Veículo: TV Integração – Globo

Editoria: MGTV

Data: 22/02/2018

Link: http://g1.globo.com/minas-gerais/videos/v/ex-reitor-da-ufjf-henrique-duque-segue-preso-no-ceresp-em-juiz-de-fora/6524833/

Título: Ex-reitor da UFJF, Henrique Duque, segue preso no Ceresp em Juiz de Fora

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Veículo: Revista Fórum

Editoria:

Data: 22/02/2018

Link: https://www.revistaforum.com.br/o-judiciario-esta-refem-das-operacoes-teatrais-diz-jurista-sobre-prisao-de-ex-reitor-da-ufjf/

Título: “O Judiciário está refém das operações teatrais”, diz jurista, sobre prisão de ex-reitor da UFJF

“Repete-se a história de Lula no TRF-4: o comportamento do Judiciário durante a instrução processual torna o juiz absolutamente inidôneo para julgar o réu”, diz Thomas Bustamante

O professor de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Thomas Bustamante, publicou em sua página no Facebook um texto a respeito da prisão de ex-servidores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), durante ação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, na “Operação Editor”. Entre os detidos está o ex-reitor Henrique Duque Miranda Chaves, gestor da universidade por oito anos. Bustamante se graduou na UFJF e lamentou profundamente a situação pela qual passa a tradicional instituição. O professor, mestre e doutor ministra aulas no Departamento de Introdução ao Direito e Direito do Trabalho, com especialização e Hermenêutica Jurídica, Filosofia ao Direito e Teorias da Argumentação Jurídica.

Acompanhe a íntegra do texto:

Sobre a crise na UFJF

“Todos os investigados terão a oportunidade de exercer a mais ampla defesa”, diz o Procurador do MPU. Conheço todos os envolvidos, pois vim dessa comunidade acadêmica. Trabalhei com um dos presos por 4 anos, de 2001 a 2005, e aprendi a advogar com ele.

Frequentei a casa do ex-reitor. Fui colega e tive bom relacionamento com o Procurador da República que pediu a prisão. Estou aqui rezando, apesar de não ser religioso, para que o juiz autor da ordem não tenha sido um dos dois juízes da 3ª Vara Federal de JF que é (ou pelo menos foi) meu amigo e foi meu cliente na época em que advoguei.

A única coisa que eu pergunto, sem ler o processo, sem ter conhecimento dos fatos, é a seguinte: “Será que terão realmente oportunidade de exercer defesa?”. “Será mesmo ‘a mais ampla’ defesa?”.

Repete-se a história do processo de Lula no TRF-4: o comportamento do Judiciário durante a instrução processual torna o juiz absolutamente inidôneo para julgar o réu. O que acontecerá com o Juiz e o Procurador se ao final os Réus forem absolvidos? Quem terá sido responsável por abusos? O juiz não acaba condenando (ao menos moralmente) a si mesmo e ao MP se porventura ele chegar à conclusão de que os fatos são inexistentes?

Lamento muito tudo isso que está acontecendo. Lamento ver pessoas da UFJF, que sempre será a minha casa não importa quantos anos eu passe vinculado a outras instituições, pessoas que foram alunas dos presos, oscilando entre a indiferença e o deleite, tomadas por mágoas pessoais e ressentimentos políticos.

O Brasil está virando uma sociedade cruel, embrutecida, rancorosa. Só posso lamentar, com o coração partido e os olhos rasos.

PS1: O meu comentário mais técnico vai aí. Estamos perdendo o Estado de Direito porque estamos perdendo a independência do Judiciário. O judiciário está se transformando em uma espécie de departamento do MP e da Polícia Federal… Está refém dessas operações espalhafatosas e teatrais.

Eu tenho profunda dificuldade para entender como alguém poderia interferir em provas estando fora da reitoria há mais de 2 anos. Não me vem à cabeça como alguém pode forjar alguma coisa hoje, gozando de afastamento para estudos, sem nem ter acesso a qualquer órgão administrativo da instituição. Como alguém pode fraudar processos administrativos hoje tendo na reitoria os seus opositores políticos, que têm acesso a todas as posições importantes na universidade?

Dá realmente para acreditar que há algum risco para a investigação? Estamos vivendo uma era do espetáculo! Isso não é Estado de Direito.

PS2: Todos os presos, até onde eu sei, estão no espectro político da Direita. Meu amigo, professor e ex-sócio que está hoje dormindo no presídio é “Tucano Roxo” e na última vez que eu troquei mensagem com ele foi no julgamento de Lula, quando eu mandei uma mensagem desaforada questionando os memes e as comemorações pelo julgamento do TRF-4. Dei um “chega-para-lá” e não nos falamos mais.

Sobre esse assunto, um aviso: se alguém entrar na minha timeline para dizer “bem feito”, ou “está vendo!” ou de alguma maneira comemorar a desgraça alheia, será sumariamente bloqueado.

Peço a todos que respeitem esse momento.

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Veículo: TV Integração – Globo

Editoria: MGTV

Data: 22/02/2018

Link: http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/videos/v/colegio-de-aplicacao-da-ufjf-recebe-estudantes-dinamarqueses-em-intercambio/6524041/

Título: Colégio de Aplicação da UFJF recebe estudantes dinamarqueses em intercâmbio

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Podcast

Data: 22/02/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/podcast/22-02-2018/ministerio-publico-federal-esclarece-prisao-preventiva-de-ex-reitor-da-ufjf.html

Título: Ministério Público Federal esclarece prisão preventiva de ex-reitor da UFJF

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 22/02/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/22-02-2018/palestra-na-ufjf-debate-uso-medicinal-de-compostos-encontrados-na-maconha.html

Título: Palestra na UFJF debate uso medicinal de compostos encontrados na maconha

O uso medicinal dos canabinoides, compostos químicos encontrados na maconha, será tema de uma palestra, nesta sexta-feira (23), ministrada pelo médico Paulo Fleury Teixeira, ativista pela legalização do uso medicinal da cannabis. O evento, promovido pelo Grupo de Apoio a Pais e Profissionais de Pessoas com Autismo (Gappa), em parceria com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), acontece no Anfiteatro das Pró-reitorias, no campus da UFJF, às 19h. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas on-line ou na hora do evento.

