Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 19/01/2018

Link:https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/19-01-2018/juiz-de-fora-tem-o-dia-mais-quente-desde-2016.html

Título: Juiz de Fora tem o dia mais quente desde 2016

Máxima chegou a 32,1 graus durante a tarde desta sexta-feira (19)

Desde 19 de outubro de 2016 que Juiz de Fora não tinha um dia tão quente como esta sexta-feira (19). De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a máxima chegou a 32,1 graus no período da tarde, com umidade relativa do ar que atingiu estado de atenção, com 27%. Além deste recorde, outro chamou atenção dos juiz-foranos que perderam a noite de sono: quando os relógios marcavam 1h, a temperatura ainda era digna de um dia quente, com 24,3 graus. Às 3h, a mínima chegou a 20,5 graus, caracterizando esta como a madrugada mais quente da cidade desde 5 de janeiro do ano passado.

No entanto, o calor pode ser ainda maior, pois a estação do Inmet está instalada no campus da UFJF, em uma área mais fria do município. Estudos da própria universidade já provaram que, em vias como a Avenida Getúlio Vargas, os termômetros podem registrar até 7 graus a mais que o equipamento oficial.

Uma massa de ar seco e quente é a responsável por esta condição no tempo, deixando o céu claro e afastando as nuvens de chuvas. No entanto, a massa tende a perder força nos próximos dias.

No fim de semana, a previsão é que o calor ainda permaneça, com a diferença do retorno da instabilidade atmosférica. Conforme o Inmet, sábado (20) e domingo (21) os termômetros deverão registrar entre 19 e 32 graus na cidade, com possibilidade de pancadas de chuvas em áreas isoladas, principalmente no fim da tarde e também durante a noite.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 19/01/2018

Link:https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/19-01-2018/juiz-de-fora-tem-madrugada-mais-quente-em-um-ano.html

Título: Juiz de Fora tem a madrugada mais quente em um ano

De acordo com o Inmet, mínima foi de 20,5 graus, registrada às 6h. Máxima desta sexta pode chegar aos 32 graus e não deve chover

Os juiz-foranos tiveram a madrugada mais quente em Juiz de Fora desde 5 de janeiro de 2017. Conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a mínima nesta madrugada foi de 20,5 graus, registrada por volta das 6h. À meia-noite, os termômetros ainda marcavam 23,7 graus. No recorde do ano passado, a mínima chegou a 20,8 graus.

A onda de calor é resultado de uma massa de ar seco e quente que atua em grande parte de Minas. Ela afasta a nebulosidade, reduz a umidade relativa do ar no período da tarde e contribui para os picos de calor. Na quinta-feira (18), por exemplo, a temperatura máxima foi de 30,7 graus, enquanto que, nesta sexta (19), a previsão é que ela chegue a 32 graus.

Não deve chover em Juiz de Fora nesta sexta-feira, embora pancadas em áreas isoladas não estejam descartadas. Segundo o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), a possibilidade de precipitações aumenta a partir do domingo.

Até o momento, janeiro teve 11 dias chuvosos, que somaram 156,8 milímetros de precipitações. O resultado é equivalente a 52,3% do esperado para todo o mês, conforme a média histórica do Inmet.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Coluna Cesar Romero

Data: 19/01/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/19-01-2018/246934.html

Título: Festival de cinema

Começa hoje, a 21ª Mostra de Cinema de Tiradentes, que vai exibir cem filmes durante os nove dias. O homenageado será o ator Babu Santana, conhecido por interpretar Tim Maia na cinebiografia do cantor e compositor, lançada em 2014. Entre os filmes inscritos, destaque para “IMO”, com direção de Bruna Schelb Corrêa, recém-formada em cinema pelo IAD da UFJF.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 19/01/2018

Link:https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/19-01-2018/colegio-joao-xxiii-oferece-22-vagas-para-ensino-regular.html

Título: Colégio João XXIII oferece 22 vagas para ensino regular

Inscrições devem ser feitas até a próxima segunda, no site do colégio.

Instituição também oferece mais de cem vagas para o EJA

O Colégio de Aplicação João XXIII da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) recebe, até a próxima segunda-feira (22), as inscrições para 22 vagas remanescentes para o ensino regular, fundamental e médio. Os registros devem ser feitos eletronicamente no site do colégio. O valor da taxa é de R$ 38.  No período de 30 de janeiro a 2 de fevereiro, o participante deverá acessar o site novamente para imprimir o cartão com o número para sorteio, que acontecerá no dia 3 de fevereiro, nas dependências do colégio, em horários determinados de acordo com a série do candidato.

A instituição também disponibilizou 110 vagas para candidatos para o curso de Educação de Jovens e Adultos (EJA). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até a próxima sexta-feira (26), na secretaria do colégio. O sorteio acontece no dia 29 de janeiro, às 19h, nas dependências da instituição, localizada na Rua Visconde de Mauá, 300, Bairro Santa Helena.

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Veículo: G1 – TV Integração

Editoria: Educação

Data: 20/01/2018

Link:http://g1.globo.com/minas-gerais/videos/v/nota-1-000-na-redacao-pode-realizar-sonho-de-estudante-de-alem-paraiba/6435469/

Resumo: Estudante de enfermagem da UFJF foi uma das 53 pessoas que tiraram nota mil na redação do ENEM. A estudante Yule Mendes, de Além Paraíba, sonha em cursar Medicina na UFJF.

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Veículo: AgroSoft – Agronegócio sustentável

Editoria: Geral

Data: 20/01/2018

Link:http://www.agrosoft.com.br/agroviewer.php?vid=RKVQdqOmaZo&titenc=Mitos+e+Verdades+%7C+Febre+Amarela

Título: Mitos e Verdades – Febre Amarela

Resumo: Vídeo produzido pela UFJF sobre os mitos e verdades em relação a Febre Amarela.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 20/01/2018

Link:https://tribunademinas.com.br/noticias/esportes/20-01-2018/em-campinas-jf-volei-perde-11a-na-superliga.html

Título:Em Campinas, JF Vôlei perde a 11ª na Superliga

Penúltimo lugar, time juiz-forano sofre 3 a 0 (25/15, 25/22 e 25/22) diante do Vôlei Renata

Sem grandes mudanças nas estatísticas juiz-foranas na Superliga Masculina 2017/2018. É desta forma que o JF Vôlei retorna para a Princesa de Minas, após ser derrotado na noite deste sábado (20), no Ginásio do Taquaral, em Campinas (SP), para o Vôlei Renata, pelo placar de 3 sets a 0 (25/15, 25/22 e 25/22). O resultado mantém a equipe comandada pelo técnico Henrique Furtado com apenas 4 pontos somados, agora em 13 rodadas, na penúltima colocação do campeonato.

