Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Notícias

Data: 25/02/2018

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/grupo-divulgacao-da-ufjf-abre-inscricoes-para-cursos-de-teatro-em-juiz-de-fora.ghtml

Título: Grupo Divulgação, da UFJF, abre inscrições para cursos de teatro em Juiz de Fora

O Centro de Estudos Teatrais – Grupo Divulgação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) abre nesta segunda-feira (26) as inscrições para os cursos de teatro.

Serão 25 vagas para cada uma das três modalidades oferecidas: Iniciação ao Teatro, Mergulhão Teatral e Workshop de Interpretação para a Terceira Idade, com alunos divididos conforme a faixa etária.

Os adolescentes e as pessoas acima de 45 anos devem se inscrever até a próxima sexta-feira (2). Os universitários e jovens acima de 18 anos têm até 9 de março.

O atendimento será feito de segunda a sexta-feira, das 14h às 18h, na sede do Grupo, no Fórum da Cultura, na Rua Santo Antônio 1.112, Centro. Outras informações no telefone (32) 3215-3850.

Mais sobre os cursos

A Iniciação ao Teatro é direcionada aos adolescentes entre 14 e 17 anos. Eles terão a possibilidade de entrar em contato com disciplinas de formação cultural e técnica nos módulos de Treinamento Corporal, Expressão Vocal, Improviso e Prática de Montagem.

As aulas começam no dia 6 de março, com encontros às terças e quintas-feiras, das 16h às 18h.

O Mergulhão Teatral é voltado para universitários e adultos acima de 18 anos. As oficinas introduzem os alunos nas diversas modalidades da cartografia cênica e a participação nos espetáculos montados pelo Grupo Divulgação.

O curso terá duração de 30h entre os dias 12 a 27 de março, das 19h às 22h, com encontros extras no sábado, 25, e domingo, 26. A oficina será encerrada com uma apresentação pública no dia 27 de março.

O Workshop de Interpretação para a Terceira Idade foi criado há mais de 20 anos e é referência na área. A partir de 6 de março, os encontros às terças e quintas-feiras, das 14h às 16h envolvem atividades de integração do grupo, afetação comportamental, preparação dos integrantes com improvisos e conhecimento de cultura teatral.

A prática de montagem inclui a participação em espetáculos semestrais abertos ao público.

Grupo Divulgação

O Centro de Estudos Teatrais (CET) Grupo Divulgação é um núcleo de ensino, pesquisa e extensão em artes cênicas. O início foi como um grupo de teatro universitário, em 1966, na antiga Faculdade de Filosofia e Letras.

Ligado à Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), atua como grupo de pesquisa em artes cênicas, possibilitando, através do ensino, a difusão de conhecimentos e a extensão de uma produção teatral junto às comunidades, visando a inclusão social e a construção de cidadania.

Formado por professores e acadêmicos, o Divulgação produz espetáculos com os grupos de universitários, de secundaristas e o da terceira idade.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 25/02/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/25-02-2018/jf-tem-pluviometros-desativados-por-falta-de-manutencao.html

Título: JF tem pluviômetros desativados por falta de manutenção

Mais da metade dos 30 pluviômetros espalhados por toda a cidade, e monitorados pela Defesa Civil, está desativada por falta de manutenção. Instalados em 2013 pelo Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), para contribuir no trabalho de reforço na prevenção contra desastres, os dispositivos estão, gradativamente, deixando de transmitir as informações em tempo real. Levantamento da Tribuna aponta que dos 30 equipamentos, 19 estão inoperantes, sendo 13 deles desde o ano passado. Sem estes dados, a Defesa Civil tem prejudicado o seu acompanhamento histórico de precipitações por áreas do município, o que pode dificultar o planejamento de médio e longo prazos para reduzir danos causados por tempestades. O órgão local confirma que a falta de manutenção é a responsável pelo problema, embora enfatize que esta seria uma atividade de responsabilidade do Governo federal. Na época da instalação dos pluviômetros, a estimativa era que o custo de manutenção mensal fosse de aproximadamente R$ 60 mil.

Os pluviômetros são equipamentos usados por meteorologistas e profissionais que trabalham no atendimento a desastres, como Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, para compreender a intensidade de determinada chuva e minimizar o tempo de respostas. Além destes 30 pluviômetros, existe outro, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), instalado no Campus da UFJF. No entanto, embora os dados coletados desde a década de 1920 pelo Inmet permita construir uma série histórica de meses mais e menos chuvosos, esta não consegue, sozinha, mostrar a realidade de todo o município. Isso ocorre porque as precipitações são distribuídas de forma não linear, isso é, enquanto uma forte tempestade pode atingir a Zona Norte, este mesmo evento pode chegar à Zona Sul apenas como chuviscos. Por isso a importância da distribuição ampla de dispositivos por várias áreas do município.

Em nota, o Cemaden confirmou que chegou a ter 33 pluviômetros automáticos em Juiz de Fora. Este modelo é o que possibilita a transmissão de informações em tempo real para um sistema nacional. No entanto, para operar, precisa de acesso à internet por meio da rede de dados móveis das operadoras de telefonia celular, apontada como um dos problemas para a interrupção dos trabalhos de parte dos equipamentos. Dos 33, de acordo com o Cemaden,três foram desativados, um por furto e dois por estarem instalados em agências bancárias, cujas parcerias não foram renovadas. Dos demais 30 – incluindo um de informações hidrológicas sobre o Rio Paraibuna, conforme o Cemaden, “11 estão em operação e 19 estão inoperantes por problema técnico na falha de transmissão de dados pelo sistema de telefonia celular e problemas eletrônicos que demandam intervenção de técnicos especializados”.

Manutenção prevista

O Cemaden garantiu que, em 2018, os recursos para manutenção em todo o país estão assegurados até outubro, sendo que em Minas Gerais, os trabalhos estão previstos para os meses de abril e maio. Juiz de Fora seria prioridade neste atendimento. Ainda segundo o Cemaden, as manutenções anuais ocorreram normalmente em 2014, 2015 e 2016, sendo interrompidas em 2017. Isso teria ocorrido, entre outros fatores, por contingenciamento de recursos orçamentários e por um problema causado pela transição entre dois contratos com a empresa de telefonia móvel responsável pela transmissão dos dados em tempo real.

Também em nota, a Defesa Civil do município confirmou que parte dos pluviômetros está desativada por falta de manutenção. Ainda assim, salientou que esta situação não impede o trabalho preventivo, apesar de considerar que os equipamentos contribuam “muito” para o trabalho do órgão. Entre outras ferramentas usadas nas atividades, a Defesa Civil destacou os dados de sistema de climatologia que possuem alertas de precipitações, riscos de deslizamentos, entre outros dados. “Além disso, a Defesa Civil possui agentes voluntários que estão dentro das comunidades e fazem contato direto com a equipe de prevenção e resposta quando está acontecendo uma precipitação muito forte e/ou atípica em alguma localidade.”

Segundo a Defesa Civil, outras informações sobre tempestades fortes são informadas pela própria comunidade, por meio do 199, canal usado, ainda, para solicitar orientações e avisar de possíveis problemas, antes mesmo que eles ocorram. Além disso, há as estações hidrológicas da Agência Nacional de Águas (ANA), que monitoram a vazão e o nível do Rio Paraibuna e funcionam como aliada para evitar inundações. Antes de 2013, afirma a Defesa Civil, a cidade contava apenas com pluviômetros feitos de garrafa PET, sem a transmissão de dados em tempo real. Era necessário ir ao local fazer a medição da quantidade de chuvas.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 25/02/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/25-02-2018/o-teatro-de-juiz-de-fora-cabe-no-paschoal-carlos-magno.html

Título: O teatro de Juiz de Fora cabe no Paschoal Carlos Magno?

Prólogo

Em 1979, estreava em Juiz de Fora a peça “Nem tudo é azul no país azul”, dirigida por José Luiz Ribeiro, junto ao Grupo Divulgação, que, naquele ano, já completava mais de uma década de dramaturgia na cidade. Em uma das noites de espetáculo, em época de temporadas longevas, uma das cadeiras estava sendo ocupada por Paschoal Carlos Magno. O teatrólogo e crítico já havia estado em Juiz de Fora outras vezes, acompanhava e admirava a produção do Divulgação, bem como vivia em prol de viajar pelo Brasil reconhecendo talentos artísticos. Muitos espetáculos neste ano estavam acontecendo em apoio à Aldeia de Arcozelo, hoje Centro Cultural Paschoal Carlos Magno, em Paty do Alferes, Rio de Janeiro. Idealizado por Paschoal, o espaço foi aberto em 1965 como uma residência artística para jovens de diferentes lugares. Paschoal havia contestado, em rede nacional, sobre a falta de apoio das autoridades em relação àquela ideia.

Em outro assento da plateia, estava o então prefeito Francisco Antônio de Mello Reis, inspirado pelas artes, além de frequentador, apoiava a “efervescência” cultural do momento. O ovacionar da plateia silenciava, quando Paschoal chamou a atenção do prefeito para a necessidade de se construir um teatro público para a cidade. Naquela época, o Cine-Theatro Central pertencia à Companhia Central de Diversões e, ainda assim, era coerente com a produção um espaço de porte médio. O Teatro Paschoal Carlos Magno nasceu da espontaneidade. Naquela noite Mello Reis prometeu que o faria.

A Funalfa havia sido criada em 1978 e efetivamente começado a atuar em 1° de janeiro de 1979, ano em que foi anunciado o novo teatro. No ano seguinte, a fundação divulgava o nome do Stephan Cleobule Eleutheríades, arquiteto e artista plástico modernista, como vencedor da concorrência para elaboração do projeto arquitetônico. Em 1º de julho de 1981, segundo consta em arquivos do jornal “Tribuna da Tarde”, a área do teatro começou a ser levantada pela companhia Serveng-Civilsan na Rua Gilberto de Alencar, nome de jornalista e escritor juiz-forano. Todo o sonho de um espaço impulsionador da cultura, naquele momento, foi cessado meses depois com a paralisação das obras. De lá para cá, o Teatro fez muitas manchetes de jornal, inclusive um alarme em 1998, durante o governo de Tarcísio Delgado, quando possivelmente o terreno entraria em uma lista de endereços à venda.