Em entrevista ao portal da UFJF, o professor da Faculdade de Medicina Márcio Alves destacou que os canabinoides têm sido utilizados em inúmeros tratamentos medicinais, inclusive de pessoas autistas. Segundo ele, a palestra visa a detalhar o tema para auxiliar pais de autistas e pacientes com outras condições para as quais a cannabis se mostra vantajosa, além de ajudar profissionais que cuidam dessas pessoas a encontrarem acesso com segurança e qualidade ao tratamento indicado.

“A iniciativa pretende tirar da clandestinidade essa temática, que é de alta relevância em diversos aspectos. A cannabis foi recentemente incluída como medicamento reconhecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O Conselho Federal de Medicina também tem uma resolução recente sobre como prescrever os canabinoides. Além disso, a pesquisa e a tecnologia em cannabis medicinal têm tido um boom nos últimos dez anos, especialmente após o governo americano e outros países permitirem a continuidade das pesquisas com as substâncias proibidas. As evidências são tantas, principalmente em relação aos canabinoides, que as pessoas se arvoram a utilizar mesmo antes das regulamentações estarem disponíveis. Atualmente, nos Estados Unidos, Canadá, Europa, o uso terapêutico dos canabinoides já é uma realidade. No Brasil, já existem grupos ativistas que conseguiram avanços importantes, como o Grupo Abrace, que atua no Nordeste”, disse o professor, ao site da UFJF.

Após a palestra, haverá debate sobre a temática com a presença do palestrante, do professor Márcio Alves, da doutora em Psiconeurobiologia Sueli Mendonça Netto e da neuropediatra Valéria Modesto Barbosa Leal.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Coluna Cesar Romero

Data: 22/02/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/22-02-2018/a-39.html

Título:

Logo mais, na Sociedade de Medicina, tem mesa-redonda sobre a febre amarela. Vão falar o professor Rafael Veríssimo Monteiro (da Faculdade de Medicina Veterinária da UFJF), o infectologista da Santa Casa, Guilherme Côrtes Fernandes e a coordenadora do curso de História da UFJF, Vanessa Lana.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 23/02/2018

Link:

Título: Defesas pedem liberdade provisória de Henrique Duque e Nilson Leão

No início da noite desta quinta-feira (22), as defesas do ex-reitor Henrique Duque e do ex-secretário de Assuntos Jurídicos da UFJF Nilson Rogério Pinto Leão entraram com pedido de liberdade provisória de ambos no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). Eles, assim como o ex-pró-reitor de Planejamento, Carlos Elízio Barral Ferreira, foram presos durante a operação “Editor”, que apura fraudes em licitação, falsidade ideológica em documentos públicos, concessão de vantagens contratuais indevidas, superfaturamento e peculato envolvendo as obras do Hospital Universitário (HU) da UFJF.

A solicitação é com ou sem fiança. Conforme a última atualização no sistema Judiciário, os processos foram distribuídos para a 3ª Vara, cuja decisão está a cargo do juiz federal Bruno Souza Savino. Por telefone, o advogado Lucas Sampaio de Souza, que representa Duque, preferiu não comentar o assunto, dizendo que, “a partir de agora, tudo é uma questão de estratégia da defesa”.

Também na noite desta quinta, a Tribuna telefonou para o escritório do advogado que representa o ex-pró-reitor Carlos Elizio Barral Ferreira. No entanto, foi informado que o advogado Sergio Luiz Lima Sefair já havia encerrado o expediente. Seguindo orientações do próprio escritório, a reportagem enviou e-mail a ele, perguntando sobre a condição do ex-pró-reitor e os caminhos que deverão ser adotados pela defesa, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. O advogado Sávio Romero Cotta, que representa Nilson Rogério Pinto Leão, também foi procurado, por telefone, na noite de quinta-feira, mas a Tribuna não obteve êxito.

LEIA MAIS: MPF diz que prisão de ex-reitor e outras quatro pessoas quer evitar manipulação de provas

Os investigados estão sendo mantidos na mesma cela do Ceresp, unidade prisional para onde foram encaminhados na última quarta-feira e madrugada de quinta-feira. Todos tiveram as cabeças raspadas, conforme as determinações da Secretaria de Administração Penitenciária. O prontuário do Infopen também mostra que eles estão usando o uniforme de cor vermelha comum a todos os detentos da cadeia. A única mulher do grupo de cinco pessoas, funcionária da Tratenge, Maria Cristina de Resende, foi conduzida para a Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires. Todos tiveram a prisão preventiva decretada com a finalidade de evitar a manipulação de provas, segundo o procurador da República, Marcelo Medina.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: MGTV

Data: 23/02/2018

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/ufjf-implanta-sistema-para-avaliar-alunos-que-ingressam-por-meio-de-cotas-raciais.ghtml

Título: UFJF implanta sistema para avaliar alunos que ingressam por meio de cotas raciais

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) vai realizar uma avaliação de alunos que entraram na instituição por meio da política de cotas raciais após denúncias sobre candidatos que foram classificados e efetuaram a pré-matrícula, mas não estavam de acordo com os critérios estabelecidos pela lei.

A meta é verificar se os futuros universitários se enquadram dentro das condições estabelecidas pelo edital da UFJF , conforme as regras de cotas para negros, pardos e indígenas.

De acordo com o diretor de Ações Afirmativas, Julvan Moreira, a comissão já foi criada e é composta por professores e técnicos administrativos de diversas áreas. Já os critérios de análise ainda não foram todos definidos. O trabalho deve ser concluído na próxima semana pra que os alunos que vão se matricular já sejam submetidos a avaliação da comissão.

A comissão aguarda a confirmação de matrícula do Sisu e do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) para dar andamento aos trabalhos.

Em julho de 2017, a UFJF, construiu uma comissão responsável pela analise da documentação da matricula de candidatos com deficiência. Dos 52 processos expedidos, 24 foram indeferidos, muitos por falta de documentação e por serem casos não aptos a entrarem na cota.

Segundo a presidente da comissão para pessoas com deficiência, Katiucia Vargas, explica os critérios que são considerados na avaliação. “Nós analisamos os laudos médicos bem detalhados com relação ao tipo de deficiência, ao código internacional de doença de acordo com a legislação”.

Além dessa análise, é feita também uma entrevista pra que a universidade possa ampliar a acessibilidade de acordo com cada estudante.

