Professores de 152 municípios de Minas Gerais participaram, nesta sexta, 18, na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), da última etapa de formação sobre o Pacto Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), programa do governo federal que enxerga a alfabetização como um processo continuado.
Os encontros do Pnaic em Juiz de Fora estão sendo realizados em parceria com a Universidade e o Colégio de Aplicação João XXIII. O programa, que visa garantir que todas as crianças sejam alfabetizadas até os 8 anos de idade ou até o final do terceiro ano do ensino fundamental, é dividido em três eixos: educação infantil, ensino fundamental do primeiro ao terceiro ano e Programa Novo Mais Educação (PNME), dedicado aos alunos com defasagem na aprendizagem.
A coordenadora de formação do Pnaic e professora do Colégio de Aplicação João XXIII, Rita de Cássia Araújo, ressalta que incentivar o gosto pela leitura nos primeiros anos na escola facilita a alfabetização. “Na educação infantil as professoras não têm a obrigação de alfabetizar, mas elas entendem que é um processo e que trabalhar com a consciência fonológica, com as cantigas de roda, com a literatura principalmente, vai influenciar a criança a gostar de ler, de contar e ouvir histórias.”
Durante a manhã, professores da educação básica se reuniram ao lado do jardim sensorial para contações de histórias, rodas de músicas e de leitura, com o objetivo de proporcionar a vivência prática e a ampliação cultural dos profissionais. À tarde, foi realizada a palestra “Currículo e avaliação na educação infantil”, ministrada pela professora da UFJF, Rita Coelho, no Instituto de Ciências Biológicas (ICB).
Já os professores do ensino fundamental que dão aula do primeiro ao terceiro ano compareceram à palestra sobre o trabalho com a Língua Portuguesa e alfabetização sob a perspectiva da base curricular nacional comum, com a professora da UFJF Hilda Micarello. A programação também contou com a palestra “A palavra encantada – Formando leitores e autores”, ministrada pela professora Andrea Serpa, da Universidade Federal Fluminense (UFF), no Instituto de Ciências Humanas (ICH).
No Centro de Ciências, Graciele Fernandes Matos e Tatiane Moraes compuseram a mesa “Pnaic e PMNE – Desafios e perspectivas”. Os profissionais que trabalham com o PMNE tiveram oficinas sobre o tema no ICH. Neste sábado, 19, estão previstas oficinas para os três eixos, que acontecem no Colégio de Aplicação João XXIII.
Rita lembra que, embora este seja o último encontro do Pnaic, a Universidade e o Colégio de Aplicação João XXIII estão abertos para auxiliar na continuidade da formação e que os municípios podem procurar as instituições para atrelar projetos. “Estamos aqui para lançar sementes para que isso não se acabe. Então os municípios podem vir aqui tanto para fazer formação quanto para solicitar que nossos professores estejam nos municípios com projetos de pesquisa ou de extensão”, destaca a coordenadora.