Espaço Aberto

ATO I

Personagens de uma história

“A polêmica resgata uma discussão de 15 anos: o destino do teatro inacabado”. Esta frase está escrita em uma edição de 23 setembro 1995 da Tribuna. Hoje, em 24 de fevereiro de 2018, 23 anos depois, a polêmica é atualizada para: “O destino do teatro acabado”.

Com a informação de que o Teatro Paschoal Carlos Magno será inaugurado na próxima sexta-feira (2), a Tribuna começa hoje a série de reportagens “Atos de um Teatro”, buscando entender o processo histórico do espaço e, principalmente, qual é o teatro de Juiz de Fora atualmente, em sua pluralidade de linguagem. Para isso, convidamos representantes de núcleos artísticos que estiveram e/ou estão ligados ao teatro desde 1980. No fim da tarde da última quarta-feira (21), recebemos nove integrantes da cena, entre atores, produtores, diretores e dramaturgos para uma ampla discussão.

O ano de 2015 foi um marco para a viabilização da reconstrução do teatro, através de recursos da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). Nesta época, a atriz Sandra Emília Costa acabava de deixar o cargo de representante das artes cênicas do Concult (Conselho Municipal de Cultura), após dois mandatos. Toninho Dutra respondia como superintendente da Funalfa, enquanto Carú Rezende, atriz do Corpo Coletivo e criadora do Espaço OAndarDeBaixo, trabalhava como assessora de cultura da instituição. O ator, diretor e pesquisador Hussan Fadel, parceiro de Carú, havia acabado de estrear no teatro com a “Casa dos Espelhos”, escrita e dirigida por ele. Ainda em 2015, o produtor cultural, ator e diretor Marcos Marinho, que organizava festas no esqueleto do teatro, havia acabado de estrear “Perdida! Electra num mundo de palhaços”, primeiro espetáculo da Caravana de Palhaços do Mezcla. Gueminho Bernardes, do Teatro de Quintal, também já havia ocupado o prédio organizando festas, bem como Henrique Simões, ator e diretor de muitas peças antes mesmo do anúncio da construção do Paschoal, como “Missa Leiga”.

O dramaturgo Tarcízio Dalpra Jr., por sua vez, nasceu no mesmo ano da conversa entre Paschoal Carlos Magno e Mello Reis, em 1979. Enquanto as discussões, verbas e intenções políticas de retomar o espaço e intervir na situação do teatro ora ganhavam força, ora permaneciam quietas – e, durante governos, ficaram praticamente intocadas -, Tarcízio foi crescendo, conhecendo a dramaturgia, se apaixonando pela escrita teatral. Fundou a Companhia Putz com a união de dez amigos que se formavam pelo Teatro Academia, entre eles Sandro Massafera e Zezinho Mancini. Em 2018, junto ao anúncio da abertura do novo-antigo espaço, um texto de Tarcízio é a única montagem teatral em cartaz na cidade: “Circo de baratas”, dirigida por Luís Gustavo Mandarano.

ATO II

“Qual é o teatro de hoje em Juiz de Fora?”

Esta pergunta deu início a uma conversa de aproximadamente duas horas na Redação da Tribuna. José Luiz Ribeiro prontamente se atentou para os muitos teatros e as muitas linguagens experimentadas na cidade, que sempre teve a vanguarda como vislumbre. “A grande transformação é que o teatro agora não tem mais uma única sala de espetáculo, houve uma implosão dos espaços. Se antigamente havia um lugar para 400 ou 500 pessoas, agora a gente tem um monte de pequenos espaços e muita pesquisa. Juiz de Fora é uma cidade voltada, desde 1950, sempre para a frente. E a gente vê uma explosão de quantidades de grupos, lugares que estão sendo feitos, e isso é maravilhoso. O público está cada vez mais se dividindo, não há mais um público único de teatro, há um público tribal e uma multiplicação com todas as linguagens.”

Tarcízio Dalpra responde, analisando a mudança da distribuição das produções, dizendo que não há mais as longas temporadas de teatro, os espetáculos que ficavam três ou até oito meses em cartaz. Agora se restringem a um fim de semana. “Você tem às vezes um fim de semana em um lugar, depois consegue pegar outro fim de semana em outro espaço, ficando meio nômade. Eu sinto falta dessas longas temporadas, desses espetáculos que a gente visualiza amadurecendo e crescendo, em dois ou até três momentos diferentes. Com exceção do Grupo Divulgação, não temos outra companhia dedicada a projetos mais longevos de apresentação.”

Assessora da Casa de Cultura da UFJF, Sandra Emília, com 45 anos de carreira na atuação, lamenta-se com nostalgia: “Tem surgido muita garotada pedindo espaço para ensaio. Tem muita gente de fora que está se mudando para cá e criando grupos. Muitos deles dizem que Juiz de Fora oferece espaços, e eu não entendo o porquê, já que há escassez tanto para ensaios quanto para apresentações”.

“Estas longas temporadas não ocorrem mais por ausência de público?”, indaga retoricamente Henrique Simões. “Será que as produções não são suficientemente chamativas para interessar o público?”, rebate Sandra. “Teatro é a única modalidade de arte que só pode existir com a presença do público e em tempo real. Aquela experiência é ao vivo e junto à plateia. Não existe teatro no Youtube. Então quem mais está sofrendo com esta transformação da era digital é o teatro. Estamos vivendo um período dramático de escassez de público sim. A nova geração não está sendo apresentada ao teatro e não existe teatro sendo ofertado. Essa nova dinâmica, com essa diáspora para pequenos grupos, 20, 30 pessoas, eu não vejo isso com tão bons olhos. Me parece mais uma medida de resistência de quem tem profundo amor pela pesquisa e vai sobrevivendo desta forma em pequenos espaços”, avalia Gueminho.

Marcos Marinho se atenta não somente para a mudança de interesse do público, mas para a mudança da forma. “O que é Teatro?”, pergunta Carú a todos. “A questão não é apenas a de espalhar o público, mas de existir um outro tipo de público mais interessado em trabalhos intimistas. Não é questão de quantidade, mas de forma e de linguagem. As pessoas querem proximidade”, reflete Marinho.

O modo de se fazer teatro, pensado como experiência real diante da virtualização, é a grande questão da tendência em cena. “É importante pensar como o contexto interfere, no sentido de que não havia meios, então como os grupos fazem teatro?”, questiona Hussan. “Os grupos pedem salas emprestadas, às vezes em pequenos lugares, pequenos núcleos, com elencos reduzidos. Talvez o Paschoal possa vir para oxigenar um pouco isso. Aqui a gente não faz teatro para palco italiano, é raro ser como o Grupo Divulgação, que tem um histórico. O meio interfere no fazer, e o fazer vai deixando de buscar uma plateia de 400 pessoas. A gente não pode falar do Teatro Paschoal Carlos Magno apenas para apresentar um espetáculo nos moldes que está sendo feito hoje na cidade”, defende o diretor e pesquisador.

Para Toninho Dutra, que presenciou a retomada das obras do novo espaço, a cidade produz uma pluralidade de expressões capazes de ocupar o palco, mesmo que num tipo clássico. “Não é uma quimera a inauguração deste teatro”, argumenta, certo de que é a mesma a lacuna apontada por Paschoal Carlos Magno em 1979, no término de “Nem tudo é azul no país azul”. “O Paschoal vai interferir na produção teatral da cidade, porque os grupos jamais pensam, hoje, em um trabalho que chegue no Cine-Theatro Central. Poucos grupos se arriscam em se apresentar em espaços privados arcando todos os custos, porque a galera faz trabalho independente, muitas vezes sem patrocínio”, expõe Hussan, indicando que um novo espaço sugere exercício e risco. “Normalmente, a plateia fica reduzida, e vai para uma proposta mais intimista, com elenco reduzido, o que permite outra relação com o espectador, e essa é uma tendência geral do teatro contemporâneo.”

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 25/02/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/25-02-2018/jovens-em-busca-de-suas-vocacoes.html

Título: Jovens mudam de cursos atrás de suas vocações

Aos 18 anos de idade, o estudante Vítor de Assis Almeida conquistou uma vaga no curso de Medicina da UFJF pelo Pism. Hoje, aos 24, já não está mais no curso, que é um dos mais disputados nas universidades do país. Ao chegar no oitavo período da graduação, o jovem resolveu trancar a matrícula por entender que sua escolha tinha sido equivocada. Sem temer os julgamentos, Vítor seguiu o caminho pelo qual sua vontade o conduzia. O antes estudante de Medicina agora cursa o terceiro período de Educação Física. A decisão do aluno, apesar de parecer incomum, tem ocorrido cada vez com mais jovens que entram muito cedo nas instituições de ensino superior e se deparam com profissões com as quais não se identificam, precisando recomeçar a vida acadêmica em outra graduação.

Vítor explica que havia escolhido a Medicina por uma “dívida de gratidão”, já que os consultórios médicos eram rotina em sua infância devido a problemas respiratórios e a um braço cinco vezes fraturado. “Os médicos representavam um alívio para mim.” Para o estudante, escolher ser médico não era algo difícil, porém, a profissão exige muito estudo e, dependendo da especialidade, os plantões são exaustivos, o que nem sempre é lembrado na hora da escolha. “Acho que isso foi uma falha minha. Eu estava em um bom colégio, tinha condições de fazer uma boa prova, então não pesquisei muito, não foi algo que chegou a me incomodar. Mas isso, de certa forma, me prejudicou, porque, no início da faculdade, era legal, mas depois fui realmente percebendo as particularidades da profissão, do dia a dia de um médico.”

A psicopedagoga Eliani de Lima Villas Gomes observa que o caso de Vítor é mais comum do que se pensa. Para ela, o desconhecimento também faz parte do processo de escolhas equivocadas. “As informações que a maior parte das pessoas tem é de senso comum. O jovem cresce com pré-conceitos.” Ela diz que os estudantes podem se perder em meio a tantas informações que circulam, inclusive pela internet, e não conseguem saber, de fato, como atua aquele profissional em seu campo de trabalho.

‘É isso que eu quero fazer?’