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Veículo: TV Integração – Globo

Editoria: MGTV

Data: 23/02/2018

Link: http://g1.globo.com/minas-gerais/videos/v/ufjf-implanta-sistema-para-avaliar-alunos-que-ingressam-por-meio-de-cotas-raciais/6528102/

Título: UFJF implanta sistema para avaliar alunos que ingressam por meio de cotas raciais

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Gastrô+

Data: 23/02/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/especiais/gastro/23-02-2018/piquenique-vegano-neste-domingo-na-ufjf.html

Título: Piquenique vegano neste domingo na UFJF

Idealizado pelo núcleo juiz-forano da SociedadeVegetariana Brasileira, será realizado no campus da UFJF o 40º “Piquenique Vegano Para Todos”. O evento terá sorteios, brincadeiras, atividades física, e debates e troca de informações sobre o veganismo. Claro, também haverá comidinhas deliciosas, mas o esquema é colaborativo, e os organizadores pedem que cada um leve alguns itens individuais: guardanapo e/ou papel-toalha, faca, colher ou garfo (para servir), talheres para comer, prato, toalha para piquenique e saco para lixo. Como sugestão de alimentos, que não devem ter ingredientes de origem animal, algumas sugestões são: requeijão de soja, bolo de cacau, pães integrais, amendoim, castanha de caju, pasta de tofu e muitos outros (a dica é olhar no rótulo para conferir se não há ingredientes animais).

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Veículo: TV Integração – Globo

Editoria: MGTV

Data: 23/02/2018

Link: http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/videos/v/evento-na-ufjf-discute-uso-medicinal-da-maconha/6526571/

Título: Evento na UFJF discute uso medicinal da maconha

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Notícias

Data: 23/02/2018

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/evento-na-ufjf-discute-uso-medicinal-da-maconha-nesta-sexta-feira.ghtml

Título: Evento na UFJF discute uso medicinal da maconha nesta sexta-feira

O Grupo de Apoio a Pais e Profissionais de Pessoas com Autismo (Gappa) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) realiza nesta sexta-feira (23) uma palestra para debater o uso medicinal da maconha.

O evento é gratuito e aberto à comunidade e as inscrições para participação na atividade podem ser feitas pela internet.

A palestra “Uso Terapêutico dos Canabinoides” será ministrada pelo médico e ativista pela legalização do uso medicinal da cannabis, Paulo Fleury Teixeira, às 19h, no anfiteatro das Pró-reitorias.

Em seguida, haverá debate sobre o assunto com a presença do palestrante, do professor da Faculdade de Medicina da UFJF, Márcio Alves, da doutora em Psiconeurobiologia, Sueli Mendonça Netto e da neuropediatra Valéria Modesto Barbosa Leal.

A cannabis medicial está em processo de consulta pública no Senado Federal e um Projeto de Lei da senadora Marta Suplicy (MDB) pretende legalizar o plantio para fins medicinais. Além disso, foi recentemente incluída como medicamento reconhecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

De acordo com o professor da Faculdade de Medicina da UFJF e um dos organizadores do evento, Márcio Alves, relevância do debate no âmbito universitário acerca do uso terapêutico dos canabinoides, que já é realidade nos Estados Unidos, Canadá e Europa.

“A pesquisa e a tecnologia em cannabis medicinal têm tido um boom nos últimos dez anos, especialmente após o governo americano e outros países permitirem a continuidade das pesquisas com as substâncias proibidas. As evidências são tantas, principalmente em relação aos canabinoides, que as pessoas se arvoram a utilizar mesmo antes das regulamentações estarem disponíveis. Atualmente, nos Estados Unidos, Canadá, Europa, o uso terapêutico dos canabinoides já é uma realidade. No Brasil, já existem grupos ativistas que conseguiram avanços importantes, como o Grupo Abrace que atua no nordeste”, disse.

Alves destaca ainda que os canabinoides têm sido utilizados em inúmeros tratamentos medicinais, inclusive de pessoas autistas.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 23/02/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/23-02-2018/obra-do-huufjf-tem-prejuizo-de-quase-r-1-milhao.html

Título: Obra do HU/UFJF tem prejuízo de quase R$ 1 milhão

Uma Comissão de Sindicância Administrativa instituída pela UFJF com a finalidade de detalhar os danos causados às edificações que compõem o Hospital Universitário- Unidade Dom Bosco aponta que o prejuízo em decorrência da paralisação das obras é de quase R$ 1 milhão. O documento, obtido com exclusividade por meio da Lei de Acesso à Informação, foi produzido após o Tribunal de Contas da União (TCU) emitir, em novembro de 2016, diversas determinações para que a universidade adotasse medidas com o objetivo de resguardar os serviços já executados. No Acórdão 2795/2016, o órgão exigiu a instauração de processo administrativo, a fim de identificar os responsáveis pelos descumprimentos e quantificar o dano relativo aos serviços que necessitarão ser corrigidos ou refeitos em decorrência da interrupção das obras há dois anos e oito meses, após a suspensão do contrato com a Tratenge Engenharia.

As suspeitas de fraude no empreendimento levaram à prisão preventiva, na última quarta-feira, do ex-reitor Henrique Duque, do ex-secretário de Assuntos Jurídicos, Nilson Rogério Pinto Leão, e do ex pró-reitor de Planejamento da UFJF, Carlos Elízio Barral Ferreira. Também estão presos o diretor-presidente da Tratenge, Renato Moraes Salvador Silva, e a diretora de negócios da empresa, Maria Cristina de Resende. Eles estão sendo investigados pelo Ministério Público Federal em função do desvio de R$ 19 milhões, já que não há justificativas para esse montante.

A não conclusão do projeto de 59,5 mil metros quadrados deixa ainda mais vulnerável a saúde do município. A ampliação do novo HU garantiria 342 leitos para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), além de uma maternidade com um Centro de Parto Natural, um Centro de Queimados, um Centro de Atenção Psicossocial, um bloco destinado à Radioterapia, espaço para realização de transplantes, centros cirúrgicos e clínicas de atendimento e emergência. Mas no lugar de um grande hospital há o esqueleto de uma obra imensa, com restos de material espalhados por vários andares, na qual já foram injetados R$ 100.229.000 de dinheiro público. A Tribuna esteve, na tarde desta quinta-feira no local, e constatou os problemas. No espaço, há telhas de alumínio já estragadas, cabeamentos incompletos e redes de gases medicinais que não foram concluídas.

LEIA MAIS: MPF diz que prisão de ex-reitor e outras quatro pessoas quer evitar manipulação de provas

A descontinuidade dos trabalhos já levou à perda de outros R$ 924.049,93. O valor foi atualizado pela última vez em dezembro de 2016 e não aponta todas as perdas, já que muitos dos itens levantados não têm como ser quantificados, segundo a própria sindicância.

