Nesta quinta-feira, 1º de março, foram realizadas as primeiras defesas de dissertação de Mestrado no campus Governador Valadares da Universidade Federal de Juiz de Fora, no Programa Multicêntrico de Bioquímica e Biologia Molecular (PMBqBM).
Oferecido há dois anos pela UFJF-GV, o PMBqBM busca criar uma rede produtiva entre pesquisadores de programas de pós-graduação consolidados e pesquisadores de diversas instituições públicas do país em que a implantação de programas independentes ainda não é possível.
Intitulada “Avaliação in vitro do efeito citotóxico e imunomodulador de derivados de ácido ursólico”, o trabalho de autoria da mestranda Elaine Carlos Sherrer Ramos testou compostos inferindo possibilidades de atividade contra células tumorais e atividade imunomoduladora (anti-inflamatória).
Orientada pela professora Sandra Bertelli, Elaine foi aprovada A e tomou-se a primeira mestre pelo PMBqBM na UFJF-GV. “Eu vim de Belo Horizonte há 17 anos e deixei uma outra linha de pesquisa lá, que é fisiologia médica. Depois de tanto tempo a UFJF-GV me propiciou a possibilidade de trabalhar com cultivo celular, com várias metodologias que eu não tinha contato. Com o apoio dos amigos que fiz aqui, me esforcei e consegui aprender um pouco sobre o tema”, destacou.
Para Sandra Bertelli, esta primeira defesa demonstra a evolução da pesquisa no campus mesmo com tantos desafios estruturais existentes. “A Elaine fez uma excelente apresentação, é extremamente dedicada. Que este exemplo reflita nos demais alunos na pós-graduação e estimule os alunos da graduação”.
Também nesta quinta-feira, a mestranda Mariany Lopes Folly e servidora técnica-administrativa na área de Microbiologia do Departamento Básico da UFJF-GV foi aprovada com conceito A na dissertação intitulada “Avaliação da atividade antifúngica in vitro das folhas de Xylosma ciliatifolium (Clos) Eichler (Salicaceae) frente a Cryptococcus gattii e Cryptococcus neoformans”. A Xylosma ciliatifolium (Clos) Eichler (Salicaceae), é uma planta da Mata Atlântica Brasileira, conhecida como Sucará, Açúcará ou Espinha de Judeu, no sentido de combater o fungo Cryptococcus.
Segundo Mariany, o fungo acarreta doenças em indivíduos com o sistema imunológico comprometido, como o caso de pessoas soropositivas. “Testamos a atividade da Sucará, uma planta nativa da Mata Atlântica Brasileira frente a esses fungos, e ela apresentou bons resultados, matou os fungos em uma concentração muito baixa”.
Orientada pela professora Karen Lang, Mariany também foi aprovada.