O Cine-Theatro Central sediou na tarde desta sexta-feira, 16, a abertura dos Seminários Presenciais do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic) 2017/2018, com a presença de profissionais da educação de 152 municípios mineiros. O encontro tem o objetivo de proporcionar aos participantes experiências, reflexões, diálogos e debates sobre as práticas pedagógicas que envolvem o processo de alfabetização, com foco na leitura e na escrita, bem como no processo de transição da educação infantil para o ensino fundamental e o direito à infância.
O evento contou com uma roda de conversa com o tema “Leitura e escrita: processos de transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental e o respeito a infância”, entre as professoras a professora da Faculdade de Educação da UFMG, e uma das organizadoras da coleção Leitura e Escrita na educação Infantil, Mônica Correa Baptista, e Luciane Manera Magalhães, professora da Faculdade de Educação da UFJF e coordenadora do grupo de estudos Alfabetize, desta mesma instituição.
Elas abordaram temáticas da alfabetização, letramento, leitura e escrita e pensaram soluções para o aprendizado. “Devemos apoiar as crianças na apropriação da linguagem e não somente ensinar a escrever. Apoiar o processo de interação das crianças com mundo e com as linguagens”, afirmou Mônica.
Segundo a coordenadora de Formação do Pnaic, Rita Araújo, o objetivo do evento foi acolher os profissionais e iniciar o processo de formação, o qual reconhece como processo de desenvolvimento profissional docente. Ela ressalta a importância da participação do Colégio de Aplicação João XXIII, que indica um reconhecimento do papel da escola no processo de formação inicial e continuada de professores. A diretora do Colégio, Eliete Verbena, complementa. “O João XXIII vem reafirmando seu compromisso com a educação pública de qualidade.”
O Pnaic, é um compromisso formal assumido pelos governos federal, do Distrito Federal, dos estados e municípios de assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do ensino fundamental. A superintende Regional de Ensino, Fernanda Cristina Ferreira, afirma que além de fortalecer o Pnaic, é preciso fortalecer a educação como um todo. “Precisamos ter clareza sobre qual concepção de alfabetização está subjacente à nossa prática. Precisamos inovar, revolucionar, com objetivo em comum de diminuir as desigualdades educacionais.”
Presente no evento, a vice reitora da Universidade Federal de Juiz de Foea (UFJF), Girlene Silva, destaca a importância da persistência dos professores na educação de qualidade. “Peço que vocês não desistam, porque nós não vamos desistir. Essa luta é nossa e precisamos trazer a sociedade para a compreensão de que a educação pública de qualidade é um direito de todos.”
A formadora local e professora de educação especial em Tombos, Nanci de Paula, afirma que o evento incentiva os professores ao trabalho com o Pnaic e que a partir das falas e teorias aprendidas durante os seminários, o trabalho dentro de sala de aula será repensada para oferecer uma melhor educação.
Para encerrar o evento, a ex-aluna do João XXIII e contadora de histórias, Alessandra Visentin, que atualmente reside em Lagoa Santa e desenvolve projetos literários na região, contou histórias para o público, interagindo e usando técnicas para imersão nas histórias contadas. Alessandra formou-se na primeira turma de Magistério do Colégio e afirma que é muita emoção ser convidada a participar. O evento também contou com apresentação do coro acadêmico da UFJF, com arranjos e peças de diversas obras e compositores.
Os trabalhos continuam no sábado, dia 17, com mais conversas e 8 horas de formação no Colégio de Aplicação João XXIII. Os convidados retornarão à cidade nos meses de maio e abril para dar continuidade ao processo.