De acordo com a presidência da Comissão de Sindicância Administrativa, o processo de 150 páginas deveria ser encaminhado ao ministro do TCU, José Múcio Monteiro. Em nota, a UFJF afirmou que o parecer da comissão se encontra, neste momento, junto à Procuradoria. Essa, por sua vez, ainda não concluiu sua análise e nem o parecer de encaminhamento para a Administração Superior.

Problemas em todos os pavimentos do maior bloco da obra

O relatório foi produzido entre os dias 10 de janeiro e 19 de fevereiro de 2017 por servidores da Pró-Reitoria de Infraestrutura e Gestão da UFJF. Os maiores prejuízos da paralisação foram ocasionados pela exposição às intempéries, como chuva, sol e vento. Na maioria dos blocos, mesmo após a suspensão, não foi feita a proteção do que havia sido construído. Materiais como paredes de gesso, estrutura metálica, piso e portas foram danificados. Em algumas situações há a necessidade de o serviço ser totalmente refeito. É o caso da fundação da radioterapia, na qual a falta de concreto especial não previsto na planilha contratual impediu a realização da concretagem. Com isso, o aço permaneceu exposto às intempéries. “Tal fato levou à oxidação superficial de toda a armadura de aço”, considerou o grupo de engenheiros que assinam o documento.

Só nesta fase da obra, cujo estágio contempla apenas 10% do previsto, foram gastos R$ 264.266, 52. Para tratar a proteção da armadura da radioterapia seriam necessários mais de R$ 239 mil. O valor para recuperação do dano corresponde a aproximadamente 90% do que já foi gasto.

Ainda de acordo com o documento foram encontrados problemas em todos os pavimentos do Bloco E, que compreende oito pavimentos na Torre A e 13 pavimentos na Torre B. Só neste bloco, o maior do complexo hospitalar, os danos identificados somam mais de R$ 560 mil.

Prejuízo pode ser maior

O documento ressalta, ainda, que o prejuízo pode ser bem maior se considerados os danos à proteção passiva contra incêndio (PPCI), mais especificamente a pintura intumescente e a argamassa projetada aplicados na estrutura metálica. Nesses locais foram encontrados pontos de infiltração e umidade, que provocaram a oxidação das peças. Os avaliadores entenderam que uma empresa especializada deve ser consultada para avaliar a integridade dos materiais e as medidas necessárias. No entanto, caso seja necessário refazer todo o trabalho, o prejuízo somente nesse serviço poderá chegar a mais de R$ 2,5 milhões.

Dentro da estrutura hospitalar há anexos sem constatação de prejuízos, como o bloco E9, planejado para abrigar o ambulatório. Segundo a UFJF, a unidade foi paralisada com 90% das obras concluídas. Para finalizá-la, é necessária a construção de passarela de interligação com o bloco E8.

Vigilância da obra

A sindicância administrativa apontou que os ex-reitores da instituição Júlio Maria Fonseca Chebli, Marcus Vinício Chein Feres e o atual reitor Marcus Vinicius David “não ficaram inertes e nem foram omissos na preservação das estruturas edificadas no período entre 29 de junho de 2015 e a data presente”. Para os membros do procedimento, os gestores atuaram para reforçar a vigilância da obra, cercando o canteiro e realizando o diagnóstico do que precisa ser realizado para a conclusão do empreendimento. O relatório aponta também que a quantidade de fiscais designados para acompanhar a execução do contrato foi insuficiente, prejudicando o andamento dos trabalhos. Dentre as causas apontadas para paralisação das obras, a principal foi a suspensão da liberação de recursos para o pagamento da construtora por parte do Ministério da Educação (MEC), ocorrida a partir de fevereiro de 2015.

Sobre a retomada das obras, a equipe técnica da UFJF e a administração do HU informaram que está sendo finalizada a proposta, levando em conta as prioridades para a assistência e o ensino.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 23/02/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/23-02-2018/oab-considera-constrangimento-ilegal-prisao-de-advogado-em-ceresp.html

Título: OAB considera constrangimento ilegal prisão de advogado em Ceresp

A já conhecida precariedade do Ceresp é um dos motivos que embasaram o pedido de liberdade provisória para dois dos três investigados na Operação Editor, da Polícia Federal, que estão presos na cadeia pública desde a última quarta-feira. A defesa do ex-reitor da UFJF Henrique Duque espera para as próximas horas uma resposta à solicitação protocolada junto ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) na noite de quinta-feira, dia 22. O mesmo pedido foi apresentado pela defesa do ex-pró-reitor Carlos Elízio Barral Ferreira na audiência de custódia ocorrida também na quinta-feira.

Já a Procuradoria Regional de Prerrogativas da OAB/JF e a Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas da Ordem impetraram no TRF1 habeas corpus em favor do advogado Nilson Rogério Pinto Leão, segundo aponta publicação na página oficial da OAB/JF. Conforme a movimentação processual, as solicitações já tinham parecer do Ministério Público Federal e aguardavam a decisão do juiz da 3ª Vara, Bruno Souza Savino.

Em nota pública, a Procuradoria Regional de Prerrogativas da OAB sustenta a inadequação do Ceresp para a manutenção de um advogado. “Verifica-se, ainda, que o Ceresp de Juiz de Fora, em que o douto advogado encontra-se acautelado, não possui quaisquer dos predicados inerentes à sala de Estado-Maior ou comodidades condignas para o seu acautelamento. Assim, a situação do paciente padece de constrangimento ilegal, vez que afronta às prerrogativas de função expressas no Estatuto da OAB.”

Já a defesa do ex-pró-reitor, Carlos Barral, disse, nesta sexta-feira (23), por e-mail, que entende como “desnecessária a prisão preventiva de seu cliente nesta fase”, uma vez que ele é investigado e não réu. Outra justificativa é que ainda não há ação penal. Sobre a situação de Barral, o advogado Sérgio Sefair confirma que, embora ele e os outros estejam em cela especial, a “situação é precária, como é padrão no sistema prisional brasileiro”. A informação é que os investigados dividem uma cela de dez metros quadrados com outros detentos. Segundo Sefair, todos os investigados fizeram pedido de liberdade em audiência de custódia. “Estamos aguardando a decisão.”

O advogado José Sad Júnior, que representa o diretor-presidente da Tratenge Engenharia, Renato Moraes Salvador Silva, também detido no Ceresp, e a funcionária da empresa Maria Cristina de Resende, presa na Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, informou que a empresa, por enquanto, não vai se manifestar sobre o processo. “Vamos aguardar o retorno dos autos que estão a cargo do Ministério Público Federal.”

