Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 19/05/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/19-05-2018/veiculo-atinge-casa-no-dom-bosco-e-atropela-idosa.html

Título: Morre idosa atropelada na calçada de rua no Dom Bosco

Uma idosa de 74 anos morreu após ser atingida por um veículo, por volta das 6h40 deste sábado, na altura do número 19 da Rua Vicente Beghelli, no Bairro Dom Bosco, Zona Sul de Juiz de Fora. Segundo informações da assessoria da Polícia Militar, o condutor do carro, um médico de 28 anos, perdeu o controle da direção quando descia a via, sentido Centro. O veículo subiu na calçada, atropelou Maria Aparecida Thomé e ainda atingiu um imóvel. O motorista, de acordo com a PM, prestou os primeiros atendimentos à vítima. Em seguida, foi preso em flagrante e encaminhado à delegacia.

Bastante conhecida no bairro, a idosa tinha por hábito levantar ainda de madrugada, caminhar na UFJF e, em seguida, por volta das 6h, iniciava a varrição das calçadas próximas de sua casa. Os relatos dos vizinhos, muito consternados com o acidente, dão conta de que a mulher, uma aposentada do Demlurb, zelava pela calçada justamente quando foi atropelada. Moradora de uma rua próxima ao acidente, a idosa também se popularizou ao alugar vagas de garagem no terreno de casa para funcionários de um hospital da região.

Socorrida pelo Samu, a mulher foi encaminhada ao Hospital de Pronto-Socorro (HPS) com lesões graves. Conforme a assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde, Maria Aparecida não resistiu aos ferimentos e morreu.

Casa é atingida

O impacto da batida fez a parede e um pilar frontais se romperem, deixando à mostra a casa que, atualmente, estava desocupada. Segundo a assessoria de comunicação da Defesa Civil, que esteve no local, não há riscos estruturais, já que a edificação apresentava outras sustentações, que não foram abaladas. Ainda de acordo com o órgão municipal, o proprietário do imóvel, um pedreiro, com o auxílio de seu vizinho engenheiro, comprometeram-se a reconstruir as partes danificadas. A Defesa Civil orientou a fazer o escoramento para que o prédio seja consolidado.

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Editoria:

Data: 19/05/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/19-05-2018/circuito-de-comunicacao-nao-violenta-acontece-em-jf.html

Título: Circuito de Comunicação Não Violenta acontece em JF

Já parou para pensar na forma como você reage quando ocorre algo que lhe desagrada? Como você se relaciona com quem está ao seu redor? Em um mundo onde todos já possuem um discurso pronto e se recusam a ouvir o que o outro tem a dizer, aposto que não sobra tempo para o entendimento, só para o conflito. Tocar neste ponto e despertar uma mudança interior são os objetivos do Circuito de Comunicação Não Violenta (CNV), que acontece em Juiz de Fora neste sábado (19). O workshop, promovido pela Manifesta, empresa especializada na criação de ambientes de cooperação, é o segundo evento do circuito, e visa a disseminar essa metodologia de forma gradual e impactante.

“Queremos dar espaço para que as pessoas cheguem e participem, criando uma rede, uma comunidade de não violência, para que cada uma delas possa mudar a realidade dentro do seu nicho. O objetivo da CNV é criar uma conexão entre duas ou mais pessoas, inclusive, com você mesmo”, ressalta a facilitadora de processos colaborativos da Manifesta, Paula Rocha. O evento está marcado para às 14h, na sala 1 do Prédio da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Os ingressos podem ser comprados no site do Sympla .

Tribuna – O que é a comunicação não violenta (CNV)?

Paula Rocha – É uma nova maneira de se comunicar, que gera mais conexão entre as pessoas. É um método desenvolvido por Marshall Rosenberg, psicólogo e doutor em Psicologia, que organizou todos os conhecimentos que a humanidade já tinha sobre a não violência. A CNV precisa de muita prática, pois não é acadêmica, mas artesanal. Para praticar a CNV, é preciso exercitar. É como se fosse um músculo fortalecido que você precisa ter para pegar um peso, por exemplo. A CNV é uma mudança de paradigma, de olhar. É uma coisa mais profunda, e por isso ela deve ser ensinada e praticada no dia a dia e trocar com outras pessoas.

– Como ela funciona na prática?

– Quando se ouve sobre a CNV, geralmente, as pessoas acham que é ser bonzinho, gentil, não ser agressivo. Mas na verdade não é isso. A CNV é o caminho do meio entre a violência e a passividade. Ela é escutar ativamente e empaticamente o outro e se expressar de forma honesta, mais profunda e autêntica. A CNV não chega apenas na comunicação, na fala, mas no que vem antes da fala. É nos pensamentos, no julgamento e na forma como você vê o outro. A CNV muda o nosso foco. A gente costuma discutir quem está certo e quem está errado. Na CNV, a gente sai dessa dicotomia e começa a dar foco para as nossas necessidades, aquilo que nos une e queremos cuidar, os nossos princípios, as coisas que estamos realmente querendo em uma relação. Nesse lugar mais profundo, a gente consegue se conectar com o outro. Não basta apenas mudar a fala, tem que mudar seu pensamento, seu julgamento e a forma como você enxerga o mundo. A violência, mesmo que ela esteja apenas na sua cabeça, ela vai continuar gerando violência no mundo. Essa responsabilidade é parte da CNV. É uma mudança que acontece de dentro para fora. A fala é só o último passo.

– Onde a aplicação da CNV é mais necessária nos dias de hoje?

– Em todos os lugares! A nossa comunicação e visão estão mais rápidas e no automático. A gente tem que, de forma geral, aprender a comunicar melhor. A gente ouve o outro já pensando na resposta que vamos dar a ele. Ouvimos e retrucamos. As pessoas não sabem ouvir em silêncio, tentando compreender o que o outro está dizendo. Essa falta de escuta gera muita violência, muita briga, pois se você não entendeu o que o outro disse, você já reagiu a partir de uma interpretação errônea que você fez. A aplicação da CNV começa de dentro para fora, ao interiorizar esses novos contextos. Se você tem 25, 30 ou 40 anos, certamente você está se comunicando violentamente desde então. É muito difícil quebrar esses paradigmas para colocar novos. Você tem que começar por você, depois, com as pessoas que você mais ama e se importa, com a sua família. Depois, partir para um lugar onde é mais difícil: as empresas, os grupos, o sistema no geral. Toda essa sociedade em que vivemos é violenta e precisa dessa revolução.

– Como exercitar a CNV e iniciar essa revisão interna?

– É muito simples: quando alguma pessoa fala algo inquietante para você, antes de começar a julgá-la, dizendo que ela é orgulhosa, é egoísta, isso ou aquilo, é muito importante você compreender o que está dentro de você, o que você está sentindo, o que você queria cuidar e essa pessoa meio que feriu, quais as necessidades e os sentimentos. Isso você pode fazer apenas pensando, tentar compreender a situação antes de falar com a pessoa. Você pode escrever o que sente. É dar um respiro, uma pausa, antes de conversar com a pessoa. Espera, compreende o que você está sentindo e vai tentar resolver. Depois, procura a pessoa e conversa com ela. Com a CNV você aprende a simpatizar com a figura do inimigo, e compreende que, às vezes, não é uma pessoa que te faz mal, mas a relação com ela que está ruim. Se as partes estão dispostas, é possível construir conexão onde não existia, a partir da sua verdade e do fortalecimento da relação.

– E na internet?

– A internet é uma ferramenta preciosa e incrível, cheia de possibilidades de comunicação, mas está sendo usada de maneira violenta. O problema não está nas redes sociais, mas na forma como as pessoas se expressam nelas. Falta cuidado, falta reflexão sobre o que será colocado para os outros verem. E, quando vamos para a vida real, não é assim. Há uma discrepância na forma como as pessoas se comportam. Na vida real, há consequências.

– Quais benefícios a CNV pode trazer para a nossa vida?

– Autoconhecimento, autocompreensão e, em seguida, autorregulação. Você para de reagir de maneira atravancada, de sair atropelando e se arrepender do que falou. Você passa a responder aos estímulos e a tudo que acontece com você, depois, vem uma melhora nas conexões, nas suas relações, no entendimento, na escuta e na expressão. Isso vai ajudando tanto você quanto as pessoas. É um efeito dominó, até chegar aos sistemas em que está inserido. Você passa a não aceitar essa violência, e que as coisas ao seu redor não sejam tratadas com tanta desconsideração. Aos poucos você vai mudando a sociedade. Você passa a não viver mais no raso, mas no profundo. Às vezes, esse processo dói, é desconfortável, mas é libertador.

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Veículo: Diário Regional

Editoria: Cidade

Data: 19/05/2018

Link: https://diarioregionaljf.com.br/2018/05/19/faculdade-de-odontologia-da-ufjf-realiza-atendimento-gratuito-no-sao-benedito-neste-domingo/

Título: Faculdade de Odontologia da UFJF realiza atendimento gratuito no São Benedito neste domingo

Uma ação de atendimento gratuito será disponibilizada aos moradores do Bairro São Benedito, na Zona Leste, neste domingo, dia 20, por professores e alunos da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A assistência acontecerá na Praça Maria Ilídia – a principal do bairro – das 8h às 12h.

A ação contará com a presença de três professores e dez graduandos da Faculdade de Odontologia, e a expectativa é que cerca de mil pessoas sejam atendidas. Segundo um dos  coordenadores do projeto, Antônio Márcio Resende do Carmo, a ação é um projeto de extensão que leva a prevenção no cuidado com a saúde para as camadas mais carentes. “Ao fazer isso, mais do que levar o conhecimento sobre prevenção, nós levamos autoestima para essa população.”

