos setores de saúde e educação. O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb) vai para priorizar a coleta de lixo domiciliar nos próximos dias. Desta forma, os serviços de capina e roçada ficarão prejudicados a fim de otimizar o uso de combustível.
Quanto ao transporte coletivo, desde a manhã da última quinta, foi adotado um esquema de redução dos ônibus urbanos em circulação fora dos horários de pico para racionalizar combustível. Nos horários de maior demanda, a frota está completa. A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) suspendeu as aulas desta sexta nos cursos presenciais e a distância, no campus de Juiz de Fora e no Colégio de Aplicação João XXIII.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 27/05/2018
Título: Mata do Krambeck pode ser aberta com criação de parque
Do outro lado da Avenida Brasil, às margens do Rio Paraibuna, está uma área de Juiz de Fora, equivalente a 269 campos de futebol, desconhecida de praticamente toda a população. Esta realidade pode mudar em breve, porque a Mata do Krambeck, uma das maiores reservas de Mata Atlântica em área urbana no país, poderá se transformar em parque. Esta é a proposta do Instituto Estadual de Florestas (IEF) que, na semana passada, iniciou uma consulta pública para efetivar a mudança. Atualmente, a mata é uma Área de Proteção Ambiental (APA), instituída por meio de lei estadual de 1992. Na prática, esta categoria garante a preservação do ambiente, mas impede o acesso público, por se tratar de um espaço privado.
A APA Mata do Krambeck é formada por duas fazendas, Retiro Velho e Retiro Novo, totalizando 291 hectares. A primeira constitui cerca de 75% do espaço e pertencia à família Surerus, que, após a constituição da APA, entrou na Justiça solicitando indenização por entender que a legislação resultou em uma desapropriação indireta da fazenda. A defesa da então proprietária informou à reportagem que o processo, em tramitação desde 1995, está concluído, aguardando apenas o pagamento da indenização. Já a área do Retiro Novo ainda é ocupada pela família Krambeck, mas a Tribuna não conseguiu contato com a atual proprietária. No caso da transformação da APA em parque, caberá ao Estado concluir os processos de desapropriação dos espaços.
“Os recursos que serão utilizados para a criação do parque vão chegar por compensação ambiental. Mas para acessar estes recursos, o espaço não pode ser uma APA, e sim um grupo de proteção integral, como é o parque. A lei da APA autoriza o Executivo a criar o parque, mas só agora este discurso ganhou força”, disse o coordenador da APA Mata do Krambeck, Arthur Sério Mouço Valente, que também é autor da nota técnica que sugere o parque. Segundo ele, a ação judicial que obriga o Estado a desapropriar 75% da APA fez o projeto ganhar força. “Sugerimos o parque para resolver essa questão fundiária e destravar a questão, com ótimas perspectivas futuras de abrir para uso público.”
291 hectares ou 269 campos de futebol
A Mata do Krambeck, porém, é maior do que isso. Para se ter ideia, apenas a APA é formada por cerca de 291 hectares, o que representa os cerca de 269 campos de futebol. Na área limítrofe a ela, porém, ainda tem o Sítio Malícia, de 82 hectares, adquirido pela UFJF para a construção do Jardim Botânico, previsto para ser inaugurado ainda este ano, cujas obras já estão em reta final de execução. Soma ao espaço a Mata da Remonta, que pertence ao Exército Brasileiro, mas já com características distintas às encontradas nas fazendas e no Jardim Botânico, por ter fragmentos descobertos de vegetação.
Juntas, as três “partes” do Krambeck alcançam mais de 512 hectares, ou 474 campos de futebol. Mas o parque seria limitado aos 291 hectares das fazendas Retiro Velho e Retiro Novo, sem qualquer prejuízo ou interferência no Jardim Botânico. A nota técnica considera, porém, importante instituir, através de ações do Executivo e Legislativo Municipal, “mecanismos de gestão participativa para ordenamento territorial, tanto de áreas públicas de variados fins quanto de propriedades particulares, incluindo sítios, fazendas, empresas e loteamentos urbanos”. A consulta pública do IEF, disponível no site ief.mg.gov.br, segue até o dia 29 de junho.