A equipe iniciou o duelo com o levantador Adami, o oposto Emerson Rodriguez, os centrais Bruno e Rômulo, os ponteiros Rammé e Leozinho, e o líbero Juan Mendez. O próximo compromisso do time local é contra o Sesi-SP, no Ginásio da UFJF, mas apenas daqui a 14 dias, em 3 de fevereiro. Até lá a comissão técnica juiz-forana terá todo este período de treinamentos visando à continuidade da Superliga.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 20/01/2018

Link:https://tribunademinas.com.br/noticias/esportes/20-01-2018/jf-volei-busca-maior-potencial-ofensivo-neste-sabado-em-campinas.html

Título: JF Vôlei busca maior potencial ofensivo neste sábado em Campinas

Concentrado na melhoria das decisões rápidas no sistema ofensivo, JF Vôlei busca maior aproveitamento contra o Vôlei Renata neste sábado (20), às 18h

A bola da vez na semana de treinamentos do JF Vôlei foi o ataque. Após a derrota para o Montes Claros, em casa, na última rodada da Superliga Masculina 2017/2018, o principal alvo dos trabalhos do técnico Henrique Furtado e sua comissão para encarar o Vôlei Renata em Campinas, às 18h deste sábado (20), no Ginásio do Taquaral, pela terceira rodada do returno, foi a busca por mais acertos em cada decisão ofensiva tomada durante o jogo, sempre rápidas.

“Existem especificidades do adversário que foram analisadas, como passe e ataque. Mas, sem dúvida nenhuma, o essencial é nosso rendimento, a busca por decisões corretas e rápidas, e acredito que poderemos ser bem sucedidos. Nos concentramos muito em algumas correções e no trabalho do sistema ofensivo”, expõe o comandante da equipe local.

Na atividade acompanhada pela Tribuna na última quinta-feira (18), no Ginásio da UFJF, novo treino intenso foi finalizado com elogios de Furtado aos atletas. “Todos estão em um nível muito satisfatório e de crescimento em vários aspectos. Não em um nível que nos levasse talvez a resultados mais significativos, como trabalhamos sempre para ter, mas vejo disputas muito acirradas contra todos os adversários, em partidas decididas nos detalhes. Estamos crescendo na competição, devemos concentrar as forças e estar 100% concentrados para jogar bem”, relata o treinador, após terminar a atividade com sorriso no rosto ao lado dos jovens jogadores da equipe.

Em quadra, a penúltima colocada da Superliga, detentora de 4 pontos, deverá iniciar o jogo novamente com o levantador Adami, o oposto Emerson Rodriguez, os centrais Bruno e Rômulo, os pontas Rammé e Leozinho, além do líbero Juan Mendez. O Vôlei Renata, ex-Campinas, é uma das potências paulistas na competição e ocupa, a oitava posição, com 18 pontos. O primeiro time fora da zona de rebaixamento é o Montes Claros, com 11 pontos, sete a mais que a equipe juiz-forana e a nove partidas do fim da primeira fase.

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Veículo: Folha MT

Editoria: Cidades

Data: 20/01/2018

Link:http://www.folhamt.com.br/artigo/257083/Quando-vi-o-tema–nao-assustei–fiquei-aliviada-diz-mineira-que-tirou-nota-mil-na-redacao-do-Enem

Título: ”’Quando vi o tema, não assustei, fiquei aliviada”’, diz mineira que tirou nota mil na redação do Enem

Além de muita leitura, prática e estratégias de escrita, a experiência pessoal fez a diferença para Yuli Mendes ao dissertar sobre os desafios para a formação educacional de surdos no Brasil. Com a nota, ela acredita que conseguirá realizar o sonho de cursar medicina

A experiência pessoal, aliada à preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), fez a diferença para Yuli Mendes, de 20 anos. A mineira de Além Paraíba foi uma das 53 pessoas que conseguiu tirar nota máxima na redação da prova em 2017. Com o resultado, ela acredita que vai realizar o sonho de migrar do curso de Enfermagem, que estuda há dois anos, para Medicina.

Ao contrário de outros candidatos, a universitária disse que se sentiu “aliviada” ao abrir a prova e ver o tema da redação, “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”. O motivo? A experiência profissional da mãe trouxe um aprendizado pessoal que fez a diferença.

“A minha mãe trabalha na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) há 30 anos. Eu cresci convivendo com as deficiências, então, muita coisa eu aprendi ao longo do tempo. Quando vi o tema, eu não assustei, fiquei aliviada. Você está em uma prova tensa e vê que o tema é uma coisa que conviveu a vida inteira, que domina, que está acostumada. Foi um pouco mais fácil”, contou.

A jovem disse que estudou por conta própria para o exame e que, quando faltava seis meses para as provas, procurou uma professora exclusiva de redação. Leu muito e escreveu vários textos por semana. Com isso, aprendeu técnicas para elaborar um texto diferenciado.

“Tentava ler os temas que não conseguia escrever. A professora me ensinou a estratégia de resumir em tópicos os temas que estava estudando, para lembrar as coisas mais importantes e colocar o maximo de informação na redação”, explicou.

No entanto, ela não correu para ver as notas da prova que foram divulgadas na última quinta-feira (18). Passou o dia com família e amigos e, mais tarde, quando não teve jeito, olhou e se surpreendeu.

“A primeira nota que aparece é a de Linguagens, eu quase desisti de ver o resto, porque a nota não era tão boa. Na hora que eu olhei, foi aquela surpresa e eu falava com todo mundo que estava aqui: ‘Gente, é isso mesmo? É meu nome? É meu nome? Mil na redação!’ Não consegui acreditar!”, afirmou.

Yuli estuda enfermagem, mas desde 2014, ela tenta uma vaga em Medicina. Com a nota mil ela está confiante de que irá realizar o sonho.