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Tribuna Livre

Data: 23/02/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/opiniao/tribuna-livre/23-02-2018/reus-ou-condenados.html

Título: Réus ou condenados?

Por Cristina Castro, Professora, integrante da Diretoria Plena da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino – Contee e da coordenação executiva do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação – FNDC

Quando o investigado é tratado como condenado, é porque há algo de estranho no ar.

A conjuntura atual tem dado espaço para situações inimagináveis. Não se faz, aqui, nenhuma defesa das irregularidades ou de quaisquer desvios; todos devem ser rigorosamente apurados e, havendo delito, obviamente condenados. No entanto, o que temos assistido são shows espetaculares de prisões, antecipando condenações de réus que possuem residência fixa, emprego e, mais do que isso, conhecimento da investigação – o que implica que, se houvesse intenção de fuga, ou destruição de provas, já o teriam feito.

Vivemos um período, de 2002 a meados de 2015, de amplo investimento na educação – aquém, claro, da demanda reprimida por séculos -, principalmente nas universidades federais. A concretização da premissa “o filho do pedreiro também vai virar doutor” pôde ser executada por meio da dedicação e da competência de muitos professores e professoras, que se elegeram reitores ou reitoras. Homens e mulheres que, ao assumirem a administração pública, se viram diante de limitações burocráticas que inviabilizariam a implementação de necessárias ações para dar concretude às demandas.

Prender, raspar a cabeça e tratar investigados como condenados fere o processo democrático que buscamos construir. Não há dúvida de que desvios e improbidades em administrações públicas foram cometidos ao longo da colonização e do desenvolvimento do Brasil. No entanto, em tempos de tantos avanços tecnológicos, recorrer, com investigados, a práticas aplicadas a condenados é, no mínimo, assustador. O suicídio do ex-reitor da UFSC demonstra que humilhação e constrangimento podem ser superiores à estrutura humana de quem fez da educação sua opção de vida.

O terrível, nesse contexto que agora acomete o ex-reitor da UFJF Henrique Duque, é saber que adversários políticos utilizam de momentos antidemocráticos para exaltar uma falsa moral e ética. Estamos diante do ataque não a uma pessoa, mas a um projeto de crescimento universitário, que teve de ser executado, paradoxalmente, nos moldes dos anos em que nenhuma vaga foi criada. Falamos em investimento com regras e procedimentos administrativos retrógrados.

O ex-reitor da UFJF manifestava com orgulho que seu partido era a universidade e, assim, conquistava emendas parlamentares dos mais variados parlamentares e siglas. Um reitor considerado exemplo em dedicação e execução do Reuni – projeto de ampliação universitária. Um reitor que está fora do cargo há mais de dois anos e que, logo, teria muita dificuldade de interferir nas provas, sobretudo com o grupo adversário à frente da universidade – o que justifica, então, a prisão? Um reitor que, se apuradas irregularidades, deverá ser condenado e cumprir todas as decisões legais, mas que, antes disso, deve ter assegurados a lei e o amplo direito de defesa.

O estado de exceção que vivemos desde o impeachment amplia seus tentáculos e coloca qualquer cidadão brasileiro à mercê de vontades e atitudes não consoantes com a Constituição. Que o Estado de direito seja restabelecido para que as investigações e as apurações de quaisquer crimes possam ser feitas dentro da normalidade da ordem.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 23/02/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/esportes/23-02-2018/jf-volei-encara-maringa-na-luta-pela-sobrevivencia-na-superliga.html

Título: JF Vôlei encara Maringá na luta pela sobrevivência na Superliga

Juiz de Fora tem mais um encontro decisivo com Maringá na Superliga Masculina. Se há dois anos as equipes lutavam pela permanência na elite do voleibol nacional em Seletiva, vencida pelo JF Vôlei, o duelo às 18h deste sábado (24), novamente no Ginásio da UFJF, terá os mesmos contextos dramáticos para os times. Lanterna com 5 pontos, os locais podem ter o rebaixamento sacramentado caso percam o jogo para os paranaenses, penúltimos na tabela, com 7 pontos.

Isto ocorre se o Montes Claros (MOC), com 13 pontos, vencer seu jogo contra o Sada Cruzeiro, fora de casa. Se o MOC conquistar 3 pontos, derrota juiz-forana por qualquer placar decreta seu descenso. Mas, caso o MOC vença no tie-break, chegaria aos 15, pontuação que o JF Vôlei ainda conseguiria alcançar se também perder para Maringá por 3 a 2, pois chegaria aos 6 pontos e ainda teria 9 em disputa nas últimas três rodadas.

Uma vitória dos juiz-foranos, contudo, eleva as chances de sobrevivência, mesmo que ainda pequenas. Com o triunfo, o JF Vôlei pode chegar aos 8 pontos, o que possibilitaria ultrapassar Montes Claros e Ponta Grossa/Caramuru (PR). Esse último soma 15 pontos e visita o Canoas na rodada. Restarão aos juiz-foranos, ainda, duelos contra Caramuru (fora), Canoas (em casa) e Corinthians (fora).

Ciente das possibilidades matemáticas, o líbero do JF Vôlei, Juan Mendez, reiterou a necessidade do resultado positivo no compromisso deste sábado. “É um jogo importantíssimo. A primeira das quatro finais que temos pela frente. Precisamos da vitória, estamos treinando forte e vamos fazer tudo o que o Henrique (Furtado, técnico) nos pediu na semana. Serão seis contra seis em quadra, nada além disso, e temos como vencer os últimos jogos”, destaca.