Interação com a comunidade
O doutor em sociologia e direito Leonardo Alejandro Gomide, presidente do Programa de Educação Ambiental (Prea) acompanha a situação jurídica da APA Krambeck. Na sua avaliação, se faz necessário disponibilizar acesso público ao espaço, e a melhor maneira para isso é através de um parque. “A categoria APA é inadequada do ponto de vista técnico. Esta discussão existe faz mais de uma década e, felizmente, o Arthur tomou à frente e está materializando esta demanda.” Para ele, o Parque da Mata do Krambeck permitirá a interação da comunidade, além de garantir os estudos científicos necessários. “Ao que parece, todo processo caminha de forma consensual, sem gerar conflitos. Infelizmente temos um histórico de parques no Brasil que é catastrófico, mas vejo na nossa experiência uma possibilidade positiva, através de uma abertura democrática.”
Mata do Krambeck é inexplorada
O já nomeado Jardim Botânico da UFJF, prestes a ser inaugurado, é o pouco do que se conhece sobre a fauna e a flora no Krambeck. Para se ter ideia, estudos acadêmicos recentes identificaram que a flora apenas do jardim é composta por mais de 12 mil árvores catalogadas, sendo 400 espécies nativas. Sem contar orquídeas, bromélias e um conjunto significativo de espécies ameaçadas de extinção, muitas delas inéditas na região. Esta realidade desperta o interesse dos pesquisadores para a abertura de toda a floresta, para conhecer a importância do espaço e garantir a preservação para as gerações futuras.
O professor do Departamento de Botânica da UFJF, Fabrício Alvim Carvalho, doutor em ecologia e pesquisador na área de biodiversidade e biologia da conservação, já orientou, apenas do seu grupo de estudos, seis dissertações de mestrado, duas de doutorado e várias monografias no terreno que pertence ao Jardim Botânico, que é um fragmento de toda a mata. “Não temos autorização para acessar as outras áreas. Sou totalmente favorável a esta transformação da APA em uma área de proteção integral, que é o parque. Isso porque a APA permite manejo e ação humana, enquanto o parque garante a preservação permanente.” Segundo ele, aprender sobre toda a Mata do Krambeck é conhecer mais sobre a própria cidade. “Aquela floresta, inexplorada, oferece todo um serviço ecossistêmico para o município, contribuindo para a regulação da qualidade do ar, ciclo da água e serviços de regulação climática.”
Biodiversidade a ser desvendada
Outra entusiasta desta possibilidade é a também doutora em Ciências Biológicas Fátima Salimena. Em 2007, ela participou de um seminário na UFJF sobre os rumos da APA Krambeck e já acompanhou inúmeras pesquisas sobre a fauna na área do Jardim Botânico. “O IEF, ao dar este passo, está ciente do desafio em conservar uma área que, até o momento, não tem sua biodiversidade conhecida e conciliar este compromisso com a abertura ao público.”
Para ela, o pouco que se conhece da floresta já mostra a riqueza de todo o espaço. “Observamos que existe um compartilhamento de espécies entre a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira, e o Krambeck, em Juiz de Fora, funciona como um corredor ecológico entre estas duas áreas, através de correntes climáticas e outros fatores.”
Mas compreender este ecossistema depende de estudos, que só serão possíveis com a abertura do parque, na sua avaliação. “A APA do Krambeck é uma floresta que assiste a cidade crescer ao seu redor, e ela guarda em seu interior respostas que são cruciais para entendermos esta relação entre o homem e a natureza. Se a gente abre a floresta ao público, de forma ordenada, nós envolvemos a sociedade na conscientização, cidadania e educação ambiental.”
UFJF quer abrir Jardim Botânico este ano
A pró-reitora de Extensão da UFJF, Ana Lívia de Souza Coimbra, disse que a universidade não foi comunicada, oficialmente, da proposta do IEF em abrir um parque limítrofe ao Jardim Botânico. Mesmo assim, ela avalia a possibilidade como positiva, assim como é a relação com o instituto. “O IEF é um parceiro e, inclusive, ocupa cadeiras nos conselhos do Jardim Botânico. O interesse é comum, que é preservar a área do Krambeck, portanto manteremos, como sempre foi, uma relação colaborativa e saudável.”