O atendimento faz parte do projeto de treinamento profissional “Dente da Gente: Educação em Saúde” da faculdade e é uma parceria  com a Associação Brasileira de Odontologia (ABO), o Conselho Regional de Odontologia de Minas Gerais (CRO-MG) e a Polícia Militar. O Dente da Gente é realizado desde 2009, sendo realizados atendimentos em  diversas instituições. “O nosso projeto tem o propósito de levar informações sobre saúde bucal através de várias ações abertas ao público. Temos ações em escolas, creches, asilos e até mesmo com o público da Universidade, participando do Domingo no Campus”, destacou uma das organizadoras do projeto, Fernanda Vicentini Ribeiro de Rezende.

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Veículo: Diário Regional

Editoria: Cidade

Data: 19/05/2018

Link: https://diarioregionaljf.com.br/2018/05/20/mobilizacao-internacional-reforca-a-luta-contra-a-lgbtfobia/

Título: Mobilização Internacional reforça a luta contra a LGBTfobia

O relatório da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais (ILGA) classifica o Brasil como líder de uma triste estatística. O país é um dos primeiros quando o assunto é o assassinato de pessoas LGBTs e trans. Um levantamento realizado Grupo Gay da Bahia (GGB), que há 38 anos coleta dados sobre homicídios relacionados ao público, reforça as informações, e mostra que a cada 19 horas um LGBT é morto ou se suicida, vítima da LGBTfobia.

Em 2017, 445 pessoas morreram no país por serem LGBT. Somente nos quatro primeiros meses deste ano, foram registradas 153 mortes, segundo o GGB. O número poderia ser ainda pior, uma vez que as organizações governamentais não possuem relatórios concretos que evidenciam a violência motivada pela LGBTfobia.

“Apesar de o Brasil ter avançado no âmbito judiciário, no plano da lei ainda estamos longe de garantir os direitos. Não há uma legislação penal que preveja os crimes movidos por ódio aos LGBTs. Não exista tipificação à homofobia, difamação ou agressão às pessoas que não são heterossexuais. A Justiça acaba enquadrando nos crimes que já existem, e isso ainda é um problema, pois interfere na produção de dados em relação aos crimes contra a diversidade. O nosso banco se baseia no que é publicado pela mídia ou em informações pessoais, mas os órgãos de segurança pública deveriam coletar esses dados para conhecermos, de fato, a realidade”, afirma a professora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e integrante da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Subseção Juiz de Fora, Joana Machado.

Ela explica que o trabalho da comissão consiste em duas vertentes: prevenção e acolhimento, quando se fala no público LGBT. “A gente tenta desconstruir essa cultura heteronormativa, essa ideia de que o correto e normal é sentir afeto ou desejo por uma pessoa do sexo diferente. Por isso, apoiamos todas as iniciativas que tenham esse foco. A outra parte fica por conta do acompanhamento e acolhimento dos casos que chegam até nós. Com base nas denúncias, nos deslocamos para entender a necessidade da vítima e damos o suporte para que ela lute pelos direitos”, diz.

Segundo Joana, casos de discriminação pela orientação sexual no âmbito escolar, do trabalho ou nas ruas são recebidos pela Comissão. Situações de transfobia, que diz respeito à violência contra trans também são relatadas. Essa, por sinal, é a parcela da população mais atingida pela violência no país. De acordo com a Rede Trans Brasil, a cada 26 horas, uma pessoa trans é assassinada no país. A expectativa de vida dessas pessoas é de 35 anos.

Ela reforça que o primeiro passo para erradicar os crimes é promover a educação sexual em todos os níveis escolares, ensinando crianças e adolescentes a respeitar a diversidade. “A questão do ódio está associada à intolerância. O Brasil passa por um momento de reflexão. Tivemos avanços no plano da lei, mas quando eles não vêm acompanhados de um enfrentamento real, tanto na cultura quanto na educação das pessoas, a reação ao avanço conquistado pode ser ainda mais violenta. Vários são os projetos implantados nas escolas sobre a diversidade, mas existem barreiras que impedem que esse assunto seja debatido em sala de aula. O professor não tem liberdade para levantar o debate, o tema é negligenciado e é tratado com tabu. Porém, não se educa a população, sem que ela receba a informação de que a diversidade é muito rica e que as diferenças precisam ser compreendidas”, reforça. “É preciso lutar por novos direitos, pela inserção desse conteúdo no currículo, logicamente que de forma adaptada a cada faixa etária, mas, sem essa discussão, o Brasil não vai diminuir as taxas de violência”, acrescenta Joana.

DIA DE LUTA

Na última quinta-feira, 17, foi comemorado o “Dia Internacional de Luta contra a LGBTfobia”. A data coincidiu com o dia em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) deixou de considerar a homossexualidade como doença, e, segundo Marco Trajano, fundador do Movimento Gay de Minas (MGM), celebrou a diversidade contra todos os tipos de preconceito. “É um momento que precisa ser comemorado, mas que não pode ser visto somente neste dia. Os LGBTs e as trans sofrem violência todos os dias. As estáticas mostram isso”, diz.

O MGM oferece, gratuitamente, assessoria jurídica e psicológica para a comunidade gay e seus familiares e atua em parceria de movimentos sociais e o poder público, no sentido de criar políticas públicas que possam erradicar conceitos conservadores. “Em geral, a gente presencia casos de homofobia em âmbito familiar ou na situação de escola, são os mais comuns. O trabalho tem alcançado sucesso, principalmente nas mediações com a família, quando pensamos na construção de um ambiente de pacificação e harmonia. A comunidade gay percebe maior aceitação e fica menos vulnerável a situações de perigo, como exposição a drogas ou prostituição, que pode levar a morte”.

Trajano enfatiza que enquanto não se construir um país democrático, a homofobia não vai acabar. “O dia que conseguimos criar uma força política no Congresso Nacional, conseguiremos criar políticas públicas para essa parcela da sociedade. Infelizmente, ainda nós deparamos com candidatos conservadores, homofóbicos e que difundem ideias ou levantam bandeiras para privar o direito dos LGBTs. Em ano de política, tem que ficar ainda mais atento a esse perfil, se quisermos construir um país democrático”.

O MGM funciona na Rua São Sebastião, 345, 2° andar, de segunda a sexta, de 14 às 19 horas. Os agendamentos podem ser realizados pelo telefone 3233-1818.

UFJF REALIZA CAMPANHA

Para dar visibilidade à defesa dos direitos de todos que lutam por essa causa e conscientizar e informar a sociedade sobre todos os aspectos relacionados a essa temática, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) realizou, em parceria com o Grupo de Estudos e Pesquisas em Gênero, Sexualidade, Educação e Diversidade (Gesed), uma campanha com reportagens e vídeos sobre o combate à LGBTTIfobia.

“Nossa preocupação é, mais uma vez, reforçar a importância desse debate para a formação de uma sociedade sem preconceito, onde as diferenças são respeitadas, e nós, temos papel fundamental para garantir esse direito”, explica o professor e diretor de Imagem Institucional, Márcio de Oliveira Guerra. “Esse é o pensamento que precisamos adotar dentro da sociedade, que vive dias de retrocesso, seja por fanáticos religiosos ou políticos que pregam discursos moralistas”, conclui.

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Veículo: Esporte alternativo

Editoria: Atletismo

Data: 20/05/2018

Link: http://www.esportealternativo.com.br/atletismo/38086-henrique-pereira-silva-vence-e-lidera-o-ranking-mundial-sub-18-do-decatlo

Título: Henrique Pereira Silva vence e lidera o Ranking Mundial Sub-18 do decatlo

O decatlo fechou com chave de ouro o segundo dia de competições do Campeonato Brasileiro Caixa de Atletismo Sub-18, na tarde deste sábado, dia 19, no Estádio de Atletismo do CIEF Santos Dumont, no Recife (PE).

Henrique Pereira Silva, do Petrolina (PE), venceu com 6.939 pontos e assumiu a liderança do Ranking Mundial da categoria Sub-18. O líder anterior era o britânico Jack Turner, com 6.836 pontos. “Essa competição foi perfeita, melhorei em quase todas as provas”, disse o campeão, que treina com o pai, Dejaci Pereira da Costa.

“Temos uma relação muito boa, mas como pai ele me cobra duas vezes mais”, brincou. Jonathan da Silva (FAE-OSASCO-SP) com 6.561 pontos e Oriel Proença Cani (AABLU-SC) com 6.186 pontos completaram o pódio.

Na disputa dos clubes, o Sesi – SP assumiu a liderança, com 66 pontos. A Orcampi Unimed-SP é a segunda com 54. A FECAM (PR) está em terceiro com 49. A equipe PM Colombo (PR), que liderou as três primeiras etapas, ocupa a quarta colocação com 47 pontos.

Nos 800 m masculino vitória de Lucas Pinho Leite do Barra do Garças (MT) com 1:54.02. “Foi uma prova forte, estou satisfeito com o meu resultado, agora é continuar treinando para as próximas competições”, disse Lucas. Adriano dos Santos (AASF-BA) ficou com a prata com 1:56.10 e Agnaldo Barbosa Gonzaga (SESI-SP) levou o bronze, com 1:57.18.

No salto em altura masculino, Augusto de Campos Fernandes do SESI-SP conquistou o primeiro lugar ao saltar 1,91 m. “Esperava saltar pelo menos 2 metros, mas não podemos desanimar, temos que seguir buscando melhorar os resultados”, afirmou o primeiro colocado, que deu os primeiros passos no Atletismo na cidade de Piracicaba, no interior de São Paulo. Tiago André Socher (PM Colombo-PR), o 2º, e o 3º, João Vitor Cavalcante Souza (America FC-RN), fizeram a mesma marca: 1,88 m (ambos com recorde pessoal).

Leticia Almeida Belo da Orcampi Unimed (SP) foi a campeã dos 2.000 m com obstáculos com 7:16.73. “Dedico essa medalha a todos que me apoiam e torcem por mim, principalmente ao meu clube e meu treinador”, falou. Thais Souza Martins (AASF-BA) com 7:33.94 e Kathelyn Rocha Veloso (Luasa-SP) com 7:35.45 completaram o pódio. As três primeiras melhoraram seus recordes pessoais.