“Eu acho que este ano eu consigo. Eu quero muito aqui na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), mas se não der, pra outro lugar com certeza eu consigo com a média que fiz. Estou muito feliz, aliviada, nem estou acreditando até agora!”, contou.

Notas zero na redação

Das 4,72 milhões de redações corrigidas, 309.157 tiveram notas zero. A fuga ao tema da prova foi o motivo para o baixo desempenho. Em 2016, apenas 0,78% dos alunos cometeram este erro. Em 2017, o número subiu para 5,01%.

Apesar de haver menos “notas mil” em comparação com o Enem do ano anterior, em que 77 alunos tiraram a nota máxima na redação, o rendimento dos estudantes foi melhor. A nota média da redação passou de 541,9 para 558.

De acordo com o Inep, 205 candidatos desrespeitaram os direitos humanos no Enem. Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) garantiu que esse tipo de prova não seria anulada. Na prática, o aluno não zerou a redação, só perdeu pontos.

Ainda segundo o instituto, apenas 6,5% das redações receberam nota zero. Os motivos foram: fuga ao tema (5,01%), prova em branco (0,80%), texto insuficiente (0,33%), parte desconectada (0,17%), não atendimento ao tipo textual (0,11%), cópia do texto motivador (0,09%), outros motivos (0,03%).

O chamado “espelho das redações” sai no dia 19 de março. O espelho é a cópia digitalizada do texto escrito pelos candidatos na prova. Além deles, os participantes podem ver a nota e a justificativa atribuída pelos corretores a cada uma das cinco competências avaliadas na redação.

Neste mesmo dia, o Inep divulga o resultado dos alunos treineiros, que fizeram a prova sem validade para se candidatar a uma vaga no ensino superior.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Coluna Cesar Romero

Data: 20/01/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/20-01-2018/a-26.html

Título: Racismo na tela

O documentário “Pele de monstro”, da diretora Bárbara Maria, será exibido segunda-feira, na mostra. A obra relaciona o racismo com os filmes de terror “A noite dos mortos vivos” e “Mortos que matam”, resultado do trabalho de conclusão de curso, orientado pelo professor da UFJF, Christian Pelegrini.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Política

Data: 20/01/2018

Link:https://tribunademinas.com.br/noticias/politica/20-01-2018/55-dos-projetos-aprovados-na-camara-tratam-de-nomes-de-rua-titulos-e-datas.html

Título: 55% dos projetos aprovados na Câmara tratam de nomes de rua, títulos e datas

Polêmicas marcaram o ano de estreia da atual Legislatura

Dos mais de cem projetos de lei aprovados pelos vereadores na Câmara Municipal em 2017, 55% dizem respeito à denominação de ruas e espaços públicos, concessão de títulos honoríficos e acréscimos de datas no calendário oficial do Município. O balanço foi feito pela Tribuna, que analisou todas as proposições apresentadas pelos 19 parlamentares ao longo do ano (ver quadro).

Sobre o aspecto propositivo, é possível afirmar que o primeiro ano da Legislatura 2017/2020 foi mais movimentado que o ciclo que a antecedeu. Deixando de lado dispositivos parlamentares como requerimentos, representações, pedidos de informações e outros, os 19 vereadores apresentaram um total de 297 projetos de lei ordinários. O número é 32% maior que o registrado em 2013, ano de estreia da Legislatura 2013/2016, quando 224 matérias ordinárias foram sugeridas. Entre as propostas que iniciaram tramitação em 2017, 104 foram aprovadas e transformadas em normas jurídicas.

Vale lembrar que ano de 2017 teve um início marcado por uma renovação de 37% dos parlamentares, com o debute de oito novos vereadores em seus primeiros mandatos, que estrearam um período legislativo cercado de polêmicas. Como de costume, o Palácio Barbosa Lima foi palco de discussões relevantes para a cidade. Entre leis recorrentes, como as aprovações de peças orçamentárias, por exemplo, os parlamentares protagonizaram debates acalorados, que resultaram em presença expressiva de juiz-foranos na audiência do plenário em deliberações de maior apelo e até mesmo em atritos e bate-bocas entre legisladores.

Cenário nacional fomenta tom belicoso

Do ponto de vista político, também foi possível observar uma mudança de perfil no cotidiano da Câmara no ano de 2017. Em reflexo das transformações pelas quais o país claudica desde o advento das manifestações populares de 2013 e dos desdobramentos da operação Lava Jato, algumas discussões na Casa ganharam tons mais passionais e, por vezes, conservadores. Dois momentos em especial evidenciaram a nova agenda e atearam fogo entre grupos de posicionamentos políticos distintos dentro e fora do plenário do Palácio Barbosa Lima.

O primeiro deles ocorreu durante a votação do Plano Municipal de Educação (PME), cujas discussões legislativas se concentraram no mês de março. Mesmo sob protestos e duras críticas de setores ligados à educação acerca de mudanças feitas pela Prefeitura no documento original aprovado durante Conferência Municipal de Ensino realizada em 2015, o texto foi validado com acréscimo de emendas consideradas prejudiciais e de viés conservadores por parte dos docentes. Os pontos mais polêmicos na ocasião disseram respeito a adendos propostos pelos vereadores André Mariano (PSC) e José Fiorilo (PTC), que, de certa forma, restringiram as interpretações dos termos “diversidade”, que aparece oito vezes no corpo de texto do projeto de lei, e “direitos humanos”.

Polêmica semelhante se deu na aprovação de moção de repúdio à direção do Colégio João XXIII, vinculado à Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), por conta de um vídeo publicado na internet em que o artista performático Nino de Barros, que incorpora a drag queen Femmenino, visita o colégio para saber dos alunos como estava a expectativa para o 12 de outubro, Dia das Crianças. Sob o argumento de que a atividade fomentava o que alguns parlamentares chamam de “ideologia de gênero” o repúdio foi proposto pelos vereadores André Mariano, Carlos Alberto Mello (Casal, PTC), Júlio Obama Jr. (PHS) e Charlles Evangelista (PP).

Uma vez mais, a proposição levou um grande número de pessoas à Câmara e ateou fogo no confronto de ideias e posicionamentos, que acentuou características da atual discussão pública nacional, colocando os discursos moralista e de defesa da diversidade em lado opostos. Em uma votação apertada, o repúdio acabou aprovado por dez votos a sete.