Ela também adiantou que o Jardim Botânico será inaugurado ainda este ano, pois as obras estruturais no complexo estão na reta final. Entre as intervenções ainda em andamento, estão execuções da infraestrutura básica. “Lá não tinha rede de luz, água e esgotamento, que estão sendo implantados. Além disso, terminamos agora um projeto pedagógico de educação ambiental, que vai orientar as visitas. Estamos trabalhando muito para chegar à inauguração.”
Quem confirma a informação é o vice-diretor do Jardim Botânico, Breno Motta. Ele reforça a necessidade de um compartilhamento de interesses entre o espaço e a APA Krambeck. “Cada área tem o seu limite territorial, mas se pensarmos na biodiversidade de espécies, elas não respeitam estes limites, portanto o compartilhamento de fauna e flora ocorre a todo o momento. É interessante para o Jardim Botânico fazer ações conjuntas, e, de certa forma, estamos realizando uma gestão que converse e interaja com o IEF. Isso é importante, mas de forma alguma o Jardim Botânico irá se enquadrar ao parque.” Ana Lívia e Breno também afirmam que, por enquanto, a UFJF não irá participar da consulta pública do IEF.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 27/05/2018
Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/27-05-2018/a-85.html
Título: Resgate histórico
O professor emérito da UFJF, Paulo Roberto de Gouvêa Medina brindou a coluna com uma separata da revista n° 17 do Instituto Histórico e Geográfico, onde ele ocupa a cadeira 10. A obra procura resgatar a história sobre a criação da universidade, com foco especial no empenho de instituições, professores e estudantes para a execução do projeto, considerado à época, “um sonho irrealizável, uma quimera, uma utopia”.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 27/05/2018
Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/27-05-2018/a-85.html
Título: Voo livre
Em junho, o professor da Facom, Jorge Felz vai suceder Dmitri Cerboncini Fernandes na direção da Editora UFJF.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Outras ideias
Data: 27/05/2018
Título: As mais de 60 mil histórias de Cláudio
Todo livro carrega consigo a história que conta e a que representa. Cláudio Luiz da Silva carrega consigo as histórias dos livros. “O livro seminovo tem muito mais história em função do momento em que foi editado, do comportamento da época e pelo que representa hoje, na leitura e na comparação com o que é mais recente”, comenta o livreiro de 62 anos, 25 deles passados na Quarup, uma construção cheia de paratextos, entre cânones e desconhecidos, no meio de discursos. “O livreiro tem uma formação propedêutica, que é o cara que tem um pouquinho de conhecimento de tudo, sem ser especialista. Cláudio, quero um livro de história da comunicação! Então, tenho que saber um pouco. Quero um livro sobre engenharia mecatrônica! Quero um livro sobre física dos estados sólidos! Quero um livro sobre redes neurais! Tenho que saber. E essa é a ideia do fragmento, de construir a parede tijolo por tijolo. A condição sine qua non para ser livreiro, e não vendedor de livros, é ler. Leio muito sobre a história do livro, da tipografia, da cultura. Quanto mais informação tenho, melhor interpreto o que as pessoas precisam e querem.”