Na prova masculina, dobradinha da Orcampi Unimed-SP, com Matheus Estevão da Silva Borges, com 6:04.01, e Leonardo Ferreira do Nascimento, com 6:06.04. Pedro Henrique de Oliveira (UFJF-MG) fez 6:08.42 e terminou em terceiro. “Essa medalha mostra que os treinamentos estão dando certo, estou muito feliz”, afirmou Matheus, depois de receber a medalha.

Nos 5 km da marcha atlética feminina, domínio do Distrito Federal, que conquistou os três primeiros lugares com Gabriela de Souza Muniz (CASO-DF), com 26:11.9 – PB, Amelia Fortunato de Lemos (CASO-DF), com 27:42.9, e Michele da Silva Barros (IJC-DF), com 27:52.9.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Notícias

Data: 20/05/2018

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/vozes-da-memoria-resgata-historias-ligadas-ao-museu-mariano-procopio-em-juiz-de-fora.ghtml

Título: ‘Vozes da Memória’ resgata histórias ligadas ao Museu Mariano Procópio em Juiz de Fora

Histórias vivenciadas no Museu Mariano Procópio são o mote do documentário “Vozes da Memória”, que é exibido pela primeira vez neste domingo (20), às 18h, no parque da instituição em Juiz de Fora.

É a última atividade da programação da Semana Nacional do Museu, após a reabertura do local na última terça-feira (15). O museu ficou fechado por quatro meses fechado por causa da confirmação da morte de um macaco por febre amarela.

O documentário, produzido, roteirizado e dirigido por Ana Beatriz Penna e Danielle Menezes faz parte de um projeto de extensão do Curso de Turismo relacionado no Museu.

“Ele é parte de um trabalho chamado Turismo no Museu, idealizado pelo Lucas Gamonal e coordenado pela Miriane Frossard. O objetivo é recolher as memórias através da história oral da população que frequentou este espaço. A gente convidou todos que participaram, vai ser um encontro para estas pessoas, que tem histórias em comum, se conhecerem”, explicou Bia Penna.

O projeto engrenou no ano passado, quando as diretoras iniciaram a coleta dos depoimentos. E a pesquisa de fonte levou aos entrevistados, alguns diretamente ligados e outros que apareceram nas visitas contando suas histórias.

“A gente trabalha aqui no Museu, na mediação. É comum no dia a dia dentro da galeria ouvir essas histórias de visitantes que chegam e querem contar o que já viveu ali dentro. Foi assim, de pessoa a pessoa, a gente entrevistava uma e ela falava ‘ah, mas tem uma amiga minha que já fez isso e vocês podiam falar com ela’ e a gente entrava em contato”.

O que surpreendeu Danielle Menezes foi constatar como diferentes narradores vivenciaram e narraram os mesmos fatos.

“O que é diferente e especial é que a gente viu que algumas histórias parecem distantes mas se encaixam. Um estudante da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) contou a história de um macaco aqui do Museu. Um funcionário narrou a mesma história, mas com uma relação mais íntima porque ele cuidava do animal. Um veio como visitante e se lembrava do macaco. O funcionário teve o envolvimento maior”, explicou.

Tanto Bia Penna quanto Danielle não são de Juiz de Fora. O projeto fez com que elas desenvolvessem uma relação maior com a instituição, a partir das narrativas que escutaram ao longo do projeto.

“A maior questão do documentário foi entender e investigar por que as pessoas amam, se identificam tanto com este espaço. Elas se sentem donas, brigam, cobram por melhorias”, disse Bia.

“Acabou que esta busca virou uma briga nossa, a gente também vestiu a camisa pelo Museu”, completou Danielle.

Bia Penna e Danielle têm o projeto de inscrever o filme em eventos e festivais nacionais, para o conhecimento de toda a sociedade sobre as memórias do patrimônio histórico. O teaser do documentário está disponível no site da produção do projeto podem ser conferidos no site oficial. Lá está, por exemplo, o teaser do filme, com um pouco do que será apresentado na estreia. Para assistir, clique aqui.

De acordo com a assessoria, o Museu Mariano Procópio recebeu mais de 5.600 pessoas em visitas monitoradas em 2017. Foram cerca de 200 grupos de escolas, universidades e outras instituições. A média de visitantes no parque é de 700 pessoas por dia, sendo que em períodos de férias escolares, feriados e eventos, há um aumento desse público.

Patrimônio municipal

A Villa foi construída em 1861. Era a chácara da família de Mariano Procópio e hospedou o imperador Dom Pedro II em visitas à região.

Em 2018, o Museu Mariano Procópio completa 97 anos. Embora estivesse aberto à visitação pública desde 1915 como acervo particular, o museu foi inaugurado oficialmente em 23 de junho de 1921. A Villa é a casa-museu mais antiga do país.

Em 1922, foi inaugurado o prédio anexo, chamado Mariano Procópio, para abrigar a galeria de Belas Artes.

A doação do Museu, acervo e parque ao município, completou 82 anos. O fundador Alfredo Ferreira Lage formalizou o procedimento sem nada exigir para si, nem para os herdeiros em 29 de fevereiro de 1936. Para o fiel cumprimento da doação, criou o Conselho de Amigos do Museu Mariano Procópio, que vem atuando como guardião da instituição.

Em julho de 2008, as obras do Museu foram paralisadas pela Controladoria Geral da União (CGU), que receberia recursos federais. A justificativa foi a suspeita de irregularidades levantada pela Operação “João de Barro”, da Polícia Federal.

O restauro foi iniciado em 2014, com obras estruturais na Villa, que era considerada prioritária. O prédio ainda está fechado à visitação. No final de 2017, o diretor administrativo Antônio Carlos Duarte falou ao G1 sobre os recursos, os trabalhos já realizados, e em andamento, além de destacar o que o vínculo com a população é a verdadeira força da instituição.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 20/05/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/20-05-2018/tempo-punk-como-cena-local-rodou-o-brasil-e-o-mundo.html

Título: Tempo Punk: como a cena local rodou o Brasil e o mundo

Pareciam duas orelhas felinas aquele cabelo espichado dos dois lados da cabeça. Maquiada em tons de roxo naquele domingo abafado, Virgin chamou atenção da antropóloga Janice Caiafa, que fez questão de registrá-la em seu “Movimento punk na cidade – A invasão dos bandos sub” (Jorge Zahar Editor), livro publicado em 1985, menos de dois anos depois do encontro numa das noites mais marcantes para o punk fluminense. Acompanhada de Helder Hertung (Don Helder), Virginia Guilhon Loures, a Virgin, assistiu ao derradeiro show numa pequena boate na Rua 24 de Maio, a Dancy Méier. “O show tem hora para acabar. Não se pode ir até muito tarde, é a condição para se ter esse domingo por mês. Naquela noite, já se sabia que o Dancy estava para ser vendido e que esse point ia logo acabar. E acabou. Aquele foi o último Dancy Méier para os punks, depois de seis meses desde a primeira noite em 12 de dezembro de 1982. Desci as escadas e ainda encontrei um grupo conversando alto na calçada. Aos poucos eles se foram”, narra Janice Caiafa, pesquisadora e professora da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Exatos três meses antes de as portas se fecharem no subúrbio carioca, em março de 1983, Virgin e Don Helder foram fotografados dançando no “Rock voador”, num recém-inaugurado Circo Voador. Acima do título “Todas as diferenças dançam juntas na primeira noite ‘punk’ do Rio”, em destaque, o registro com a dupla juiz-forana em primeiro plano confundia-os com integrantes da Lixomania na edição do dia 29 de “O Globo”. “Nunca as diferenças dançaram tão juntas como na noite de sábado. Nunca tantas diferenças estiveram juntas. Nunca se dançou tanto. Lotado, o Circo provou, mais uma vez, que é um dos mais importantes espaços de convívio e animação cultural da cidade. Lado a lado, das 21 horas às 5 horas da manhã de domingo, conviveram, dançaram, cantaram, namoraram, comeram milho, acarajé e pipoca, beberam café e cerveja, quase todos os espécimes da população jovem desta cidade. Dos donos da noite – um núcleo reduzido, mas unido, de uns cem punks autênticos, muitos vindos de São Paulo em caravana, com pouquíssimo dinheiro, acampados no próprio Circo – a seus antagonistas históricos, os hippies velhos, de longos cabelos, olhar beatífico, batas indianas e colares de Rajneesh ao pescoço”, escreveu Ana Maria Bahiana, jornalista que em diferentes veículos acompanhou o desdobramento do movimento.

Punk do interior

Eram escassos os punks. Mas eram grandes esses punks. Na segunda reportagem da série “Tempo punk”, a representatividade e a potência da cena local demarcam o lugar de prestígio de uma cena que, mesmo circunscrita pelas montanhas, fez-se ouvida nas principais capitais do país e pegou a estrada da memória como no documentário “Botinada: A origem do punk no Brasil”, de Gastão Moreira, que, a despeito do silêncio acerca do movimento interiorano, utilizou-se de diferentes imagens feitas em Juiz de Fora. A capa do DVD, inclusive, reproduz uma das fotografias que Humberto Nicoline fez para a primeira reportagem publicada sobre o movimento na Tribuna, há 35 anos.

“Há muitos indícios de que a cena daqui tinha uma importância na ligação do eixo Rio-São Paulo. Tanto é que houve a presença de bandas paulistas e cariocas nos festivais de rock (de 1983 e 1985). Muita gente ia daqui para São Paulo atrás de discos. Ia, também, para festas no Rio. Numa época pré-internet, a informação circulava com dificuldade nesse sentido. E é interessante pensar que Juiz de Fora, uma cidade de interior, com uma mentalidade provinciana em alguns aspectos, acompanhou o que acontecia nas duas maiores cidade do país. Havia um pioneirismo nisso. Principalmente considerando que a cena punk local antecede a de Belo Horizonte”, pontua o historiador e pesquisador Jimmy Klaus.