Controvérsias devem seguir em 2018

Se 2017 foi um ano marcado por polêmicas, o ano deixa o legado para seu sucessor. Isto porque algumas propostas polêmicas apresentadas no ano passado devem voltar à baila nos próximos meses. A mais controversa delas deve colocar novamente setores da educação em rota de colisão com o discurso conservador que tem pautado as ações de alguns parlamentares. Trata-se do projeto de lei ordinário de número um da atual Legislatura. De autoria do vereador José Fiorilo (PTC), o texto pretende implementar um programa denominado “Infância sem pornografia” na rede municipal de ensino.

Em tese, o teor central da proposição visa obrigar que a “dignidade especial de crianças e adolescentes” e o direito das famílias de “educar seus filhos menores de acordo com suas convicções religiosas e morais, em consonância com a Convenção Americana sobre Direitos Humanos” sejam respeitados em unidades Municipais. Na prática, a redação traz uma compilação de legislações federais já vigentes e é criticada por educadores pelo entendimento de que o Fiorilo tenta utilizar do apelo provocado pela combinação das palavras “infância” e “pornografia” para criminalizar os docentes de maneira geral ao colocá-los sob constante suspeição.

A partir de setembro do ano passado, a proposição apareceu na ordem do dia em oito sessões até ser aprovada em primeira discussão no dia 27 de novembro. A maioria dos debates foi marcada pela presença de grupos contrários e favoráveis ao projeto de lei, o que chegou a elevar a tensão de alguns debates. Quando o dispositivo chegou para discussão em segundo turno, o autor apresentou um projeto de lei substitutivo de teor semelhante ao original. A movimentação fez que com a peça retornasse para a apreciação das comissões permanentes da Câmara, ficando a decisão final de seu mérito postergada para 2018.

Outra polêmica iniciada no ano passado é a que gira em torno de projeto de lei de autoria de José Márcio (Garotinho, PV). O texto prevê a aplicação de restrição legal a bares, cervejarias e similares que forem reincidentes em infrações à legislação municipal de posturas no que se refere a desrespeitos aos limites de emissão de ruídos, colocação de mesas e cadeiras em via pública e sujeira no entorno do estabelecimento. Nestes casos, a sanção poderia restringir os horários de funcionamento de estabelecimentos infratores até as 22h, por um período de seis meses a um ano. O texto tem sido bastante criticado por comerciantes do setor. Ainda tramitando em primeiro turno, a proposição já apareceu na pauta de votação no atual período legislativo.

Tramitação reiniciada

Única proposição rejeitada em 2017, o projeto de lei de Wanderson Castelar (PT) que pretende dar maior transparência com relação às finanças pessoais de agentes públicos municipais deve voltar a ser debatido este ano. Isto porque o petista fez valer prerrogativa regimental e, em janeiro, reapresentou a proposta que visa obrigar que seja publicado no Portal da Transparência Municipal dados relativos à evolução patrimonial de detentores de mandatos como prefeito, vice-prefeito e vereadores e ocupantes de cargos de confiança como secretários municipais e dirigentes máximos de autarquias, fundações, empresas e demais órgãos da Administração indireta. Se, no ano passado, a polêmica em torno da iniciativa ficou restrita à Câmara, este ano Castelar quer fomentar o interesse coletivo pela proposta, de forma a valer-se do apelo popular para garantir a aprovação do texto.

Realização de concurso é aguardada

Nem só de polêmicas, no entanto, viveu a Câmara em 2017. Além dos mais de cem projetos aprovados ao longo ano passado, a política interna da Casa mostrou-se linear. Após presidir a Casa no biênio 2015/20116, o vereador Rodrigo Mattos (PSDB) assumiu seu segundo mandato à frente da Mesa Diretora já em janeiro. No mesmo mês, José Márcio (Garotinho, PV) foi indicado como líder do prefeito Bruno Siqueira (PMDB) no Palácio Barbosa Lima. Apesar de casos raros de defecção, a bancada governista se mostrou fiel ao Poder Executivo e garantiu a aprovação de 27 projetos de lei e um projeto de lei complementar de autoria da Prefeitura, encaminhados à Câmara por meio de mensagem do Executivo.

A Mesa Diretora conseguiu tirar do papel alguns projetos. Destaque para a consolidação da JFTV Câmara. O canal televisivo do Poder Legislativo, que transmite as sessões ordinárias da Casa, audiências pública e outros eventos ao vivo – além de programação produzida pela equipe de comunicação do Palácio Barbosa Lima -, começou a ser transmitido em canal aberto, pelo dial 35.1, em maio. Antes, em fevereiro, a Casa lançou o programa E-Câmara- Transparente e Digital, que tem por objetivo modernizar os processos de circulação de informações, dar mais transparência aos projetos em tramitação e diminuir a utilização de papel e, assim, reduzir custos.

Por outro lado, a realização de concurso público para a contratação de 30 profissionais efetivos pela Câmara se revelou uma novela. Sinalizada por Rodrigo Mattos quando o vereador assumiu seu primeiro mandato como presidente da Câmara, ainda em janeiro de 2015, a proposta teve em 2017 seu ano mais rocambolesco. Os problemas no cronograma se acentuaram a partir de março, quando o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) questionou contrato firmado por dispensa de licitação entre a Casa e a Fundação Mariana Resende Costa (Fumarc), que, inicialmente, seria responsável pela realização do certame.

À época, o promotor Paulo César Ramalho, titular da Promotoria de Direitos Humanos e Patrimônio Público em Juiz de Fora, recomendou a realização da concorrência. A indicação foi acatada pela Câmara, que, desde então, oficializou a celebração do distrato com a Fumarc e se debruçou na confecção das regras da para efetivar a licitação. Em dezembro, enfim, o Legislativo lançou edital para a contratação de empresa especializada na prestação de serviços técnicos profissionais para a organização, a operacionalização e a execução de concurso público. O texto foi revisto após impugnação apresentada por uma empresa interessada no pregão e a data para realização da concorrência ficou definida para o próximo dia 17 de janeiro.  Agora, com a definição da empresa responsável, a Consulpam, a expectativa é de que os próximos passos para a realização do concurso incidam ainda em 2018. A conferir.