Pilares de páginas
Numa casa na Rua Padre Café de nome inspirado no romance de Antônio Callado editado em 1967 e cujas pilhas de livros parecem sustentar mais que os mais fortes pilares, Cláudio mantém parte de um acervo que contabiliza na casa dos 60 mil títulos. O “mofo da casa” dorme junto dele. “São as raridades que atendem bibliófilos e colecionadores. Livros que interessam a um público menor, mas fiel e que guardo onde moro”, conta o homem nos primeiros anos da adolescência foi operário da Cia. Fiação e Tecelagem São Vicente, enquanto estudava e pouco a pouco se apaixonava pelos almanaques. “Aos 15 anos, comecei a trabalhar com coleções e enciclopédias. Vendia aqui e acolá. Depois fui para o Exército e continuei ganhando um dinheirinho com isso. Quando saí, pleiteei um emprego na Viviane Livraria & Papelaria, que foi, nos anos 1980, uma das maiores da cidade. Passados seis anos, entrei numa instituição chamada Espaço Cultural Livros & Artes, que, na verdade, era uma grande usina de cultura. Lá funcionava uma livraria, o Cine-Teatro Humberto Mauro e uma galeria de arte. Na livraria aprendi tudo do mundo livreiro e editorial do país. Tive contato com autores, literaturas e gêneros do conhecimento. Na galeria tive contato com grandes nomes das artes plásticas na cidade. Após isso veio a Quarup, que nasceu das mãos do Rogério Teixeira e das minhas. Naquele momento já começamos a trabalhar no sistema on-line, ainda no site do Betinho, que chamava IBase”, recorda Cláudio, que hoje, sem sócios, mantém cerca de cinco mil livros cadastrados na internet, numa plataforma que reúne os principais sebos do país e onde o livreiro procura manter perfil singular, correndo à margem de concorrências. “O on-line, que de alguma forma facilitou o conhecimento e o contato. Vendo para pessoas que moram na Finlândia, nos Estados Unidos, na Argentina, em Xanxerê (Santa Catarina).”
Chão de escritos
Na terra batida em volta de casa, Cláudio exercitava o que aprendia na escola. “Estava sempre desenhando no chão, escrevendo. Naquele tempo, as ruas eram de terra batida. Inocentemente a gente brincava no meio do mato, buscava água na mina, subia em árvores”, conta ele, nascido no Bairro Dom Bosco. “Antigamente era a Serrinha, que não tinha nada do que vemos hoje. Era, até, uma região de certa forma inóspita, com muita mata”, lembra. “Desde pequeno sempre gostei de ler. Não sou um literato, mas sou um homem de literatura. E isso ajudou a me moldar. Sou um livre pensador”, diz o mais velho dos sete filhos de um casal formado por um pedreiro, que se tornou mestre de obras, e uma lavadeira. “Carreguei muita trouxa de roupa para ela”, recorda-se Cláudio, que entre uma tarefa e outra em casa, às voltas com os irmãos, lia revistinhas em quadrinhos e as revistas do Carlos Zéfiro – “Os livros eróticos que empolgavam minha geração, que era da imaginação, enquanto hoje é a da imagética”. Aos 28, ele se casou. Saiu da casa dos pais e teve o único filho, também Cláudio, que já lhe deu duas netas (Isadora e Helena) e com quem, hoje, divide o lar. “Toda a minha trajetória tem muito da insistência”, avalia o homem de cabelos grisalhos, sempre disposto a um dedo de prosa. “Digo, nessa altura da minha vida, que sou amigo do lixeiro, do catador de papeis, e também do prefeito, do presidente. Para mim, não vejo diferenças. Minha ideia é aglutinar. E cada um dá sua energia e seu calor. Todo encontro é extremamente importante não só para o crescimento pessoal como também para a casa. Aqui não tem balcão. Você entra, senta, olha seus e-mails no computador, toma um café na cozinha. De vez em quando alguém se habilita a fazer um pocket show, declama uma poesia, joga capoeira, ou apenas dá uma ideia. O tempo todo é assim. É um espaço onde as pessoas se oferecem sem buscas maiores, a não ser a convivência. Essa é uma casa aberta. E quero, inclusive, que a cada dia seja mais simples. A sofisticação está no simples.”