Na minha terra tem punks. Os punks que aqui cantavam. Não cantavam como lá. Segundo Jimmy Klaus, a origem social e econômica da primeira geração de punks juiz-foranos não era a mesma da vista nas duas maiores capitais do país. “Em São Paulo e no Rio de Janeiro, a cena era muito ligada à cultura de periferia, como é hoje o rap. E a organização se dava através de gangues de bairros, muitas vezes. Era um movimento mais ligado à classe operária. Aqui tinha essas pessoas também, mas a maioria da galera era da classe média, o que facilitava o acesso à informação, a aquisição de discos. Era mais fácil interagir na comunidade global”, comenta Klaus, codiretor do documentário “Aos berros”, em parceria com Davi Ferreira e Aline Freitas, sobre o nascedouro da expressão local.

Do contra

Ainda que houvesse abismos no cenário nacional, havia um elo mais forte, presente no discurso. “Eles não se vitimizam. Quando o punk diz que esse mundo é uma droga, que tem uma tristeza profunda, ele não se vitimiza, mas expõe uma raiva, que o transforma em sujeito potente, pronto para agir em seu próprio benefício. E isso é extremamente positivo”, analisa a pesquisadora e historiadora Ivone Gallo, pós-doutora em Teoria Literária pela Unicamp, que entre as décadas de 1990 e 2000 acompanhou uma ocupação punk numa estação ferroviária de Campinas.

“(O movimento punk) não é objeto de investigação de análises historiográficas. Temos trabalhos em sociologia, em antropologia, mas não do ponto de vista da historiografia. Isso porque na maior parte dos casos os historiadores trabalham com uma noção de análises de processos históricos concluídos. Mas minha intenção com a pesquisa era ver temporalidades dentro do próprio tempo presente. Pensei, então, em fazer uma análise de cunho social e cultural de uma ocupação que acontecia no presente”, aponta Ivone Gallo, reivindicando uma presença maior do movimento na narrativa cultural e social da história nacional. “Acho que de tempos em tempos irrompem figuras assim na história. Não é a primeira vez: tivemos, na Inglaterra, aqueles homens sem senhores, pessoas que tomavam atitudes que não era da ordem. Durante o processo da Revolução Francesa houve vários pequenos grupos que se insurgiram de maneira totalmente fora da defesa do status quo, do politicamente correto. No punk, temos um conjunto de coisas que definem atitudes que mudam comportamentos: a indumentária que se usa, a expressão musical e escrita, os grafites, os cortes de cabelo, tudo isso são iconoclastias, vão contra os ícones impostos pela sociedade que lhe é contemporânea. O punk, tanto nos anos 1970 quanto nos anos 1990, chamou atenção para algumas questões. E isso é essencial, porque é importante que a linguagem, as movimentações respondam aos anseios de mudança.”

A minha história eu mesmo escrevo

Estava tudo errado. Para o mal das notícias que não os representavam, o remédio dos fanzines. Logo na edição de número zero do “Aos Berros”, publicado em agosto de 1983, o veículo independente desmentia notícias que davam conta dos estragos causados no gramado do estádio do Sport durante o primeiro Festival de Rock de Juiz de Fora. Segundo o jornal, cujas cópias eram feitas em mimeógrafo e vendidas por Cr$ 200,00, o grupo punk só assistiu às primeiras apresentações, antes de “ver as merdas das outras bandas”. E terminava: “Foda-se a imprensa do sistema!”. “Como os jornais não expressavam a ideia dos punks, não entendiam como eles funcionavam, eles começaram a falar por eles mesmos. O primeiro fanzine, ainda da década de 1970, era sobre um show dos Ramones, já que os jornais não falavam da banda, e quando falavam era de forma pejorativa. A ideia era ter uma voz própria, o que é o símbolo do movimento, que queria se representar, mostrando para todos sua visão de mundo. Eles são isso tanto na concepção visual quanto no fato de andarem em grupo, compartilhando ideais”, afirma a jornalista Susana Azevedo Reis, autora da dissertação de mestrado “‘Faça você mesmo’: o fanzine como representação do movimento punk em Juiz de Fora”.

Limitados em tiragens que raramente excediam cem exemplares, os fanzines locais circulavam nos rastros dos jovens que se vestiam de preto, ostentando correntes, jaquetas pesadas e cabelos excêntricos moldados com sabão. “Eles tiravam cópia e vendiam no Bar Redentor, na parte baixa da Getúlio. Quando não conseguiam vender, trocavam ou doavam mesmo. Eles diziam que o impacto na cidade não era tão grande, porque circulavam no meio deles”, pontua Susana, cuja pesquisa foi apresentada ao programa de pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) em fevereiro deste ano. Desenvolvidas com a técnica da bricolagem, as publicações reforçavam o lema do movimento. “Eles pegavam pedaços de jornais, revistas, e davam novas histórias àquilo. Era tudo manual, muitas vezes datilografado e colado por cima de outro texto. Tinha figura recortada e desenhada”, observa Susana.

“O ‘Faça você mesmo’ existia no sentido de estar produzindo, contra a indústria cultural. Os próprios punks organizavam os próprios shows, faziam as próprias revistas, gravavam os próprios discos, sem depender da estrutura das grandes mídias. Eles formavam uma rede solidária, na qual o punk daqui dorme na casa de um punk de São Paulo quando vai para lá. E o de lá dorme na casa de um punk daqui quando vem para cá”, destaca o historiador e pesquisador Jimmy Klaus, acenando para a noção que avolumou o movimento. “A gente pensa esses grupos como algo isolado, mas não é bem assim, porque eles tecem relações. Jovens que não foram ou são punks, mas que tiveram contatos, passam a tecer suas identidades a partir disso. Há uma contaminação positiva na criação de novos valores. Então, a importância dos punks está em difundir e fazer cultura. Dizer que é uma doença infantil, ou que são fascistas, ou que são pré-políticos é de muita falta de sentido”, critica a pesquisadora e historiadora Ivone Gallo.

A contaminação provocada por fazeres como o do fanzine, segundo Susana Reis, é percebida ainda hoje, ao alcance do cursor. “Os fanzines trazem a possibilidade de as minorias se expressarem. Hoje talvez os vejamos nas plataformas on-line”, comenta a jornalista e pesquisadora. Também são percebidos nas caixas de som, de acordo com Jimmy Klaus: “O rock caminhava para algo muito elitizado. Eram grandes bandas, músicos virtuosos, de grande estudo, fazendo shows em grandes festivais. Era o tempo do rockstar. O punk pôs o pé no chão, simplificou a música, reduziu os eventos. Hoje, com a crise da indústria fonográfica, vemos que o punk teve uma grande influência no que chamamos de música independente. Muitos grupos levam a ideia do ‘Faça você mesmo’. E é importante ainda por mostrar para os jovens que é possível se expressar artisticamente, tocar as pessoas, sem ter que ser um músico virtuoso, de grande formação, com acesso aos melhores estúdios e instrumentos. É possível se expressar de forma legítima com muito pouco. Esse aspecto minimalista é um grande legado”.

O sufoco nos dias para não viver dias sufocantes

Uma vez passou todo o fim de semana levantando o muro e carpindo o quintal da delegacia. Adolescente, aos 14 anos, andava de camburão. Ficava preso em cela com assaltantes e assassinos. Dormia em estações. Passava noites nas ruas. Os pais não esquentavam. E Wilson Alviano Júnior enfrentava o caos por momentos de diversão na Mauá, região metropolitana de São Paulo, dos anos 1980. “Ninguém vinha em casa. O cotidiano mata a gente. Meu pai tinha dificuldade em ter uma relação com nossa família, e eu quase não o via. Minha mãe era uma pessoa muito dedicada, mas o trabalho de casa era exaustivo para ela. Então, não havia muito espaço em casa. Não tinha diálogo que fosse atrativo. E aí encontrei um universo ligado à música, à rebeldia. E a impressão que tinha de adolescente era a de conseguir dominar o mundo com aquilo”, conta o filho de um cotidiano embrutecido pela escassez e pelos silêncios.

“Para mim, o punk parecia ser uma alternativa de vida, num momento em que não me encaixava em lugar algum. Para quem nasceu no ABC Paulista, aquela região cheia de montadoras e metalúrgicas, o destino dos meninos parecia ser apenas: fazer Senai, estudar meio período, trabalhar meio período e entrar numa montadora porque pagava bem. Isso era muito tedioso para mim. E o espírito da época, naquele fim de ditadura, era o de procurar caminhos. O punk era a opção para ter uma vida que não fosse tão sufocante, miserável em termos humanos. E as famílias da maioria de nossos conhecidos eram mal-estruturadas, tinham problemas com pais alcoólatras, muitos irmãos, então encontramos o acolhimento que não havia em casa. Não era algo amoroso, mas uma parceria, uma cumplicidade que não encontrávamos em casa”, recorda-se Wilson, na distância temporal de seus 52 anos e física de sua recente mudança para Juiz de Fora, onde é professor da Faculdade de Educação da UFJF.

Hoje dá aula e encontra gente de cabelo colorido, moicano, piercing, tatuagens. “É uma atitude tranquila agora. Mas para a gente, nos anos 1980, rompia com tudo quando fazia tatuagem ou cortava o cabelo moicano. E na periferia pesada, quando tiravam sarro, invariavelmente saíamos na porrada.” E escutar “The kids are alright” (1979), de The Who, no som do irmão de um amigo era um rompimento também. Sex Pistols, Sham e Ramones também. Aos 14, Wilson estava imerso. E por um fio com o sistema. “Apesar de eu ter nascido na Zona Leste de São Paulo, mudei muito cedo para o ABC. Minha criação punk foi lá. O Ulster era uma banda de São Bernardo do Campo que tocava com capuz. E Ulster fica no norte da Irlanda, onde teve muitos atentados terroristas. Falar disso no final da ditadura tinha um significado revolucionário. O pessoal do Ulster era um pouco mais velho, cerca de quatro ou cinco anos. Mas quando temos 14 anos, é uma diferença muito grande”, lembra.