A pergunta “é isso que eu quero fazer?” começou a rondar os pensamentos de Vítor quando ele iniciou os estágios de urgência e emergência no Samu. Lidar com situações de crise e ver de perto o sofrimento de vítimas e familiares o fez repensar sua escolha. Em um período de greve da faculdade, e, posteriormente, de congelamento da matrícula, Vítor teve tempo para refletir sobre a profissão. Ele se dedicou ainda mais aos estudos, para tentar encontrar alguma área que o interessasse mais, porém, quando voltou às aulas, constatou que a Medicina não era o que o fazia feliz. “Chegou certo momento que vi que eu não estava realizando aquilo de uma forma natural, estava fazendo com uma grande responsabilidade, com um peso nas costas e mais pelo medo de fazer algo errado, de cometer algum erro médico do que realmente estar gostando de estar ali. Eu não estava lidando bem também do ponto de vista psicológico com a questão do sofrimento humano, de estar diariamente vendo as situações de angústia dos pacientes, e as limitações de material, de equipamento…”

Antes da decisão, ele procurou orientação de professores, psicólogos e amigos. A reação dos familiares e amigos de Vítor foi quase unânime: “A maioria das pessoas falava que era para eu continuar. ‘Ah, termina o curso, depois você vê o que você faz’, alguns eram mais incisivos e diziam ‘Você vai se arrepender, essa é a pior decisão da sua vida’. Eram pouquíssimos aqueles que me incentivavam diante das conversas que tínhamos.”

Mesmo diante de pouco apoio, ele optou por aquilo que trazia tranquilidade à consciência. Trancou o curso de Medicina. Ele diz que é muito questionado de porquê não trabalhar no ramo de medicina esportiva, e a explicação é sucinta. “O foco é outro. Um professor me disse ‘Medicina é um curso da doença, não é um curso da saúde’, e de fato a gente está lá para pensar em um diagnóstico e tratamento. É lógico que temos noções de prevenção e promoção da saúde, mas o foco principal, o papel do médico, na maioria das suas atuações, é no processo saúde-doença, e na medicina esportiva não é diferente. O que eu de fato queria era trabalhar com promoção da saúde, com prevenção, com treinamento esportivo, não era o foco da Medicina.”

A entrada na Educação Física foi um processo natural para Vítor diante da paixão pelos esportes. E, apesar de se dizer feliz e tranquilo, faz críticas ao sistema de ensino das universidades. “Não é a faculdade que vai te fazer um bom profissional, é de fato aquilo que você busca, aquilo que fizer com dedicação para ser um profissional diferenciado. Mas estou ciente e sempre com o pensamento muito crítico de que o sistema de universidade e faculdade é algo que não funciona bem e que a gente acaba tendo que passar por situações que não contribuem para nossa formação.”

Quando um caminho leva ao outro

Caminhos cruzados também levaram a estudante Monique Bonfante, 28, a encontrar a carreira que ela sempre quis, a de engenheira civil. Há oito anos, iniciou o curso de Comunicação Social. Ela escolheu a área, pois sonhava ser cineasta: “Eu queria trabalhar com audiovisual, com filme, produção. E escolhi Comunicação, pois era um curso que tinha em Juiz de Fora e poderia me proporcionar seguir com este foco.” Ela diz que já tinha uma noção de como era o curso de Jornalismo, já que optou por esta habilitação. “Até gosto muito da profissão, sou apaixonada por ela.” No entanto, Monique passou a perceber que não se sentia mais satisfeita no curso quando constatou que “não havia um mercado sólido em Juiz de Fora” na área almejada e teria que se mudar da cidade para atuar no ramo, ou empreender. Ela diz que a desistência da habilitação, na qual permaneceu por dois anos, aconteceu de forma natural e também por motivos financeiros.

Após desistir do Jornalismo, a estudante ingressou no curso de Design de Interiores, com duração de quatro períodos, motivada por um tio bem-sucedido na área. Neste, ela se formou, e, foi por meio do curso, que conheceu a Engenharia Civil, ramo que já admirava. Apesar de ter sido aprovada no vestibular de Arquitetura da UFJF, ela resolveu que iniciaria o curso de Engenharia Civil em outra instituição, aos 23 anos. “Foi aí que eu descobri realmente a minha profissão, o meu sonho. Foi a melhor decisão que eu tomei na minha vida, não me arrependo em nenhum momento”, conta a quase engenheira, que faz estágio na área e que recebe o tão sonhado diploma em julho deste ano. Ela ainda acrescenta que está muito realizada, já que, em seu atual ramo, há diversos nichos de atuação. Ela garante que a Comunicação Social e o Design de Interiores foram etapas que a ajudaram, de alguma forma, em sua atual carreira.

A contramão

Fazendo o caminho oposto de Monique, Pedro Sarmento, 21, deixou a Engenharia Civil para iniciar Jornalismo. A vontade de sair da Engenharia surgiu há cerca de um ano e meio. “Quando cheguei nas matérias mais específicas, percebi que não me adaptava bem. Eu não estava me identificando com o curso da maneira que eu esperava.” Pedro recebeu o apoio dos pais para fazer a mudança, apesar de terem ficado surpresos em um primeiro momento. “Sem o apoio dos amigos e da família fica muito difícil a pessoa tomar um tipo de decisão dessa.” Ele diz que havia optado pela primeira graduação porque tinha um bom desempenho em exatas na escola. “Eu não posso fazer Engenharia por simplesmente gostar de matemática, do mesmo jeito que eu não posso fazer Direito e Letras por gostar de português. São parâmetros completamente diferentes na faculdade e no ensino médio, e eu só pude perceber isso lá dentro”. Pedro diz ter feito um teste vocacional no último ano do ensino médio, que não apontou para a Engenharia, mas devido às boas recomendações, resolveu ingressar no curso.

A escolha pelo Jornalismo se deu por causa da paixão antiga por esportes. Do início da nova caminhada e olhando para o futuro, Pedro espera passar pelo curso absorvendo tudo o que puder. “Quero colocar em prática da maneira que eu sempre sonhei, com esporte, trabalhando com isso. Espero aprender muito e estou muito ansioso”, diz, animado, o estudante que iniciou o primeiro período de Jornalismo neste semestre.

Fatores que levam à frustração com o curso escolhido

A psicopedagoga Eliani de Lima Villas Gomes pondera que diversos fatores podem frustrar as expectativas que os jovens nutrem com relação à carreira. A influência da família, que não permite que escolha aquilo que ele tem vontade é um destes fatores. A pouca experiência aliada às muitas opções de cursos também pode influenciar negativamente na decisão. Muitas vezes, o estudante não possui orientação e fica perdido com a variedade de opções possíveis.

Mas a psicopedagoga destaca dois fatores. O primeiro é o imediatismo. “O jovem quer logo ver a prática do curso, o que, no geral, vai acontecer mais para o final, quando se iniciam os estágios. Há um tempo para obter resultados do curso, não só para absorver conhecimento, mas para conseguir um lugar no mercado de trabalho.” E também o fator financeiro. “Ao adentrar em um curso pensando apenas no quanto vai ganhar, esse estudante esquece que a satisfação e o prazer por aquilo que se faz são essenciais para seu bem-estar. Você precisa ter um outro lado seu, além do financeiro, preenchido. Se você está desempenhando uma função que não te faz feliz, de que adianta o dinheiro que aquilo te traz?”.

Interação social

Para Eliani, a insatisfação com a carreira pode interferir diretamente nas relações sociais. “Vivemos em um mundo em que o que mais pesa são os relacionamentos em redes sociais. Um dos poucos lugares de interação social que o ser humano tem hoje é o trabalho e, se o seu trabalho não te preenche afetivamente, você vai para o seu ambiente com má vontade, com pessoas que, às vezes, você não se dá bem e não sabe se é por não gostar delas ou do trabalho.”

Famílias e escolas devem ser aliadas

O pedagogo Gil Oliveira, pai de um aluno que está no primeiro ano do ensino médio e que já começa a enfrentar o Pism este ano, acredita que as famílias têm muita dificuldade para orientar os filhos. “Pais e profissionais da educação têm dificuldades para orientar por ser muito complexa a decisão. Muitos pais vivem a realidade dos cursos deles e suas expectativas e não têm como apresentar outras possibilidades para seus filhos.” Ele lembra, porém, de programas oferecidos por universidades em que os jovens podem conhecer melhor os cursos oferecidos antes de fazer sua opção. Esta seria, em sua visão, uma maneira mais próxima da ideal.

Os jovens devem ser orientados desde cedo, pela família e pela escola, para que o processo de escolha da profissão seja mais claro e mais natural. Esta é a indicação da psicopedagoga Eliani Gomes. “A família, primeiramente, precisa observar as aptidões do filho ainda quando criança. Do que ele gosta de brincar? Essas manifestações aparecem quando eles ainda são pequenos. A criança gosta de montar e desmontar as coisas, ou gosta mais de ler… Depois precisam se informar mais sobre as opções de escolha para poder informar melhor o filho. Há de se avaliar também as condições financeiras, caso o filho precise estudar fora. Analisar qual é a realidade daquela família, pois, às vezes, o jovem passa em uma universidade fora de sua cidade, mas o custo para mantê-lo ultrapassa as condições financeiras da família.”

“Já as escolas, por sua vez, também devem tentar observar as aptidões do estudante. Por isso temos hoje as metodologias ativas, que permitem detectar as competências dos alunos, e as quais poucas escolas fazem uso. O papel das escolas é ajudar as famílias a orientarem os jovens. E a gente observa que, atualmente, as faculdades é que estão indo buscar e informar os alunos. Mas o ideal é que essas observações comecem o mais cedo possível, para que haja mais clareza nas escolhas.”

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Veículo: TV Integração – Globo

Editoria: Notícias

Data: 26/02/2018

Link: http://g1.globo.com/minas-gerais/videos/v/reitor-da-ufjf-anuncia-retomada-de-obras-do-hospital-universitario/6537469/

Título: Reitor da UFJF anuncia retomada de obras do Hospital Universitário

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Veículo: G1 Zona da Mata – MG

Editoria: Notícias

Data: 26/02/2018

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/reitor-da-ufjf-anuncia-retomada-de-obras-do-hospital-universitario.ghtml

Título: Reitor da UFJF anuncia retomada de obras do Hospital Universitário

O reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Marcus David, garantiu a retomada das obras do Hospital Universitário em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (27). Ele anunciou que um novo edital com as adaptações necessárias será aberto em junho para a contratação de uma nova empresa.