O JF Vôlei deve ter em quadra o levantador Adami, o oposto Emerson, os ponteiros Raphael e Leozinho, os centrais Bruno e Rômulo, além do próprio líbero argentino, Juan Mendez. Os ingressos para o duelo na portaria do Ginásio estarão à venda nos valores de R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Voo livre

Data: 23/02/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/23-02-2018/251366.html

Título:

Vão até 7 de março, as inscrições para o Programa Boa Vizinhança da UFJF, exclusivo para moradores da Cidade Alta. Entre os cursos oferecidos, inglês, espanhol, francês e italiano.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Política

Data: 23/02/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/politica/23-02-2018/vereador-quer-proibir-posse-de-arma-nas-dependencias-da-camara-de-jf.html

Título: Vereador quer proibir posse de arma nas dependências da Câmara de JF

O acesso de pessoas portando armas de fogo ou brancas na dependência do Palácio Barbosa Lima pode ser proibido. A proposta foi sinalizada pelo vereador Wanderson Castelar (PT) durante reunião ordinária desta sexta-feira (23). A movimentação ocorreu um dia após o plenário da Câmara voltar a sediar enfrentamentos entre grupos de alinhamento ideológicos distintos, durante a realização de uma tribuna livre. Na noite de quinta-feira, a dermatologista Tânia Mara Pimentel Gomes tentou fazer uma explanação sobre o que chama de “ideologia de gênero”. Após um discurso que chegou a ser interrompido várias vezes por manifestação de presentes, um bate-boca generalizado estendeu-se pela audiência, com relatos de agressões físicas e da presença de pessoas armadas no interior do parlamento, sendo necessário o reforço de policiamento militar. O documento deve ser apresentado na próxima segunda-feira (26).

Além da nova polêmica, a movimentação de Castelar se deu após uma ampla discussão em torno de outro projeto de resolução apresentado por Carlos Alberto Mello (Casal, PTB), que chegou a figurar na pauta de votação da sessão desta sexta-feira. O dispositivo altera o regimento interno da Casa e proíbe o público presente a utilizar qualquer tipo de equipamento ou aparelho sonoro que possa causar desarmonia no andamento dos debates parlamentares. Diante das recentes polêmicas, Castelar classificou a proposição como incoerente. “O mesmo que condena a utilização deste tipo de equipamento, algo que eu também defendo, é o que defende a possibilidade de pessoas entrarem armadas neste plenário. Megafone não pode. Arma pode. Que coerência é esta? Onde está a lógica desta questão”, afirmou o petista. A fala foi direcionada à Mello, que, em outubro do ano passado, afirmou em plenário que seus assessores policiais militares, por prerrogativa garantida por legislação federal, possuem autorização para andar armados.

Castelar considerou ainda que parte da confusão ocorrida entre os grupos presentes na plateia, na última quinta-feira, teria sido causada exatamente pela presença de uma pessoa armada na plateia, que, segundo relatos seria um policial à paisana. “Isto não é a primeira vez que acontece. É uma repetição que vai terminar em cadáveres”, sentenciou. Por outro lado, Mello afirmou que o intuito de proibir o uso de artefatos, como megafones, surgiu a partir de situação ocorrida no ano passado, em que foi recorrente o enfrentamento de grupos de alinhamentos ideológicos distintos. “É uma lei simples”, resumiu. O vereador do PTB ainda ressaltou que a presença dos policiais militares nas dependências da Câmara é uma realidade e tem que ser aceita por todos, bem como a prerrogativa legal que garante a eles o porte de armas.

Mello afirmou ainda que nunca se disse o contrário em relação à adoção de medidas que coíbam o trânsito de pessoas armadas nas dependências do Palácio Barbosa Lima, desde que isto ocorra mediante uma preparação prévia da Casa, com a definição de novos parâmetros de segurança. Um dos exemplos citados é o da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), casa legislativa que conta com detector de metal e proíbe o porte de armas em seu interior. Neste caso, nas situações em que policiais se fazem presentes no local, o que acontece em audiências públicas e discussões de projetos de interesses das forças de segurança, as armas ficam acauteladas em um armário localizado na central de polícia legislativa. “Coloque os cofres. Coloque a segurança necessária. Sou a favor da identificação das pessoas que entram nesta casa”, afirmou o vereador.

Diante da nova polêmica parlamentar, a apreciação do projeto de resolução acabou adiada por pedido de vista de Roberto Cupolillo (Betão, PT). O texto pode, inclusive, passar por revisões. “O Rodrigo Mattos (Presidente da Câmara, PSDB) já nos procurou para tentar aprimorar este projeto”, finalizou Mello.

Projeto de resolução

O texto que deve ser apresentado por Castelar na próxima segunda-feira vai defender a proibição do porte de armas, de qualquer natureza e tipo, nas dependências do Poder Legislativo. Desta forma, a vedação deve se estender a objetos cortantes ou àqueles que possam causar ferimentos graves em situações de enfrentamento. A norma, todavia, deve trazer uma exceção e permitir a utilização de armamento por integrantes das forças de segurança, caracterizadas em algumas situações, como quando os profissionais forem convidados a participar de reuniões, debates, audiências públicas e homenagens, quando estiverem no exercício de suas funções e quando convocados para atuar na prevenção ou contenção de atos de violência, mediante autorização da Mesa Diretora. Caso aprovada, as proibições devem ser comunicadas à população por meio de informativo afixada já na entrada do Palácio Barbosa Lima.

Mesa busca alternativas e estuda experiências de outras casas legislativas

A preocupação com novas regras de segurança não é novidade na Câmara e se deu a partir da incidência de debates acalorados e enfrentamentos de grupos de alinhamento ideológicos confrontantes ocorridos no ano passado. Nesta sexta-feira (23), o vereador Charlles Evangelista (PP) chegou a cobrar da Mesa Diretora posicionamento acerca de requerimento apresentado por ele solicitando a adoção de porta giratória, detector de metais e cadastro de visitantes no acesso ao Palácio Barbosa Lima.

O pedido foi protocolado em outubro do ano passado, quando a Câmara viveu dias tumultuados e chegou a ser ocupada por manifestantes em protesto contra o aumento da tarifa do transporte urbano. No mesmo mês, ainda recebeu grupos favoráveis e contrários a moções de repúdio direcionadas à Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e a vídeo publicado pela instituição em que uma drag queen visita alunos do Colégio de Aplicação João XXIII durante as comemorações do Dia das Crianças, ocasião em que, mais uma vez, houve embates de ideias e confrontamento mais ríspidos entre os presentes.

Instada a se posicionar sobre a adoção de novas medidas de segurança e a proibição do porte de armas nas dependências da Casa, a Mesa Diretora afirmou que segue estudando alternativas e analisando experiências de outros parlamentos para a definição de um projeto compatível com à realidade local. Ao presidir parte da sessão desta sexta, o vereador e primeiro vice-presidente da Câmara, Antônio Aguiar (MDB), afirmou que a Mesa já fez uma consulta às comissões responsáveis do Legislativo juiz-forano para que os colegiados tragam para a Presidência um modelo a ser adotado.