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Veículo: Estadão

Editoria: Cultura

Data: 20/01/2018

Link:http://cultura.estadao.com.br/blogs/estado-da-arte/os-deuses-natimortos-mark-lilla-e-a-grande-separacao-parte-i-leviata/

Título: Os deuses natimortos: Mark Lilla e a “Grande Separação” – Parte I: Leviatã

O Ocidente moderno resulta do desmantelamento do “nexo divino”, comum a todas as civilizações, que coere homem, mundo e Deus num todo significativo.

por Fabrício Tavares de Moraes

Com o título de sua recente obra, The Age of Anger – A History of the Present (“A Era da Raiva: Uma História do Presente”), Panjak Mishra talvez tenha apreendido, de modo perfeitamente sucinto, a disposição tensa de espíritos que atualmente permeia grande parte, se não a totalidade, das sociedades ocidentais e ocidentalizadas. Afinal, o autor consagra todo um estudo ao fenômeno hoje perceptível mesmo aos olhares mais superficiais, qual seja, a “pandemia global de fúria”, o ressentimento como novo motor da história, e as consequentes políticas advindas desse estado de coisas.

Mas, à vista disso, a situação mostra-se ainda mais perturbadora, já que um dos dilemas que mais afligem hoje os governos democráticos continua sendo a questão da legitimidade – a origem última e incontestável do poder. De maneira um tanto vertiginosa, os atuais pensadores políticos são testemunhas de como a modernidade passou da imagem de um Demos (o povo) trabalhando sinergicamente em prol de seu próprio aperfeiçoamento para a realidade, imaginada por Orwell, de uma bota esmagando eternamente um rosto humano.

Dito de outro modo, dificilmente é justificável a crença de que a democracia é a profilaxia infalível para os totalitarismos que ainda germinam pelas sociedades ocidentais e que se valem especialmente das paixões de toda sorte de ressentidos. Semelhantemente, tão ingênua quanto a ideia dos neocons de que a difusão das instituições democráticas em países ditatoriais promoveria seu desenvolvimento é a ideia de que a religião é um simples fóssil à deriva nas atuais dinâmicas ou um “vírus” que ameaça a saúde das civilizações.

Portanto, é a essa problemática – em especial, o impasse da legitimidade – que Mark Lilla se dirige em sua obra The Stillborn God: religion, politics and the modern West, publicada originalmente em 2007. Conhecido no Brasil por sua obra A mente imprudente (Editora Record), Lilla, embora descreva-se como liberal (progressista, conforme o jargão americano), conta, segundo o jornal britânico The Guardian, com mais inimigos na esquerda do que propriamente na direita. As razões são – além de suas profundas análises das influências de intelectuais em agendas e crimes políticos (não justificando nem poupando críticas aos ídolos arrivistas da esquerda como Paul de Man e Michel Foucault) – seu reconhecimento da religião, mais especificamente da teologia cristã, na formação do Ocidente moderno, conforme atesta o próprio subtítulo da obra em questão.

Para Lilla, o Ocidente moderno é de certo modo o resultado daquilo que denomina “a grande separação” (que aliás é o título da edição portuguesa da obra): o desmantelamento do “nexo divino”, comum a todas as civilizações, que coere homem, mundo e Deus num todo significativo. Nas suas palavras: A teologia política é o discurso a respeito da autoridade política fundamentado num nexo divino revelado. É, explícita ou implicitamente, racional. Porém, visto que a teologia política se desenvolve dentre tradições religiosas, ela também se ancora em imagens simples desse nexo, que as tradições posteriormente apresentam a seus fiéis. Todas as religiões, mesmo as mais arcaicas, enfrentam um desafio em comum: tornar as relações entre Deus, homem e mundo simultaneamente inteligíveis para as almas simples e coerentes para as mentes pensantes.

Segundo o cientista político, essa ruptura não se deu propriamente com uma destruição do elemento religioso, mas sim com o descolamento da política em relação à teologia e à cosmologia, três linhas que, até então, balizaram o todo social no Ocidente. A “grande separação”, portanto, é o afastamento deliberadamente posto em marcha pela obra de Thomas Hobbes, que, distanciando-se da tradição teológico-política da Escolástica e da Reforma, “solucionou” o problema do nexo divino ao atribuir à religião uma origem meramente fisiológica. Isto é, Hobbes – que estranhamente tornou-se, tempos depois, benquisto por alguns nomes do liberalismo – inicia seu Leviatã não justificando ou impugnando a imagem à época vigente do nexo divino, mas sim compondo um tratado fisiológico, demonstrando como o homem adquire o conhecimento mediante as sensações. Daí facilmente reduziu a teologia, e mesmo a antropologia, ao fisicalismo mais brutal.

E assim, indo respectivamente de encontro à tradição tomista e agostiniana, Hobbes primeiramente declara que o Leviatã – o Estado ou Civitas – é um homem artificial, criação do próprio homem, munido de uma alma artificial (a soberania); e, em segundo lugar, diz que não há summum bonum (o bem supremo) que direcione a vida do homem, mas somente summum malum (o mal supremo), que é a morte. Nesse sentido, as origens da religião, segundo Hobbes, remontam ao simples temor da finitude; e o medo em relação aos outros é o “medo absoluto”.

Evidentemente nem mesmo naquele momento esse argumento gozava de ineditismo, já que se trata de mera repristinação das ideias epicuristas que, no século XVII, estavam mais uma vez recebendo guarida em vários círculos da intelectualidade europeia.

O problema, porém, ainda de acordo com o raciocínio de Lilla, é o projeto geral de Hobbes e o consequente afastamento da teologia política no pensamento ocidental: Seu grande tratado Leviatã (1651) contém o mais devastador ataque sofrido pela teologia política cristã e foi o meio pelo qual posteriormente os pensadores modernos viram-se capazes de esquivar-se dela. Antes de Hobbes, aqueles que buscaram refutar essa teologia política continuaram adentraram-na cada vez mais, na proporção mesma em que buscavam solucionar os enigmas de Deus, do homem e do mundo. Hobbes apresentou a saída para isto ao fazer algo bastante engenhoso: ele mudou de assunto. O objetivo de Leviatã é atacar e destruir toda a tradição da teologia política cristã, aquilo que Hobbes chamava de “Reino das Trevas”.