O objetivo do encontro com a imprensa foi esclarecer a situação da obra após a prisão do ex-reitor Henrique Duque, acusado de fazer parte de um esquema de superfaturamento que envolve o empreendimento.

A intenção, segundo David, é retomar as obras do HU com os recursos disponíveis no momento, avaliado em cerca de R$ 44 milhões. Para que isso seja possível, adaptações no projeto são sendo feitas.

“Nós não temos dinheiro para relizar todo aquele projeto, então vamos ter que encurtá-lo de forma a caber no nosso orçamento”, ressaltou.

Sobre o avanço na nova adequação do projeto, o reitor disse que o processo já está em fase interna e todas as adequações foram realizadas.

“Conseguimos avançar muito e resolver os problemas jurídicos com a empresa e os projetos técnicos, identificando tudo que o TCU nos mandou corrigir nas obras do HU. Agora estamos no processo interno de adequar os nossos projetos conforme a expectativa da equipe do hospital e da equipe técnica da UFJF”, acrescentou.

Iniciada em 2012, a obra previa um orçamento de R$ 159 milhões. No decorrer da execução, foram somados vários aditivos que chegaram a quase R$ 115 milhões, ultrapassando o limite permitido de 25% do valor inicial da obra. Dessa forma, a construção do novo HU ficou em R$ 274 milhões, levando o Tribunal de Contas da União (TCU) a solicitar a abertura de um novo edital para conclusão as obras.

Ajustes

Quando questionado sobre os problemas técnicos e orçamentários na obra do HU, o reitor disse que a gestão foi obrigada a tomar várias frentes ao mesmo tempo na tentiva de solucionar o problema.

“A gravidade do problema do HU era grande. Em primeiro lugar, superamos os problemas jurídicos e conseguimos a recisão unilateral com a empresa para que possamos lançar uma nova licitação. Do ponto de vista técnico, nós tivemos que adequar nosso projeto às exigências do TCU em função de irregularidades que eles haviam identificado. E do ponto de vista orçamentário é que nós temos esse crédito de R$ 44 milhões, mas o projeto tinha uma dimensão muito maior, então vamos ter que adaptá-lo a nossa capacidade orçamentaria”, completou.

A intenção é terminar os pequenos prédios do complexo do HU e depois realizar a reforma de forma gradativa, à medida em que os recursos orçamentários forem liberados.

Até o momento, 45% da obra estão concluídos. O projeto prevê a construção de 342 leitos com a ampliação.

Henrique Duque

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) deflagraram na última quarta-feira (21) a Operação “Editor”, que apura irregularidades nas obras do HU/UFJF.

Duque é suspeito de participar diretamente do desvio de verbas no valor de R$ 19 milhões. Também estão presos o dono e uma diretora da construtora Tratenge, responsável pela obras e outros três funcionários da UFJF.

Atualmente, ele está no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Juiz de Fora. Duque teve o pedido de liberdade provisória negado pelo Tribunal Regional Federal (TRF) nesta segunda-feira (26).

A UFJF esclareceu, no dia da operação, que as ações não se referem a atos da gestão atual, que começou em abril de 2016. Desde a última quarta (21), o G1 tenta contato com a construtora, que tem sede na capital mineira, mas as ligações ainda não foram atendidas.

Além do grupo que teve a prisão preventiva decretada, a PF e o MPF cumpriram dez mandados de busca e apreensão e um de suspensão do exercício de função pública em Juiz de Fora, Belo Horizonte e Porto Alegre (RS). Todas as ações ocorreram na última sexta.

Duque sabia de irregularidades

Em entrevista coletiva após a operação, o procurador da República, Marcelo Medina, disse que o ex-reitor assinou diversos documentos fraudados por assessores dele e por representantes da construtora, que foi favorecida por oito aditivos contratuais da licitação.

“É importante sublinhar que as investigações, mediante quebra de sigilo, revelaram que o reitor da universidade, desde antes da licitação, tinha conhecimento das deficiências e das omissões do projeto. Ainda assim, levou a licitação adiante e, somente em agosto de 2012, começou a colher subsídios para uma alteração contratual”, revelou Medina.

O procurador ressaltou que as prisões preventivas dos envolvidos têm o objetivo de inibir a falsificação de provas durante a investigação, o que já ocorreu em outros momentos com o mesmo grupo, e que ainda não há denúncia ou provas contra eles. “Há um receio baseado em fatos concretos que isso voltasse a acontecer nessa oportunidade”, disse, na entrevista coletiva.

Fraude em licitação

Desde 2010, quando o edital foi lançado, o Tribunal de Contas da União (TCU) identificou irregularidades e alertou à instituição, que revogou a licitação, mas no ano seguinte fez a licitação e foi novamente cobrada pelo TCU.

A partir daí, segundo o MPF, começaram a ser produzidos os documentos falsos, com o auxílio de servidores, pró-reitores e grupos particulares. Os documentos eram inseridos nos autos da Licitação com datas falsas, mas em coerência com a cronologia do processo.

O procurador calcula que superfaturamento tenha sido de mais de R$ 9 milhões, em razão da prática de preços superiores aos correntes no mercado; e de R$ 10 milhões pelo desvio dos aditivos contratuais, gerando então um prejuízo aos cofres públicos superior a R$ 19 milhões.

Relação entre empresas concorrentes

O MPF verificou ainda que havia vínculo estreito entre representantes das empresas que concorreram à licitação.

Em um período de quatro meses, que envolve a data da licitação, funcionários das companhias se falaram ao telefone mais de 800 vezes. Em outro momento, eles conspiraram inclusive para fraudar licitação por meio da apresentação de proposta cobertura.

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Veículo: O Tempo

Editoria: Cidades

Data: 26/02/2018

Link: http://www.otempo.com.br/cidades/m%C3%A9dico-morre-com-suspeita-de-febre-amarela-em-juiz-de-fora-1.1578261

Título: Médico morre com suspeita de febre amarela em Juiz de Fora

A febre amarela pode ter feito mais uma vítima em Juiz de Fora, na região da Zona da Mata. Nesse domingo (25), o médico e professor Wanderson Tassi de Paula, de 48 anos, morreu no Hospital Albert Sabin com suspeita da doença. Segundo a unidade de saúde, amostras de sangue foram encaminhados para a Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte, para verificar se a enfermidade foi o que causou o óbito.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), quatro pessoas morreram em Juiz de Fora por causa da febre amarela no período de monitoramento da doença que começou em julho de 2017 e teve o último balanço divulgado no dia 20 deste mês. Se os exames da Funed confirmarem a infecção, Wanderson Tassi de Paula será a quinta vítima na cidade no período.

Além desses quatro pacientes que vieram a óbito, outras 11 pessoas foram infectadas no município, mas já tiveram alta ou ainda estão internadas.

O médico dava aulas na Faculdade de Medicina (Fame) da Unipac de Juiz de Fora. Por causa da morte do professor, as aulas na instituição de ensino foram suspensas na manhã desta segunda-feira (26). Conforme o jornal “Tribuna de Minas”, o corpo foi enterrado no Cemitério Parque da Saudade. Ele deixou uma mulher, professora da UFJF, e três filhos.

Ainda segundo o jornal, Tassi começou a passar mal no dia 13 de fevereiro, dia em que foi internado no Albert Sabin. Ele teria sido infectado no condomínio Parque das Bromélias, no bairro Graminha, na zona sul da cidade. A reportagem de O TEMPO tentou contato, por telefone, com a Secretaria Municipal de Saúde de Juiz de Fora, mas as ligações não foram atendidas. Já a assessoria do hospital não confirmou as informações.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 26/02/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/26-02-2018/medico-infectado-com-febre-amarela-e-sepultado-no-parque-da-saudade.html

Título: Médico infectado com febre amarela é sepultado no Parque da Saudade

Foi enterrado, na manhã desta segunda-feira (26), no Cemitério Parque da Saudade, o médico Wanderson Tassi de Paula, 48 anos, morto em função de complicações decorrentes da febre amarela. Desde a semana passada, a família dele vinha fazendo apelos nas redes sociais na tentativa de conseguir doadores de sangue para o cirurgião geral que não havia se vacinado contra a doença. A informação é que ele estaria precisando de 16 bolsas de sangue por dia. Wanderson começou a passar mal no dia 13 de fevereiro, sendo posteriormente internado no Hospital Albert Sabin, onde faleceu no último domingo. Morador do condomínio Parque das Bromélias, na Região de Graminha, ele teria sido infectado naquela região, considerada Zona Sul da cidade. Embora seja uma área urbana, ela é rodeada por uma grande mata.

Também professor da Faculdade de Medicina da Unipac, Wanderson chegou a tomar o Sofosbuvir, medicamento indicado para o tratamento de hepatite C que vem sendo usado experimentalmente em casos de febre amarela. O mesmo remédio foi utilizado pelo empresário da construção civil, o juiz-forano Wander Rocha Côrtes, 43 manos, na Fiocruz, no Rio, paciente que teve alta recentemente. No caso do cirurgião, as taxas referentes às alterações das enzimas hepáticas até reduziram, mas outros órgãos do corpo foram afetados.

Em clima de comoção, Wanderson foi velado pela esposa, filhos, pai e irmãs no Parque da Saudade. Além dos parentes, alunos das disciplinas de Anatomia II, Prática Médica III e Cirurgia do Tórax da Faculdade de Medicina da Unipac estiveram presentes na despedida do professor. Ex-pacientes e colegas de profissão também compareceram ao cemitério.

Dezenas de coroas de flores foram enviadas em homenagem ao médico: dos amigos de formatura da Faculdade de Medicina da UFJF, onde Wanderson se graduou em 1992, de alunos e professores da Unipac, bem como do Instituto Oncológico onde o cirurgião também atuava. Segundo o site Escavador, o médico ainda atuava no setor de Nutrição Enteral e Parenteral no Hospital Doutor João Felício.