“Não sabemos ainda que tipo de dispositivo. Tão logo haja uma definição, ela será comunicada”, afirmou Antônio Aguiar. Ao responder ao questionamento de Charlles Evangelista, o emedebista voltou a reforçar tal posicionamento. “Estamos em uma fase de levantamento de preços e projetos e de análise de outras experiências. Estamos atentos ao seu requerimento”, finalizou.

Tribuna livre termina com relato de agressão

A polêmica mais recente da Câmara aconteceu durante uma atividade parlamentar em que, via de regra, há pouco espaço para embates e confrontamentos. As tribunas livres são espaços reservados em que entidades e movimentos devidamente credenciados podem expor suas ideias por até vinte minutos no plenário. Desta forma, a ferramenta, em geral, é um discurso de mão única. Não foi o que ocorreu na última quinta-feira (22).

Na ocasião, grupos de linhas ideológicas contrárias se organizaram pelas redes sociais para acompanhar a explanação solicitada pela Associação dos Militares da Reserva Remunerada, Reformados e Pensionistas das Forças Armadas (Amir), com o tema “Educação: contexto legal e saúde”. De um lado, pessoas favoráveis ao posicionamento da oradora Tânia Mara Pimentel Gomes fizeram uma convocação em “defesa da educação sem doutrinação e da família”. Do outro, movimentos contrários à exposição se uniram para criticar o projeto conhecido como “Escola sem partido”.

Apesar da audiência lotada, os primeiros minutos da fala da dermatologista começou de forma tranquila. Mesmo após a oradora afirmar que o tema central de sua explanação seria o que ela rotula como “ideologia de gênero”. Para a médica, tal conceito – refutado por vários setores, entre eles, grupos ligados à educação – seria um “ponto filosófico” que estaria em oposição a “definições biológicas”. As manifestações da plateia, no entanto, acentuaram-se a partir do momento em que Tânia Mara esmiuçou sua linha de argumentação.

“Segundo esta ‘corrente filosófica’, uma pessoa pode amanhecer homem. À tarde, pode querer ser mulher. E, à noite, até ser um animal”, afirmou. A assertiva provocou a manifestação individual de uma das pessoas presentes na plateia, o que fomentou reações dos demais. Diante dos protestos de parte a parte, o presidente da Câmara, Rodrigo Mattos (PSDB), chegou a interromper a tribuna livre para acalmar os ânimos. Após três tentativas de retomar sua fala, a oradora afirmou que preferia encerrar sua explanação e postergar a apresentação para uma outra oportunidade.

Tumulto

Antes do fim da sessão, no entanto, os ânimos e o enfrentamento entre os grupos de linhas ideológicas opositoras se acentuaram. Presentes relataram que a presença de um homem armado entre aqueles que defendiam a explanação da médica causou mal-estar entre os que questionavam a apresentação. Da mesma forma, há relatos de que um jovem que protestava contra o discurso da dermatologista teria sido agredido fisicamente por um homem que integrava o grupo contrário. A informação chegou a ser ratificada na tribuna durante a sessão desta sexta-feira pelo vereador Roberto Cupolillo (Betão, PT).

Por fim, o tumulto foi contornado já com a presença de reforço do policiamento. Ao final da sessão, o presidente da Câmara lamentou o novo incidente. “Quero me desculpar. Vamos usar as imagens para estudar medidas cabíveis”, afirmou. Rodrigo ainda sinalizou a possibilidade de remarcar a discussão e, até mesmo, abrindo espaço para um ponto de vista contraditório.

Regimento

Os desdobramentos do tumulto ocorrido na Câmara na última quinta-feira devem prosseguir na próxima semana. Vários vereadores já afirmaram que pretendem tratar do tema na sessão de segunda -feira. Nesta sexta-feira, Betão chegou a criticar o perfil da tribuna livre solicitada pela Amir. “(A explanação) foi pedida por uma associação de militares aposentados, mas vem uma outra pessoa que não tem nada a ver com a associação para tratar de um assunto que também não tem nada a ver. Houve um desvio de conduta”, considerou.

Como contraponto, integrantes da Mesa Diretora, Rodrigo Mattos e Antônio Aguiar (MDB) defenderam o viés democrático das tribunas livres, aberta à pluralidade de ideias. Por outro lado, o regimento da Casa prevê que “o orador deverá usar a tribuna livre somente para abordar o assunto ao qual se inscreveu”. Cabe ressaltar que o termo “ideologia de gênero” não integrava o assunto que constava no assunto da tribuna livre descrito na ordem do dia do Legislativo da última quinta-feira.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 23/02/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/23-02-2018/evento-reune-fas-de-jogos-de-tabuleiro-e-cartas-em-jf.html

Título: Evento reúne fãs de jogos de tabuleiro e cartas em JF

Evento que teve início em 2016 se tornou referência entre a turma da cultura nerd/geek, a Colexcon – Encontro de Colecionadores e Artistas parte para sua terceira temporada neste sábado (24), a partir das 10h, no Santa Cruz Shopping, apostando em um novo formato. Para este ano, a ideia é dedicar edições temáticas para cada edição, e a primeira delas será dedicada aos jogos não eletrônicos, que envolvem os board games (os tradicionais jogos de tabuleiro), card games e RPG.

Segundo uma das responsáveis pela organização do evento, Priscila Montini, 38 anos, as outras edições já confirmadas serão dedicadas aos quadrinhos (14 de abril), Copa do Mundo (9 de junho), Monarquia do Brasil (18 de agosto) e Dia das Crianças (6 de outubro. O objetivo, a princípio, é não repetir o formato do ano passado, em que foram realizadas dez edições – considerado excessivo e cansativos pelos responsáveis – e também para reforçar a presença de públicos específicos em cada edição.

“Essa edição de jogos não eletrônicos deve chamar a atenção dos mais velhos, que são mais interessados nessa modalidade e que muitas vezes não compareciam para pagar ingresso (nos eventos pagos) apenas para participar dos jogos”, explica. “Além disso, com a variedade de opções, eles reclamavam do excesso de barulho devido a outras atividades, o que dificultava a concentração. Por isso resolvemos desmembrar o evento em vários nichos, como experiência. No dia 18 de março, por exemplo, teremos o ‘Dance – No ritmo da batida’ no Mariano Hall, com as competições de ‘Just Dance’, cosplay e K-Pop.”