O enfrentamento deve ser em outro nível’

A admiração transformou-se em força, que se transmutou em exercício. “Eu e uns colegas de Mauá, a periferia da periferia, montamos uma banda, que primeiro se chamou Infratores e, depois, Brigada do Ódio. O Luis, que tinha tocado no Ulster e tocava guitarra no Olho Seco, apareceu em um de nossos ensaios porque tinha ouvido falar na gente. Ele gostava de som extremado, muito rápido, barulhento, minimalista. Quando ele chegou, estávamos em trio. Aí ele pediu para cantar. E deu certo. Ninguém gostava do som que a gente fazia, nem mesmo na cena punk, porque era muito acelerado. Mas o Fabião, do Olho Seco, gostou e disse que tinha um monte de restos de gravação do Olho Seco, o que dava para gravar um lado. Pagamos estúdio, gravamos num dia só, bancamos o acetato para prensar o vinil e as mil cópias iniciais. O Mauro, que era guitarrista do Garotos Podres, fez a capa na camaradagem, e lançamos o álbum”, resume o baixista Wilson os dois anos que separam a criação da banda e a gravação do LP split com uma das bandas punks de maior expressão na cena nacional.

Em 1987, dois anos depois da parceria, com a Brigada do Ódio parada, Wilson foi convidado para tocar baixo no Olho Seco. No ano seguinte gravou o álbum “Olho por olho”, lançado em 1989, um ano antes de Wilson sair da formação. “Sem o Fabião e com a banda descaracterizada, o público recebeu mal a mudança. Mas já esperávamos”, conta, aos risos, o homem que nos anos finais da década de 1980 montou um sebo de LPs independentes, depois passou a representante de uma cooperativa que reunia os maiores selos independentes do país. Com o revés de uma crise econômica batendo à porta, ele trabalhou em bares até decidir aproveitar uma bolsa para cursar educação física. “Era uma briga pesada: era preciso se manter, mas sem querer se enquadrar”, diz.

De volta às salas de aula, encontrou outro significado de ser punk. “Quando entrei para o curso, comecei a encontrar pessoas advindas da discussão da educação e que tinham um posicionamento político interessante, que comungava com o que a gente, intuitivamente, pensava em relação ao punk, como uma alternativa de vida, uma mudança social, uma quebra no sistema. Escolhi educação física porque lutei durante um tempo, mas me encantei pelo trabalho em escola. Por coincidência, também comecei a dar aula em Mauá e fiquei mais de dez anos trabalhando numa escola de lá.”

Concluído o mestrado na Universidade Metodista de São Paulo (Umesp) e o doutorado na Universidade de São Paulo (USP), Wilson Alviano foi aprovado como professor numa cidade que sequer conhecia, mas já ouvira falar, por onde passou a banda da qual fez parte, numa das mais aclamadas apresentações do 1º Festival de Rock de Juiz de Fora. “O show em Juiz de Fora, em 1983, tem um significado muito forte, porque marca esse momento de interiorização do movimento”, comenta ele, ex-baixista da Olho Seco, que rotineiramente era pichada nos muros da cidade. Pelos corredores da faculdade ou nos trabalhos de extensão acadêmica, Wilson encontra o garoto que saía de casa às sextas e retornava aos domingos com os ouvidos cheios de um rock acelerado, nervoso e inconformado. “Mantenho essa relação que tenho com o excluído, com o diferente, com o marginal, essa compreensão mais global da sociedade”, diz.

“Hoje é possível se aprofundar em várias vertentes de discussões, porque o mundo está mais complexo, ou porque só hoje conseguimos ver o mundo mais complexo. Naquele tempo, a questão da ditadura era tão forte que não aprofundávamos os debates. Eu tomava uma geral toda semana. E quase todos os meses passava uma noite na delegacia. Tudo porque estava com um visual diferente. Nas bandas de rock, todo mundo ia preso. Agora mudaram as bandeiras porque avançamos. Não digo que hoje está bom, porque ainda temos um monte de problemas, mas avançamos. Se temos um mérito é o de termos construído espaços”, comenta ele, testemunha do crescimento do movimento de Carecas do Subúrbio, da repressão dos skinheads, de uma violência que ajudou a calar a geração que ergueu o punk brasileiro.

“Hoje percebo que as coisas não são tão fáceis de entender como certo e errado, apenas. Tem um abismo entre os dois. A sociedade é de uma complexidade tão grande, que era ingênuo achar que dava para mudar facilmente. Mas é possível sensibilizar e fazer a diferença em alguns lugares. Por isso não acho que é muito legal fazer baile da saudade toda hora e ficar rememorando. A gente tem que ser pertinente à nossa leitura cognitiva de agora, entendendo o mundo como ele está agora. Não posso me comportar como se tivesse 14 anos. Antes, quando achávamos que as coisas estavam ruins, descontávamos quebrando alguma coisa pública ou sendo rebelde com a polícia. O enfrentamento deve ser em outro nível, de outra forma.”

Anarquista, graças a Deus

O adeus foi em alto e bom som. E não haveria outra forma de fechar as portas da Transmontana, senão com rock. “Fizemos uma festa de encerramento da pensão. Chamou ‘Transmontana nunca mais’. O prédio era sinistro: tinha um porão cheio de quartinhos, mais 30 quartos em cima, uma lenharia e uma garagem enorme. Dividimos a festa por lugares. Na lenharia botamos os grupos punks. Na parte de cima, num salão gigantesco onde era o refeitório, colocamos a (banda) Patrulha 66 para tocar. Nos quartos, que também eram grandes, fizemos exposições. Foi maneiraço. A festa foi marcante”, recorda-se Chico Amieiro, filho do casal de portugueses – Lucília e Manoel Joaquim – que comandavam a casa cuja demolição deu lugar ao Mister Shopping, na Rua Mister Moore. “Como a casa ia ser jogada abaixo, os punks começaram a dar bicudas nas paredes, e elas caíam. Estava todo mundo doidão. Lá pelas tantas, virou uma zona, com os quartos todos ocupados, uma doideira, mas normal, nada agressivo”, lembra.

Íntimos do lugar, os punks chegaram tempos antes da festa de despedida. “A pensão da mamãe tinha uma garagem. Ela, então, fez um botequim para ele, para que ficasse com os amigos e não enchesse o saco dela. Só que o papai adoeceu, e eu peguei o bar dela. Virou point. O Vietnã ia para a pensão, chegava todo arrumadinho do trabalho. Depois entrava no banheiro, pegava o sabonete e esticava o cabelo moicano. Então, ia até a mamãe e perguntava: ‘E aí, dona Lucília, tá legal?!’. Ela morria de rir”, conta Chico, cuja substituição rendeu-lhe a coragem necessária para abrir um bar para chamar de seu. E que os punks chamaram de nosso.

Estudante de jornalismo na UFJF, Chico conheceu o anarquismo. “Era um movimento de esquerda. No finalzinho da ditadura, a universidade estava muito politizada. E fizemos um grupo que lia (Mikhail) Bakunin e outros clássicos anarquistas. Chegamos a lançar chapa para concorrer ao DCE, chamava Merda (Movimento Estudantil Revolucionário do Amanhã). Debatíamos o anarquismo e íamos a congresso. Tinha uma representação legal no Brasil, como ainda tem. Aqui é que deu uma refluída. Invadimos a Casa de Anita nos anos 1990, mas houve um racha e abandonamos. Era para ser um centro de estudos anarquistas”, diz ele, que durante os anos 1980 foi convidado para palestrar sobre a filosofia para os punks locais. Era para ensinar, mas acabou aprendendo.

Ao surgir a possibilidade de ocupação do bar do DCE, juntou-se ao amigo e compadre Julio Cezar Fernandes Pinto, o Julinho, para ocupar o endereço na esquina da Avenida Getúlio Vargas com a Rua Floriano Peixoto. “As mesas eram velhas, de lata, com um ‘A’ bem grande pichado no meio. Era anarquista. Foi o bar que engrossou novamente o movimento punk na cidade. A gente começou a fazer festivais, e aquilo virou o point”, rememora, pontuando os filmes que exibiram e os lançamentos de livros que sediaram. A anarquia, contudo, também tomava conta do negócio. “A gente abandonava o balcão e ia beber. Esquecia do bar”, conta.

Ao lado da irmã Maninha, da então esposa Márcia e dos amigos punks Hélder (Don Helder) e Virginia Loures (Virgin), Chico investiu na diversão alheia. “Resolvemos profissionalizar o bar. Pintamos tudo, colocamos TVs para passar filme, fizemos uma pista de dança. Era uma superestrutura. Aí virou NAC (Núcleo de Ação Cultural). Durou mais três anos, e saímos. Fui abrir um restaurante na Marechal Deodoro (o Amieiro, em cima do Bazar São João). No início de 1990, fui para Portugal. Trabalhei muito em cozinha lá. Quando voltei, fui fazer o (curso de gastronomia do Hotel Escola) Grogotó, em Barbacena. Estou nessa de cozinha há mais de 20 anos. Ultimamente, eu dava aula no programa Pró-Jovem, de qualificação profissional para a garotada.”

Aos 59 anos, pai e avô, Chico não desligou o som. Mantém na casa onde vive, no Bairro Santos Anjos, centenas de CDs que grava após fazer o download de discos pela internet. “Ouço Sex Pistols, Ramones, Black Flag. Escuto desde músicas da década de 1950 norte-americana até essas bandas novas”, conta, para em seguida enumerar: “Joni Mitchell é ótima, é uma contestadora americana. Tom Waits também. Carlos Careqa, já ouviu falar? Ele fez um disco sobre Tom Waits. Sérgio Ricardo, que é um cara das décadas de 1960 e 1970. Adoniran (Barbosa), que é básico. Esse outro é do Leste Europeu e faz música cigana.”