Durante o enterro, o clima era de incredulidade. Pai de três filhos, ele era muito respeitado no meio médico. Em nota de condolências, o presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia, Elson Corrêa de Mello Júnior, disse ter recebido a notícia da morte do colega com imenso pesar. “Neste momento, nos unimos em oração à sua família para que esta perda possa ser compreendida com a esperança no conforto de Deus. A presidência, diretoria e demais funcionários da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Juiz de Fora se solidarizam com a dor dos familiares, amigos, alunos, pacientes e dos que com ele conviveram na esfera profissional e pessoal, rendendo homenagens ao trabalho por ele realizado em toda a sua carreira.”

A Faculdade de Medicina de Juiz de Fora (Fame) também publicou nota de pesar. “É com muito pesar que comunicamos o falecimento do grande e estimado Professor Wanderson. Exemplo de profissionalismo, prática médica de excelência, seriedade e compromisso, Dr. Wanderson deixa um legado positivo para os milhares de alunos que ajudou a formar e à toda a sociedade.”

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Notícias

Data: 26/02/2018

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/justica-suspende-por-dois-anos-processo-de-injuria-racial-contra-conselheiro-tutelar-de-juiz-de-fora.ghtml

Título: Justiça suspende por dois anos processo de injúria racial contra conselheiro tutelar de Juiz de Fora

O processo por injúria racial movido por uma estudante de Juiz de Fora, de 25 anos, contra o conselheiro tutelar afastado, Abraão Fernandes, está suspenso por dois anos. A decisão foi tomada em audiência na 4ª Vara Criminal da cidade. De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o trâmite corre em segredo de Justiça.

O G1 entrou em contato com a estudante e a defesa dela, mas as ligações não foram atendidas.

A assessoria informou à reportagem que o réu obteve a suspensão condicional do processo pelo prazo de dois anos com base no artigo 89 da Lei 9.099 de 1995 (veja abaixo a íntegra do artigo), sob algumas condições. Se Fernandes cumprir as condições impostas sem revogação e dentro do prazo estabelecido, o juiz declarará extinta a punibilidade.

O advogado de Abraão Fernandes, Angelo José Cabral, disse que diante do sigilo imposto ao processo, não poderá discutir o conteúdo dos autos.

A reportagem também solicitou informações à Prefeitura sobre o processo administrativo interno em andamento e aguarda retorno.

Denúncia

Em 16 de outubro de 2017, Abraão Fernandes protocolou um ofício junto ao Ministério Público Federal (MPF) solicitando que fossem tomadas providências em desfavor do Colégio de Aplicação João XXIII, por conta de um vídeo publicado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) em que crianças participavam junto com uma drag queen.

No mesmo dia, Fernandes foi denunciado pela estudante por injúria racial. Ela registrou ocorrência na Polícia Militar (PM) acusando o conselheiro de ter enviado uma mensagem privada após uma discussão em uma rede social, onde ele diz que ela tem “cor de bosta”.

De acordo com a ocorrência, a estudante disse que entrou em uma discussão entre várias pessoas em uma rede social e que o conselheiro tutelar a enviou uma mensagem privada dizendo que “ela tinha cor de bosta” e que ela deveria se cuidar melhor, pois devia esconder um monte de coisas na cabeça, menos pente e xampu”, diz o relato.

O inquérito foi concluído pela Polícia Civil no dia 31 de outubro e encaminhado à Justiça. O caso foi investigado pelo delegado Luciano Vidal, que apurou a denúncia feita por uma estudante que divulgou imagens de mensagens em redes sociais em que o conselheiro se refere a ela e ao cabelo dela.

Além dos procedimentos administrativos, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), através da 7ª Promotoria de Justiça de Juiz de Fora, ofereceu denúncia em dezembro pedindo a condenação do conselheiro tutelar por injúria racial. O pedido foi protocolado pelo promotor Cleverson Raymundo Guedes, na 4ª Vara Criminal da comarca.

O crime de injúria racial está previsto no Artigo 140, Parágrafo 3º, do Código Penal.

No dia 20 de outubro, o conselheiro foi afastado do cargo atendendo à sugestão da Comissão do Processo Administrativo Disciplinar, que apura as denúncias. A decisão do prefeito Bruno Siqueira (MDB) prorrogando o afastamento por mais 30 dias foi divulgada no Atos do Governo no dia 22 de novembro.

Confira a íntegra do artigo 89 da Lei 9.099 de 1995:

Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal).

  • 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes condições:
  • I – reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo;
  • II – proibição de freqüentar determinados lugares;
  • III – proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz;
  • IV – comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades.
  • 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado.
  • 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano.
  • 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta.
  • 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade.
  • 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo.
  • 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste artigo, o processo prosseguirá em seus ulteriores termos.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 26/02/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/26-02-2018/conselheiro-tutelar-obtem-suspensao-de-processo-de-injuria-racial.html

Título: Conselheiro tutelar obtém suspensão de processo de injúria racial

O conselheiro tutelar afastado do cargo Abraão Fernandes, que respondia na Justiça pelo crime de injúria racial, obteve a suspensão condicional do processo, como informou, nesta segunda-feira (26), o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A suspensão tem prazo de dois anos e, se o beneficiário cumprir com as medidas estabelecidas sem revogação, após o fim do período, o juiz pode declarar extinta a punibilidade do réu. A decisão foi tomada, durante audiência realizada na última sexta-feira (23), presidida pelo juiz Cristiano Álvares Valladares do Lago, da 4ª Vara Criminal de Juiz de Fora.

De acordo com o TJMG, a suspensão tem base no artigo 89 da Lei 9.099/95, que prevê que, nos crimes em que a pena mínima prevista for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público (MP), ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime. Por se tratar de processo sob segredo de justiça, o TJMG não divulgou as medidas estabelecidas para cumprimento do beneficiário. Segundo a Justiça, ainda cabe recurso por parte da vítima.

Abraão foi indiciado, em outubro de 2017, por injúria racial cometida contra uma estudante, de 25 anos. Na época, conforme a Polícia Civil, havia elementos comprobatórios suficientes de crime de injúria qualificada. Em depoimento na 1ª Delegacia em São Mateus, o conselheiro admitiu ter usado o termo “cor de bosta” para agredir verbalmente a universitária, em uma discussão no Facebook, e se mostrou arrependido. Em dezembro, o juiz da Vara da Infância e Juventude, Ricardo Rodrigues de Lima, suspendeu Abraão das suas funções. A decisão foi tomada atendendo a uma solicitação do MP, que instaurou ação civil pública com pedido de tutela de urgência para afastar o conselheiro do cargo.

Em nota encaminhada à Tribuna, o advogado de defesa do conselheiro, Angelo Cabral, esclareceu que, no processo em que foi envolvido o seu cliente por suposta injúria racial, houve a oferta, pelo MP, de uma transação penal. “Colaborando com a justiça, aceitou a proposta do MP pondo um ponto final àquele processo na data da audiência, sem qualquer julgamento das acusações, tendo somente acatado a proposta do MP e não discutindo as acusações que lhe foram imputadas como suposto agressor”, afirma a nota.

A reportagem procurou o MP para que pudesse se pronunciar sobre a suspensão, mas não teve resposta até o fechamento desta edição. Por telefone, a vítima do processo disse ao jornal que, em razão do segredo de justiça, prefere não comentar a respeito do caso.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 27/02/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/27-02-2018/justica-nega-pedido-de-liberdade-provisoria-a-ex-reitor-henrique-duque.html

Título: Justiça nega pedido de liberdade provisória a ex-reitor Henrique Duque

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) negou o pedido de liberdade provisória de pelo menos três dos cinco envolvidos nas investigações do Ministério Público Federal (MPF) que apuram irregularidades nas obras do Hospital Universitário da UFJF. De acordo com o andamento processual, foi indeferido o pedido do ex-reitor Henrique Duque, do ex-pró-reitor Carlos Elizio Barral Ferreira e do ex-secretário de Assuntos Jurídicos da UFJF Nilson Rogério Pinto Leão. Outros dois envolvidos, o diretor-presidente da Tratenge Engenharia, Renato Moraes Salvador Silva, e a funcionária da empresa Maria Cristina de Resende também permanecem detidos. Na sexta-feira (23), o advogado da empresa, José Sad Júnior, disse que só comentaria o processo após o retorno dos autos a cargo do MPF.

De acordo com o advogado Sérgio Sefair, que representa o ex-pró-reitor, a defesa ingressou, também, com pedido de habeas corpus no mesmo tribunal, no entanto, até o fechamento desta edição, a solicitação não havia sido julgada. Segundo Sefair, no pedido de liberdade provisória negado, o juiz reiterou os argumentos da decisão que ordenou a prisão preventiva. Conforme a Tribuna havia noticiado, a detenção teve como justificativa a necessidade de evitar a manipulação de provas.

No último contato feito com a defesa de Duque, no sábado (24), o advogado Lucas Sampaio tornou a dizer que não mais comentaria o andamento processual, pois todas as ações são encaradas como estratégia da defesa. A reportagem também ligou na tarde desta segunda para o advogado Sávio Romero Cotta, que representa Nilson, mas a ligação foi interrompida. Apesar de novas tentativas, não houve sucesso no contato. Segundo o sistema do TRF1, há outro pedido de liberdade a seu favor ainda não julgado.

HU/UFJF

Os cinco envolvidos estão presos em Juiz de Fora desde a última quarta-feira (21), sendo os quatro homens no Ceresp, em cela de dez metros quadrados com outros detentos, e a mulher na Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires. As detenções foram desencadeadas pela Polícia Federal na Operação Editor em cumprimento à decisão do TRF1 após pedido do MPF. Neste processo, são apuradas fraudes na licitação do novo HU da UFJF, no Bairro Dom Bosco, além de falsidade ideológica em documentos públicos, concessão de vantagens indevidas, superfaturamento e peculato.

Internamente, a UFJF instituiu uma comissão de sindicância administrativa para apurar os danos causados às edificações que compõem o prédio em construção do novo hospital, cujas obras estão interrompidas há dois anos e oito meses. Conforme parecer desta comissão, os prejuízos em decorrência da paralisação chegavam a quase R$ 1 milhão em 2016. O atual reitor Marcus David deve falar sobre o assunto em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (27).