Muros de palavras
Nos cantos de casa, Cláudio ouvia o pai e o tio tocando instrumentos musicais sem, sequer, saberem ler partituras. Ritmista de Ministrinho, o pai era um amador, daqueles que amavam o que faz. O garoto aprendeu, então, a amar aprender. “Não gosto de rotina. Cada dia é um. Sou um vendedor de livros e também faço parte do Instituto Histórico (e Geográfico de Juiz de Fora), integro a comissão de mérito das medalhas Geraldo Pereira e Nelson Silva. Ainda faço avaliações de bibliotecas e obras, além de ter uma banca de livros na Faculdade de Letras da UFJF, o que me proporciona o contato com professores e alunos. Todos os dias faço algo diferente. E o que menos faço é exercitar a questão comercial. A ideia da Quarup sempre foi se transformar num ponto de encontro. Tudo tem uma histórias por trás”, defende ele, expoente da primeira geração do Movimento Negro Unificado e testemunha de muitas outras lutas sociais e culturais. “Vivi um tempo em que havia a censura, mas também uma verve cultural muito grande. As pessoas estavam nas ruas, subiam num banquinho e declamavam, poetas faziam varais. Existia um maior engajamento, justamente quando todo mundo andava de lado, olhando para o chão, como diz a música do Chico Buarque. Hoje, em tempos de democracias, todos podem, altivamente, contestar as autoridades. Essa geração de 1960, 1970 e 1980 trabalhou muito para quebrar paradigmas, soltando os grilhões que atavam as pessoas. Não havia o poder, mas havia o que dizer. Minha geração fez muito mais correndo muito mais riscos. A juventude hoje tem mais abertura. E tudo foi pavimentado pelas gerações anteriores, pelos intelectuais orgânicos que se encontravam nas ruas. Hoje a maioria dos intelectuais são pseudos-intelectuais e estão nos gabinetes, nas universidades, debaixo das asas do Estado, sobre o qual eles mesmos falam mal”, critica, ele próprio um intelectual orgânico, inspirado em palavras que mudaram o mundo: “Gosto muito do Martin Luther King. No mundo moderno, ninguém desencadeou um movimento de desobediência civil de tal importância quanto ele, só com o poder da palavra e da presença.”
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Esportes
Data: 27/05/2018
Título: Marcelo Van Gasse passou por treinamento da Fifa sobre arbitro de vídeo
Poucos profissionais no mundo possuem a propriedade para falar da utilização do VAR (video assistant referee, em inglês, ou árbitro assistente de vídeo, em tradução livre) como o árbitro auxiliar da Fifa, Marcelo Van Gasse, 42 anos. Formado na UFJF e radicado em Juiz de Fora, ele foi escalado pela segunda vez consecutiva para trabalhar em uma Copa do Mundo e participou de treinamento para árbitro de vídeo da entidade máxima do futebol mundial no final de abril, na Itália, e compartilhou parte do conhecimento à Tribuna durante encontro no campo da Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid) da Federal, onde ele treina.
Além de esclarecer dúvidas sobre a utilização do VAR na Copa da Rússia, Van Gasse separou pouco mais de uma hora e deixou de lado uma rara manhã com sua família para contar à Tribuna a emoção de novamente representar o Brasil ao lado do árbitro Sandro Meira Ricci e do auxiliar Emerson de Carvalho, no trio que também apitou a Copa no Brasil, em 2014, e do árbitro de vídeo Wilton Pereira Sampaio. O árbitro segue para a Rússia no dia 2 de junho. Confira abaixo a entrevista exclusiva.
Tribuna de Minas – Você esteve na Itália para treinamento de árbitro de vídeo. Como foi?
Van Gasse – Tivemos um treinamento nos Emirados Árabes no ano passado e agora na Itália só de árbitro de vídeo. Ficamos dez dias em cada local massificando o assunto para que na Copa do Mundo a gente não seja pego de surpresa. Vou para a Copa no dia 2 de junho e fico praticamente 12 dias trabalhando em cima do VAR, para afinar toda essa situação e evitar as polêmicas. Tem tudo para dar certo.
– Em que situações o árbitro de vídeo poderá ser usado?
– São quatro situações: lances de pênalti, de cartão vermelho, identificação de jogadores – no caso de aplicar uma punição a quem não participou do lance, o árbitro de vídeo corrige, e nos lances de gol. Tudo o que acontece antes do lance do gol é verificado. Por exemplo, em uma jogada progressiva, o cara tomou a posse de bola com uma falta e o árbitro não deu. Na sequência, tocaram, tocaram e saiu o gol. Tudo isso volta atrás porque vão revisar o que aconteceu até a bola parar. Se ela parar, morreu o lance. Se o outro time retomou a posse de bola, também. O VAR, que também é um árbitro, é obrigado a falar com o árbitro central se ver a irregularidade no lance.
“E que o melhor sempre vença. Só queremos legitimar resultado. Saio de casa para isso. E quanto mais estrutura tivermos para fazer isso, melhor”
“Com o tempo, a torcida vai entender que o árbitro é um ser humano e as imagens vêm para ajudar a gente. A tecnologia faz parte do mundo do futebol e acho que o árbitro de vídeo chega na hora certa”
– Se um escanteio é marcado incorretamente, o jogador bate e sai o gol, o lance volta?