Na pele, carrega a marca do que nunca foi apenas passado. No braço está inscrito o “A” do anarquismo. No antebraço, o desenho da Rebordosa e do Bob Cuspe, personagens de Angeli. “Politicamente me coloco mais de esquerda, não sou tão radical como antigamente, de não aceitar o Estado. Ainda tenho as ideias anarquistas. Ainda mais agora, quando vejo essa ingerência toda do estado na vida das pessoas. O meu anarquismo pesa para o lado da liberdade, mais do que para o embate. Admito a porrada, mas na defesa da liberdade. Percebo que o Estado está mais totalizador, mais controlador. Quando acho que preciso votar, voto na esquerda. Quando acho que não preciso, anulo”, pondera, certo de que o presente traz a marca das “bicudas” que destruíram muitas paredes para além das da Transmontana. “O punk continua, é um movimento cultural muito importante e presente. Os black blocs são, basicamente, punks e anarquistas. Eles têm a função do enfrentamento, que é necessário. Não dá para ser vaquinha de presépio, levando porrada quieto. É essencial questionar e defender a liberdade, que é uma postura clássica do anarquismo”, defende, ainda o mesmo. “Hoje faço as mesmas coisas, tomo os mesmos porres. Não sinto o peso da idade. E ainda tenho planos, como ter um restaurante na roça.”

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Coluna Cesar Romero

Data: 20/05/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/20-05-2018/stefhanie-zanelli-ex-miss-minas-gerais-enfeita-coluna-dominical.html

Título: Agenda cheia

Depois de visitar o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação/UFJF, o secretário nacional de ensino superior do MEC, Paulo Barone vai a Catalão (GO), terça-feira, para um encontro com a direção regional da UFG.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 20/05/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/20-05-2018/especialista-defende-legalizacao-e-cultura-de-educacao-sobre-drogas.html

Título: Especialista defende legalização e ‘cultura de educação’ sobre drogas

A redução dos fatores de vulnerabilidade e de risco para usuários de drogas, como forma de prevenção ao uso indevido de substâncias ilícitas, está prevista na Lei 11.343, de 23 de agosto de 2006, que institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad). No entanto, mais de dez anos após a criação da lei, as políticas assistenciais voltadas para usuários de droga no Brasil não preveem ações de redução de danos. Até hoje, falar sobre o uso de drogas ilícitas é um tabu que pode reverter-se em prisão, já que a abordagem do tema pode ser considerada apologia, dependendo da forma como for tratado.

Apesar disso, este é um risco que não impede o psicólogo Bruno Logan de fazer o seu trabalho, que visa orientar os usuários de drogas sobre o uso adequado das substâncias. Atuando como redutor de danos há cerca de sete anos, três deles na Cracolândia, o paulista de 33 anos, natural de Diadema (SP), começou como organizador da Marcha da Maconha. Atualmente, é apresentador do canal “RD com Logan”, no YouTube. Nos vídeos, o especialista dá orientações para usuários de droga e fala sobre os riscos do uso inadequado de diversos entorpecentes. No ar há quase dois anos, o canal tem 34 vídeos e quase dez mil inscritos. O vídeo mais popular é o “Testes reagentes para LSD e ecstasy”, com 46 mil visualizações.

No dia 4 de maio, Bruno veio a Juiz de Fora para ministrar uma palestra a convite dos alunos da disciplina “Jornalismo e saúde”, da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Na ocasião, o psicólogo explicou como desenvolve seu trabalho de redutor de danos e falou ainda sobre a forma como os usuários são retratados na mídia. Em entrevista exclusiva à Tribuna antes da palestra, Logan defendeu a descriminalização do uso de drogas e afirmou que entorpecentes ilícitos não são um problema de saúde pública, mas social.

Tribuna – Como você se tornou um redutor de danos?

Bruno Logan – Para ser redutor de danos não é preciso, necessariamente, ter uma formação. Aos 16 anos comecei a organizar a Marcha da Maconha. Não tinha experimentado a droga e nem sou usuário, mas me interessei pelo tema por questões ideológicas. Por conta dos amigos que fiz, quis trabalhar com usuários de drogas e, a partir daí, decidi cursar psicologia. Assim que me formei, comecei na ONG É de Lei!, no primeiro centro de convivência do Brasil a trabalhar com redução de danos na Cracolândia. Foi lá que eu aprendi a ser redutor de danos.

– Como era seu trabalho na É de Lei!?

– Comecei no projeto Respire, que atua na redução de danos no contexto de festas, predominantemente em festas raves. Depois, entrei no trabalho de campo de convivência, com usuários de drogas que viviam na Cracolândia. Fiquei neste projeto por três anos e atuava como psicólogo, sentando no chão, na rua mesmo, e conversando com os usuários. Eram duas realidades muito diferentes. Enquanto o usuário da Cracolândia está em situação de rua, de alta vulnerabilidade, é usuário de crack, cocaína, álcool e maconha, na outra extremidade, as pessoas de classe média alta pagam R$ 500 para entrar em uma festa e usam ecstasy, LSD, cogumelo.

‘Enquanto o usuário da Cracolândia está em situação de rua, é usuário de crack, cocaína, álcool e maconha, na outra extremidade, as pessoas de classe média alta pagam R$ 500 para entrar em uma festa e usam ecstasy, LSD, cogumelo’

– E o que você aprendeu neste período?

– Aprendi que os usuários da Cracolândia estão em uma situação de vulnerabilidade social, enquanto a vulnerabilidade do segundo grupo está relacionada a uma falta de informação sobre as drogas, sobre o que vai acontecer se ele usar. Nas raves, os usuários não sabem usar e misturam LSD com ecstasy, maconha, haxixe, álcool, e acabam tendo um surto psicótico por até oito horas. Ele descola da realidade, não sabe dizer onde está, onde é a própria casa ou o próprio nome. Às vezes, a pessoa não consegue sequer falar, coisa que não acontece na Cracolândia, onde o cara fuma pedra e continua conversando com você como se nada tivesse acontecido.

– O termo “uso recreativo” é muito utilizado para falar de pessoas que usam drogas, mas que, por algum motivo, não são consideradas usuárias. Você concorda com o termo?

– Acho que todo mundo faz uso recreativo, inclusive o indivíduo que está em situação de rua. É da natureza humana buscar prazer. Então o cara que está fazendo uso de crack também está fazendo uso recreativo. É óbvio que o uso recreativo dele contribui para a desorganização de vida, porque ele já está vulnerável, mas a diferença é o tipo de vulnerabilidade a que essas pessoas estão expostas. A pessoa que está nas festas raves – e aí eu culpo muito o Governo por conta disso, porque temos uma educação com o tabaco e o álcool, mas não com outras drogas – tem uma gama muito grande de drogas que não são legalizadas ao alcance. E aí ela se coloca em uma posição de vulnerabilidade muito grande. Em três anos na Cracolândia, nunca vi uma pessoa morrendo por causa de crack. As mortes são decorrentes de acertos de conta com traficantes, não por causa da droga em si. Mas já vi pessoas morrendo por conta de uso de algumas drogas adulteradas em raves, que são vendidas como sendo uma coisa, mas são outra, e a pessoa acaba morrendo por overdose, porque surta, se joga do alto ou morre afogado na praia ou na cachoeira.

‘É preciso legalizar a venda, para romper completamente com o crime organizado, o tráfico de drogas, o financiamento do crime’

– A partir da sua experiência, a que você atribui o uso de drogas?

– Pude lidar com todo tipo de usuário e de contexto de uso, o que me fez enxergar que, no caso do usuário que vive na Cracolândia, o problema não é a droga, mas a situação em que o sujeito está inserido, por não ter moradia e acesso a lazer, esporte, cultura. Quando você conversa com essa pessoa, percebe que o crack não é o problema, mas sim a desorganização em diversos aspectos da vida. Eu assumo uma coisa tranquilamente: se eu estivesse na situação daquela pessoa, eu usaria crack, porque o cara está com frio, com sede, com fome, está fugindo da polícia, está sem acesso a nenhum prazer da vida. Quando ele fuma a pedra, tudo isso some, e dá uma sensação de prazer enorme à qual ele não tem acesso em outro leque da vida. É quase como um automedicamento, como uma forma de sobrevivência. Quando você começa a ajudar a pessoa a se organizar, o crack some.

– E como é possível resolver isso?

– É preciso pensar, junto com o usuário, formas de ajudá-lo a organizar sua própria vida. Conforme isso acontece, ele consegue medir a importância e o significado da droga na vida dele. Então, às vezes, faz sentido para a pessoa diminuir o uso, parar ou até mesmo continuar o uso, porque o problema não é a droga. Por isso, precisamos de governantes dispostos a fazer esse debate, mas, para além disso, precisamos de uma cultura de educação sobre drogas. Fazem-nos pensar que droga é uma coisa que faz mal, e uma coisa que faz mal tem que ser evitada, como se fosse uma doença. Essa é a resposta mais simplista, que ganha voto, e as pessoas acreditam nisso porque é uma questão de causa e efeito. Mas o problema das drogas não é de causa e efeito, existe uma complexidade muito grande. É muito mais difícil explicar para as pessoas que esse é um problema social. O único jeito de acabar com a Cracolândia é garantir moradia, educação, esporte, lazer, trabalho e saúde para essas pessoas.

‘Se a pessoa tivesse possibilidades na vida, ela não estaria ali. Quem é que vai querer ficar na rua, comendo lixo?’

– Então você acredita que a droga não seja um problema de saúde, mas social?

– Sim. A sociedade pensa que a pessoa está na Cracolândia porque escolheu ou porque é vagabundo, mas não é verdade. Se a pessoa tivesse possibilidades na vida, outro tipo de cuidado, distribuição de renda, ela não estaria ali. Quem é que vai querer ficar na rua, comendo lixo? Ninguém vai querer um negócio desse. Quando se fala de drogas, em cuidado com o usuário, se fala muito na saúde. Porém, no montante de pessoas que usam drogas, há uma quantidade muito pequena que tem algum problema derivado do uso. Dentro desse grupo, uma quantidade insignificante tem problema de saúde. Com o álcool, a situação é diferente. Mas no caso das drogas ilícitas, o maior problema que os usuários de drogas enfrentam no Brasil é relacionado à falta de direitos humanos, não à saúde.