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Veículo: G1 Zona da Mata – MG

Editoria: Notícias

Data: 27/02/2018

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/justica-federal-nega-pedido-de-liberdade-provisoria-a-ex-reitor-da-ufjf.ghtml

Título: Justiça Federal nega pedido de liberdade provisória a ex-reitor da UFJF

O Tribunal Regional Federal (TRF) negou nesta segunda-feira (26) o pedido de liberdade provisória do ex-reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Henrique Duque, que foi preso durante a operação “Editor” da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) na última quarta-feira (21).

Atualmente, Duque está no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Juiz de Fora. Ele e outras quatro pessoas foram presas na quarta, por suspeita de envolvimento em irregularidades nas obras do Hospital Universitário (HU) da UFJF.

Além do ex-reitor, estão na cadeia um ex-secretário jurídico da UFJF, um ex-pró-reitor de Planejamento da universidade, o proprietário e uma diretora de negócios da empresa responsável pela obra, a Tratenge Engenharia.

A UFJF esclareceu, no dia da operação, que as ações não se referem a atos da gestão atual, que começou em abril de 2016. Nesta terça-feira (27), o atual reitor da instituição, Marcus David, dará uma entrevista coletiva para falar sobre o caso. Desde a última quarta, o G1 tenta contato com a construtora, que tem sede na capital mineira, mas as ligações ainda não foram atendidas.

Além do grupo que teve a prisão preventiva decretada, a PF e o MPF cumpriram dez mandados de busca e apreensão e um de suspensão do exercício de função pública em Juiz de Fora, Belo Horizonte e Porto Alegre (RS). Todas as ações ocorreram na última sexta.

MPF diz que Duque sabia de irregularidades

Em entrevista coletiva após a operação, o procurador da República, Marcelo Medina, disse que o ex-reitor assinou diversos documentos fraudados por assessores dele e por representantes da construtora, que foi favorecida por oito aditivos contratuais da licitação.

“É importante sublinhar que as investigações, mediante quebra de sigilo, revelaram que o reitor da universidade, desde antes da licitação, tinha conhecimento das deficiências e das omissões do projeto. Ainda assim, levou a licitação adiante e, somente em agosto de 2012, começou a colher subsídios para uma alteração contratual”, revelou Medina.

O procurador ressaltou que as prisões preventivas dos envolvidos têm o objetivo de inibir a falsificação de provas durante a investigação, o que já ocorreu em outros momentos com o mesmo grupo, e que ainda não há denúncia ou provas contra eles. “Há um receio baseado em fatos concretos que isso voltasse a acontecer nessa oportunidade”, disse, na entrevista coletiva.

Fraude em licitação

Desde 2010, quando o edital foi lançado, o Tribunal de Contas da União (TCU) identificou irregularidades e alertou à instituição, que revogou a licitação, mas no ano seguinte fez a licitação e foi novamente cobrada pelo TCU.

A partir daí, segundo o MPF, começaram a ser produzidos os documentos falsos, com o auxílio de servidores, pró-reitores e grupos particulares. Os documentos eram inseridos nos autos da Licitação com datas falsas, mas em coerência com a cronologia do processo.

O procurador calcula que superfaturamento tenha sido de mais de R$ 9 milhões, em razão da prática de preços superiores aos correntes no mercado, e de R$ 10 milhões pelo desvio dos aditivos contratuais, gerando então um prejuízo aos cofres públicos superior a R$ 19 milhões.Relação entre empresas concorrentes

O MPF verificou ainda que havia vínculo estreito entre representantes das empresas que concorreram à licitação.

Em um período de quatro meses, que envolve a data da licitação, funcionários das companhias se falaram ao telefone mais de 800 vezes. Em outro momento, eles conspiraram inclusive para fraudar licitação por meio da apresentação de proposta cobertura.

Histórico de Duque

Henrique Duque tem 70 anos, foi reitor da UFJF por dois mandatos consecutivos, entre 2006 e 2014, totalizando oito anos à frente da instituição. Atualmente, é professor da Faculdade de Odontologia da instituição, onde foi diretor.

É graduado em Odontologia pela UFJF em 1970; mestre em Dentística Restauradora pela Universidade Camilo Castelo Branco em 1998 e doutor em Odontologia Restauradora pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho em 2002.

Na UFJF, é professor desde 1972 e foi membro efetivo do Conselho Fiscal da Academia Brasileira de Odontologia (AcBO). Além disso, foi diretor por dois mandatos consecutivos da Faculdade de Odontologia, de 1998 a 2006. De 1994 a 1998, foi vice-diretor da mesma unidade.

Não é a primeira vez que alguma ação do mandado dele é contestada judicialmente. Em 2014, enquanto ainda era reitor, ele e o diretor executivo da Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Fadepe), André Luiz Cabral, foram denunciados pelo MPF por recusar, retardar ou omitir dados técnicos requisitados pelo órgão.

Ele deixou de atender a requisições feitas pelo Ministério Público para esclarecer fatos investigados em dois inquéritos civis públicos instaurados na Procuradoria da República em Juiz de Fora. Um dos procedimentos, segundo o MPF, investiga aparentes ilegalidades na transferência de recursos públicos da universidade para a Fadepe e outro apura a natureza do relacionamento entre a UFJF e o Centro Cultural Pró-Música da universidade.

No final de 2015, neste processo, Duque foi condenado a dois anos e um mês de reclusão e André Cabral, a um ano e quatro meses em primeira instância. Como as penas eram inferiores a quatro anos, segundo previsão legal, foram convertidas em prestação de serviços à comunidade e pagamento de prestação pecuniária. Os dois recorreram da decisão.

Em 2017, o MPF ajuizou uma Ação Civil Pública (ACP) por improbidade administrativa contra o ex-reitor. A acusação dos promotores é de que ele fez transferência indevida de recursos públicos da instituição para a Fadepe.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 27/02/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/27-02-2018/ufjf-planeja-lancar-novo-edital-para-construcao-do-hu-em-junho.html

Título: UFJF planeja lançar novo edital para construção do HU em junho

A UFJF quer a retomada das obras de ampliação do novo Hospital Universitário (HU). O empreendimento foi interrompido em julho de 2015, quando a Tratenge Engenharia suspendeu o contrato por falta de pagamento nos prazos e nas condições pactuadas. Em maio de 2017, Relatório Técnico da UFJF indicou a impossibilidade de manter o contrato com a empresa, cujos termos aditivos impactavam o valor da obra em mais de 25% do valor inicial, o que é proibido por lei. Agora, passados 32 meses da paralisação dos trabalhos, o objetivo é que sejam concluídos. Pelo menos essa é a intenção do reitor Marcus David que anunciou, em coletiva realizada na tarde desta terça-feira, a possibilidade de lançamento de novo edital licitatório ainda em junho de 2018. Para isso, a universidade conta com crédito orçamentário de R$ 44.659.941,43. Segundo o reitor, órgãos de controle já se manifestaram favoravelmente quanto à utilização desses recursos. A UFJF aguarda apenas a garantia do MEC de que os valores serão liberados.

A quantia não é suficiente para retomar o projeto anterior, o qual previa a implantação de 342 leitos e aportes de mais de R$ 130 milhões, fora os R$ 100 milhões já gastos. No entanto, com redução do número de leitos, o equacionamento das demandas e adequações consideradas necessárias – como a substituição de material de alto custo e de itens com sobrepreço apontados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) -, será possível terminar módulos do complexo hospitalar, a fim de permitir que serviços previstos comecem a funcionar e que a unidade de Santa Catarina seja transferida para o Bairro Dom Bosco.

“O nosso objetivo é retomar a obra pela importância que ela tem para a nossa cidade. A nossa capacidade de atendimento será menor do que a que foi projetada em 2012 – quando o cenário econômico era outro -, mas maior do que a atual”, afirmou Marcus David no encontro com a imprensa. Segundo ele, a intenção de ampliação será atendida, mas de maneira modular. “É claro que as nossas equipes desejariam um hospital com tudo que estava programado, mas, se aquela estrutura custava R$ 170 milhões (a mais) e nós temos R$ 44 milhões, nós vamos ter que fazer um forte ajuste nesse projeto. Já fizemos várias mudanças que representam reduções de custo sem prejuízo de serviços. Por exemplo: mudança de fachadas, adotando fachadas que sejam mais baratas, inclusive de manutenção, algumas mudanças de detalhes técnicos do projeto e até a redução da obra que precisaria estar pronta originalmente. Ainda restam alguns debates. Continuo trabalhando com otimismo muito grande para que a gente feche isso em condição de colocar esse edital na rua no final desse semestre”, comentou David.

O reitor ainda não sabe adiantar qual o custo final do empreendimento iniciado na gestão do ex-reitor Henrique Duque, atualmente preso com outras quatro pessoas. O grupo é investigado por fraude no processo de licitação da ampliação do HU, falsidade ideológica em documentos públicos, concessão de vantagens indevidas, superfaturamento e peculato.

Quando assumiu a Reitoria, em 2016, Marcus David passou a tomar medidas para resguardar o patrimônio público, ou seja, impedir que os serviços já executados ficassem comprometidos pela descontinuidade do trabalho, cujo prejuízo já chega a R$ 1 milhão. Por orientação do TCU foram iniciados serviços de construção para a contenção de talude, a fim de evitar desmoronamento de uma das áreas. No ano passado foram realizadas reuniões periódicas entre técnicos da UFJF e da Ebserh, fundação responsável pelo HU, com o objetivo de identificar as necessidades atuais do hospital.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Região

Data: 27/02/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/regiao/27-02-2018/chuva-provoca-alagamentos-em-juiz-de-fora-e-ewbank-da-camara.html

Título: Chuva provoca alagamentos em Juiz de Fora e Ewbank da Câmara

Uma forte tempestade atingiu a Zona da Mata na tarde desta terça-feira (27). Em Ewbank da Câmara, a cerca de 40 quilômetros de Juiz de Fora, ruas e avenidas do centro foram tomadas pela água, deixando moradores presos dentro de suas casas. Alguns saíram com auxílio de barcos de moradores e comerciantes. O Corpo de Bombeiros não foi acionado para atendimentos no município, que foram feitos pela Prefeitura e a Defesa Civil da cidade. Uma moradora de Ewbank, que pediu para não ser identificada, disse que o volume de chuva nem foi significativo, embora a tempestade tenha sido concentrada no Centro. “Foi de repente, assim como ocorreu ano passado, na mesma época. Minha suspeita é que a sujeira acumulada no rio possa ter contribuído para o nível d’água subir tão rápido”.