– Qualquer jogada além das quatro situações citadas, deixa rolar. Lateral para a equipe errada, escanteio errado. Se bateu um tiro de canto assim e saiu o gol, não volta atrás. Pode ter polêmica, mas é uma coisa nova e, até chegar ao ápice, leva tempo, trabalho. O aprimoramento é importante. E a Fifa já trabalha há tempos com isso, mas agora é em uma competição de visibilidade mundial. A gente reza para que não aconteça nada porque estamos trabalhando por isso. Os grandes erros de antigamente não teremos mais.
– O VAR será acionado em algum lance interpretativo?
– Nunca. Na hora do pênalti, por exemplo, existem lances que são de interpretação. Nesses casos o VAR não entra. Ele não trabalha em lances de interpretação. Porque vai chegar no vídeo e cada um pode ter uma opinião. Mas se em uma jogada a bola sai na linha de fundo, nada é apitado e ocorre o pênalti em seguida, o lance é revisado. Não se pode deixar passar um lance como esse.
– Neste caso o VAR então não iria opinar no lance de pênalti da final do Paulistão desse ano, entre Palmeiras e Corinthians, certo?
– O VAR não entra naquele lance, porque é de interpretação. Muitos falam que foi pênalti, outros tantos dizem que não houve. É um lance interpretativo, e a decisão fica com o árbitro central. Mas um gol de mão, como o do Maradona (na Copa do Mundo de 1986), não vai acontecer porque o VAR entra na hora e o árbitro anula o gol. Uma mão na origem da jogada que termina em um gol é revisada também e o tento é anulado.
– Quem irá compor a equipe de vídeo-arbitragem e onde os profissionais irão ficar?
– Será um árbitro de vídeo, que é chamado de VAR, e mais três assistentes dele, ou seja, são quatro árbitros no trabalho com vários monitores. São inúmeras câmeras. Eles vão pedindo diferentes ângulos da imagem para que, caso o árbitro central for ver o monitor no campo, tenha a melhor imagem e tome a decisão. Os árbitros ficam em uma cabine fora do estádio com todos os monitores, sem acesso algum ao campo. O único acesso ao VAR é por meio de comunicação entre os árbitros, pelo microfone. E as imagens que ele vê são as mesmas da televisão. Na verdade, o árbitro central irá escolher a imagem como ele quer ver. Não tem risco de a imagem não ser pública e, inclusive, todas as seleções podem, depois do jogo, pedir a comunicação dos árbitros no jogo. E a palavra final é sempre do árbitro central.
– Quantas câmeras devem te auxiliar na marcação de impedimentos?
– Serão quatro câmeras em cada lado do campo para as jogadas de impedimento. Logo, são oito câmeras apenas para jogadas que envolvem impedimento, tudo para não haver equívocos. Tenho certeza que de impedimento não teremos nada, porque o editor vai passar a linha (reta posicionada no penúltimo defensor), além daquela ‘parede’ digital (para diferenciar a área ocupada pelo atacante e pelo penúltimo defensor).
‘Os grandes erros de antigamente não teremos mais’
– Há alguma recomendação especial da Fifa na sua função?
– No meu caso, em lances de impedimento, ou o jogador está em posição irregular ou não está. Então, pelo investimento feito, não usar a imagem é andar para trás. O que tenho de recomendação é que em lances curtos, que me gerem dúvida, deixo seguir para que, se sair gol, pedimos auxílio do VAR. A Fifa recomenda que eu deixe a jogada seguir e depois levante a bandeira. Aí não mato o lance. A imagem não vai falhar, então não vou perder esse recurso que tanto esperamos.
– O número de paralisações pode retardar muito o andamento da partida?