– Quais são as mudanças na legislação necessárias para solucionar estas questões?

– O tema em si está no Ministério da Justiça, o que, para mim, é o maior erro. É preciso descriminalizar o uso, para que o ato de usar drogas deixe de ser crime. Já que a maioria não tem nenhum problema derivado do uso, o usuário está fazendo mal para quem? E com relação àqueles que têm algum problema, será que criminalizar não vai apenas deixá-los mais vulneráveis? Além disso, é preciso legalizar a venda, para romper completamente com o crime organizado, o tráfico de drogas, o financiamento do crime e o contato do usuário com o traficante. Um modelo muito legal disso é do Uruguai, porque o Governo é responsável pela substância, o que gera imposto e diminui a criminalidade. Inclusive, o usuário também tem que ter droga de boa qualidade. A cocaína pura, por exemplo, faz menos mal do que cocaína com pó de vidro, então é óbvio que precisamos lutar por isso, para reduzir os riscos.

– Você acredita que o preconceito ainda é um entrave para a sociedade compreender a realidade dos usuários de drogas?

– Sim, mas tento ser o mais didático possível. Acho que um caminho muito interessante é falar da história das drogas. A primeira proibição da maconha no mundo foi uma decisão de Napoleão Bonaparte, na França. A segunda ocorreu no Brasil, e a terceira, nos Estados Unidos. Nenhuma delas teve a ver com tráfico ou saúde, mas todas estavam relacionadas à migração e ao racismo. No Brasil, a primeira lei que proibiu a maconha proibiu também o candomblé e a capoeira, quando acabou a escravidão. Criminalizaram a conduta do negro com o intuito de manter aquele povo sob domínio. Tanto que, nessa época, se um branco fosse pego fumando ou vendendo maconha, ele pagava uma multa insignificante. Se fosse preto, era preso. Infelizmente, continua exatamente igual hoje em dia.

‘Um modelo legal é do Uruguai, porque o Governo é responsável pela substância, o que gera imposto e diminui a criminalidade’

– O que te levou a criar um canal no YouTube sobre redução de danos?

– Eu já tinha criado um aplicativo de celular voltado para usuários de drogas, chamado “App Redução de Danos”, o primeiro sobre redução de danos do Brasil. Mas ele cobrava anualmente um valor, e como nunca tive financiamento, resolvi colocar todo o conteúdo do aplicativo no YouTube, porque lá não preciso pagar. O aplicativo era, basicamente, uma bula de remédio. Falava o que era a droga, quais eram os efeitos esperados e efeitos adversos que poderiam ocorrer, continha recomendações de redução de danos para cada substância, com dicas de cuidado para minimizar os riscos e os danos associados a esse uso. Quando migrei para o YouTube, percebi que tinha uma gama muito maior de possibilidades, porque poderia entrevistar pessoas e inserir elementos que enriqueceriam o conteúdo.

– Você já tem recebido retorno sobre os vídeos? Como lida com os comentários negativos?

– Meu objetivo é fazer vídeos para os usuários de drogas, eu falo para eles. Mas muitos profissionais de saúde e de assistência que atuam na questão das drogas vêm conversar comigo para dizer que o canal está ajudando muito. Os vídeos também estão sendo baixados do YouTube para serem usados em serviços de saúde com os usuários, como disparador de conversa. Eles fazem uma reunião, colocam o vídeo e depois abrem para debate com os usuários. Acho que o canal ainda circula muito entre as pessoas que fazem uso de drogas. Tem cerca de 3.500 comentários no canal inteiro e apenas 38 negativos. Mas acredito que, se um dia viralizar um vídeo, vou ter um pouco mais de problema.

– Você toma alguma precaução para não ser acusado de apologia às drogas?

– Os artigos 20 e 22 da Lei 11.343 falam que toda ação que visa à melhoria da qualidade de vida e informação para usuários de droga é redução de danos, então meu trabalho está previsto por lei. Ainda assim, presto muita atenção na forma de falar. Se eu digo “quando você usar droga” no vídeo, isso pode ser interpretado como forma de incentivo. Por isso, busco sempre usar expressões como “se você decidir usar, caso você decida usar”, que é para me resguardar.

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Veículo: Brasil 247

Editoria: Minas 247

Data: 21/05/2018

Link: https://www.brasil247.com/pt/247/minas247/355604/Justi%C3%A7a-inocenta-Margarida-Salom%C3%A3o-em-a%C3%A7%C3%A3o-de-improbidade-na-UFJF.htm

Título: JUSTIÇA INOCENTA MARGARIDA SALOMÃO EM AÇÃO DE IMPROBIDADE NA UFJF

A ação civil pública por improbidade administrativa, da qual a deputada federal Margarida Salomão era acusada, foi extinta na última quinta-feira (17) inocentando a ex-reitora. Ela concedeu entrevista coletiva nesta segunda-feira (21), comentando o resultado.

A sentença, proferida pelo Juiz Federal Marcelo Motta de Oliveira, além de inocentar a ex-reitora e os demais réus, aponta fragilidades na Petição Inicial em vários trechos. “A alegação foi, primeiramente, desconstruída pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e depois pelo próprio Ministério da Saúde. Por fim, o Ministério Público Federal que fez as acusações, reconhece nas alegações finais que se tratou de um erro crasso de avaliação contábil. Assim, a ação foi considerada na sua totalidade, inepta”, declarou a deputada, citando trechos da sentença.

Ao convocar a coletiva, a ex-reitora busca reestabelecer a exatidão dos fatos. “Nada é mais reparador que a verdade. Quero deplorar que uma sombra como esta tenha se projetado sobre a minha honra, por quase seis anos, sem fundamento”, declarou.

A ação, acatada em 2012, processo no TRF-1 sob nº 7668-17.2011.4.01.3801, tinha como objetivo analisar possíveis ilegalidades ou irregularidades no Convênio nº. 3.219/2001, celebrado entre a União e o Fundo de apoio ao HU, e o Convênio nº. 116/2003, firmado entre a União e a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Ambos os convênios tinham a finalidade de se conferir apoio financeiro para a construção do novo Hospital Universitário (CAS – Centro de Atenção à Saúde).

Na tentativa de individualizar as condutas, o Ministério Público, de forma equivocada, entendeu que Margarida Salomão, por ser Reitoria da UFJF à época dos fatos, seria “responsável direta pela má aplicação das verbas oriundas do Convênio nº. 116/2003”. Em sua defesa, além de contestar pontualmente todas as supostas irregularidades ou ilegalidades apontadas na auditoria, Margarida Salomão, demonstrou que auditoria não indicou, de modo claro e transparente, quais condutas dolosas ou mesmo culposas teriam sido por ela perpetradas.

Segundo a parlamentar, todo o prejuízo a sua reputação poderia ter sido evitado se os órgãos de controle tomassem mais cuidado na apreciação dos documentos e se prevalecesse o princípio constitucional de que todos são inocentes até que se prove o contrário. Margarida ainda comenta que, atualmente, indícios frágeis são usados para criminalizar agentes públicos com décadas de serviços prestados sem qualquer processo judicial desfavorável. Ela lembra o caso recente do ex-reitor Luiz Carlos Cancellier, que cometeu suicídio após ser alvo da ação.

“Sou incondicionalmente favorável à transparência na gestão pública. Mas as investigações devem ser efetuadas com o máximo de cuidado, pois assim como os culpados devem pagar pelos seus erros, os inocentes não podem ser condenados injustamente”, finalizou enfatizando a importância da ética nos meios de comunicação para que as pessoas não sejam condenadas antecipadamente, apenas pela divulgação de denúncias.

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Veículo: Diário Regional

Editoria: Cidade

Data: 21/05/2018

Link: https://diarioregionaljf.com.br/2018/05/21/ufjf-realiza-pregao-eletronico-para-instalacao-de-cantinas/

Título: UFJF realiza pregão eletrônico para instalação de cantinas

A Coordenação de Suprimentos (Cosup) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) realiza, no próximo dia 28, às 14h, um pregão eletrônico para concessão de uso de espaço físico pré-determinado e destinado à instalação de duas cantinas no campus Juiz de Fora. A iniciativa visa atender às demandas rotineiras da comunidade interna e externa da instituição. As cantinas estão no Centro de Ciências da Saúde (CCS) e na Faculdade de Economia. Os concorrentes devem seguir condições e exigências estabelecidas em edital já divulgado no portal www.comprasnet.gov.br.

De acordo com a pró-reitora adjunta de Infraestrutura e Gestão da Universidade, Janezete Marques, a Proinfra acompanha o processo de ocupação destes espaços, desde o período pré-licitatório até a manutenção dos novos equipamentos. “A Pró-reitoria atua no cálculo de uma estimativa do valor do aluguel, baseado numa metodologia científica, feita por engenheiros, assim como no cálculo médio do consumo de água e energia elétrica antes da licitação. Em seguida, com a cantina instalada, a Proinfra também atua analisando e fiscalizando as instalações, além da vistoria na coleta do lixo, feita pelo setor de Sustentabilidade”.

O pregão será realizado na modalidade “menor lance”. O valor mínimo da concessão, que corresponde ao valor da locação e será considerado como base para cálculo dos valores dos lances a serem oferecidos, é de R$ 1.800, ao qual será acrescida a taxa de água e luz, cujo valor é de R$ 870. Para participar, os proponentes devem atuar no ramo de atividade compatível com o objetivo da licitação, estar credenciados no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf) e não se enquadrar nos casos previstos no item 4.2 do edital.