Além do Ribeirão dos Tabuões, passa em Ewbank da Câmara alguns córregos, entre eles o Goiabeira e o da Deserta. O Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, que mantém um pluviômetro na cidade, não registrou precipitação significativa, o que aumenta a suspeita de o evento ter sido localizado. A assessoria de imprensa da Prefeitura de Ewbank da Câmara informou que uma tromba d’água causou a forte tempestade no município. Embora seja um fenômeno meteorológico comum em mares, ele também pode ocorrer onde há grandes rios e lagos, como é o caso da Represa Chapéu D’Uvas, que tem parte do corpo hídrico nos limites territoriais no município vizinho.

Além dos alagamentos de algumas ruas, um barranco caiu no Bairro Grota da Pedra, interditando parte de uma via. Já no Bairro Grota, a parte dos fundos de uma casa foi atingida por um talude, mas felizmente os moradores conseguiram sair a tempo. O imóvel foi interditado pela Defesa Civil, e a família se abrigou na casa de parentes. Danos também foram registrados nas estradas vicinais, prejudicando o transporte Escolar. Até o início da noite, a Avenida Santo Antônio, onde estão a Câmara e a Prefeitura, permanecia alagada. O prefeito José Maria Novato (Zé Maria, PPS) visitou os locais e determinou deslocamento de máquinas para a retirada de terra para desbloqueio das vias.

Transporte intermunicipal

A Transur, que faz a linha intermunicipal de Juiz de Fora a Ewbank da Câmara, informou que os horários previstos não sofreram alterações. No entanto, as viagens de Juiz de Fora para Santos Dumont, com parada em Ewbank da Câmara, estavam com atendimento alterado, já que os ônibus não estavam entrando na cidade, deixando os passageiros às margens da rodovia BR-040.

Radar meteorológico informa tempestade na região

A tempestade do início desta tarde foi alertada pelo radar meteorológico da Cemig, que fica na região metropolitana de Belo Horizonte e é operado, também, pelo Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais (Simge). Às 13h, o equipamento informou que Juiz de Fora, Matias Barbosa, Simão Pereira, Bias Fortes e proximidades poderiam sofrer com chuvas fortes acompanhadas de descargas atmosféricas e rajadas de ventos.

Em Juiz de Fora, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) chegou a registrar rajadas de 73 quilômetros por horas. Em pouco mais de duas horas, segundo o equipamento do Inmet, instalado no Campus da UFJF, caiu na cidade 29,8 milímetros de precipitações, índice que corresponde a cerca de 14% do esperado para todo o mês.

JF registra destelhamento e alagamentos

Em Juiz de Fora, diversos pontos de alagamentos foram registrados, inclusive em corredores de tráfego, como na Avenida JK. Como era início de tarde, no horário de entrada de alunos em escola e retorno de almoço de muitos trabalhadores, o trânsito ficou tumultuado. Segundo a Defesa Civil, entre 9h30 e 17h30, foram atendidas dez ocorrências relacionadas a quedas de galhos, ameaças de queda de árvore, muro de divisa, talude e muro de contenção, além de alagamento e trinca em parede.

Na Rua Batista de Oliveira, o órgão foi acionado após uma parede de fechamento de telhado de um prédio vizinho cair sobre um estacionamento ao lado, atingindo dois veículos. Já na Rua Virgulino João da Silva, São Pedro, Cidade Alta, a cobertura de uma casa se desprendeu do teto durante as rajadas de ventos, caindo sobre o telhado de outra residência, que teve uma parede danificada. Dois moradores do imóvel afetado foram para a casa de parentes, e o vizinho se comprometeu a arcar com os prejuízos. O Corpo de Bombeiros também atendeu a chamados relacionados a quedas de árvores.

Energia

De acordo com a Cemig, em Juiz de Fora tiveram apenas interrupções pontuais de energia elétrica, mas leitores relatam falta do serviço dentro e no entorno de alguns condomínios da Cidade Alta, como Bosque dos Pinheiros, Alto dos Pinheiros, Morada do Serro e Portal da Torre. A companhia não registrou ocorrências em Ewbank da Câmara.

Fevereiro é o mais chuvoso em 9 anos

Fevereiro termina nesta quarta-feira (28) com o mais chuvoso desde 2009. Até o início da noite desta terça-feira (27), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) somava 257,7 milímetros de precipitações no mês, índice que supera em 18,5% a média histórica do período, que são 217,4 milímetros. A atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul é a responsável pelas chuvas pontualmente fortes e a permanência da instabilidade atmosférica por vários dias. Este fenômeno, comum no verão, é o que cria um fluxo de umidade que segue da região amazônica para o Sudeste brasileiro, sendo considerado o grande responsável para a recuperação de mananciais de abastecimento dos centros urbanos.

Em Juiz de Fora, conforme a Cesama, a Represa João Penido está 51,3% cheia, São Pedro 96,7% e Chapéu D’Uvas, 11 vezes maior que João Penido, está 82,8% preenchida. O início de 2018 garantiu a retomada do nível de acumulação em João Penido. Para se ter ideia, em dezembro, a represa tinha apenas 35,4% do seu leito ocupado por água. Janeiro e fevereiro, aliás, estão com chuvas contínuas e por vezes fortes. Dos 58 primeiros dias do ano, 30 tiveram precipitações, acumulando 520,5 milímetros até o início da noite de terça. Este resultado representa mais da metade de todas as chuvas registradas no município em 2017, que somaram 946,2 milímetros.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Coluna Cesar Romero

Data: 27/02/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/27-02-2018/a-42.html

Título: Sobre Platão

Doutor em filosofia, Fábio Fortes é o convidado do Ciência ao Bar, que acontece hoje, na Arteria, com o tema “Como vencer um debate usando Platão”. Professor de grego clássico e latim na UFJF, ele destaca: “há algum tempo, já observamos, principalmente em redes sociais, a falência do diálogo e a intolerância de pessoas que se agarram às suas opiniões, alheias ao debate. Ao mesmo tempo, estamos em ano eleitoral, refletir através do diálogo pode ser ainda mais útil”.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Coluna Cesar Romero

Data: 27/02/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/27-02-2018/a-42.html

Título: Pela inovação de Minas

Nesta quarta-feira, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior promove a primeira reunião do Programa Aliança Estratégica da Zona da Mata e Campo das Vertentes. O encontro, no anfiteatro da Faculdade de Engenharia da UFJF, que integra o Programa Minas Inova, tem como proposta levar diferentes incentivos à inovação para o interior mineiro. Entre os participantes, a gerente do Critt/UFJF, Débora Marques e o gerente de empreendedorismo, Leonardo Frossard.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Coluna Cesar Romero

Data: 27/02/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/27-02-2018/a-42.html

Título: Registro

Movimentação ontem, no Parque da Saudade, para o velório do professor aposentado de Direito Penal da UFJF e do Vianna Júnior, Dílio Procópio Drummond de Alvarenga (75 anos).

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Veículo: Brasil Escola

Editoria: Notícias

Data: 28/02/2018

Link: http://vestibular.brasilescola.uol.com.br/noticias/ufjf-mg-libera-1-a-reclassificacao-pism-2018/342171.html

Título: UFJF (MG) libera 1ª Reclassificação do Pism 2018

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) divulgou a 1ª Reclassificação de seu Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) 2018. Os convocados devem fazer a pré-matrícula virtual até a próxima sexta-feira, dia 2 de março.

1ª Reclassificação UFJF

Além do registro on-line, que deve ser feito no site da Coordenadoria de Assuntos e Registros Acadêmicos (CDARA), os novos calouros devem comparecer para etapa presencial de matrículas. Neste caso, o prazo será nos dias 8 e 9 de março, no campi para o qual foi aprovado.

Os estudantes precisam ficar atentos aos documentos necessários para a matrícula. Há documentação específica para candidatos cotistas. Veja nesta página a documentação para matrícula.

Estão previstas mais três reclassificações para o primeiro semestre: 7, 14 e 21 de março. Confira o cronograma completo.

Pism

As provas do Pism 2018 foram aplicadas nos dias 9 e 10 de dezembro de 2017, em Juiz de Fora, Governador Valadares e Muriaé, em Minas Gerais, e em Volta Redonda, no Rio de Janeiro.

Para a terceira etapa do PISM, a UFJF disponibilizou 2.323 vagas em cursos em Juiz de Fora e Governador Valadares, sendo o mínimo de 50% destinado aos cotistas. As notas dos módulos I e II do PISM serão liberadas no dia 8 de março.

Veja mais informações neste site.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 28/02/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/28-02-2018/matriculas-de-aprovados-no-pism-e-vestibular-2018-comecam-nesta-quinta.html

Título: Matrículas de aprovados no PISM e Vestibular 2018 começam nesta quinta

Os contemplados nesta primeira chamada regular do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) e do Vestibular 2018 para os campi de Juiz de Fora e Governador Valadares devem se matricular nesta quinta (1º) e sexta-feira (2). No campus em Juiz de Fora, os estudantes devem se direcionar ao anfiteatro das Pró-reitorias, no prédio central da UFJF. Já em Governador Valadares, o procedimento acontece no Prédio da Faculdade Pitágoras (Rua Dr. Raimundo Monteiro de Rezende 330, Centro). Cada curso possui horário estabelecido para realização da matrícula e a escala já está disponível no site da Coordenadoria de Assuntos e Registros Acadêmicos (Cdara).

É necessário que o candidato confira a lista de documentos e formulários a serem preenchidos e entregues na realização da matrícula e os tenha em mãos com antecedência para agilizar o procedimento e evitar possibilidades de indeferimento de matrícula. Apenas os candidatos que realizaram a pré-matrícula online, entre os dias 5 e 7 de fevereiro, poderão participar desta etapa presencial.