– O VAR não quer tirar o dinamismo do jogo. O que se pensa é usar de 30 a 40 segundos para as decisões de cada lance. Isso é o principal, porque o jogo não pode durar três horas. A Fifa vem treinando há dois, três anos o árbitro de vídeo. Começou no Mundial de Clubes do Japão, em 2016, e a partir dali a entidade usou em mundiais de base e de clubes também, como na semifinal do ano passado entre Real Madrid e Al-Jazira, em que eu trabalhei. Nossa equipe de arbitragem utilizou duas vezes o árbitro de vídeo, que auxiliou rapidamente e não atrapalhou o andamento do jogo. E não houve confusão com a arbitragem, até porque são coisas claras, com a imagem. E que o melhor sempre vença. Só queremos legitimar resultado. Saio de casa para isso. E quanto mais estrutura tivermos para fazer isso, melhor.
– Acredita que o VAR diminua o comportamento hostil do torcedor?
– O árbitro, quando vai tomar uma decisão, quer sempre acertar. Mas ele não tem as imagens da televisão. E às vezes o jogador vai reclamar, aí dá problema no jogo. Se o árbitro está bem em 89 minutos do jogo e comete um equívoco no fim, e a televisão mostra, ele é o culpado de tudo. Mas acho que, com o tempo, a torcida vai entender que o árbitro é um ser humano e as imagens vêm para ajudar a gente. A tecnologia faz parte do mundo do futebol e acho que o árbitro de vídeo chega na hora certa.
Gratidão à UFJF
Olhar para a arquibancada da UFJF após uma manhã com a esposa e os filhos não são sensações rotineiras na vida de Van Gasse por conta da demanda profissional. Também por isso, a valorização de cada momento é sempre destacada pelo árbitro, que antes de viajar para a Rússia, no próximo dia 2 de junho, lembrou cada obstáculo superado desde a época de estudante universitário.
“Fui formado aqui no ano de 2000 e sinto uma alegria muito grande. A Universidade me permite usar a pista de atletismo até hoje para meus treinos, com uma estrutura que poucos árbitros têm no Brasil. Alguém da UFJF me alertou para fazer o curso de arbitragem. Na época da minha faculdade andava de ônibus sete horas para assistir cursos em São Paulo, e depois mais sete para voltar. Meu sonho era fazer um jogo do Campeonato Paulista, na Federação que escolhi. O mais importante é você conseguir subir degrau a degrau e se sustentar. E é a primeira vez que um árbitro assistente do Brasil vai a duas Copas. Tenho esse privilégio. Isso é o suprassumo do suprassumo. Olho tudo aqui e lembro do que passei. Cansei de bandeirar no antigo Lacet (campo que existia no terreno em frente ao Independência Shopping) no início. Investi na minha carreira e sou profissional por minha conta. A arbitragem no Brasil ainda não é, mas eu sou porque escolhi fazer isso e da melhor forma. Moro em Juiz de Fora há 20 anos e a cidade me abraçou. Sei que se não fosse a UFJF eu não seria árbitro de futebol. Deu certo para mim. Que as pessoas acreditem em seus sonhos e saibam que não é de uma hora para a outra. Não foi comigo, sempre tive os pés no chão e o apoio da minha família”, relembra.
“Não chegamos a lugar nenhum sem a família”
Van Gasse passa semanas e semanas longe das pessoas que mais ama. As dificuldades, desconhecidas dos torcedores, geralmente hostis, foram expostas pelo árbitro ao declarar seu amor pelos familiares. “Não chegamos a lugar nenhum sem a família, e vim crescendo com ela. Hoje tenho dois filhos, o Pedro Henrique (17 anos) e o João Pedro (9), e falo que a Copa é mais da minha esposa, Eliane, do que minha. A estrutura que ela me dá… não tenho finais de semana, às vezes fico 15 dias fora, e se você não tem uma base familiar boa não trabalha direito. E essa segunda Copa é para minha esposa, espetacular. Me assistiu na primeira, no Brasil, em um jogo entre Alemanha e Gana, e quando vi a família me deu uma força muito grande. É inesquecível. Até hoje meu filho fala da experiência.”