É importante destacar que as propostas devem ser enviadas pelo próprio portal www.comprasnet.gov.br até a data e horário marcado para a abertura da sessão, com base no horário de Brasília (DF). Caberá ao proponente monitorar o andamento de sua proposição durante a etapa de lances. Quando esta se encerrar e após a verificação de possível empate, o pregoeiro examinará a proposta classificada em primeiro lugar quanto ao preço, a sua exequibilidade bem como quanto ao cumprimento das especificações do objeto.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 21/05/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/21-05-2018/ufjf-realiza-pregao-eletronico-para-instalacao-de-cantinas.html

Título: UFJF realiza pregão eletrônico para instalação de cantinas

A Coordenação de Suprimentos (Cosup) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) realizará um pregão eletrônico para concessão de uso de espaço físico pré-determinado e destinado à instalação de duas cantinas no campus Juiz de Fora. A iniciativa, que ocorrerá na próxima segunda-feira (28), às 14h, visa atender às demandas rotineiras da comunidade interna e externa da instituição. As cantinas estão no Centro de Ciências da Saúde (CCS) e na Faculdade de Economia. Os concorrentes devem seguir condições e exigências estabelecidas em edital já divulgado neste link.

O pregão será realizado na modalidade “menor lance”. O valor mínimo da concessão, que corresponde ao valor da locação e será considerado como base para cálculo dos valores dos lances a serem oferecidos, é de R$ 1.800, ao qual será acrescida a taxa de água e luz, cujo valor é de R$ 870. Para participar, os proponentes devem atuar no ramo de atividade compatível com o objetivo da licitação, estar credenciados no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf) e não se enquadrar nos casos previstos no item 4.2 do edital.

As propostas devem ser enviadas por este site  até a data e horário marcado para a abertura da sessão, com base no horário de Brasília (DF). Caberá ao proponente monitorar o andamento de sua proposição durante a etapa de lances. Quando esta se encerrar e após a verificação de possível empate, o pregoeiro examinará a proposta classificada em primeiro lugar quanto ao preço, a sua exequibilidade bem como quanto ao cumprimento das especificações do objeto.

Dúvidas sobre o processo podem ser tiradas pela Coordenação de Suprimentos da UFJF, no e-mail logistica.cosup@ufjf.edu.br  e nos telefones (32) 2102-3740/3741/3742.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 21/05/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/esportes/21-05-2018/3a-corrida-unimed-divulga-resultados-extraoficiais.html

Título: 3ª Corrida Unimed divulga resultados extraoficiais

Centenas de corredores de todas as faixas etárias participaram neste domingo (20) da 3ª Corrida Unimed, com prova de 7km e caminhada de 3km. A prova é a quarta do 32º Ranking de Corridas de Rua de Juiz de Fora.

Na categoria individual geral feminina, Amanda Aparecida de Oliveira, da Faculdade Granbery/Educação Física, foi campeã com o tempo de 26min41s. Aline Barbosa dos Santos Silva, também do Granbery (26min54s), e Claudete Nunes Lima, da Profit Running (28min05s), fecharam o pódio.

Na masculina, Matheus Moraes Batista, do Imperadores/Cria UFJF, foi o primeiro colocado, com tempo de 21min45s. Albertino da Silva Luz (22min08s) e Fábio Junior Corvelos Cond (22min16s), do Imperadores/Cria UFJF e da RB Team/Vem Correr, respectivamente, foram segundo e terceiro colocados.

Na categoria por equipe feminina, a Faculdade Granbery/Educação Física ficou na primeira colocação, enquanto na masculina, o Imperadores/Cria UFJF foi campeão.

Todos os resultados são extraoficiais. Nos próximos dias os organizadores divulgarão a lista final com a classificação.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 21/05/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/21-05-2018/juiz-de-fora-registra-menor-temperatura-minima-do-ano.html

Título: Juiz de Fora registra menor temperatura do ano

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou a menor temperatura do ano em Juiz de fora nesta segunda-feira (21). No termômetro oficial, localizado no campus da UFJF, a mínima chegou a 10,3 graus às 7h, sendo assim, o dia mais frio do ano até o momento. A temperatura máxima do dia não deve ultrapassar os 24 graus. Conforme a Cemig, a temperatura mínima no estado foi em Monte Verde: 1,6 graus negativos, menor temperatura do ano. Na região Metropolitana de Belo Horizonte, a semana também começou com céu claro e muito frio. Na capital mineira, a temperatura mínima foi 8,7°C, igualmente o dia mais frio do ano.

O frio que chegou neste final de semana deve se intensificar nos próximos dias. Ainda segundo o Inmet, a condição se deve uma massa de ar polar que avança do Sul para o Sudeste desde o fim da última semana. A sensação de frio aumenta principalmente à noite e de madrugada.

Ainda segundo o Inmet, o céu deve permanecer parcialmente nublado, com formação de nevoeiros ao amanhecer. As temperaturas podem variar entre 10 graus a mínima e 22 a máxima. O índice de umidade pode chegar a 80% pela manhã e 40% à tarde. A tendência é que a umidade permaneça baixa. Neste domingo (20), o índice chegou a 24%, o que configura estado de atenção, segundo a Organização Mundial de Saúde.

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Veículo: SIMI

Editoria: Notícias

Data: 21/05/2018

Link: http://www.simi.org.br/noticia/incubadoras-mineiras-dominam-final-de-desafio-de-incubação-e-aceleração-de-impacto.html

Título: Incubadoras mineiras dominam final de Desafio de Incubação e Aceleração de Impacto

Três das quatro incubadoras finalistas da Região Sudeste na 3ª edição do Desafio de Incubação e Aceleração de Impacto são mineiras. A incubadora do Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia da UFJF (Critt UFJF), a Farol Incubadora de Empresas e a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de Montes Claros (Inemontes) estão entre as 10 finalistas nacionais.

Parte do Programa de Incubação e Aceleração de Impacto, o desafio é uma iniciativa da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e tem como objetivo incentivar aceleradoras e incubadoras do Brasil para ampliar sua atuação como negócio de impacto social.

A 3ª edição do programa teve 40 inscrições, com representantes de 12 estados de quatro regiões do país. Os finalistas vão apresentar seus planos para um comitê que vai selecionar as quatro melhores incubadoras: uma de cada região do país.

Cada incubadora receberá um prêmio de R$ 10 mil, além de mentoria dos associados do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE) e vouchers do Sebrae para os negócios de impacto apoiados por eles.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Concurso e Empregos

Data: 21/05/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/empregos/21-05-2018/ufjf-abre-vagas-para-os-campi-juiz-de-fora-e-governador-valadares.html

Título: UFJF abre vagas para os campi Juiz de Fora e Governador Valadares

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) encerra, na terça-feira (22), o prazo de inscrições para os concursos que visam ao preenchimento de vagas de magistério do ensino básico, técnico e tecnológico para o Colégio de Aplicação João XXIII e do Magistério Superior para os campi de Juiz de Fora e Governador Valadares. As inscrições ainda podem ser feitas pelo site. A vaga para o Colégio João XXIII destina-se a licenciados em Educação Física, com conhecimento na área de educação para o ensino básico. O cargo exige dedicação exclusiva em regime de trabalho de 40 horas semanais, conforme edital. Já as vagas para o campus de Juiz de Fora destinam-se às faculdades de Enfermagem, Engenharia, Letras, Medicina, Instituto de Ciências Biológicas e Instituto de Ciências Exatas. Em Governador Valadares, as oportunidades são para o Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (Departamento de Direito) e para o Instituto de Ciências da Vida (Departamento de Medicina).

Também foi lançado o edital de terceira chamada para a seleção de professor visitante e/ou professor visitante estrangeiro pela Pró-reitoria de Gestão de Pessoas (Progepe) da UFJF. No total, são oferecidas cinco vagas para o campus de Juiz de Fora e uma para o de Governador Valadares. As inscrições vão até o dia 3 de junho. As vagas exigem dedicação exclusiv,a e o regime de trabalho previsto é de 40 horas semanais. Em Juiz de Fora, as vagas são para as faculdades de Administração e Ciências Contábeis, Economia, Engenharia, e para os institutos de Ciências Exatas e Ciências Humanas. Em Governador Valadares é para o Instituto de Ciências da Vida. A primeira chamada ocorreu em setembro de 2017, e a segunda, em fevereiro.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 21/05/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/esportes/21-05-2018/juiz-foranos-conquistam-uma-prata-e-tres-bronzes-no-brasileiro-sub-18.html

Título: Juiz-foranos conquistam uma prata e três bronzes no Brasileiro Sub-18

O quarteto do Cria UFJF fez bonito no Campeonato Brasileiro de Atletismo Sub-18, principal competição da faixa etária no país, e voltou de Pernambuco no domingo (20) com quatro medalhas. Em competição no Centro Esportivo Alberto Santos Dumont, em Boa Viagem, no Recife (PE), Pedro Oliveira conquistou a prata nos 3 mil metros e o bronze nos 2 mil metros com obstáculos. O terceiro lugar também foi obtido por João Victor Macedo, nos 110 metros com barreiras, e por Vivian Cristina, no heptatlo. A atleta Noemi Alves, que completou o quarteto juiz-forano, foi a sexta melhor nos 1.500 metros.

O mais novo da equipe local no evento, Pedro Oliveira, 16 anos, foi o vice-líder nos 3 mil metros com o tempo de 9min13seg69, e terceiro nos 2 mil metros com obstáculos após 6min08seg42 de prova. Já o companheiro João Victor Macedo, 17 anos, precisou de 14 segundos cravados para cumprir o percurso dos 110 metros com barreiras. Na disputa feminina, Vivian Cristina se mostrou uma atleta completa ao acumular 4084 pontos, contra 4294 da paulista campeã Thamyres da Silva. Já Noemi Alves chegou à marca de 5min06seg88, na sexta colocação nos 1.500 metros.

O evento registrou a participação de 744 atletas em representação de 110 clubes de 23 estados e o Distrito Federal. As participações dos jovens locais contaram com monitoramento dos técnicos do Cria UFJF Jorge Perrout e Renato Siqueira.

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