Reclassificações

O primeiro Edital de Reclassificação do Pism/Vestibular já foi divulgado no site da UFJF. Os convocados nesta chamada podem fazer a pré-matrícula online até as 23h59 de sexta-feira, ficando atentos às orientações para a matrícula presencial. Prazos estes válidos tanto para os campus de Juiz de Fora como Governador Valadares.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Política

Data: 28/02/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/politica/28-02-2018/tecnico-administrativos-paralisam-atividades-contra-reforma-da-previdencia.html

Título: Técnico-administrativos paralisam atividades contra reforma da Previdência

Em função do Dia Nacional de Lutas contra a Reforma da Previdência, trabalhadores técnico-administrativos em educação (TAEs) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) dos dois campi paralisaram suas atividades nessa quarta-feira (28). A data foi pré-agendada em assembleias realizadas na última semana.

De acordo com o coordenador de Organização Política e Sindical, Igor Coelho Oliveira, do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino de Juiz de Fora (Sintufejuf), a categoria entendeu que, mesmo com a retirada momentânea da reforma, a proposta não foi extinta, apenas postergada. “Também nos posicionamos contra a intervenção militar no Rio de Janeiro. No nosso entendimento, é uma política eleitoreira do Governo para ganhar popularidade.”

O Sintufejuf panfletou pela manhã e no fim da tarde no Hospital Universitário. Lá também foi reforçada a demanda local de corte no adicional de insalubridade dos profissionais, em função da alteração dos critérios na concessão do direito. “Precisamos proteger o direito desses trabalhadores que lidam diretamente com os pacientes e estão expostos aos riscos. Lembrando que, por conta do teto dos gastos com Saúde e Educação, o valor dos investimentos não podem ser alterados nos próximos 20 anos.”

Representantes da Federação de Sindicatos dos Trabalhadores em Universidades Brasileiras (Fasubra) estiveram reunidos em Brasília nessa quarta-feira com o Ministério do Planejamento Desenvolvimento e Gestão (MPDG) e com o Ministério da Educação. Eles cobraram a abertura da negociação salarial, além do posicionamento contra o decreto de extinção de cargos e concursos públicos. Outro ponto que também esteve em discussão foi a reestruturação das carreiras dos TAEs. “As pessoas também precisam saber que todos esses cortes refletem na vida de usuários da Universidade e dos Hospitais Universitários,” frisou Coelho. De Brasília, o técnico-administrativo em Educação Flávio Sereno destacou que as negociações estão difíceis e pouco foi definido. A reunião, foi marcada após pressão feita pelos TAEs, durante a última greve, pontuou Igor Coelho.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Coluna Painel

Data: 28/02/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/painel/28-02-2018/motoristas-e-trocadores-podem-usar-bermuda-no-trabalho.html

Título: Desenvolvimento

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico promove, nesta quarta-feira, em Juiz de Fora, a primeira reunião do Programa Aliança Estratégica do Território Zona da Mata e Campos das Vertentes. Previsto para a Faculdade de Engenharia da UFJF, o evento integra o Programa Minas Inova, que tem como meta levar diferentes incentivos à inovação para o interior do estado, identificando eixos estratégicos para a formulação de planos de ações que contribuam para o desenvolvimento das áreas. De acordo com a secretaria, o programa proporciona ações de desenvolvimento econômico, social e sustentável no estado, por meio da criação de conexões entre as Instituições de Ensino Superior (IES) e a sociedade mineira, bem como por outros agentes do setor público e do setor produtivo.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 28/02/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/28-02-2018/juiz-de-fora-e-uma-das-cidades-com-mais-teatros-no-brasil.html

Título: Juiz de Fora é uma das cidades com mais teatros no Brasil

Juiz de Fora é uma das cidades com mais teatros no Brasil

ATO VIII

Entre o otimismo e o pessimismo

Somando cerca de 33 mil habitantes por teatro, Juiz de Fora possui um índice bastante elevado se comparado até mesmo com as capitais do país. Considerando a segunda edição do levantamento “Cultura em números”, realizado pelo Ministério da Cultura, a cidade só perde em números de habitantes por teatro para a capital Vitória, que possui 24 mil vitorienses por espaço. Todas as 26 demais capitais apresentam índices inferiores, como Belo Horizonte, com 53 mil habitantes por casa de espetáculos. Na terceira posição, o Rio de Janeiro soma 39 mil pessoas por teatro. A partir desta sexta-feira, com a inauguração do Teatro Paschoal Carlos Magno, no entanto, a cidade, cuja estimativa de 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta para uma população de 563.769 pessoas, passa a contar com um índice ainda melhor, de cerca de 31 mil habitantes por teatro. O estudo, ainda sem atualizações desde sua publicação, em 2010, denuncia a alta concentração das salas na região Sudeste do país e nas capitais. Em Minas Gerais, apenas 19% dos municípios possuem teatros, sendo que 34% deles estão localizados em Belo Horizonte.

Dos 17 teatros contabilizados pela Tribuna, incluindo espaços multiuso e anfiteatros já utilizados pelas artes cênicas, 14 deles se localizam no Centro, um na Zona Sul e dois na Zona Norte. Do total, apenas nove pertencem à iniciativa pública, dois deles atualmente fechados e sem previsão para reabertura, indicando, assim, as sombras que o índice puro e simples é capaz de escamotear. Os cerca de 5.200 assentos presentes na cidade agonizam com a poeira ou com usos para além do artístico. Com sua ocupação restrita há quase um ano e meio, a Sala de Encenação Flávio Márcio, no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, configura importante perda para a expressão contemporânea, haja vista sua possibilidade múltipla de uso.

Após diferentes reuniões com técnicos do Corpo de Bombeiros e embates que vão da flexibilidade necessária à vistoria de bens tombados até a impossibilidade de alteração da escada de madeira do espaço cultural, o superintendente da Funalfa Rômulo Veiga é pessimista em relação a um consenso. “Não consigo enxergar, num horizonte, uma anuência do Corpo de Bombeiros. Falta uma sensibilidade em relação aos tombamentos. Mas entendo, também, que eles têm que ter responsabilidade, e precisamos encontrar uma solução conjuntamente”, argumenta ele, que defende outra destinação para uma pequena sala do Paschoal Carlos Magno, anteriormente projetada para servir como um auditório com 32 lugares. Sua proposta, que está em análise, é que o lugar seja licitado para uma livraria que deveria comportar uma biblioteca com publicações da Lei Murilo Mendes.

ATO IX

À espera de um auto

Em obras desde 2016, o Centro Cultural Pró-Música/UFJF, com seu teatro para 500 lugares – o segundo maior da cidade ao lado do Teatro Solar – junta-se ao centro cultural do complexo Mascarenhas na ausência de previsão para reabertura. Segundo a assessoria de comunicação da Pró-reitoria de Cultura da UFJF, responsável pela gestão do local, alterações já foram feitas, como a troca de carpetes e cortina, mas a obra atravessará 2018. Também sob tutela da universidade, o Cine-Theatro Central continua com seu Balcão Nobre e Galeria fechados, o que representa 650 lugares a menos no maior teatro da cidade. Licitada e contratada, a empresa que fará as adaptações a fim de que o lugar conquiste o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, aguarda aprovação do projeto pela corporação.

ATO X

O que restringe também alimenta

Os 17 teatros que colocam Juiz de Fora como referência nacional em número de casas num país onde apenas 23,4% dos municípios possuem teatro ou sala de espetáculos, segundo a Pesquisa de Informações Básicas Municipais divulgada pelo IBGE em 2015, não configuram agenda teatral regular para a cidade, mas esporádicos e inconstantes eventos, como o agigantado Central, que nos 31 dias de março apresenta somente três espetáculos artísticos. Iniciado no próximo dia 4 de março, o projeto “Caravana da alegria”, desenvolvido pelo Teatro Solar, busca manter uma frequência despertada pelo projeto “Diversão em cena”, promovido pela Fundação ArcelorMittal Brasil, que leva, há anos, famílias para espetáculos infantis nas tardes de domingos. “Nossa ideia é preencher essa lacuna”, aponta o produtor Gil Berbari, anunciando a programação que se estende até o final de abril, sempre às 16h e a preços populares.

Apontando para uma manutenção custosa, Berbari defende a locação do teatro para eventos como fundamental para ter “uma vida financeira saudável”. “Temos feito locação para formaturas e também espetáculos daqui e de fora. Para ser uma casa totalmente voltada para o aspecto artístico, fica difícil. Tem que diversificar com palestras, cerimônias. No ano passado tivemos até festa de encerramento de escolas de capoeira. Funcionamos o mês todo porque temos locações”, observa, afirmando uma prática que se faz presente na maioria das casas privadas da cidade, do Centro Cultural Benfica à Casa D’Itália. Tombado pelo município, o Teatro Academia não pratica aluguel, mas se volta prioritariamente para a comunidade escolar, abrindo-se para o restante da cidade esporadicamente, como para as apresentações gratuitas da Cia. de Atores da Academia. De acordo com a assessoria de comunicação da instituição, o uso do espaço para eventos externos é avaliado pontualmente pela diretoria.

Os custos técnicos, com equipamentos de iluminação e sonorização, bem como aluguel dos espaços, para o diretor Hussan Fadel, do Corpo Coletivo, acabam por encarecer a produção local, sempre às voltas com baixos orçamentos para erguer suas peças. “O empreendedorismo do ser artista está em ter que contar que o trabalho vai dar retorno, sem ter garantia para isso. Um técnico de informática pode ter dificuldade de arrumar um grande número de clientes, mas não vai deixar de ganhar, porque sempre vai ter alguém que precisa. Já um técnico de luz para teatro é a primeira coisa que o artista vai cortar, porque o aluguel de um spot custa R$ 50 a diária. E ninguém usa só um. E, ainda, precisa da mesa, que custa R$ 150 por dia. Cortamos isso, porque em três dias de espetáculo já gastamos R$ 1.000. Então, começamos a trabalhar de uma forma mais enxuta”, comenta, referindo-se à frequente prática de adaptação dos artistas das muitas cenas que conformam o teatro de Juiz de Fora.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Coluna Cesar Romero

Data: 28/02/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/28-02-2018/raquel-fraga-e-debora-queiroz-em-clima-festivo.html

Título: Destaque de JF

Pesquisador do departamento de Psicologia da UFJF, Telmo Ronzani é um dos 19 autores do livro “Drugs and social context: social perspectives on the use of alcohol and other drugs” obra em inglês, disponível para venda ‘on-line’. O selo é da Springer, maior editora científica do mundo.

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