Retomando a antropologia epicurista, Hobbes definia o homem como simples choque de forças físicas, um conjunto movimentos automáticos de reação à pressão dos objetos externos. Ora, se o homem é um tipo de autômato, segue-se que o Leviatã, além de homem artificial ou por esta razão, é também máquina, operando racionalmente para o controle dos impulsos humanos.

É parcialmente essa ideia do Estado que tempos depois culminará na febre de planejamento social do Iluminismo; e, curiosamente, já antes dos philosophes, o filósofo inglês tinha por certo que tanto o pensamento cristão quanto a filosofia clássica (à parte de alguns tratados de geometria da Antiguidade) seriam descartados e tornado prescindíveis com o advento do soberano postulado em seu Leviatã.

Porém, Lilla concede a devida honra a Hobbes em razão de seu entendimento de que as paixões políticas e as paixões religiosas provêm ambas da essência humana: “Ele foi o primeiro pensador a sugerir que o conflito religioso e o conflito político são essencialmente o mesmo conflito, que eles se desenvolvem conjuntamente porque compartilham de idênticas raízes na natureza humana”. E é neste ponto, de acordo com Lilla, que “reside o verdadeiro gênio de Hobbes e sua importância para a vida política moderna”.

Com efeito, num pós-escrito à obra, o cientista político e historiador norte-americano comenta a inabilidade de grande parte da inteligência ocidental, independente do espectro político, em compreender o extremismo islâmico ou mesmo aos conflitos de identidade religiosa na Ásia Menor, por exemplo.

Termos como sharia (a lei islâmica) ou halakha (a lei revelada segundo o judaísmo ortodoxo), apesar de constarem na maioria das análises políticas sobre crises religiosas, ainda são ecos longínquos ou conceitos obscuros para as nossas democracias liberais. E, ao contrário do que é dito, dificilmente essa nossa ignorância será uma bênção.

Fabrício Tavares de Moraes é tradutor e doutorando em Literatura (UFJF/Queen Mary University London)

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Veículo: Blog do Paulinho

Editoria: Coluna do Fiori

Data: 20/01/2018

Link: https://blogdopaulinho.com.br/2018/01/20/coluna-do-fiori-356/

Título: Política – A persistente e cansativa cara de pau de Lula e PT

Sua retórica se inspira na tradição totalitária que fez milhões de vitimas mundo afora

O fato que salta à vista neste início de ano é a eterna cara de pau de Lula e dos advogados e militantes do Partido dos Trabalhadores (PT). O famigerado líder petista e seus sequazes tentam peitar a magistratura, com o propósito de tumultuar o julgamento do réu pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, no próximo dia 24, tendo sido já o ex-presidente condenado pelo juiz federal Sergio Moro em primeira instância, no âmbito da Operação Lava Jato.

A finalidade da estratégia petista sempre tem sido pescar em águas turvas. Para Lula, só há uma alternativa: guindá-lo de novo ao poder, do qual ele e seu partido foram desalojados pela sociedade brasileira após 14 anos de desmandos. Inovou Lula com essa estratégia? Definitivamente, não: essa é a via aberta pelos totalitários desde os jacobinos e Lenin até os dias atuais.

O grande problema não resolvido pelos totalitários é que eles se acham superiores ao restante da humanidade. O termo “democracia”, para o espírito totalitário, significa governo dos próprios totalitários sem nenhuma limitação. Eles assumiram o espírito pregado por Jean-Jacques Rousseau no seu Contrato Social: o líder e os “puros”, seus seguidores, têm a missão escatológica de dar origem ao “homem novo”, aquele não conspurcado pela defesa dos interesses individuais. E somente pode haver uma forma de governo válida: a ditadura do líder messiânico e dos puros, a fim de garantir a unanimidade ao redor da “vontade geral” encarnada neles.

Ora, segundo pensava o maluco filósofo de Genebra na obra citada, o poder total a ser exercido pelo líder e seus seguidores consiste na unanimidade de todos ao redor deles para garantir a felicidade do gênero humano. Qualquer dissidência deve ser aniquilada como atentado contra a felicidade geral. A infelicidade infiltra-se na sociedade em decorrência da existência dos indivíduos e dos seus interesses privados. Devem ser esmagados, portanto, todos aqueles que não se curvarem ao “interesse público”, entendido como a imposição da “vontade geral”, da qual são garantia e manifestação soteriológica, na História, o líder messiânico e os seus seguidores imediatos, os “puros”. O ideal da nova ordem política foi bem definido por Lenin, em O Estado e a Revolução, como “um poder não limitado por leis”.

O espírito totalitário perversamente apregoado por Rousseau passou, na modernidade, a encarnar nas lideranças revolucionárias radicais, que tingiram de sangue a História desde os jacobinos na Revolução Francesa e no Terror por eles imposto, no final do século 18, passando pelo império napoleônico (entre 1804 e 1814) e seguindo, já nos séculos 20 e 21, com a Revolução Bolchevique, na Rússia, em 1917, e a emergência dos totalitarismos. Em todos eles o fantasma do “poder total” assoma, até na mais recente manifestação de chantagem nuclear do tresloucado líder norte-coreano, Kim Jong-un.

Essa saga do totalitarismo já se tinha manifestado em Fidel Castro e na sua ditadura familiar, no Che Guevara, com o seu dístico “Pátria (totalitária) ou morte”, na louca aventura nazi-fascista, com o endeusamento da minoria ariana ao redor do Führer, ou com Mussolini apregoando o princípio do “poder total” na célebre proposta de “tudo dentro do Estado, nada fora dele”.

Não nos enganemos: se Lula representa alguma tradição política, ela se filia a essa herança do totalitarismo hodierno. Não é por outra razão que, para ele e seus cansativos militantes, só há uma alternativa para salvar o Brasil: Lula e o PT.

Como a tradição totalitária se encarna com as cores de cada cultura, no Brasil Lula e os seus sequazes adotaram uma máscara: a cara de pau do “herói sem nenhum caráter”, Macunaíma, genialmente descrito por Mário de Andrade no seu clássico de 1928. Vamos convir: não é de cara de pau a feição do líder messiânico quando aparece na televisão, ou em palanque, afirmando para a enojada audiência que não há vivalma mais ética do que ele? Os petralhas especializaram-se em fazer da corrupção método de ação política e em esfregar no rosto dos perplexos cidadãos tungados por eles na roubalheira geral as “façanhas” praticadas.

