Neste domingo, 17, ocorreu a última edição do Domingo no Campus do ano de 2017. E para fechar com chave de ouro, o evento contou com muitas brincadeiras, atendimento à população e com uma apresentação de equitação artística que agitou o Campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
A amazona Marina Fernandes, que é paratleta do Centro Hípico Vale dos Anjos, e o hipólogo Paulo Guilhon, fizeram uma apresentação de uma Ópera Equestre escrita por Paulo — e que retoma às tradições do século XVIII, quando as Óperas Equestres surgiram na Europa. O público se encantou com o espetáculo e celebrou esse momento inédito na UFJF.
André Carlos Moreira, que é carpinteiro e morador do Marilândia, elogiou muito a apresentação: “Foi tudo lindo. Eu nunca tinha visto algo do tipo, então me encantei na hora que ouvi a música entrando na Universidade, aí quando cheguei para olhar e vi a equitação, eu até me emocionei, de tão bem feito e belo que é.”
O hipólogo e escritor Paulo Guilhon explicou com se dá a relação equitação e arte: “A equitação artística é um modo de expressar a arte através da equitação, que tem várias fases, sendo a última a artística, em que o equitador chega ao nível sensitivo — ou seja, ele não precisa mais raciocinar as técnicas necessárias, já que ele tem uma relação muito próxima ao cavalo.”
Paulo destacou ainda a interação entre as apresentações e o público: “Foi uma experiência nova, já que nós nunca ouvimos falar de nenhuma apresentação desse tipo em Minas Gerais. Creio que o público gostou, houve uma troca de energia muito positiva.”
A amazona Marina Fernandes, que é paratleta na categoria de deficiência visual, encantou o público e se mostrou contente com a realização dessa experiência inédita, já que foi sua primeira apresentação fora de um centro hípico: “Um clima maravilhoso, as pessoas aqui em volta, uma vibração super positiva. É a primeira vez que eu me apresento em um espaço aberto, e eu achei tudo muito diferente, já que é muita movimentação, muita gente, mas foi muito bom, o cavalo também respondeu bem.”
Oficinas e brincadeiras
Além da equitação artística, as oficinas e brincadeiras também agitaram o Domingo no Campus. Isabela Mendes que é jornalista, moradora do Borboleta e mãe da Aurora, de 2 anos, veio pela primeira vez e destacou o ambiente positivo como ponto chave: “Eu já tinha ouvido falar do Domingo no Campus, e resolvi vir e trazer minha filha. E ela tá gostando muito. Além disso a sensação aqui é muito gostosa, a gente vê essa socialização entre crianças e pais, e também a simplicidade dos brinquedos, o que nos mostram que com pouco é possível fazer muito.”
Quem também marcou presença foi Rosiane de Souza, moradora do São Pedro e mãe do mascote do Domingo no Campus, João Paulo, de 7 anos: “Eu venho no Domingo no Campus desde 2001, e pra mim essa é uma oportunidade muito boa de dar lazer aos meus meninos. Eu moro no São Pedro há 25 anos e posso afirmar que esse é um lugar muito bom para ensinar muita coisa boa para as crianças, tirar elas dos maus caminhos, de drogas e tudo mais. Então eu só tenho a agradecer aos organizadores desse evento que nos dá possibilidade de diversão.”
Rosiane ressaltou ainda a interação entre seu filho e o Domingo no Campus, e como começou a paixão do menino pelo evento: “Eu antes vinha aqui apenas vender coco e trazia o João Paulo, aí o diretor de Imagem Institucional da UFJF, Márcio Guerra, chamou ele para participar e, desde então, ele não falta um. Além disso, ele acabou virando o mascote daqui, e isso dá muito orgulho. O João Paulo pôde aprender muita coisa aqui, então eu só tenho a agradecer.”
João Paulo falou da sua relação com o Domingo no Campus: “Eu gosto muito do tio Márcio, porque ele brinca comigo, e também da Tia Nilcéia, porque ela já tinha me dado aula na escola e agora ela conta histórias aqui, e eu gosto muito.”
O Domingo no Campus é um projeto de extensão da UFJF com recursos de emenda parlamentar da ex-reitora e Deputada Federal Margarida Salomão (PT-MG).