Para o evento deste sábado, os organizadores tradicionais (além de Priscila, Igor Sell, Roberto Sousa, Paulo Henrique Delgado e Luís Otávio Pinheiro Lima, um dos principais filatelistas do Brasil), o Colexcon terá a turma do Condado Nerd Brasil (CNBr) dando uma força nos card games, que terão prêmios oferecidos pela loja Point Geeks. Dentre os jogos programados estão “Pokémon”, “Magic”, “Battle Scenes” e “Yu-Gi-Oh!”. O grupo Joga JF fica responsável pelos board games “Survive” e “Flash Point”, com explicação sobre as regras para os interessados em participar. E Loanda Andrade vai organizar as mesas de RPG, que terão jogos como “Lobisomem”, “13ª Era” e “Chopstick”, entre outros. No caso dos RPGs, é preciso garantir vaga na página do evento no Facebook, a RPG – Colexcon Jogos.

Além dos jogos, a primeira Colexcon de 2018 terá exposição de selos, moedas e memorabilia nerd por conta de Luis Otávio; venda de bottons da Prichan e de card games e miniaturas; e acessórios da LoliKa Cute.

Hora de sair da toca

A galera que curte board, card games e afins já está no clima do evento. Aficionado dos card games desde a infância, Léo Souza, 27 anos, é presidente do Condado Nerd Brasil e vê no evento temático uma oportunidade de os apaixonados pela modalidade se encontrarem. “Aqui em Juiz de Fora as pessoas precisam de um espaço para se reunir e falar dos jogos, praticar, criar novos amigos e não ficar apenas em casa”, afirma. Prova de que há gente para tanto são as mais de mil pessoas que interagem nos sete grupos do WhatsApp criados pelo Condado, fundado em 2015, que tratam não só de card games, como também de Sword Play (batalhas de espada), cultura oriental, K-Pop, jogos eletrônicos como “League of Legends” e dois para cultura pop/nerd em geral, e que também se organizam em caravanas para eventos fora da cidade.

Michael Kappel, 20 anos, é apaixonado por card games a ponto de participar de competições de nível nacional, e tem como especialidade o “Yu-Gi-Oh!”. “Gosto muito de videogames também, mas os card games têm essa peculiaridade de você ter que criar a estratégia a partir das cartas que recebe. Às vezes, você está à beira da derrota, e uma carta pode mudar todo o jogo, esse diferencial é que torna tudo mais divertido”, anima-se.

Quem se considera um nerd clássico, daquele que joga card games, board games e RPG, é Erich Magalhães, 22 anos. E tudo começou na infância, no Colégio Granbery, quando se deu conta de que não era bom nos esportes – em particular o futebol – e queria algo para fazer durante o intervalo. Foi então que percebeu uma galera mais velha disputando os tais jogos não eletrônicos. “Acabei me interessando, e foi logo na época que surgiu o ‘Yu-Gi-Oh!’. Depois passe para o ‘Pokémon’, e há mais de dez anos jogo ‘Magic’. Também passei a me interessar por videogames, e me tornei o típico nerd.”

Viciada em videogames, animes e filmes de super-heróis, Ana Beatriz Krepke, 21 anos, também participa das partidas de card games e jogos de tabuleiro, mas reclama da pouca presença das meninas no meio. “Houve um campeonato em que eu era a única mulher participando, e até estava vencendo algumas partidas, mas me senti sem graça de estar ali sozinha e acabei indo embora”, confessa. “Alguns ainda estranham, mas muitos acham normal, o importante é que fiz muitas amizades e busco incentivar minhas colegas a jogarem.”

Evento cresce a cada ano

A Colexcon teve início em 2016, como conta Priscila, graças a um convite do próprio Santa Cruz Shopping, que estava interessado em promover um evento de colecionadores. Por sugestão da Tsuru Eventos e da Enacol (Encontro Nacional de Colecionadores), foram inseridas outras atrações, como a exposição de artistas e os games. Foram duas edições na primeira temporada, mais dez na segunda, e as já confirmadas cinco para o terceiro ano. Em média, de 300 a 400 pessoas participam de cada edição, sem contar os curiosos que passam pelo local do evento, gratuito.

“Foi uma ideia feliz do pessoal do Santa Cruz Shopping, o evento cresce a cada edição, ainda mais por ser num local de grande movimento”, diz Priscila Montini. “O Colexcon ajuda o público a conhecer essa cultura que muitas vezes fica restrita a eventos em colégios ou centro culturais, que envolve o pessoal dos games, do colecionismo, os talentos do desenho. Aí esse pessoal não só passa a conhecer esse universo, como muitas vezes se interessa e deixa de ter a noção de que a cultura nerd é restrita aos filmes.

Prova do sucesso da empreitada é o convite que receberam para participar com o Colexcon dos Jogos da Calourada do IAD, da UFJF, entre os dias 12 e 19 de março, em que apresentarão os card e board games, além dos RPGs, para os alunos, além de palestras.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Editorial

Data: 24/02/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/opiniao/editorial/24-02-2018/ir-adiante-3.html

Título: Ir adiante

A prisão do ex-reitor da UFJF Henrique Duque é uma etapa das investigações do Ministério Público, mas o que fica a ser discutido não é o processo em si, mas a situação do Hospital Universitário, cujas obras estão paradas há algum tempo e sob o risco de ficarem sucateadas. As imagens apresentadas pela Tribuna, após uma visita ao local, no Bairro Dom Orione, são preocupantes. Uma sindicância realizada pela própria Universidade Federal, a pedido do Tribunal de Contas da União, aponta perda de material e prejuízo da ordem de R$ 1 milhão, em decorrência da paralisação.

Esse é o ponto a ser avaliado, pois, a despeito do que for apurado, é fundamental que o projeto avance, sob o risco de ficar como tantos outros pelo país afora, que se tornaram esqueletos sem perspectiva de solução. Há uma demanda pelo novo HU que precisa ser colocada em pauta pelo Tribunal.

Os vícios, é certo, devem ser sanados, e os autores de possíveis ilícitos, punidos, mas a população não pode ser a vítima principal desse processo.

O volume de recursos já investidos na obra fala por si só, não havendo alternativas para um possível recuo. Agora é ir adiante, mesmo ante a necessidade de novos aportes. O atual HU, no Bairro da Glória, já se mostrou defasado e distante da Faculdade de Medicina, sua principal usuária. O novo prédio pode até ser repensado, mas precisa ser concluído pelo bem do povo e do próprio patrimônio público.

Por conta disso, as instâncias políticas devem agir, separando o viés investigativo da necessidade do projeto. São três anos de obras paradas, tempo suficiente para comprometimento do empreendimento. Se nada for feito, será mais um exemplo de desperdício, algo impensável nesses tempos de carência financeira.

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