Não são, aliás, de cara de pau as feições do comando petralha que “visitou” o desembargador Thompson Flores recentemente em Porto Alegre, como se ele e o tribunal por ele presidido fossem os meliantes, e não eles próprios? Os seguidores de Lula entenderam bem a lição da tragicomédia montada pelo líder: aparecer em público com ar contrito e na maior cara de pau, para dizer o seguinte: “Corruptos são vocês, otários, que votaram em nós e ficaram na rua da amargura juntamente com os 14 milhões de desempregados! Nós somos os puros, os retos, os que devem prevalecer no comando do Estado. Fora de nós não há salvação”. É mesmo muita cara de pau!

A sociedade brasileira tem um caminho para tirar esse lixo da História e impedir que os petralhas assumam, de novo, o poder no Brasil, a fim de destruírem o que ficou das nossas já combalidas instituições republicanas: repetir, em alto e bom som, que sabemos de quem se trata, conhecemos os malfeitos por eles praticados, que hoje já se situam na casa dos bilhões de dólares roubados e ainda estão intactos em paraísos fiscais.

Devemos repetir até o cansaço que acreditamos nas instituições, que a Justiça fará o seu trabalho até o fim, para pôr atrás das grades todos os que se aproveitaram da passagem pelo poder para enriquecer ilicitamente. E devemos repetir, na cara de Lula e dos seus sequazes, que já identificamos onde se inspira a sua retórica vazia: na tradição totalitária que deixou espalhados pelo mundo afora milhões de vítimas.

Publicado no Estadão do dia 17/01/2017 – Autor: Ricardo Vélez Rodríguez.

Coordenador do Centro de Pesquisas Estratégicas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, é docente da Universidade Positivo, em Londrina

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Veículo: Correio Braziliense

Editoria: Concursos

Data: 21/01/2018

Link:http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/eu-estudante/ultimasnoticias_geral/63,104,63,112/2018/01/21/Selecao_Interna,654474/concursos.shtml

Título: Confira lista de concursos do GDF e da União

Nesta semana, o caderno Trabalho & Formação Profissional preparou lista com 222 concursos e 5.915 vagas em órgãos locais e federais. No DF, há duas seleções com 824 vagas. Entre as chances nacionais não ligadas à educação, há oito seleções com 4.172 vagas. No âmbito das universidades federais, são 160 processos seletivos e 808 oportunidades, das quais 10 são na UnB. Os institutos federais oferecem 52 concursos e 111 postos vagos, dos quais quatro no IFB.

UNIVERSIDADES

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA (UFJF) I

Inscrições até 2 de março no site www.concurso.ufjf.br. Concurso para uma vaga de professor do ensino básico. Salário: R$ 4.455,22. Taxa: R$ 150.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA (UFJF) II

Inscrições até 2 de março no site www.concurso.ufjf.br. Concurso com uma vaga de professor de farmácia. Salário: 3.377,45. Taxa: R$ 150.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA (UFJF) III

Inscrições entre 5 de fevereiro e 2 de março no site www.ufjf.br/concurso. Concurso com uma vaga na área de educação musical. Salário: entre R$ 2.236,30 e R$ 9.585,67. Taxa: R$ 150.

 

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 21/01/2018

Link:https://tribunademinas.com.br/noticias/esportes/21-01-2018/esporte-local-capta-recursos-via-leis-de-incentivo-e-fortalece-projetos.html

Título:Esporte local capta recursos via leis de incentivo e fortalece projetos

Captação de recursos através de leis estadual e federal de incentivo em parceria com empresas tem sido a solução para que projetos locais possam se fortalecer.

JF Vôlei e Clube Bom Pastor já trilharam o caminho das pedras.

Não é necessário ser um empresário ou diretor de uma agremiação esportiva para saber das dificuldades na captação direta de patrocínio para projetos não apenas da cidade, como do país. A crise financeira que o Brasil atravessa há anos já prejudica o investimento no desporto de base e profissional. Mas há luz no fim do túnel. Instituições locais como o Clube Bom Pastor, o JF Vôlei e o Futebol UFJF tem apostado em projetos junto ao Ministério do Esporte e ao Governo do Estado para captar recursos através das leis de incentivo.

Na última quarta (17), a equipe profissional de vôlei conquistou seu primeiro patrocinador este ano através da lei federal de incentivo ao esporte – a empresa Rivelli, com repasse de R$ 25 mil equivalente à parte do Imposto de Renda retido. Até obter o aval do Ministério do Esporte, no entanto, o JF Vôlei, vinculado à Associação de Ensino e Pesquisa em Esporte e Lazer (Asepel), teve que obedecer a um cronograma burocrático e transparente, como explica o supervisor da equipe, Heglison Toledo.

“Só podíamos submeter os projetos a partir do segundo ano de associação, quando começamos a enviar os projetos tanto ao Ministério, quanto para as leis estaduais pelo ICMS. Na lei do estado, a doação da empresa pode ser de até 3% do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços). Já na federal, de até 1% do Imposto de Renda retido. Muitas empresas ainda desconhecem essa possibilidade, mas é um procedimento simples para elas. É um pouco burocrático para nós, que temos que cumprir prazos e elencar todas as necessidades e apresentar o projeto. E depois nós temos que prestar contas às empresas de tudo o que foi gasto”, conta.

O Ministério do Esporte aprovou o projeto do JF Vôlei em dezembro de 2017. A partir desta data, a equipe tem um ano para buscar os recursos, com valor máximo de R$ 1.074.023,40. O recurso é definido pelos representantes do projeto após cálculo de gastos com viagens e alimentação. A verba obtida, porém, só poderá ser utilizada quando 20% deste valor for recebido (R$ 214.804,68), como prevê a lei.Vale destacar que o JF Vôlei não poderá utilizar os valores captados para o pagamento de salário de atletas profissionais. “Para este pagamento seguiremos atrás de patrocínio direto, o tradicional. Mas conseguiremos pagar transporte, alimentação, hospedagem, uniforme, material e encargos de profissionais da comissão técnica, por exemplo”, ressalta o diretor técnico do JF Vôlei, Maurício Bara.