A Tribuna entrou em contato com a esposa de Marcelo, Eliana Van Gasse, 49 anos, professora de português. “É muito difícil, mas bom porque você vê a pessoa que ama realizando seu sonho, fazendo o que ama. Às vezes optamos pela questão financeira, mas ele faz por amor à profissão. É uma pessoa maravilhosa, idônea e super voltada para a família, além de fazer um trabalho impecável em campo. E tento dar força para ele, fazer com que prossiga com tranquilidade, cuidar de tudo para não tirar o seu foco. Tenho que entender as renúncias que precisamos fazer. Não temos uma vida social, não planejamos viagens, dependemos de escalas. Ficamos sem encontrar em dias das mães, dos pais, aniversários… talvez tenha passado dois aniversários meus com ele apenas. Tenho que entender que é o momento e pensar a longo prazo”, conta Eliane, casada com Van Gasse há 11 anos.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Meu imóvel
Data: 27/05/2018
Título: As belezas naturais e urbanas de Juiz de Fora dentro de casa
As cidades brasileiras, das mais antigas às mais recentes, possuem os mais variados exemplos de estilos arquitetônicos predominantes em cada época. Juiz de Fora, que completa 168 anos no dia 31, ainda exibe referências de ecletismo, art déco e modernismo, inspirando e desafiando arquitetos a desenvolverem releituras e combiná-las a outros elementos em projetos contemporâneos de interiores.
Mesmo que de forma sutil, estes elementos valorizam, ao mesmo tempo, nossa casa e nossa história. “A malha urbana juiz-forana é rica em detalhes que podem ser explorados na decoração de um ambiente. O que mais gosto é o estilo art decó, muito presente em nossa cidade. Desse estilo vem a inspiração para um trabalho de arquitetura e decoração de interiores com a presença de linhas retas e volumes que se sobrepõem”, destaca o arquiteto Silvio Cezar Almeida Silva.
Entre os projetos criados pelo profissional, ele ressalta a releitura do painel modernista “As quatro estações”, de Candido Portinari, que parece ter sido transportado do Edifício Clube Juiz de Fora – projetado por Francisco Bolonha – para a sala de jantar da mostra de 2015 do Casa Design. “Utilizamos os elementos chave que compõem esse ambiente: buffet, mesa de jantar e iluminação. Mas para valorizá-lo e diferenciá-lo, utilizamos algum elemento que retratasse parte da história de nossa cidade. Então veio a ideia de fazer a releitura do painel”, explica.
Os antigos ladrilhos hidráulicos produzidos na extinta fábrica de Pantaleone Arcuri também serviram de ideia em outro projeto elaborado por Silvio. Os ladrilhos aparecem em uma brise na fachada residencial, onde foram recortados a laser em chapas de metal. A técnica pode ser reproduzida em aço carbono, corten e até chapas de cobre.
Os aspectos naturais da cidade, como as curvas do Rio Paraibuna e do Morro do Cristo, mostram que essas linhas orgânicas são muito bem-vindas na arquitetura residencial. O arquiteto Claudio De Landa elaborou uma bancada de varanda em granito com o contorno do Morro do Cristo, visto de onde está instalada, num apartamento do Centro. “As formas não precisam, necessariamente, ser idênticas ao elemento original. Vejo a utilização dessas referências como uma grande sacada, uma conceituação bem pertinente e justa à nossa cidade”, observa De Landa.
Arquitetura e história
Juiz de Fora reflete uma pluralidade de linguagens arquitetônicas e urbanísticas que funcionam como um verdadeiro convite a sua história segundo o professor e coordenador do núcleo Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFJF, Fábio Lima. “Devido a sua localização, a cidade tem uma relação direta com o que se fazia no Rio de Janeiro, que teve implementada uma reforma urbana, no início do século XX, o que certamente interferiu na composição da arquitetura e do urbanismo da então Manchester Mineira”, destaca. A referência à cidade inglesa se dá pela industrialização, permeada pela construção da ferrovia. “Esta linguagem industrial, com tijolos aparentes, foi a marca da cidade, com as chaminés das fábricas denotando a modernidade”, completa.
Juiz de Fora ainda buscou reviver o ecletismo, presente na arquitetura europeia do século XIX, que se opunha à vertente colonial. Depois, vieram o art déco, marcado pela geometrização e simetria nas fachadas, e o modernismo, época em que se fez presente trabalhos de Arthur Arcuri, Francisco Bolonha e Oscar Niemeyer.
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