Preparação

Vale lembrar que em 2010, ainda como Vôlei UFJF, a equipe também havia obtido autorização federal para captar cerca de R$ 1 milhão e fez parceria com a MRS desta forma. Segundo o presidente da Asepel, Toninho Buda, o fato contribuiu diretamente no acesso à elite da Superliga Masculina. A continuidade não ocorreu por mudança de gestão, lembra.

“O projeto do JF Vôlei foi criado dentro da Faefid, em um projeto de extensão excelente para a UFJF e que ainda existe. Mas a UFJF entendeu que um time profissional não é escopo dela. Somente o projeto de extensão. E não havia mais recursos federais para o time. Aí montamos a Asepel, criada para agenciar qualquer trabalho relacionado ao ensino e pesquisa em qualquer tipo de esporte. E somente a partir de dois anos de existência você já pode fazer projetos com prefeituras, com governo de estado e a União federal. Por isso o hiato sem estes recursos”, elucida.

Esse tipo de captação já é realidade nas principais equipes do país, como no Minas Tênis Clube, de Belo Horizonte. “Eles têm um cartaz imenso pedindo apoio individual, de pessoas físicas, e de empresas pelas leis de incentivo. Mas agora temos a aprovação para captar uma quantia importante e necessária”, conta. Grandes equipes de futebol e de vôlei, por exemplo, conquistam mais de R$ 1 milhão desta forma.

Bom Pastor pode captar quase R$ 500 mil

Além do JF Vôlei, o Clube Bom Pastor também conseguiu aprovação do Ministério do Esporte para captar recursos através da lei federal de incentivo (ver quadro). O valor máximo permitido para este ano é de R$ 461.940,32. Até o momento, ainda não há apoio financeiro sacramentado, apesar da boa perspectiva, como revelou o presidente do clube, Carlos Augusto Bandeira Moraes. “Algumas empresas estão analisando, estudando, mas há muita boa vontade delas. Tendo oportunidade, acredito que as empresas irão auxiliar neste sentido”, relata.

Com o apoio do JF Vôlei, o clube conseguiu, ainda em 2017, captar valores por meio do Minas Esportiva Incentivo ao Esporte, lei de incentivo fiscal do Governo do Estado, para a implementação de três núcleos de vôlei para alunos da rede pública de ensino. No total, como divulgado pela Tribuna em matéria do dia 9 de janeiro, o Clube Bom Pastor conseguiu captar pouco mais de R$ 153 mil no ano passado junto às empresas Medquímica e Unida, a partir do desconto do saldo devedor do ICMS. E há mais por vir.

“Existem outros projetos em tramitação para a natação, em fase de aprovação, além de futsal e ginástica, de leis estaduais. Assim que eles aprovarem podemos iniciar a busca pelos recursos”, explica Carlos Augusto. Para ele, esta é a “única saída que o esporte de base tem. Os custos são altos. Formamos um atleta, mas não ganhamos nada quando ele sai. O que é muito questionado. Mas até hoje o Bom Pastor mantém isso e tem muito orgulho, porque é um clube de esportes. Agora fizemos uma parceria com a Clínica Bom Pastor, que pode auxiliar os atletas com fisioterapeutas, psicólogos, cardiologistas. Com esse convênio fechamos um ciclo para que o atleta possa se fortalecer em todas as fases de formação”, conta o presidente.

Com a Asepel, Futebol UFJF também busca recursos

Professor da Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Marcelo Matta é coordenador do projeto de extensão Futebol UFJF que, em 2018, passou a fazer parte da Associação de Ensino e Pesquisa em Esporte e Lazer (Asepel), após encerrar parceria com a Associação Esportiva Uberabinha. Para ele, a aprovação para receber benefícios das leis de incentivo ao esporte “é a saída para o esporte no Brasil inteiro”. “A captação direta é muito difícil. As empresas, com a dificuldade econômica do país, não disponibilizam muitos recursos. Hoje, em Minas Gerais, as entidades esportivas têm duas possibilidades: submeter um projeto em Brasília, pelo Ministério do Esporte, com repasse de parte do imposto de renda, ou na lei estadual, pelo ICMS. E no Futebol UFJF um já está em tramitação em Brasília, provavelmente conseguiremos a aprovação em março ou abril”, expõe.

Este deve ser o caminho, ainda, do Cria UFJF, projeto de extensão de atletismo da Federal. “O projeto de futebol já está sacramentado. Já o de atletismo está em estudo.”

Como funcionam as leis

As agremiações esportivas podem obter benefícios de leis de incentivo ao esporte através do Governo de Minas ou da União. A primeira é o Minas Esportiva Incentivo ao Esporte, e os recursos são captados por meio de descontos no saldo devedor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) da empresa parceira. Ou seja, o recurso que iria direto para os cofres do Estado é repassado para fomentar o esporte. Isso porque o Governo de Minas pode direcionar 0,5% do ICMS para atividades esportivas e paradesportivas de rendimento, do desporto escolar, lazer, de formação e desporto social, entre outros.

Para pleitear os recursos, o projeto participa de processo seleção na Secretaria de Estado de Esportes (SEESP). Estão aptas pessoas jurídicas com mais de um ano de existência legal, sem fins lucrativos, estabelecidas em Minas, com comprovada capacidade de execução do projeto esportivo, respondendo diretamente por sua elaboração, promoção, execução e prestação de contas. Dessa forma, podem apresentar propostas prefeituras, órgãos da administração pública indireta, associações, clubes, ligas desportivas, entre outras entidades que se enquadrem nos critérios definidos no edital. Mais informações podem ser encontradas no site incentivo.esportes.mg.gov.br.

Já a Lei de Incentivo ao Esporte Federal, sancionada em 2006, estimula pessoas e empresas a patrocinarem projetos esportivos em troca de incentivos fiscais. Para pessoa física, o desconto pode chegar a 6% no valor do Imposto de Renda devido. Já para pessoa jurídica tributada com base no lucro real – multinacionais, conglomerados dos setores bancário, industrial, de transporte aéreo e empresas de telecomunicações -, o desconto é de até 1% sobre o imposto devido.

Para buscarem tais recursos, as instituições esportivas devem apresentar os projetos ao Ministério do Esporte e Conselho Nacional do Esporte. Mais informações estão disponíveis no site esporte.gov.br.

 

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